Apostila Laboratorial e Clínica de Periodontia PDF

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Manual laboratorial e

clínico de Periodontia

Profa. Ms Giuliene N. de Souza Passoni


Profa. Thaísa Gonçalves de Souza

2017
Sumário
Introdução 03

Objetivo 04

Orientações 05

Materiais 06

Biossegurança e Organização 08

Procedimento de lavagem das mãos 12

Técnica de lavagem das mãos 13

Procedimento para o calçamento das luvas 14

Exame clínico 15

Exame Intra-oral 17

Protocolo de preenchimento do Odontograma 18

Exame Periodontal 19

Tipos de sondas 21

Índice de sangramento papilar 22

Definições 23

Raspagem corono-radicular 24

Ergonomia e Posição de raspagem 27

Alisamento corono-radicular 31

Instrumentos cirúrgicos 32

Preparo do instrumental para esterilização 36

Afiação 37

Terapêutica Medicamentosa 38

Referências 39

2
Introdução
A Periodontia é a ciência que estuda os tecidos de revestimento e de
suporte dos dentes, sua fisiologia, suas alterações patológicas e as diferentes
formas de tratamento. (Carranza, 2012)
E o tratamento periodontal bem sucedido precisa causar uma mudança
ecológica completa no ambiente oral, de um perfil microbiano relacionado à
doença periodontal para um perfil compatível com a saúde periodontal. Pois
sabe-se que a doença periodontal é fruto de um desequilíbrio entre espécies
bacterianas patogênicas e outras compatíveis com o hospedeiro, e que essa
microbiota faz parte de uma estrutura altamente organizada chamada biofilme.
(Oppermann, 2013)
É com esse intuito de conscientizar os profissionais e pacientes sobre a
importância de tratar e prevenir as patologias que acometem todo periodonto,
que a Periodontia têm buscado inovar seu estudo e técnicas ao longo da história
da Odontologia.

3
Objetivo
Guiar o aluno do 5º e 6º período do curso de Odontologia da Faculdade
Fasipe na prática laboratorial e clínica.
Proporcionar conhecimento teórico de biossegurança, das técnicas
operatórias e instrumentais de Periodontia assim como o passo-a-passo para o
bom funcionamento das aulas em laboratório e na clínica odontológica.
Com uma linguagem simples e objetiva, propõe-se que esse manual seja
um guia para consultas rápidas, o qual não deve ser o substituto das referências
recomendadas pela disciplina.

4
Orientações

Horário
• Chegar 15 minutos antes das aulas práticas para organizar a bancada/box e para
pegar o material na esterilização.
• Pontualidade – o aluno que chegar atrasado será descontado na nota do dia e
caso isso for atrapalhar o desenvolvimento da aula ou dos demais alunos será
impossibilitado de exercer sua atividade.
• Não será permitido assistir aula sem estar devidamente matriculado na
respectiva turma.
• Faltas somente com atestado (mesmo assim não abona a nota do dia – conversar
com a professora responsável para verificar cada caso).

Vestimenta
• Roupa branca e jaleco branco (de preferência gola de padre) limpo e passado,
tênis ou sapato fechado branco.
• Não é permitido o uso de sapatilhas (independente se estiver com meias ou
não).
• Brincos pequenos e não utilizar anéis, pulseiras e relógios.
• Cabelos presos.
• De preferência barbeados.
❖O aluno que não estiver adequadamente paramentado será impossibilitado de
assistir às aulas.

Comportamento e Ética
• Evite ficar conversando alto nos laboratórios e clínicas.
• Evite comentar sobre casos citando nomes, locais e relacionando pessoas.
• Evite falar sobre outros assuntos que não seja sobre o tratamento quando
estiver em atendimento.

