Unicesumar - Segurança Bancaria e Transporte de Valores
Unicesumar - Segurança Bancaria e Transporte de Valores
Unicesumar - Segurança Bancaria e Transporte de Valores
TRANSPORTE DE
VALORES
PROFESSORES
Esp. Juliane Moreira Rocha
Esp. Ricardo Henrique Helbel
ACESSE AQUI
O SEU LIVRO
NA VERSÃO
DIGITAL!
EXPEDIENTE
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
FICHA CATALOGRÁFICA
Coordenador(a) de Conteúdo
Renata Cristina de Souza Chatalov
Projeto Gráfico e Capa C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho Núcleo de Educação a Distância. ROCHA, Juliane Moreira.
HELBEL, Ricardo Henrique.
e Thayla Guimarães
Editoração Segurança Bancária e Transporte de Valores.
Juliane Moreira Rocha; Ricardo Henrique Helbel.
Sabrina Maria Pereira de Novaes
Design Educacional
Maringá - PR.: UniCesumar, 2020.
Lilian Vespa e Bárbara Neves
152 p.
Revisão Textual “Graduação - EaD”.
Nágela Neves da Costa
1. Segurança 2. Banco 3. Transporte. EaD. I. Título.
Ilustração
André Azevedo
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 363.20
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Impresso por:
ISBN 978-85-459-2007-6
qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- são, que é promover a educação de qua-
versão integral das pessoas ao conhecimento. lidade nas diferentes áreas do conheci-
Reitor
Wilson de Matos Silva
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
http://lattes.cnpq.br/9930406098352833
http://lattes.cnpq.br/4504133959544048
A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA
Olá, caro(a) acadêmico(a), é uma satisfação apresentar a você o livro da disciplina de Segurança
Bancária e Transporte de Valores, elaborado com carinho para que você possa conhecer o fun-
cionamento da Segurança Bancária e o Transporte de Valores. Esperamos que despertemos
a curiosidade para completar seus estudos e ser um excelente Gestor em Segurança Privada.
Nosso livro é composto de cinco unidades. Nelas, procuramos apresentar alguns dos princi-
pais aspectos da Segurança Bancária e do Transporte de Valores.
Na Unidade 1, faremos uma breve introdução sobre o que é segurança bancária, apresen-
tando o histórico e as características da segurança privada, explicaremos que a segurança
privada é um complemento da segurança pública, descreveremos o que é o sistema financeiro
nacional e como a segurança bancária está inserida nesse contexto bem como apresentare-
mos o perfil do profissional da segurança bancária.
A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA
Na Unidade 4, falaremos sobre os métodos para transporte de valores, como fazer a logística
do transporte, os tipos de veículos utilizados. Explicaremos, ainda, como é a escolta armada
em transporte de valores, o curso de formação de vigilante, a composição da equipe de escol-
ta, as técnicas operacionais, as possíveis situações adversas e o plano de segurança e reação.
Esperamos que, ao final deste estudo, você tenha sanado suas dúvidas sobre os temas abor-
dados, mas com a curiosidade renovada para se aprofundar nos assuntos discutidos.
Bons estudos!
ÍCONES
pensando juntos
explorando Ideias
quadro-resumo
conceituando
Sabe aquela palavra ou aquele termo que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-la(o) melhor da maneira mais simples.
conecte-se
PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
10 UNIDADE 02
34
INTRODUÇÃO LEGISLAÇÃO DA
À SEGURANÇA SEGURANÇA
BANCÁRIA BANCÁRIA E
TRANSPORTE DE
VALORES
UNIDADE 03
64 UNIDADE 04
92
PLANO DE MÉTODOS PARA
SEGURANÇA TRANSPORTE DE
VALORES
UNIDADE 05
116 FECHAMENTO
141
MATERIAL BÉLICO E CONCLUSÃO GERAL
EQUIPAMENTOS
INTRODUÇÃO À
SEGURANÇA
BANCÁRIA
PROFESSORA
Esp. Juliane Moreira Rocha
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Histórico e características da se-
gurança privada • Segurança privada como complemento da segurança pública • Sistema financeiro
nacional • Segurança bancária • Profissional da segurança bancária.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Compreender o conceito e a importância da segurança bancária • Apresentar o sistema de segurança
pública • Demonstrar o que é o sistema financeiro nacional • Sintetizar a segurança bancária • Descrever
o profissional da segurança bancária.
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS
DA SEGURANÇA PRIVADA
12
tema segurança privada. Nele, constava a obrigação das instituições financeiras,
UNICESUMAR
manter sua própria segurança. Ela poderia optar por uma segurança terceiriza-
da ou interna. Esse decreto legalizou a atividade de vigilante, considerada uma
atividade paramilitar.
““
Contemporâneo da criação da Polícia Militar, o Decreto-Lei nº.
1.034 foi parte da política de Segurança Nacional do governo mi-
litar que procurava combater o crescimento dos assaltos a bancos
praticados por grupos opositores do regime ditatorial (CALDEIRA,
2003, p. 196; MUSUMECI, 1998, p. 4; HERINGER, 1992, p. 36).
Esse Decreto deu uma ideia de quais serviços as empresas de segurança privada
deveriam operacionalizar, atentando-se para o histórico político dos vigilantes.
““
O controle e a fiscalização da atividade ficaram a cargo de três ins-
tâncias: o Banco Central ficou responsável pela fiscalização das ins-
tituições financeiras; o Ministério do Exército deveria controlar as
armas através do Serviço de Fiscalização de Importação, Depósito
e Tráfico de Produtos Controlados, e as Secretarias Estaduais de
Segurança Pública e chefes das polícias civis ficaram responsáveis,
respectivamente, pela normatização e fiscalização do setor e pelo
treinamento dos vigilantes (CALDEIRA, 2003, p. 196-7).
13
UNIDADE 1
explorando Ideias
A profissão do vigilante surgiu em 1820, nos Estados Unidos, e foi criada por Allan Pinker-
ton, quando reuniu um grupo de homens com o intuito de proteger o presidente Abrah-
am Lincoln. Mais tarde, considerou-se o dia 19 de junho como o dia do vigilante.
Fonte: a autora.
““
serviços, conforme consta nos Arts. 16 e 17 da referida lei, vejamos:
Art. 16. As competências estabelecidas nos arts. 1º, 6º e 7º, da Lei
nº 7.102, de 20 de junho de 1983, ao Ministério da Justiça, serão
exercidas pelo Departamento de Polícia Federal.
Art. 17. Fica instituída a cobrança de taxas pela prestação dos ser-
14
viços relacionados no anexo a esta lei, nos valores dele constantes.
UNICESUMAR
(BRASIL, 1995a, on-line).
A autorização da Lei ,para cobrança das taxas, possibilitou à Polícia Federal criar
um setor especializado para exercer as novas atribuições, que, na época, denomi-
nou-se Divisão de Controle de Segurança Privada (DCSP).
O DCSP teve sua primeira sede em Brasília, com a responsabilidade de regular,
coordenar e controlar toda a segurança privada no território nacional. Atualmente,
esse órgão chama-se Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada (CG-
CSP). Para auxiliar o DCSP, criou-se os órgãos cuja principal função era executar
as atividades. Esses órgãos denominaram-se Delegacias de Controle de Segurança
Privada (DELESP). Cada Estado possuía a sua, por isso, regionalizada e vinculada às
Superintendências Regionais e à Polícia Federal, incumbidas de fiscalizar e contro-
lar a segurança privada de seu próprio Estado. Criou-se, também, as Comissões de
Vistoria (CV), que funcionavam dentro das Delegacias de Polícia Federal, para au-
xiliar as vinte e sete DELESP, criadas para fiscalizar e controlar a segurança privada.
No ano de 2016, havia, no Brasil, oitenta e duas Comissões de Vistoria, distribuídas
pelos vinte e sete Estados da federação. Cada Comissão é responsável pelo controle
e fiscalização da segurança privada em uma circunscrição específica. Essa estrutura
foi criada pela Portaria n. 73, de 10 de dezembro de 1996. Entre os períodos de pro-
mulgação da Lei n. 9.099/95 (BRASIL, 1995c, on-line) e a Portaria n. 73/96, o controle
da segurança privada ficou, provisoriamente, a cargo do extinto Departamento de
Organização Política e Social (DOPS), do Departamento de Polícia Federal.
COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTROLE
DE SEGURANÇA PRIVADA
CGCSP/DIREX/PF
DAS 101.4
criou um órgão colegiado, incumbido de criar políticas para o setor e julgar pro-
cessos punitivos instaurados pela Polícia Federal contra as empresas de segurança.
Além do presidente do órgão estatal de controle, este colegiado compôs-se por
representantes de entidades de classe patronal e laboral, do setor de segurança privada,
e, também, por representantes de órgãos públicos, exercentes de atividades correlatas.
A primeira formação desse colegiado ocorreu em 1986 e, na época, denominava-se
Comissão Executiva para Assuntos de Vigilância e Transportes de Valores, criada
pela Portaria n. 601, de 12 de dezembro de 1986, baixada pelo Ministério da Justiça e
substituída pela Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP),
em 25 de fevereiro de 1991, conforme a Portaria n. 73, do Ministério da Justiça.
Hoje, a CCASP é composta por treze membros, são eles:
1. Diretor-Executivo do DPF – preside a comissão.
2. Representante do Comando do Exército.
3. Representante do Instituto Resseguros do Brasil (IRB).
4. Representante da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
5. Representante da Confederação Nacional de Bancários (CNB).
6. Representante da Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas e de
Vigilância e Transporte de Valores (FENAVIST).
7. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância (CNTV).
8. Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento dos
Vigilantes (ABCFAV).
9. Associação das Empresas de Transporte de Valores (ABTV).
10. Sindicato dos Empregados no Transporte de Valores e Similares do Dis-
trito Federal (SINDVALORES-DF).
11. Associação Brasileira de Empresas de Vigilância e Segurança (ABREVIS).
12. Federação Nacional dos Empregados, em Empresas de Vigilância, Trans-
porte de Valores e Similares (FTRAVEST).
13. Associação Brasileira de Profissionais em Segurança Orgânica (ABSO).
Evidencia-se que a CCASP é um órgão bipartite, uma vez que os participantes se di-
videm entre representantes do poder público e do setor de segurança privada. Hoje,
ainda, o Brasil utiliza a estrutura normativa e institucional descrita anteriormente.
Conclui-se, desse modo, que a estrutura normativa e institucional, para o controle
da segurança privada, existente no Brasil, caracteriza-se por apresentar um padrão
de regulação abrangente e uma estrutura de controle centralizada e responsiva.
16
Diretoria Geral CCASP
EXÉRCITO DIREX ABCFAV
ABREVIS CNTV-PS
DIREX CNB IRB ABTV
FTRAVEST FENAVIST
FEBRABAN SINDVALORES-DF ABSO
CGCSP
17
UNICESUMAR
SEGURANÇA PRIVADA COMO
UNIDADE 1
COMPLEMENTO DA
SEGURANÇA PÚBLICA
““
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabili-
dade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da in-
columidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
[...]
(BRASIL, 1988).
UNICESUMAR
de preservar a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Levando-se em conta que, na atualidade, a segurança pública não atende a
interesses pessoais ou particulares, mas à sociedade como um todo, e que não
possui condições de suprir, completamente, suas tarefas de proteção de pessoas
e patrimônios, aqueles que possuem melhores condições econômicas ou maior
necessidade de proteção, devido, por exemplo, à função que exercem, buscam a
segurança privada para suprir.
pensando juntos
““
Art. 1º A presente portaria disciplina, em todo o território nacio-
nal, as atividades de segurança privada, armada ou desarmada,
desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas que possuem
serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que nelas
atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança
dos estabelecimentos financeiros.
