Vulnerabilidade e Risco de Movimento de Massa No Município de São Luís - Ma (Brasil)
Vulnerabilidade e Risco de Movimento de Massa No Município de São Luís - Ma (Brasil)
Vulnerabilidade e Risco de Movimento de Massa No Município de São Luís - Ma (Brasil)
Natal - RN
2018
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
Natal - RN
Fevereiro/2018
Natal, _____/______/______.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof. Dr. Lutiane Queiroz de Almeida
Orientador (PPGE/UFRN)
_______________________________________________________
Prof. Dr. Adriano Lima Troleis
Examinador Interno (PPGE/UFRN)
_______________________________________________________
Profa. Dra. Zulimar Márita Ribeiro Rodrigues
Examinadora Externa (PPGSA/UFMA)
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente aos meus pais, seres mais que especiais em minha
vida, seres iluminados. Sem o amor, apoio e a dedicação que eles têm por mim, eu não
teria chegado até aqui. Agradeço pelos conselhos de meu pai, Antonio Louzeiro e pelas
incessantes orações da minha mãe, Rozário. Agradeço também aos meus irmãos, pois
são um pedacinho de mim. Embora haja distância, mas meu amor por vocês é grande.
Agradeço à toda a minha família, pois eu sei que sempre torceram por mim durante todo
esse período. Especialmente às minhas tias Penha e Régia, que acompanharam de perto
esse percurso, agradeço por suas orações, foram muito valiosas.
Agradeço às pessoas que passaram pela nossa casa, foram embora, mas
deixaram um sentimento de carinho enorme no meu coração. À Marquinhos pelos
babados, risadas e pela linda amizade. À Inés, pelo apoio, palavras de força, conselhos,
pelos pratos típicos maravilhosos e por ser a argentina mais simpática que conheço.
Albert Schweitzer
RESUMO
ABSTRACT
The notion of risk is directly associated with the physical, psychological and / or
material integrity of the individual. It can be said that there are more and less vulnerable
people, but we are all exposed to risk because there is zero risk. The municipality of São
Luís - MA has points of mass movement risks located in areas unsuitable for housing.
These sites are located in sloping areas and sloping environments, which are easy to
occupy and at no cost to build homes, which facilitates the taking of part of these lands
for this purpose. Therefore, the objective of this research is to analyze the social and
environmental vulnerability in the city of. Considering the risks of mass movement in
the area. In order to reach this goal, the research is based on the Systemic Theory, which
considers the relationship of natural dynamics with anthropic activities and the
methodology approached by Crepani et al (2001), which is based on the stability of the
media, Tricart (1977), taking into account the overlap of the natural elements of the area
through the attribution of weights that varied between 1 and 3. In addition, the social
factor was essential for identifying the most vulnerable areas because they are the most
exposed. In order to do so, we adopted an adaptation of the Social Vulnerability Index
Almeida (2010) and Almeida, Welle and Birkmann (2016) using IBGE data (2010) that
denote social disadvantage at the census tract level. were also synthesized and values
ranging from 0 to 1 were also assigned. Some models were tested with the purpose of
identifying the result that would best fit the reality of the study area. Based on social
and environmental data, social and environmental vulnerability indexes were
superimposed, indicating specific and significant areas of risk of mass movement. In
this sense, from the results of this research it was possible to affirm that the
environments most exposed to the risks of mass movement are located in the areas of
greater population density and in specific places of the rural area. These environments
are characterized by having the declivity factor as conditioning for mass movement.
And the construction of real estate in hillsides accentuates the risk, leaving the Ludovic
population more exposed.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE MAPAS
LISTA DE TABELAS
vulnerabilidade socioambiental
Tabela 15 Valores para classificação do raster de vulnerabilidade 140
socioambiental (média ponderada)
Tabela 16 Valores para classificação do raster de vulnerabilidade 141
socioambiental (média ponderada)
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 18
1 ABORDAGENS DE RISCO NA GEOGRAFIA 24
1.1 Análise do conceito de risco 28
1.2 Análise de risco de movimento de massas 32
1.3 Risco e Vulnerabilidade social em áreas urbanizadas 37
1.4 Geotecnologias para análise de risco 42
REFERÊNCIAS 161
INTRODUÇÃO
públicos como esgotamento sanitário, abastecimento de água, coleta de lixo, etc., fato
que agrava mais ainda formação dos “territórios de risco” (ALMEIDA, 2010).
habitantes no ano de 2017 (IBGE, 2017). Aliado a esse crescimento, a população com
pouco poder aquisitivo ocupa boa parte do espaço urbano de forma não planejada
urbanisticamente e ainda sem os serviços básicos necessários, fato que gera problemas
socioambientais acentuados com a fragilidade natural da área.
Com base no que foi exposto, a problemática dessa pesquisa está pautada no
fato de que o município de São Luís possui, a maior parte dos pontos de riscos
localizados em áreas de encosta e essa população encontra-se em vulnerabilidade social.
Sendo assim, esta pesquisa busca validar a seguinte hipótese: os domicílios mais
expostos ao risco de movimento de massa estão instalados nas residências mais
precárias e nos locais onde apresentam os piores indicadores sociais, econômicos e de
infraestrutura urbana. Desta forma, a vulnerabilidade ambiental coincide com a
vulnerabilidade social do município.