5
Materiais
5º semestre
PRODUTO QUANTIDADE MARCA
PEDRA POMES 1 POTE PEQUENO MAQUIRA
FIO DENTAL 1 --------------
TAÇA DE BORRACHA 5 MICRODONT
ESCOVA DE ROBINSON 5 ---------------
TIRA DE LIXA METAL 1 PCT POR TRIO MICRODONT
SONDA EXPLORADORA N°5 1 GOLGRAN OU SIMILAR
SONDA NABERS 1 MILLENIUM
SONDA MILIMETRADA GOLDMANN FOX/WILLIANS 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 5-6 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 7-8 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 11-12 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 13-14 1 MILLENIUM
CURETA MC CALL n° 13-14 1 MILLENIUM
CURETA MC CALL n° 17-18 1 MILLENIUM
CURETA PÉRIO PONTA MORSE n° 0-00 1 MILLENIUM
COLOCADOR/REMOVERDOR DE ELASTIQUE SIMPLES 1 ------------------
PINÇA CLINICA 1 GOLGRAN
ESPELHO N°5 COM CABO 1 GOLGRAN
KIT ACADEMICO 1
POTE DAPPEN 1 MAQUIRA OU SIMILAR
PEDRA DE AFIAR ARKANSAS 1 ----------
ÓLEO MINERAL 1 POR TRIO ----------
PASTA PROFILÁTICA 1 POR TRIO HERJOS OU SIMILAR
SUGADOR DESCARTÁVEL 1 PCTE POR TRIO -----------
LUVA
GORRO
MASCARA TRIPLA PROTEÇÃO
OCULOS DE PROTEÇÃO 1
MANEQUIM PERIODONTIA 1 TIPO PRONEW
ESTETOSCÓPIO 1
ESFIGMOMANÔMETRO 1 --------------
CANETA 04 CORES (AZUL,VERM, PRETA E VERDE) 1 -------------
POTE PLASTICO PERFURADO FUNDO COM TAMPA 1
LUVA BORRACHA 1
ESCOVA UNHA 1

6
Lista de Materiais 6º semestre
PRODUTO QUANTIDADE MARCA
PEDRA POMES 1 MAQUIRA
FIO DENTAL 1 MEDFIO
TAÇA DE BORRACHA CILÍNDRICAS 02 MICRODONT
TAÇA DE BORRACHA CÔNICA 02 MICRODONT
ESCOVA DE ROBINSON CILÍNDRICA 02 ----------------
ESCOVA DE ROBINSON CÔNICA 02 -----------------
TIRA DE LIXA METAL 1 PCT MICRODONT
SONDA EXPLORADORA N°5 1 GOLGRAN
SONDA NABERS 1 MILLENIUM
SONDA MILIMETRADA GOLDMANN FOX/WILLIANS
CURETA GRACEY n° 5-6 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 7-8 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 11-12 1 MILLENIUM
CURETA GRACEY n° 13-14 1 MILLENIUM
CURETA MC CALL n° 13-14 1 MILLENIUM
CURETA MC CALL n° 17-18 1 MILLENIUM
CURETA PÉRIO PONTA MORSE n° 0-00 1 MILLENIUM
PINÇA CLINICA 1 GOLGRAN
ESPELHO N°5 COM CABO 1 GOLGRAN
KIT ACADEMICO 1 GNATUS
POTE DAPPEN 1 MAQUIRA
PEDRA DE AFIAR ARKANSAS 1 ----------
ÓLEO MINERAL 1 POR DUPLA ----------
PASTA PROFILÁTICA 1 POR DUPLA HERJOS OU SIMILAR
LUVA CIRÚRGICA ESTÉRIL 04 ------------
ENXAGUATÓRIO BUCAL CLOREXIDINA 0.12% 1 UN/ DUPLA PERIOGARD OU SIMILAR
SUGADOR DESCARTÁVEL 01 PCTE/DUPLA
BABADOR DESCARTÁVEL 01 PCTE/DUPLA
ANESTÉSICO TÓPICO 01
ANESTÉSICO INJETÁVEL 1CX / 04 ALUNOS MEPIVACAÍNA
FIO DE SUTURA 4.0 SEDA 02 UN
LÂMINA 15C 02 UN
LUVA DESCARTÁVEL
AGULHA CURTA E AGULHA LONGA 05 UN DE CADA
GORRO
CIMENTO TEMPORÁRIO 01 UN COLTOSOL OU SIMILAR
GAZE 01 PCTE/DUPLA
MASCARA TRIPLA PROTEÇÃO
OCULOS DE PROTEÇÃO 1
ESPELHO COMUM 1
MANEQUIM 1 DENTISTICA
ESMALTE ESCURO 1 --------------
ESTETOSCÓPIO 1
ESFIGMOMANÔMETRO 1 --------------
CANETA 04 CORES (AZUL, VERM, PRETA E VERDE) 1 -------------
POTE PLASTICO PERFURADO FUNDO COM TAMPA 1
LUVA BORRACHA 1
ESCOVA UNHA 1
COLOCADOR/REMOVERDOR DE ELASTIQUE SIMPLES 1 ------------------ 7
Biossegurança e Organização
• Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no
consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao
profissional e sua equipe (Lima, 2000).

