Games We Play - Dana Isaly
Games We Play - Dana Isaly
Games We Play - Dana Isaly
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Esta obra literária é ficção. Qualquer nome, lugares, personagens e incidentes são produto da
imaginação do autor. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, eventos ou
estabelecimentos é mera coincidência.
I74g
Isaly, Dana
Games we play [recurso eletrônico] / Dana Isaly ; tradução Clara Taveira.
- 1. ed. - Rio de Janeiro : Allbook, 2022.
22-81249
CDD: 813
CDU: 82-3(73)
CA PA
CR É D I TOS
GAME 01
GAME 02
GAME 03
GAME 04
GAME 05
GAME 06
GAME 07
GAME 08
GAME 09
GAME 10
GAME 11
Wes
GAME 12
Jack
GAME 13
GAME 14
GAME 15
GAME 16
GAME O VE R
Um ano depois…
AL L B O OK E DI TOR A
A campainha tocou, e eu gemi, provavelmente alto o suficiente para
que a mulher ouvisse do outro lado da porta. A única razão pela qual
eu sabia que era uma entrevistadora era porque meu advogado
trouxe os papéis para me mostrar que ela havia assinado o contrato de
confidencialidade, e a assinatura dela, toda cursiva, estava rabiscada em
cada página.
Não foi realmente uma decisão minha dar uma entrevista, e eu
realmente esperava, enquanto caminhava até a porta da frente, que não
demorasse mais do que uma hora. Esperançosamente, ela teria feito a lição
de casa, então eu a faria entrar e sair bem rápido para poder voltar a me
entocar.
Passei o moletom pela cabeça e o puxei para baixo o máximo que
pude. A máscara que eu usava tinha um sorriso selvagem e maníaco, e eu
a ajustei na ponte do nariz.
Assim que abri a porta, vi um rosto bonito rodeado por uma auréola de
ondas de um tom escuro de ruivo. Ela sorriu para mim, mostrando os
dentes brancos e retos. Eu vi uma pequena cicatriz em seu lábio inferior
que parecia ser de um piercing antigo. Vestida daquele jeito, com uma
calça apertada e blazer fechado, eu nunca teria pensado que ela era do tipo
que tinha piercings.
Ela era uns bons centímetros mais baixa do que eu, o que a fez esticar
o pescoço para trás, a fim de me olhar, me dando um vislumbre direto de
seu amplo decote. Meu pau se contraiu.
Porra, ela é estonteante.
— Ah, olá! — Ela estendeu a mão e notou meu rosto coberto. — Eu
me chamo Quinlan. Pode me chamar de Quin. — Estendi a mão e apertei
os pequenos dedos esbeltos. — Eu assinei o contrato. Você não precisa
usar a máscara. — Ela puxou a mão para trás, e eu dei um passo para o
lado para deixá-la entrar. Mesmo pela máscara, eu podia sentir seu
perfume doce.
— Eu tenho problemas de confiança — eu disse com uma piscadela.
Ela me deu um sorriso tímido e seguiu pelo restante do caminho,
observando meu apartamento de conceito aberto. Fechei a porta e a levei
para a cozinha. Quin pulou em uma das banquetas e tirou o laptop da
bolsa, instantaneamente se sentindo em casa.
— Você quer beber alguma coisa?
Seus grandes olhos castanhos se voltaram para mim. Ela piscou antes
de um rubor percorrer por suas bochechas.
— Eu… eu não posso. Estou trabalhando.
— Eu quis dizer água ou algo do tipo, Quinlan — respondi com uma
risada suave. O rubor se transformou em uma mancha vermelha viva,
extensa e perdidamente adorável. Eu me perguntei como seriam as outras
partes dela iluminadas dessa maneira.
— Ah, não, não precisa. Obrigada. — Ela limpou a garganta, abriu o
laptop e tirou o gravador. — Você acabou de acordar?
Inclinei o quadril contra o balcão e olhei para ela.
— Há cerca de trinta minutos. Por quê?
— Parece que você ainda está meio dormindo. — Seu sorriso era
suave e provocante.
— É só a minha voz, amor. — Ela não tinha feito nenhuma pesquisa a
meu respeito? — Eu sou conhecido principalmente pela minha voz. Você
não fez a lição de casa?
Ela balançou a cabeça, digitando em seu laptop e configurando tudo.
— Gosto de tentar vir para uma entrevista com a menor quantidade de
informações possível. Eu sinto que isso me ajuda a fazer perguntas
melhores. De uma forma mais autêntica.
Eu gemi internamente. Isso significava que não seria um tipo de
entrevista rápida. Ia demorar um pouco.
Quin fez uma pausa e olhou para cima.
— Eu não sei nada sobre você, Coringa. Isso é um golpe no seu ego?
Sim, pensei instantaneamente. Eu queria que ela soubesse quem eu era,
ficasse impressionada com o que eu construí. Por que me incomodava
tanto que ela não soubesse nada disso?
— Vamos começar, então — eu disse, andando ao redor do balcão para
me aproximar de onde ela estava sentada. — Vou te mostrar o que eu faço
da vida antes de você começar a fazer perguntas. Te dar um vislumbre do
meu mundo.
— Ok — ela hesitou. — Mas eu já vi muitos setups de jogos. É meio
que meu trabalho. — Ela pulou da banqueta, e eu tive de me forçar a
ignorar a forma como seus seios saltavam sob aquele blazer. Eu queria que
ela o tirasse. Eu queria ver a pele lisa de seus ombros e braços esbeltos.
Eu me sacudi mentalmente quando percebi que Quin estava olhando
para mim, esperando que eu mostrasse o caminho. Saí em direção aos
fundos da casa, onde ficava minha sala de jogos.
— É o seu trabalho, mas você não disse que não sabe nada sobre as
pessoas que vai entrevistar? — Acionei um interruptor quando entrei,
iluminando a sala inteira com os LEDs azuis. Quin ficou na porta me
observando enquanto eu caminhava até o meu computador e começava a
apertar alguns botões para ligar e acender tudo.
— Eu sei quem você é. Só não sei muito a seu respeito. Gosto de
aprender sobre meus entrevistados do jeito que as pessoas fazem na vida
real. — Ela sorriu e olhou ao redor da sala, absorvendo tudo.
— Então é aqui que a mágica acontece — eu disse, gesticulando para a
mesa que agora estava iluminada num tom de verde brilhante.
Quin deu alguns passos e caminhou pela sala, olhando para todos os
meus pôsteres e passando os dedos pelas prateleiras que continham todos
os meus mangás. Cruzei os braços sobre o peito e me encostei na parede
para observá-la.
— Essa é uma coleção impressionante — disse ela antes de continuar
se movendo pela sala e parar na minha mesa. Ela se jogou direto na minha
cadeira e deu uma volta. — Confortável.
— Passo muito tempo nela. Ela precisa ser.
— Todas as superfícies aqui acendem? Qual é o lance dos gamers com
LEDs? — Ela riu, e descobri que gostava do jeito que seu rosto se
iluminava.
— Nem todas as superfícies — eu disse. — Mas quando faço uma
transmissão, não gosto de luzes brilhantes. É mais fácil manter meu rosto
escondido se estiver um pouco mais escuro.
Ela assentiu e deu outra olhada ao redor.
— É legal. Por que não fazemos a entrevista aqui? Você estará mais no
seu território. Pode te ajudar a não ficar tão nervoso.
— Não estou nervoso.
— Pare de se mexer para lá e para cá, então — ela disse com um
sorriso.
E então Quin estava do lado de fora do cômodo, indo pegar suas
coisas. Quando voltou, eu estava sentado na minha cadeira, de modo que
ela se instalou no sofá à minha frente. Quin tirou o blazer, expondo as
tatuagens coloridas que cobriam cada centímetro de seus braços e ombros.
— Mangas inteiras? — eu perguntei. — Por essa eu não esperava.
Aquele leve rubor percorreu suas bochechas novamente. A pequena
cicatriz em seu lábio fazia mais sentido agora.
— Eu tento me vestir profissionalmente. Isso não significa que eu seja
uma puritana. Você tem alguma tatuagem?
Eu estava vestido com jeans e um moletom de manga comprida. Nem
um centímetro de pele estava aparecendo além das minhas mãos, um
pouco do pescoço e dos olhos. Então ela não podia ver que eu estava
realmente coberto de tatuagens.
— Em off?
— Claro — ela disse, alegre.
— Sim. Eu realmente não conto a ninguém sobre elas por causa de
toda a coisa de identidade. Eu tenho o braço esquerdo fechado e algumas
no peito. Minhas pernas estão quase completamente cobertas.
— Eu tenho o quadril tatuado, tipo, da coxa até o osso do quadril, e,
puta merda, como doeu. A dor na perna é um tipo totalmente diferente de
dor.
Meus olhos passaram por seu corpo e pararam em seu quadril por um
momento, imaginando que tipo de tatuagem ela teria ali. Quin limpou a
garganta, e eu olhei de volta para ela, nossos olhos se encontrando por um
momento mais longo do que parecia ser profissional. O ar parecia pesado
e carregado. Eu observei seu pescoço esbelto se mover enquanto ela
engolia a saliva de uma maneira nervosa.
— Quais são suas perguntas, Quinlan? — perguntei para quebrar o
silêncio que se prolongara por muito tempo. Eu adoraria ficar sentado a
vendo se contorcer sob meu olhar, mas percebi que aquela era uma
reunião profissional e não pessoal, então não deveria deixá-la muito
desconfortável.
Mas eu não conseguia parar de pensar em seus braços e pernas
amarrados à cama, seu corpo disponível e esperando por mim. Ou talvez
ela de quatro, com uma coleira em volta daquele lindo e pequeno pescoço,
me seguindo como uma boa menina. Sua boca em meu pau. A bunda
avermelhada por causa dos meus brinquedos.
— Vamos começar do começo — ela disse, me tirando do meu
devaneio. Cruzei as pernas e puxei o moletom um pouco para baixo,
tentando esconder a ereção crescente. — Por que você começou com isso?
Ela colocou os pés para cima e se sentou sobre eles. Seus grandes
olhos castanhos pousaram nos meus, e eu me perguntei se ela podia ver
que um era azul e o outro, marrom. Provavelmente era minha maior
insegurança. E, claro, era normalmente a primeira coisa que alguém
notava em mim e não podia deixar de comentar. Mas Quin não disse nada
sobre isso.
— Dinheiro — eu disse sem rodeios. Quin deu uma pequena risada.
Eu me inclinei para trás na cadeira e fiquei confortável, tentando fazer o
sangue bombear para o cérebro. — Sempre gostei de games, quando
percebi que poderia ganhar dinheiro com isso, decidi que poderia tentar
fazer streaming. Fiquei cada vez melhor nisso. Mais pessoas estavam se
juntando toda vez que eu jogava. Sinceramente, acho que muitas pessoas
começaram a participar principalmente para me ouvir falar e não porque
eu era realmente bom no que estava fazendo.
— E você lida bem com isso?
— Claro — respondi e dei de ombros. — Dinheiro é dinheiro. Se eles
querem ficar só me ouvindo falar, quem sou eu para impedi-los?
— Você recebe pedidos especiais? Tipo, as pessoas pedem para você
dizer certas coisas ou dizer oi para elas? — Ela mordeu o lábio enquanto
fazia a pergunta e digitava algumas notas em seu laptop. Eu olhei para o
computador de Quin enquanto respondia.
— Sim. O tempo todo. E muitas vezes são pedidos sexuais. — Seus
olhos arregalaram, e ela parou de digitar. Aquela porra de rubor adorável
subiu por seu pescoço novamente, e eu sorri sob a máscara. Eu amei ser a
causa dessa vermelhidão.
— Sexuais? — ela perguntou enquanto levantava os olhos da tela para
mim.
— Ah, sim, Cacheada — eu disse, me inclinando para frente e
apoiando os cotovelos nos joelhos. — Você ficaria surpresa com as coisas
que as pessoas me pagaram para dizer a elas. — Eu a observei engolir a
saliva novamente, minha mente se desviando para outra coisa que ela
poderia também engolir. E quando sua próxima pergunta saiu ofegante e
tensa, eu sabia que tinha acabado. Quin estava prestes a ser uma mosca
presa na minha teia.
— Que tipo de coisas?
Eu sorri.
— M itas pessoas têm certas fantasias, e elas gostam de me contar.
Você já ouviu falar de tara em humilhação ou elogios, Quinlan?
O rubor passeou do seu pescoço até as bochechas enquanto ela tentava
rir.
— Já ouvi falar, sim. Não posso dizer que já experimentei. Eu nunca
julgaria ninguém por suas fantasias, mas realmente não entendo toda essa
coisa de humilhação. Não sei por que alguém iria querer ser degradado
assim.
