Código Da Estrada
Código Da Estrada
Código Da Estrada
,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBUCA DE MOÇAMBIQUE
4.° SUPLEMENTO
SUMÁRIO 2. É igualmente revogada toda a legislação que contrarie o
Conselho de Ministros: presente Decreto-Lei.
ARTIGO 3
Decreto-Lei no" 1/2011:
Entrada em vigor
Aprova o Código da Estr~da. O presente DeCreto-Lei entra em vigor cento e oitenta dias
(Por ter saído inexacto o Decreto-Lei n." 1/2011, publicado no Boletim da após a sua publicação.
República n." 12, I Sél ie de 23 de Março de 2011, novamente se
publica com as devidas correcções e é dada sem efeito a anterior Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 23 de Março
publicação.)
de 201 I.
••••••••••••••••••••••••••••••••
Publique-se.
CONSELHO DE MINISTROS
O Presidente da República, ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA.
Decreto-Lei n.O 112011
de 23 de Março
O Código da Estrada em vigor data de 1954 e não CÓDIGO DA ESTRADA
acompanhou o crescimento dI;) parque automóvel e o
desenvolvimento das técnicas de trânsito em Moçambique e no TÍTULO I
Mundo. Disposições Gerais
Os esforços empreendidos após a independência nacional, ARTfGOl
com o fito de adequar a legislação rodoviária à realidade actual
DefinLções
e aos padrões vigentes na região da SADC, resultaram na
aprovação de diversos diplomas extravagantes, dispersos e de Os termos utilizados no presente Código da Estrada e
difícil consulta, ditando a necessidade da revisão do Código da legislação cOll}.plementar têm o significado que consta do
Estrada. glossário que constitui Anexo I, o qual faz parte integrante do
Nesta conformidade, ao abrigo do disposto na alínea d) do mesmo.
n. o 1 do artigo 204 da Constituição da República e do artigo 1 ARTIGO 2
da Lei n.o 5/2011, de 24 de Janeiro, o Conselho de Ministros
Âmbito de aplicação
determina:
ARTIGO 1 O dispos~o no presente Código aplica-se ao trân,sito
Aprovação do Código da Estrada
rodoviário nas vias de domínio público do Estado e nas vias de
domínio privado quando abertas ao trânsito público em tudo o
É aprovado o Código da Estrada, em anexo,' que faz parte que não estiver especialmente reguladó por acordo celebrado
integrante do presente Decreto-Lei: com os respectivos proprietários.
ARTIGO 2 'ARTIGO 3
Norma revogatória Liberdade de trânsito
1. É revogado o Código da Estrada aprovado pelo Decreto- 1. Nas vias a que se refere o artigo anterior é livre a circulação,
-Lei n.o 39 672, de 20 de Maio de 1954, e os seguintes diplomas com as restrições constantes do presente Código e legislação
legais: complementar.
a) Decreto-Lei n." 45299, de 9 de Outubro de 1963; 2. As pessoas devem abster-se de actos que impeçam ou
b) Decreto n.o 33/77, de 6 de Agosto;
embaracem o trânsito ou comprometam a segurança ou a
c) Decreto n.o 7/80, de 14 de Novembro;
comodidade dos utentes das vias.
d) Decreto n.o 17/96, de 28 de Maio;
e) Decreto n.o 56/96, de 28 de Maio; 3. Quem praticar actos com o intuito de impedir ou embaraçar
f) Decreto n.o 20/98, de 12 de Maio; a circulação de veículos é punido com multa de 30PO,00MT, se
g) Decreto n.o 11/2002, de 28 de Maio; a sanção mais grave não for aplicável por força de outra
h) Decreto n.o 1312002, de 6 de Junho. disposição legal.
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5. As condições de utilização dos transportes privados pelas prejudicar. a .sua visibilidade ou reconhecimento ou a
entidades referidas no número anterior serão fixadas em visibilidade das curvas, cruzamentos ou entroncamentos.
regulamento.
ARTIGO 14
6. Cabe ao CNV uniformizar e coordenar o exercício desta
competência pelas entidades acima enumeradas, expedindo, para Hierarquia entre as prescrições
o efeito, as necessárias instruções. 1. As prescrições resultantes dos sinais .prevalecem sobre as
regras gerais de trânsito.
ARTIGO 11
. 2. A hierarquia entre as prescrições resultantes da sinalização
Obediência aos agentes de fiscalização
é a seguinte:
l ..Todos os condutores de veículos ou animais são obrigados a) Prescrições resultantes de si~alização temporária que
a parar, sempre que uma autoridade policial ou seus agentes, modifique o regime normal de utilização da via;
devidamente uniformizados e identificados nos termos do n. o 2,
b) Prescrições resultantes dos sinais luminosos;
do artigo anterior, lhes façam sinal para tal fim.
c) Prescrições resultantes dos sinais verticais;
2. Na ausência das autoridades ou agentes policiais, são d). Prescrições resultantes das marcas rodoviárias.
competentes, para fazer o sinal de paragem, referido no número 3. As ordens dos agentes reguladores do trânsito prevalecem
anterior, as autoridades que comandem forças militares na via sobre as prescrições resultantes dos sinais e sobre as regras de
pública, quando se desloquem em coluna militar, na medida do trânsito.
necessário para que essas forças transitem sem interrupção.
4. A violação das prescrições de cumprimento obrigatório e
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
proibitivo é punida com a multa de IOOO,OOMT.
multa de IOOO,OOMT. Exceptua-se o caso de o contrave~tor
cumprir tardiamente o sinal de paragem, em que a multa será de
500,OOMT. ARTIGO 15
Veículos prioritários
ARTIGO 12
Sinalização das vias públicas 1. Os condutores de veículos prioritários podem. se
necessário, não observar as regras e os sinais de trânsito, com a
1. As vias públicas devem ser convenientemente sinalizadas
excepção dos sinais dos agentes reguladores de trânsito.
nos pontos em que o tr,insito ou o estacionamento estejam
vedados ou sujeitos à restrições e, bem como, onde existem 2. No entanto, os condutores dos veículos- prioritários não
obstáculos, curvas encobertas, cruzamentos, entroncamentos e podem, em circunstância alguma, pôr em perigo os outros
passagens de nível ou outras circunstâncias que imponham aos utentes da via, sendo, designadamente, obrigados a suspender a
condutores precauções e!;peciais. sua marcha perante o sinal luminoso vermelho de regulação do
2. A sinalização de carácter permanente compete à ANE nas trânsito ou O sinal de paragem obrigatória no cruzamento ou
estradas nacionais e aos conselhos municipais nas estradas, ruas entroncamento, embora possam prosseguir, depois de tomadas
e caminhos municipais do domínio privado, quando abertos ao as dev.idas precauções, sem esperar que a sinalização mude.
trânsito público, em qualquer dos casos, mediante aprovação 3. Consideram-se veículos prioritários os que transitam em
dos respectivos projectos pelo INAV.
missão urgente de socorro e comitivas governamentais,
3. Os obstáculos eventuais devem ser sinalizados por aquele assinalando adequadamente a sua marcha.
que lhes der causa, por fOlma a tomarem-se bem vizÍveis e a uma
distância que permita evitar qualquer acidente. A contravenção 4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
do disposto neste número é punida com a multa de 10 OOO,OOMT. multa de lOOO,OOMT.
4. Nenhuma via pública poderá ser aberta ou reaberta sem TÍTULO II
que a respectiva sinalização tenha sido aprovada pelo INAV,
podendo este ordenar a retirada ou alteração da sinalização que Trânsito de Veículos e Animais
atente contra a segurança do trânsito. .
5. Quando por moti~o urgente tiver sido interrompido ou CAPíTULO I
condicionado o trânsito em qualquer. via pública, deve a
autoridade que causou a interrupção ou o condicionamento Disposições comuns
participá-lo à ANE ou aos cortselhos municipais, consoante os SECÇÃO I
casos.
Regras gerais
6. A contravenção do disposto no número anterior é punida
com a multa de 5000,OOMT. ARTIGO 16
Circulação de veículos e animais
ARTIGO 13
Sinais de trânsito 1. Todo o veículo ou animal, circulando na via pública, deve
ter um condutor, 'salvo as excepções previstas neste Código
1. As cores e formas dos sinais reguladores de trânsito são
para comboios, reboques e animais em grupo.
indicadas em regulamt:nto, de harmonia com os protocolos
regionais e as convençôes internacionais em vigor. 2. Os condutores devem, durante a condução, abster-se da
prática de quaisquer actos que sejam susceptíveis de prejudicar
2. Não podem conceder-se licenças para a colocação ou
o exercício da condução com segurança.
inscrição nas vias públicas e suas vizinhanças de quaisquer
quadros, anúncios, cartazes ou outros meios de publicidade, 3. Os condutores. não devem circular com uma parte do corpo
que possam confundir-se com os sinais reguladores do trânsito, fora do veículo.
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4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a placas, postes, ilhéus direccíonais ou dispositivos semelhantes
multa de IOOO,OOMT. ' existentes, desde que se encontrem no eixo da faixa de rodagem
de que procedem os veículos.
ARTIGO 17
Sentido de marcha 2. Quando na faixa de rodagem exista algum dos dispositivos
referidos no n." I, o trânsito, sem prejuízo do' disposto nos
1. O trânsito de veículos ou de animais é feito pela esquerda artigos 17 ~ 18, faz-se'por forma a dar-lhes a direita, salvo se, se
das faixas de rodagem e o mais próximo possível das bermas ou encontrarem numa via de sentido único ou na parte da faixa de
passeios, mas a uma distância destes que permita evitar qualquer rodagem afecta a um só sentido, casos em que o trânsito se pode
acidente.
fazer pela direita ou pela esquerda, conforme o destino a seguir.
2. Em caso de manifesta necessidade, e salvo o disposto em
3. Ao aproximar-se de qualquer tipo de intersecção, o condutor
regulamentos locais, pode, no entanto, utilizar-se o lado direito
do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em
da faixa de rodagem para ultrapassar ou mudar de direcção.
velucidade moderada, de forma que possa deter o seu veículo
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a com segurança, para dar passageql ao peão e a veículos que
multa de lOOO,OOMT. tenham o direito de preferência.
ARTIGO 18 4. Nos cruzamentos e entroncamentos é proibido ao condutor
Filas de trânsito múltiplas fazer ultrapassagem.
1. Sempre que no mesmo sentido sejam possíveis duas ou
5. A contravenção do disposto nos números anteriores é
mais filas de trânsito, este deve ser feito pela via de trânsito mais punida com a multa de lOOO,OOMT.
à esquerda podencio, no entanto, utilizar-se outra se não houver SECÇÃO II
lugar naquela e"bem assim, para ultrapassar ou mudar de direcção.
Sinais dos condutores
2. Dentro das localidades, o condutor deve utilizar a via de
trânsito mais conveniente ao seu destino, só lhe sendo permitida .ARfIGo23
a mudança para a outra, depois de tomadas as devidas
Sinalização da manobra
precauções, a fim de mudar de direcção, ultrapassar, parar ou
estacionar. 1. Quando um veículo iniciar a marcha, diminuir a sua
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a velocidade, parar, mudar de direcção ou da via de trânsito, iniciar
multa de lOOO,OOMT. uma ultrapassagem ou inverter o sentido de marcha e em todos
os casos em que seja necessário indicar a sua aproximação, o
ARTIGO 19 condutor deve utilizar o dispositivo mecânico luminoso ou
Início de marcha sonoro e, na falta deste, o braço para indicar o sinal regulamentar
1. Os condutores não podem ini,ciar ou retomar a marcha, sem correspondente, com a devida antecedência.
assinalarem com a necessária antecedência a sua intenção e sem 2. A medida deve manter-se enquanto se efectua a manobra e
adoptarem as precauções necessárias para evitár qualquer cessar lpgo que ela esteja concluída.
a"idente. 3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a multa de 500,O()MT.
multa de lOOO,OOMT. .
ARTIGO 24
ARTIGO 20 Sinais sonoros
Distância entre veículos 1. Os sinais sonoros serão breves, usados de forma moderada
1. O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o e em caso algum devem servir de meio de protesto contra
seu veículo e o que o anteCede a distância suficiente para evitar interrupções do trânsito ou como meios de chamamento.
acidente em caso de súbita paragem ou diminuiç~o de 2. É proibida a sua afinação ou reparação na via pública.
velocidade deste. 3. Só é permitida a utilização dos sinais sonoros nos seguintes
2. O condutor de um veículo em ma(cha deve manter distância casos:
lateral suficiente para evitar acidentes entre o seu veículo e os
a) Perigo iminente;
veículos que transitam na mesma faixa de rodagem, no, mesmo
b) Fora das localidades para prevenir um condutor da
sentido ou em sentido oposto.
intenção de o ultrapassar e, bem assim, nas curvas,
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a cruzamentos, entroncamentos e lombas de
multa de lOOO,OOMT. visibilidade reduzida.
AImG021 4. Dentro das localidades, os sinais sonoros só são usados em
caso de }llanifesta necessidade, podendo ser proibidos nas zonas
Bermas e passeios
em que o ordenamento do trânsito seja assegurado por agentes
1. Os veículos e animais podem atravessar bermas ou passeios, ~da autoridade ou por instrumentos de sinalização luminosa.
desde que o acesso aos prédios o exija, salvo as excepções 5. É sempre proibido dentrQ das localidades o uso de sinais
previstas em regulamepto local. constituídos por sons diferentes, simultâneos ou alternados, bem
2.A contravenção do disposto nest~ artigo é punida com a como os provenientes de sistema de vácuo, ar comprimido ou
multa de 500,OOMT. qualquer outro que origine as mesmos efeitos.
6. Exceptuam-se do disposto nos números anteriores os sinais
ARuG022 de veículos da polícia ou que transitem em prestação de socomô
Trânsito nos cruzamentos, entronclImentos e rotundas ou de serviço urgente.
1. Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas, o trânsito 7. As características dos dispositivos emissores dos sinais
faz-se por forma a dar a direita à parte central dos mesmos'ou às sonoros são fixadas em regulamento.
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l3 DE MA RÇO DE lO II 192-(11)
2. Nas descidas de inclinação ac~ntuada, os automóveis pesados não podem transitar sem utilizarem o motor como auxiliar do travão.