EPI – Equipamento de proteção individual


Todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado a prevenir riscos que podem ameaçar sua segurança e saúde. (Silva,
Almenara S. F.,2009)

O gorro deverá ser de uso obrigatório pois os instrumentos produzem


aerossóis contendo sangue e outros fluidos corpóreos que atingem os cabelos,
principalmente dos profissionais que trabalham com visão direta. Este
procedimento impede que o profissional e pessoal auxiliar levem para casa e
outros ambientes microorganismos alheios ao ambiente externo e também
evita a contaminação do paciente para o profissional, como por exemplo,
contaminação com piolhos.
1) Prender o cabelo sem deixar mechas pendentes;
2) Colocar o gorro recobrindo todo cabelo;
3) Ao retirar o gorro, puxar pela parte superior central e descartá-lo
no lixo contaminado.

8
O uso de máscara durante o atendimento clínico se constitui em uma
medida de proteção, para as vias aéreas superiores, contra microorganismos,
principalmente aqueles que causam as chamadas “doenças ocupacionais”. O
resfriado comum, doenças das vias respiratórias, tuberculose, entre outras,
constituem um grande problema de saúde pública em termos de horas de
trabalho perdidas devido à doença.
1) Diminuir a produção de aerossóis e respingos durante os procedimentos
empregando sucção efetiva (sugador de alta potência);
2) Instruir o paciente para escovar os dentes ou bochechar solução de
Gluconato de clorexidina 0,12% durante 01 minuto antes do início do
atendimento;
3) Certificar-se antes do início dos atendimentos que a máscara está bem
adaptada;
4) Não puxar a máscara para a região do pescoço (a máscara é considerado
material contaminado);
5) Trocar a máscara quando esta ficar úmida, e quando espirrar ou tossir;
6) Não reutilizar as máscaras descartáveis;
7) Não tocar na máscara durante o atendimento;
8) Retirar a máscara somente após a remoção das luvas e lavagem das mãos;
9) Jogar a máscara em lixo plástico contaminado.

Vista lateral da utilização do gorro, óculos e Profissional paramentado para cirurgia


máscara periodontal
9
O uso de luvas é indispensável durante os procedimentos odontológicos
clínicos, cirúrgicos e laboratoriais, devido ao contato direto ou indireto com
sangue ou fluidos corpóreos.
1) As mãos devem ser lavadas e secadas antes da colocação das luvas.
2) As luvas não devem ser reutilizadas;
3) Vale ressaltar caso a luva esteja furada ou rasgada, o profissional deverá
lavar e secar novamente as mãos e colocar novo par de luvas;
4) Descartar as luvas tanto estéreis quanto não-estéreis no lixo contaminado.

Os óculos de proteção são óculos especiais que devem ser usados para
evitar que sangue, secreções corpóreas ou fragmentos atinjam os olhos do
profissional e do pessoal auxiliar.
1) O profissional e/ou pessoal auxiliar que não necessitam óculos corretivo
devem utilizar óculos de proteção especial encontrado nas lojas de artigos
dentário. Estes óculos possuem formato especial com proteção lateral e
regulagem das alças.
2) O profissional e/ou pessoal auxiliar que usem óculos de correção, podem
utilizar óculos de proteção sobre os óculos de correção ou confeccionar
óculos corretivos com estrutura lateral de proteção.
3) Limpar sempre que os óculos de proteção apresentar sujidades. Lavar com
água e sabão enzimático.