— Há muitas razões. Para algumas pessoas, é uma libertação. Eles
podem se soltar no quarto e deixar outra pessoa no comando. O tabu
envolvido nisso gera uma grande excitação para muitas pessoas. — Se ela
não parasse de morder aquele lábio inferior… Eu respirei fundo e
continuei: — De qualquer forma, as pessoas vêm me pedir para falar
pequenas frases e me mandam tokens e tudo por isso, o que é apenas uma
maneira elegante de me pagar.
— Então você ganha dinheiro para se sentar aqui, fazer streamings e
vencer competições, mas você também joga com as fantasias das pessoas
a seu respeito?
— Não sei se seria correto dizer que são fantasias sobre mim
especificamente, mas, sim.
— Ah, eu tenho certeza de que são. As pessoas têm fascínio por
personalidades da internet. Especialmente pessoas como você, que têm
todo esse mistério sexy sobre si. Com essa voz profunda e a máscara, traz
à tona as fantasias com mascarados que existem em todos nós.
— Todos nós? — eu perguntei, me recostando na cadeira e dando um
sorriso por baixo da máscara. — Isso te inclui, Quinlan? Você tem uma
queda por máscaras? — Inclinei a cabeça para o lado e deixei meu olhar
vagar por seu corpo antes de retornar ao seu rosto. Quin encontrou meu
olhar e não vacilou, mesmo que eu visse seu peito subir e descer um
pouco mais rápido. Saber que incitei essa reação nela fez o sangue correr
direto para o meu pau.
Tive de lutar contra um gemido. Eu queria cruzar o espaço que nos
separava e mostrar a ela meu lado sombrio, mostrar a Quin tudo o que eu
poderia fazê-la sentir. Eu queria mostrar a ela que se pudesse confiar em
mim por uma noite, a faria sentir tudo o que tinha medo de sentir. Quin
moveu as pernas e esfregou as coxas sutilmente. Ela estava com tesão?
Talvez eu não fosse o único a sentir a quantidade estúpida de cargas
elétricas entre nós. Ela limpou a garganta.
— Eu pensei que era eu quem deveria fazer as perguntas, não? — Ela
estava tentando mudar de assunto. Eu me levantei e caminhei até ela,
tirando algumas de suas coisas do caminho e se sentando à sua frente.
— Sim, Quinlan. Vá em frente. Faça as perguntas. — Eu
propositadamente abaixei a voz uma oitava só para deixá-la um pouco
mais desequilibrada.
Esta entrevista rapidamente se transformou em algo muito mais
perigoso, mas eu não estava disposto a lutar contra isso. Havia algo em
Quinlan que me atraía. Eu queria vê-la rastejar para mim. Eu queria despi-
la, amarrá-la com belos nós e provocá-la até o limite. Eu me recostei no
sofá e voltei meu olhar para ela.
— E sua infância, Coringa? Esse assunto está fora dos limites? — Ela
sorriu para mim, e eu me vi sorrindo de volta. Fiquei desapontado por
Quin não ter mordido a isca, mas ainda era só o começo.
— Nem tudo — respondi.
— Ok. Vamos começar do início. Você sempre foi um nerd? — Quin
olhou para mim, e seu sorriso era puro flerte.
— Um nerd? Seu trabalho é entrevistar pessoas como eu. Você insulta
todas as pessoas que entrevista, Cacheada? Ou apenas as que acha
atraentes?
Ela jogou a cabeça para trás e riu, batendo levemente no meu braço e
expondo o comprimento cremoso do pescoço; em seguida olhou para
mim.
— É ousado de sua parte assumir que eu te acho atraente. Como seria
possível? Eu só consegui ver seus olhos.
— São olhos bonitos, não?
Ela fez uma pausa e olhou para mim.
— São. — Ficamos nos encarando por um momento, apenas olhando
um para o outro. Eu me perguntei se Quin podia sentir a atração
gravitacional que parecia estar nos mantendo próximos, implorando para
que nos tocássemos. — Continuando então. Quando essa obsessão por
jogos e coisas de computador começou?
— Quando eu era muito jovem, acho que já tinha interesse por isso,
mas éramos pobres demais para comprar qualquer equipamento para
entrar nesse mundo. Quando estava no ensino médio, consegui um
emprego depois das aulas e nos fins de semana. Economizei muito, e
depois comecei a gastar muito. Consegui montar um setup. Quando tinha
tudo o que precisava, consegui me concentrar realmente em jogar.
— Então, em vez de passar seus anos de ensino médio com garotas,
você decidiu ficar acordado a noite toda jogando. E você não se chamaria
de nerd? — ela brincou.
— Confie em mim, se as garotas estivessem interessadas naquela
época, eu teria saído com elas.
— Acho isso difícil de acreditar. As garotas não estavam interessadas
em você? — Suas sobrancelhas se uniram enquanto digitava algumas
anotações no laptop.
— Um menino comprido como um espaguete que não sabia se vestir
ou dizer algumas frases coerentes perto das garotas? Eu não era bem um
partidão, querida. Foi só na faculdade que comecei a ganhar corpo e me
preocupar em cuidar de mim mesmo. Não que eu seja um fisiculturista,
mas ganhei alguns músculos, comecei a me importar com a aparência…
— Deixei a frase sem terminar.
Quin mordeu o lábio inferior enquanto digitava no teclado.
— E você fez qual curso na faculdade? — ela perguntou, olhando para
mim por baixo de seus longos cílios.
— Ciência da Computação.
— Que chocante.
— Minha vida meio que deu uma guinada na faculdade. A confiança
que ganhei fora do quarto começou a se traduzir em confiança dentro do
quarto. Comecei a ganhar reputação por um certo tipo de… experiência,
quando se tratava de sexo.
Ela tentou esconder um sorriso, mas eu vi a pequena contração de sua
boca antes que se recuperasse. Se eu a conhecesse bem, teria pensado que
Quin estava interessada no que exatamente eu quis dizer.
— E isso o levou a toda… — Ela fez uma pausa, e eu podia vê-la
tentando encontrar as palavras certas para o que estava tentando dizer. —
Isso o levou a toda essa questão de dizer coisas sensuais para as pessoas
em transmissões online?
— Eventualmente — eu respondi. — Comecei a notar as garotas com
quem eu falava reagindo de uma certa maneira à minha voz e às coisas
que eu dizia. Então, quando saí da faculdade, comecei a fazer streaming
em tempo integral e pensei em fazer uns testes com esse tipo de fetiche. E
funcionou. Então achei que poderia ser pago por isso.
— Sim, mas agora você tem que se esconder o tempo todo. Isso não o
fez se sentir solitário? — Sua pergunta me pegou desprevenido, e eu tive
de pensar um momento antes de responder. Eu me sentia solitário?
— Há muitas pessoas que não fazem parte deste mundo em que estou
mergulhado — eu disse a ela enquanto pensava em voz alta. — Eu
normalmente posso sair, que ninguém vai me reconhecer. Ninguém
conhece minha aparência, e seria preciso alguém que conhecesse muito
bem meu conteúdo para reconhecer minha voz. Muitos caras têm vozes
profundas. E eu tenho que encher a dispensa de alguma forma.
Ela riu da minha piadinha e então inclinou a cabeça enquanto me
olhava de cima a baixo.
— Me conte algumas das coisas que as pessoas pedem — ela soltou.
Eu pisquei. Isso pareceu ter surgido do nada. Quin olhou para mim com
uma pequena faísca em seus olhos ao lançar esse desafio.
Eu realmente mostraria a ela esse meu lado?
A resposta era sim. Porra, e como.
Afinal, meu pequeno animal de estimação queria brincar.
— Isso tem que ser em off, Quinlan. Eu não quero que as pessoas
pensem que eu tirei vantagem de você, e não quero que você pegue isso e
distorça minhas palavras para fazer parecer que eu disse essas coisas de
maneira inadequada.
Ela respirou fundo, aparentemente se equilibrando, e fechou o laptop
com um clique satisfatório. Quin se certificou de que todo o restante
estivesse desligado e colocou tudo no chão, aos nossos pés.
Ela se virou para mim, cruzando as pernas como um pretzel. Coloquei
meu braço no encosto do sofá e estendi a mão, correndo os dedos pelo seu
cabelo. Porra, era macio.
— Melhor? — ela perguntou, a voz tremendo ligeiramente.
Eu balancei a cabeça.
— Você quer jogar um jogo comigo, Quinlan?
Ela parecia insegura, mas respirou fundo antes de responder:
— Sim.
Eu sorri.
— Você vai ser uma boa garota para mim esta noite, Quinlan?
Seus olhos se arregalaram, mas ela não respondeu. Quin não percebeu
que seria aqui que a noite ia dar uma guinada. Foi a minha vez de assumir
esta pequena entrevista e transformá-la em algo muito mais divertido para
nós dois.
— Eu lhe fiz uma pergunta — eu disse. — É do seu interesse
responder. Não gosto de ter de repetir. — Segurei seu cabelo com mais
firmeza, apenas o suficiente para que ela sentisse que começava a
tensionar seu couro cabeludo. — Vou pedir mais uma… vez. — Minha
voz desceu ainda mais, e eu vi sua garganta se mover enquanto ela
engolia. — Você vai ser uma boa menina para mim esta noite?
Quin assentiu, os olhos arregalados e travados em mim.
— “Sim, senhor” é a resposta apropriada.
Ela respirou levemente pelos lábios entreabertos, e, em seguida, com
um suspiro, o som mais doce possível saiu de sua boca.
— Sim, senhor.
U m calor líquido parecia circular pelo meu corpo ao ouvir aquelas
palavras. Olhei para Quin e deixei os olhos passearem por cada
centímetro de seu corpo, rezando para que ela estivesse se sentindo
da mesma forma que eu.
Até onde me deixaria levar esse jogo?
Seus lábios cheios ainda estavam separados. Seu peito arfava
rapidamente para cima e para baixo. Eu podia ver através da sua blusa fina
que seus mamilos estavam endurecendo. Eu mal reprimi um gemido
pensando neles na minha boca.
Juntei mais de seu cabelo em meu punho e puxei sua cabeça para trás,
expondo mais do seu pescoço. Eu me inclinei para mais perto, nossos
joelhos se tocando, meu rosto pairando sobre o dela. Suas pupilas estavam
dilatadas de luxúria. E quando eu estava prestes a falar, Quin fez com que
cada gota de sangue no meu corpo descesse dolorosamente para o meu
pau.
Ela sorriu. Foi um sorriso que me fez querer arrancá-lo de seu lindo
rosto.
Ela deu uma risada gutural que era puro sexo.
— Parece que você está fazendo mais do que apenas me dizer algumas
frases, Coringa.
— Meu nome é Jack.
Seu sorriso ficou mais largo.
— Eu sei — disse ela.
Ah, sim, pensei. O documento de confidencialidade.
— Você vai tirar essa máscara ou…? — Ela parou e estendeu a mão
para puxar a máscara do meu rosto. Minha outra mão envolveu seu pulso
antes que ela pudesse tocar o tecido, e eu não tão gentilmente coloquei sua
mão de volta ao seu colo. Eu balancei a cabeça para os lados. Ela fez um
beicinho com o lábio inferior. Como uma pirralha. Larguei sua mão para
passar o polegar pelo lábio inferior.
— Estou bem aqui na sua frente em vez de em uma tela de
computador. Talvez você consiga sentir tudo desse jeito. O que você acha,
Quinlan?
— Não faz diferença se você estivesse na tela do computador. Eu
continuo não te vendo. Me deixe te ver.
Minha mão escorregou de sua boca para sua mandíbula, e depois para
baixo, em torno de sua garganta. Eu apertei o suficiente para marcar meu
desejo.
— Agora, Quinlan, amor. — Eu me levantei de joelhos, para pairar
mais acima dela. Sua cabeça se inclinou para trás, para olhar para mim.
Ela mordeu o lábio e se inclinou na minha mão, que ainda estava parada
em sua garganta. — Você não pode fazer exigências. Você pode se sentar,
calar a boca e fazer o que for mandada.
— Eu…
Eu a cortei antes que pudesse dizer qualquer coisa apertando ainda
mais forte nas laterais de seu pescoço.
— Não, Quinlan. As coisas vão acontecer da seguinte forma. — Eu
respirei fundo. Eu ia conseguir fazer aquilo. Eu ia convencê-la a me deixar
fazer tudo o que eu estava sonhando na minha cabeça. — Você vai me dar
seu consentimento. Uma noite comigo, Q — continuei. — Você vai
escolher uma safe word. E então vou usar seu corpo de todas as maneiras
imagináveis. Eu vou usar todo o meu tempo com você. Eu vou possuir seu
corpo. Eu vou te levar para além dos seus limites. E você vai implorar por
mais. Eu vou punir essa sua boceta apertada até que você não consiga
pensar em mais nada além de mim. Você entende o que estou dizendo?