O estudo dos natural hazards é uma tradição entre os geógrafos, que têm se
dedicado a eles desde a década de 1920. Esta tradição surge, portanto, muito antes dos
apelos mundiais acerca da degradação ambiental planetária ou mesmo antes dos apelos
mais recentes ao resgate da qualidade de vida urbana (MARANDOLA JR e HOGAN,
2004). A esse respeito, os trabalhos pioneiros do geógrafo norte-americano Gilbert F.
White se tornaram referência nos estudos dos riscos e perigos naturais em meados do
século XIX (ALMEIDA, 2011).
Castro (2005), declara que a gênese dos riscos, assim como o aumento da
capacidade de gerar danos e de sua escala de abrangência, acompanham a história da
sociedade. Tendo essa afirmação como base, Veyret (2007) conclui que “o risco é uma
construção social” e para que se afirme que existe risco é necessário que haja um
indivíduo ou um conjunto de pessoas que se encontrem a mercê dessa situação.
No entanto, ainda não há uma classificação mais atual dos tipos de risco de
“forma pura” ou em conjunto, sendo assim, na concepção citada por Castro, Peixoto e
Rio (2005) sobre essa categoria, a ideia de risco natural é a que melhor se encaixa nessa
pesquisa, pois está associada à processos e eventos naturais que são acentuados por
atividades antrópicas. A partir do momento em que esse evento, acentuado ou não pelo
homem, se torna perigoso tem-se então, segundo Veyret (2007) a “percepção do perigo
ou de uma ameaça potencial”.
Desta forma, é possível afirmar que o perigo é algo que está intrinsecamente
relacionado ao risco e até mesmo pode ser confundido com ele. Isso pode se justificar
pelo fato de que o risco se refere à probabilidade de ocorrência do perigo e este se refere
ao acontecimento iminente. Então quanto maior for o risco, maiores são as chances de
ocorrência de um evento perigoso.
Com base nessa afirmativa, pode-se dizer que o local e as condições sociais
dos indivíduos afetados por um desses eventos devem ser levadas em consideração, pois
existem áreas mais vulneráveis que outras. O que leva um local a ser mais ou menos
vulnerável não é apenas a probabilidade de ocorrência de um fenômeno natural, mas a
capacidade do indivíduo, que ali vive de lidar e de se adaptar a esta situação.
têm mais propensão a serem vulneráveis à eventos naturais. Pode-se perceber isso ao
constatar que os riscos, em sua maior parte, estão presentes em áreas de encostas,
ambientes ribeirinhos e até mesmo em ambientes marinhos, todos caracterizados por
serem instáveis.
Isso significa que quanto maior for a desigualdade social, mais altos são os
índices de vulnerabilidade social, visto que os fatores que estão relacionados a isso são
grau de escolaridade, renda, infraestrutura urbana e de moradia, qualidade de vida, etc.
A pouca ocorrência ou ausência desses fatores, associados com a vulnerabilidade
ambiental, significa que esta área está exposta ao risco e está vulnerável quanto às
características sociais da área.
evento também tem propensão a anular a possível capacidade que a região atingida tem
para lidar com ele. É importante frisar que as consequências do desastre podem ser
gravemente acentuadas pela ação antrópica.
Figura 01 - Distribuição dos tipos de desastres naturais no mundo, período 1900-2006. Legenda:
IN – inundação, ES – escorregamento, TE – tempestades (furacões, tornados e vendavais), SE –
secas, TX – temperatura extrema, IF – incêndios florestais; TR – terremoto; VU - vulcanismo;
RE - ressaca.
Gráfico 02 - Mortos por tipo de desastre no Brasil entre os anos de 1990 e 2000
decrescentes com a
profundidade
-Movimentos constantes,
-
sazonais ou intermitentes
-Solo, depósitos, rocha
alterada/fraturada
-Geometria indefinida
Planares – solos
pouco espessos,
solos e rochas
-Poucos planos de
com um plano de
deslocamento (externos)
Escorregamentos
fraqueza;
-Velocidades médias (m/h) a
Circulares – solos
altas (m/s)
espessos
-Pequenos a grandes
homogêneos e
volumes de material
rochas muito
-Geometria e materiais
fraturadas
variáveis:
Em cunha – solos
e rochas com dois
planos de
fraqueza
Rolamento de
blocos – comum
-Sem planos de
em rochas
deslocamento
graníticas, ocorre
-Movimentos tipo queda
quando processos
livre ou em plano inclinado
erosivos removem
Quedas
Além disso, ainda existem muitas atitudes que podem ser tomadas nesses
casos, tais como: sempre acionar a defesa civil em casos de risco e desastre; manter-se
informado e ficar alerta em períodos de chuva; obter informação sobre ocorrência de
movimento de massa local; não desmatar encostas e não lançar lixo em locais
inapropriados.