““
§ 2° A política de segurança privada envolve a gestão públi-
ca e as classes patronal e laboral, obedecendo aos princípios
da dignidade da pessoa humana, das relações públicas, da
satisfação do usuário final, da prevenção e ostensividade
19
para dar visibilidade ao público em geral, da proatividade
UNIDADE 1
20
SISTEMA
UNICESUMAR
FINANCEIRO
NACIONAL
BANCÁRIA
Atualmente, exige-se que as empresas busquem proteger seus ativos contra riscos
previsíveis, pois esses podem comprometer o negócio, causar danos sociais e
políticos. Nesse sentido, subentende-se que há, necessariamente, um compro-
misso tácito entre a empresa, empregados, fornecedores, clientes, acionistas com
a sociedade e o meio ambiente.
A melhor forma de prevenir os riscos é a análise constante dos processos, o
monitoramento do negócio, a percepção de cenários e a manutenção permanente
das pessoas mobilizadas contra eventuais ocorrências.
Além da necessidade de reduzir ocorrências de danos, é indispensável que
haja organização e coordenação com o esforço corporativo para:
• Verificar o nível de segurança da empresa e indicar as possíveis ameaças;
• Demonstrar o custo-benefício entre o valor e os eventuais danos que
poderão ser evitados, com uma segurança melhor;
• Reconhecer quais são os recursos necessários que poderão evitar
possíveis ocorrências, que resultariam em perdas, diretamente, nos
negócios, no resultado econômico ou na imagem da organização ou
em todos os casos, conjuntamente.
UNICESUMAR
de requisitos de segurança. Isso evidencia que as organizações financeiras são
obrigadas a investir, continuadamente, em segurança.
Diante disso, não podemos mais tratar a segurança como uma estrutura es-
pecífica, mas como uma atividade sistematizada, partindo do pressuposto de
integração em todos os níveis e segmentos institucionais. Além dos recursos de
segurança que são impostos por leis e, obrigatoriamente, adotados pelas institui-
ções financeiras, as organizações financeiras podem utilizar outros métodos de
acordo com suas estratégias de segurança.
A autorização de funcionamento do estabelecimento vincula-se, diretamente,
à aprovação do plano de segurança pelo Departamento de Polícia Federal. O
Plano de segurança é um documento exigido pela Lei n. 7.102/83 (BRASIL,
1983a, on-line) e regulamentado pela Portaria 387/2006 (BRASIL, 2006, on-li-
ne) para todas as instituições financeiras, que guardam objetos de valor e fazem
movimentação de numerário.
No Plano de Segurança, devem constar, expressa e detalhadamente, as condi-
ções e os elementos. É necessário, também, abordar os seguintes itens:
• Vigilância armada: tem o objetivo de proteger instalações, bens, nume-
rário, pessoas e é exigida por lei. Devem constar, no Plano de Segurança,
o posicionamento dos vigilantes e a postura ostensiva. Seu trabalho é
obrigatório, durante todo o período de atendimento ao público, e facul-
tativo, nos demais horários.
• Sistemas de alarme: é um equipamento exigido por lei, que possui
ação preventiva e ostensiva. Seu intuito é informar, rapidamente, à
polícia ou à central de monitoramento a presença de pessoas em am-
biente ou horário não permitido.
• Porta com detector de metais (PDM): é um equipamento preventivo e
de ação ostensiva, capaz de identificar metais; possui um mecanismo que
trava a porta, impedindo o acesso de pessoas em áreas protegidas. A Por-
taria 387/06 da Polícia Federal estabelece que todos os estabelecimentos
financeiros, que possuem PDM, devem possuir detector de metais manual.
• Sistema interno de televisão (CFTV): é um sistema eletrônico de segu-
rança preventiva e ostensiva, com o objetivo de inibir e identificar ocor-
rências irregulares. Deve permanecer em funcionamento ininterrupto.
• Fechadura eletrônica de tempo programável para cofre e escudo:
equipamento que permite a programação de horário para abertura do
23
cofre, possui função de retardamento da abertura em 15 minutos. Utili-
UNIDADE 1
Além dos itens descritos, a Portaria 387/06 (BRASIL, 2006, on-line) determina que
as instituições financeiras sejam providas, obrigatoriamente, de vigilância armada e
sistema de alarme, um dos dispositivos elencados, que consta no Plano de Seguran-
ça. São obrigatórios os coletes a prova de bala para os vigilantes, detector manual
de metais e vigilância armada no ambiente de autoatendimento, durante o horário
de atendimento ao público.
24
PROFISSIONAL DA
UNICESUMAR
SEGURANÇA
BANCÁRIA
26
ou apagadas, portões ou janelas que deveriam estar fechados, pessoas
UNICESUMAR
ou carros que passam, frequentemente, à frente do estabelecimento. A
facilidade em gravar fisionomias, placas, marcas, modelos, cores e carac-
terísticas de veículos facilitam a investigação ou prevenção, em casos de
tentativa de furtos ou assaltos. Dessa forma, a capacidade de memória
visual e atenção é requisito indispensável para um bom profissional.
e) Sigilo e discrição: o profissional de segurança deve manter absoluto si-
gilo de informação, uma vez que pode colocar os patrimônios, os clientes,
os funcionários e a si próprio em risco. Em hipótese nenhuma, pode ha-
ver comentários acerca do sistema de segurança utilizado; informações
a respeito dos transportes de valores e entrada e saída de grandes fluxos
de valores ou comentários de clientes que levantam grandes quantidades
de valores em espécie. Evitar passar informações por telefone, mesmo que
a pessoa se identifique, se considerar as perguntas específicas e relacio-
nadas à segurança. Atentar-se, no momento da contratação, observando
se o futuro funcionário é curioso e falador, pois o bom profissional deve
manter, sempre, a discrição.
f) Boa comunicação: o profissional deve saber se comunicar, tanto verbal-
mente quanto de forma escrita, evitar gírias e erros de português, sempre,
fazer-se entender, expressando-se corretamente e de forma simples, com
tom de voz adequado.
g) Boa capacidade de reação: em casos de situações de emergência, o pro-
fissional de segurança não pode entrar em estado de “choque”, tem que
pensar racionalmente e rapidamente para amenizar a situação.
Além das características elencadas, outras que agreguem valor a prestação de ser-
viço do profissional de segurança bancária são válidas e devem ser consideradas,
como diferencial, pelo gestor em segurança, ao contratar um novo profissional.
27
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 1
28
na prática
1. O governo militar outorgou o Decreto-Lei Federal n. 1.034, que foi uma das primeiras
leis que discutia o tema segurança privada. Assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, o ano de promulgação da referida lei.
a) 1969.
b) 1992.
c) 1973.
d) 1987.
e) 1953.
2. A profissão do vigilante surgiu em 1820, nos Estados Unidos, criada por Allan Pin-
kerton, quando este reuniu um grupo de homens, com o intuito de proteger o
presidente dos Estados Unidos da época. Quem era esse presidente?
a) George Washington.
b) John Fitzgerald Kennedy.
c) Abraham Lincoln.
d) George Herbert Walker Bush.
e) Barack Hussein Obama II.
29
na prática
a) V; V; F.
b) F; F; V.
c) V; F; V.
d) F; F; F.
e) V; V; V.
30
aprimore-se
O Brasil foi alvo de 5,68 ataques a bancos por dia em 2016. É o que revela a última
edição da Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos e Carros-fortes, realizada pela
CONTRASP – Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada, pela
Federação dos Vigilantes do Paraná e pelo SindVigilantes Curitiba.
A Pesquisa revelou o total de 2082 ataques a bancos em 2016, entre assaltos, ex-
plosões e arrombamentos. A mesma Pesquisa também contabiliza os sinistros a
carros-fortes, que fechou o ano com 65 ataques no país.
Liderando o ranking, está o estado de São Paulo com 305 ataques a bancos, se-
guido de Minas Gerais, com 295. Os dois estados também lideraram o ranking de
2015, na mesma ordem.
Em 2016, o Paraná subiu de quarta para a terceira posição com 206 ataques, segui-
do do Rio Grande Sul com 202, Pernambuco com 164, Paraíba com 116 e Bahia com
93. Em último lugar está Roraima, com 3 ataques – mas que obteve o aumento de
200% em relação a 2015.
São Paulo também chefia o cargo de primeiro lugar no ranking de ataques a carros-for-
tes no Brasil, com 17 ocorrências. Seguido de Pernambuco com 9 ataques (aumento
de 50% em relação a 2015), Bahia com 7 e Piauí e Ceará, ambos registrados 5 sinistros.
Aumento da violência
31
aprimore-se
nho da explosão dos caixas eletrônicos que chegam a destruir a agência inteira.
“Como os banqueiros não tem coração, tem cofre, nada fizeram para aumentar a segu-
rança de suas agências e muito menos se preocuparam com a vida de seus funcionários
e usuários dos sistemas financeiros”, declara João Soares, Presidente da CONTRASP.
Antes nas investidas de arrombamento aos caixas eletrônicos participavam dois indiví-
duos, utilizando maçarico ou bananas de dinamites em pouca quantidade. Agora qua-
drilhas fortemente armadas, fecham cidades, explodem os caixas e espalham horror por
onde passam, principalmente em cidades pequenas as quais o efetivo policial é baixo.
A violência tem feito milhares de trabalhadores vítimas dos ataques ao sistema fi-
nanceiro. As doenças da mente fazem parte do saldo desta violência e muitos per-
dem a vida ou não conseguem mais retornar às suas atividades. Em 2016 os ataques
a banco fizeram 189 vítimas, resultando em 14 mortes. Até quando os vigilantes
farão parte desta estatística?
32
eu recomendo!
filme
conecte-se
33
LEGISLAÇÃO DA
SEGURANÇA
BANCÁRIA
e Transporte de Valores
PROFESSORA
Esp. Juliane Moreira Rocha
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Regulamentação de proce-
dimento de segurança bancária • Planejamento de medidas preventivas para a segurança bancária •
Regulamentação de procedimento de transporte de valores • Planejamento de medidas preventivas
de transporte de valore • Serviços orgânicos de vigilância patrimonial e/ou transporte de valores.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a legislação inerente à atividade bancária • Apresentar a legislação inerente à transporte
de valores • Compreender a sistemática das Leis aplicadas • Demonstrar os procedimentos de segu-
rança bancária e de transportes de valores • Diferenciar transporte de valores de serviços orgânicos de
transporte de valores.
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS DE
Segurança Bancária
““
Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento fi-
nanceiro onde haja guarda de valores ou movimentação de nume-
rário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à
sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma desta
lei. (BRASIL, 1983a, on-line)
““
§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo com-
preendem bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, socie-
dades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos
de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas
singulares de crédito e suas respectivas dependências.
(BRASIL, 1983a, on-line).
36
Os parágrafos 2º e 3º informam que, por ter menor circulação financeira, as coo-
UNICESUMAR
perativas singulares de crédito e suas dependências têm procedimentos mais sim-
ples, ou seja, se a cooperativa ficar dentro de um edifício que já possua estrutura
de segurança, o sistema de segurança será dispensado. Dentro dessas condições,
será necessário apenas a elaboração de um plano de segurança e, caso haja invia-
bilidade econômica, a contratação de vigilantes será dispensada:
““
§ 2o O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida cir-
culação financeira, requisitos próprios de segurança para as coope-
rativas singulares de crédito e suas dependências que contemplem,
entre outros, os seguintes procedimentos:
I – dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de coo-
perativa singular de crédito que se situe dentro de qualquer edifica-
ção que possua estrutura de segurança instalada em conformidade
com o art. 2o desta Lei;
II – necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único
plano de segurança por cooperativa singular de crédito, desde que
detalhadas todas as suas dependências;
III – dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize eco-
nomicamente a existência do estabelecimento.
§ 3o Os processos administrativos em curso no âmbito do Depar-
tamento de Polícia Federal observarão os requisitos próprios de
segurança para as cooperativas singulares de crédito e suas depen-
dências (BRASIL, 1983a, on-line).