Eu segui o movimento de sua garganta enquanto Quin engolia.
— Sim, senhor.
Dei um suspiro de alívio. Puta merda. Ela queria. Quinlan havia
concordado.
— Essa é a minha boa menina — eu murmurei, e ela se iluminou sob
essa pequena quantidade de elogios como uma flor ao sol. Segurei seu
rosto para manter seu olhar em mim.
— Me dê o seu consentimento, Quinlan. — A essa altura, eu tinha me
esforçado tanto para isso, que estava preparado para implorar se fosse
preciso. Eu teria ficado de joelhos por ela. Eu precisava que me deixasse
adorar seu corpo da única maneira que eu sabia.
Quinlan respirou fundo e fechou os olhos, inclinando-se para o meu
corpo. Enfiei minhas mãos em seu cabelo e me inclinei para mais perto de
seu rosto, de repente desejando não estar com a máscara. Mas não
conseguia tirar. Ainda não. Seu pequeno comentário sobre fetiches com
máscara não me escapou. Tive a sensação de que, embora ela quisesse ver
meu rosto, desejava mais que eu a mantivesse.
— Sim — ela soltou, abrindo os olhos e encontrando os meus
novamente. — Eu aceito. — Ela soava como se ainda estivesse tentando
se convencer. Não que eu pudesse realmente culpá-la. Quinlan me
conhecia há quarenta e cinco minutos, e eu já estava pedindo sua
permissão para fodê-la para além dos limites. Mas isso foi parte do motivo
para meu desejo. Meu corpo vibrava de excitação. — Uma noite aleatória
com um cara aleatório que afirma que pode balançar minhas estruturas. —
Ela deu uma pequena risada.
Havia tantas coisas que eu queria fazer.
— Você aceitou — eu confirmei. — Safe words, palavras de
segurança. Vermelho significa parar. Se você disser isso a qualquer
momento, vou parar imediatamente o que eu estiver fazendo. Amarelo
significa desacelerar, você está chegando ao limite. E verde significa que
posso avançar — eu terminei com um sorriso. — Mas você pode confiar
que vou parar a qualquer momento que você precisar.
— O que você vai fazer comigo, Coringa? — ela deixou escapar.
Suas mãos, que estavam imóveis em seu colo o tempo todo, agora se
moveram para a minha cintura, e ela enfiou os dedos pelos passantes do
cinto. Quin me deu um pequeno puxão, e eu deixei meu corpo se mover
um pouco mais para perto dela.
— Primeiro… — eu disse enquanto me abaixava, movendo meu nariz
ao longo da lateral de seu pescoço até sua orelha, sentindo seu cheiro
mesmo ainda de máscara. Sua cabeça pendeu para o lado, e eu vi sua pele
arrepiada. — Eu vou te deixar tomar banho. Eu também vou tomar um
banho. E então vou te dar um vislumbre do meu mundo. Você vai perceber
como é libertador ceder a coisas que nunca pensou que poderia gostar.
Quinlan estremeceu contra mim.
— Se solte por uma noite, Q. Me deixe ajudá-la a se soltar.
Aqueles grandes olhos castanhos se voltaram para mim, e eu agarrei
sua mão para levá-la ao banheiro de preparação. Lá, coloquei tudo o que
ela precisaria. Quinlan parecia um pouco hesitante, mas quando eu disse
que estaria do outro lado da casa também tomando banho, ela começou a
se despir antes mesmo que eu pudesse sair do cômodo.
— Você tem certeza de que não quer apenas ficar aqui e se juntar a
mim? — Eu assisti sua blusa cair no chão. Meus olhos percorreram seus
seios. E eles eram perdidamente fenomenais. Ela estava usando um sutiã
de renda preto, e eu podia ver a sugestão dos mamilos rosa perfeitos por
baixo.
Seus dedos foram para o botão da calça jeans, e ela deslizou a peça
pelas pernas em seguida. Usei toda a força de vontade que eu tinha para
não cair de joelhos e agarrar a carne macia de sua barriga e quadris. As
coxas se moveram uma contra a outra quando Quinlan escapava do jeans,
ficando apenas de calcinha e sutiã rendados.
— Entra na porra do chuveiro — eu rosnei. — E venha me encontrar
quando terminar. — Ela sorriu e levou as mãos às costas para desabotoar o
sutiã. Bati a porta do banheiro com tanta força atrás de mim quando saí,
que tive certeza de que a porta reabriu.
Esta mulher ia ser a causa da minha morte.
Depois do meu banho, vesti uma camiseta branca, cueca boxer preta e
um jeans. Afundei no sofá que dava para o corredor onde o banheiro de
preparação estava localizado. Eu a veria quando abrisse a porta do
banheiro.
Eu tinha tirado o moletom, querendo que ela visse um pouco mais de
mim. Minhas tatuagens no braço estavam agora à vista, assim como meu
cabelo. Pode não parecer muito para a maioria das pessoas, poucos
precisam se preocupar com o fato de alguém te reconhecer na rua. Eu
ainda estava com a máscara no nariz e na boca.
Quando a porta finalmente se abriu, foi devagar. Quinlan saiu enrolada
apenas em uma toalha. Quando seus olhos pousaram em mim, ficou
tímida. Seus olhos foram para o chão, e suas bochechas ficaram
vermelhas.
— Eu não tinha certeza se deveria colocar minhas roupas de volta.
— Olhe para mim — eu ordenei do meu lugar no sofá. Sua cabeça se
ergueu, os olhos encontraram os meus imediatamente. Porra, Quinlan era
uma boa ouvinte. — Solte a toalha. — Ela respirou fundo. Eu ia contar até
dez na minha cabeça antes de ameaçá-la e pedir novamente. Eu nem
cheguei a três antes que ela soltasse a toalha e o tecido se amontoasse aos
seus pés.
Meu pau estava instantaneamente pressionado contra a calça jeans,
implorando para ser libertado. Meus olhos percorreram as poucas
tatuagens que ela tinha nas panturrilhas e depois aquela que circulava do
topo da sua coxa até o quadril. Sua boceta era macia, e eu já podia vê-la
brilhando para mim.
As curvas do quadril, a curva suave de sua barriga, os seios empinados
estavam implorando para serem apertados, lambidos e chupados. Quinlan
tinha tatuagens cobrindo os dois braços, subindo pelo peito e parando
entre os seios. Quando meus olhos finalmente pararam no rosto dela,
Quinlan estava olhando para os pés, tentando proteger o rosto com o
cabelo.
— Fique de quatro. — Suas sobrancelhas se uniram, mas ela fez o que
eu mandei. — Engatinhe até mim.
— E se eu não fizer?
Eu sorri por trás da máscara.
— Então eu posso puni-la. E antes mesmo de você pensar em ser uma
pirralha mimada e me pressionar para puni-la porque você acha que vai
gostar… aviso que não dará certo. Eu vou te machucar, baby. Agora
engatinhe até mim como a cadela que você é, porra.
S eus quadris balançaram para frente e para trás enquanto ela
percorria o caminho até mim. Ela tomou a sábia decisão de ouvir
desta vez. Quinlan ainda não estava no momento certo para aceitar o
tipo de punição que eu daria.
— Senta.
Ela se acomodou entre minhas pernas; eu me inclinei para frente e
peguei seu queixo para a forçar a me olhar. Um pouco de desafio aparecia
nele, e eu não podia esperar para a foder até que ele desaparecesse.
Eu pressionei dois dedos em seus lábios, e ela abriu a boca apenas o
suficiente para os dedos deslizarem para dentro. Sua língua deslizou entre
meus dedos. Em seguida, Quinlan fechou os lábios, sugando-os ainda
mais em sua boca quente e molhada. Eu gemi e os aprofundei mais,
testando sua capacidade e sua ânsia.
Não que isso importasse. Eu iria foder sua pequena garganta apertada
esta noite, ela sabendo ou não lidar com isso. Eu esperava que ela não
soubesse. Eu queria ver seu batom borrado pelo rosto e no meu pau, suas
lágrimas e rímel rolando pelas suas bochechas. Ah, Deus, os sons que ela
faria enquanto eu a forçava a me levar ao máximo.
As pontas dos meus dedos alcançaram o fundo de sua boca, e eu os
empurrei em sua garganta, testando. Ela tossiu e se engasgou, seus olhos
nunca deixando os meus.
Perfeito.
Eu mexi meus dedos em sua boca mais algumas vezes, até que ficaram
tão molhados, que parte da saliva escorreu pelos seus lábios e queixo.
— Boa cadelinha — eu disse em voz baixa. Seus olhos se iluminaram
com um pouco de raiva, mas ela sustentou meu olhar e não se moveu. —
Me diga, Quinlan. Você está molhada para mim? — Sua respiração
acelerou. — Isso está te deixando desse jeito, cadelinha?
Inclinei-me para frente e bati a mão em sua coxa direita, mandando
que se abrisse. Ela se arrastou e abriu um pouco mais as pernas. Minha
mão apertou suas coxas antes que meus dedos lentamente e levemente
percorressem sua fenda. Eu nem precisei me esforçar mais para sentir a
umidade se acumulando. Quinlan estava encharcada.
— Você está pingando, minha cadelinha. — Eu olhei por cima dos
meus dedos e encontrei seus olhos fechados, a boca entreaberta. Eu sorri.
— Olhos abertos — mandei enquanto passava a ponta do dedo nas suas
dobras, até chegar ao seu clitóris inchado.
Quinlan ofegou, e seus olhos se abriram quando agarrou meus joelhos
para evitar cair. Fiz pequenos círculos ao redor do pequeno feixe de
nervos, mas não cheguei a tocá-lo. Três círculos, e então lentamente
deslizei o dedo para dentro. Eu observei seu rosto enquanto o corpo se
aquecia e ficava corado.
Caí de joelhos na sua frente, mantendo o movimento de antes. Três
círculos, e então um dedo dentro. Não mais. Apenas um. Apenas o
suficiente para me sentir.
— Não tire os olhos de mim, entendeu? — eu perguntei.
— Sim, senhor — ela soltou. Quinlan não seria capaz de se segurar
por muito mais tempo, então passei um braço ao seu redor enquanto
continuava meu jogo lento e metódico em seu clitóris. Seu corpo estava
incrível pressionado contra o meu. Ela manteve os olhos em mim, embora
eles ameaçassem revirar algumas vezes.
— Você quer gozar? — Ela gemeu e concordou com a cabeça. —
Então implore por isso.
— Por favor — Quinlan choramingou. — Por favor, me deixa gozar.
Eu estou te implorando. Eu preciso. Por favor.
Eu a pressionei mais contra meu corpo, roçando meu pau contra sua
barriga. Eu não tinha certeza de quanto tempo eu seria capaz de fazer isso
sozinho. Eu não queria gozar nas calças como um adolescente
excessivamente excitado. Nós precisaríamos fazer algo sobre isso antes
que eu explodisse.
— Claro que você pode, minha doce putinha. Goze para mim — eu
disse. Um gemido sôfrego saiu de sua boca, se chocando direto contra o
meu pau ou contra o meu ego, eu não sabia qual. Provavelmente ambos.
— Goze. — Eu enfiei o dedo dentro dela, deixando a palma da mão roçar
contra o clitóris ao mesmo tempo.
Quinlan desmoronou.
Ela se desfez na minha mão, caindo contra meu peito e agarrando
minha camiseta com tanta força, que pensei que fosse rasgá-la. Ela soltou
um gemido que era mais um grito em meu peito, enquanto sua boceta se
contraía em volta do meu dedo.
Uma vez que ela havia gozado, sua respiração se tornou mais
uniforme. Nesse momento, eu puxei meu dedo de sua boceta e trouxe para
sua boca.
— Você fez uma bagunça. Melhor lamber tudo até ficar bem limpo.
Ela se afastou do meu peito e encontrou meu olhar.
— Você causou a bagunça. Você é que deveria limpar isso — ela disse,
cruzando os braços sobre o peito.
Eu ri, e antes que ela pudesse reagir, estendi a mão e dei um tapa no
seu rosto com a mão em que ela havia montado. Não forte o suficiente
para deixar uma marca, mas forte o suficiente para fazer arder. Agarrei seu
rosto quando ele voou para o lado e trouxe sua atenção de volta para mim.
Puta merda, ela ficou puta da vida. Se olhares pudessem iniciar
incêndios, eu teria sido incinerado na hora. Porra, Quinlan ficava gostosa
assim, ainda um pouco suada por causa do orgasmo, uma leve marca de
mão rosa em sua bochecha e fogo em seus olhos.
