23/09/2016

Família Neisseriaceae

LABORATÓRIO DE ANAERÓBIOS
1. Gênero Neisseria
- Neisseria gonorrhoea
- Neisseria meningitidis
Família Neisseriaceae
2. Gênero Moraxella

Prof. Dr. Mario J. Avila-Campos 3. Gênero Kingella

http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac 4. Gênero Acinetobacter

Laboratório de Anaeróbios

Características Gerais
Septo

- Cocos gram-negativos, em pares, imóveis

Espaço
- Patogênicos para o homem e encontrados no periplasmático
Membrana Externa

interior de PMN.

- Possuem cápsula polissacarídica

- Gonococos com plasmídios, meningococo

raramente.
Peptideoglicano Membrana
citoplasmática
- Fermentam carboidratos produzindo ácido sem
gás, e produzem oxidase.

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Neisseria gonorrhoeae

- Galeno (Século II d.C.): gonorréia

Neisseria gonorrhoeae - Grego: gonor = semente; rhoia = fluxo (Fluxo do

esperma).
(Gonorréia)
- Observado pela 1ª. vez: Neisser (1879) de
exsudados retal e conjuntival.

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Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae

Características Gerais Características Gerais

- Diplococo Gram-negativo microaerófilo
- Oxidase-positivas
- Gonorréia: somente em humanos
- Catalase-positivas

- Sensíveis à penicilina - Doença pélvica inflamatória, uretrite aguda e purulenta

- Microaerófilos ou capnofílicos - Propagação: ato sexual

- Nutrição complexa, utilizam carboidratos e - Fímbrias atuam como adesinas

fermentam somente glicose
- Produtoras de β -lactamases

- Produzem proteases e resistentes ao soro

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Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae

Cadeia Epidemiológica

N. gonorrhoeae

Material purulento Susceptibilidade do hospedeiro Reservatório natural

-Vida sexual ativa Homem
- Múltiplos parceiros (promiscuidade)
Uretrite aguda - Predominância em Afro-descententes

Vias de
Vias de saída
transmissão
- Muco da cavidade bucal, reto e vagina
- Contato sexual
- Conjuntiva de crianças
- Parto
-Fluídos vaginal e uretral
- Exsudados
- Secreção vaginal

Gram Lesões Laboratório de Anaeróbios

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Neisseria gonorrhoeae
Infecção por N. gonorrhoeae

Infecção oro-faringea faringites

N. gonorrhoeae Artrites,
Irritação endocardites,
Infecção anal-genital
local meningites

Assintomático
(mulher) Desenvolvimento
da uretrite
Infecção
Infecção cavidade uterina,
cervical
N. gonorrhoeae inflamação pélvica,
sintomático ou infertilidade
assintomático

Cegueira
Colonização da
Infecção
N. gonorrhoeae pele durante
ocular
nascimento
Conjuntivite
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Neisseria gonorrhoeae
Componentes de Superfície e virulência em N. gonorrhoeae
Fatores de Virulência
Nome Característica Virulência

Por (proteína I) Associada ao Lipo-

Proteína
oligossacarídeo do
porina Ocupam toda a espessura da ME
lipídio A
Termoestável

Proteína de Associada aos pili

Opa (proteína II)
opacidade

Associada ao Lipo-
Proteína
oligossacarídeo do
redutora Rmp (proteína III)
lipídio A
modificável

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Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae

Fatores de Virulência
- Proteína Rmp (PM = 30 a 31 kDa):
Relacionas à Por e ao lipo-oligossacarídeo (LOS).
- Fímbrias (PM = 17.000 a 21.000 Da)

- Proteína Por (PM = 32 a 36 kDa): - Outros fatores de virulência

Cepa expressam tipos de Por antigenicamente • LPS: antigênicas e tóxicas

diferentes. • Proteína H-8: termo-modificável semelhante à proteína

Opa (II).
- Proteína Opa (PM = 20 a 28 kDa):
• Proteases degradam Ig A1 das mucosas humanas.
Co-agregação de gonococos e aderência às células do
hospedeiro.