3. Nas pontes, túneis e passagens de nível, os animais, atrelados ou não, devem seguir a passo.
4. A contravenção, do disposto no n.o 1 é pqnida com a multa de 1000,00MT.
ARTIGO 33
Limites de velocidade
1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 29 e 32 e de limites inferiores q~e lhes sejam impostos, os condutores não podem exceder
as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetroslhora):
Velocidade em Kmlh
Classes e tipos de veículos automóveis Dentro das ,Fora das
Localidades Localidades
2. Quem exceder os limites máximos de velocidade é punido com pena de multa, sem prejuízo do disposto nos artigos 146 e 147,
segundo os quadros seguintes:
Outros Veículos
Velocidade Valor da multa Contravenção
Dentro das Se exceder até 10 kmlh 10OO,00MT leve
localidades De 10 km/h até 20 kmlh 2000,00MT média,
De 20 km/h até 40 km/h 4000,00MT grave
Mais de 40 kmlh 8000,00MT grave
peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem ou feridos, desde que assinalem adequadamente a ~ua
da via em que aqueles pretendam seguir; marcha;
g) Os condutores perante um portador de deficiéncla b) As colunas militares ou militanzadas, que devem. no
visual. entanto, adoptar as medidas neces~árias para não
2. Para permitir a circulação de um veículo prioritário ou da embaraçar o trânsito e para prevelllf aCIdentes.
polícia, assinalando devidamente a marcha e tranSitando numa 6. Os veículos, ou conjunt()~ articulados de veículo~, cuja
via congestionada, devem os condutores deixar livre uma largura total exceda 2 m. ou cujo comprimento totaL incluindo
passagem do lado direito da parte da faixa de rodagem afecta ao a carga, exceda 8 m. devem dlmmuir a velocidade ou parar. a
seu sentido de circulação, chegando-se o mais possível para a fim de facilitarem () cruzamento com outros veícu.los. sempre
esquerda e podendo, se necessário, utiliiar as bermas, excepto que a largum livre da f~\IX,1 de rodagem. o perfil transver~al ou o
se for numa auto-estrada. estado de conservação da via não permitam o cruzamento com
3. Nos cruzamentos ou entroncamentos, onde estejam a necessária segurança.
implantados em todas as direcções das vias. sinai~ de paragem 7. A contravenção do dIsposto neste artigo é pUnida com a
obrigatória, a prioridade de passagem procede-se de acordo com multa de lOOO,OOY1T.
a ordem sucessiva de chegada dos veículos.
s[:C(;Ao v
4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com
a multa de lOOO,OOY1T. Manobras em especial
ARTlGo40 ARTIGO 42
1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, os condutores O condutor só pode efectuar alguma manobra em local e por
devem ceder passagem às colunas militares ou militarizadas. forma que da ~ua realização não resulte perigo ou embaraço
para o trânsito. Mesmo tendo-a iniciado. deverá ~uspendê-Ia
2. O condutor de um velocípede, de um veículo de tracçãq
para prevenir a ocorrência de um perigo maior.
humana ou animal ou de animais deve ceder passagem aos
veículos a motor, a não ser que estes saiam dos locais referidos ARTIGO 43
na alínea a) do n.o 1 do artigo anterior. Ultrapassagem
3. Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas, os
1. Considera-se haver ultrapassagem quando dois veículos,
condutores devem ceqer passagem aos veículos que se
circulando na mesma fda. o que se encontra atrás passa para
desloquem sobre carris. .
diante do outro.
4. As colunas a que se refere o n.o I, bem como os condutores
2. Á ultrapas:-.agcm de veículos ou de ammais. faz-se pela
dos veículos que se desloquem sobre carris, devem tomar as
direita.
precauções necessárias para não embaraçar o trânsito e para evitar
acidentes. 3. Pode, no entanto, fazer-se pela esquerda:
5. A contravenção do disposto no n.o 1 deste artigo é pumda a) A ultrapassagem dos veículos que transitem sobre
com a multa de lOOO,OOMT. carris, de~de que (JS mesmos não utilizem este lado da
6. A contravenção do disposto no iI.o 2 deste artigo é punida faixa de rodagem e não estejam parados para receber
com a multa de 50o,doMT. ou largar passageiros:
b) .A ultrapassagem dos veículos ou animais cujo condutor
ARTIGo41 haja as~inalado a manobra de mudança de dir<:cção
Cruzamento de veículos para a dIreita. desde que. nos termos do artigo seguinte,
tenha deIxado livre a parte mais à esquerda da faixa
1. Verifica-se o cruzamento de veículos quando os condutores de rodagem.
de dois veículos que transitem na mesma via e em sentidos 4. O condutár de veículo ou de animais não deve iniciar uma
opostos passem um pelo outro em simultâneo.
ultrapassagem, sem certificar de que o condutor que o antecede
2. Quando, na mesma via, se encontrem dois veículos, na mesma viajiÍ,sinalizou a intenção de ultrapassar um terceiro
transitando em sentidos opostos, cada um dos condutores deve veículo ou de contornar um obstáculo, bem como certificar-se
deixar livre uma distância lateral suficiente, entre o seu veículo de que a pode fazer sem perigo de colidir com um veículo ou
e aquele crím qué vai cruzar, de modo a que a manobra se faça animal que transite no mesmo sentido ou em ~entido contrário.
com segurança.
5. Nenhum condutor deve tomar a direita dos veículos ou
3. Se não for possível efectuar o cruzamento nas condições animais que pretenda ultrapassar, sem avisar da sua intenção
indicadas. por a via se encontrar parcialmente obstruída, o aos respectivos condutores, nem retomar à esquerda. sem se ter
condutor que tiver de contornar o obstáculo deve reduzir a assegurado de que daí não resulta perigo para os veículos ou
velocidade ou parár, de modo a dar a passagem ao outro. animais ultrapassados, as:-.inalando o retorno à esquerda.
4. Se o impedimento não puder ser resolvido por aplicação
6. Todo o condutor de veículos ou de animais é obrigado,
do disposto no númerp anterior, recua o veículo que se encontre
sempre que não haja obstáculo que o impeça. a fm:ultar
mais próximo do local em que o cruzamento seja possível: nas
imediatamente a ultrapassagem. desviando-se o maIs pos~ível
vias de inclinação acentuada, recua o que for a subir, excepto se
essa manobra for manifestamente mais fácil para o veículo que para a esquerda e não aumentando a sua velOCIdade enquimto
não for ultrapussado.
desce.
5. Exceptuam-se das limitações impostas nos n.'''2 e 3: 7. o~ veículos de largura superior a 2 m, devem alllda. reduzir
li velOCidade ou parar, sempre que a largura livre da faIxa de
a) As ambulâncias e os veículos de bombeiros. da polícia
e outros agentes fiscalizadores e, de uma maneira rodagem. o seu perftl ou o estado de conservação da vIa não
geral, O~ que rran~portem, em serviço urgente, doente~ permitam a ultrapa~sagem com a nece~~ána ~egurança.
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AR11Go46
S. Os automóvel':" pesados, quando tran;,item fora ~as Mudança' de direcção para a esquerda
locdlldades, devem guardar entre si um inteFvalo mínImo 1, O condutor que pretenda mudar de direcção para a esquerda
de 50 m, salvo durante o lempo necessário para Llzer uma deve aproximar-se~ com ii necessária antecedência, da margem
ultrapa~,agem.
esquerda da faixa de rodagem e efectuar a manobra no trajecto
9. ;\ contravenção do dl;,posto ne,te artigo é punIda com a maIs cmto.
multa de lOOO,OO:'v1T. 2. ;\ contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00:vIr:
AR! lGO 4.1-
a) ~a, lombas de estrada; 1. A inversão do sentido de marcha deve ser feita em local e
b) ~as curvas de visibilIdade reduziqa; de modo que não prejudique o trânSito.
c) Imediatamente antes e nas passagens de nível;
2. É proibido Inverter o sentido de marcha nas curvas,
d) Imediatamente ante, e nos cruzamentos cruzamentos ou entroncamentos de visibilidade reduzida, nas
e entroncamento~;
pontes, passagens de nível e túneis e, de um modo geral. onde
e) ImedIatamente ante;, e nas passagen;, a;,smaladas para
quer que a visibIlidade ou a largura da via seja InsufICIente para
a trave",Ja de pe'Je;,; esse efeito ou ~e verifique grande intensidade de tráfego.
j) ?\a aproXImação de paragem devidamente sinalIzada,
com aglomerado de pe;,;,oa,,; 3. A contravençilo do dIsposto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OO:vIT.
g) Em todos os locai" de vi"ibilidade in,uflciente;
II) Quando haja perigo de colisão; e
ARTIGO 48
t} Quando alaI gura da via for in"uficIente.
Marcha atrás
2. E~ proibida a ultrapé~s,agem de um veículo que esteja
a ultrapassar um terceiro. 1. Marcha atrás é a manobra através da qual se põe () veículo
'3. Não é apllcável o dispO;,lO nas alíneas (1) a d) do n.o 1 e no a circular em sentido contrário sem alterar a pOSIção frontal do
n." 2, sempre que na LlIxa de rodagem sejam possíveIS di,ws ou veículo' em relação à marcha inicial.
mai;, filas de trân;,ito no me"mo sentido, de,de que a 2. A marcha atrás só é permItIda como manobra auxiliar ou
ultrapa;,sagem não "e faça pela parte da' faixa de rodagem de recurso e deve efectuar-~e o mais possível à esquerda, em
re;,ervada ao trân;,ito em sl~ntld() opo~t(). local de boa viSibIlidade e onde não prejudique o trânsito.
4. i\ão é, igualmente, élplicável o disposto na alínea d), do 3. Esta manobra realIza-se lentamente e no menor trajecto
n." L sempre que: possível, depois de feitos os ~inals regulamentares e tomadas as
(/) O trânsito ,e faça em sentido giratório; precauções devidas.
b) O condutor transite em via que lhe confIra prioridade 4. Sem prejuÍzo do di:,posto ~obre o cruzamento de veículos,
nos cruzamentos e entroncamentos e tal e,teja a marcha atrás é proibida:
deVIdamente a,.~m,dado:
a) Nas lomba~:
c) 1\ ultrapa~~agem se faça pela esquerda nos termos da
b) i\as curvas, cruzamentos ou entroncamento, de
alínea b) do n." 3 do artigo 43.
5. ;\ contravenção do dispo;,!O neste artIgo é punida eom a VIsibilidade reduzida;
multa de 1000,oo:'vn. ,c) i\as pontes, passagens de nível e túnel;':
d) ?\as auto-estradas;
I\lnl(;045 e) Onde quer a visibilidade sep msuflciente ou a via, pela
Mud::mça de direcção sua largura ou outra" característIcas, seja mapropriada
à realização .da manobra;
I. :vIudança de l!Jrecçã l) é uma manobra que con,l,te cm um
condutor tomar outra via que se inter,ecta com aquela em que
f) Sempre que'se venfique grande intenSIdade de trânsito.
Vinha circulando,
5. A contravenção do di;,posto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OO:vIT.
2. O;, condutorc;, de veículos ou animais que pretendam
ARTlCi049
mudar de dIrecção para ,I direita, devem aproximar-,e com ii
Paragem e estacionamento
deVIda antecedênCIa do eixo da VIa e efectuar a manobra de
modo a dar e'quel d,1 ii parte central do cruza'mento ou 1. Con;,idera-;,e paragem a imobIlização de um veículo pelo
entnmcament(). tempo e:-.tritamente nece"sário, para a entrada ou saída de
3. 1'\as vias de ,entldl" únicll, os condutores que pretendam pas;,ageiros ou par,l breves operações de carga ou descarga, de"de '
mudar de direcção, devem aproximar-se, com a nece"ária que o condutor e;,teja pronto a retomar a marcha e II faça sem
antecedênCia e quando pll~SÍVel, do hmite dlreitlJ ou e,querdo impedir ou dIficultar a pa~sagem de outros veículos.
da faixa de rodagem, con~oante a direcção que queIram tomar e 2. Considera-se e~tacionamento a Imobilização de um veículo
efectuar a manobl a no tr.IJecto mal~ curto. que não C(lOStltua paragem e que não ~eja motIvada por
4. Em ca~o algum deH:m, porém, 1l1iClá-la ~em previamente clrcun"tâncias própnas dd cin,:ulação.
~e asseguléllern de qUi.: da SUei realização não re'lIlta perigo ou 3. Fora das localidade;" a paragem e o e,ta<.:ionamento devem
i.:rnbaraço pelra () restante tráfego. fazer-se forada~ faixas de rodagem ou, não sendo is;,o po""ÍveL
S. 1\ c()ntra\en~'ãl' ek l!J;,posto neste artigo é punida com a () mais próximo po,sível da respectiva margem e,querda,
multa de 1000,00:vrr paralelamento a e,ta e no senudo da mar<.:ha.
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4. Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento e) A menos de 5 m para um e outro lado dos postos de
devem fazer-se nos locais especialmente destinados p.ara esse abastecimento de combustíveis;
efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais j) Nos locais reservados ao estacionamento de certos
próximo possível do respectivo limite esquerdo, paralelamente veículos, quando devidamente sinalizados;
a este e no sentido de marcha. g) De máquinas, reboques ou semi-reboques, quando não
5. Ao estacionar o veículo, o condutor deve deixar os atrelados ao veículo tractor, salvo nos parques de
Íhtervalos indispensáveis à saída de outros veículos, à ocupação estacionamento especialmente destinados a esse
dos espaços vagos e ao fácil acesso aos prédios, bem como tomar efeito;
as precauções indispensáveis para evitar que aquele se ponha h) Nas zonas de estacionamento de duração limitada,
em movimento. quando não for cumprido o respectivo regulamento;
6. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a i) Nos passeios.
multa de 1500,00MT. 2. Fóra das localidades, é ainda proibido o estacionamento:
ARTIGO 50 a) De noite, nas faixas de rodagem;
Lugares onde é proibido parar ou estacionar b) Nas faixas de rodagem assinaladas com o sinal «via
com prioridade».
1. É proibido parar ou estacionar:
3. A proibição de estacionar não abrange a imobilização do
a) Nas pontes, túneis, passagens de nível, passagens veículo pelo tempo estritamente necessário para a entrada ou
inferiores ou superiores e em todos os lugares de saída de passageiros ou para breves operações de carga e
,insuficiente vis'ibilidade; descarga, desde que o condutor esteja presente, pronto a retomar
b) A menos de 5 m para um e outro .la.do dos cruzamentos
a marcha e o faça sempre que estiver a impedir a pas~agem de
ou entroncamentos ou rotundas, sem prejuízo do
outros cond~tores.
disposto na alínea a) do n° 2;
c) A menos de 3 m para a frente e 15 m para um e outro 4. A contravenção do disposto no n.o 1 é punida com a muita
lado dos sinais indicativos da paragem dos veículos de 750,00MT,
de transporte colectivo de passageiros, consoante 5. A contravenção do disposto no n.o 2 é punida com a multa
transitam ou não sobre carris; de 500,00MT.
d) A menos de 5 m das passagens assinaladas para a
travessia de peões e velocípedes; ARTIGO 52
e) A menos de 20 m antes dos sinais luminosos colocados Contagem das distâncias
à entrada dos cruzamentos e entroncamentos e junto
As distâncias a que se referem as alíneas b) do n.O 1 e a)
dos sinais verticais ou luminosos, se a altura dos
do n.o 2 do artigo 50 e d) e e) do n.o 1 do artigo 51 contam-se:
veículos, incluindo a respectiva carga, os encoQrir;
a) Do início da curva, lomba ou passagem de nível;
j) Nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direccionais, nas
b) Do prolongamento do limite mais próximo da faixa de
placas centrais das rotundas com trâ.nsito giratório,
rodagem transversal, nos restantes casos.
nos passeios e demais locais destinados ao trânsito
de peões; ARTIGO 53
g) Na faixa de rodagem, sempre que esteja sinalizada com
Paragem de Vlilículos de transporte colectivo
linha longitudinal contíÍlUa e a distância entre esta e
o veículo seja inferior a 3' m; 1. Nas faixas de rodagem, o condutor de veículo utilizado no
h) A 10 m das passagens de nível,os Neículos que transporte colectivo de passageiros, só pode parar, para a entrada
transportem substâncias explosivas. e saída de passageiros nos locais especialmente destinados a
2. Fora das localidades, é ainda proibido parar ou estacionar: esse fim.
a) A menos de 50 m dos cruzamentos, entroncamentos, 2. Caso se verifique a inexistência dos locais referidos no
curvas ou lombas de visibilidade reduzida; número anterior; a paragem deve ser feita o mais próximo
b) Nas faixas de rodagem, sendo possível a paragem ou o
possível da margem da faixa de rodagem.
estacionamento fora delas.
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a 3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00MT. multa de 1000,00MT.