““
Art. 2º - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui
pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes;
alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o es-
tabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de
vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um
dos seguintes dispositivos:
37
I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibi-
UNIDADE 2
Em 2018, o Art. 2-A fora incluído por meio da Lei n. 13.654 (BRASIL, 2018, on-
-line), que determina que todas as instituições financeiras que foram autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil e que fornecem caixas eletrônicos aos
seus clientes devem, obrigatoriamente, instalar equipamentos dentro dos caixas
eletrônicos que inutilizem as cédulas em caso de arrombamento, movimentos
bruscos ou alta temperatura, bem como especifica em seu parágrafo 1º, que pode
ser utilizada qualquer tecnologia desde que não prejudique a pessoa de boa-fé
que esteja utilizando o equipamento.
““
Art. 2º-A As instituições financeiras e demais instituições autori-
zadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, que colocarem à
disposição do público caixas eletrônicos, são obrigadas a instalar
equipamentos que inutilizem as cédulas de moeda corrente depo-
sitadas no interior das máquinas em caso de arrombamento, movi-
mento brusco ou alta temperatura.
§ 1º Para cumprimento do disposto no caput deste artigo, as institui-
ções financeiras poderão utilizar-se de qualquer tipo de tecnologia
existente para inutilizar as cédulas de moeda corrente depositadas
no interior dos seus caixas eletrônicos, tais como:
I – tinta especial colorida;
II – pó químico;
III – ácidos insolventes;
IV – pirotecnia, desde que não coloque em perigo os usuários e
funcionários que utilizam os caixas eletrônicos;
V – qualquer outra substância, desde que não coloque em perigo os
usuários dos caixas eletrônicos.
§ 2º Será obrigatória a instalação de placa de alerta, que deverá ser
afixada de forma visível no caixa eletrônico, bem como na entrada
38
da instituição bancária que possua caixa eletrônico em seu interior,
UNICESUMAR
informando a existência do referido dispositivo e seu funcionamento.
§ 3º O descumprimento do disposto acima sujeitará às instituições
financeiras infratoras às penalidades previstas no art. 7º desta Lei
(BRASIL, 2018, on-line).
““
Art. 7º O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta
lei ficará sujeito às seguintes penalidades, conforme a gravidade
da infração e levando-se em conta a reincidência e a condição
econômica do infrator
I - advertência;
II - multa, de mil a vinte mil Ufirs;
III - interdição do estabelecimento (BRASIL, 1983a, on-line).
O Art. 2-A, em seu parágrafo 4º, traz a forma de implantação desse sistema de segurança:
““
§ 4º As exigências previstas neste artigo poderão ser implantadas pelas
instituições financeiras de maneira gradativa, atingindo-se, no míni-
mo, os seguintes percentuais, a partir da entrada em vigor desta Lei:
I – nos municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes, 50%
(cinquenta por cento) em nove meses e os outros 50% (cinquenta
por cento) em dezoito meses;
II – nos municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) até
500.000 (quinhentos mil) habitantes, 100% (cem por cento) em
até vinte e quatro meses;
III – nos municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habi-
tantes, 100% (cem por cento) em até trinta e seis meses.
(BRASIL, 1983a, on-line).
MEDIDAS
PREVENTIVAS PARA
a Segurança Bancária
40
Além dos itens elencados, o gestor deve se preocupar em criar ativi-
UNICESUMAR
dades, como palestras sobre cuidados relacionados à segurança pessoal,
projetos de segurança pessoal para visitantes e medidas de rotina, como
controles de acesso, vigilância ostensiva, atendimento de emergência mé-
dica e combate a incêndios e explosões.
Para garantir a segurança de patrimônio e dos colaboradores, o gestor deve
desenvolver um levantamento e análise de riscos. Com base nessas informações,
deve criar um projeto e planos de segurança, implantar um sistema integrado de
segurança, em conjunto com os recursos humanos, tecnológicos e normativos,
divulgar práticas de segurança sempre, desenvolver planos de gestão de crises em
casos de greves, furtos, roubos acidentes e outros.
O gestor deve se preocupar com o possível vazamento de informações para
garantir a segurança desse setor, deve participar do processo de seleção dos novos
funcionários sempre verificando os antecedentes pessoais, fazer palestras e/ou
reuniões divulgando metodologias de proteção da informação, fazer fiscalização
e segurança física no caso de transferência de informações, fiscalizar se todos os
procedimentos preestabelecidos estão sendo cumpridos e abrir sindicância em
casos de suspeita de vazamento de informações.
Ademais, é de suma importância que o gestor de segurança crie metas a serem
cumpridas por todos os colaboradores, tais como:
• Conscientizar todos os envolvidos sobre a necessidade de realizar todos
os procedimentos de segurança de acordo com seu cargo e setor.
• Assegurar o maior índice de identificação de colaboradores com acesso
à instituição financeira.
• Assegurar o maior índice de vistoria em documentos e materiais.
• Fiscalizar 100% do perímetro da instituição financeira.
• Assegurar o maior índice em casos de atendimento de emergências.
• Auferir o maior índice de qualidade da comunicação entre os departamentos.
• Diminuir as ocorrências de parada no controle de acesso por erros administrativos.
• Subir o nível de satisfação dos clientes e dos colaboradores.
41
REGULAMENTAÇÃO DE
UNIDADE 2
PROCEDIMENTOS DE
Transporte de Valores
““
Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados:
I - por empresa especializada contratada; ou
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e prepa-
rado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de
vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança
tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça.
Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o ser-
viço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias
Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação
(BRASIL, 1983a, on-line).
UNICESUMAR
acordo com a quantidade de numerário:
““
Art. 4º O transporte de numerário em montante superior a vinte mil
Ufir, para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos
estabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em
veículo especial da própria instituição ou de empresa especializada.
Art. 5º O transporte de numerário entre sete mil e vinte mil Ufirs
poderá ser efetuado em veículo comum, com a presença de dois
vigilantes (BRASIL, 1983a, on-line).
Na maioria dos casos, enquadra-se o Art. 4º, onde o transporte deve ser realizado
por veículo especial. Em casos excepcionais, poderá ser feito o transporte em veículo
comum, desde que o valor seja baixo e que conte com a presença de dois vigilantes.
O Art. 10º indica quais são as atividades desenvolvidas com prestação de
serviço privativas da segurança privada e traz outras disposições:
““
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades
desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de:
I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras
e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a
segurança de pessoas físicas;
II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qual-
quer outro tipo de carga.
§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser
executados por uma mesma empresa.
§ 2º As empresas especializadas em prestação de serviços de segu-
rança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma
de empresas privadas, além das hipóteses previstas nos incisos do
caput deste artigo, poderão se prestar ao exercício das atividades de
segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, indus-
triais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins
lucrativos; e órgãos e empresas públicas.
§ 3º Serão regidas por esta lei, pelos regulamentos dela decorrentes
e pelas disposições da legislação civil, comercial, trabalhista, previ-
denciária e penal, as empresas definidas no parágrafo anterior.
43
§ 4º As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigi-
UNIDADE 2
““
Art. 11 - A propriedade e a administração das empresas especializa-
das que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros.
Art. 12 - Os diretores e demais empregados das empresas especiali-
zadas não poderão ter antecedentes criminais registrados.
Art. 13 - O capital integralizado das empresas especializadas não
pode ser inferior a cem mil Ufirs.
Art. 14 - São condições essenciais para que as empresas especializa-
das operem nos Estados, Territórios e Distrito Federal:
I- autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20
desta Lei; e
II- comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo
Estado, Território ou Distrito Federal.
Art. 15 - Vigilante, para os efeitos desta lei, é o empregado contra-
tado para a execução das atividades definidas nos incisos I e II do
caput e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10 (Redação dada pela Lei nº 8.863, de
1994) (BRASIL, 1983a, on-line).
44
Além da lei transcrita, o transporte de valores, também, obedece a Portaria 387/06
UNICESUMAR
da Polícia Federal, que garante os direitos no Art. 117.
““
Art. 117. Assegura-se ao vigilante:
I – o recebimento de uniforme, devidamente autorizado, às expensas
do empregador;
II – porte de arma, quando em efetivo exercício;
III – a utilização de materiais e equipamentos em perfeito funciona-
mento e estado de conservação, inclusive armas e munições;
IV – a utilização de sistema de comunicação em perfeito es-
tado de funcionamento;
V – treinamento permanente de prática de tiro e de defesa pessoal;
VI – seguro de vida em grupo, feito pelo empregador;
VII – prisão especial por ato decorrente do exercício da atividade.
(BRASIL, 2006, on-line).
““
Art. 118. São deveres dos vigilantes:
I – exercer as suas atividades com urbanidade, probidade e denodo;
II – utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado, apenas em serviço;
III – portar a Carteira Nacional do Vigilante – CNV;
IV – manter-se adstrito ao local sob vigilância, observando-se as
peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta ar-
mada e segurança pessoal;
V – comunicar, ao seu superior hierárquico, quaisquer incidentes
ocorridos no serviço, assim como quaisquer irregularidades relati-
vas ao equipamento que utiliza, em especial quando ao armamento,
munições e coletes à prova de balas, não se eximindo o empregador
do dever de fiscalização (BRASIL, 2006, on-line).
O Art. 51 determina que, caso haja transporte em valor igual ou superior a 20.000
(vinte mil) UFIR, esse transporte deverá ser realizado por veículos especiais de
posse ou propriedade da empresa transportadora de valores:
““
Art. 51. No transporte de valores de instituições financeiras, as em-
presas de transporte de valores deverão utilizar veículos especiais,
de sua posse ou propriedade, nos casos em que o numerário a ser
transportado seja igual ou superior a 20.000 (vinte mil) UFIR.
§ 1o Nos casos em que o numerário a ser transportado for maior
que 7.000 (sete mil) e inferior a 20.000 (vinte mil) UFIR, poderá ser
utilizado veículo comum, de posse ou propriedade das empresas de
transporte de valores, sempre com a presença de, no mínimo, dois
vigilantes especialmente habilitados.
§ 2o É vedada a contagem de numerário no local de acesso aos usuá-
rios por ocasião do abastecimento de caixas eletrônicos e outros
terminais de autoatendimento (BRASIL, 2012).
46
Já o Art. 52 traz os casos excepcionais, onde mesmo o transporte sendo de valor
UNICESUMAR
igual ou superior a 20.000 (vinte mil) UFIR, será dispensada a utilização do veí-
culo especial, mas, para tanto, a empresa de transporte de valores deverá possuir
uma autorização específica da Delegacia de Controle de Segurança Privada (De-
lesp) ou Comissão de Vistoria (CV):
““
Art. 52. Nas regiões onde for comprovada a inviabilidade do uso de
veículo especial, as empresas de transporte de valores poderão ser
autorizadas pela Delesp ou CV a efetuar o transporte por via aérea,
fluvial ou por outros meios, devendo:
I - utilizar, no mínimo, dois vigilantes especialmente habilitados;
II - adotar as medidas de segurança necessárias, por ocasião do
embarque e desembarque dos valores, junto às aeronaves, em-
barcações ou outros veículos;
III - observar as normas da aviação civil, das capitanias de portos
ou de outros órgãos fiscalizadores, conforme o caso; e
IV - comprovar que possui convênio ou contrato com outra em-
presa de transporte de valores devidamente autorizada, quando
não possuir autorização na(s) unidade(s) da federação por onde
necessite transitar durante o transporte.
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto no caput aos casos em que
for necessário realizar o transporte intermodal, assim entendido
aquele realizado por mais de uma modalidade de veículo, quer seja
aéreo, fluvial ou por qualquer outro meio (BRASIL, 2012).
““
Art. 53. A execução de transporte de valores iniciar-se-á, obriga-
toriamente, no âmbito da unidade da federação em que a empresa
possua autorização.
Parágrafo único. Inclui-se no serviço de transporte de valores o re-
torno da guarnição com o respectivo armamento e demais equipa-
mentos, com os pernoites estritamente necessários.