— Só boas garotas têm orgasmos, Q. Putas travessas são punidas.
Você quer orgasmos ou você quer que eu te amarre na minha cama e te
chicoteie até que você não consiga respirar?
Ela me encarou, claramente querendo dizer mais, mas sabendo que sua
boca a colocaria em mais problemas do que estava disposta a aceitar.
Sua boca se abriu, e eu soltei seu rosto para segurar meu dedo na
frente de seu rosto. Eu estava usando o dedo médio, então me deu uma
grande alegria vê-la ficar ainda mais irritada quando percebeu que eu
estava dando o dedo do meio para ela.
Quinlan fez um bom trabalho lambendo sua lubrificação no meu dedo,
e ainda teve tempo para se certificar de que os outros estavam limpos.
Quando estava satisfeita com o trabalho, se sentou sobre os calcanhares e
olhou para mim, esperando meu próximo comando. Levantei-me para
seguir até a sala de jogos.
— Venha, cadelinha.
Ela se moveu para se levantar e me seguir, mas não foi isso que eu
quis dizer.
— Tsc-tsc.
Ela olhou para mim.
— O que é agora?
Eu ajustei meu pau ainda duro e me agachei na frente dela.
— Essa sua boca é muito bonita. Mas se você continuar falando
comigo com todo esse atrevimento, eu vou foder sua boca até você ficar
dolorida demais para falar, ok?
Ela sorriu e se inclinou para mim, ficando de quatro e empurrando os
quadris para cima, para me dar uma boa visão da sua bunda.
— Sim, senhor — disse de um modo doce e um tanto sarcástico. Ela
chegou mais perto, até ser capaz de pressionar a lateral de seu rosto contra
o meu. Sua pele era tão perfeitamente macia. Ela pegou minha orelha
entre os dentes. — Você cheira tão bem — ela disse enquanto beijava o
local onde minha máscara encontrava a mandíbula. — Eu aposto que você
tem um gosto tão bom — ela ronronou. Sua língua seguiu lambendo a
lateral do meu pescoço.
Quinlan se moveu para que pudesse olhar para mim. Uma vez que
seus olhos castanhos encontraram os meus, estendi a mão para acariciar
seu rosto, principalmente a bochecha que eu tinha dado um tapa
momentos atrás. Ela sorriu e se inclinou na minha mão. Pobre cordeiro.
Minha mão se fechou em torno de sua garganta, e eu vi o sorriso escapar
de seu rosto.
— Eu disse que você poderia me tocar, cadela? — Aquela careta
determinada voltou ao lugar, e eu dei às laterais de seu pescoço um
pequeno aperto extra para marcar meu ponto antes de me levantar. —
Você virá engatinhando quando me seguir por esta casa, até provar que é
digna de poder andar. Entendido?
Ela olhou para frente.
— Sim, senhor.
— Boa garota. — Eu acariciei a sua cabeça. — Venha, então.
F iz com que Quinlan se sentasse ao lado do sofá enquanto eu saía em
busca de itens para montar uma cama de cachorro para ela. Peguei
alguns travesseiros e um cobertor da minha cama e coloquei tudo no
chão ao lado da mesa do meu computador. Enquanto procurava esses
itens, peguei uma coleira e uma guia do meu estoque de brinquedos e os
trouxe para a sala de jogos também.
Sentei-me e chamei-a para perto de mim. A visão dela engatinhando,
de joelhos para mim, nunca seria algo com que eu me acostumaria. Seus
quadris tão incrivelmente perfeitos tornavam minha respiração difícil. Sua
pele era impecável, com estrias bonitinhas pontilhando os quadris e a
bunda. Eu queria lamber cada uma delas.
Eu brinquei com a fivela da coleira enquanto a encaixava em seu
pescoço, certificando-me de que ainda poderia enfiar dois dedos entre a
coleira e Quinlan antes de prender a guia. No momento em que prendi ao
redor de seu pescoço, seus músculos relaxaram.
Às vezes, isso acontecia. Algumas pessoas precisavam de algo extra
para fazê-las relaxar, para as fazer se sentir um pouco menos nuas e
desnudas para o mundo. Era o mesmo conceito das pessoas que gostavam
de Shibari, porque as relaxava, a pressão em seus músculos as mantinha
seguras. Eu me perguntei se Quinlan iria gostar de ser amarrada com
lindos nós também.
Ela se sentou sobre os calcanhares e olhou para mim, seus olhos mais
suaves do que antes. Eu levei um momento para olhar para ela. Eu ainda
estava sólido como uma rocha, mas não ia deixá-la me tocar ainda. Eu
queria que ela desejasse tanto, que mal poderia suportar.
— Eu tenho que me conectar por um momento. Fique à vontade. —
Apontei para a cama de cachorro improvisada que eu tinha feito para ela
ao meu lado. Ela sorriu, e não teve o mesmo desafio de antes. Este era
suave e doce.
Quando ela se acomodou, amarrei a guia na minha cadeira e preparei a
transmissão. Meus pensamentos foram completamente consumidos por
ela. Eu já tinha estado com muitas outras mulheres. Não o suficiente para
me tornar um cara nojento, mas eu tinha visto o meu quinhão. E eu tinha
gostado de controlá-las, possuí-las durante a noite.
Mas nenhuma delas me pegou como Quinlan. Eu podia lembrar
exatamente da sensação de quando gozou em meus dedos, me apertando.
Eu não conseguia parar de pensar quão incrível seria quando eu
finalmente deslizasse para dentro dela. Eu olhei para Quinlan com o canto
do olho e vi seus olhos se fechando enquanto descansava a cabeça contra
minha coxa.
Algo me fisgou no peito ao ter essa visão, mas eu joguei essa sensação
para longe antes de voltar minha atenção para organizar tudo. Ajeitando as
luzes, deixei tudo do jeito que eu queria, tentando não a mover muito; em
seguida me inclinei e peguei o moletom que eu normalmente usava e que
estava na minha mesa.
Eu o vesti, puxei o capuz para cima e me certifiquei de que minha
máscara ainda estava cobrindo a metade inferior do rosto. Coloquei a mão
no topo da cabeça de Quin enquanto fazia login. A câmera só mostrava do
meu peito para cima, então se ela se comportasse, não teríamos nenhum
problema.
Coloquei os fones de ouvido e esperei o carregamento. Eu não ia
transmitir nenhum jogo; a presença de Quinlan seria muito perturbadora
para isso. Em vez disso, faria apenas uma pequena conversa ao vivo com
as pessoas e depois encerraria a noite. Quinlan me deixou ansioso para
acabar com essa merda o mais rápido possível, para que eu pudesse voltar
e torná-la o centro da minha atenção.
— Ei, pessoal — eu disse quando as pessoas começaram a inundar o
chat do streaming. Isso fez Quinlan se assustar. Ela deve ter cochilado por
alguns minutos. Corri meus dedos pelo cabelo dela e a vi pela visão
periférica olhar para mim. Eu corri a mão por seu rosto, e ela se inclinou
na minha palma, absorvendo todo o carinho que poderia receber. Quinlan
agia como se estivesse faminta por isso, e eu me perguntei quando foi a
última vez que alguém a tratou do jeito que ela merecia.
Quinlan se arrastou aos meus pés, ficando mais confortável, enquanto
eu falava com todos que estavam se juntando. Uma vez que eles
perceberam que eu não estava no jogo, os pedidos começaram a chegar
para todas as merdas que queriam que eu dissesse. Havia algumas
mensagens normais espalhadas, mas a maioria das pessoas estava apenas
me enviando uma tonelada de fichas para começar a colocar minha voz
em bom uso.
— Ah, porra — eu gemi quando senti as mãos de Quinlan correrem
sobre minhas coxas e minha virilha. O quarto de jogos estava escuro, mas
as pessoas assistindo ainda seriam capazes de perceber se eu olhasse para
ela. E eu definitivamente não podia dizer nada em voz alta para fazê-la
parar.
Então suas mãos continuaram, até que eu pensei que meu pau ia rasgar
o jeans, de tão duro.
— Tudo bem — eu disse com uma voz trêmula como uma folha. Os
dedos de Quin abriram o botão do meu jeans, e, em seguida, lentamente
libertaram meu pau. — Que tal fazermos algo um pouco diferente desta
vez? — Eu estava lutando para dizer frases completas. Ela ia ter de
desacelerar, ou isso acabaria muito mais cedo do que eu queria. — Que tal
eu conversar com vocês de uma forma mais NSFW em vez de apenas
jorrar frases aleatórias que vocês pedem, sim? — Examinei os
comentários inundando, e todos pareciam desanimados. Mas isso
realmente não importava. Porque quando senti a mão dela me envolver, eu
estava em outro lugar.
Deitei a cabeça para trás e respirei fundo.
Você consegue fazer isso.
— Você está debaixo da minha mesa enquanto estou transmitindo,
quando decide que quer me dar alguma ajuda. Suas mãos correm pelas
minhas coxas e pela minha virilha, antes de me libertar e colocar sua mão
macia em volta de mim.
Respirei fundo algumas vezes enquanto Quinlan me acariciava da base
à cabeça. Seu polegar correu ao longo da cabeça, e eu arrisquei um olhar
para baixo apenas para vê-la lamber a ponta do polegar onde meu pré-
sêmen havia surgido.
— Por favor? — ela murmurou sem emitir som.
— Sim, baby — eu respondi, voltando minha atenção para o
streaming. Ou, pelo menos, eu tentei. Nesse ponto, ela deslizou seus lábios
macios ao meu redor, e minha mente só conseguia se concentrar nisso.
— Deus, eu amo a sensação da sua boca.
Ela tinha colocado a boca em torno de mim o mais fundo que podia
sem engasgar. Não importa o quanto eu quisesse me abaixar e empurrar
mais, eu não podia arriscar que ela fizesse muito barulho. Enfiei meus
dedos em seu cabelo e saboreei a sensação dos fios sedosos.
Eu gemi quando ela chupou e me lambeu mais, e mais.
— Você gosta de agradar seu mestre, menina? Você gosta da sensação
do meu pau duro batendo no fundo de sua garganta enquanto você busca
por ar? — eu perguntei enquanto a empurrava um pouco mais para baixo.
Senti sua garganta se contrair enquanto ela tentava não fazer barulho. —
Que boa puta você é. Me faça gozar, e eu te recompensarei mais tarde.
Sua sucção e carícias tornaram-se mais febris.
— Porra, você é uma piranha, sabia? Só piranhas são tão boas em
chupar um pau assim. A única coisa para a qual você serve, não é,
cadelinha?
Senti minhas bolas apertarem, e um calor familiar começou a se
espalhar na base da minha coluna e pelo abdômen. Eu agarrei a frente de
seu cabelo e a puxei de cima de mim antes que eu gozasse. Olhei para
Quinlan o melhor que pude. Ela manteve a boca aberta, o peito ofegante, a
língua ainda para fora, pronta para acabar comigo. Ela não conseguia nem
tirar os olhos do meu pau.
Que porra de visão.
Com minha outra mão, agarrei a base do meu pau e bati contra sua
língua antes de soltá-la e a ver me colocar de volta em sua boca. Inclinei a
cabeça para trás novamente, deixando o calor começar a se espalhar
novamente.
— Continue fazendo isso, querida. Vou gozar na sua boca, e você vai
engolir até a última gota. Eu quero que você use essa porra de boca
esperta para me ordenhar com tudo o que mereço.
Eu sabia que o que estávamos fazendo era bem, bem errado. As
pessoas que assistiram a esta transmissão não consentiram com isso. Eles
não tinham ideia do que estavam realmente assistindo. Para eles, eu estava
apenas representando uma cena. Eles não tinham ideia de que Q estava
abaixo de mim, colocando meu pau para dentro e para fora de sua boca
quente e molhada.
Porra.
Ela estava fazendo aquela coisa com a língua que me fazia passar da
porra do limite. Meus quadris começaram a se mover no ritmo de sua boca
enquanto ela balançava para cima e para baixo, engolindo o máximo de
mim que conseguia. O fogo estava se espalhando por todo o meu corpo.
Minhas mãos agarraram as laterais da cadeira com tanta força, que eu
podia senti-las ficando brancas.
— Jesus Cristo, baby. Por favor. — Eu me vi implorando.
Que porra?
Eu nunca implorei a ninguém por nada em toda a minha vida. Eu não
fazia esse tipo de pedido. Elas faziam. Mas a sensação que ela estava me
causando, e aquela língua… meu Deus.
— Por favor — eu repeti, e juro por Deus que podia sentir seu sorriso
contra mim.
Fedelha.