ARTIGO 51 SECÇÃO VI
I SÉRfE-- NÚMERO 12
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b) A circulação de veículo, utilizando dispositivos não b) De cruzamento. em locais cuja Iluminação permita ao
previstos no mesmo regulamento ou que, estando condutor uma vi~lbIlidade não mfenor a 100 m. no
previstos, não obedeçam às características ou modos cruzamento com outros veículos, pes~oa~ ou animai~.
de instalação nele fixado~; quando o veículo transite a menos de 100 m daquele
c) A contravenção ao disposto no n,O 2. que o .precede. na aproximação de pa~sagem de nível
4. É sancionada com a multa de 1000,00MT: fechada ou durante a paragem ou detenção da marcha,
- do veículo e não cause. directa ou lIldlrectamente
a) A circulação de veículo que não disponha de algum ou
incómodo ao condutor. através do~ espelhos
alguns dos reflectores prevlsto~ no regulamento
retrovi~ore~ e ou outras superfícies reflectoras do
referido no n,o 1;
veículo;
b) A circulação de veículo utIlizando reflectores não
,e) De estrada, nos restantes casos;
previstos no mesmo regulamentô ou que, e~tando
d), De nevoeiro à retaguarda. sempre que as condições
previstos, não obedeçal)l às características ou modos
meteorológicas ou' ambientaiS o imponham. nos
de instalação nele fixados;
veículos que com elas devam estar equipados.
c) Sem prejuízo do disposto no n,o 2 do artigo 62. a
2. É proibido o uso das luzes de nevoeiro. sempre que as
circulação de veículo com avaria em algum ou alguns
condições metere()lógica~ ou ambientai~ o não justifiquem.
dos dispositivos previstos no n.o 1.
3. Sem prejuíLll do dISpo~to no n.o 1. os condutores de veículos
ARTIGO 60 afectos ao transporte de mercadorias pengosas devem transitar
Espécies de luzes com a luz de cruzamento acesa.
1. As espécies de luzes a utilizar pelos condutores são as 4. A contravenção do disposto nos números anteriores é
seguintes: sancionada com a multa de 500.00MT, salvo o disposto no
número seguinte.
a) Luz de estrada (máximos). destinada a iluminar a via
par:l a frente do veículo numa distância não inferior a 5. O uso dos máximos no cruzamento com outros veículos ou
100m. quando o veículo transite a menos de 100 m daquele que o
b) Luz de cruzamento (médios). destinada a iluminanl precede ou ainda durante a paragem ou detenção da marcha do
via para a frente do veículo numa distância até 30 m; veículo é sancionado çom a multa de 1000,00MT.
c) Luzes de presença, destinadas a assinalar a pre5ença e
ARTIGO 62
a largura do veículo, quando visto de frente e da
Avaria
retaguarda, tomando as da frente a designação de
«mínimos»; I. É proIbido o trünslto de veículo com avaria dos dispositivos
d) Luz de mudança de direcção, destinada a indicar aos referidos no n.O I do artigo 60.
outros utentes a intenção de mudar de direcção; 2. Sem prejuízo do dI~po~to no número anterior, o trünsIto de
e) Luzes de-perigo, destinadas a assinalarem que o veículo veículos com avaria das lu'zes é permitido quando os mesmos
representa um perigo especial para ~s outros utentes disponham de, pelo menos:
e constituídas pelo funCionamento simultâneo de a) Dois médios, ou um médio do lado direito e dois
todos os indicadores de mudança de direcção; mínimos para a frente, um indicador de presença no
f) Luz de travagem, destinada a indicar aos outros utentes lado direito e uma das luzes de travagem, quando
o accionamento do travão de serviço; obrigatória. à retaguarda; ou
g) Luz de marcha atnis, destinada a iluminar a estrada b) Luzes de perigo, caso em que apenas podem transitar
para a retaguarda do veículo e avisar os out,ro~ utente~ pelo tempo e~tritamente necessário à sua circulação
que o veículo faz ou vai fazer marcha atrás;~ até um lugar de paragem ou estacionamento.
II) Luz da chapa de matrícula, destinada a iluminar a 3. A avaria nas luzes, quando ocorre em auto-e~trada ou VIa
chapa de matrícula da retaguarda; rcservada à automóveis e motoCIclos, Impõe a Imediata
i) Luz de nevoeiro, destinada a tornar mais visível o imobilização do veículo fora da faixa de rodagem.
veículo em caso de nevoeiro lIltenso ou de outras 4. A contravenção do disposto' no número anterior é
situações de redução significativa de viSibilidade. sancionada com a multa de 750.00MT.
2. As características das espécies de luzes referidas no número
ARTIGO 63
anterior são t'ixadas em regulamento.
Sinalização de perigo
3. A contravenção do di'sposto no n.o 1 é sancionada çom a
multa de 1000,00MT. 1. Quando o veículo transite nos termo~ da alínea b) do n." 1
dO' artigo anterior ou repre~ente um perigo especial para o~ outros
AR'l!IGo61 utentes da via devem ser utilizadas as luzes de pengo.
Condições de utilização das luzes •
2. Os condutores devem também utilizar as luzes referidas no
1. Desde o anoitecer ao amahhecer e, ainda, durante o dia número anterior em caso de súbita reduçãll da velOCidade
sempre que existam condições meteorológicas ou ambientais provocada por obstáculo Imprevisto ou por condiçõe~
que tornem a visibIlidade insuficiente, nomeadamente cm caso meteorológicas ou ambientaiS espeCiaiS.
de nevoeiro, chuva Intensa, queda de neve, nuvens de fumo ou 3. Os condutores devem, ainda. usar as luzes referidas
no n," I. desde que -estas se encontrem em condiçõe~ de
pó. os condutores devem utiltzar as seguintes luzes:
funcionamento:
a) De presença. enquanto aguardam a abertura de passagem
a) Em caso de imobilização forçada do veículo por
de nível e ainda durante a paragem ou estacionamento. aCidente ou avaria. sempre que () me~mo repre~ente
em locais cuja ilumlllação não permita o fácil um perigo para os demaI~ utente~ da via:
reconheCimento do veículo à dl~tüncia de 100 m: b) Quando () veículo e~teJa a ser rebocado.
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estacionamento, bem como a fixação de uma taxa a cobrar através 4. A contravenção do disposto nos números anteriores é
de agentes ou de meios mecânicos adequados, são feitas por punida com a multa de 1000,OOMT.
regulamento.
3. A contravenção do disposto no n.o 1 é-punida com a multa ARTlG074
de 500,aOMT. Trânsito de veículos pesados de mercadorias ou conjunto de
veículos
ARTIGO 71 1. Nas auto-estradas ou troços de auto-estradas com três ou
Estacionamento proibido mais vias de trânsito afectas ao mesmo sentido, os condutores
I. Nos parques e zo,nas de estacionamento é proibido de veículos pesados de mercadorias ou conjuntos de veículos
estacionar: 'cujo comprimento exceda 7 m só podem utilizar as duas vias de
trânsito mais à esquerda.
a) Veículos destinados à venda de quaisquer artigos ou a
publicidade de qualquer natureza; . 2. A contravenção do disposto no púmero anterior é punida
b) Veículos utilizados para transportes públicos, quando com a multa de lOOO,OOMT.
não alugados, salvas as excepções previstas em
regulamentos locais; ARTlGo75
c) Veículos de classes ou tipo diferentes .daqueles a que o Vias reservadas
parque ou zona tenha sido exc.1usivamente afectado 1. As faixas de rodagem das vií1s públicas podem, mediante
nos termos do artigo anterior; sinalização, ser reservadas ao trânsito de veículos de certas
d) Por tempo superior ao estabelecido ou sem o
espécies ou a veículos destinados a determinados transportes,
pagamento da taxa fixada nos termos do artigo
sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer
anterior.
2. A contravenção do disposto no número anterior é punida outros.
com a multa de 750,00MT. '2.A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OOMT.
ARTIGO 72
Auto-estradas ARTIGO 76
Corredores de circulação
1. Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
devidamente sinalizados, é proibido o trânsito de peões, animais, 1. Devem ser criados nas vias públicas corredores de
veículos de tracção animal, velocípedes, ciclomotores, circulação destinados ao trânsito de veículos de certas espécies
motociclos de cilindrada superior a 50 cm3 , tractores agrícolas, ou a veículos afectos a determinados transportes, sendo proibida
bem como de veículos ou conjunto de veículos insusceptíveis a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros.
de atingir em patamar a velocidade de 40 km/hora.
2. É, porém, permitida a utilização das vias referidas no número
2. Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
anterior para acesso a garagens, a propriedades e a locais de
devidamente sinalizados, é proibido:
estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efec'tuar
a) Circular sem as luzes regulamentares;
a manobra de mudança de direcção no cruzamento ou
b) Parar ou estacionar, ainda que fora das faixas
entroncamento mais próximo.
de rodagem, salvo nos locais especialmente
destinados a esse fim; 3. A contravenção do disposto no n.o 1 é punida com a multa
c) Inverter o sentido de marcha; de 750,OOMT.
d) Fazer marcha atrás;
ARTIGO 77
e) Transpor'os separadores de tráfego ou as aberturas neles
Pistas especiais
existentes;
J) Ensino da condução. 1. Qu~ndo existam pistas especialmente destinadas a animais
3. A contravenção do disposto no 'n.o 1 e nas alíneas a) e b) ou a veículos de certas espécies, o trânsito destes deve fazer-se
do n.o 2 é punida com a multa de 750,OOMT, salvo tratando-se por aquelas pistas.
de peão, caso em que a multa é de lOO,OOMT. 2. É proibida a utilização das pistas referidas no número
4. A contravenção do disposto nas alíneas c), d), e) e f) anterior a quaisquer outros veículos, sal vo para acesso a garagens,
do n.o 2 é punida com a multa de 1000,OOMT. a propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a
sinalização o permita, para efectuar a manobra de mudança de
ARTlGo73
direcção no cruzamento ou entroncamento mais próximo.
Entrada e saída das auto-estradas
3. Nas pistas destinadas aos velocípedes é proibido o trânsito
1. A entrada e saída nas auto-estradas faz-se unicamente pelos
daqueles que tiverem mais de duas rodas não dispostas em linha
acessos a tal fim destinados.
ou que atrelem reboque.
2. Se existir uma via de aceleração, o condutor que prC!tender
4. Os peões só podem utilizar as pistas referidas no número
entrar na auto-estrada deve utilizá-la, regulando a sua velocidade
anterior, quando não existam locais que lhes sejam
de forma a tomar a via de tránsito adjacente sem perigo ou
embaraço para os veículos que nela tfansits:m. especialmente destinados.
3. O condutor que pretender sair de uma auto-estrada deve 5. A contravenção do disposto nos n.O, 1,2 e 3 é punida com
ocupar com a necessária antecedência a via de trânsito mais à a multa de 500,OOMT:
esquerda e, se existir via de desaceleração, entrar nela logo que 6. A contravenção do disposto no n.o 4 é punida com a multa
possível. de 300,00MT.
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ARTIGO 80
1. O exame de pesquisa de álcool no ar expirado é realizado
pelas entidades referidas no n.o 1 do artigo 10, mediante a
Princípios gerais
utilização de aparelho aprovado para o efeito.
1. Podem ser submetidos às provas estabelecidas para a 2. Se o resultado do exame previsto no número anterior for
detecção dos estados de influenciado pelo álcool ou por positivo, o agente de autoridade deve notificar o examinando,
substâncias legalll1ente consideradas como estupefaçientes ou por escrito, ou, se tal não for possível, verbalmente, daquele
psicotrópicas: resultado, das sanções legais dele decorrentes, de que pode, de
a) Os condutores; imediato, requerer a realização de contraprova e de que deve
b) Os peões, semp re, que sejam intervenientes em acidentes suportar todas as despesas originadas por esta contraprova no
ge trânsito. caso de resultado positivo.
2. As pessoas referidas nas alíneas a) e b) do n.O I , que recusem 3. A contraprova referida no número anterior deve ser
submeter-se às provas estabelecidas, para a detecção do estado realizada por um dos seguintes meios, de acordo com a vontade
de influenciado pelo ([lcool ou por substâncias legalmente do examinando:
consideradas como estupefacientes ou psicotrópicas, são a) Novo exame, a efectuar através de aparelho aprovado:
punidas por desobediência. b) Análise de sangue.
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192-(22) /SÉR/E-NÚMERO 12
4: No caso de opção pelo novo exame previsto na alínea a) 2. Quando não tiver sido possível a realização do exame
do número anterior, o exahlinando deve ser, de imediato, a ele . referido no número anterior, o médico do estabelecimento oficial
sujeito e, se necess~rio, conduzido ao local onde o referido exame de saúde a que os intervenientes no acidente sejam conduzidos
possa ser efectuado. deve proceder à colheita da amostra de sangue para posterior
5. Se o examinando preferir a realização de uma análise de exame de diagnóstico do estado de influenciado pelo álcool.
sangue, deve ser conduzido, de imediato, ao estabelecimento 3. Se o exame de pesquisa de álcool no sangue não puder ser
oficial de saúde, a fim de ser colhida a quantidadt: de sangue feito, deve proceder-se ao exame médico pata diagnosticar o
necessária para o efeito. estado de influenciado pelo álcool.
6. O resultado da contraprova prevalece sobre o result2.do do
4. Os condutores e' peões mortos devem também ser
exame inicial.
submetidos ao exame previsto no n.o 2.
7. Quando se suspeite da utilização de meios susceptíveis de
alterar momentaneamente o resultado do exame, pode o agente ARTIGO 86
de autoridade mandar submeter o suspeito ao exame médico. Outras disposições
8. Se não for possível a realização de prova por pesquisa de 1. São fixados em regulamento:
álcool no ar expirado, o examinando deve ser submt:tido a
colheita de sangue para análise ou, se se recusar, de,ve ser
a) O tipo de material a utilizar na fiscalização e nos
exames laboratoriais para determinação dos estados
realizado exame médico, em estabelecimento oficial de saúde,
de influenciado pelo álcool ou por substâncias
para diagnosticar o estado de influenciado pelo álcool.
psicotrópicas;
ARTIGO 83 h) Os métodos a utilizar para a determinação do
Impedimento de conduzir doseamento de álcool ou de substâncias psicotrópicas
no sangue;
1. Quem apresentar resultado positivo no exame pre'/isto no 1;) Os exames médicos para determinação dos estados de
n. o 1 do artigo anterior ou recusar ou não puder submeteI-se a tal
influenciado pelo álcool .ou por substâncias
exame, fica impedido de conduzir pelo período de doze horas, a
psicotrópicas;
menos que comprove, antes de decorrido essé período, que não
d) Os laboratórios onde devem ser feitas as análises de
está influenciado pelo álcool, através de exame por si requerido.
urina e de sangue;
2. Quem conduzir com inobservância do 'impedimento e) As tabelas dos preços dos exames realizados e das taxas
referido no número anterior é punido por crime de desobediência de transporte dos examinandos e de imobilização e
qualificada. de remoção de veículos.
3. O agente de aut9ridade notifica o condutor ou a pessoa 2. O pagamento das despesas originadas pelos exames
que se propuser inic. Jl condução nas circunstâncias nrevistas previstos na lei, para determinação do estado de influenciado
no n.o 1 de que ficam rinpedidos de conduzir durante (I período pelo álcool ou por substâncias psicótrópicas, bem como pela
estabelecido no meSrnD número, sob pena de crime de imobilização e remoção de veículo a que se refere o artigo 84, é
desobediência qualificaclt. efectuado pela entidade a quem competir a coordenação da
4. As despesas originadas pelo exame a que se ref.e:e a parte fiscalização do trânsito.
final do n. O 1 são suportadas pelo examinando, salvo se 3. Quando os exames referidos tiverem resultado positivo, as
resultarem de contraprova com resultado negativo requerida ao despesas são da responsabilidade do examinado, devendo ser
abrigo do n.O 2 do artigo anterior. levadas à conta de custas nos processos- crime ou de
contravenção a que houver lugar, as quais revertem a favor da
ARl1G084 entidade referida no n. o 2.