Importância do uso do óculos de proteção

10
O jaleco deve ser branco, de preferência, gola de padre, com os símbolos
da Faculdade Fasipe e do curso de Odontologia bordados nos braços, e o nome
do aluno bordado no bolso.
Utilizar o jaleco sempre limpo e passado. Ele não deve conter manchas
ou respingos de líquidos de revelação ou óleo lubrificante.
Cuide de sua aparência, pois “a primeira impressão é a que fica”.
❖ Como remover mancha de revelador:
Colocar sobre a mancha uma pequena porção de água sanitária, esfregar
sal de cozinha e terminar enxaguando com água fervente. Repetir a operação até
o completo desaparecimento da mancha.
❖ Como remover mancha de óleo lubrificante:
Aplicar sobre a mancha uma pequena quantidade de detergente neutro,
esfregar e enxaguar com água fervente. Repetir a operação até o completo
desaparecimento da mancha.

❖O aluno que não estiver adequadamente paramentado será


impossibilitado de assistir às aulas.

• Unhas curtas, limpas, esmaltes íntegros;


• Anti-transpirante em dia;
• Organização da mesa de trabalho
• Organização das cadeiras e refletores do laboratório

Posicionamento profissional x paciente Posição correta do campo fenestrado e 11


empunhadura do sugador cirúrgico.
Procedimento de lavagem das mãos
A lavagem das mãos é uma das principais medidas para o controle da
infecção cruzada no consultório e deve ser realizada antes e após o contato com o
paciente, instrumental e artigos contaminados. A simples prática de lavagem das
mãos com água e sabão líquido é capaz de reduzir em até 80% as infecções
cruzadas.
A microflora das mãos pode ser dividida em dois tipos:
Flora transitória que é adquirida através do contato com objetos
contaminados. É constituída por microorganismos com graus variados de
patogenicidade, como os estafilococos e bactérias gram-negativas sendo
considerados responsáveis pelas infecções hospitalares e/ou odontológicas. Estes
microorganismos são de fácil remoção por estarem aderidos à gordura e sujidades
da pele.
Flora residente que permanece na pele e é de difícil remoção. Os
microorganismos desta flora são principalmente os gram-positivos e se acumulam
em maior numero nas unhas e seus contornos. Apesar da baixa patogenicidade em
pacientes normais, podem causar infecções em pacientes imunodeprimidos.

RECOMENDAÇÕES

• Lavar as mãos antes e depois do atendimento ao paciente. SEMPRE!!


• O uso do sabão ou sabonete em barra não é permitido pela vigilância sanitária,
pois é uma fonte de contaminação cruzada.
• Após a lavagem e secagem das mãos, o profissional e/ou auxiliar deve manter
as mãos numa altura superior a do cotovelo sem tocar em nada;
• Quando houver ferimentos nas mãos, antes da lavagem, eles devem ser
protegidos com curativos impermeáveis para sua proteção.
• Ao término das atividades clínicas do dia usar um creme hidratante para evitar
o ressecamento da pele e rachaduras.

12
Técnica de lavagem das mãos
A técnica básica de lavagem das mãos é realizada com o emprego de sabão
comum liquido, e visa reduzir os microorganismos transitórios e alguns residentes,
como também células descamativas, pêlos, sujidade e oleosidade. O processo deve ser
realizado na seguinte sequência:
1. Retirar anéis, pulseiras, relógios de mãos e antebraços;
2. Ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna;
3. Não tocar na pia com o corpo;
4. Abrir a torneira com a mão não-dominante, ou acionar a torneira com o comando
de pé ou sensor;
5. Umedecer as mãos em água corrente;
6. Colocar sabão líquido, ou sabão degermante à base de PVPI a 10% ou
Clorexidina a 2 ou 4% na palma das mãos e espalhar pelas duas mãos;
7. Friccionar as palmas das mãos uma contra a outra e o dorso das mãos;
8. Abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais, primeiro de uma mão e após a
outra;
9. Friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta;
10. Dobrar os dedos e friccionar a região lateral da mão contra a mão oposta;
11. Friccionar a região lateral da mão oposta;
12. Finalmente friccionar o polegar e sua interdigital;
13. Enxaguar em água corrente, e repetir o procedimento;
14. Fechar a torneira com o antebraço;
15. Enxugar as mãos em papel toalha descartável ou toalha estéril;

