Principais Pinturas de Tarsila Do Amaral.
Principais Pinturas de Tarsila Do Amaral.
Principais Pinturas de Tarsila Do Amaral.
Tarsila do Amaral:
Quando pintou a tela, Tarsila era casada com o escritor Oswald de Andrade (1910-1962),
e foi para ele que ela criou o quadro. Abaporu foi um presente de aniversário entregue no dia 11
de janeiro de 1928 que acabou se tornando público e virou uma imagem que representa a cultura
nacional. Pintado inspirado nas cores de maior destaque da bandeira nacional, o quadro faz
referência a cultura do nosso país. Ele foi tão importante que chegou a motivar a escrita do
Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade.
O quadro A cuca faz um elogio a essa cultura nacional e traz vários personagens, reais e
imaginários, da fauna brasileira.
A cuca, protagonista da tela, faz referência a uma lenda importante que fez parte da
infância da pintora. A cuca era chamada quando as crianças não queriam dormir ou obedecer e era
uma forma de incentivar os pequenos a se comportarem melhor. Ela e o personagem a meio do
quadro (no meio do mato), são seres do mundo da fantasia que dividem a tela com animais típicos da
fauna brasileira como o sapo.
Operários, tela onde Tarsila representa uma série de trabalhadores com o fundo das
fábricas de São Paulo, é o quadro mais famoso da fase Social da pintora. É de destacar que
os trabalhadores têm tipos físicos muito diferentes: são negros, morenos, brancos, homens,
mulheres, velhos, novos. Tarsila queria pintar mesmo um panorama com as várias faces da classe
trabalhadora em São Paulo. As chaminés das fábricas cinza ao fundo - uma delas ativa,
despejando fumaça no céu - mostram o momento de desenvolvimento industrial da cidade e, de uma
forma geral, do país.
Uma tela bastante parecida com Abaporu foi Antropofagia, criada apenas um ano depois
da sua grande obra-prima.
Motivada a pintar com cores fortes e a elogiar a cultura nacional, Tarsila quis ressaltar
durante esse período como a nossa cultura brasileira era resultado da soma de várias culturas que
teríamos absorvido para criar algo único, nosso.
Tarsila foi uma inovadora em vários sentidos nas artes plásticas brasileira. Uma das suas
atitudes de vanguarda foi ter pintado o quadro A negra, em 1923, dando protagonismo a uma mulher
de pele escura.
A cópia da imagem religiosa foi o primeiro quadro importante que Tarsila pintou, em 1904.
A moça tinha 16 anos quando criou a tela e vivia em Barcelona, onde estudava no Colégio Sacre-
Coeur de Jésus. Apesar de não ser uma obra
original, o quadro é um trabalho importante porque marca o início da carreira profissional de Tarsila.
• 9. E.F.C.B. (1924) foi pintado depois de uma viagem pelo interior de Minas Gerais.
Um dos quadros mais importantes da obra de Tarsila, E.F.C.B. (que quer dizer Estrada de Ferro
Central do Brasil) foi pintado depois do amigo suíço, o poeta Blaise Cendrars, visitar o Brasil.Na
imagem vemos uma paisagem com muito elementos: casas ao fundo, uma igreja, uma estrada de
ferro a frente, com protagonismo, postes de eletricidade e até árvores compondo o cenário. A
paisagem, desenhada com muitas linhas e cores, não tem pessoas.
O pescador faz parte da fase Pau-Brasil, que recebeu esse nome fazendo uma referência ao
Manifesto Pau Brasil, onde Oswald de Andrade destacou o patriotismo típico dos artistas daquela
época.No quadro O pescador vemos um único personagem principal no centro da tela com uma
paisagem ao fundo construída a partir de traços simples e árvores tropicais (repare nas palmeiras e
no contorno das folhas). O pescador é flagrado por Tarsila no seu momento de sucesso, com um
peixe na rede.
Em O mamoeiro vemos uma típica paisagem rural do Brasil, com muitos elementos da
flora - com protagonismo para o mamoeiro, que dá nome ao quadro - pintados a partir de traços
simples. O quadro traz muitos elementos da vida cotidiana: peças de roupa no varal, crianças na rua,
uma senhora na porta de casa. É como se Tarsila flagrasse um dia comum de uma pequena cidade.
Tarsila fez da sua arte uma interessante
mistura contando com o estilo cubista e as cores tipicamente brasileiras. Segundo a artista:
"Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e
caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas delas: o azul puríssimo,
rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante"