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Ficha 3 – Biologia e Geologia 11.

o ano

Sistemática dos seres vivos; ocupação antrópica e problemas de ordenamento

Grupo I
O corpo humano é constituído por um complexo ecossistema, onde cerca de 90% das
células não são de origem humana mas sim de origem microbiana. Os quase 100 triliões de
células bacterianas existentes no nosso organismo correspondem a mais de um
quilograma, num indivíduo adulto. A área mais colonizada do organismo humano é o tubo
digestivo. Os investigadores admitem que os microrganismos presentes no tubo digestivo
são 10 vezes mais que o número de células humanas no corpo. Ao conjunto de
microrganismos que habitam um determinado ambiente, como por exemplo o intestino
humano, dá-se o nome de microbiota. O número de espécies presentes na microbiota
intestinal varia bastante, mas considera-se que no intestino de um adulto existem mais de
1000 espécies, sobretudo bactérias anaeróbias pertencentes aos filos Firmicutes e
Bacteroidetes, mas também se podem encontrar bactérias dos filos Proteobacteria,
Actinobacteria, Fusobacteria e Verrucomicrobacteria, ainda que em muito menor
abundância. Contudo, o intestino humano também é colonizado por fungos, protozoários e
vírus, embora em menor quantidade.

Adaptado de
http://hdl.handle.net/10400.26/17565 (consultado em 22/12/2018)

Nas questões 1 a 11, selecione a opção que permite obter uma afirmação verdadeira.

1. Bacteroides fragilis e Bifidobacterium bifidum são bactérias que podem ser


encontradas no corpo humano. De acordo com o sistema de classificação modificado
de Wittake, estas devem ser integradas no reino ____.
A sua inclusão nesse reino baseou-se____.
A. Protista ... no modo de nutrição
B. Protista ... no facto de serem patogénicas
C. Monera ... no tipo de organização celular
D. Monera ...no facto de serem anaeróbias

2. Duas bactérias que pertençam à mesma classe são obrigatoriamente…


A. do mesmo género.
B. da mesma família.
C. do mesmo filo.
D. da mesma espécie.

3. Com base na designação que lhes foi atribuída, é possível afirmar que Giardia
intestinalis e Bacteroides intestinalis…
A. pertencem ao mesmo género.
B. pertencem ao mesmo género e à mesma família.
C. pertencem à mesma espécie, mas são de géneros diferentes.
D. não são do mesmo género nem da mesma espécie.

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4. Considerando os seres vivos Giardia intestinalis, Bacteroides intestinalis e Bacteroides
fragilis, podemos afirmar que…
A. Giardia intestinalis é filogeneticamente mais próximo de Bacteroides intestinalis
do que de
Bacteroides fragilis.
B. Bacteroides intestinalis é filogeneticamente mais próximo de Bacteroides fragilis
do que de
Giardia intestinalis.
C. não é possível estabelecer relações filogenéticas entre os três seres vivos.
D. os três seres vivos são igualmente próximos filogeneticamente.

5. O estabelecimento de relações filogenéticas entre duas espécies de bactérias


recorrendo à comparação de sequências de nucleótidos é feito com recurso a dados
_____. Entre as espécies Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus casei existe _____
quantidade de sequências nucleotídicas em comum do que entre as espécies
Lactobacillus casei e Staphylococcus aureus.
A. bioquímicos ... maior
B. bioquímicos ... menor
C. citológicos ... maior
D. citológicos ... menor

6. Rhodotorula rubra é um fungo que também pode estar presente na microbiota


humana. O facto de ser um fungo significa que…
A. é um ser multicelular.
B. pode ser produtor ou consumidor.
C. é microconsumidor.
D. pode ser procarionte ou eucarionte.

7. De acordo com a classificação modificada de Whittaker, o Reino Protista inclui…


I. seres vivos unicelulares e multicelulares.
II. seres vivos autotróficos e heterotróficos.
III. seres vivos procariontes e eucariontes.
IV. seres vivos com pouca diferenciação e com muita diferenciação.

A. A afirmação I é falsa e as afirmações II, III, e IV são verdadeiras.


B. As afirmações I e II são verdadeiras e as afirmações III e IV são falsas.
C. A afirmação III é falsa e as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
D. As afirmações I e III são falsas e as afirmações II e IV são verdadeiras.