47
Art. 54. A mudança do local onde o veículo especial estiver operan-
UNIDADE 2
““
Art. 55. A desativação do veículo especial deverá ser comunicada
previamente à Delesp ou CV, e a eventual reativação, deverá ser
precedida de expedição do certificado de vistoria respectivo, ob-
servando o procedimento previsto nos arts. 24 e 25.
§ 1º No caso de desativação temporária, assim entendida aquela por
período determinado, não superior a um ano, e com data prevista
para retorno do veículo à operação, a empresa comunicará à Delesp
ou CV o motivo da desativação, bem como o local onde o veículo
especial poderá ser encontrado.
§ 2º Passado o período do § 1º sem que o veículo seja efetivamen-
te reativado, deverá ser procedida à sua desativação definitiva,
nos termos do caput.
Art. 56. As empresas de transporte de valores e as que possuem ser-
viço orgânico de transporte de valores poderão proceder à alienação
entre si, a qualquer título, de seus veículos especiais, desde que haja
a devida comunicação à Delesp ou CV em até cinco dias úteis.
Parágrafo único. O adquirente deverá requerer a renovação dos
certificados de vistoria correspondentes, observando-se o procedi-
mento previsto nos arts. 24 e 25, dentro do prazo de trinta dias após
o recebimento do veículo (BRASIL, 2012).
UNICESUMAR
MEDIDAS
PREVENTIVAS DE
Transporte de Valores
““
Art. 58. As empresas de transporte de valores deverão desenvolver
e implementar procedimentos de controle interno, para detectar
operações que possam conter indícios dos crimes de que trata a Lei
9.63, de 1998, ou com eles relacionar-se (BRASIL, 2012).
““
Art. 59. Deverão ser comunicados ao Conselho de Controle de Ati-
vidade Financeiras – Coaf, no prazo de vinte e quatro horas, absten-
do-se de dar ciência do ato aos clientes, a proposta ou realização de:
I – operações previstas no art. 58;
49
II – aumento substancial no volume de bens e valores transportados, sem
UNIDADE 2
O parágrafo 1º nos traz a informação de que, ao final de cada ano civil, as empre-
sas de transporte de valores deverão fornecer à Delesp ou à CV, no prazo de trinta
50
dias, declaração de todas as operações que fizeram, que infringiram os incisos do
UNICESUMAR
Art. 59 e que já foram comunicados a Coaf.
““
§ 1º A Delesp ou CV requisitará, após o final do ano civil, declaração
das empresas de transporte de valores acerca da existência ou não
de operações ou situações descritas neste artigo, com prazo de trinta
dias para resposta, sem necessidade, em caso de resposta positiva,
de fornecimento de dados específicos sobre eventuais operações
realizadas, já informadas ao Coaf.
§ 2º As comunicações de boa-fé feitas na forma prevista neste artigo
não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa, conforme
disposto no art. 11, § 2º, da Lei no 9.613, de 1998.
§ 3º As comunicações de que trata o caput deverão ser encaminha-
das por meio de formulário eletrônico disponível na página do Coaf,
sendo disponibilizado ao DPF o acesso aos dados.
§ 4º Caso o DPF disponibilize meio eletrônico próprio para a reali-
zação da comunicação, deverá ser este utilizado em detrimento do
previsto no § 3º (BRASIL, 2012).
““
Art. 60. As empresas de transporte de valores deverão atender, a
qualquer tempo, às requisições de informações provenientes do
DPF ou do Coaf.
Art. 61. As empresas de transporte de valores, bem como os seus
administradores, que deixarem de cumprir as obrigações previstas
nos arts. 57 a 60 sujeitam-se à aplicação das sanções previstas no
art. 12 da Lei no 9.613, de 1998 (BRASIL, 2012).
No Art. 61, é reforçada a informação de que se a empresa de transporte de valores
não atender às obrigações de informações, poderão ser aplicadas sanções que
estão previstas na Lei n. 9.613/98 (BRASIL, 1998, on-line).
51
SERVIÇOS ORGÂNICOS DE
UNIDADE 2
VIGILÂNCIA
PATRIMONIAL
e/ou Transporte de Valores
““
Art. 1º - A presente Portaria disciplina as atividades de seguran-
ça privada, armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas
especializadas, pelas empresas que possuem serviço orgânico de
segurança e pelos profissionais que nelas atuam, bem como regula
a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos finan-
ceiros (BRASIL, 2012).
UNICESUMAR
necessários para a obtenção de autorização de funcionamento, os quais
deverão ser apresentados junto com um requerimento ao Coordenador-
-Geral de Controle de Segurança Privada. São eles:
““
Art. 94 - Para obter autorização de funcionamento, as empresas com
serviço orgânico de segurança deverão apresentar requerimento
dirigido ao Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada,
anexando os seguintes documentos:
I - cópia ou certidão dos atos constitutivos e alterações posteriores,
registrados na Junta Comercial ou Cartório de Pessoa Jurídica;
II - comprovante de inscrição nos órgãos fazendários federal,
estadual e municipal;
III - cópia da Carteira de Identidade, da inscrição no CPF, do Títu-
lo de Eleitor e do Certificado de Reservista dos responsáveis pelo
serviço orgânico de segurança;
IV - certidões negativas de registros criminais expedidas pela Justiça
Federal, Estadual e Militar, dos Estados e da União, onde houver, e
Eleitoral, relativamente aos responsáveis pelo serviço orgânico de
segurança, das unidades da federação onde mantenham domicílio
e pretendam constituir a empresa;
V - comprovante da contratação de seguro de vida para os vigilantes;
VI - memorial descritivo do uniforme dos vigilantes, mencionando
apito com cordão, nome e logotipo da empresa, plaqueta de identi-
ficação, acompanhado de fotografias coloridas, de corpo inteiro de
frente do vigilante devidamente fardado;
VII - declaração das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pú-
blica federais e estaduais e das guardas municipais ou das Delesp
ou CV, informando que o modelo de uniforme apresentado não é
semelhante aos utilizados por aquelas instituições;
VIII - autorização para utilização de frequência de rádio concedida
pelo órgão competente ou contrato com prestadora de serviço, se
houver veículos especiais; e
IX - comprovante de recolhimento da taxa de expedição de alvará
de funcionamento (BRASIL, 2012).
53
• Início das atividades: o Art. 95 determina que as empresas com serviço
UNIDADE 2
Vale ressaltar que a empresa que opta por esse regime de segurança orgânica, toda a
responsabilidade fica sobre ela, inclusive a contratação de prestadores de serviço capa-
citados sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), ou seja, os vigilantes
e profissionais da segurança farão parte do quadro de funcionários da empresa.
explorando Ideias
Carros-fortes são feitos sob encomenda. Sabe-se que a lataria é reforçada com chapas de
aço e produtos especiais e recebe blindagem de nível 3. Como a sala do cofre bloqueia a
visão do motorista, existe uma câmera de vídeo instalada na traseira, cuja imagem apare-
ce em uma tela no painel. As janelas laterais blindadas ajudam a observar os arredores.
O final do furgão é uma sala com acesso por uma porta atrás do banco traseiro, que só abre
com chave ou senha de segurança. Na sala há um cofre que exige outra chave, caso contrá-
rio dispara um alarme. Os pneus podem ser reforçados a pedido do cliente. Os veículos não
costumam receber blindagem máxima porque isso os tornaria muito lentos. Há quatro lu-
gares, a equipe de transporte é composta de dois seguranças, o motorista e o chefe. Todos
usam colete à prova de balas e carregam armas. Nas laterais do carro-forte, há aberturas na
lataria para que os vigilantes possam abrir fogo no caso de uma emergência.
Fonte: adaptado de Yellow Gard (2018, on-line)2.
pensando juntos
A relação entre gestão de pessoas e segurança é muito próxima e não deve ser esque-
cida, pois o gestor deve preocupar-se com a qualidade de vida de sua equipe dentro do
ambiente de trabalho.
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Para concluir esta segunda unidade, relembraremos os principais assuntos abor-
dados sobre a legislação em segurança bancária e transporte de valores.
Falamos sobre a regulamentação utilizada na segurança bancária, com foco
nas leis, decretos e portarias da Polícia Federal, que estabelecem quais as ca-
racterísticas, equipamentos e pessoal que uma agência bancária deve possuir
para poder começar a funcionar e fazer atendimento ao público. Posteriormente,
abordamos o assunto de como o gestor de segurança bancária deve planejar as
medidas preventivas e onde tais documentos devem ser protocolados, bem como
foi especificado o que deve conter nesses documentos.
Na sequência, apresentamos a regulamentação para o transporte de valores,
explicamos as legislações pertinentes (leis, portarias, decretos da Polícia Federal),
bem como especificamos como as quantidades de valores a serem transporta-
dos interferem no tipo de automóvel a ser utilizado e a quantidade de pessoal
que deve acompanham o transporte, assim como o tipo de escolta que deve ser
utilizado. Expomos, também, as medidas preventivas a serem tomadas no trans-
porte de valores e como deve ser realizado as denúncias em caso de a empresa
transportadora suspeitar das quantidades de valores transportados pelo porte da
empresa contratante, para, também, não virar suspeita de lavagem de dinheiro.
Diferenciamos o transporte de valores de serviços orgânicos de trans-
porte de valores, onde um se qualifica por ser uma empresa terceirizada e,
totalmente, responsável pelo serviço, equipamento e funcionários, e outro se
caracteriza por pertencer tudo a própria empresa que precisa dos serviços,
correndo tudo por sua conta própria.
Esperamos, caro(a) aluno(a), que você tenha entendido as discussões propos-
tas nesta unidade e que tenhamos fornecido um pouco mais de conhecimento
nessa jornada de se tornar um Gestor de Segurança Privada.
Continue firme e até a próxima unidade!
55
na prática
a) Getúlio Vargas.
b) Juscelino Kubitschek.
c) João Goulart.
d) Tancredo Neves.
e) Fernando Henrique Cardoso.
2. Quais os itens obrigatórios que o gestor de segurança deve se atentar para fornecer
um planejamento completo?
3. Segundo o Art. 3°, da Lei n. 7.102/83, quem pode executar a vigilância ostensiva:
a) V; V; F.
b) F; F; V.
c) V; F; V.
d) F; F; F.
e) V; V; V.
56
na prática
a) 3.233/2012.
b) 33.732/2017.
c) 34.383/2019.
d) 12.500/2004.
e) 30.486/1996.
a) 72 horas.
b) 48 horas.
c) 36 horas.
d) 12 horas.
e) 24 horas.
57
aprimore-se
A HISTÓRIA DA BRINKS
Fundada no dia 5 de maio de 1859, na cidade de Chicago, estado de Illinois, por Washin-
gton Perry e Fidelia Brink, a empresa que levaria seus sobrenomes, chamada inicial-
mente de BRINK’S CITY EXPRESS, inicia suas atividades como transportadora de caixas
e bagagens de homens de negócio, que viajavam para a cidade em missões comerciais.
Em 1891 a BRINKS fazia sua primeira entrega bancária – seis sacos de dólares de
prata – para o Home National Bank, tornando-se com isso a primeira transporta-
dora de valores do mundo. Em 1900, a empresa já contava com 85 carruagens e
200 cavalos, tendo com gerente um veterinário. Pouco depois, em 1904, a BRINKS
colocou em serviço seu primeiro carro modelo Knox a gasolina, que atingia a 40
km e equivalia a três carruagens e doze cavalos, aumentando assim a segurança e
reduzindo o tempo de transporte de valores.
Em 1918 a empresa abriu seu primeiro escritório fora da cidade de Chicago, em Cleve-
land, e logo depois em Rochester e Filadélfia. Em 1925, o lançamento do slogan “Only
Brink’s Can Open This Safe”, rapidamente se tornou sinônimo de segurança máxima.