Minhas bolas se contraíram, minha respiração ficou presa na garganta,
e eu gemi de uma forma lenta e forte enquanto meus quadris tremiam e
empurravam fundo em sua boca, minha mão mantendo sua cabeça imóvel
e sua boca em volta de mim. Eu a senti engolir algumas vezes, ainda
chupando enquanto meu pau se contorcia em sua boca.
— Boa menina — eu disse, um pouco sem fôlego.
Não demorei um minuto para olhar quaisquer comentários, tokens que
pudesse ter recebido ou mesmo tentei me despedir. Eles ficariam bem. Eu
tinha dado a eles mais do que o suficiente para esta noite. Apenas
desliguei a câmera e o microfone, encerrando a transmissão.
Eu a levantei do chão, colocando-a no meu colo. Quinlan montou em
mim, e eu gemi novamente quando seu calor escorregadio me pressionou.
Tirei minha máscara, e antes que ela pudesse registrar o que eu tinha feito,
puxei sua boca para a minha. Ela se derreteu em mim, e eu deixei minhas
mãos deslizarem por seu corpo até se prenderem em seus quadris.
Eu ainda podia sentir meu gosto nela, mas não me importei. Isso só me
fez querer engoli-la inteira. Éramos um choque de lábios, dentes e língua.
Chupei sua língua e depois a soltei para poder olhar para seu rosto. O
batom estava borrado, assim como o delineador. Meu pau se contraiu
contra ela, querendo um segundo round.
Quinlan olhou todo o meu rosto e sorriu, puxando meu moletom para
cima. Eu não conseguia me lembrar da última vez que deixei alguém que
acabei de conhecer me olhar completamente, sabendo exatamente quem
eu era. Mas foi libertador para caralho, e eu amei como ela olhou para
mim, absorvendo cada característica como se estivesse me memorizando.
Quinlan me beijou suavemente.
— Oi, Jack.
— V amos, Cacheada — eu ri, dando um tapa em sua bunda enquanto
soltava a coleira e me levantava, levando-a comigo. — Vamos
nadar.
Quinlan soltou um gritinho enquanto colocava as pernas em volta da
minha cintura e os braços em volta do meu pescoço. Joguei a máscara na
cadeira e a carreguei para a piscina.
— Você é estupidamente rico, sabia?
Eu soltei rapidamente o ar pelo nariz e abri a porta dos fundos que
dava no pátio. O sol estava se pondo, e a iluminação externa já estava
acesa, fazendo o quintal brilhar em tons de dourado. Liguei um interruptor
na lateral da casa para acender as luzes da piscina e a cachoeira.
— Você pode me colocar no chão. Eu posso ir andando, sei que não
sou leve.
— Cala a boca, você é linda — eu disse e dei um aperto na sua bunda.
Eu falei sério. Eu estava atraído por cada curva, cada nuance e cada estria
que ela tinha no corpo. Seus seios estavam pressionados contra o meu
peito, e a cada passo saltavam contra mim. Quinlan ia deixar meu pau
maluco.
Ela mordeu o lábio ao dar um sorriso e olhou ao redor.
— Você não pode ter conseguido todo esse dinheiro só com os games.
— Ela me deu um olhar, e eu ri.
Boa suposição, pequena.
— Você sabe nadar?
— Claro que sei — disse ela com as sobrancelhas franzidas.
— Ok, muito bem — eu disse e a joguei na piscina. Tirei minha
camisa enquanto ela tossia e voltava à superfície.
— Imbecil! — ela gritou e tirou o cabelo do rosto. Sorri para Quinlan
e tirei o jeans e a cueca boxer.
— Olha a boca, cadelinha.
— Entra aqui e me obriga então.
Eu sorri e observei seus olhos vagarem pelo meu corpo. Meu sangue
aqueceu sob seu olhar, especialmente quando Quinlan permaneceu
observando um ponto logo abaixo da minha cintura. Ela segurou o lábio
inferior entre os dentes, e eu pulei ao seu lado, me certificando de produzir
a maior quantidade de respingos possível.
— Cuzão — ela murmurou quando me aproximei dela.
— Você é muito desbocada — eu disse, puxando-a para mim. Eu
mergulhei a cabeça de volta na água, para tirar o cabelo do rosto. Eu o
mantinha longo em parte porque ajudava a esconder meu rosto e em parte
porque gostava quando as garotas tinham algo para puxar.
Quinlan estava olhando para minha boca quando olhei de volta para
ela.
— Eu gosto do seu piercing no lábio. — Seus braços envolveram
meus ombros, e eu nos movi para o banco da piscina, para que eu pudesse
colocá-la em cima de mim. Eu não ia transar com Quinlan ainda, mas
adorava a doce tortura de a ter pressionada contra mim.
— Você tinha um — eu disse, esfregando o polegar em seu lábio
inferior, onde havia uma cicatriz. Seu batom ainda estava manchado ao
redor da boca, como um hematoma, e isso só a fazia parecer mais bonita.
— Eu tinha. Embora não fosse algo muito profissional. Eu me livrei
dele há alguns anos. — Seus dedos passearam ao longo das tatuagens no
meu braço. — Então… — disse ela, inclinando-se para trás para molhar o
cabelo também. Na luz baixa do sol poente, os fios pareciam fogo líquido.
Seus seios espreitavam para fora da água, e precisei de toda a minha força
de vontade para não cair de boca neles. — O que mais você faz além de
jogar para conseguir pagar por tudo isso? — ela perguntou, voltando para
fora da água.
— Bem, alguns anos atrás, criei um código muito complicado e
bastante desejado e o vendi para a Microsoft. Isso pagou a maior parte do
que você está vendo. Eu também comprei uma série de boates em Los
Angeles e São Francisco com esse dinheiro, como uma forma de
investimento, e elas estão indo muito bem. — Eu podia vê-la tomando
notas mentalmente enquanto eu falava, ainda trabalhando, mesmo
enquanto me tocava. — Ainda faço streamings e jogo porque gosto, não
porque preciso.
— E o que todos os seus fãs apaixonados fariam sem você? — Ela
soltou uma risadinha, e eu correspondi ao seu sorriso. Deixei minhas mãos
descerem dos seus quadris para suas coxas e dei um aperto.
— Apaixonados pode ser uma palavra forte.
Ela deu de ombros.
— Então, o Coringa, o jogador sem rosto e ator de voz excitante,
também é Jack, o dono de boates e gênio da computação.
Eu a puxei um pouco mais para perto, deixando seu calor assentar
contra o meu membro, que estava em um estado perpétuo de dureza com
Quinlan por perto. Ela suspirou, e eu vi sua pele brilhar no tom de dourado
avermelhado do sol poente.
— Basicamente — completei e então me inclinei para frente e capturei
sua boca. Ela passou a língua pelo meu piercing no lábio. — O que mais
você quer saber? — eu perguntei, abandonando seus lábios apenas para
agarrá-los novamente. — Você poderia me pedir qualquer coisa agora, que
eu acho que daria a você.
Quinlan riu na minha boca.
— Ok — ela disse, interrompendo o beijo completamente e se
afastando para que eu não pudesse capturá-la novamente. Ela saiu do meu
colo e entrou na água. — O que você quer que eu escreva sobre você?
— Como assim? — eu perguntei enquanto observava seus braços se
moverem pela água. O sol estava se pondo rapidamente, quase
completamente abaixo do horizonte, o que permitiu que toda a sua silhueta
se iluminasse sob a água morna devido às luzes da piscina.
— Se houvesse uma coisa que você gostaria que as pessoas soubessem
sobre você, o que seria? Você quer que eu construa sua imagem como esse
cara misterioso durão? — Ela deu uma risada. — Ou você quer que eu
faça você parecer o docinho de coco que você é?
— Docinho de coco?
— Sim, você entendeu. Macio, doce… com um ótimo sabor… — Ela
parou e me deu um olhar quente.
— Macio? — perguntei com falsa indignação enquanto avançava
sobre ela. Quinlan soltou uma risada alta e tentou nadar para longe,
jogando água no meu rosto para tentar me desacelerar.
— Ok, Ok! — ela gritou quando eu a alcancei, e supondo
corretamente que ela sentiria cócegas, ataquei suas costelas. — Ok! Macio
foi a palavra errada! — Eu parei e puxei seu corpo contra o meu. Quinlan
respirou fundo, tentando recuperar o fôlego.
Eu tirei seu cabelo dos ombros e desci rumo ao seu pescoço,
mordendo forte o suficiente para deixar uma marca, enquanto minha mão
a segurava. Quinlan gemeu, e eu lambi o local em que havia mordido.
— É isso que um docinho de coco macio faria? — Ela jogou a cabeça
para trás no meu ombro, e um sorriso satisfeito se abriu nos seus lábios.
Mesmo dentro da água, eu podia sentir que ela estava molhada para mim.
Eu enfiei um dedo em suas dobras e suavemente circulei o clitóris. Seu
corpo inteiro ficou tenso quando ela respirou fundo.
— Ok, talvez eu prefira o perfil misterioso e durão — ela disse já
quase sem fôlego. Sorri contra sua pele macia e beijei a marca que deixei
em seu pescoço. Minha mão deslizou entre suas coxas, e Quinlan gemeu.
— Definitivamente um cuzão — ela murmurou.
— Você estava me entrevistando — eu disse inocentemente. — Eu não
queria ser rude e distraí-la.
Ela se virou em meus braços e olhou para mim.
— Me fala dos seus pais. De onde você vem?
Suspirei e passei a mão pelo meu cabelo.
— Minha mãe biológica nunca esteve por perto. Eu não a conheci. Ela
ficou por perto nos primeiros meses e depois sumiu. Ela era de Porto Rico,
meu pai sempre disse que achava que ela tinha ido para casa com a
família. Ela supostamente nunca quis ser mãe. Então acho que tenho sorte
de estar aqui. — Dei de ombros quando vi a expressão de Q se fechar.
— Jack — ela murmurou, os olhos tristes. — Eu sinto muito. Eu… eu
não sei o que dizer. Isso é horrível.
— Tudo bem. É difícil sentir falta de alguém que você nunca
conheceu. E meu pai era mais do que suficiente.
— Ele ainda está por perto?
— Com certeza. — Meus dedos traçaram pequenos círculos em cada
parte de sua pele. Eu não conseguia me sentir satisfeito. Seria difícil a
deixar ir embora na manhã seguinte, sabendo que eu não seria capaz de
saboreá-la novamente. O acordo era uma noite. Uma. Mas eu não tinha
mais certeza se seria suficiente.
— Então, onde ele mora? — ela perguntou, me tirando dos meus
pensamentos.
— Ele vive em São Francisco. É um grande advogado, daqueles
importantes.
— E ele apoia suas escolhas? — Seu sorriso era caloroso quando eu
passei o polegar para começar a limpar o batom teimoso que ainda
manchava sua pele.
— Sim. Ele entrou na faculdade de direito quando eu tinha idade
suficiente para cuidar de mim mesmo depois da escola. Foi perrengue,
mas eu nunca passei por dificuldades, nunca faltou algo que fosse
essencial. E, como eu disse, quando eu tive idade suficiente, consegui meu
próprio emprego e aprendi a ser esperto com o dinheiro bem rápido.
— Eu amei isso — disse ela, passando as mãos pelo meu cabelo. —
Meus pais estão no Nordeste totalmente insatisfeitos com a vida que
escolhi.
— Por quê? — eu perguntei, franzindo a testa. — Você parece estar se
saindo bem.
— Eu estou me saindo mais do que bem, obrigada. Mas eu venho de
uma família de gerações muito ricas. Eles assumiram, esperavam que eu
seguisse os passos determinados por todo esse dinheiro e me tornasse
médica, senadora ou algo do tipo, mas não rolou — ela terminou,
revirando os olhos. — Mas eu amo escrever. Adoro conhecer novas
pessoas. E como você pode ver… — ela disse, apontando para suas
tatuagens. — Gosto de coisas que senadores e médicos não deveriam
gostar.
— Quais outras coisas que senadores e médicos não deveriam gostar
que você gosta, Quinlan? — Suas sobrancelhas se juntaram em uma
pergunta silenciosa. — Tipo as coisas que eu estava fazendo com você
mais cedo? As coisas que eu estava dizendo a você? — O sol já tinha
desaparecido, mas eu ainda podia ver o rubor em suas bochechas. Ela
desviou o olhar, mas eu agarrei seu queixo e trouxe sua atenção de volta
para mim. Eu cheguei a alguns centímetros de seus lábios, tão perto que
podia sentir sua respiração na minha. — Você gostou, Quinlan?
— Sim — ela soltou.
C om a confissão de que Quinlan gostava de tudo que eu estava
fazendo com ela, eu a carreguei para fora da piscina, suas coxas
deliciosas em volta de mim. Graças a Deus eu conhecia minha
própria casa bem o suficiente para que pudesse andar pelo local às cegas.