Imobilização e remoção do veículo
ARTIGo8?
1. Para garantir o cumprimento do disposto no n.o 1 do artigo
Utilização de acessórios de segurança
anterior deve o veículo ser imobilizado ou mmovido para o
parque ou local apropriado, providenciando-se, sempre que tal 1. O condutor e passageiros transportados em automóveis
se mostre indispensável, o encaminhamento dos ocupantes do são obrigados a usar os cintos e demais acessórios de segurança
veículo. nos termos fixados em regulamento.
2. Todas as despesas originadas pelos procedimentc'$ previstos 2. Os condutores e passageiros de motociclos, com ou sem
no número anterior são suportadas pelo condutor. carro lateral, e de ciclomotores devem proteger a cabeça, usando
3. Não há lugar à imobilização ou remoçíio do veículo se capacete de m,odelo oficialmente aprovado, aevidamente
outro condutor, com consentimento do que fi~ar impedido, ou ajustado e apertado.
do proprietário do veículo, se propuser conduzí-lo e apresentar 3. Exceptuam-se do disposto no número anterior os
resultado negativo em teste de pesquisa de álcool. condutores e passageiros de veículos providos de caixa rígida
4. No caso previsto no número anterior, o condute r substituto ou de veículos que possuam, simultaneamente, estrutura de
deve ser notificado de que fica responsável pela obs,ervância do protecção rígida e cintos de segurança.
impedim~nto referido no artigo ,anterior, sob pena de crime de 4. As crianças com menos de 12 anos de idade, transportadas
desobediência qualificada. em automóveis equipados com cintos de segurança, devem ser
seguras por sistema de retenção homologado e adaptado ao seu
ARTIGO 85 tamanho e peso.
Exames em caso de acident.! 5. O transporte das crianças referidas no número anterior deve
1. Os condutores e os peões que intervenham em acidente de ser efectuado no banco da retaguarda, salvo nas seguintes
trânsito devem, sempre que o seu estado de saúde o permitir, ser situações:
submetidos a exame de pesquisa de álcool no ar expirado, nos a) Se a criança tiver idade inferior a 3 anos e o transporte
termos do artigo 80. se fizer utilizando sistema de retenção virado para a
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retaguarda. não podendo. neste caso. estar activada a imediatamente ao ;,eu regular e"tacionamento ou. não "endo
almofada de ar frontal do pas~ageiro: isso viável. retirar (l veículo da faixa de rodagem ou aproximá-
/II Se a cnança tiver Idade igualou superior a :l anos e o lo o mais possível do limite e~querdo de"ta e promover a "ua
automl')\'C1 não dispuser de Cintos de segurança no rápida remoção da via pública.
banco da retaguarda. ou não dispuser de!>te banco. :2. Enquanto o veículo nào for devidamente estacillllado ou
6. \'ll~ automlívels que não estejam equipados com Cintos removido. o condutor deve adoptar as medida" necessárias para
de ~egurança é proibido o transporte de crianças de idade inferior que os outros 5e apercebam da sua pre~ença. usando para tanto
a :l ano~. os dispo"itivos de ~inalização prevJstos no presente Código e
7. 0:o~ automlíveis destinados ao tr,lnsporte público legislação complementar.
de pas~agelros podem ~er tr,',nsportadas cnançãs sem observância 3: É proibida a reparaçüo de veículos na via pública. salvll ~e
do di~po~to no:- números anteriores. desde que não () ~ejam nos for indispensável ii re~pectiva remoçào ou. tratando-se de avanas
banco~ da frente. de fácd reparação. ao prosseguimento da marcha.
8. A contravenção do dl~po~t() nos n.''> 4 a 7 é punida com a 4. :\as circunstüncias referidas nos números anteriore;,. as
multa dt: 300.00\1T por t:ada criança tran~portada pessoas que' não estiverem envolvidas na~ operaçõe~ de
indevidamente. sinalização. remoção ou reparação do veículo não devem
permanecer na faixa de rodagem.
9, A contravenção do dl~,po~to no n.o 1 é punida com a multa
de 500.00\1T. 5. A contravenção do di;,pmto no~ números anteriore;, é
punida com a multa de 1000.00\1T. ~e outra não for
10. A contra\'enção do disposto no n.O 2 é punida com .l
especialmente aplicável.
multa de :lOO.OO\1'r.
ARTIGo91
L\RTI(,O 88
Sinal de pré-sinalização de perigo
Condução profissional de veículos de transporte
I. Todos os veículos a motor em circulação. salvo os dotados
1. A pre~t,lçãode servÍl;os remunerados só é' permitida aos apenas de duas ou três rodas. motocultivadores e os tratocarro~.
tltulare~ da carta de condutor profi:,sional. devem e;,tar equipados com dois sinais de pré-sinalização de
2. Pm razCie~ de segurança. podem ~er defInidtls. para o~ pengo retrorretlectores e um colete retlectivo.
condutlll e~ profI~~íonaI:- de veículos de tran~porte. os tempos 2. É obrigatóno o u'o do ~inal de pré-sinalização de pengo:
de condução e descínso e. bem aS~Im, pode ser exigida a' (/) Dur,lnte o dia. sempre que o veículo ImobilIzado. total
rre~ença de maIS de uma pe~:-oa habilItada para a condução de
ou parcialmente. na faixa de rodagem ou a carga que
um me~mo veículo. tenha caído sobre o pavimento não for visível a uma
:l, A contraven,,'ão do dispmto ne~te artigo é punida com a di~tância de. pelo me no;,. 100 m;
multa de 10 OOO.OO\1T. pela qual respondem solIdanamente o b) Do anoitecer ao amanhecer. em quaisquer
contra ventor e a entidade patronal cUJO serviço se encontra circun"tüncias de imobilização do veículo ou de carga
ad,tnto. qída na faixa de rodagem ou na berma. sdlvo nos
locaiS onde a~ condições de iluminação permitam
Alnl(;o89 um fácil reconhecimento a uma distânCia de 100 m.
Proibição de utilização de certos aparelhos sem prejuÍzo do dlspo,to no pre~ente Código ljuanto
ii ilumIllação dos veículo~:
I. f: prOIbido ao condutor utilIzar. durante a marcha do
c) :\0 Illterior das localIdades e nas sltuaçõe~ em que a
veículo. qualquer tIpo de ~llIscultadores sonoros. de aparelhos colocação do trIângulo de pré-~Illalização não seja
radlotcleflínit:os e teleVisores. viúve!. o veículo avarIado deve ser sinalizado com o
2. Exceptuam-~e do número anterior os aparelhos <ados de u~o em simultâneo de toda~ as luzes indIcadoras de
um auriculal ou de microfone com ,Istema alta voz. cuja mudança de direcção.
utdll:ação não Implique manu~eamento continuado e televi~ores :lo O ~inal deve ser colocado verticalmente em relação ao
em \'eículo~ de~tIllados ao transporte de pas~agelro~. pavimento e ao eixo da faixa de rodagem. a uma d"tânCIa nunca
3. Í~ proibida a lll~talaçãlJ e utilIzação de qu,mquer aparelho~. IllferIor a :l0'11. à frente e à retaguarda do veículo. comblllação de
dI~pll~ltIVOS ou produtos ~u~ceptívels de revelar a pre;,ença ou vekulos ou da carga a sIllalizar. de modo a ficar nem vI:-ível a
perturbar o funcionamelto de in~trumento~ de"unados ii uma distüncia de. pelo menos. 100 m.
detecção ou regI~to da~ tr~1 n~gre~~ões. 4. Os veículos automlí"eis pesados e reboque~. cUJO peso
4. A t:ontravenção do di~po~to no n." I é pumda com a multa bruto exceda 10000 kg ou tenham mal~ de 6 m de comprImento.
de 2000.00\1'1'. devem estar equipados de marca~ retlectiva:-. de cor amarela.
5. A contravenção do dI;,po"to nll n.":l é pum da com a multa para a ~u,\ fácil identificação na via pública.
de 2750.00\1T e com perda dos objectos. devendo o agente de 5, l\'as circunstâncias refendas no n." 2. quem proceder ii
fIsc,alIzaçãll proceder ii ;,ua imediata remoção e apreen;,ão ou. colocação do ;,mal de pré-~malização de perIgo. à reparação do
não ;,endo ela po~~ível. apIeender o documento de Identificação veículo ou ii remoção da carga deve utIlIzar o colete retlectlvo.
do veículo at~ ii efectiva remoção e apreensão daqueles objecto~. 6. Os veículo~ de tracção manual.e (l~ velocípecle~ devem
e,tar eqUipados com as marcas reflectlva~ ~empre que tran~item
na~ vias públIca;,.
Comportamento em caso de avana ou aCidente 7. As caracterbtica~ do ~lllal de pré-'lllalização de perIgo. do
colete retlectivo e marca~ retlectIv,t, ,ão fIxada~ em regulamento
i\ IHll ,() 90
8. A contravenção do dI~P()~to ne,te artigo é pUllIda com a
Imobilização forç:ada por avaria ou acidente
multa, de 1000.00\1T. excepto o U~ll de materiai, que não
I Em ca~o de ImohIl i'açJo forçada de um veículo em obedeçam às caracterbtica, e,taneleuda,_ em que a multa serú
cOll,equéncl:l clt: a \ .111.1. lJ L"lndutor deve proceder ck 500.00\1T e \1 referido no n." 7. cup multa é de :WO. OO\1T
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ARTIGO 92
Identificação em caso de acidente
Iluminação e sanções
I. O condutor interveniente em acidente deve forn~cer aos
ARTIGO 96
restantes intervenientes a sua identIficação. a do propr"iet.irio
Utilização das luzes nos motociclos e ciclomotores
do veíCUlll e a da ~eguradllra. bem como o número da apólice.
exibindo, quando solicitado, os docu,mento:, comprovativus. l. l\os motociclos, triciclo~, quadriciclos e ciclomotores, n
uso de dispositivos de ~inalização luminosa e de iluminação é
2. Se do acidente resultarem mortos ou feridos. o condutor obrigatório em qualquer circunstância.
deve aguardar. no local. a chegada de agente de autoridade.
:~. Sem prej uízo do di~posto no n.o 1 do artigo 61. os
3. A contravenção do disposto no n,o I é punida com a m lha condutores de motociclos e ciclomotores devem transitar com a
de 500.00Y'IT. I.uz de cruzam,ento acesa.
4. A contravenção do disposto no n.o 2 é punida com a m lha J. Sempre que, nos termos do artigo 61. seja obrigatório o
de 750,00 Y'IT, se a sanção mais grave não for aplidvel por uso de dispositivo de iluminação. os velocípedes só podem
circular com utilização dos di~positivo~ que, para o efeito, forem
força de outra disposição legal.
fixi!,dos em regulamento.
CAPÍTULO [II 4. A contravenção do dispo~to neste artigo é punida com a
multa de 500,00 MT.
Disposições especiais para motociclos, ciclomotores
e velocípedes ARTlc;o97
Avaria nas luzes
SEcçAoI
Regras especiais I. Em caso de avaria nas luzes de motociclos ou CIclomotores
é aplicável. com as necessárias adaptações. o dispmto
ARTIGO 93 no artigo 62.
Regras de condução 1. Em caso de avaria 'nas luzes, os velocípedes devem ser
conduzldo~ à mão.
I. Os condutores de motociclos. ciclomotores ou velocípdes
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
não podem:
multa de 250.00 MT.
a) Conduzir com as mãos fora do guiador, salvo para
assinalar qualquer manobra: ARTIGO 98
3. A contra ven~'ão do dl~p()~to ne~te artigo é punida com 5 O propnet,írio de animal~ é proibido de delxú-I(l~ vaguear
,a multa de 250.00WL na VIii pública por forma a impedir ou fazer pellgar (l ti Ún~It(l.
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6. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva
multa de 300,00MT. velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente.
ARTIGO 101 2. O atravessamento da faixa de rodagem deve fazer-se o
Regulamentação local mais rapidamente possível.
Em tudo o que não estiver previsto neste Código, o trânsito 3. Os peões só podem atravessar a faixa de rodagem, nas
de veículos de tracção animal e de animais é objecto de posturas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito ou, quando
municipais. nenhuma exista a uma distância inferior a 50 m,
TÍTULO III perpendicularmente ao eixo da via.
Trânsito de Peões 4. Os peões não podem parar na faixa de rodagem ou utilizar
ARnGo 102 o passeio de modq a prejudicar ou perturbar o trânsito~
Lugares ern que podem transitar 5. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
1. Os peões devem transitar pelos passeios, pistas ou passagens multa de 250,00MT.
a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.
ARTIGO 105
2. Os peões podem, no entanto, transifar pela faixa de rodagem, Iluminação de cortejo e formações organizadas
com prudência e de modo :1 não prejudicar o trânsito de veículos,
1. Sempre que transitem na faixa de rodagem' desde o
nos seguintes casos:
anoitecer até ao amanhecer e sempre que as condições de
a) Quando efectuem o seu atravessamento; visibilidade o aconselhem, os cortejos e formações organizadas
b) Na falta dos Jocais referidos no n.o 1 ou na devem assinalar a sua presença com, pelo menos, uma luz branca
impossibilidade de os utilizar; dirigida para a frente e uma luz vermelha dirigida para a
c) Quando transportem objectos que, pelas suas retaguarda, ambas do lado direito do cortejo ou formação.
dimensões ou natureza, possam constituir perigo para
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
o trânsito dos outros peões;
multa de 500,00MT.
d) Nas vias públicas em que esteja proibido o trânsito de
ARTIGO 106
veículos;
Cuidados a observar pelos condutóres
e) Quando sigam em forma organizada sob a orientação
de um monitor ou em cortejo. 1. Sempre que o condutor aviste na faixa de rodagem um
3. Nos casos previstos nas alíneasb), c)e e) do número anterior peão portador de deficiência visual sinalizando a sua marcha
os peões podem transitar pelas pistas a que se refere o artigo 77, com bengala; deve ct;der-lhe prioridade e, se necessário parar a
desde que a intensidade do trânsito o permita e não prejudiquem fim de deixá-lo passar. .
a circulação dos veículos :>u animais a que aquelas estão afectas. 2. Ao aproximar-se de uma passagem de peões assinalada, o
4. Sempre que trans:tem na fÍlixa de rodagem, desde o condutor, mesmo que a sinalização lhe permita avançar, deve
anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia da
visibilidade ou a intensidade do trânsito o aconselhem, os peões faixa de rodagem.
devem transitar numa única fila, salvo quando seguirem em 3. Ao aproximar-se de uma passagem para peões, junto da
cortejo ou formação organizada nos termos previsto no artigo qual a circulação de veículos não está regulada, nem por
105. sinalização luminosa nem por agente, o condutor deve reduzir a
5. A contravenção do disposto no número anterior é punida velocidade e parár para deixar passar os peões que já tenham
com a multa de 250,OOMT. iniciado a travessia da faixa de rodagem.