Pouco depois, em 1927, a empresa inaugurou seu primeiro escritório na cidade de
Montreal no Canadá. Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, a empresa,
que já empregava 2.000 pessoas, foi a primeira do mercado a equipar seu carros de
transporte de valores com blindagem e armas (revólveres calibre 38, rifles de repe-
tição e até sub-metralhadoras). Em 1956, o primeiro carro-forte movido a diesel foi
adquirido pela empresa por US$ 25.000. A expansão internacional começou em 1961
quando a empresa inaugurou filiais e novas instalações por diversos países europeus,
começando pela França. Em 1962 a BRINKS foi adquirida pela empresa Pittston.
No Brasil a empresa chegou em 1966, e ao longo dos anos mantém um espírito pio-
neiro no desenvolvimento de seus produtos e serviços, incorporando cada vez mais
valor às cadeias de produção de seus clientes. Assim, evoluiu-se do tradicional trans-
58
aprimore-se
porte de valores para uma completa cadeia de serviços integrados, chegando hoje a
oferecer, a exemplo de sua constante inovação, uma completa solução tecnológica
para correspondentes bancários. A década seguinte tem início com a inauguração de
filiais na Venezuela e no México, e, termina, em 1978, com a abertura de seu primeiro
escritório na Ásia. Além disso, nesta década a empresa fortaleceu o transporte de
valores via aérea, iniciado em 1962, incrementando ainda mais os serviços oferecidos.
Nos anos seguintes, a empresa adotou estratégias agressivas e bem estabelecidas
de crescimento no mundo, que contemplavam oportunidades de aquisição, aliadas à
constante oferta de novos produtos e soluções, como em 1983 quando estabeleceu a
divisão de segurança doméstica; ou em 1993, quando iniciou a manutenção de caixas
automáticos. Além disso, investiu fortemente no desenvolvimento de novas tecnologias
e na capacitação de seus funcionários visando à melhoria contínua da qualidade dos
serviços, para satisfação dos clientes. A partir de 1996, a BRINKS iniciou uma nova ex-
pansão internacional, ingressando no mercado sul-africano e posteriormente na região
do Oriente Médio. Em 1998 a empresa introduziu, de maneira pioneira, o cofre compu-
tadorizado CompuSafe para ser instalado nas lojas com o objetivo de executar auto-
maticamente armazenamento de diversos tipos de valores; validação e contabilização
de cédulas por meio eletrônico; conciliação e controle de recebimentos por turno, dia
e operador; fechamento de turno e dia de trabalho; e emissão de relatórios gerenciais.
Com a chegada do novo milênio, a empresa lançou no mercado novos produtos
como o Brinks Cash Logistics, que oferecia soluções e tecnologias para valores; e
agenciamento de carga e despacho aduaneiro. Em 2008, a BRINKS HOME SECURITY,
divisão que presta segurança doméstica e comercial, foi separada da empresa e
passou a se chamar Broadview Security. No ano seguinte, a BRINKS completou 150
anos de atuação mundial, e, mesmo com o cenário de crise internacional, consoli-
dou sua atuação no Brasil com a aquisição de duas empresas do setor de segurança
e transporte de valores: Sebival e Setal.
59
aprimore-se
Tradição e solidez
Durante sua longa história, BRINKS foi escolhida para proteger alguns dos maiores e mais
valiosos tesouros do mundo como o taco de baseball com que Hank Aaron quebrou o
recorde de home-run do legendário Babe Ruth; as primeiras amostras da rocha trazidas
da lua pelos astronautas; o diamante que Richard Burton deu a Elizabeth Taylor; a decla-
ração de independência dos Estados Unidos; e o maior diamante bruto do mundo.
Dados corporativos:
60
aprimore-se
• Funcionários: 53.900
• Segmento: Segurança e logística
• Principais produtos: Soluções de transporte seguro e soluções logísticas
• Ícones: Seus carros-fortes
• Slogan: People. Trust. Innovation.
• Website: www.brinks.com
A marca no mundo:
Você sabia?
61
eu recomendo!
conecte-se
62
anotações
PLANO DE
SEGURANÇA
PROFESSOR
Esp. Ricardo Henrique Helbel
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Plano de segurança • Medidas
preventivas • Técnica de avaliação dos dados e sua aplicação prática • Tipos de ameaças à segurança
bancária • Providência pós-fato.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Compreender o conceito e a importância do Plano de Segurança e sua maior efetividade • Apresentar
os tipos de medidas preventivas, adotadas nas instituições financeiras e correlatas • Exemplificar as
técnicas de avaliação de dados, empregadas na atividade de segurança • Conhecer os principais tipos
de ameaças às instituições financeiras e as formas e atuação do profissional de segurança • Descrever
as principais medidas a serem adotadas pós-fato, possibilitando o efetivo trabalho das forças de se-
gurança, coletar informações que possibilitem a implementação de novos mecanismos de prevenção.
INTRODUÇÃO
SEGURANÇA
66
UNICESUMAR
A análise de risco utilizará as diversas metodologias de análise existentes, buscan-
do classificar o risco, a possibilidade de sua concretização bem como os impactos
que possam ser gerados, caso o risco, realmente, concretize-se.
Apesar de, muitas vezes, as análises de risco serem utilizadas como justificativa
de investimento em segurança, elas contribuem na integração entre os sistemas de
segurança e o fator humano e tecnológico, capaz de otimizar os recursos e reduzir
as despesas, que levará em conta a análise de riscos e a tomada de decisões estraté-
gicas de investimento, implementando os recursos que forem julgados necessários.
67
UNIDADE 3
68
dos que estejam sob sua responsabilidade, além de ser uma conduta pró-ativa,
UNICESUMAR
que deverá manter fixa a ideia de que os planos de segurança e sua efetivação são
responsabilidades de todos.
O profissional de segurança deve se manter, sempre, em estado de vigília, fa-
zendo da preparação sua melhor arma; abster-se de cair na armadilha da rotina;
antecipar-se a possíveis situações de perigo; estar pronto a implementar um novo
plano de segurança, sem deixar de desenvolver novos planos de contingências e
análise de dados coletados.
Não basta o desenvolvimento de planos de contingência, se não forem rea-
lizados treinamentos, que deverão ser difundidos pelos agentes que atuaram na
situação crítica em questão, desde a evacuação do perímetro, em situações de
grande proporção, até a forma de proceder diante da necessidade de abordagem
de suspeitos, considerando todas as situações, como potencial ofensivo.
explorando Ideias
69
MEDIDAS
UNIDADE 3
PREVENTIVAS
70
Nessa medida, contamos com a perspicácia do vigilante na identificação de
UNICESUMAR
pessoas; em manter distância em abordagens; definir formas de sinalização entre
os demais integrantes da equipe de segurança; indicar atitudes que se mostrem
suspeitas; ter conhecimento de contatos telefônicos com empresas de fornecedo-
res e prestadores de serviço, que viabilizam a confirmação de dados de funcioná-
rios; manter-se vigilante e atento ao posicionamento estratégico, nas instalações,
além de identificar possíveis pontos frágeis nessas instalações.
explorando Ideias
71
Os pontos estratégicos de segurança e os pontos vulneráveis, ou de risco, deve-
UNIDADE 3
rão ser identificados por suas características próprias. O primeiro constitui, basica-
mente, em locais dentro do perímetro, que proporcionam ao vigilante sua própria
segurança, eliminando, assim, o fator surpresa, uma vez que se faz possível manter
um melhor ângulo de visão, que lhe possibilitará maior eficiência na execução pre-
ventiva. Nos pontos, porém, que o vigilante pode ser, facilmente, acessado, não há
controle de acesso, portanto, não dispõem de medidas de segurança. Esses pontos,
desse modo, serão atrativos para as atividades criminosas. Quanto ao acesso ao
perímetro, a atenção deve ser maior aos pontos de entrada não permitidas, onde,
na maioria das vezes, a atenção volta-se às entradas de acesso geral.
O controle de entradas permitidas, distribuídas em pontos fixos de segurança,
permitirá ao vigilante controlar e fiscalizar a entrada e saída de pessoas, veículos
e materiais. Geralmente, essas entradas são nas portarias das instalações, que
constituem os principais pontos de segurança de local sob vigilância.
A vigilância e o controle de acesso, no perímetro, devem ser constantes,
abrangendo todos os pontos de acesso, de modo a inibir e impedir qualquer
ação criminosa, ressaltando o caráter preventivo da vigilância das instalações,
por isso, deve adotar medidas de restrição ao acesso e vigilância constante a
todos que acessarem o perímetro.
As barreiras auxiliam na proteção das áreas de segurança; delimitam o espa-
ço físico pertencente à instalação; é dissuasivo contra entradas não permitidas;
impedem ou retardam possíveis tentativas de invasões, possibilitando à equipe
de segurança detectar eventuais ameaças e controlar o acesso e/ou egresso de
pessoas, materiais e veículos. Elas podem ser naturais (rios, matas, encostas etc.)
e/ou artificiais (cercas, muros, telas etc.).
O controle de entradas permitidas é distribuído em pontos fixos de segurança,
onde o vigilante irá controlar e fiscalizar a entrada e saída de pessoas, veículos e
materiais. Geralmente, essas entradas, nas portarias das instalações, constitui o
principal ponto de segurança de local sob vigilância.
O vigilante, empregado neste ponto, para que tenha total segurança, deve ter
efetivo conhecimento de suas atividades, fazer uso de seu tirocínio, raciocínio
rápido, organização, ser dinâmico e comunicativo.
72
UNICESUMAR
No controle do acesso de pessoas, a garantia de segurança das instalações e de
todos os que estejam envolvidos no sistema, dependerá da observância de man-
damentos indispensáveis ao vigilante, tais como:
• Ao realizar a inspeção visual, o vigilante deve se mostrar atento, analisar
e memorizar as características das pessoas, desmotivando pessoas mal
intencionadas ao perceber que foram observadas.
• Se haver a necessidade de abordagem de suspeitos, deve ser, preferencial-
mente, à distância que possibilite ao vigilante dados necessários ao efetivo
controle do acesso, devendo considerar todas as pessoas que busquem
acessar o perímetro, mesmo que acompanhadas do pessoal do sistema,
que deve adotar critérios de observação.
• Nos locais onde for indispensável a apresentação de documento para
acesso, o vigilante deve exigi-lo, verificar se as informações contidas são
verídicas e realizar perguntas referente aos dados observados.
73
TÉCNICA DE
UNIDADE 3
DE AVALIAÇÃO
dos Dados
UNICESUMAR
inspeção visual e a identificação de quem sai do local, observando o controle e a
necessária guia de retirada, realizando o devido registro.
A inspeção visual deverá ser voltada às características do veículo e dos ocu-
pantes, o comportamento e as atitudes, também, deverão ser observados. Esses
aspectos motivam a abordagem do vigilante. A observação, porém, deve aconte-
cer a distância, de forma que possibilite a obtenção e a confirmação dos dados,
no que se fizer necessário para que permita o ingresso no estabelecimento.
Quando o ponto destinado ao acesso de veículos, em um estabelecimen-
to, não possuir medidas de segurança e de profissionais treinados, considera-se
como ponto crítico e, muitas vezes, alvo de invasões. As medidas de segurança,
a serem adotadas nesses pontos, exigem investimento da empresa, tanto em me-
didas estáticas como em treinamento e capacitação de pessoal.
Autorizado o acesso do veículo ao estabelecimento, é conveniente limitar o acesso
pelo ponto, apenas, ao condutor, de modo que os demais ocupantes desembarquem
e acessem por outro ponto, lembrando, sempre, de registrar as informações obtidas.
75
O rígido controle de acesso e fiscalização permanente, com vista a circulação
UNIDADE 3
76
AMEAÇAS À
UNICESUMAR
SEGURANÇA
Bancária
77
Antes de reagir, deve-se observar, atentamente, todo o cenário em que
UNIDADE 3
pensando juntos
78
PROVIDÊNCIA
UNICESUMAR
PÓS-FATO
““
Ocorrência e o acontecimento de um fato que foge da rotina
normal do trabalho, exigindo a adoção de providências por parte
do profissional de segurança e o correspondente registro do fato
(ABCFAV, 2013, p.165).