13
Procedimento para o calçamento das
luvas
Após as lavagens das mãos e colocação do avental estéril, o profissional
deve calçar as luvas estéreis da seguinte maneira:
1. O auxiliar abre o pacote contendo a luva estéril;
2. O operador pega o envelope de dentro e coloca sobre a mesa cirúrgica;
3. Abre-se o envelope e pega-se uma das luvas pelo punho, aba dobrada no lado
externo, que é calçada pela mão oposta;
4. Em seguida, pega-se a outra luva, aba dobrada no lado interno, com a mão já
com a luva e calça-se a outra mão;
5. Após calçar as duas luvas, ajusta-se as mãos, iniciando-se pelos dedos e
depois cobrindo-se o punho do avental com a luva;
6. Manter as mãos elevadas e sem tocar em nada que não seja estéril.
Obs.: caso haja erro de algum dedo durante o calçamento das luvas, somente faça
o ajuste após calçar a outra luva.

14
Exame clínico
O exame clínico é composto pela anamnese e o exame físico do
paciente.
Estes devem ser feitos de forma minuciosa e completa, procurando
observar e analisar as condições de normalidade de todos os elementos
bucais. O exame físico pode ser realizado através da inspeção, que é a
visualização do local, verificando a cor, forma, tamanho, contorno e textura
das estruturas.
Pode ser também realizado através da palpação, objetivando analisar
as glândulas salivares maiores e menores, linfonodos cérvico-faciais, lábios,
mucosa jugal, palato duro e mole, região retromolar maxilar e mandibular,
língua e assoalho bucal.

2º 3º

Planejamento

Execução do Tratamento

15
Palpação
de
linfonodos

Sinais Vitais

120/80mmHg
60/80 BPM
12/30 MRM
36,5/ 37,4º C

16
Exame Intra-oral
Materiais obrigatórios para o exame intra-oral:
o Espelho com cabo
o Sonda exploradora
o Sonda milimetrada
o Sonda Nabers
o Pinça de algodão
o Caneta 4 cores
o EPI´s
o Película radiográfica
o Posicionador
o Esfigmomanômetro
o Estetoscópio
o Carpule
o Agulha curta e longa Exclusivo para 6º período
o Anestésico tópico
o Tubete anestésico

❖ Após a desinfecção do equipo e envelopamento das áreas de maior contato


(alça do refletor, encosto da cabeça, braço), deixe todo material que será
utilizado separado e fora da embalagem sobre o equipo auxiliar.
❖ Converse com o paciente explicando o que você irá fazer. Use palavras
simples.
❖ Seja delicado(a).
❖ Não faça nos outros aquilo que você não gostaria que fizessem em você.
❖ Evite comentários desnecessários.
❖ Chame o professor caso tenha dúvidas ou não saiba como fazer.
❖ Tenha bom senso!!
❖ Respire, se concentre para não tremer, e mãos à obra!! Se chegou até aqui é
porque Você é capaz!!

17
Protocolo de Preenchimento do
Odontograma

18
Exame periodontal
Utiliza-se juntamente com o instrumental de exame clínico geral, as sondas
periodontais para medição da profundidade de bolsas e inspeção de furca para ter-se
noção da severidade da doença.

Sondagem Periodontal: é a realização da medição do espaço biológico ou


quando presença de bolsa é a medição da profundidade da bolsa periodontal.
O normal é de 1 a 3 mm.

O quê procurar nos exames periodontais?