Com base no que foi explanado, percebe-se que muito ainda deve ser feito
para prevenir e lidar com os riscos de desastres, pois eles são desencadeados por
eventos que estão fora do controle humano. Uma das ferramentas que pode ser útil para
a análise preventiva e de reconhecimento da área é o uso das geotecnologias, o qual
pode se tornar um fator determinante para evitar situações de perdas. Sendo um assunto
tratado no próximo capítulo.
que as cidades aparecem como espaços de risco por excelência, onde as diversas
ameaças são potencialmente produtoras de danos e prejuízos consideráveis,
principalmente aquelas de origem natural.
Sabendo que em São Luís não há uma política ou lei específica para lidar
com os efeitos dos riscos, cabe desatacar o plano diretor municipal, o qual faz o
levantamento de como a prefeitura trata o risco. Sendo assim, é possível afirmar que no
Plano Diretor de São Luís não existe uma conceituação para risco, tampouco para
vulnerabilidade, no entanto, o capítulo I, parágrafo único, da Lei de nº 4669 de 2006
que rege o PD de São Luís fala sobre a possível elaboração do mapa de vulnerabilidade
socioambiental da cidade com vistas a indicar as áreas potenciais de risco geológico.
Neste sentido, pode-se perceber que o Plano Diretor de São Luís não possui
um respaldo mais detalhado sobre a noção do risco, o que pode culminar em falhas no
planejamento ambiental e urbano da cidade. Para que haja um planejamento e gestão
adequados é preciso que se tenha o conhecimento das características físicas e sociais do
local e saber que tipo de providências é necessário tomar levando em consideração os
pontos de risco no ambiente urbano. O próximo tópico conta com uma abordagem do
risco em áreas de encosta, os quais se apresentam como áreas potenciais para riscos de
desastres.
Rezende e Rosa (2015) ainda afirmam que para identificação dos riscos a
que uma população está sujeita quando está próxima ou inserida em áreas naturalmente
mais vulneráveis é importante o uso de ferramentas e metodologias que facilitem a
identificação e análise apurada dessa condição de risco, oferendo aos gestores públicos
e à própria população subsídios técnicos para tomada de decisão.
O mesmo autor ainda ressalta que nas ações de resposta, com o auxílio de
um SIG é possível gerenciar de maneira eficiente e rápida, as situações mais
problemáticas, como as ações de combate a sinistros (conter efeitos adversos) e de
socorro às populações afetadas (busca e salvamento); por fim, na reconstrução, as
geotecnologias também são amplamente usadas na realização do inventário, avaliação
dos danos e na identificação de áreas seguras para a relocação e reconstrução das
comunidades afetadas.
2.1.3 Procedimentos:
pedogênese/morfogênese. Esses números variam entre 1,0 e 3,0, sendo que quanto mais
próximo a 1,0 significa mais estável, predominando o processo de pedogênese, em
contrapartida, mais próximo a 3,0 diz respeito à máximo instabilidade, sobressaindo a
morfogênese, constituindo um ambiente muito vulnerável.
Equação 1: V = (G + R + P + O) (1)
4
Onde:
V = Vulnerabilidade
G = Vulnerabilidade para Geologia
R = Vulnerabilidade para Geomorfologia
P = Vulnerabilidade para Pedologia
O = Vulnerabilidade para Uso e cobertura do solo
Formação Geológica
Sabendo disso, Sousa e Kux (2011) afirmam que a fragilidade das estruturas
geológicas facilita a dinâmica da paisagem na área do Golfão Maranhense por sua
exposição aos agentes modeladores do relevo como os de origem climática, hidrológica
e oceanográfica, e pela intensa atividade eólica, marinha e fluviomarinha, gerando
ondas e correntes que modelam o maior conjunto de falésias do litoral do Maranhão, e
pelo aporte de sedimentos continentais carreados pelos rios.
Figuras 02 – Depósitos de mangue. Rio Tijupá, margem de São Luís – MA. Figura 03 -
Depósitos litorâneos na parai da Litorânea
quanto mais inclinado o terreno, menor estabilidade o material terá, de forma que, altas
altitudes aliadas a fortes inclinações do terreno tornarão mais fácil e veloz a descida dos
materiais que se encontram nas vertentes tornando este ambiente mais instável. Neste
sentido, cabe destacar que a presença de vegetação é um fator importante para a
contenção ou diminuição de movimentos de massa, pois sua ausência facilita a dinâmica
erosiva do local.
Figuras 06 - Casa de festas e hotéis sobre as dunas de São Luís, no bairro Calhau, demostrando
técnica de construção mais resistentes à erosão. Figura 07 – Construção de hotéis nas dunas,
bairro Calhau.
Segundo Rodrigues et al. (1994), são originados por processos de tração subaquosa,
caracterizada pela migração de dunas de acresção lateral; constituem fácies de canal
e barras de canal.
Figura 08 - Planície Fluviomarinha do rio Tijupá. Divisa entre os municípios de São Luís e São
José de Ribamar
• Planície de maré: Possui altitudes menores que 5m, constituída por sedimentos
lodosos, ricos em matéria orgânica e nutrientes mal drenados. Numa área de planície
de maré, situada à 4 km do Centro Histórico de São Luís (COELHO, 2002) encontra-
se a Laguna da Jansen, de origem antrópica, formada em meados da década de 1970
em virtude “... de aterros efetuados durante o plano de urbanização das praias da
Ponta d’Areia...” (COSTA, CASTRO E COSTA, 2008, p. 2).