4. Ao mudar de direcção, o condutor, mesmo não existindo
ARTIGO 103
passagem assinalada para a travessia de peões, deve reduzir a
Sentido de trânsito
sua velocidade e, se necessário, parar a fim de deixar passar os
1. Os peões devem transitar pela direita da faixa de rodagem, peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem da via em que
em relação ao seu sentido de marcha, nos locais que lhes são vai entrar.
destinados, salvo nos casos previstos na alínea d) do n.O 2 do
artigo anterior. 5. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00MT:
2. Nos casos previstos nas alíneas b), c) e e) do n.o 2 do artigo
anterior, as peões devem transitar o mais próximo possível do ARTIGO 107
limite da faixa de rodagem. Equiparação
3. Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.O 2 do artigo É equiparado ao trânsito de peões:
anterior, os peões devem transitar pelo lado direito da faixa de a) A condução de carros de mão;
rodagem, a não ser que tal comprometa a sua segurança. b) A condução de veículos de tracção humana;
4. A contravenção do disposto nos números anteriores é c) A condução à mão de velocípedes de duas rodas sem
punida com a multa de 250,OOMT. carro atrelado e de carros de crianças ou de portadores
de deficiência;
ARTIGO 104 d) O trânsito de pessoas utilizando patins ou outros meios
Atravessamento da faixa de rodagem de circulação análogos;
1. Os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem e) O trânsito de cadeiras de rodas equipadas com ou sem
previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância motor.
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9 A contravenção do dbposto nos n.'" 6 e 7 é punida com a 7. [: proibido o trún~ltu de veículo~ que não dl~ponham d(l~
multa de 10 OOO.OOMT. sístemas. componentes ou accs~{)rim com que foram aprovado~
ou que utIlizem ~i~temas. componentes ou ace~~{)r.lo~ nãu
ARTIGO 114 aprovados nos lermo~ do n." 3 de~tl: preceito.
Veículos únicos e conjuntos de veículos S. A contravençüo Jo dl~rosto no n." 7 é punida com a multa
1. Consideram-se l"eíclIlos únicos: de 500.00MT.
a) O automóvel pesado compo~to por dOl~ segmento~ ARrlCó() 118
rígido~ permanentemente ligados por uma secção Transformação de veículos
articulada que permite a comunicação entre ambos:
b) O comboio turÍ!>tico con~tltuído por um tractor e um
1. Considera-se tran~formaçã(J de veículo qualquer altera<,;ão
ou mais reboque~ destinados ao transporte de das suas oaracterísticas c()n~trutlvas ou funcionais.
passageiros em pequeno~ percursos e com fIns 2. A transformação de veículos a motor e seus reboques é
turístico~ ou de diver~ã(h autorizada nos termos fixados em regulamento.
2. COlljllllto de I'delllos é o grupo constituído por um veículo 3. A contravenção do di~posto neste artigo é punida com a
tractor e seus reboques ou ~emi-reboques. multa de 1000.OOMT.
3. Para efeitos de circulação. o conjunto de veículos é
equipürado a veículo único. CAPÍTCLO II
Inspecções e matrículas
ARTIGO 1/5
V.!locípedes ARTIGO 1/9
1. Velocípede é o veículo com duas ou mais rodas. accionado Inspecções
pelo esforç~) do próprio condutor por meio de pedais ou 1. Os veículos a motor e os seus reboque~ devem ~er ~ujeltos.
dispOSllivos análogos. nos termos fixados em regulamento. à inspecção para:
2. Velocípede e01/1 /IIotor é () velocípede equipado com motor a) Aprovação do respectivo modelo ou marca:
auxiliar eléctrico com potência máxima contínua de 0.25 kW. b) Atribuição de matrícula:
cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento c) Aprovação de alteração de características construtivas
da velocidade e interrompida sç atingir a velocidade ou funcionais:
de 25 km/h. ou antes. se o cicli~ta deixar de pedalar. d) Verificação periódica das suas característica~ e
3. Para efeitos do presente Código. os velocípedes com motor condições de ~egurariça.
são equiparados a velocípedes. 2. Pode. ainda. determinar-se a sujeição dos veículos refendos
no número anterior a inspecção. quando. em con~equência de
ARTIGO 116 alteração das características construti vas ou funci()mm do
Reboque de veículos de duas rodas e carro lateral veículo. de acidente ou de outrás causas. haja fundada~ suspelta~
sobre as suus condições de segurança ou dúvidas sobre a sua
1. Os motociclos. ciclomotores e velocípedes podem atrelar. identificação.
á retaguarda, um reboque de um eixo destinado ao transporte de 3. A contravenção do dispo:-,to neste artigo é punida com a
carga. multa de 2000.00MT.
2. Os motociclos de cilindrada superior a 125cm~ podem 4. Ressalvadas as situações de utilização abusiva. a realização
acoplar carro lateral destinado ao transporte de um passageiro. das inspecções depende do prévio cumprimento das sanções
pecuniárias aplicadas por contravenções praticadas com
ARTIGO 117
utilização desse veículo.
Características dos veículos
ARTIGO 120
1. As características do:; veículos e dos respectivos sistemas.
componentes e acessórios são fixadas em regulamento. Obrigatoriedade de matrícula
2. Todos os sistemas. componentes e acessórios de um veículo 1. Os veículos a motor e os sell~ reboques slÍ são admitidos
são considerado~ suas partes integrantes e. salvo avarias em circulação desde que SUjeitos a matrícula de onde constem
oca~iLlnais e imprevisívei~ devidamente justificadas. o seu nãq as características C:Jue permitam identlfid-Ios.
funcionamento é equiparado ~I sua falta. 2. Exceptuam-se do di~posto no número anterior os veículos
3. O~ modelos de automóveis. motociclos, ciclomotores. que se desloquem sobre carris e os rebqques cujo peso bruto não
tractores agrícolas. tractocarros. reboques e semi-r'eboques. bem exceda 300 kg.
como os respectivos sistemas. componentes e aces~(írios. estão 3. Os ca~os em que a~ máquinas agrícolas e indllstriais. os
~ujeito~ ,I aprovação de acordo com as regra~ fixadas em motocultivadores e os tractocarros e:-.tão sujeitos a matrícula
regulamento. são fixados em regulamento.
-lo O fabricante ou vendedor que coloque no mercado veículos. 4. A matrícula do ve-ículo deve ser tequerida à autoridade
si~temas. componentes ou acessórios ~cm a aprovação. do competente pela pessoa. singular o,u colectiva. que proceder à
referido no número anterior ou infringindo as normas que sua admiss~o. importação ou Introdu~'ão no território nacional.
cllscipllllam o seu fabrico e comercialização. é punido com multa 5. Os veículos a motor c 0'\ reboques que devam ser
de 5000.00MT se for pessoa singular ou de 10 OOO.OO\1T se for apresentados a de~pach() nas alfündegas. pelas entidades que ~e
PC~~\HI colectiva e com perda do~. objectos. o~ quais devem ~er dediquem à ~ua admls~ão. importação. montagem ou fabrico
apreendldo~ no momento da verificação da contravenção. podem delas sair com ciI~pen~a de matrícula. nas condiçC)e~
5. A contravenção do Cii~po~to no n." 3 é pUnIda com a multa fixadas em regulamento prl1prio.
de 500.00Wr. 6. O proc~sso de atflbUlção c a composição do número de
Ô. (: prOibida ,i importa\;ão de veículo~ com vo!.inte à e~qllerda matrícula. bem como a~ caractcrbti.:as da re~pectiva chapa. ~ã()
para flll~ comerclal~. fixados em regulamento.
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192 - ( 28)
7. Quem pu~er em' circulação veír.:ulo não matr culad(\ AWrJ(;() 123
nos tcrm()~ d()~ números antcriores é punIdo com lY ulta de Cancelamento da matrícula
5DDO.OOMT. ~alv(J quando se tratar de ciclomotor. tractocarru. 1. O proprietário deve requerer o cancelamento da matrÍCula.
tractor ou reboque agrícola ou tlore~tal. em que li multa é dc no prazo de 30 dia~. quando o veÍCulo fIque inutIlIzado ou hap
2500.00:vrr. de~,\p'lI"ecldo. ~em prejuízo de cancelamento oficio~o nos
me~mos ca~o,s.
ART1(;() 121
2. Con~ldera·~e lIlutilizado O veículo que tenha sofridu dan()~
Matrícula temporária que impos~ibJlltem deflllitívamente a sua circulação ou afectem
l. O~ veículo~ que forem objecto de importação tcmporária
gravemen.te as suas condiç0e!> de segurança.
bem como o~ con~truídos em :v1oçambique e desti lados à 3. ConSIdera-se de~aparecido o veículo cuja localtzação é
de~cllnhecidahá mais de 3 anos.
exportação deflmtiva devem !:->er ,.Itribuídas matrícula terr porária.
.+. O proprietário que pretender deixar de utIlizar o veículo
2. O~ Mini:.tros que ~uperintendem as árp\~ dos Tran!,porte~ e
na via pública pode requerer o cancelamento da matrícula dc~de
das Finanças f'txarão os procedimcntos e caracterbtlcas das
que sobre o mesmo não recaiam quaisquer ónus llU encargo~
matrículas releridas neste artigo.
não cancelados ou caducados. a verificar ofiCIosamente.
ARTIGO 122 5. Se o proprIetárIO não for titular do documento de
IdentificaçãCl do veículel identificação do veículo. o cancelamento deve ~er requend'l.
conjuntamente. pelo proprietüflo e pelo titular daqucle
I. Por cada veÍl.:ulo matl'lculado deve ~er emi ido um
documento.
documento de~tinado a certificar a re~pectiva m"llrícu a.
6. Sempre que tenham qualquer Intervenção em acto
2. O modelo e a~ caracterbticas do documento a que sc referc decorrente da Irtutlltzação ou dc~aparecimento de um veículo.
o n.o 1. bem como a entidadc responsável pela SU~I emi ;~ão. são as companhias de seguros são obngada~ a comunicar tal facto e
dcflnldos em regulamento próprio. a remeter o documento de identifICação do veículo e () título de
3. É tItular do documento dc idcnti ficação do v6culo a pessoa. regIsto de propriedade às autoridades competentes.
singular ou colectiva. que seja proprictária. adqulfí:ntc com 7. Sem prcjuízo do dl~pmto no n." 1, os tribunaIS. a~ entidade~
reserva de propricdade. usufrutuária. locaUna em rf gime de fi~calizadoras do trân~ito ou outra~ entidade~ pública!> devem
locação financçira. locatária p.or prazo ~uperior a um ano ou comunicar às autondades competentes os casos de Irtutiltzação
que. em virtude de facto ~ujeito a regi~lll. tenha a )o~~e do de veÍCulos de que tcnham conheCImento no exercício da!> ~ua~
veículo. sendo responsável pela sua circulação. funç0e~ .
.+. O adquIrente ou a pessoa :.l favor de quem seja ccn~tItuído 8. A entidade competente pode autonzar que ~ejam repo~tas
dIreIto que confIra a titularidade do documento de ider tificação matrículas canceladas ou. em casos eXGepci()nai~ fixado~ em
do veículo deve. no prazo de 30 dias. a contar ela aqUl~ição. ou regulamento. que ~eJilm atri~uídas novas matrÍCula~ a veículo~
constituição do direito. comunicar tal facto à autorIdade já anteriormente matnculados em território nacIOnal.
competente para a matrícula. 9. A contravenção do disposto no n." 1 é punida com multa
5. O vendedor ou a pes~oa que. a qualquer título jurídico. de SOO,OOMT. ~e a \anção mais grave não for aplicüvel por força
tran~fira para outrem a titularidade de direito ~'.lbre (, vefculo. de outra disposição legal.
deve comunicar tal facto à autoridade competenle para a
matrícula. nos termos e no prazo referido;. no númerc anterior. Awl'l(;() 12.+
IdentifIcando o adqll1rente ou a pessoa a favo:' de (uem ~eJa Regime especial
192-(30) I SÉRIE-NÚMERO 12
que o seu titular está autorizado a conduzir. A condução por c) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras e tractocarros
estes indivíduos de qualquer outro veículo automóvel é Junida de peso bruto superior a 2.500 kg;
com a multa de 150Q,00M'I. III: Tractores agrícolas ou florestais, com ou sem reboque,
11. Não podem ser condutores profissionais, salvo tendo , e máquinas agrícolas pesadas.
havido reabilitação, os indivíduos condenados por ql alquer Jl.. Quem, sendo titular de licença válida apenas para a
dos crimes seguintes: ~ondução de ciclomotores, conduzir motociclo ou, sendo titular
de licença de condução de veículos agrícolas, conduzir veículo
a) Furto doméstico, abuso de confiança e burla;
da categoria B, Cl e C é punido com a multa de 750,00MT.
b), Associações de malfeitores;
c) Estupro, violação e corrupção. ARTIGO 129
12. A carta de condutor de se.rviço público de passageiro é Outros títulos
passada ao condutor profissional com mais de 21 e menc,s de 65 1. Além dos títulos referidos nos artigos 127 e 128, habilitam
anos de idade, aprovados em exame específico e que tenham, também à condução de veículos a motor:
pelo menos, um ano de prática intensiva na conduç1io de \ eículos
a) Licenças especiais de condução emitidas para o corpo
automóveis e as necessárias condições psicofísicas, comp 'ovadas
diplomático e cônsules de carreira acreditados no
por atestado médico.
país;
13. A carta de condutor de carga-perigosa é pas:;ada ao b) Cartas de condução emitidas por outros Estados
condutor' profissional com mais de 25 e menos de 65 mos de membros da SADC;
idade. c) Cartas de condução emitidas por Estado estrangeiro,
14. O conleúdo dos c.ursos para a oblenção da c arta de que o Estado Moçambicano se tenha obrigado a
condutor de serviço público e de carga perigosa, bem ("omo os reconhecer, por convenção ou tratado internacional;
respectivos exames, são definidos por diploma do Minisúo que d) Cartas de condução emitidas por Es~ado estrangeiro,
superintende a área dos Transportes. ' desde que este reconheça idêntica validade aos títulos
15. A carta de condução para as categorias AI, A, B, CI e C, nacionais;
com ou sem a subcategoria E tem a validade de cinco anos e e) Licenças internacionais de condução;
dois anos para as subcategorias P, D e G. f) Boletins de condução militares.
2. As licenças especiais de condução previstas na alínea a)
16. Os condutores que, embora titulares de qualc,uer dos
do n.o 1 são emitidas a favor de:
documentos referidos no n.o 1 do presente artige, forem
encontrados a conduzir sem o trazerem consigo são punidos a) Membros do corpo diplomático e cônsules de carreira
com a multa de 200,00MT. acreditados junto do Governo Moçambicano e
membros do pessoal administrativo e técnico de
17. Os indivíduos encontrados a conduzir sem estarem
missão estrangeira que não sejam moçambicanos nem
habilitados sâo punidos com a pena de prisão de três dias a seis
tenham residência permanente em Moçambique;
meses e multa de 5000,OOMT, graduada de acorde com as
b) Membros de missões militares estrangeiras acreditadas
seguintes circunstâncias:
em Moçambique;
a) Não possuir carta de condução; ç) Cônjuges e descendentes em 1.° grau na linha recta dos
b) Possuir título de condução cassada ou com s,lspensão membros a que se referem as alíneas anteriores, desde
do direito de conduzir;. que sejam est~angeiros, com eles residam e tal esteja
c) Possuir título de condução caduc,ada hií mais de trinta previsto nos acordos ou convenções aplicáveis.
dias. 3. As licenças referidas no número anterior são requeridas
18. Nos casos previstos nas alíneas b) e c) a pena dI: prisão é pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
substituída por multa. 4. As licenças especiais de condução apenas são emitidas
ARTIGO 128 para a condução de veículos das categorias AI, A, BeBE, devem
Licença de condução, referir o título de condução estrangeiro que justificou a sua
emissão e ser com ele exibidas sempre que para talo seu titular
1. As licenças de condução a que se refere o n.o 2
seja solicitado pelo Instituto Nacional de Viação e autoridades
do artigo 126 são as seguintes:
de fiscalização do trânsito.
a) De ciclomotores;
5. Os titulares das licenças referidas nas alíneas d) e e) do
b) De veículos agrícola5,. n.o 1 apenas estão autorizados a conduzir veículos a motor se
2. A licença de condução referida na alínea a) dJ número não tiverem residência habitual em M9çambique.
anterior habilita a conduzir uma ou ambas as categorias de
6. Os titulares das licenças referidas no n.o 1 apenas estão·
veículos nela averbadas.
autorizados ao exercício da condução se possuírem a idade
3. A licença de condução de veículos agrícolas habilita a mínima exigida para a respectiva habilitação, nos termos deste
conduzir uma ou mais das seguintes categorias de veículos: Código.