I. Acúmulo de placa bacteriana
II. Sangramentos à sondagem
III. Recessões gengivais
IV. Perdas ósseas
V. Abscessos
VI. Fístulas
VII. Fatores de retenção naturais ou iatrogênicos
VIII. mobilidades

19
20
Tipos de sondas
Sonda milimetrada Goldmann-Fox/Willians – possui duas partes
ativas, sendo uma das extremidades achatadas e a outra arredondada, calibradas
em mm.

Sonda de Nabers – é indicada para a região de bi e trifurcações, quando


é verificado o comprometimento desta área no sentido horizontal, e no
comportamento vertical da furca. Apresenta um formato arredondado e
marcações.

21
Índice de Sangramento Papilar
É um indicador sensível para a avaliação individual da gengivite, e sua
execução demanda pouco tempo.
É eficaz para acessar a inflamação da papila interdental por meio do
registro do sangramento à sondagem, nas áreas interdentais, durante o curso do
tratamento.
O paciente acompanha com o espelho para que possa ser motivado pela
verificação da redução do sangramento ao longo do tratamento.

Graus
Grau 1 – ponto 01 ponto de sangramento

Grau 2 – linha/pontos Diversos pontos ou uma linha delgada de sangramento

Grau 3 – triângulo O espaço interdental triangular é preenchido por sangue

Grau 4 - gotas Sangramento profuso (farto) flui para o espaço interdental


e para os dentes ou gengiva

22
Definições

23
Raspagem corono-radicular
Os procedimentos serão executados pelos alunos em manequins
acoplados nas bancadas, individualmente, sendo necessário iniciar o
procedimento com toda paramentação de biossegurança e todos os
instrumentais para aula do dia, inclusive lavagem das mãos previamente ao
procedimento.
É necessário que o manequim tenha todos os dentes para a prática da
periodontia, ou seja, presença de cálculos em todos os dentes.
❖ Somente serão aceitos manequins específicos de Periodontia.
Os conhecimentos serão adquiridos de forma gradativa e semanal.
No decorrer do semestre, será realizada uma avaliação prática, no valor
de X pontos, quando o aluno deverá demonstrar seus conhecimentos adquiridos
de forma prática, associado aos conhecimentos teóricos, que serão arguidos
durante a avaliação.
Os posicionamentos, movimentos de raspagens e afiação dos
instrumentais periodontais estão impressos neste manual e deverão ter seus
estudos complementados nos livros de referências bibliográficas, além das aulas
expositivas e demonstrativas.

Curetas Remoção cálculo Indicação

Extrator McCall 13/14 supragengival Anteriores e PM V-P-L

Extrator McCall 17/18 supragengival Posteriores V-P-L

Cureta Gracey 5/6 Supra e subgengival Anteriores V-P-L

Cureta Gracey 7/8 Supra e subgengival PM e Molares V-P-L

Cureta Gracey 11/12 Supra e subgengival Mesial de PM e M

Cureta Gracey 13/14 Supra e subgengival Distal de PM e M

Foice 0-00 (ponta supragengival Interdental Anteriores


Morse)

24
RASPAGEM E ALISAMENTO CORONO-
RADICULAR

RASPAGEM SUPRAGENGIVAL

MC CALL 13-14: todas as


faces dos dentes
anteriores.

MC CALL 17-18: todas as


faces dos dentes
posteriores.

CURETA 00 ou FOICE:
interproximal dos dentes
anteriores e posteriores.
RASPAGEM SUBGENGIVAL

CURETA GRACEY 5-6:


raspagem de todas as
faces dos dentes
anteriores.

CURETA GRACEY 7-8:


raspagem das faces
vestibular, lingual ou
palatina dos dentes
posteriores.

CURETA GRACEY 11-12:


raspagem da face mesial
dos dentes posteriores.