• Superfície Tabular: A superfície tabular corresponde às superfícies com topos planos
com altitude chegando até 100 m. Segundo Silva (2012) as morfologias com topos
tabulares ocorrem predominantemente na porção central e centro-nordeste da ilha e
são encontrados também em outras áreas dispersas no sentido radial. Feitosa (2006),
considerou que alguns compartimentos desta unidade geoambiental encontram-se
junto ao litoral com bordas abruptas que formam as barreiras terciárias conhecidas
como falésias (Figura 10). Processos erosivos subatuais modelaram formas erosivas
que restam como páleofalésias em zonas recuadas em relação à linha de costa atual.
Já a superfície tabular apresenta peso 1,3 por ser a área que mais se
aproxima da estabilidade; é uma região que, segundo Silva (2012) ocupa cerca de 20
km², o que equivale à 2% do território total da Ilha do Maranhão. Essa é a área mais
plana e mais alta de São Luís, não apresenta áreas de risco nessa unidade, apenas nas
suas proximidades, mas já se caracteriza como superfície subtabular.
Formação Pedológica
Figura 11 - Gleissolos no rio Tijupá (divisa entre São Luís e São José de Ribamar).
Nova
Classes do solo citada por Crepani et al (2001) classificação de Vulnerabilidade
solos (2013)
Medeiros (2014) afirma que a cobertura vegetal age como fixador do solo,
uma vez que as raízes das plantas são capazes de impedir o movimento dos grumos de
terra. Os solos expostos são mais vulneráveis às ações dos agentes intempéricos, tendo
em vista que as copas das árvores atuam como uma camada protetora, impedido a
radiação solar direta no solo, sendo propício o desenvolvimento da matéria orgânica e
evitando o gotejamento direto das precipitações pluviométricas que possam causar o
efeito “splash” que desagrega as partículas do solo. A vegetação promove a aeração,
permeabilidade e porosidade do solo e dificulta o escoamento superficial concentrado.
Medeiros (2014) ainda ressalta que a cobertura vegetal age como fixador do
solo, uma vez que as raízes das plantas são capazes de impedir a movimentação dos
sedimentos. Além desse fator, solos expostos são mais vulneráveis às ações dos agentes
intempéricos, tendo em vista que as copas das árvores atuam como uma camada
protetora, impedido a radiação solar direta no solo, sendo propício o desenvolvimento
da matéria orgânica e evitando o gotejamento direto das precipitações que possam
causar o efeito “splash”, o qual desagrega as partículas do solo. A vegetação impede a
compactação do solo, promove a aeração, permeabilidade e porosidade do solo, além de
dificultar o escoamento superficial concentrado, inibindo a erosão.
Superfície
arenosa
Superfície
líquida
Área
intensamente
urbanizada
Área
moderadamen
te urbanizada
Solo exposto
Área
industrial
Vegetação
arbórea
Vegetação
arbustiva
Manguezal
[...] Oke (1973) apud Lombardo (1985) estima que um índice de cobertura
vegetal na faixa de 30% seja o recomendável para proporcionar um adequado
balanço térmico em áreas urbanas, sendo que áreas com um índice de
arborização inferior a 5% determinam características semelhantes às de um
deserto.
Comportamento pluviométrico
São Luís tem um clima tropical. Existem duas épocas bem definidas:
período chuvoso e período de estiagem. A classificação do clima é Aw de acordo com a
Köppen e Geiger. São Luís tem uma temperatura média de 27.0 °C. A média anual de
pluviosidade é de 1896 mm. Quando comparados o mês mais seco tem uma diferença
de precipitação de 360 mm em relação ao mês mais chuvoso. Ao longo do ano as
temperaturas médias variam 1.4 °C. No mês de outubro, a temperatura média é de
27.8°C, sendo este o mês mais quente do ano. Com uma temperatura média de 26.4 °C,
fevereiro é o mês com a mais baixa temperatura ao longo do ano. O mês mais seco é
outubro com 7 mm. Com uma média de 367 mm o mês de abril é o mês de maior
precipitação (Gráfico 03) (CLIMATE-DATA.ORG, 2018).
Gráfico 03- Normais Climatológicas da Precipitação (mm) no município de São Luís (1982-
2012).
Fonte - Dados da Estação São Luís obtidos junto ao INMET e CLIMATE-DATA.ORG, 2018.
Assim sendo, Strahler (1960), citado por Pereira (2006) já afirma que a Ilha
do Maranhão está inserida na área de transição climática do semi-árido nordestino e
tropical úmido amazônico, sendo considerado como um clima tropical chuvoso, com
estação seca de inverno, tipo Aw, conforme a classificação de Köppen.
Nas áreas visitadas foi possível identificar que existe uma carência da
população em relação aos serviços públicos de saneamento e infraestrutura, pois além
da existência do risco, os moradores também sofrem com a falta de esgotamento
sanitário e abastecimento de água em suas casas. Tais fatos viabilizam o fator
vulnerabilidade social desses locais pois isto se dá devido à problemas nos serviços
relacionados à educação, condições de habitação, infraestrutura e etc.
Figura 13: Plantação de banana em área de encosta, Vila Bacanga (Itaqui Bacanga). Figura 14:
Sinais de rachaduras em residência, Vila Conceição (Coroadinho)
Fonte: http://imirante.com/oestadoma/noticias/2017/02/13/institutos-emitem-alerta-de-
inundacoes-e-movimento de massas-no-maranhao.shtml
Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2017/01/chuva-causa-acidente-riscos-e-
estragos-em-sao-luis-ma.html e http://imirante.com/oestadoma/noticias/2016/01/22/mapeadas-
60-areas-de-risco-em-sao-luis.shtml
(Planilha Domicílio01)
particulares V060-Domicílios particulares permanentes sem morador do sexo
Permanentes sem masculino
morador masculino
Gráfico 05- Exemplo de histograma com frequência normal (à esquerda). Gráfico 06- Exemplo
de histograma com frequência anormal (à direita)
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de dados do IBGE (2010) tratados no SPSS
version 20.
Onde:
Na agregação de valores para cada variável e cada fator, foi necessário fazer
a ponderação desses dados, onde o total da quantidade de variáveis presentes em um
fator tinha um valor, cujo resultado final teria que ser 100%. Exemplo: No fator
“Características dos domicílios” há 7 variáveis, então: 100/7 = 14,28/100 = 0,1428
(Tabela 11). Este é o valor pertencente a cada variável do fator acima mencionado e será
multiplicado por cada valor normalizado.
Figura 21- Classificação dos dados do índice de vulnerabilidade para característica dos
domicílios
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir do Software Arc Gis 10.3
Ao avaliar cada fator de forma separada, é possível inferir que o fator 01:
Características gerais dos domicílios aborda elementos relacionados a elementos
intrínsecos das residências, sendo eles: presença de banheiro, coleta de lixo, energia
elétrica, abastecimento de água, domicílio próprio e domicílio improvisado. Estes
elementos são fundamentais para entender como se encontra a qualidade de vida urbana
no que se refere a infraestrutura domiciliar.
Essa quantidade de setores, embora pouca, pode ainda estar dentro das
estatísticas do Estado, pois segundo IBGE (2016) em 2016, o Maranhão foi o único
Estado a obter valor superior a 20% na proporção de pessoas que vivem em domicílios
com paredes externas construídas com materiais não duráveis. Na concepção do IBGE,
materiais não duráveis seriam residências que não possuem paredes de alvenaria (com
ou sem revestimento), de taipa revestida e de madeira apropriada para construção.
Gráfico 08 e 09: Porcentagem quantidade de setores vulneráveis para renda dos moradores.
Vulnerabilidade para Renda dos moradores
muito alta 20
alta 87
média 345
baixa 377
Figura 26 e 27 - Setores com vulnerabilidade social muito alta para renda dos domicílios
(Bairro Coroado à esquerda e Rio Grande à direta)
Percebe-se que pelo menos três dos bairros citados estão presentes na lista
dos que apresentaram vulnerabilidade social muito alta para o fator renda dos
domicílios, a saber: Tirirical, Anjo da Guarda (que faz parte do setor Mauro Fecury/Vila
Nova) e Sá Viana. Vale ressaltar que, diferente do indicador abordado pelo
Observatório de São Luís, a qual trabalhou apenas com o fator de extrema pobreza
nessa análise, a presente pesquisa aborda também os domicílios com apenas um salário
mínimo.
Características de gênero/renda
Neste sentido, a análise feita pelo Observatório Social de São Luís (2018)
com os dados do Censo de 2010 aponta que a capital está em 20º lugar do que se refere
à diferença percentual a mais recebida pelos homens em relação às mulheres na média
salarial pelo trabalho em empregos formais (Figura 29).
Responsável/Faixa etária
Vale ressaltar que a maior parte desses setores com vulnerabilidade média,
alta e muito alta se referem à variável “maior de 60 anos”, onde a maior parte dessas
pessoas estão instaladas nos bairros mais centrais e mais antigos da cidade. A idade do
bairro explica a quantidade de idosos responsáveis por domicílio, esse indicador pode
ser positivo por um lado por significar que a expectativa de vida do município é grande,
e negativo por outro lado, pois as pessoas idosas são mais frágeis para resolverem
algum tipo de circunstância adversa.
400
300
200 363
257 274
100 171
61
0
muito baixa média alta muito
baixa alta
Escolaridade
400 465
300
308 287
200
100
57 9
0
muito baixa média alta muito alta
baixa
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de indicadores do Censo do IBGE, 2010.
Fonte: Observatório social de São Luís (2018) a partir de dados do Censo IBGE (2010)
Por fim, o fator que trata sobre as características do entorno dos domicílios,
abrangem muitas variáveis, as quais levam em consideração moradias adequadas,
moradias semi adequadas, presença de poço ou nascença do terreno, presença de rede de
abastecimento de água, ausência de arborização, bueiro, calçada, esgoto à céu aberto,
iluminação pública, lixo no entorno, meio fio, pavimentação e rampa para
acessibilidade.
A partir da análise dos indicadores para esse fator, pode-se inferir que 1%
dos setores apresentaram vulnerabilidade muito alta, 11% vulnerabilidade alta, 30%
vulnerabilidade média, 41% vulnerabilidade baixa e 17% vulnerabilidade muito baixa
(Gráficos 15 e 16). Sendo que os setores que apresentam muito alta vulnerabilidade
estão nos bairros Rio Grande (Zona rural), Tibiri, Coroadinho (Figura 32 e 33),
Vilnhais, Santa Rosa e Jardim América (Zona urbana).
Gráfico 15 - Quantidade de setores por grau de vulnerabilidade para analfabetos. Gráfico 16-
Porcentagem de setores para vulnerabilidade para analfabetos
VULNERABILIDADE PARA
ENTORNO DOS DOMICÍLIOS
500
400
300
461
200 343
100 190
121
0 12
muito baixa média alta muito
baixa alta
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de indicadores extraídos do Censo do IBGE,
2010.
Figura 32 - Presença de lixo no entorno dos domicílios. Vila Natal à esquerda e Figura 33 -
Morro da Zé Bombom à direita (Bairro Coroadinho)
401
291 277
140
17
muito baixa média alta muito
baixa alta
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de indicadores extraídos do Censo do IBGE,
2010.
Fonte: Observatório social de São Luís (2018) a partir de dados do Censo IBGE (2010)
-
Fonte - Elaborado por Andreza Louzeiro, 2018.
Figura 35 - Ponderação que resultou da multiplicação do fator ponderado pelo seu valor em
relação ao total.
Figura 36 - Resultado final do IVS. Destaque para a soma da ponderação de todos os fatores
Tabela 12 - Classes dos valores ponderados e suas respectivas cores (Natural Breaks)
Valores Ponderados Setores Grau de vulnerabilidade Cor
0,00000000 - 0,166225025 83 Muito baixa
0,166225026 - 0,209799805 477 Baixa
0,209799806 - 0,254412040 405 Média
0,254412041 - 0,347462911 168 Alta
0,347462912 - 0,599070327 16 Muito alta
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro, 2018.
Fazendo uma comparação com outro método estatístico muito utilizado nas
análises sociais, o método Quantile também foi empregado para identificar qual dos
dois apresenta melhores resultados para a realidade da área de estudo (Tabela 13).
V U L N E R A B I LI DA D E S O C I A L - SÃO LU Í S - M A
465
308
287
57
9
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de indicadores do Censo do IBGE, 2010.
41%
Fonte: Elaborado por Andreza Louzeiro a partir de indicadores do Censo IBGE, 2010.
Figura 41 – Vila Itamar (Zona urbana). Ausência de asfalto e lixo no entorno dos domicílios (à
esquerda) e Figura 42 - cano para escoamento doméstico nos fundos da casa
A Vila Itamar é um bairro pequeno, mas que passa por sérios problemas de
saneamento e infraestrutura urbana, como por exemplo a presença de lixo no entorno
dos domicílios e queimada desses resíduos mesmo havendo o sistema de coleta três
vezes por semana; ruas abertas pelos próprios moradores para o acesso da comunidade;
escoamento doméstico superficial por fata de rede geral de esgoto. As residências
possuem fossas rudimentares para o esgotamento doméstico.
através de poços, não há rede geral de esgoto, mas cada casa possui uma fossa,
impedindo o lançamento de afluentes à céu aberto.
Neste sentido, pode-se inferir através da análise dos resultados que essas
duas classificações apresentam diferenças apenas no indicador correspondente à renda
dos domicílios e, principalmente, referente à Gênero/Renda, pois a vulnerabilidade se
apresentou de média à baixa em alguns setores, enquanto que nos demais se caracteriza
como baixa a muito baixa, como foi o caso dos setores situados nos bairros Cohatrac e
Calhau (Figuras 47 e 48). Esses bairros apresentam calçadas, asfalto, arborização,
sistema de abastecimento e esgoto, indicadores que denotam bons indicadores sociais.
Para entender como ou porquê ocorrem certos eventos ditos naturais pela
sociedade, é importante observar como essa sociedade tem alterado no ambiente e de
que forma, ou ainda se estas alterações estão sendo realizadas em ambientes
naturalmente frágeis e mais vulneráveis à certos tipos de eventos naturais, como por
exemplo, fortes chuvas, ventos e a força do mar.
análise do IVA foi necessário considerar cada elemento natural presente na área, bem
como os antrópicos e classificar cada um segundo sua propensão à pedogênese (mais
estável) ou à morfogênese (mais frágil). Já para a elaboração do Índice social foi
necessário extrair dados brutos do Censo Demográfico do IBGE do ano de 2010,
agregar e normalizar as variáveis e, posteriormente, ponderar os fatores de
vulnerabilidade social, com uma escala espacial ao nível de setor censitário.
Tanto para o IVS, como para o IVA foram utilizadas cinco classes de
vulnerabilidade, sendo elas: muito alta, alta, média, baixa e muito baixa (Tabela 14).
Como os resultados do IVS foram realizados com a utilização de polígonos, tornou-se
necessário então transformar a espacialização desse índice para o formato raster, no
Software Arc Gis 10.3 através da ferramenta Conversion Tools sendo, possível fazer o
cálculo da média ponderada com o índice de Vulnerabilidade Ambiental.