80
UNICESUMAR
Em casos de ameaça de bomba, ao identificar o objeto suspeito, o vigilante não
deverá tocá-lo em hipótese alguma, deve iniciar os procedimentos inerentes a
ameaça, como o acionamento das forças de segurança, informar o fato ao su-
perior imediato e adotar as medidas de evacuação do local, agindo, sempre, de
forma rápida e discreta. As forças de segurança pública são dotadas de equipes
especializadas para esse tipo de ocorrência, podendo variar de acordo com a
Unidade Federativa. No Estado do Paraná, o serviço é realizado pelo Comando
de Operações Especiais (COE), grupo de elite da Polícia Militar do Paraná.
81
A atuação do vigilante ocorrerá, imediatamente, após encontrar-se em condi-
UNIDADE 3
ção de segurança própria até a chegada da polícia, auxiliando nos trabalhos; será
exercida, somente, no local vigilado e ficar adstrita às instalações na vigilância
patrimonial, nas atividades em deslocamento em via pública ou espaços públicos,
limitando-se ao perímetro da ocorrência do fato.
O isolamento do local do crime é um
dos requisitos básicos para que os peritos
criminais possam realizar um exame pe-
ricial satisfatório, possibilitando a coleta
de vestígios produzidos no local, sem to-
car em objetos, armas, vítimas, móveis,
roupas, bem como manchas de sangue,
impressões em geral etc., até a chegada
da polícia e a passagem da ocorrência.
O vigilante deverá observar a área a ser isolada, com base no ponto onde es-
tiver a maior concentração de vestígios, considerando que nem sempre o terreno
será favorável ao isolamento adequado. Ao término do evento crítico, o vigilante
deverá elaborar o relatório da ocorrência, descrevendo, de forma clara e objetiva,
todos os fatos que entender, pertinente à compreensão do destinatário, possibili-
tando a adoção de medidas preventivas em casos futuros.
O histórico de um relatório de
ocorrência deve seguir uma ordem
cronológica dos fatos; dispor de
informações do local, data e hora,
especificando o fato ocorrido; des-
crever o antes, o durante e o depois,
entre outras informações que dis-
puser no momento, pertinente para
adoção de medidas futuras.
82
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
No decorrer desta unidade, vimos a importância da elaboração do plano de
segurança, sua aplicabilidade, abrangência, considerações quanto às caracte-
rísticas interna e externa das instalações, a atuação do vigilante e dos demais
profissionais, definições de suas funções e efetiva implementação dos planos
de segurança, a cada evento crítico.
Compreendemos que o vigilante deverá ter pleno conhecimento do plano
de segurança, que lhe possibilitará a destinação adequada dos recursos, a imple-
mentação de medidas preventivas, como instalação de cancelas; portões; cercas
eletrificadas; sistemas de identificação e monitoramento e identificação de profis-
sionais que atuem no estabelecimento. Essas medidas lhe permitirão a percepção
das condições que fogem da normalidade, estabelecer medidas que dificultem
possíveis ações criminosas. No levantamento e processamento das informações,
todos os meios, que se fizerem disponíveis, deverão ser utilizados.
O vigilante deve se posicionar de forma ostensiva, de modo que possa manter
contato visual com que venham a acessar o estabelecimento, atitude que prevenirá
as ações criminosas; deverá, também, preparar-se, sempre, para a atuação repreen-
siva que se fizer necessária, distinguindo a realidade fática de eventuais distrações.
Aprendemos, ainda, algumas medidas que devem ser adotadas após a ocor-
rência de crises, como o isolamento de locais; evacuação; combate e extinção de
incêndios; identificação da necessidade de atendimento médico; a transferência
de informações observadas antes, durante e pós-fato, transcritas em relatório que
deverá ser repassado à instituição competente e será apresentado à chefia imedia-
ta. Deve, também, subsidiar readequação do plano de segurança, construído de
forma conjunta, possibilitando a melhor gestão de recursos, a difusão de novos
conhecimentos e sua efetiva aplicação na atividade-fim.
83
na prática
2. Com base no que vimos sobre prevenção e reação, analise as afirmativas a seguir:
84
na prática
a) V, F, V, F, V.
b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, V, V.
d) F, F, V, V, F.
e) V, F, F, V, V.
85
na prática
86
aprimore-se
A Lei 7.102/83 estipula que o transporte de valores será executado por empresa
especializada contratada ou pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que or-
ganizado e preparado para esse fim. Isso inclui pessoal próprio, aprovado em curso
de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça. Assim, o empregador
que exige que o empregado realize transporte de valores sem ter sido treinado e
qualificado para tanto, coloca-o em situação de risco, gerando stress e ansiedade.
Em razão desse ato ilícito, a empresa pode ser responsabilizada por danos morais. É
que o empregador deve zelar pela saúde, higiene e segurança do empregado, como
estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXIII.
No caso julgado pela 5ª Turma do TRT de Minas, as testemunhas ouvidas revela-
ram que o reclamante ia ao banco fazer depósitos em valores correspondentes a R$
10.000, durante as ausências do gerente da loja. Quanto à frequência com que o re-
clamante realizava esta atividade, a prova se mostrou divergente. Uma testemunha
disse que era uma vez por semana, em média, e outra informou que era somente
uma vez por mês, quando o gerente se ausentava para participar de reunião mensal.
Mas, conforme ressaltou o desembargador relator, Marcus Moura Ferreira, o fato é
que o reclamante exercia efetivo transporte de valores em proveito de sua emprega-
dora. “E, independentemente da frequência com que tal ocorria, não há como deixar
de reconhecer que a imposição de uma tal obrigação expôs o empregado a situação
de risco, criando nele o temor de investidas contra a sua integridade física, já que pas-
sou a exercer uma função para a qual não fora contratado e treinado, circunstância
suficiente para ocasionar uma lesão moral passível de reparação”, destacou.
87
aprimore-se
88
eu recomendo!
livro
filme
89
eu recomendo!
conecte-se
90
anotações
MÉTODOS PARA
TRANSPORTE DE
valores
PROFESSOR
Esp. Ricardo Henrique Helbel
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Métodos para o transporte de
valores • Logística de transporte • Escolta armada em transporte de valores.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a metodologia empregada na execução do transporte de valores • Conhecer e compreender
a regulamentação do transporte de valores e dos profissionais empregados na atividade-fim • Apre-
sentar algumas técnicas operacionais e os procedimentos de segurança na execução dos transportes
de valores • Conhecer as funções e as atribuições dos vigilantes que guarnecem o veículo especial, os
procedimentos operacionais, as medidas preventivas e repressivas e o emprego de escolta armada, na
atividade de transporte de valores.
INTRODUÇÃO
TRANSPORTE
de valores
94
• Possuir instalações físicas adequadas e certificadas, além de uso se-
UNICESUMAR
parado das instalações físicas de outros estabelecimentos e de ativi-
dades estranhas às atividades autorizadas, ou seja, o acesso deve ser
exclusivo ao estabelecimento.
• As dependências deverão ser divididas e destinadas ao setor administra-
tivo e ao setor operacional, dotado de sistema de comunicação.
• O local destinado a guarda de armas e munições será construído em al-
venaria, sob laje, com um único acesso. Deverá ser provido de porta re-
forçada, em ferro ou madeira; fechadura especial; grade de ferro e possuir
sistema de combate a incêndio nas proximidades da porta de acesso.
• A garagem será exclusiva, no mínimo, para dois veículos especiais de
transporte de valores.
• Valores e numerários, sob guarda da empresa de transporte de valores,
serão depositados em cofre, com dispositivos de segurança, como alar-
me, capaz de permitir, com rapidez e segurança, comunicação com órgão
policial próximo ou empresa de segurança privada.
• O prédio de instalação da central de operações deverá ser dotado de
equipamentos elétricos, eletrônicos ou de filmagem, com funcionamento
ininterrupto, provido com sistema próprio de comunicação ininterrupta
entre seus veículos e a sede da empresa, em cada unidade da federação
em que estiver autorizada.
• Por fim, deverá contratar seguro de vida coletivo.
95
LOGÍSTICA DE
UNIDADE 4
TRANSPORTE
Dos veículos
UNICESUMAR
poderão ser utilizados caminhões, camionetas e/ou unidades tratora de veículo ar-
ticulado (cavalo mecânico), identificados de forma padronizada, contendo o nome
e logotipo da empresa, com sistema de comunicação ininterrupta com a base.
A estrutura dos veículos especiais de transporte de valores terá sua blindagem
em conformidade com a tabela disposta no Regulamento aprovado pelo Decreto
número 1.246-36 - Aprovação do Decreto n. 55.649 - de 28 de janeiro de 1965
(BRASIL, 1965). As portas, cabine e compartimento da equipe devem ser dotados
de blindagem opaca de nível III, para-brisas e visores opostos em ambos os lados,
dotados de blindagem transparente nível III, permitindo o contato visual da equipe
com segurança, o cofre será disposto em compartimento próprio e será dotado
de blindagem nível II-A e sistema de escotilha que permita o tiro do interior com
blindagens em conformidade com o Art. 18. Os equipamentos de proteção balística
contra armas portáteis e armas de porte são classificados quanto ao grau de restri-
ção - uso permitido e uso restrito - de acordo com o nível de proteção, conforme a
tabela disposta no Regulamento aprovado pelo Decreto número 1.246-36 - Apro-
vação do Decreto n. 55.649 - de 28 de janeiro de 1965 (BRASIL, 1965):
Grau de
Nível Munição Energia Cinética (Joules)
Restrição
III 7,62 FMJ (.308 Winchester) 3.406 (três mil quatrocentos e seis)
Uso
4.068 (quatro mil e sessenta restrito
IV 30-06 AP
e oito)
UNICESUMAR
EM TRANSPORTE
de valores
100
• Curso de reciclagem em escolta armada (Anexo VI): possui carga
UNICESUMAR
horária total de 50 h/a, pode ocorrer, diariamente, no máximo 10 h/a,
objetivando dotar o profissional de conhecimentos e técnicas, que lhe
permitam instruir os demais profissionais.
• O vigilante, ainda, poderá realizar cursos de extensão e reciclagem em
segurança pessoal, extensão em equipamentos não letais I e II e curso de
extensão em segurança para grandes eventos (Anexo VII ao anexo XI).
Somente após a aprovação e conclusão dos referidos cursos, o vigilante fará jus
à certificação, devidamente, registrada pela Delesp ou CV. A certificação terá
validade em todo o território nacional.
101
Da execução do transporte de valores
UNIDADE 4
102
No interior do estabelecimento, o terceiro vigilante, Fiel, receberá ou entregará
UNICESUMAR
ao estabelecimento, verificando lacres e recibos. O primeiro vigilante se colocará
a frente do terceiro vigilante, de forma a reservar os procedimentos de entrega
e retirada de valores e documentos, quando solicitada sua companhia pelo Fiel.
O procedimento para embarque da guarnição, no veículo, deverá observar
a mesma técnica operacional, o primeiro vigilante sai do interior do estabeleci-
mento e, novamente, realiza a verificação das condições do local que, asseguran-
do normalidade, irá se posicionar, novamente, em local que lhe permita a visão
da porta do veículo e a do estabelecimento. Ao perceber anormalidades, deverá
informar ao Fiel, que permanecerá no local protegido, aguardando, até que seja
restabelecida a normalidade no perímetro. Caso necessite, pode solicitar apoio
dos órgãos de segurança pública, abstendo-se de intervir na anormalidade.
Na sequência, o segundo vigilante, somente, sairá do local seguro, quando,
devidamente, sinalizado pelo primeiro vigilante. Desse modo, faz-se o percurso
contrário ao de entrada, sempre, posicionando-se em local de contato visual com
o motorista e a porta do estabelecimento, mantendo atenção ao perímetro.