CURETA 13-14: raspagem


da face distal dos dentes
posteriores.
Ergonomia e Posição de Raspagem
A ergonomia é a “ciência que estuda as leis naturais do trabalho humano”, isto
é, a interação do homem ao ambiente de trabalho e deste ao homem.
(ergon – trabalho; nomos – regras)

Postura Ideal

27
Posição de Raspagem
Raspagem Segmento Superior Anterior

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Palatina

Raspagem Segmento Inferior Anterior

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Lingual

28
Raspagem Segmento Superior Posterior Direito

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Palatina

Raspagem Segmento Superior Posterior Esquerdo

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Palatina

29
Raspagem Segmento Inferior Posterior Direito

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Lingual

Raspagem Segmento Inferior Posterior Esquerdo

Posição Operador Posição de apoio dos dedos para Posição de apoio dos dedos para
raspagem na face Vestibular raspagem na face Lingual

30
Alisamento corono-radicular
❖ Alisamento e Polimento Coronal
Materiais:
Taça de borracha
Pedra pomes
Água
Contra-ângulo
Micromotor
Tiras de lixa abrasivas
Fio-dental

Misturar uma pequena quantidade de pedra pomes com água até obter
uma consistência de pasta.
Essa mistura deve ser capturada com a taça de borracha montada no
contra-ângulo juntamente com o micromotor.
Esfregar primeiramente nos dentes que foram previamente raspados
com os instrumentais periodontais e acionar o pedal fazendo movimentos de
pincelamento no sentido de cervical para incisal.

❖ Alisamento radicular
Realizado com as próprias curetas subgengivais, assim como, com
brocas periodontais denominadas perioset.

❖ Profilaxia
Escova de Robinson
Pasta Profilática
Pote Dappen
Contra-ângulo
Micromotor

31
Instrumentos Cirúrgicos
• PINÇAS: Apreender e manipular tecidos.

• TESOURAS:
o Íris – cortes de fios de sutura e de membranas artificiais.
o Metzembaum – divulsão de tecido mole.
o Serrilhada – corte de tecido mole.

• DESCOLADORES: descolamento de retalhos totais em tecido mole.

• GENGIVÓTOMO: Remoção de tecido mole.

• CINZÉIS e LIMAS: Remoção de tecido ósseo.

• SUTURA:
o FIOS – Seda (4-0), Nylon (5-0, 6-0), Poligalactina 910 (5-0, 6-0).
o Pinça Corn – possui perfuração para passagem da agulha.
o Porta agulha castroviejo com vídea.

• MATERIAIS BÁSICOS
o 2 Cubas metálicas.
o Sugador cirúrgico.
o Seringa para irrigação.
o Exame clínico com sonda milimetrada.
o Afastador (ex.: Minnesota).

Obs.: Além das curetas

32
33
Catálogo de Instrumentos. Disponível em https://www.hufriedy.com.br/
34
Catálogo de Instrumentos. Disponível em https://www.hufriedy.com.br/
35
Catálogo de Instrumentos. Disponível em https://www.hufriedy.com.br/
Preparo do instrumental para
esterilização
Ao término das atividades clínicas o instrumental deve ser preparado para
a esterilização de acordo com as seguintes etapas:
DESCONTAMINAÇÃO:
1) Paramentação com luvas de borracha, colocar o instrumental em um pote
plástico perfurado.
2) Imersão total do instrumental em solução contendo sabão enzimático na
proporção recomendada pelo fabricante (5ml/L) durante 5 minutos.
3) Fricção do instrumental com escova própria, até remoção de toda sujidade
visível.
4) Enxágue em água corrente.
5) Secagem do instrumental com papel toalha ou papel absorvente.

RECOMENDAÇÕES
A pré-lavagem não esteriliza o instrumental, sendo necessário cuidados
com o manuseio do instrumental e uso de paramentação adequada.
Após a secagem o instrumental deve ser embalado em papel grau
cirúrgico para a esterilização em autoclave.
Quando um pacote é aberto todo o instrumental aí contido será
contaminado, necessitando nova esterilização mesmo que não tenha sido
utilizado.
Evite deixar para esterilizar o material na última hora. Observe os prazos
fornecidos pela equipe de esterilização.
❖O ALUNO QUE ESTIVER SEM O MATERIAL COMPLETO SERÁ
IMPOSSIBILITADO DE REALIZAR TANTO O PROCEDIMENTO NO
LABORATÓRIO QUANTO O ATENDIMENTO AO PACIENTE NA
CLÍNICA.