Fontes – http://imirante.com/oestadoma/noticias/2016/03/29/locais-onde-houve-desabamentos-
e-mortes-voltaram-a-ser-ocupados.shtml e
http://imirante.com/oestadoma/noticias/2018/01/13/falta-de-opcao-chuva-nao-afasta-moradores-
de-areas-de-risco.shtml
No bairro da Vila Embratel é muito comum se deparar com algum local que
tenha risco de movimento de massa, pois em muitas partes do local apresenta extensas
voçorocas que apenas uma é capaz de se estender à muitas ruas da Vila. No entanto, de
acordo com o mapeamento realizado pela Defesa Civil Municipal (2016) os locais mais
comuns que recebem chamados são para as ruas Travessa Dois de Maio e Avenida José
Sarney (Figura 56), além dessas, as Rua bom Jesus, Rua bom Futuro, Rua do Amor,
Rua São Félix, Travessa Santo Antonio, Rua João Evangelista e Rua Seis de Abril.
Figura 56 - Localização e situação das áreas de movimento de massa do bairro Vila Embratel
É possível perceber que a área possui graves áreas de risco tanto na frente
das casas (em descida), como também no fundo dos quintais (em subida). Além do risco
iminente de movimento de massa, o risco à saúde também é muito grande devido a
presença do acúmulo do lixo no bairro, tanto na frente como também atrás das casas.
Muitos moradores acreditam que a inserção de lixo nos declives, pode ajudar a conter a
erosão e, consequentemente, evitar que haja movimento de massa. Fato que não condiz
com a realidade, pois o acúmulo de lixo faz com que haja impermeabilização do solo,
causando erosão em um local mais concentrado e alagamento nos arredores das
residências, dentre outros problemas relacionados à presença de ratos e animais e
insetos que podem transmitir doenças de veiculação animal.
Figura 59 – Notícia sobre reinvindicação por melhorias para a Vila Ayrton Senna, Imagens da
vertente do bairro e localização.
Renascença, Turu, Cohab, Forquilha e na parte nobre do município, nos bairros Calhau,
Olho D’Água e Quintas do Calhau.
Fontes - http://imirante.com/sao-luis/noticias/2017/05/09/apos-chuvas-varios-pontos-de-
alagamento-sao-registrados.shtml e http://imirante.com/sao-luis/noticias/2017/02/13/
alagamento-em-rua-do-renascenca-deixa-carro-ilhado.shtml
Essas áreas estão, na zona rural, estão localizadas nos arredores dos bairros
Estiva, Maracanã, Rio dos Cachorros, Matinha, Itapera, Bacabal e nas proximidades dos
lagos de rejeito mineral (setor sul do município). Já na zona urbana, as áreas de
vulnerabilidade socioambiental baixa à muito baixa se localizam em uma região sem
apresentam leves fraturas e o asfalto (Figura 67 e 68) começa a se deteriorar, fato que
pode ser explicado pela erosão natural que as chuvas causam.
Figura 67 – Área com asfalto sem sinais de deterioração (à esquerda) e Figura 68 - Asfalto com
fraturas de erosão (à direita)
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outro fator que requer uma maior atenção neste tipo de pesquisa é referente
aos pesos atribuídos pelas tabelas de Crepani el al (2001). Cada variável ambiental
presente em cada Plano de Informação possui um peso diferente que vai de 1 a 3, onde
quanto mais próximo de 3 é mais vulnerável e quanto mais próximo de 1 menos
vulnerável. O PI de altimetria também possui seus pesos, os quais consideram que
quanto maior a altimetria do local, mais vulnerável e quanto menor, menos vulnerável.
Uma proposta para essa lacuna é a produção de estudos que deem maior
atenção o fator uso e cobertura do solo para que haja maiores respaldos no que se refere
aos pesos atrelados às diferentes formas de uso e não uso. Nesta perspectiva, as
pesquisas que envolvam esse elemento poderiam ser feitas com maior rigor e
padronização.
Outro elemento que merece atenção é a atribuição dos pesos no cálculo final
de vulnerabilidade ambiental, pois de acordo com a metodologia abordada por Crepani
et al (2001) é realizado uma média aritmética entre todos os elementos. No entanto, em
relação aos riscos de movimento de massa, um elemento que tem uma maior
contribuição na área de estudo é a declividade e altimetria, fatores relacionados à
geomorfologia. Para se aproximar da realidade da área de estudo, os elementos ligados à
geomorfologia teriam um peso maior para que se pudesse evidenciar as áreas de
declividades mais angulosas e as superfícies dissecadas das formas de relevo.
Além da perda de vegetação por escavação, essa perda também é feita com
o intuito de “limpar” o terreno, fato que causa a diminuição da serapilheira e o aumento
do escoamento superficial, afetando as casas com mais facilidade. Ainda no que se
refere à vegetação, é importante que certos tipos de plantas não sejam cultivados em
áreas de encostas, como é o caso da bananeira, planta que retém uma grande quantidade
de água, facilitando a saturação do terreno.
caso da Defesa Civil municipal de São Luís, a qual realiza projetos sociais de educação
do risco com os moradores mais expostos; realiza também simulação uma situações de
desastre em alguns bairros da capital, confecciona cartilhas, folders e avisos sobre as
áreas de risco e o que fazer neste tipo de situação.