I: Motocultivadores com semi-reboque e tractocarros de 7! A condução de veículos afectos a determinados transportes
peso bruto não superior a 2500 kg; ou serviços pode ainda depender, nos termos fixados em
II: le~islação própria, da tit!llaridade do correspondente documento
a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com de aptidão ou licenciamento profissional.
equipamentos montados, desde que o pe50 máximo 8. A contravenção do disposto nos n.O, 5 e 6 é pumda com
não exceda 3500 kg; multa de 1000,00MT.
b) Tractores agrícolas ou f10resxais com rt.boque ou 9. Os titulares de boletins emitidos pelas Forças Armadas,
máquina agrícola ou florestal rebocada, desde que o válidas para a condução de veículos de categorias idênticas às
peso bruto do conjunto n~oex:ceda 6000 kg; referidas no n.o I do artigo 127 do presenre Código pertencentes
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àquelas forças, podem, desde a sua obtenção e até dois anos ARTIGO 131
depois de licenciados, depois ter baixa de serviço ou de passar Troca de títulos de condução
à reserva ou à reforma, requerer, nas Delegações,Provinciais de 1. Podem ainda obter título de condução com dispensa do
Viação, carta de condução válida para as, correspondentes respectivo exame e mediante entrega de título válido que
categorias, mediante apresentação do boletim, bilhete de possuam e comprovação dos requisitos fixados das alíneas a) a
identidad~ ou documento que o substitua e três fotografias. d) do n.o 1 do artigo 130:
a) Os titulares de licenças de condução referidas nas
ARTIGO 130 alíneas b), c) e d) do n.O 1 do artigo 129;
Requisitos para a obtenção de títulos de condução b) Os titulares de licenças de condução emitidas por
outros Estados com os quais Moçambique possui
1. Pode obter título de condução quem satisfaça acordo de reconhecimento recíproco de títulos de
cumulativamente os seguintes requisitos: condução;
a) Possuir documento que o identifique nos termos da c) Os titulares de licenças de condução emitidas por
outros Estados, desde que comprovem que aquelas
lei;
foram obtidas mediante aprovação em exame com
b) Possuir idade mínima de acordo com a categoria a que
grau de exigência pelo menos idêntico ao previsto
pretenda habilitar ·se; na legislação moçambicana;
c) Ter a necessária aptidão física, mental e psicológica; d) Os titulares dos boletins militares referidos na alínea.!)
d) Ter residência em território nacional, tratando-se de do n.O 1 do artigo 129.
estrangeiro; 2. É trocada por idêntico título nacional a licença de
e) Saber ler e escrever; condução emitida por outro Estado membro da SADC que tenha
j) Ter sido aprovado no respectivo exame de condução. sido apreéndida para cumprimento de proibição ou inibição de
2. Para obtenção de carta de condução são necessárias as conduzir ou em que seja necessário proceder a qualquer
seguintes idades mínimas, de acordo com a habilitação averbamento. .
pretendida: 3. As licenças de condução referidas nas alíneas c) e d) do
n.~ 1 do artigo 129 não são trocadas quando delas constar que
a) Subcategoria AI - 16 anos;
foram já obtidas por troca por idêntico título emitido pelas
b) Categorias A, B, C 1, C, BE, C lE e CE - 18 anos; autoridades de Estado não membro da SADC.
c) Categoria P e G - 21 anos;
4. A fotocópia, certidão e a pública-forma da carta de condução
d) Categoria D - 25 anos. estrangeira, não a substitui, para o efeito de comprovar o direito
3. Para obtenção de licença de condução são necessárias as do seu titular conduzir, assim como para a troca por carta de
seguintes idades mínimas, de acordo com a habilitação condução moçambicana.
pretendida: S. Os titulares de cartas de condução referidas na alínea d) do
a} Ciclomotores - 16 anos; a!tigo 129, que tenham fixado residência no território nacional,
b) Motociclos -: 16 anos;
devem requerer a sua troca por carta de condução moçambicana
para as categorias a que se encontram habilitados no prazo de
c) Tractor agrícola - 18 anos.
180 dias, a contar da data da fixação da residência.
4. Só pode ser habilitado para a condução de veículos da
6. Para efeitos de troca ~ que se refere o número anterior, o
subcategoria BE quem possuir habilitação para conduzir requerente deve apresentar o original do título de condução e
veículos da categoria B. documento legal de identificação pessoal válidos, bem como o
5. Só pode ser habilitado para a condução de veículos das correspondente atestado médico.
categorias C quem possuir habilitação para conduzir veículos 7. O título trocado deve ser remetido à autoridade emissora
da categoria C 1. e
com a indicação do número data de emissão da carta
moçambicana pelo qual foi trocada.
6. Só pode ser habilitado para a condução de veículos das
subcategorias C lE e CE quem possuir habilitação para conduzir
.ARTIGO 132
veículos da categoria C 1 e C, respectivamente.
Novos exames
7. Só pode ser habilitado. para a condução de veículos da
1. Surgindo fundadas dúvidas sobre a aptidão física, mental
subcategoria P quem possuir habilitação para conduzir veículos ou psicológica ou sobre a capacidade de um condutor ou
com a subcategoria G. candidato a condutor, para exercer a condução com segurança,
8. São fixados por regulamento: a autoridade competente determina que aquele seja submetido,
singular ou cumulativamente, a inspecção médica, a exame
a) As provas constilutivas dos exames de condução; psicológico e a novo exame de condução ou a qualquer das
b) Os prazos de validade dos títulos de condução de suas provas.
acordo com a idade dos seus titulares e a forma da sua 2. Constitui, nomeadamente, motivo para dúvidas sobre a
revalidação; aptidão psicológica ou capacidade de um condutor, para exercer
. c) Os programas de cursos de formação de condutores; a condução com segurança a circulação em sentido oposto ao
'Iegalmente estabelecido, bem como a dependência ou a
d) Cursos periódicos de reciclagem de condutores
tendência para abusar de bebidas alcoólicas ou de substâncias
profissionais. psicotrópicas.
9. Para obtenção de tít'Jlo para condutor de serviço público, 3. O estado de dependência de álcool ou de substâncias
os candidatos, para além dos requisitos previstos nas alíneas a) psicotrópicas é determinado por exame médico, que pode ser
a e) do n.o 1 do pres!,!nte artigo, devem também apresentar o ordenado em caso de condução sQb influência de quaisquer
certificado do exame psieológico. daquelas bebidas ou substâncias.
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4. Revela a tendência para abusar de bebidas alcoólicas f)U 6. Salvo o disposto no número seguinte, os titulares de título
de substâncias psicotrópicas a pnítica, num período de tfl~S anos, de condução caducado nos termos da alínea a) do n. ° 2
de duas infracções criminais, de condução sob i.nfluêllcia do consideram-se, para todos os efelltos legais, não habilitados a
álcool ou de substâncias psicotrópicas. conduzir os veículos para que aquele título foi emitido, apenas
5. Quando o tribunal conheça de infracçãó a qU(! corrfsponda no que se refere às categorias ou subcategorias abrangidas pela
proibição ou inibição de conduzir e haja fundadas razêes para necessidade de rev:;tlidação.
presumir que (:Ia tenha resultado de inaptidão ou incap,lcidade 7. Quem conduzir veículo com título caducado é punido com
perigosas para a segurança de pessoas e bem" deve: determinar a a multa de lOOO,OOMT.
submissão do condutor a inspecção médica e a.os I,!xames
ARTIGO 134
referidos no n.o 1.
6. Não sendo p6ssível comprovar o requisito previsto na Exames médicos
alínea c) do n.O 1 do artigo 131, ou quando a aut,)ridade 1. Para o apuramento da acuidade visual, os testes de vista
competente para proceder à troca de título tiver fundadas dúvidas podem ser feitos antes do início de exame, nas Delegações
sobre a sua autenticidade, pode aquela troca ser condicionada à Provinciais de Viação através do equipamento óptico aprovado
aprovação em novo exame de condução, ou a qualquer Jlma das pelos Ministros que superintendem as áreas da Saúde e dos
suas provas. Transportes.
2. O candidato que discordar do resultado do exame de vista,
ARTIGO 133
pode solicitar um exame na especialidade, junto do Ministério
Caducidade do título de condução
da Saúde, devendo, anexar-se ao pedido o laudo efectuado na
1. O título de condução caduca quando: Delegação Provincial de Viação.
a) Sendo provis'ório, nos termos dos n.o, 4 t! 5, do 3. Sempre que em inspecção se verifique outros tipos de
artigo 126, o seu titular tenha sido condenado a uma deficiência, a Delegação Provincial de Viação deve remeter o
pena de prisão por violação das disposiçõ,.!s deste candidato ao Centro de Profilaxia e Exames Médicos, para
Código ou praticado uma contraven\;ão média ou exames especiais.
grave, previsto neste Código; 4. Quando, na inspecção referida no número anterior, se
b) For cassado, nos termos do artigo 149. verifique deficiência que não implique reprovação, mas
2. O título de condução éaduca .ainda quando: imponha observância de determinadas condições, a fixar para
a) Não for revalidado nos termos fixados em regulamento; cada caso pela entidade que procedeu a inspecção, essas
b) O seu titular reprovar na inspecção médica exig ida para condições são expressamente registadas no atestado e averbadas
a fI~validação do título ou em exame psicológico na própria carta de éondução.
determinado por autoridade de saúde; 5. Compete aos Ministros qU1e superintendem as áreas da
c) O seu titular não se submeter ou reprovar em qualquer Saúde e dos Transportes regulamentarem as inspecções médiéo-
dos exames a que se referem os n.o, 1 e 3 cio artigo sanitárias.
anteri0r. ARTIGO 135
3. A revalidação do título de condução ou a obtenção de
Restrições ao exercício da condução
novo título depende da frequência de um curso sobre se'gurança
rodoviária, cujo conteúdo e característic:as são fixtldos em 1. Podem ser impostas aos cond utores, em resultado de exame
regulamento quando: médico ou psicológico, restriçõ(!s ao exercício da condução,
a) Nos termos do n.o 1; prazos especiais para revalidaçiío dos títulos ou adaptações
b) Nos termos da alínea a) do.n.o 2, quando a caducidade específicas ao veículo que conduzam, as quais devem ser sempre
se tiver verificado há" pelo menos, dois anos, salvo se mencionadas no respectivo título, bem como adequada
os respectivos titulares demonstrarem Wr sido titulares simbologia no veículo, a definir em regulamento.
de documento idêntico e válido durantl~ esse período; 2. Quem conduzir veículo sem observar o disposto no n°. 1 é
c) Nos termos da alínea b) do n.O 2; punido com a muIta de 2000,OOMT, se a sanção mais grave não
d) Nos termos da alínea c) do n.O 2, por m01ivo de falta ou for aplicável.
reprovação a exame médico ou psicológicü quando
ARTIGO 136
tenham decorrido mais de dois anos sobre a
de1erminação de submissão àqueles exame~,. Examinadores .~ instrutores
4. Ao novo título emitido nos termos da alínea a) de, número 1. Poderão ser designados como examinadores de condução
anterior é aplicável o regime previsto nos n." 4 e 5 automóvel, os condutores que tenham frequentado e aprovado
do artigo 126. em curso de examinadores.
5. Os titulares de título de condução caducado, nes termos 2. A licença de instrutor só poderá ser concedida, depois de
do n.o 1 e das alíneas b) e c) do n.o 2 consideram-se, par" todos os aprovação em exame específico, a condutores que tenham, pelo
efeitos legais, não habilitados a conduzir os veículos para que menos, três anos de prática na condução de veículos automóveis
aquele título foi emitido. da categoria ou ~ubcategoria em que pretendam ministrar o
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enSino. demonstrem pela apresentação de certificado de regi~to h) TItular do documento de IdentifIcação do veículo
crimlllal e de atestado médlco. que não Ndecem de qualquer relativamente Ú~ contravençõe~ que re,"peitem Ú~
dllença contagiosa. condições de admi~são do veículo ao trfln~lto na~
3. :\ão podem ser examinadores e in~trutores, salvo tendo vias públicas. bem corno pela~ contravençõe,
havIdo reabilitação. os condutore~ condenado? por qualquer referidas na alínea anterior. quando não for po~sívc!
do~ crime~ seguinte~: Identificar o condutor; , .
c) Peão. relatIvamente às contra vellçüe~ que re~peitem
(/) Furto doméstiCO, abuso de confIança e burla;
ao trânSIto de peõe~;
b) As~ociações de m.dfeitores;
d) Ao passageiro no que lhe for aplicável.
c) E,tupro, violação e corrupção.
4. Se o titular do documento de identificação do veículo
4. O, lll,trutores podem obter, mediante ,imples requerimento. provar que o condutor o utilizou abu~ivamente ou mfnngIu a'\
a carta de condutor profl~,ional da categoria ou subcategoria de ordens. as· instruções ou os termos da autonzação concedida
veículo~ em que ministrem p ensino. cessa a sua responsabilIdade. ~endo re~ponsável. ne!>te caso. ()
5. Os programas de cur~.os de formação de examinadores e condutor.
demais requisltm. sãl) aprovados pelo Ministro que superintende 5. Os Instrutore!> silo responsáveis pelas contravençiles
a área dos Transportes. cometidas pelos instruendos. desde que não resultem de
6. Os programas de cursos de formação de instrutores e demais desobediência às indicaçile'\ da instrução ..
requisito~são aprovados pelo Ministro que superintende a área 6. Os examinando!> re!>pondem pelas contravençües cometIdas
dos Tran'portes. durante o exame.
7. São também re!>ponsáveis pelas contravenções prevI~ta~
TÍTlJLO VI
no Código da Estrada e legIslaçãll complementar:
Responsabilidade
(I) Os comi tentes que exijam dos condutores um e~forço
CAPÍTCLO I inadequado à prática segura da condução ou os
sujeitem a horáno incompatível com a neceSSidade
Disposições gerais de repouso, quando as infracções sejam consequência
do est'ldo de fadiga do condutor;
ARTIGO 137
b) Os pais ou tutores que conheçam a inabilidade ou a
Contravenç;ão rodoviária imprudência elos ~eus fIlhos menor:es ou dos seus
Comtitui cllntravençãt) rodoviária todo o facto ilícito e tutelados e não obstem, podendo, a que eles
censurável. para o qual se çomine uma multa, que preencha um pratiquem a conduçãll;
tipo legal corre,pondente à VIOlação de norma do CÓdIgO da c) Os condutores de veículo!> que transportem pas~ageiros
E,trada ou de legislação complementar, bem corno de legislação menores ou immputáveis e permitam que estes não
especzal cUJa aplicação esteja cometida ao INA V. façam uso elllS acessónos de segurança obngatórios;
d) Os que facultem a utIlização de veículos a pessoas que
ARTIGO 138 não estejam devidamente habIlitadas para conduzir.
Regime que estejam sob influência de álcool ou de
substflncias pSicotrópicas', ou que se encontrem
As contravenções rodoviárias são reguladas pelo disposto
sujeitos a Çjualquer outra forma de redução das
no presente diploma. pela legislação rodoviária complementar
faculdades físicas ou psíquicas necessária:" ao
ou especial que as preveja e, subsldiariamente, pelo regime geral
exercício ela condução.
das infracções.