8. A classificação das plantas apresentada por Aristóteles é uma classificação ______,


porque se baseia nas ______ dos seres vivos, embora seja ______ porque se baseia
num número reduzido de critérios.
A. prática … características … artificial
B. racional … utilidades … natural
C. racional … características … artificial
D. prática … utilidades … natural

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9. Em 1956 Copeland estabeleceu uma classificação que considerava o mundo vivo
dividido em 4 Reinos. Em relação à classificação em 3 Reinos apresentada
anteriormente por ______ foi introduzido o Reino _______.
A. Haeckel … Monera
B. Haeckel … Fungi
C. Whittaker … Monera
D. Whittaker … Fungi

10. Em 1977, Carl Woese propôs uma nova organização hierárquica para o mundo vivo que
seria completada em 1990. No sistema de classificação proposto por Woese existem
____ Domínios e o ser humano integra o ____.
A. 4 … Reino Eukarya
B. 4 … Domínio Eukarya
C. 3 … Domínio Eukarya
D. 3 … Reino Eukarya

11. Do taxon Reino para o taxon Espécie verifica-se…


A. Aumento da afinidade entre os seres vivos e diminuição da sua heterogeneidade.
B. Aumento da afinidade entre os seres vivos e aumento da sua heterogeneidade.
C. Diminuição da afinidade entre os seres vivos e aumento da sua heterogeneidade.
D. Diminuição da afinidade entre os seres vivos e diminuição da sua heterogeneidade.

12. Considerando o sistema estabelecido por Whittaker em 1979, faça corresponder cada
um dos reinos expressos na coluna A a uma característica da coluna B.

Coluna A Coluna B
1. Eucariontes, multicelulares e produtores.
A. Reino Plantae 2. Eucariontes, produtores ou consumidores.
B. Reino Animalia
3. Eucariontes, macroconsumidores, multicelulares, com
C. Reino Monera
elevada diferenciação.
D. Reino Protista
E. Reino Fungi 4. Procariontes, alguns são quimiossintéticos.
5. Eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, podem
ter parede celular com quitina.

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Grupo II
O rio Mondego, o quinto maior rio português e o maior a correr exclusivamente em
território nacional, tem a sua bacia hidrográfica na região Centro de Portugal. Percorre uma
extensão de 258 km desde a sua origem, a serra da Estrela, até ao oceano Atlântico, onde
desagua junto à cidade da Figueira da Foz. No troço principal existem duas grandes
barragens para produção hidroelétrica, Aguieira e Raiva, ambas inauguradas em 1981, seis
barragens com usos múltiplos e vários açudes de pequenas dimensões. Estes
aproveitamentos hidráulicos contribuíram significativamente para a regularização do caudal
do rio Mondego, mas, simultaneamente, são responsáveis pelo seu elevado grau de
fragmentação longitudinal e constituem obstáculos com consequências gravosas sobretudo
para as espécies aquáticas migradoras.
Também na foz do Mondego se sentem problemas, como é o caso da diminuição das praias
arenosas no troço costeiro de Cova-Gala a Lavos, a sul da foz do rio Mondego. Esta situação
contrasta com a franca e crescente “engorda” das praias (mais turísticas) da Figueira da Foz
e de Buarcos, cujos areais cresceram com a retenção de sedimentos pelos molhes
construídos nos anos 60 do séc. XX (figura 1). A primeira praia, localizada imediatamente a
norte da obra portuária, tinha crescido 440 metros, segundo dados de 1980; a segunda,
mais a norte, tinha “engordado” 180 metros. Com o prolongamento do molhe norte do
porto comercial, agora concluído, o areal da Figueira deverá crescer ainda mais uma
centena de metros. Todavia, as praias têm emagrecido a sul. O recuo da linha da costa é
evidente. Logo no primeiro decénio após a conclusão das obras portuárias na embocadura
do Mondego foi necessário proceder à construção de urgência de obras aderentes, para
proteger as casas, seguida da instalação do campo de esporões. Em duas décadas, essa
zona recuou 100 metros. "O mar subiu bastante e, quando está maré cheia ficamos sem
praia; por vezes, vem às escadas", diz Maria Adelaide Silva, 48 anos, moradora na Cova-
Gala.
Adaptado de
http://www.rhpdm.uevora.pt/rivermondego_pt.html e de https://www.jn.pt/nacional/dossiers/radiografia-da-
costa-portuguesa/interior/sul-da-figueira-ainda-em-risco-1635012.html (consultado em 22/12/2018)

Rio Mondego

Costa
Cabedelo de
Cova-Gala
Figueira da Foz Lavos

Buarcos N

Figura 1 – Ortofotomapa da zona da foz do Mondego (fonte: Google Earth®).

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Nas questões 1 e 8, selecione a opção que permite obter uma afirmação verdadeira.

1. A bacia hidrográfica do rio Mondego…


A. tem 258 km de comprimento.
B. é a totalidade da água transportada durante o ano pelo rio.
C. é a área de captação da água que corre no rio.
D. é o total de área ocupada pelo rio.