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Neisseria gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeae

Genética e Heterogeneidade Antigênica

- Possuem plasmídios crípticos (PM = 2,4 x 106), e plasmídios

(PM = 3,4 a 4,7 x 106) que codificam a produção de β-
lactamase.

Por
- Extremamente heterogêneos fenotípica e genotipicamente.
Opa

Plasmídio criptico

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Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae

Patogenia, Patologia e Manifestações Clínicas

- Neonatos: oftalmia neonatal gonocócica, infecção ocular

- Gonococos fimbriados mais virulentos do recém nascido.

- Produz conjuntivite até cegueira.

- Colônias opacas produzem Opa (II) isolados de homens
sintomáticos com uretrite. - Como prevenção usa-se instilação de tetraciclina,
eritromicina ou nitrato de prata.
- Afetam trato geniturinário, olhos, reto e garganta. Produz
supuração aguda, invasão tecidual, inflamação e fibrose.

- Homens: micção dolorosa com pus cremoso amarelado.

- Mulheres: infecção primária endocervical com corrimento

muco-purulento.

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Neisseria gonorrhoeae Neisseria gonorrhoeae

Outros sintomas Diagnóstico Laboratorial

- Amostra: pus e secreção coletados da uretra, colo uterino,

reto, conjuntiva, garganta ou líquido sinovial

- Bacterioscopia: coloração de Gram.

- Cultura: meio Thayer-Martin (5%-CO2 a 37 oC).

- Sorologia: anticorpos contra fímbrias e proteínas de

membrana externa detectados por immunoblotting, radio-
imunoensaio e ELISA.

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Características Gerais

- Descrito pela 1ª. vez por Marchiofava & Celli (1884)

- 13 sorogrupos identificados (D, H, I, K, L, X, Z, 29-E)

Neisseria meningitidis - Sorotipos associados à doença: A, B, C, Y, W-135

(Meningite) - Antígenos meningocócicos encontrados no sangue e líquido

cefalorraquidiano

- Todas as cepas apresentam proteínas II ou III, que são análogas

à proteína I dos gonococos

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Neisseria meningitidis Neisseria meningitidis

Fatores de virulência Patogenia, Patologia e Manifestação Clínica

- Humanos únicos hospedeiros naturais

- Cápsula polissacarídica – tipos: A, B, C, Y, W-135

- Produz protease: IgA - Podem fazer parte da microbiota transitória, sem produzir
sintomas.

- Produz pili
- Nasofaringe > corrente sanguínea > bacteremia > similar às
infecções do trato respiratório superior, com febre alta e
- LPS toxigênico
erupção cutânea hemorrágica. Rigidez da nuca, vômitos,
meninges inflamadas, trombose, e coma.

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Neisseria meningitidis Neisseria meningitidis

Meningite

Sintomas
característicos
gerais

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Neisseria meningitidis Neisseria meningitidis

Patogênese Patogênese

Interação
Neisseria - neutrófilos

Via nasofaringe - meninges

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Neisseria meningitidis Neisseria meningitidis

Diagnóstico Laboratorial

- Amostras: sangue e líquor. Coloração de Gram

- Cultura: Ágar chocolate; Thayer-Martin com vancomicina,

colistina ou anfotericina. Meninges com áreas hemorrágicas Coleta de líquido cefalorraquidiano

- Sorologia: Anticorpos polissacarídeos por aglutinação do

látex (hemaglutinação) Lesões hemorrágicas denominadas
petéquias

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Neisseria meningitidis

Vacinas

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Neisseria meningitidis Neisseria meningitidis

Vacinas e Tratamento Outros sintomas

- Vacinas elaboradas do material capsular

- Vacinas univalentes boas para tipos A e C, mas fraca para

tipo B

- Vacina tetravalentes para tipos A , C, Y, W-135

- Uso de ciprofloxacina e ofloxacina via oral, dose única

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Outras Neisserias

- N. sicca, N. subflava, N. cinerea, N. elongata e N.

mucosa, membros da microbiota residente do trato
respiratório superior, e podem produzir pneumonia.

- N. lactamica: raramente causa doença. É mais frequente

em crianças.

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