8. O titular do documento de identificação do veículo
ARTIGO 139 responde subsidtariamente pelo pagamento das multas e das
custas que forem deVIda!> pelo autor da contravenção. ~em
Concurso de infracções
prejuízo do direito de regresso contra este, salvo quando haJa
1. Se o me~mo facto constituir simultaneamente crime e utilização abusiva do veículo.
contravenção, o agente é punido sempre a título de crime, sem
ARTll;O 141
prejuÍzo da aplicação da ,anção prevista para a contravenção.
Classificação das contravenções
1. A apllcação da sanç ão péla contravenção, nos termos do
número anterior. cabe ao tribunal competente para o julgamen,to 1. As contravenções previstas neste Código e legi~laçã()
do crime. complementar c\as~ifIcam-~e em leves, médias e graves.
3. As sançõe~ aplicad,ls às contravenções em concurso são 2. São contravenções leves as que não forem classlficael,ls
sempre cumuladas materialmente. como médzas ou graves e sancíomíveis apenas com multa.
3. Sãó contravenções médias ou graves a!> que forem
ARTIGO 140 sancionáveis com multa e com sanção acessôna.
Responsabilidade pelas contravenções
ARTIGO 141
I. São rcspl)flsávei~ pelas contravenções rodoviárias os
Multa
agentes que pratiquem (JS factos constltutivos das mesmas,
designados em cada diploma legal. sem prejuÍzo das excepções 1. As contravenções ao di!>po!>to no presente. Código a que
c presunçôe~ expressamente previstas naqueles diplomas. não corre!>ponder pena especial !>ão punidas com a multa de
2. A~ pe~soas cole\.,tivas ou equiparadas são responsáveis 500.00MT.
no~termo, da lei geral. 1. O destino do produto das multa!> aplicadns nos tcrmm
deste Código e legislação complementar é defInIdo cm
3. A Ie~ponsabtlidade pelas contravenções previstas no
regulamento específiCO.
Código da Estrada e leglslação complementar recai no:
3. Compete aI) MinIstro que superintende a área d(l~
ii) Condutor do veículo. relativamente à~ contravenções Transporte, actualilélr o!> val(lre~ das multas preVIstas nc~tc
que respeitem ao ext:;rcíclo da condução; Código.
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192-(34) ISÉRIE-NÚMERO 12
c) P()~ição em quê foram encontrados o~ veículo, e as 6. Se da omissão resultar cl morte. a pena "erü de prt~ã() e
vítima~. com exacta medida em relação a qu,dquer multa até um anl).
ponto malterüvel;
7. As me"mas penas "ão aplicada~ aos peões que não pre~tem
.I) Sentido de marcha dos veículos. localwlção e descrição o 1 não colaborem na prestaçüo do" necessünos socorro~. na
do;, "mal;' de pneum<Íttcos ou outro;, que devam
rr.edida em que lhes ;,eja pos"ível.
indicar o trajecto "eguido. o ponto onde lenha
co~eçadll a trava.gem ou mudança de direcção o e AR I I(;() 155
loc'.!l do acidente: Arbitragem, mediação, conciliação e processo de acidente
g) ["tado de funcionamento dos órgüo;, de trav.lgem. de viação
direcção e ~inalização acústica de cada veículo:
1. Os aCidentes de ),fiação de que resultem apenas em danos
fi) Referência ao facto de o autuante ter ou não pre;,enciado
materiaIS e/ou ofensa;, corporai" lnvoluntürias de que não resulte
o acidente e. em caso negativo, indicação e
nais de .dez diaS de doença podem ser dirimidos pela via de
identificação das pe"soas que o infurmaram sobre os
nrbitragem, medJação ou con'cíhaçào, se as"im o manifestarem,
pormenores con;,tantes do auto.
~{)f escri to as partes.
ARTIGO 153 2. Independentemente do referido no n.o·l deve ser levantado
Acidente de viação de que resulte morte IIauto de notícia e remetido ao INA V no prazo referido no n.o 4
I. Í: punida com pena de pri"ão ele um a três anos e multa do presente artIgo. para registo no cadastro do condutor.O
corre;,pondente () condutor que. com culpa grave. cau:-,e a morte pros~egUlmento dos auto~ depende de queixa do ofendIdo ou
de alguém. da companhia de seguros. conforme o caso.
2. A culpa grave. para efeItos do disposto ne"te artigo. supõe
3. A opção por um dos mecani"mos extrajudlciais de-resoluç,10
sempre a vIOlação das regras estabeleCidas nos artigos -~9. 30.
de conlll\os não anula a punição que é deVida por qualquer
38. 39.41.43.44.45.47.48 e 8 L deste Cócllgo.
contravenção que tenha sido cometida.
3. Quando não se trate de condutor habitualmente
Imprudente. a pena serü a de pri~ão de seis meses a dois anos e 4. Tratando- se de aCidente de vlação q'ue resulte na morte de
multa correspondente. llguém. o auto de acidente levantado é remetido à entIdade
4. Sempre que o condutor. no acto do aCIdente, apr0sentar :ompetente para instrução ou tnbunal, conforme o caso. no prazo
documentos do "eguro. fica Isento de qualquer detenção. salvo :le vinte quatro horas.
no ca~o de aCIdente de viação de que resulte morte, com culpa 5. Sempre que o condutor, no acto do acidente, apresentar
grave. documentos nm termos do artigo 157 do pre~ente Códlgll. e;,tá
ARW;O 154 isento de qualquer detenção, salvo no caw de aCidente de viação
Abandono de sinistrados de que resulte morte, com culpa grave. nos termos do n.o :2 do
1. O~ condutores que abandonem voluntariamente as pessoas artigo 153, circunstância em que o transgres~or dev~ ~er
vítImas dos acidentes que tenham causado. total ou parcialmente, submetido ao juiz de in~trução cnmmal imediatamentc ou no
~erão punidos· prazo máximo de vmte e quatro horas.
a) Com pri~ão e multa até dois anos, graduada em função 6. Se"mpre que seja possível e a graVIdade do acidente o
do perigo sofrido pela vítima, perante a gr"lvidade Justifique, o autuante deve elahorar um esquema, donde comtem
das Iesiles e ii dificuldade de obter socorros. quando as particularidades ob;,ervada;, ou fotografar os objectos ou sm,ll;,
da omissão não re~lIltar agravamento do mal ou reveladores dessa~ parl1culílrlclades. Os elemento~ aS;,lm
re~ultar agravamento que não tenha como efeito a elaborados "ão Juntos ao~ autos oportunamente.
morte do sil1lstrado. Havendo agravamento, é este
7. l\"enhuma autondade. agente da autOrIdade ou funclOnül'lo
tomado em conta na graduação da pena;
público pode anular ou declarar ~em efeito qualquer auto de
b) Com pri;,ão maior de dois ano~ a oito anos quando da
notícia. levantado no~ termos do artigo 166.° do Código de
omissão resultar a morte do sinistrado:
Processo, Penal. deixar de fazer ou obstar a que se faça a ;,ua
c) Com a pena do correspondente crime dolo~o de
comis~ão por omi"süo quando o abandono ocorrer já
remessa para juizo nos prazo" legais.
depois de o condutor se haver certifIcado dos ~eu~ CAPÍTULO IV
provüveb re"ultados, aceitando-os ou considerando-
os indiferente. Garantia da responsabilidade civil
2. Se, da aplicação da alínea c) resultar lima pena inferior ao
AR11(;O 156
da alínea a), devc o tribunal aplicar e~ta última quando o perigo
Acções destinadas à responsabilidade civil
da omi~são seja mais grave que o re~ultad() efectIVO desta.
3; São punidos como encobndores as p'~ssoa~ tran~portadas A:-, acçõe" de~tll1adas a eXigir a responsabilidade civil
no~ veículo;, nu anImais que tenham conhecimento do aCIdente quando não devam ~er exerCidas em processo penaL serão da
e não se oponham ao abandono pelo modo que lhes seja possível. competência do trIbunal Judiciai em que o acidente ocorreu e
4. A falta de pre~tação de socorros, por negligência, é punida seguirão proce~Stl ~umüno.
com prisão até um ano de acordo com o grau de culpa do agente 2. Para efelt(,)~ de determmação da cau~a lI1dicar-,e-,Í, na
e os resultados da omi"são. petição inicial. por exten"o. a quantia certa pedida como
5. Todo~ os condutores dos Veíelll()~ ou anim~l1s que indemOlzação.
encontrem nas vias públicas qll;lI~quer fendo;,. que careçam de
3. l\'ão é adm",dvc/ reconvenção.
"ocorros e não po'ssam obtê-Io~ pelos seus próprios meios. sem
grave perigo. e não prestem ou não colaborem na pre,tação do 4. O julgamento da matéria de facto ~erá da competênCia do
auxílio necess<Írio, são punIdo;, com prIsão e multa até seI;, mese". tnbunal da provínCia. quando o valor da acção exceda a alçada
conforme a graVIdade do perigo em que fique (} sini"trado. do Inhunal judiCial do dl;,tnto.
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j) Em local em que impeça o acesso a outros veículos 3. Não sendo possível proceder à notificação pessoal por se
devidamente estacionados ou a saída destes; ignorar a identidade ou a residência do proprietário do veículo,
k) De noite, na faixa de rodagem, fora das localidades, a notificação deve ser afixada no conselho municipal da área
salvo em caso de imobilização por avaria onde o veículo tiver sido encontrado ou junto da última
devidamente sinalizada; residência conhecida do proprietário, respectivamente.
I) Na faixa de rodagem de auto-estrada ou via equiparada.
4. A entrega do veículo ao reclamante depende da prestação
3. Verificada qualquer das situações previstas nas alíneas a),
de caução de valor equivalente às despesas de remoção e
b) e c) do n.o 1, as autoridades competentes para a fiscalização
depósito.
podem bloquear o veículo através de dispositivo adequado,
impedindo a sua deslocação até que se possa proceder à remoção. ARTIGO 167
4. Na situação prevista na alínea c) do n.o 1, no caso de não Hipoteca
ser possível a remoção imediata, as autoridades competentes
para a fiscalização devem, também, proceder à deslocação 1. Quando o veículo seja objecto de hipoteca, a remoção
provisória do veículo para outro local, a fim de aí ser bloqueado deve também ser notificada ao credor, para a residência constante
até à remoção. do respectivo registo ou nos termos do n.O 3 do artigo anterior.
5. O desbloqueamento do veículo só pode ser feito pelas 2. Da notificação ao credor deve constar a indicação dos
autoridades competentes, sl~ndo qualquer outra. pessoa que o termos em que a notificação foi feita ao proprietário e a data em
fizer sancionada com multa de 2000,OOMT. que termina o prazo a que o ~rtigo anterior se refere.
6. Quem for proprietário, adquirente com reserva de 3. O credor ~ipotecário pode requerer a entrega do veículo
propriedade, usufrutuárío, locatário em regime de locação como fiel depositário, para o caso de, findo o prazo, o proprietário
financeira, locatário por prazo superior a um ano ou quem, em o não levantar.
virtude de facto sujeito a registo, tiver a posse do veículo, é 4. O requerimento pode ser apresentado no prazo de 20 dias
responsável por todas as despesas ocasionadas pela remoção, após a notificação ou até ao termo do prazo para levantamento
sem prejuízo das sanções legais aplicáveis, ressalvando-se o do veículo pelo proprietário, se terminar depois daquele.
direito de regresso contra o condutor.
5. O veículo deve ser entregue ao credor hipotecário logo
7. As condições e as taxas devidas pelo bloqueamento, que se mostrem pagas todas as despesas ocasionadas pela
remoção e depósito de veículos, são fixadas em regulamento. remoção e depósito, devendo o pagamento ser feito dentro dos
8. As taxas não são devidas quando se verificar que houve 8 dias seguintes ao termo do último dos prazos a que se refere o
errada aplicação das disposições legais. . artigo anterior.
6. O credor hipotecário tem direito de exigir do proprietário
ARTIGO 165
as despesas referidas no número anterior e as que efectuar na
Presunção de abandono
qualidade de fiel depositário.
1. Removido o veículo, nos termos do artigo anterior, deve
ser notificado o proprietário, par-a a résidência constante do ARTIGO 168
respectivo registo, para o levantar no prazo de 30 dias. Penhora
2. Tendo em vista o estado geral do veículo, se for previsível 1. Quando o veículo tenha sido objecto de penhora ou acto
um risco de deterioração que possa fazer recear que o preço equivalente, a autoridade que procedeu à remoção deve informar
obtido. em venda em hasta pública não cubra as despesas o tribunal das circunstâncias que a justificaram.
decorrentes da remoção e depósito, o prazo previsto no número 2. No caso previsto no número anterior, o veículo deve ser
anterior é reduzido a 15 dias. entregue à pessoa que para o efeito o tribunal designar como
3. Os prazos referidos 1I0S números anteriores contam-se a fiel depositário, sendo dispensado o pagamento prévio das
partir da recepção da notificação ou da sua afixação nos termos despesas ,de remoção e depósito.
do artigo seguinte. 3. Na execução, os créditos pelas despesas de remoção e
4. Se o veículo não for reclamado dentro do prazo previsto depósito gozam de privilégio mobiliário especial.
nos números anteriores é c onsiderado abandonado e adquirido
por ocupaçãó pelo Estado ou das autarquias locais. TÍTULO VIII
5. O veículo é considerado imediatamente abandonado Processo
quando essa for a vontade mamfestada expressamente pelo seu CAPÍTULO I
proprietário. Competência
ARTIGO 166
ARTIGO 169
Notificação do proprietário
Instrução do processo
1. Da notificação deve constar a indicação do local para onde
1. Compete às Delegações Provinciais de Viação, a instrução
o veículo foi removido e, bem assim, que o proprietário o deve
dos processos de contravenções, devendo solicitar, quando
retirar dentro dos prazos referidos no artigo anterior e após .0
necessário, a colaboração das autoridades policiais, bem como
pagamento das despesas de remoção e depósito, sob pena de o
veículo se considerar abandonado. de outras autoridades ou serviços públicos.
·2. No caso previsto na alínea.!) do n.o 1 do artigo 162, se o 2. Têm competência para decidir sobre as reclamações de
veículo apresentar sinais evidentes de acidente, a notificação multas corresp.ondentes às contravenções, os Delegados
deve fazer-se pessoalmente, salvo se o proprietárÍo não estiver Provinciais de Viação.
em condições de a receber, sendo então feita em qualquer pessoa 3. Das decisões do Delegado Provincial de Viação cabem
da sua residência, preferindo os parentes. recurso ao tribunal competente.
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I. Qu,mdo qualquer autondade ou agente de autoridade. no 6. O titular do documento de identificação do veículo. ~empre
l:xercício da~ ~uas funçõe~ de fi~calizaçã(). pl'e~enciar qlIe tal lhe seja ~olicitado. deve. no prazo de 15 dias úteI~.
contravençõe~ rodoVlána~. levanta ou manda levantar auto de proceder à Identificação do condutor. no momento da prática
notícia. que deve mencionar os factos q~e constituem a d,1 infracção.
contravenção. o dia. a hora. () local e as cirqlll~tância~ em que 7 A contravençüo do disposto no número anterior é punida
fOi cometida, \) nome e a qualidade da autoridade ou agente de com a multa de lOOO.OOMT.
autoridade que a presenciou. a identificação dos agentes da
cOlltravençãll t:. quando pO~~Ível. de. pelo meno~. uma AR-I!(;() 172
testemunha que po~\a depor ~obre os factos. Cumprimento voluntário
2. O auto de notícia é aS~lIlado pela autoridade ou agente de 1. É admitido o pagamento voluntário da multa. ou
autondade que () levantou ou mandou levantar e, quando for reclamação, nos termos e com os efeitos e~tabeleCldos nos
possível. pelas testemunhas. n jmerns seguintes.