Por fim, somente após o devido posicionamento do primeiro e do segundo
vigilante é que o Fiel sairá do estabelecimento, dirigindo-se, diretamente, ao veí-
culo, conduzindo o malote e embarcando no veículo especial, seguido do segundo
vigilante e, por último, do primeiro vigilante.
O motorista, durante todo o procedimento operacional, permanecerá no veí-
culo, atento à movimentação de terceiros e aos demais membros da guarnição;
deve permanecer com o motor ligado e atento às comunicações da guarnição.
Caso ocorra uma situação fora da normalidade, a equipe deverá adotar as me-
didas estabelecidas no plano de segurança. O motorista assim que notar qualquer
atitude suspeita e que fuja à normalidade deve se retirar do local e procurar uma
unidade policial próxima, onde deverá informar a autoridade e a central de operações.
Os demais membros da equipe deverão adotar as medidas estabelecidas no
plano de segurança, buscando abrigo em caso de iminente confronto. Se estive-
rem no interior do estabelecimento, deverá aguardar até que seja restabelecida a
normalidade e informar aos órgãos de segurança pública e à central de operações.
103
UNIDADE 4
104
Do plano de segurança e reação
UNICESUMAR
Conforme estudamos anteriormente, as atividades de segurança privada são re-
guladas pela Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF (BRASIL, 2012), que, também, es-
tabelece a obrigatoriedade de planos de segurança, abrangendo medidas preven-
tivas e repressivas, bem como as medidas a serem observadas pós-fatos críticos.
As circunstâncias de execução da atividade de transporte de valores ocorrerão
de acordo com as variáveis apresentadas a cada serviço, que são, de forma análoga
a atividade de segurança pública, classificadas da seguinte forma:
• Ordinário: consistente nos empregos dos meios operacionais de roti-
na, de forma sistêmica, observadas as escalas de prioridades das equipes.
Como exemplo, podemos verificar a composição da guarnição, quanti-
dade de componentes, funções, equipamentos etc.
• Extraordinário: considera a eventualidade de ocorrência que fuja à nor-
malidade e exija o manejo de meios operacionais em caráter eventual e
temporário. Como exemplo, podemos citar greves de funcionários, ma-
nifestações, datas de grande fluxo de numerários etc.
• Especiais: consiste no emprego de meios operacionais, em eventos previ-
síveis, em caráter temporário, exigindo-se o manejo de esforço específico.
Como exemplo, podemos citar a composição de comboios no transporte
de grandes quantidades de numerários, a utilização de forças de segurança
em trabalho conjunto no transporte de valores e numerários etc.
105
criminosos e seu modus operandi, identificar características de veículos,
UNIDADE 4
pensando juntos
106
A efetividade do plano de segurança e reação dependerá das medidas estabele-
UNICESUMAR
cidas e repassadas a cada profissional envolvido na atividade-fim. Deve-se haver
colaboração entre a empresa de transporte de valores, o contratante e as forças
de segurança pública, medidas debatidas e desenvolvidas de forma conjunta e
complementar para dificultar as ações criminosas e minimizar os riscos inerentes
ao transporte de valores.
explorando Ideias
107
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 4
108
na prática
109
na prática
2. Quanto ao veículo comum, este deverá ser guarnecido, no mínimo, por dois vigilan-
tes habilitados e destinados ao transporte de valores. Quais os valores permitidos?
110
na prática
( ) A Guarnição, que irá compor o veículo especial, compõe-se por, pelo menos,
quatro vigilantes, devidamente, habilitados para realizar a atividade de transpor-
te de valores, com suas funções, previamente, definidas, onde será composta de
1 (um) Motorista (vigilante), 1 (um) Fiel (vigilante) e 2 (dois) Seguranças (vigilantes).
( ) As atividades de segurança privada são reguladas pela Constituição Federal de
1988, que estabelece o dever da iniciativa privada em promover a elaboração
de planos de segurança, compostas de medidas preventivas e repressivas, con-
forme estudado na unidade anterior.
( ) O transporte de valores, realizado com o emprego de escolta armada, será
realizado por equipes de vigilante, dotadas de conhecimento das situações de
emergências correlatas, que possuam pleno conhecimento dos planos de se-
gurança e reação, na realização da atividade-fim.
( ) Os profissionais que exercem a atividade de segurança privada são denomina-
dos “vigilantes”, profissional que tem sua atividade regulamentada pelo Depar-
tamento de Polícia Federal e definida na Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF.
a) V, F, F, V.
b) V, V, F, F.
c) F, F, V, V.
d) F; F; F; F.
e) V; V; V; V.
5. Explique como será composta a equipe do veículo especial, qual a quantidade míni-
ma do efetivo empregado, quais os requisitos para realizar a atividade de transporte
de valores e quais as principais funções dos componentes da guarnição.
111
aprimore-se
112
aprimore-se
113
eu recomendo!
livro
filme
114
eu recomendo!
conecte-se
115
MATERIAL
BÉLICO E
Equipamentos
PROFESSOR
Esp. Ricardo Henrique Helbel
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • O processo para aquisição de
materiais bélicos • O transporte de materiais bélicos • As ocorrências envolvendo materiais controlados
• O uniforme • Os equipamentos não letais • O armamento letal.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conhecer e compreender a regulamentação para a aquisição de materiais bélicos • Apresentar formas
de transporte e armazenamento de equipamentos e armamentos (letais e não-letais) • Compreender os
procedimentos adotados em ocorrências, o uso de materiais bélicos e providências cabíveis • Conhecer
as generalidades inerentes ao uniforme do vigilante de transporte de valores, normativa e principais
observações • Apresentar os equipamentos disponíveis ao vigilante de transporte de valores, em espe-
cial, aos equipamentos não letais, atualmente, disponíveis no segmento • Conhecer o armamento letal,
atualmente, disponível ao profissional de escolta armada, em transporte de valores.
INTRODUÇÃO
AQUISIÇÃO DE
Materiais Bélicos
118
A Aquisição de Equipamentos de Outras Empresas
UNICESUMAR
A aquisição, também, poderá se dar por outras empresas de segurança especiali-
zadas ou de serviços orgânicos, estando ou não em atividade, após, devidamente,
autorizadas pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, me-
diante apresentação de informações, quanto à quantidade de armas e munições
a serem transferidas, com seus respectivos dados e registros, podendo ser auto-
rizada a posse e o uso provisório das armas e munições em caso de demonstrada
urgência pelo adquirente, sendo condicionada a autorização à apresentação do
protocolo do pedido de transferência junto ao SINARM.
O TRANSPORTE
DE MATERIAIS
Bélicos
AS OCORRÊNCIAS
ENVOLVENDO
Materiais Controlados
Cinto Tático
122
O Bastão, as Algemas e o Rádio Comunicador
UNICESUMAR
Dentre os equipamentos utilizados pelos profissionais de segurança, encontramos
os bastões (cassetetes) e as algemas, que compõem o rol de equipamentos a serem
disponibilizados aos vigilantes pelas empresas.
O bastão mais utilizado é a “ton-
fa”, equipamento destinado a proteção
individual, construído em matérias e
medidas diversas, pode ser utilizado
na defesa, imobilização e no ataque.
Esse equipamento é apresentado nos
cursos de formação e extensão de vigi- Figura 1 - Tonfa, bastão comumente utilizado pelos
profissionais de segurança / Fonte: Shutterstock.
lantes, nas matérias de defesa pessoal.
As algemas são equipamentos metálicos providos de fechadura ou trava e
que se prestam a controlar a força do preso, dificultar eventual fuga e garantir a
segurança do vigilante, do detido e das demais pessoas que se fizerem presentes.
O uso e emprego de algemas deve observar os requisitos expressos na Súmula
Vinculante n. 11, do Supremo Tribunal Federal (STF). Se não estiverem presentes
tais requisitos, o agente poderá ser responsabilizado cível e criminalmente.
Devemos, ainda, atentar-nos ao equipamento de comunicação. O rádio co-
municador é o meio de comunicação mais utilizado na atividade de segurança,
esse equipamento vem passando por constantes aprimoramentos quanto a sua
funcionalidade, capacidade de alcance e recursos, comumente utilizado o código
“Q”, que utiliza a coleção padronizada de três letras, começadas com a letra “Q”.
Algumas empresas utilizam o NEXTEL, consistente em um equipamento
portátil, utilizado como radiocomunicador e telefone, com possibilidade de
maior alcance de comunicação.
A comunicação não será restrita apenas ao uso de equipamentos. O vigilante
poderá fazer uso de meios naturais de comunicação, como o uso de sinais conven-
cionados pelos membros da equipe de segurança, permitindo a discrição e o sigilo
das mensagens. Essa é utilizada nos deslocamentos, na constatação de situações
de normalidade ou nas que demandem maior atenção da equipe, entre outros.
123
OS EQUIPAMENTOS
UNIDADE 5
NÃO-LETAIS
UNICESUMAR
LETAL
arma de fogo e munição, que poderá ser mantida na residência e/ou em local
de trabalho, diferente do porte de arma de fogo que depende de autorização
para que possa transportá-la, porém com cautela, sem ostensividade, e portar a
documentação referente a autorização de porte e o registro do armamento etc.
O profissional de segurança privada, em conformidade com o Art. 10º da Lei
n. 10.826/03 (BRASIL, 2003, on-line), possibilita a concessão do porte pessoal de
arma de fogo, desde que atenda às exigências do Art. 4° da referida lei e demonstre
a sua efetiva necessidade que se dará em virtude do próprio exercício da atividade
profissional de risco ou em decorrência de ameaça a sua integridade física.
No exercício da atividade de transporte de valores, cada veículo deverá contar
com uma arma curta para cada vigilante e, no mínimo, uma arma longa para cada
dois integrantes da guarnição.
As armas são classificadas segundo a suas características principais,
quanto ao tipo, emprego, funcionamento e seus princípios de funcionamen-
to. A seguir, apresentaremos algumas definições necessárias ao estudo de
armamentos de modo geral.
Quanto ao porte
126
Quanto ao emprego
UNICESUMAR
O emprego da arma pode ser de forma individual, destinada a proteção do porta-
dor, e/ou coletiva, destinada a proteção tanto de seu portador quanto a do grupo.
Quanto ao funcionamento
127
• Revólver: arma de porte in-
UNIDADE 5
128
Munição
UNICESUMAR
PROJÉTIL
MISTURA DETONANTE
ORIFÍCIOS
BOXER DE PASSAGEM
DA CHAMA
BIGORNA
ORIFÍCIOS
BOXER SELADOR DE PASSAGEM
DA CHAMA
MISTURA
BIGORNA
COPO
SELADOR
MISTURA
129
Ao ser realizada a inflamação da carga de
UNIDADE 5
Manutenção
130
ser de maior atenção nas câmaras e depósitos das munições, evitando, assim, a
UNICESUMAR
exposição de umidade aos cartuchos.
Ao portar uma arma de fogo, o vigilante deve se atentar para algumas regras
de segurança, ou seja, deve considerá-la como se estivesse sempre carregada,
atentando-se, sempre, que realizar sua manutenção. Sempre que receber a arma,
verifique se ela está descarregada.
O armamento não deve ser deixado em qualquer lugar, deve ter os devidos
cuidados, impedindo que outra pessoa se apodere de sua arma de fogo; evitar, ain-
da, o porte da arma quando estiver sob a influência de álcool, drogas ou outras
substâncias, pois podem reduzir as capacidades psicomotoras. Nesse caso, o agente
profissional, como vimos nas unidades anteriores, não poderá assumir o serviço.
A manutenção do armamento constitui regra de segurança de constante
observância, devendo ser evitado o excesso de graxa ou lubrificante, que não
é sinônimo de limpeza.