Porque Quinlan não ia descolar da minha boca. E eu não queria que ela
descolasse.
Enrolei seu cabelo na mão e puxei, tentando tirar o máximo de água
antes de entrar e levá-la para o meu quarto. Acionei um dos interruptores
na parede, e a sala se iluminou em um tom de vermelho profundo. Quinlan
interrompeu o beijo, olhou em volta e riu.
— Mais LEDs? Que clichê — disse um pouco sem fôlego, antes de
colar sua boca na minha novamente. A cabeça do meu pau mal tocava seu
centro quente, o que me deixava louco. Eu mal podia esperar para afundar
nela e senti-la me envolver.
— Você gostaria de receber sua recompensa por ser uma boa menina
mais cedo? — eu perguntei quando a sentei na minha cama. Quinlan se
inclinou para trás nos cotovelos e colocou um pé em cima da cama,
abrindo sua boceta para mim. Senti um rosnado ressoar no meu peito. Eu
iria devorá-la, porra.
— Sim, por favor. — O sorrisinho tímido estava fazendo estrago tanto
no meu pau quanto no meu coração. Eu poderia dizer que estava
desenvolvendo uma pequena paixonite pela coisinha selvagem na minha
frente.
— Você se lembra das suas palavras de segurança?
— Sim.
— Ok. Lembre-se, você pode usá-las a qualquer momento, eu sempre
vou obedecê-las — eu disse, me aproximando de Quinlan e pegando seu
rosto macio na minha mão.
— Me dê o que você tem de pior — disse com um fogo em seus olhos.
— Ah, querida — eu disse, acariciando seu cabelo ainda molhado
grudado em seu rosto e ombros. — Esta é sua recompensa, não sua
punição. Este será o meu melhor, não o meu pior. — Ela inclinou a cabeça
e sorriu antes que eu encostasse meu lábio em sua boca e encostasse meu
piercing em seus dentes.
— Me dê o seu melhor, então, Coringa. — Quinlan me deu um beijo
nos lábios.
Dei a volta para o lado da cama e mandei que se afastasse e deitasse.
Peguei um dos seus pulsos e a amarrei na cabeceira da cama. Eu tinha
lenços permanentemente presos no topo da minha cabeceira, muito bem
instalados, por sinal. Uma vez presa, não havia chance de se soltar.
Enquanto eu andava ao redor da cama, amarrei os dois tornozelos, para
que ela ficasse bem aberta para mim, e, em seguida, prendi o outro pulso
na cabeceira.
Ela testou a força dos nós, puxando-os um pouco com as pernas e os
braços, mas mal conseguia se mover um centímetro. Um barulhinho fofo e
patético veio de sua garganta quando percebeu que estava perfeita e
verdadeiramente amarrada à cama de alguém que ela havia conhecido
apenas algumas horas antes.
Seu peito começou a subir e descer rapidamente.
— Ei, ei — eu disse em voz baixa enquanto engatinhava para cima
dela, ficando sobre seu corpo. Ela olhou para mim com os dois grandes
olhos castanhos arregalados, e senti um aperto no peito. — Eu vou cuidar
de você. Eu não vou te machucar. — Acariciei seu rosto. — Confie em
mim. Eu vou fazer você ver Deus, ok? — eu afirmei, sorrindo para ela.
Sua respiração desacelerou, e Quinlan devolveu meu sorriso.
— Você pode tentar — ela rebateu.
— Ah, menina. Vou fazer muito mais do que tentar.
Estendi a mão e peguei um de seus mamilos, o pressionando entre o
indicador e o polegar antes de beliscá-lo com tanta força, que ela gritou e
arqueou as costas para fora do colchão. Eu o puxei até que seu seio pesado
fosse erguido, e então o soltei; eu o assisti balançar. Seus quadris se
moveram e tentaram se aproximar de mim, querendo algo para roçar.
Tenho certeza de que ela estava latejando. Dei a mesma atenção ao outro
mamilo, e a observei se contorcer embaixo de mim.
— Já volto, minha cadelinha. — Saí do quarto e voltei para a minha
sala de jogos. Encontrando meu fone de ouvido onde o deixei, na minha
mesa, o trouxe de volta para o quarto comigo. Ela levantou a cabeça
enquanto eu caminhava, tentando ver o que eu tinha trazido. — A
privação sensorial pode realmente aumentar seu orgasmo, porque todo o
seu foco se direciona para a sensação. Vou vendar seus olhos e colocar
esses fones de ouvido em você. Você não será capaz de me ouvir ou me
ver. Você só será capaz de me sentir. Tudo bem, princesa?
Seus olhos pareceram pesados novamente, mas eu podia ver, de onde
estava, sua boceta brilhando à luz vermelha. Eu sabia que Quinlan estava
tão excitada, que provavelmente teria dito sim a qualquer coisa que eu
sugerisse. Ela assentiu.
Abri a gaveta ao lado da cama e tirei uma venda. Eu voltaria àquela
gaveta em questão de minutos para pegar algum brinquedo erótico, mas
ela não precisava saber disso. Coloquei a venda em seus olhos e então me
inclinei para beijar sua bochecha.
— A quem essa boceta pertence? — eu perguntei, tocando em sua
boceta encharcada e deslizando dois dedos para dentro; em seguida os
dobrei para cima, para encontrar aquele pequeno local especial, e o
pressionei. Ela gritou e levantou os quadris para receber a pressão que eu
estava dando a ela. — De quem é essa porra de buceta? — eu perguntei
novamente, puxando meus dedos e colocando de volta, a acendendo pela
segunda vez.
— A você! — ela gritou, tentando roçar o clitóris contra a palma da
minha mão. — É sua, por favor — ela implorou. — É sua.
— Boa menina, baby. Deite e aproveite sua recompensa. — Coloquei
os fones de ouvido em seus ouvidos, bloqueando completamente qualquer
ruído externo.
Abri a gaveta novamente, puxando um vibrador tipo wand e o
deixando no colchão. Eu me deitei sobre Quinlan, atento para não deixar
meu pau roçar em qualquer parte do seu corpo. Isso não era para mim. Era
para ela. Quinlan tinha sido muito boa para mim, tinha confiado muito em
mim.
Ela me fez implorar por sua boca. Agora eu a faria implorar por meu
pau.
Eu a beijei, deixando minha língua preguiçosamente encontrar a dela,
antes de passar para sua mandíbula e pescoço, beijando, mordiscando e
lambendo. Um leve gosto de cloro estava em sua pele, mas o restante era
tudo dela. Seu cheiro e gosto eram perfeitamente inebriantes, e eu não
podia suportar não a tocar, saborear ou respirar seu cheiro.
Quinlan era viciante.
Eu desci para a parte inferior de seu corpo e me acomodei entre suas
pernas. Deixei beijos até chegar em suas coxas, parando pouco antes de
chegar ao seu sexo nu. Ela tinha um cheiro perfeitamente incrível. Lambi
os dois lados da vulva, sorrindo enquanto Quinlan tentava se aproximar da
minha boca.
— Gulosa — murmurei contra sua carne, embora ela não pudesse me
ouvir.
Usando meus polegares, eu a abri diante de mim, e então a lambi do
fundo de sua doce boceta até seu clitóris, antes de o sugar com os lábios.
Ela ofegou e se empurrou contra a minha boca. Eu enganchei meus braços
sob suas pernas e ao redor de seus quadris, prendendo-a ao meu rosto
enquanto eu me banqueteava, como se ela fosse minha última refeição.
— Você tem um gosto tão doce, baby — eu disse enquanto lambia os
lábios, não querendo perder uma única gota sua. Chupei seu clitóris
novamente, provocando-o com os dentes e a língua. Eu estabeleci um
ritmo, me mantendo no local até ela atingir seu segundo orgasmo da noite.
Sua respiração estava rápida e curta, e cada pequeno gemido que escapava
de seus lábios parecia música para os meus ouvidos. Eu afundei meus
quadris no colchão, tentando aliviar um pouco da minha necessidade.
Quinlan gemeu, respirou fundo, e então, enquanto eu girava minha
língua em círculos rápidos ao redor de seu clitóris, ela se desfez. Eu
mergulhei a língua, lambendo-a e perdendo a porra da sanidade por quão
forte seu orgasmo estava me apertando.
Senti-la envolver meu pau ia ser o mais próximo que eu já tinha
chegado de uma experiência espiritual.
Enquanto gozava e se contorcia, Quinlan arfava, tentando respirar. Eu
gentilmente usei minha língua, me certificando de não perder uma gota,
mas sem a superestimular… ainda.
— Ok — ela disse entre respirações. — Eu vi Deus. Você estava certo.
Puta merda. — Ela estava voltando do clímax, e eu sorri. Ela pensou que
tínhamos terminado.
Que fofo.
— J ack? — ela perguntou, provavelmente em dúvida sobre os
motivos de ainda não ter tirado a venda. — Não fode comigo —
ela avisou da maneira mais fofa de todas. Tão ameaçador para uma mulher
tão pequena. Eu sorri e coloquei o vibrador na configuração mais baixa,
antes de encostar em um dos mamilos.
Quinlan gritou, e suas costas arquearam novamente. Observei sua pele,
ainda úmida da piscina, mas também molhada de suor, enquanto os
mamilos endureciam ainda mais. Quinlan estava uma bagunça só
enquanto choramingava e gemia; e estava muito deliciosa. Suas
respirações rápidas e curtas, seus gemidos eram quase suficientes para me
fazer gozar sem nem mesmo a tocar.
Mudei o vibrador para o outro mamilo, e seus quadris se empinaram
com ainda mais força, tentando encontrar algo para roçar. Eu ri e me
reposicionei, para que meu joelho ficasse entre suas pernas, perto o
suficiente para que ela mal conseguisse fazer com que o clitóris fizesse o
mínimo contato com minha coxa. Próximo o suficiente para ser torturante.
— Por favor, Jack — ela gemeu. Deus, eu adorava ouvir meu nome
em seus lábios. Eu nunca desejaria que isso parasse. — Se você quer que
eu implore por isso, considere isso como implorar!
Sorri e coloquei minha mão livre entre suas coxas, inserindo um, e
depois dois dedos. Ela estava tão molhada, que pingava na cama, e eu
estava um pouco arrependido que aquilo tudo estivesse indo para o
colchão, e não para minha boca.
Eu me movi lentamente dentro e fora dela enquanto descia o vibrador
por seu abdômen e quadris. Eu o coloquei levemente no clitóris, e Quinlan
gemeu profundamente, quase de maneira gutural.
— Você acabou de rosnar para mim, princesa? — Eu soltei um “tsc” e
apertei os botões algumas vezes para ligar o vibrador no máximo. Eu
encostei com mais força, e então ela soltou um grito. Eu gemi, bebendo
em seus sons. Movi meus dedos para dentro e para fora em um ritmo
constante e lento, enganchando-os dentro dela e a massageando enquanto
torturava seu clitóris.
Eu podia ouvir quão molhada Quinlan estava mesmo com o barulho
do vibrador e o som dos seus gemidos. Seu corpo inteiro estava vibrando
de prazer, e eu olhei para ela enquanto suas paredes internas se apertavam
em volta dos meus dedos. Quinlan jogou a cabeça para trás no colchão e
gritou meu nome.
Mas eu não desacelerei. Eu queria vê-la se partindo. Eu queria ver seu
corpo desmoronar em minhas mãos. Continuei a pressionar o vibrador em
sua protuberância inchada enquanto a fodia com os dedos duros e rápidos.
— Jack, pare. Por favor. Por favor, meu Deus, pare. — Ela mal
conseguia respirar através do fogo que eu sabia que estava atirando em seu
corpo. Ela conhecia a palavra de segurança. E Quinlan não parecia querer
dizer.
— Boa menina, Quinlan — eu disse enquanto adicionava outro dedo,
enchendo-a um pouco mais. Ela gritou e empurrou os quadris, tentando
fugir do contato. Era muita coisa ao mesmo tempo, seu corpo não
conseguia se concentrar em mais nada. Quando tudo o que seu cérebro
tem de lidar é com o toque, este tende a ficar um pouco avassalador. —
Sim, baby. Goza novamente para mim. Vamos lá, baby.
— Jack! — ela gritou quando gozou novamente, esguichando e
apertando as paredes internas em torno dos meus dedos com tanta força,
que eu não podia fazer nada além de permanecer lá dentro. Desliguei o
vibrador, não querendo que ela sentisse muita dor, e lentamente puxei os
dedos de sua boceta agora cansada. Meu ego disparou com a visão de
Quinlan encharcando minha cama.
Eu fiz isso.
— Eu disse que você veria Deus — falei em voz alta para mim
mesmo.