3. O auto de notícia levantado e assinado nos termo~ do;. 2. A opção de pagamento voluntiÍno e ~em acré~cimo de cu~tas
d,~ve verificar-se no prazo de 15 dias útei;. a contar da notificação
números anteriures faz fé ;,obre os factos pre~enciado;. pelo
p .Ira o ,;!feito, podendo. II infractor pagar a multa em qualquer
autuante. até prova em contráno. ['epartamento Provincial de Trânsito da Polícia da República
4. O disposto no número anterior aplica-se aos elemento;. de d~ Moç'atnbique ou Delegaçüo Provincial de Viação.
prova obtidos através de aparelho;. ou lIl~trumento~ aprovado;, 3. l\ü prazo de 7 dias a contar da d,lta de emIssão do aVIso de
nos termo;. legai;. e regulamentares. multa. a entidade que lavrou o auto de contravenção deve enviá-
5. A aut\mdade ou agente de autoridade que tiver notícia. lo à Delegação de Viação da rc~pectlva área. com a informaçüo
por denúncia ou conhecimento próprio. de contravenção que ~()bre a situação de pagamento da multa aplicada.
deva conhecer levanta auto, a que é correspondentemente 4. A dispem,a de custas prevista no número anterior não
aplicável o dl;.po;.to nos n.o> 1 e 2. com as necessárias adaptações. aJrange as despe~as decorrentes dos exames médicos e anúli~es
6. Os modelos de auto de notícia e de recolha de dados sobre toxicológicas legalmente previ~to~ para a determinação dos
os acidentes de viação, bem como outro~ a;.pectos inerentes e,tados de influenciado pelo álcool ou por substância;.
serão aprovados por Diploma conjunto do;. Ministros que pSicotrópicas, as decorrentes das Inspecções impo:'.tas aos
supenntendem as áIeas dos Transportes. do Interior e da Saúde. veículos, bem como as re:'.ultantes de qualquer diligência de
prova solicitada pelo arguido.
ARTIGO 171 5. Em qualquer altura do processo. mas sempre antes da
Identificação do arguido deci&ão, pode ainda o transgres~or optar pelo pagamento
1. A identifIcação do arguIdo deve ser efectuada através da voluntürio da multa. a qual. ne~te caso. é !Jquidada. sem preJuízo
indicação de: das custas que forem devidas.
a) Nome completo ou. quando se trate de pe;.soa colectiva, 6. O pagamento voluntário da multa nos termos dos números'
denominação social; anteriores determina' () arquivamento do processo. salvo se à
b) Residência ou, quando se trate de pessoa colectiva, contravenção ror aplIcável sanção acessória, caso 'em que
sede; prossegue restrito à aplicação da mesma.
c) Número do documento legal de identifIcação pessoal, 7. Decorrido o prazo refendo no n.o 2. a multa pode ser amda
data e re~pectIvo serv·iço emi5.sQr ou. quando se trate voluntariamente paga com o agravamento de vinte por cento.
de pessoa colectiva, do número de pessoa colectiva; 8. Se no prazo de IS dia~ o contraventor não pagar a multa.
ti) Número do título de condução e respectIvo serVIço não deduzir reclamação ou se e~ta for considerad,l improcedente,
emIssor; s~ní o auto remetido pela Delegaçüo Provincial de Viação ao
e) Identiflca~'ão do representante legal, quando se trate' Tnbunal competente para julgall)ento.
de pessoa colectiva;
j) Número e identifIca\;'ão do doeumento que titula o ARTIGO 173
exercícIo da actividade, no âmbito da qual a Transgressores com sanções por cumprir
contravenção foi praticada.
2. Quando se trate de contravenção' praticada no exercício da 1. Se em qualquer acto de fiscalização () condutor ou o tItular
condução e o agente de autoridade não puder identificar o autor c o documento de identificação dt' veículo não tiverem cumprido
da contravenção. deve ser levantado o auto de contravenção ao as ~anç'ões pecuniária~ que anteriormente lhes foram aplicada~
titular do documento de identificação do veículo, correnao a título definitivo. o condutor deve proceder, de Imediato. ao
contra ele o eorrespondente processo. seu pagamento.
3. Se, no prazo concedido paI a a defe;.a, o titular do documento 2. Se o pagamento não for efectuado de Imediato, deve
prbceder-se rios seguinte~ termos:
de identificação do veículo IdentifIcar. com todOs os elementos
constantes do n.o 1, pessoa distinta como autora da contravenção, a) Se a sanção respeitar ao condutor. é apreendido o título
o processo é su&penso, ~endo in~taurado novo processo contra a de Cllndução;
pessoa identificada como tran~gressora. b) Se a sanção re;.peltar ao proprietário do veículo, é
apreendido ° documento ele identIfica\;'ão de veículo.
4. O processo referido no n.o 2 é arquivado quando se 3. Nos casm, previstos no número anterIor. a apreen~ã() d()~
comprove que outra pessoa praticou a contravenção ou houve documentos tem carácter provi~lÍrio. sendo emltida~ gllla~ de
utIlIzação abusl va do veículo. .'ubstituição dos mesmos, viÍlidas por 15 dras.·
5. Quando o agente da autondade não puder identificar o 4. Os documento~ apreendidos nos termos dp número antenor
autor da contravenção e verificar que o tItular do documento de ~ão devolVIdos pela entidade autuante se as quantias em díVIda
Identificação é pe~soa colectiva. deve esta ~er notificada para torem pagas naquele prazo.
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5. Se o pagamento não for efectuado no prazo referido 6. Para as restantes infracções e para os mesmos efeitos,
no n.o 3, procede-se à apreensão do veículo, devendo a entidade considera-se domicílio do notificando:
autuante remeter os documentos apreendidos para Delegação
a) O que conste no registo organizado pela entidade
Provincial de Viação da área onde foi realizada a acção de
competente para concessão de autorização, alvará,
fiscalização.
licença de actividade ou credencial; ou,
6. Se não tiverem sido cumpridas fiS sanções acessórias de b) O correspondente ao seu local de trabalho.
inibição de conduzir ou de apreensão do veículo, procede-se à 7. A notificação por carta registada considera-se efectuada
apreensão efectiva do título de condução ou do veículo, na data em que for a~sinado o aviso de recepção ou no terceiro
conforme o caso, para cumprimento d~respectiva sanção. dia útil após essa data, quando o aviso for assinado por pessoa
7. O veículo apreendido responde pelo pagamento diversa do arguido.
das quantias devidas. 8. Na notificação por carta simples, o funcionário da entidade
ARTIGO 174 competente lavra uma cota no processo com a indicação da data
Comunicação da transgressão da expedição da carta e do domicílio para o qual foi enviada,
considerando-se a notificação efectuada no 5.° dia posterior à
1. Após o levantamento do auto, o arguido deve ser data indicada, cominação esta que deve constar do acto de
notificado: notificação. .
a) Dos factos constitutivos d~ contravenção; 9. Quando a contravenção for da responsabilidade do titular
b) Da legislação infringida e da que sanciona os factos; do documento de identificação do veículo, a notificaç,ão, no
c) Das sanções aplíeiíveis; acto de autuação, pode fazer-se na pe5soa do condutor.
d) Do prazo concedido e do local para a apresentação da
defesa; , 10: Sempre que o notificando se recusar a receber,ou a assinar
e) Da possibilidade de pagamento voluntário da coima a notificação, o agente certifica a recusa, considerando-se
pelo mínimo, do prazo e do modo de o efectuar, bem efectuada a notificação.
como das consequências do não pagamento;
j) Do prazo para identificação do autor da contravenção, ARTIGO 176
nos termos e com os efeitos previstos nos n.OS 3 e 5 Testemunhas
do artigo 170. 1. As testemunhas, peritos ou consultores técnicos indicados
2. O arguido pode, no prazo de 15 dias úteis a contar da pelo arguido na defesa devem por ele ser apresentados na data,
notificação, apresentar a sua defesa, pOI escrito, com a indicação hora e local indicados pela entidade instrutora do processo.
de testemunhas, até ao limite de três, e de outros meios de prova,
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os peritos
ou prbceder ao pagamento voluntário, nos termos e com os
dos estabeleçimentos, laboratórios ou serviços oficiais, bem
efeitos éstabelecidos no artigo 171.
como os agentes de autoridade, ainda que arrolados pelo arguido,
3. O pagamento voluntário da milita não impede o arguido que devem ser notificados pela autoridade administrativa.
de apresentar a sua defesa, restrita à gravidade da contravenção
e à sanção acessória aplicável. ARTIGO 177
Adiamento da diligência de inquirição de testemunhas
ÀRTIGo175
Notificações 1. A diligência de inquirição de testemunhas, de peritos ou
de consultores téçnicos apenas pode ser adiada um,a única vez,
1. As notificações efectuam-se: se a falta à primeira marcação tiver sido considerada justifIcada.
a) Por contacto pessoal com o notificando no lugar em 2. Considera-se justificada a falta motivada por facto não
que for encontrado; imputável ao faltoso que o impeça de comparecer no acto
b) Mediante carta registada expedida para o domicílio ou processual.
sede do notificando;
c) Mediante carta simples expedida para o domicílio ou 3. A impossibilidade de comparecimento deve ser
sede do notifiçando. comunicada com 5 dias de antecedência, se for previsível, e até
2. A notificação por contacto péssoal deve ser efectuada, ao 3.° dia posterior ao dia designado para a prática do acto, se
sempre que possível, no acto de autuação, podendo ainda ser for imprevisível, constando da comunicação a indicação do
utilizada quando o notificando for encontrado, pela entidade respectivo motivo e da duração previsível do impedimento, sob
competente: pena de não justificação da falta.
3. Se não for possível, no acto de autuação, proceder nos 4. Os elementos de prova da impossibilidade de
termos do número anterior ou se estiver em causa qualquer outro comparecimento devem ser apresentados com a comunicação
acto a notificação pode ser efectuada através de carta registada referida no número anterior.
expedida para o domicílio ou sede do notificando.
ARTIGO 178
4. Se, por qualquer motivo, a carta prevista no número anterior
for devolvida à entidade remetente, a notificação é reenviada Ausência do arguido
ao notificando, para o S(:u domicílio ou sede, através de carta
A falta de comparência do arguido à diligência de inquirição
simples.
que lhe tenha sido comunicada não obsta ao prosseguimento
5. Nas contravenções relativas ao exercício da condução ou do processo, salvo se a falta tiver sido considerada justificada
às disposições que condicionem a admissão do veículo ao nos termos do artigo anterior, caso em que é aplicável o regime
trânsito nas vias públicas, considera-se domicílio do notificando, nele estabeleçido.
para efeitos do disposto nos n.OS 3 e 4:
a) O que consta do registo dos títulos de condução ARTIGO 179
organizado pelas entidades competentes para a sua Medidas cautelares
emissão, nos termos do presente diploma; Podem ser impostas medidas cautelares, nos termos previstos
b) O do titular do documento de identificação do veículo,
em cada diploma legal, quando se revele necessário para a
nos casos previstos na alínea b) do n.o 3 do artigo 139
instrução do processo, ou para a defesa da segurança rodoviária,
e nos n.OS 2 e 5 do artigo 170.
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23 DE MARÇO DE 20 II 192-(43)
I) Estrada - via de comunicação terrestre especialmente cc) Ruá - via de comunicação terrestre destinada ao
destinada ao trânsito de veículos; trânsito dentro de aglomerado urbano; ,
m) Faixa de rodagem - parte da via pública dd) SADC - Comunidade de Desenvolvimento da Africa
especialmente destinada ao trânsito de veículos; Austral;
n) Inversão do sentido da marcha - manobra através da ee) Sentido de marcha ~ posição de trânsito seguida por
qual o condutor coloca o veículo em sentido oposto um veículo· numa via pública;
da mesma direcção; fi) Serviço público - actividade de transporte prestada a
o) INA V - Instituto Nacional de Viação; terceiros em troca de remuneração;
p) Localidade - zona com edificações cujos limites são gg) Tara - peso do veículo em vazio;
devidamente sinalizados; hh) Tractor - veículo automóvel exclusivamente
p) Lotação - número de passageiros que o veículo pode construído para desenvolver esforço de tracção, sem
transportar, incluindo o condutor; comportar carga útil;
r) Matrícula temporária..,. número de identificação ii) Tractor agrícola - veículo automóvel exclusivamente
atribuído a veículos que forem objecto de importação empregado em serviços agrícolas;
bem como os construídos em Moçambique e jj) Trânsito - movimentação e imobilização de veículos,
destinados a expoltação definitiva; pessoas é animais nas vias de comunicação
s) Multa - sanção pecuniária destinada a punir a prática rodoviária;
de uma contravenção ao Código da Estrada; kk) Veículo articulado - conjunto de um tractor e de um
t) Paragem - imobilização de um veículo pelo tempo semi-reboque;
estritamente necessário para a entrada ou saída de ll) Via pública - via de comunicação terrestre destinada
passageiros ou para breves operações de carga ou ao trânsito público;
descarga. desde que o condutor esteja pronto a retomar mm) Velocidade - espaço percorrido numa unidade de
a marcha e o faça sempre que estiver a impedir a tempo;
passagem de outros veículos; nn) yia equiparada a via ·pública - via de comunicação
u) Parque de estacionamento - local exclusivamente terrestre do domínio privado aberta ao trânsito
destinado ao estaeionamento de veículos; público;
v) Passagem de nível -local de intersecção ao mesmo 00) Via de trânsito - zona longitudinal da faixa de
nível de uma via pública ou equiparada com linhas rodagem, destinada à circulação de uma única fila de
ou ramais ferroviários; veículos;
w) Passeio - parte que ladeia a faixa de rodagem, destinada pp) Via de aceleração - via de trânsito resultante do
exclusivamente ao trânsito de peões; alargamento da faixa de rodagem e destinada a
x) Peso bruto - conjunto da tara e da carga que o veículo permitir que os veículos que entram numa via pública
pode transportar; adquiram a velocidadé conveniente para se
y) Plataforma - parte das arestas internas das valetas incorporarem na corrente de trânsito principal;
laterais da estrada; qq) Via de abrandamento - via de trânsito resultante do
z) Pista especial - via pública especialmente destinada, I alargamento da faixa de rodagem e destinada a
de acordo com sinalização, ao trânsito de peões, de permitir que os veículos que v.ão sair de uma via
animais ou de cérta espécie de veículos; . pública dim)nuam a velocidade já fora da corrente de
aa) PT - polícia de trânsito; trânsito anterior;
bb) Rotunda - praça formada por cruzamento ou rr) Via de trânsito rápido - via equivalente a auto-estrada;
entroncamento, onde o trânsito se processa em sentido ss) Via reservada a automóveis e motociclos - são vias
giratório e sinalizada como tal; equiparadas às auto-estradas.
ANEXOU
Cartão de Identificação de Fiscais de Trânsito, a que se refere o n.o 3 do artigo 10 do Código da Estrada
~
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Fotografia
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
E COMUNICAÇÕES
n.:rsTITUTO NACION.AL DE VIAÇÃO
FISCALIZAÇÃO
Categori a ................:.................................................................................
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Tem direito a uso e porte de arina de defesa e viajar nos transportes colectivos sem qualquer
pagamento quando'em comissão de serviço (n.o, 3 c: 4 do art.lO do C.E).
Preço - 4~,65 MT