2. Uma inundação fluvial ocorre quando o curso de água…


A. ocupa o leito ordinário.
B. se estende pelo leito de cheia.
C. ocupa o leito de estiagem.
D. apresenta um declive acentuado.

3. As estruturas construídas no rio Mondego prejudicam as espécies migradoras porque…


I. Limitam as suas deslocações e o acesso a áreas de reprodução e/ou alimentação
adequadas.
II. Provocam um aumento artificial da densidade das populações a montante, o que
pode incapacitar a sua dinâmica natural.
III. Atuam como um fator de segregação de indivíduos de diferentes classes
dimensionais a montante e a jusante do obstáculo.
IV. Diminuem a qualidade e quantidade de habitat disponível.
A. A afirmação I é falsa e as afirmações II, III, e IV são verdadeiras.
B. A afirmação II é falsa e as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
C. A afirmação III é falsa e as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
D. As afirmações I e III são falsas e as afirmações II e IV são verdadeiras.

4. A afirmação "O mar subiu bastante e, quando está maré cheia ficamos sem praia; por
vezes, vem às escadas” não é certamente uma evidência de que…
A. o nível médio das águas do mar está a subir.
B. a região é assolada por tempestades anormais.
C. houve abatimento tectónico do fundo marinho.
D. ocorreu intensa erosão costeira.

5. As correntes oceânicas dominantes são…


A. de Sul para Norte.
B. de Oeste para Este.
C. de Norte para Sul.
D. de Este para Oeste.

6. A construção do molhe norte da barra da Figueira da Foz teve como consequências a


_______ da sedimentação a norte da barra e a _______ da erosão a sul da barra.
A. redução … redução
B. intensificação … intensificação
C. intensificação … redução
D. redução … intensificação

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7. A redução do areal da praia do Cabedelo deveu-se…
A. aos molhes de entrada do porto comercial.
B. aos esporões da Cova-Gala.
C. aos paredões aderentes instalados no Cabedelo. ´
D. à redução do caudal do Mondego.

8. Os esporões colocados na Cova-Gala são responsáveis...


A. pela redução do areal do Cabedelo.
B. pelo aumento da erosão costeira na Cova-Gala.
C. pela redução do areal na Costa de Lavos.
D. pela redução do areal no Cabedelo e na Costa de Lavos.

9. Relacione a construção das barragens no leito do rio Mondego com o avanço do mar
na região costeira.

Grupo III
Analise as figuras seguintes, que representam dois aglomerados populacionais.

Figura 2 – Aldeia de Piódão, distrito de Coimbra. Figura 3 – Albufeira, distrito de Faro.

1. Identifique o aglomerado populacional (figura 2 ou figura 3) onde a infiltração das águas


é maior.

2. Compare o risco de inundação nos dois aglomerados populacionais. Justifique a resposta.

3. Assinale as afirmações que correspondem a medidas com impacto direto na prevenção


de cheias e de inundações urbanas.
a) construção de barragens.
b) corte total da vegetação que ladeia os rios e ribeiras.
c) limpeza de linhas de água assoreadas.
d) florestação das zonas atingidas pelos incêndios.
e) encanamento de pequenos ribeiros.
f) soterramento de linhas de água temporárias.
g) proibição de construção junto a linhas de água.

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Propostas de solução
4. Com base nos elementos fornecidos na Figura 2, avalie o risco de derrocada na aldeia de
Piódão e proponha duas medidas de prevenção desse risco geológico.

Grupo I
1. C
2. C
3. D
4. B
5. A
6. C
7. B
8. C
9. B
10. C
11. A
12. A – 1; B – 3; C – 4; D – 2; E – 5

Grupo II

1. C
2. B
3. B
4. C
5. C
6. B
7. A
8. C
9. As barragens provocam a retenção de sedimentos produzidos a montante deste tipo de
construções. A diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao mar altera o
equilíbrio entre os fenómenos de erosão e deposição, com intensificação da erosão, o que
tem como consequência o avanço do mar para o interior da zona costeira.

Grupo III

1. Figura 2
2. O risco de inundação é maior no aglomerado populacional representeado na figura 2, uma
vez que apresenta maior área de solo impermeabilizado. Nestas condições, a infiltração é
menor e a escorrência e a acumulação superficial são maiores.
3. a); c); d)

A figura mostra que a aldeia está construída numa encosta de declive acentuado, pelo que
existe o risco de derrocada. Duas medidas que podem prevenir esse risco: manter o solo
florestado nas encostas acima da aldeia e implementar obras de consolidação de zonas
rochosas que mostrem sinais de desprendimento.

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