Mesmo com todas essas ações, a Defesa Civil de São Luís ainda é muito
carente de pessoal capacitado, pois é um órgão que conta com o apoio de funcionários
do Estado como guardas municipais que tiveram algum treinamento e foram
transferidos para atuarem na Defesa Civil. Assim, muitas medidas ainda são necessárias
para serem alcançadas para minimizar os efeitos dos riscos de desastres no município.
REFERÊNCIAS
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Exploratório de solos da Folha SA. 23 São Luís e parte da Folha AS. 24 Fortaleza.
RADAM, 1973.
DUBOIS-MAURY, J.; CHALINE, C. Les risques urbains. Paris: Armand Cohn, 2002.
El-Robrini, M.; Silva, M.; Silva Jr. P.; El-Robrini, M.; Silva Jr. O.; França, C. (2006) –
Pará. In: Dieter Muehe (org.), Erosão e progradação do litoral brasileiro. Ministério
do Meio Ambiente (MMA), Brasília, DF, Brasil. Disponível on-line em:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/gestao-territorial/category/80-gestaocosteira-g-
erosao-e-progradacao.
FELDBRÜGGE, T.; VON BRAUN, J. Is the World becoming a more risky place? –
Trends in disasters and vulnerability to them. ZEF – Discussion Papers On
Development Policy nº. 46, Center for Development Research, Bonn, May 2002, pp.42.
FELDMAN, F. CPIs para as tragédias anunciadas. Folha de São Paulo, São Paulo,
29 jan. 2007, p. A3.
SÃO LUÍS. Defesa Civil de São Luís – MA. Pontos de risco de São Luís. São Luís,
2016.
SÃO LUÍS. Lei nº 4.669 de 11 de outubro de 2006. Plano Diretor de São Luís.
Outubro -2006.
WHITE, G. F.; KATES, R. K. & BURTON, I. Knowing Better and Losing even
more: the use of knowledge in hazards management. Environmental Hazards, 2001: pg.
81-92.
ÁREAS PONTOS DE RISCO SÃO LUÍS Alto risco Médio risco Baixo risco
QT.
LOCALIDADE RISCO BAIRRO TIPO DE RISCO
IMÓVEIS
Rua do Giz
Rua da Palma
Rua Afonso Pena
Rua Humberto de Campos
Rua 14 de Julho
AREA 01 Travessa da Lapa
13 Centro
Travessa Feliz Área de Desabamento
PONTOS Histórico
CENTRO Rua Isaac Martins
Rua do Alecrim
Rua dos Afogados
Rua da Passagem
Rua São João
Rua 13 de Maio
AREA 02 Rua da Esperança, Primavera 25
Bom Jesus Área de Encosta
16 Trav. da Paz, Alto do Parque Timbiras 9
PONTOS Ruas 04 e 11 6 Coheb Área de Encosta e Alagamento
COROADINHO Rua 44 9 Sacavém Área de Encosta
Avenida Natal, Vila Natal 9 Coroadinho Área de Encosta
Rua Babilônia 8
Rua 1º de Maio, Alto São Francisco 1
Rua Eucalipto, Sítio do Pica-Pau Amarelo, 6
Bom Jesus
Rua Maria da Paz, Rua São Geraldo 148 Área de Alagamento e Inundação
Travessa 2 de Maio 2 Vila Embratel Área de Encosta
Travessa do Amor 9 Vila Bacanga
Rua da Mangueira 34 Vila Dom Área de Encosta
Luís
Rua Dra. Érica, 29-B 3 Mauro Fecury Área de Encosta
II
Rua Bom Jesus, 64 - Travessa Bom Jesus 19 Vila Embratel Área de Encosta
Rua Bom Futuro 4 Vila Embratel Área de Encosta
ÁREAS E
PONTOS DE ÁREAS PONTOS DE RISCO SÃO LUÍS Alto risco Médio risco Baixo risco
RISCO DE
SÃO LUÍS
QT.
LOCALIDADE RISCO IMÓVEIS BAIRRO TIPO DE RISCO
Rua do Amor, Residencial Primavera,21 3 Área de Alagamento
ÁREA 4 Rua São Félix nº 59 8
Área de Encosta
3ª Travessa Santo Antonio 3
PONTOS Raimundo
SÃO
CRISTOVÃO Rua 15 e Rua 21, Quadra 16
E CIDADE Conj. São Raimundo
3
OPERÁRIA Rua 26, Quadra 84, Casas nºs 04 e 32-B 2
São Raimundo Área de Encosta e
Vila Militar 60 Alagamento
Residencial Maria Aragão 7 Cidade Olímpica Área de Alagamento
2 PONTOS
Rua Paris nº 05, Vila Progresso, Vila
COHAMA / 101 Vinhais Área de Alagamento
Marinho
TURU
AREA 07 Rua Nova, Rua Bom Jardim 19 Rio Grande Área de Encosta
Área de Encosta e
Vila Funil
4 PONTOS Vila Funil Alagamento
Rua 07 3
ZONA RURAL Vila Itamar Área de Encosta
Travessa da Rua 05 12
Fonte: Defesa Civil de São Luís (2016).
FICHA DE CAMPO