36
Afiação
A afiação do instrumento se faz necessária a partir do momento em que o
mesmo não é capaz de executar o mesmo trabalho que um instrumento afiado,
necessitando uma empunhadura mais firme, maior pressão e um tempo de
trabalho maior.

Materiais:
Pedra de afiar tipo Arkansas
Óleo mineral

❖ Use uma pedra esterilizada caso o instrumento a ser afiado estiver sendo usado
em paciente.
❖ Estabeleça um ângulo de corte reto entre a pedra e o instrumento. (100 a 110º )
❖ Mantenha um apoio firme e estável do instrumento e da pedra, para evitar
acidentes pérfuro-cortantes.
❖ Evite pressão excessiva, pois isso desgasta o instrumento diminuindo a vida
útil do instrumento.
❖ Evite a formação de ‘’rebarbas’’.
❖ Lubrificar bem a pedra.

37
Terapêutica Medicamentosa
• Depende do tipo de gengivite ou periodontite
Gluconato de Clorexidina 0,12% - solução enxaguatória – 01 frasco
Leve: Bochechar – ½ tampa puro , 2x ao dia por 01 minuto durante 07 dias
Moderada – ½ tampa puro, 3x ao dia por 01 minuto durante 10 dias
Severa – ½ tampa puro, 2 ou 3x ao dia por 02 minutos durante 15 dias.

Antibióticoterapia

• Amoxicilina 500mg + metronidazol 250 mg – 8/8h durante 07 / 10 / 14 dias


• Ou amoxicilina 875mg + metronidazol 400mg – 12/12h durante 07/10/14
dias
• Clindamicina 600mg + metronidazol 250mg – 8/8h durante 07/10/14 dias
(pacientes alérgicos à penicilina)

Antifúngicos:
• NISTATINA - Suspensão de 100.000 unidades/ml - 50 ml
Bochechar 4 a 6 ml, 4 vezes ao dia, por 14 dias, retendo na boca por 1 a 2
minutos antes de iniciar o bochecho. Após o bochecho pode-se deglutir a
solução.
• FLUCONAZOL – uso sistêmico
Encaminhar para o médico.

Analgésicos:
• PARACETAMOL 500mg – comprimidos
Tomar 01 comprimido a cada 08 horas durante 03 dias.

Anti-inflamatórios:
• IBUPROFENO 600mg - comprimidos
Tomar 01 comprimido a cada 08 horas durante 05 dias.
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Referências

BRUNETTI, Maria Christina. Fundamentos da Periodontia. Porto Alegre:


Artmed, 2007.
CARRANZA, Fermin A.; NEWMAN, Michael G. Periodontia Clínica. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007.
LIMA, S. N. M.; ITO, I. Y. Sistema Beda de controle. Apostila completa sobre
controle de infecção no consultório, 2000.
LINDHE, Jan. Tratado de Periodontologia Clínica e Implantologia Oral. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
MELFI, Rudy C. Histologia e Embriologia Oral. São Paulo: Santos, 2010.
OPPERMANN, RV et al., Periodontia para todos, 2013 – Introdução. Pág. 16-
25
PATTISON, G.L.; PATTISON, A.M. Instrumentação em periodontia :
orientação clínica, Ed. Panamericana, São Paulo, 1988.
SILVA, Almenara de Souza Fonseca et. al. Biossegurança em Odontologia e
Ambientes de Saúde, Ícone Editora, 2009.
TREVIZANI FILHO, Eduardo; Sani Neto, José. Manual de Periodontia, Ed.
Atheneu, 2002.
WOLF, Herbert F.; RATEITSCHAK, Edith M.; RATEITSCHAK, Klaus H.
Periodontia. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Esta apostila foi elaborada pelas Prof.as Giuliene N. S. Passoni e Thaísa


Gonçalves de Souza. É proibida a reprodução ou comercialização desse
material sem autorização das mesmas.

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