Inclinei-me sobre sua boceta rosada e inchada, e Quinlan quase pulou
quando sentiu minha respiração fria em seu sexo. Eu pressionei a parte
plana da minha língua em seu clitóris inchado e então o chupei
suavemente.
Eu preguiçosamente lambi dentro dela, até sua bunda, e mordisquei
seus grandes lábios. Eu a chupei mais uma vez, fazendo com que Quinlan
quase saltasse para fora da pele antes de me posicionar sobre ela.
Meu pau estava pingando, e eu estava com muito tesão,
completamente pronto para ela, mas ainda não era a minha vez. Ela
precisava de uma pausa. Quinlan precisava comer e beber alguma coisa.
Precisava de cuidados. E eu não ia ser egoísta e usá-la além do ponto do
prazer.
Apoiei o corpo no dela e tirei o fone de ouvido lentamente, deixando-a
se acostumar a ter sua audição de volta. Aconcheguei meu rosto em seu
pescoço e belisquei sua orelha.
— Oi, baby — eu sussurrei. Ela respirou fundo e virou o rosto para
mim. Eu lhe dei um pequeno beijo antes de gentilmente puxar a venda de
seus olhos. Ela piscou algumas vezes e então encontrou meu olhar.
— Oi — disse, sorrindo para mim. Estendi a mão acima de nós e soltei
seus braços. Fazendo o mesmo com seus tornozelos, comecei a retirar os
lençóis da cama.
— Vire por um segundo — eu disse assim que levantei todos os
cantos. Ela rolou sobre o protetor de colchão, e eu puxei os lençóis
completamente. Ela rolou de volta para a cama.
— Me desculpa.
— Pelo quê? — eu perguntei enquanto jogava os lençóis no chão, eu
colocaria na máquina de lavar mais tarde; em seguida coloquei um lençol
novo tirado da gaveta.
— A bagunça que fiz nos seus lençóis. É embaraçoso — ela gemeu e
ficou de bruços para esconder o rosto.
— Não há nada para se desculpar ou se envergonhar — eu disse, me
agachando ao lado da cama para olhar para ela. — Eu deveria é estar
agradecendo o elogio. Não há nada mais gostoso do que saber que te
deixei tão satisfeita que você deixou uma poça nos meus lençóis. — Ela
gemeu novamente, ficando vermelha, e fechou os olhos. — Ei — eu disse,
tocando sua bochecha. — Estou falando sério. Eu nunca fiquei de pau tão
duro em toda a porra da minha vida, Quinlan.
Ela abriu os olhos e os revirou antes de se mover para se sentar.
— Não — eu disse, a interrompendo. — Fique aqui um segundo. Eu
vou pegar algo para te limpar, e então você pode ir pegar o que quiser para
comer.
Coloquei o lençol ao lado da cama e fui até a minha suíte master para
molhar uma toalha com água morna. Eu precisava limpá-la e cobrir a
porra do corpo dela com aquele lençol para que eu pudesse me livrar da
minha ereção furiosa. Coloquei uma calça de moletom e aguardei até que
ela decidiu se acalmar.
Caminhando de volta para a cama, eu abri suas pernas e a limpei antes
de jogar a toalha na pilha de lençóis sujos.
— Obrigada — ela disse, sonolenta, enquanto eu a cobria com o
cobertor.
— O que você gostaria de comer? Eu realmente não tenho comida em
casa, mas vou pedir o que você quiser. Vamos precisar de algumas calorias
para aguentar o resto da noite. — Ela me deu um olhar, e eu dei de
ombros. — O quê? Se você acha que eu não vou te manter aqui até o sol
nascer, enlouqueceu. Agora me diga, o que você quer?
— Pizza. — Ela riu. — Só com pepperoni, por favor.
Saí atrás do meu telefone e a deixei descansar. Quando finalmente
encontrei, ignorei todas as notificações e pedi a pizza. Quando terminei,
levei alguns minutos para ler tudo o que havia perdido. Havia alguns e-
mails dos gerentes das minhas boates avisando que estavam trabalhando
ou enviando relatórios.
Chequei todas as redes sociais. Muitas pessoas estavam pedindo para
repetir a apresentação desta noite. Eu ri para mim mesmo. Mesma coisa
aqui, pensei. Algumas mensagens dos meus amigos me lembrando de
nossos planos de nos encontrarmos em uma das minhas boates no centro
da cidade. Eu estava muito envolvido com Quinlan para lembrar desses
planos.
Eu estava prestes a dar uma desculpa para eles sobre o motivo de não
poder ir quando tive uma ideia. Nós não poderíamos nos pegar por
algumas horas. E sair com Quinlan por algumas horas poderia ser
divertido. Pensamentos de a ver em uma roupa apertada e pecaminosa,
agarrada ao meu braço, exibindo-a na frente de todos… Porra, minha
ereção nunca iria diminuir desse jeito.
Eu voltei para o meu quarto e a encontrei dormindo. Eu me arrastei
para debaixo do cobertor e a puxei para perto do meu corpo. Quinlan rolou
e descansou a cabeça no meu braço, jogando em seguida uma perna sobre
meus quadris. Ela mal conseguia abrir os olhos.
— Pizza?
— A caminho. Dorme. Eu vou te acordar quando chegar, não se
preocupe — eu respondi.
— Você quer ouvir uma coisa? — ela perguntou, enterrando o rosto no
meu peito. — Você vai pensar que estou mentindo para fazer você se
sentir como uma espécie de deus ou algo assim. — Ela riu. — Mas eu juro
que não estou. Um cara nunca foi capaz de me fazer gozar.
— Eu… como é? — eu perguntei, chocado.
— Pois é.— Ela bocejou. — Eu sempre fingia para que eles parassem
de tentar. E aqui está você, me dando três experiências extracorpóreas em
poucas horas. — Eu inalei seu cheiro, tentando encontrar as palavras
certas. Mas eu não precisava. Quinlan tinha voltado a dormir.
Ninguém nunca a tinha feito gozar. Que tipo de fodidos estavam por
aí? Eu nunca entendi os homens com essa incapacidade de se importar
com outra coisa além de satisfazer seus paus e depois ir embora. Sem se
incomodar em olhar para a parceira e ver se elas também gostaram.
Porra, eu podia entender o lance de gozar primeiro. Acontece até com
os melhores. Mas você ainda pode se certificar de que ela receba o que lhe
pertence antes de ir para casa.
Suspirei.
— Dai-me forças — eu disse baixinho para mim mesmo enquanto
esfregava os olhos. Tirei meu celular do bolso e coloquei um alarme para
trinta minutos, só para ter certeza de que estaria acordado quando a pizza
chegasse. Enfiei o telefone debaixo do travesseiro e fechei os olhos,
adormecendo com o som reconfortante da respiração tranquila de Q.
— E uterminava
quero que você saia comigo esta noite — eu disse enquanto ela
de comer a fatia de pizza. Eu estava sentado atrás de
Quinlan, no sofá, acariciando suas costas, quando decidi que aquela
pequena fantasia que eu tinha produzido, de a ver vestida daquele jeito e
de braço dado comigo, iria realmente acontecer.
— Para onde? — ela perguntou, virando-se e parecendo um pouco
surpresa.
— Uma boate minha no centro da cidade.
Ela se olhou de cima a baixo.
— Você quer que eu vá para uma boate com esta aparência?
Eu sorri e me afastei.
— Não, obviamente não. — Eu já tinha pensado nisso. — Vou te levar
até sua casa, espero você se arrumar e então iremos. Eu tinha planos de
passar um tempo com alguns dos meus amigos hoje à noite, mas fiquei
muito envolvido com você e acabei esquecendo. Mas eu meio que gosto
da ideia de sair com você e de ainda ter a chance de te ver toda
embonecada agarrada no meu braço.
— Ok — ela riu. — Por mim…. Eu moro em Brookdale. Tem
problema?
— Nenhum! — eu disse e me levantei do sofá. — Eu vou tomar um
banho rápido para não cheirar a cloro, e então vamos até a sua casa, pode
ser?
— Ok. — Ela sorriu um pouco mais. Talvez Quinlan gostasse da ideia
de estar agarrada no meu braço também.
Quarenta e cinco minutos depois, entrei na garagem do seu
condomínio e a segui até seu apartamento, no décimo segundo andar. Era
maior do que eu esperava para uma jornalista, mas acho que Quin não
estava mentindo quando disse que estava se saindo perfeitamente bem
sozinha.
— O controle remoto está no suporte ao lado do sofá. Fique à vontade.
Vou tentar ser rápida.
Olhei para o imóvel em seu conceito aberto. Ela tinha plantas em
todos os lugares. Algumas estavam penduradas no teto, algumas estavam
presas a pequenos suportes e outras apenas espaçadas no chão. A casa
tinha tanta personalidade, que fazia a minha parecer rígida e fria. Quinlan
tinha um sofá de veludo esmeralda e um tapete multicolorido que quase
ocupava todo o piso da sala.
Quando a ouvi ligar o chuveiro, me aventurei a espiar seu quarto; lá vi
mais dos mesmos tecidos bonitos e das malditas plantas em todos os
lugares. Eu estava transando com algum tipo de fada de jardim? Uma
bruxa verde?
Jesus Cristo.
Abri seu armário e vasculhei todas as suas roupas até encontrar a seção
que parecia conter todos os vestidos. Um deles imediatamente me chamou
a atenção. Era de um cetim bem macio e de um verde profundo que ficaria
incrível em contraste com seu cabelo. Eu o puxei para fora e o coloquei
em sua cama; em seguida, fui em busca de sapatos.
Nos fundos do armário, no chão, havia uma sandália de tiras pretas
que eu sabia que faria maravilhas por sua bunda. Olhando para os outros
sapatos, percebi que ela não era uma grande fã de saltos. Sem problemas.
Eu estava mais do que disposto a carregá-la para qualquer lugar que
fôssemos.
Quinlan saiu do banheiro em uma nuvem de vapor, sua pele ainda
corada pelo chuveiro. Eu localizei a marca da mordida que dei em seu
pescoço, estava começando a escurecer, então sorri. Se isso não gritasse
que ela era minha, eu não sabia mais o que poderia ter tal efeito. Eu a
deixei tirar a coleira antes de sair de casa, embora gostasse de ver as
reações de todos a isso.
Minha, eu pensei novamente quando ela largou a toalha e caminhou
em minha direção. Seu cabelo estava molhado e ondulado, caindo sobre os
ombros e pingando água entre os seios. Eu não era possessivo desse jeito
com outra pessoa há muito tempo, e isso começou a trazer um pequeno
tom de ansiedade ao meu peito. Eu não era a pessoa mais fácil de se lidar
quando começava a seguir por esse caminho.
Meu pau se mexeu mais uma vez.
— Por favor, coloque essa porra de roupa antes que eu te jogue contra
a parede e te foda até você gritar e acordar seus vizinhos.
Ela sorriu e olhou para a cama ao nosso lado.
— Você escolheu minha roupa? — ela perguntou.
— Sim. Eu quero te ver de verde.
— Então vou de verde. Mas talvez você tenha que me carregar no final
da noite. Eu nunca me saí muito bem com saltos. Sou desajeitada, para
dizer o mínimo. — Ela caminhou até a cômoda e começou a vasculhar em
busca de um sutiã e calcinha.
— Você pode usar sutiã. Mas não pode usar calcinha. — Ela olhou
para mim por cima do ombro, e eu levei um momento para admirar sua
bunda atrevida. — Quero ter acesso a você o tempo todo. — Ela revirou
os olhos, mas só tirou um sutiã da gaveta. Pegando o vestido da cama, ela
se virou e voltou para o banheiro.
— Serei rápida — ela disse e fechou a porta. Eu provavelmente ia
parecer simples demais ao lado dela, mas nunca me importei com isso.
Mesmo sendo o dono da boate, eu era conhecido por aparecer com botas
pretas, jeans pretos e camiseta preta.
Depois de algum tempo, a porta se abriu, e eu me sentei e a devorei
com os olhos. Quinlan havia alisado e prendido seu cabelo, que, em
contraste com o verde-escuro do vestido, quase parecia roxo. Sua
maquiagem estava escura e pesada, e eu adorei. Em contraste com a pele
pálida, a fazia parecer luminosa.
E o vestido.
O maldito vestido.
Todas as suas tatuagens estavam à mostra, e a forma como o tecido
abraçava seus quadris me fez cambalear. O vestido parava no meio da
coxa, mas a fenda ia quase até o quadril. Isso tornaria bem fácil o ato de
deslizar minha mão para lá a qualquer momento.
— Gostou? — ela perguntou, parecendo um pouco tímida.
— Gostar é um eufemismo. Você vai ser a pessoa mais gostosa da
boate esta noite — eu disse enquanto pegava seus sapatos e me ajoelhava
na sua frente. Ela se apoiou na cômoda ao lado, e eu levantei um de seus
pés para deslizar o sapato. Apertei a fivela e beijei sua coxa antes de
passar para o outro pé e fazer a mesma coisa.
Quando olhei para Quinlan, ela estava com os olhos fechados. Beijei
sua perna um pouco mais acima e observei seu peito subir e descer um
pouco mais rápido. Segui passando o nariz pela pele macia que a fenda do
vestido revelava. Nesse momento, a mão de Quinlan veio até meu cabelo.
— Não comece algo que não pode terminar — ela disse quando seu
aperto no meu cabelo se tornou mais áspero. A rápida explosão de dor fez
meu estômago apertar da melhor maneira. Ela olhou para mim.
— Você gosta de me ver de joelhos para você, querida? Você gostou
quando meu pau estava em sua boca e eu estava implorando por isso?
Você gosta de saber que me deixa vulnerável?
Ela puxou minha cabeça para trás, e eu sorri. Eu nunca deixei ninguém
me dominar de qualquer forma. Nem mesmo do jeito que Quinlan estava
fazendo naquele momento.
Mas quando ela olhou para mim com aquela faísca muito familiar em
seus olhos, eu pensei que talvez eu estivesse disposto a ver como era estar
no outro lado daquele fogo. Soltei um rosnado que parecia sair do meu
peito e corri as mãos por suas pernas, até encontrar a bunda. Segurando-a,
eu apertei até que ela vacilou.
Eu me levantei e a beijei no pescoço.
— Vai ser um milagre se eu sobreviver a esta noite — ela disse
baixinho enquanto saíamos do seu apartamento.
— A propósito — eu comecei, segurando a porta para ela. — Qual é a
desse monte de plantas? Como você mantém tudo vivo? Você é uma
bruxa? Uma pequena fada do jardim?
Quinlan jogou a cabeça para trás com uma risada. Eu realmente
gostava de fazê-la rir.
— Eu só gosto de cuidar das coisas — disse depois que parou de rir.
— Confia em mim, eu matei muitas antes de pegar o jeito.
Ela se agarrou ao meu braço para se manter de pé enquanto descíamos
as escadas e seguíamos até o carro. Quinlan até teve de se inclinar um
pouco para mim, para ter certeza de que não ia sair tropeçando. Eu me
ofereci para pegá-la no colo e carregá-la por aí, mas ela me empurrou e
disse para guardar para mais tarde.
Wes: Estamos? Quem você está trazendo? Você tem outros amigos? É uma garota?!
Eu: Comporte-se.
Wes: Eu juro por Deus, caralho, se você deixar que ela vá embora de manhã e não volte nunca mais, nunca vou
te perdoar. Eu amo essa mulher. Sem querer ser dramático, mas eu morreria por Quin.
Eu bufei. Idiota.
Owen: Tudo foi resolvido graças ao meu raciocínio rápido e à minha família muito engenhosa. Diga a Quin que
eu mando um oi e que se ela se cansar de seus jogos estúpidos, minha porta estará sempre aberta.
Hudson: É melhor você ter seguido meu conselho, porque se eu nunca mais a ver, vou ficar de coração partido.
Wes e eu estamos apaixonados.
Greg: Acho que concordo com o que todo mundo está digitando e mandando para você agora. Não seja idiota.
Nós só queremos ver você feliz, cara. Ela combina com sua energia. E se ela aguentar suas merdas, é melhor
você ficar com ela.
Mandei.
Meu telefone vibrou mais algumas vezes antes que eu pudesse colocá-
lo de volta no móvel, mas eu não me importei. Leria tudo pela manhã. E
eu já sabia o que eles diriam.
Eu bocejei e me cobri. Talvez eu conseguisse dormir, afinal de contas.
Fechei os olhos e contei a respiração de Quinlan até o sono me encontrar.
E u não sei quem acordou primeiro, mas de repente ela estava de frente
para mim, e sua perna estava na dobra do meu braço, abrindo-a.
Então eu estava dentro dela, movendo e acariciando-a lentamente.
Encostamos a testa uma na outra, e nossos narizes se tocaram. As
respirações se misturaram enquanto nossos lábios se aproximavam o
suficiente para mal se tocarem.
Ela estava tão molhada e quente. Eu afundei nela o mais fundo que
pude, inclinando-a para que seu clitóris pudesse se mover contra minha
pélvis. Minha mão livre se enroscou em seu cabelo, a prendendo a mim
enquanto eu ganhava velocidade.
— Você é tão gostoso — ela sussurrou. — Eu nunca pensei que teria
isso — admitiu. Eu atingi um certo ponto dentro dela que a fez
choramingar.
— Teria o quê? — perguntei, ofegante e tentando me conter e não a
jogar no colchão.
— Alguém que poderia me fazer sentir isso tudo. — Quin gemeu e
começou a se mover contra mim o máximo que dava na posição em que a
mantinha. — Vai ser muito difícil voltar a fingir depois disso — ela disse
com uma risadinha ofegante.
Uma onda de ciúme irracional me atravessou, e eu a beijei para
impedi-la de dizer qualquer outra coisa que pudesse me provocar. Em um
gesto muito parecido com o de um homem das cavernas, eu a virei de
costas e coloquei ambas as pernas em meus ombros, assumindo o
controle.
Quando eu deslizei de volta para seu calor úmido, eu a senti
estremecer contra mim. Inclinei-me para a frente e comecei a me esfregar
nela como se estivesse possuído. Meu polegar encontrou seu clitóris, e ela
imediatamente gritou, suas paredes me agarrando como se eu fosse uma
tábua de salvação. Eu fui ao fundo do poço um momento depois,
reivindicando-a para mim e arruinando-a para qualquer outro homem ou
mulher que pudesse cruzar seu caminho.
— Você não precisa — eu finalmente disse quando a última gota do
meu esperma se derramou nela. Suas pernas escorregaram dos meus
ombros e caíram ao redor dos meus quadris. Ela se apoiou em mim, ainda
desejosa, e, porra, ela ficava gostosa daquele jeito. Meus dedos
gentilmente começaram a se mover entre suas dobras, movendo-se ao
redor daquele pequeno feixe de nervos, mas sem tocá-lo.
— Não precisa o quê? — ela perguntou, movendo-se mais rápido
contra mim.
— Porra — sussurrei enquanto ela continuava a se mover contra meu
pau amolecido, a fricção fazendo meu abdômen se contrair. — Você não
precisa voltar a fingir — eu resmunguei.
Ela pressionou a cabeça nos travesseiros, enquanto fazia o que tinha de
fazer, gozando novamente no meu pau. Eu a senti me cobrir com calor
líquido enquanto eu me contorcia dentro dela, lutando para não me mover.
Eu estava superestimulado da melhor maneira possível.
Eu gemi e vi seu peito subir e descer enquanto ela se afastava para me
soltar, mas eu agarrei seus quadris e a segurei contra mim. Eu podia sentir
nossos orgasmos escorrendo, e estava quase quente o suficiente para me
fazer ficar de pau duro de novo.
— Você não precisa voltar a fingir. — Sua boceta se moveu contra
mim novamente, e eu entrei um pouco, a estimulação contraindo meu
abdômen. — Poderíamos estender esse joguinho.
Ela sorriu para mim na escuridão.
— Você me quer por mais uma noite, Coringa? — ela perguntou,
lambendo os lábios.
— Ou mais — respondi, me perguntando se ela iria recusar. Eu
realmente não tinha pensado antes de falar. Eu não deveria ter perguntado
enquanto ainda estava dentro dela. Eu me encolhi ao notar quão
manipulador isso poderia parecer. Eu não pretendia que fosse. Escapou
completamente.
Ela ficou em silêncio por um momento longo demais.
— Eu… Desculpa. Eu vou pegar um pano, espera — eu disse meio
sem jeito e me afastei dela, indo para o banheiro sem olhar para trás. —
Seu imbecil — eu sussurrei para mim mesmo e abri o chuveiro. Enquanto
esperava que esquentasse, me olhei no espelho. — É por isso que você
não entra nessa de relacionamentos mais — eu disse, apontando um dedo
acusador para mim mesmo.
Molhei a toalha com água morna e me limpei antes de a lavar. Eu
odiava ser pego desprevenido. Teria de lutar contra o constrangimento,
voltar lá e me desculpar.
Eu estava me perguntando como faria isso enquanto deixava a água
quente escorrer por meus dedos. E então mãos quentes deslizaram por
minhas costas e minha cintura. Ela plantou um beijo entre minhas
omoplatas enquanto eu ficava em silêncio.
— Você saiu de lá rápido demais — ela murmurou às minhas costas.
— Você estava me convidando para sair?
Fechei a torneira e me virei em seus braços. Deixei as mãos molhadas
apoiadas no balcão atrás de mim enquanto ela mantinha os braços firmes
em volta da minha cintura. Eu estava começando a me sentir sufocado
pela possibilidade de Quinlan dizer não.
— Sim — eu respondi.
— Você demorou bastante — disse ela com um sorriso. — Quero
dizer, eu realmente pensei que você iria me chamar depois que Hudson
ficou enchendo seu saco no corredor.
— Ah, você ouviu isso, não foi? — perguntei, dando um suspiro de
alívio. — Estava bisbilhotando, garota travessa?
— Você pode me punir por isso mais tarde — disse ela, olhando para
mim com desafio nos olhos cor de café.
— Isso é um sim, Cacheada? — Enrolei uma mecha de seu cabelo
ondulado em meus dedos. Tinha secado naturalmente depois do nosso
banho mais cedo, então os cachos estavam mais macios.
— Acho que sim — disse ela com um encolher de ombros e um
sorriso. Eu sorri, me inclinei e a joguei sobre meu ombro antes que
pudesse protestar. Ela gritou e agarrou minha cintura. — Que atrevida! —
Pegando a toalha limpa do balcão com a mão livre, limpei-a o melhor que
pude, observando nosso reflexo no espelho. — Você é perfeita para
caralho, sabia? — perguntei, deixando a toalha no balcão.
Eu a abri com meus dedos, observando a bela visão de Quin inchada e
dolorida da nossa noite juntos. Sua respiração ficou um pouco acelerada
enquanto eu explorava com meus dedos, observando-a ficar molhada de
novo. Ela era muito responsiva. Eu mergulhei um dedo dentro dela, e Quin
ofegou contra mim.
— Pena que pirralhas atrevidas não merecem orgasmos — eu disse,
tirando meu dedo e dando um tapa forte em sua boceta antes de levá-la de
volta para a cama.
— Por favor, Jack — ela gemeu, tentando esfregar as coxas. — Foi
você quem começou!
— Você vai deitar aqui e dormir o resto da noite. Se você se
comportar, eu o recompensarei pela manhã. Para — eu ordenei, agarrando
uma de suas coxas que não parava de se mover, procurando algum alívio.
Meu pequeno animal de estimação era insaciável, e eu adorava aquilo.
— Por favor — ela tentou novamente.
— Não. Vá dormir. E não se atreva a se tocar, ou vou te dar uns tapas
tão fortes antes que você vá trabalhar amanhã, que não vai conseguir se
sentar. Entendeu?
Ela gemeu e suspirou.
— Tudo bem, eu vou me comportar. — Ela bufou. — Estou exausta
pra caralho de qualquer maneira — disse, e então, como se estivesse
provando que estava falando a verdade, bocejou dramaticamente.
— Vá dormir e pare de tentar me usar para conseguir orgasmos então.
— Se você insiste — ela murmurou, já meio adormecida, e ficou em
silêncio.
Acariciei seu cabelo e aspirei seu perfume enquanto ela relaxava e
voltava a dormir. Uma vez que Quin enfim dormiu, finalmente consegui
me permitir sorrir amplamente, animado com a perspectiva de sair com
aquela coisinha selvagem em meus braços. Os caras iam me encher muito
o saco por estarem certos. Revirei os olhos pensando nisso.
Quando o sol começou a nascer, minha mente finalmente se exauriu e
me deixou voltar a dormir.
Pouco mais de cinco horas até que ela voltasse para perto de mim,
preenchendo meu espaço com sua risada e boca atrevida. Eu não tinha
algo, alguém, que me fizesse esperar havia tanto tempo, que não tinha
certeza do que fazer.
Peguei o bilhete que ela havia escrito para mim e o enfiei no fundo da
gaveta de meias. Eu não sabia o que havia me dado para o guardar, mas,
naquele momento, eu não poderia jogá-lo fora. Eu o cobri e fechei a
gaveta.
Olhando para a cama, ainda bagunçada dos dois lados, sorri para mim
mesmo.
Cinco horas.
Um ano depois…
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