Ressalvada a situação em que haja fator necessário para utilizar a arma de
fogo, esta nunca deverá ser apontada para objetos ou pessoas, que não se tenha a
intenção de atingir, devendo, antes de efetuar o disparo, manter o dedo afastado
do gatilho e, somente, na intenção de uso do armamento, esse será posicionado
sobre o gatilho. Deve-se evitar o disparo em superfícies que possam modificar o
trajeto do projétil e atingir alvo diverso do pretendido.
Quanto as travas de segurança, o vigilante deve evitar o teste sistemático do
mecanismo, pois são apenas dispositivos mecânicos, não substituem o bom senso.
O atirador deve ter bom conhecimento de seu equipamento e estar condicionado
ao seu uso em conjunto com outros equipamentos. Quando estiver fora do coldre,
manter o controle de cano do armamento.
Ao realizar a passagem e/ou recebimento da arma, recomenda-se passar aber-
ta e sem munição. Somente após a passagem do armamento, será realizado o
municiamento em local apropriado, mantendo o controle de cano, preferencial-
mente, em locais onde possa haver o controle do projetil, como em caixas com
areia. Essas são algumas regras de segurança que possibilitam ao profissional de
segurança o uso de arma de fogo, pois reduzem os riscos inerentes ao material.
131
UNIDADE 5
explorando Ideias
pensando juntos
A vida constitui o bem jurídico mais valioso a ser preservado e defendido, por isso o uso
efetivo do armamento deve constituir a última opção para o profissional de segurança,
em defesa própria e de outrem.
Chegamos ao final deste trabalho. Esperamos que o conteúdo deste livro tenha
contribuído para uma boa compreensão das generalidades, desde a segurança
em instituições bancárias até os aspectos operacionais da escolta armada, em
transporte de valores. Entendemos a importância do plano de segurança e da
colaboração de todos os envolvidos no desenvolvimento e implementação das
medidas de segurança na ocorrência de eventos críticos. Demonstramos que
deve haver colaboração comum com as demais forças de segurança, todos de-
vem estar cientes de sua função, no acionamento do plano de segurança, e das
medidas que se fizerem necessárias.
132
A apresentação de tais características possibilita ao profissional de seguran-
UNICESUMAR
ça especializada a compreensão dos aspectos físicos, estruturais, do adequado
emprego linguístico e a importância da elaboração, constante, de relatórios que
possam contribuir para melhoria do plano de segurança e para melhor destina-
ção de recursos, nas fases compreendidas. Como no plano de reação e pós-fato,
analisa-se os diversos níveis de crises e possibilita-se o acesso ao conhecimento da
legislação específica. Desse modo, é importante o conhecimento/reconhecimento
das diferentes atividades abrangidas pela segurança privada especializada bem
como os contextos das diferentes áreas de atuação, como condições essenciais à
boa formação profissional na área de segurança privada.
Por tudo isso que a segurança privada emprega na segurança bancária, em
especial na escolta armada, no transporte de valores não deve ser tratada como
uma atividade engessada e que não permita a adoção de medidas que possibili-
tem a melhor destinação de recursos e, consequentemente, a segurança de fato.
Por fim, é evidente que o atual cenário da segurança privada, voltada à ativi-
dade bancária e à escolta armada, em transporte de valores, decorra da constante
evolução das técnicas empregadas que permeia a adoção de novas técnicas e
meios que garantam a efetividade da execução do serviço, podendo entregar o
produto contratado, ou seja, entregar a efetiva segurança do objeto do contrato e
das pessoas que utilizem o espaço físico da contratante e dos demais.
133
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 5
Encerramos esta unidade! Aqui, pudemos conhecer boa parte dos conceitos e
generalidades do material bélico de uso, atualmente, autorizados pelos profissio-
nais de segurança privada, como a forma de aquisição; guarda e armazenamento;
aquisição de outras empresas de segurança especializadas, sem a necessidade que
haja o encerramento das atividades pela empresa cedente.
As características do uniforme do vigilante, regulamentação e vedação de
similaridade com uniformes de forças policiais demonstram que a ostensividade
do fardamento é de fundamental importância para a identificação do profissio-
nal em campo, que deverá, ainda, ser equipado de plaquetas de identificação do
vigilante e sinais próprios da empresa de segurança.
Pudemos conhecer um pouco dos equipamentos que poderão ser disponi-
bilizados ao vigilante no exercício da atividade profissional, de equipamentos de
segurança individual a equipamentos destinados à defesa pessoal, considerados
como armamentos menos letais, destacando o fato de que somente poderá fazer
uso de tais equipamentos após devidamente qualificado e habilitado para o uso.
Vimos, também, a parte teórica de capacitação para o uso do armamento letal,
tais como características das armas letais, munições, manutenção, técnicas para
transporte, posicionamento, saneamento de eventuais panes, tiro etc.
Por fim, estudamos a atividade de transporte de valores, considerando o fluxo
de pessoas nos locais de coleta e abastecimento de numerários, na maioria das
vezes, em centros urbanos, o que constitui fator determinante para o atual mate-
rial bélico utilizado na atividade-fim, objetivando, principalmente, a conservação
de nosso bem mais valioso, a vida.
134
na prática
2. Quanto à aquisição de materiais bélicos, essa, também, poderá se dar por outras
empresas de segurança, especializadas ou de serviços orgânicos, estando ou não
em atividade, após, devidamente, autorizadas pelo Coordenador-Geral de Controle
de Segurança Privada, mediante a apresentação de quais informações?
135
na prática
136
na prática
a) V; V; F; V; V.
b) V, V, F, F; F.
c) F, F, V, V; V.
d) F; F; F; F; F.
e) V; V; V; V; V.
137
aprimore-se
138
eu recomendo!
livro
filme
139
eu recomendo!
conecte-se
O vídeo, a seguir, mostra algumas das armas não-letais em uso no Brasil, da Fabri-
cante Condor Tecnologia não-letais, em uso nas atividades de segurança pública
e privada no Brasil.
Web: https://www.youtube.com/watch?v=4vPctRM2CMA.
140
conclusão geral
conclusão geral
Caro(a) aluno(a),
Concluímos, aqui, nossos estudos. Esperamos que esses conteúdos tenham des-
pertado a curiosidade por mais temas relacionados à segurança privada, em espe-
cial, à atividade bancária e ao transporte de valores, e que os assuntos abordados
tenham colaborado para o seu crescimento profissional.
Iniciamos os estudos na Unidade 1. Nela, pudemos conhecer o contexto históri-
co, motivador do início da atividade de segurança privada especializada, destinada à
atividade bancária, como complementação à segurança pública.
Na unidade 2, relembramos a legislação de segurança bancária e de transporte
de valores, ao focar nas leis, nos decretos e nas portarias. Abordamos, também, as
características e equipamentos para o bom desempenho do Gestor de segurança
bancária, com ênfase no planejamento e na elaboração das medidas preventivas de
segurança na regulamentação do transporte de valores, e em como serão definidos
o veículo e o tipo de escolta que deve ser utilizado.
Na Unidade 3, vimos a importância da elaboração do plano de segurança, sua apli-
cabilidade, abrangência e considerações, quanto às características interna e externa das
instalações, bem como a atuação do vigilante e dos demais profissionais e as definições de
suas funções para a efetiva implementação dos planos de segurança, a cada evento crítico.
Na Unidade 4, pudemos compreender algumas generalidades inerentes à ativi-
dade de transporte de valores, à logística, aos recursos empregados, às especifica-
ções legais específicos dos veículos especiais e do emprego de vigilantes de trans-
porte de valores em escolta armada.
Por fim, na Unidade 5, conhecemos boa parte dos conceitos e das generalidades
do material bélico de uso atual, autorizado pelos profissionais de segurança pri-
vada. Além disso, observamos sua forma de aquisição, guarda e armazenamento;
sistematização que facilita a aquisição de outras empresas de segurança especiali-
zadas, não necessitando, a partir dessa organização, que haja o encerramento das
atividades pela empresa cedente.
Desse modo, caro(a) aluno (a), finalizamos nosso estudo com a perspectiva de
que você se dedique, com afinco, aos conteúdos expostos para tornar-se um profis-
sional cada vez melhor e mais bem capacitado nessa área tão importante.
141
referências
ABCFAV. Manual do Vigilante: Curso de Formação. 2. ed. ABCFAV, 2013. Apostila. 222p. Dispo-
nível em: http://www.escolahunters.com.br/wp-content/uploads/2018/08/MANUAL_DO_VIGI-
LANTE_2a_Edic-Retificado.pdf. Acesso em: 11 out. 2019.
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servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas
federais, e dá outras providências. Brasília: D. O.U., 1995b. Disponível em: http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/decreto/D1590.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
BRASIL. Decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília: D. O. U., 1940. Dis-
ponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-de-
zembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 23 out. 2019.
BRASIL. Lei Federal n. 7.102, de 20 de junho de 1983. Dispõe sobre segurança para estabele-
cimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas
particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras pro-
vidências. Brasília: D. O. U., 1983a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L7102.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
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referências
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ção de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos
previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras
providências. Brasília: D.O.U., 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9613.htm. Acesso em: 25 out. 2019.
BRASIL. Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre registro, posse e comercia-
lização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define
crimes e dá outras providências. Brasília: D.O.U., 2003. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm. Acesso em: 23 out. 2019.
BRASIL. Lei n. 8.863, em 28 de março de 1994. Altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983.
Brasília: D. O.U., 1994. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8863.htm.
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BRASIL. Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e
Criminais e dá outras providências. Brasília: D. O. U., 1995c. Disponível em: http://www.planal-
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referências
BRASIL. Polícia Federal. Organograma – unidades centrais. De acordo com o Decreto n. 8.668,
de 11 de fevereiro de 2016 e Portaria n. 490/MJ, de 25 de abril de 2016. Brasília: Polícia Fede-
ral, 2016. Disponível em: http://www.pf.gov.br/institucional/acessoainformacao/institucional/
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Privada. Brasília: D. O. U., 2012.
CALDEIRA, T. P. Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo:
Editora 34; Edusp, 2003.
ZANETIC, A. A Questão da Segurança Privada: estudo do marco regulatório dos serviços par-
ticulares de segurança. 2006. 129f. Dissertação (Mestrado em Ciências Políticas) – Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 2006.
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-e-carros-fortes-de-2016. Acesso em: 27 de set. 2019.
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tadas-2013-2014/trabalhador-nao-pode-fazer-transporte-de-valores-sem-o-treinamento-
-exigido-por-lei-02-10-2014-06-02-acs . Acesso em: 11 out. 2019.
5 Em: www.portaldotiro.com/artigos-tecnicos/municao/228-cartuchos-polvoras-e-projeteis-
-nocoes-basicas. Acesso em: 18 de out. 2019.
144
gabarito
UNIDADE 1 UNIDADE 3
1. A 1. A
2. C 2. B
3. A 3. A
4. C 4. C
3. A
4. A
5. E
145
gabarito
UNIDADE 4 UNIDADE 5
1. C 1. D
2. B 2. D
3. C 3. C
4. A 4. A
5. A Guarnição será composta pelo me- 5. Armas curtas e armas longas, pistolas
nos por quatro vigilantes habilitados semiautomáticas calibre .380 e 7,65
para realizar a atividade de transporte mm, Revólver calibre 38, carabina de re-
de valores, cada um terá suas funções, petição calibre 38, espingardas de uso
previamente, definidas. 01 (um) FIEL permitido nos calibres 12, 16 ou 20.
(vigilante), incumbido da função de
comando da equipe; 01 (um) Motorista
(vigilante), responsável pela condução
do veículo especial, devendo manter
constante atenção às condições que se
mostrem suspeitas, devendo, em caso
de crise, procurar a unidade de segu-
rança pública mais próxima, e 02 (dois)
Seguranças (vigilantes), responsáveis
pela segurança da equipe, em especial
nos momentos de embarque e de-
sembarque do veículo especial.
146
anotações
anotações
anotações
anotações
anotações
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