TAU 30 ANOS: História Do Departamento de Tecnologia Do Design, Da Arquitetura e Do Urbanismo UFMG
TAU 30 ANOS: História Do Departamento de Tecnologia Do Design, Da Arquitetura e Do Urbanismo UFMG
TAU 30 ANOS: História Do Departamento de Tecnologia Do Design, Da Arquitetura e Do Urbanismo UFMG
T222
Livro em PDF
ISBN 978-65-5939-949-9
DOI 10.31560/pimentacultural/2024.99499
PIMENTA CULTURAL
São Paulo • SP
+55 (11) 96766 2200
[email protected]
www.pimentacultural.com 2 0 2 4
CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO
Doutores e Doutoras
PARTE I
HISTÓRICO DA FORMAÇÃO
DO DEPARTAMENTO TAU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Constituição do Departamento TAU....................................................13
PARTE II
TECNOLOGIA, ARQUITETURA
E URBANISMO, DESIGN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Res Et Talis.................................................................................................58
Victor Mourthé Valadares
O Design na Escola
de Arquitetura............................................................................................71
Andréa Franco Pereira
Biônica e Biomimética
no Curso de Design da UFMG............................................................ 194
Cynara Fiedler Bremer
Fernando José da Silva
Tecnologia Ligno:
Design e inovação no uso de resíduos de madeira.............................................. 202
Glaucinei Rodrigues Corrêa
Pessoas.................................................................................................... 228
Índice Remissivo.....................................................................................232
APRESENTAÇÃO
Com grande satisfação, gostaríamos de apresentar o Departa-
mento de Tecnologia do Design, da Arquitetura e do Urbanismo da UFMG.
SUMÁRIO 10
desafiadores que marcaram nossa trajetória, proporcionando uma
visão profunda e íntima de nosso compromisso com a excelência
acadêmica e o desenvolvimento humano.
Junho de 2023
SUMÁRIO 11
Par t e
HISTÓRICO
I
DA FORMAÇÃO
DO DEPARTAMENTO
TAU
CONSTITUIÇÃO DO
DEPARTAMENTO TAU
O Departamento de Tecnologia do Design, da Arquite-
tura e do Urbanismo (Departamento TAU) compõe a estrutura
acadêmica da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de
Minas Gerais (EA-UFMG).
SUMÁRIO 13
apresentada à Congregação no final de 1991; nova estrutura con-
tendo quatro departamentos foi então aprovada em reunião da Con-
gregação de 18/02/1992 e, em março de 1992, a Comissão apresen-
tara novo relatório contendo proposições quanto à realocação de
docentes e de disciplinas.
1 Professores Alberto Alvim de Resende, Hélcio Salles Tito, Martim Francisco Coelho de Andrada,
Milton Carabetti e José Eustáquio Machado de Paiva (Paiva, 2011). Ainda, na Ata da 1ª Assembleia
do Departamento TAU, o professor José Eustáquio de Paiva descreve que a esse grupo juntou-se
a professora Eleonora Sad de Assis e que o mesmo vinha trabalhando na criação de um Departa-
mento voltado à tecnologia, desde a primeira gestão do professor Celso de Vasconcelos Pinheiro,
de 1982 a 1986.
SUMÁRIO 14
Centro de Experimentação, Treinamento e Prestação de Serviços
(CETEPS), e uma secretária:
SUMÁRIO 15
CORPO DOCENTE
Em 1995, face às aposentadorias ocorridas e antes da obten-
ção de novas vagas docentes, o Departamento TAU contava com
cinco professores (Departamento TAU, 2008, p. 28).
SUMÁRIO 16
→ Prof. Clifford Glenn Hodgson Dumbar (Mestre em 2000.
Aposentou-se em 2004);
SUMÁRIO 17
trabalho, também enfrentávamos a dura tarefa de fazer
prevalecer o respeito, junto a alguns colegas docentes,
ao nosso direito de desenvolver o trabalho acadêmico na
Instituição (Paiva, 2011, p. 9).
SUMÁRIO 18
→ Prof. Glaucinei Rodrigues Corrêa (Mestre em 2004. Doutor
em 2014);
SUMÁRIO 19
→ Prof. Marcelo Silva Pinto (Mestre em 2011);
SUMÁRIO 20
→ Profa. Andréa Franco Pereira (Titular);
SUMÁRIO 21
Em 2024, o Departamento TAU contará com mais seis docen-
tes, passando, assim, a 27 professores, sendo quatro destes contra-
tados a partir de concursos já realizados em 20232:
CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
O Departamento TAU inicia seus trabalhos em 1993, con-
tando em seu quadro técnico-administrativo com o arquiteto Ricardo
Orlandi França, além de um professor substituto, Sebastião de Oli-
veira Lopes, e de uma professora convidada, Maria Josefina Lavalle
Cruz, que conduziam os trabalhos junto ao CETEPS. A partir de 2007,
o CETEPS seguiu suas atividades, sendo coordenado pelo arquiteto
Ricardo França até 2010, quando se aposentou.
2 Edital n.º 351, publicado em 01/03/2023; Edital n.º 397, publicado em 03/03/2023 (contratados
dois candidatos para vagas obtidas uma em 2022 e uma em 2023); Edital n.º 936, publicado em
27/04/2023.
SUMÁRIO 22
julho de 1995 a março de 1998 e, de novembro de 1998 até os dias
atuais, vem sendo ocupado por Ana Maria Dias Moutinho da Silva.
ADMINISTRAÇÃO
Ao longo desses 30 anos, Chefias e Subchefias foram sendo
assumidas em revezamento pelos professores do Departamento
TAU na seguinte ordem:
SUMÁRIO 23
■ 1995 a 1997: professores Clifford Glenn H. Dumbar e
Alberto Alvim de Resende;
SUMÁRIO 24
■ 2018 a 2021 (COVID19): professoras Cynara Fiedler Bremer e
Andréa Franco Pereira;
DIRETORIA DA EA-UFMG
SUMÁRIO 25
→ Profa. Rejane Magiag Loura, desde 2020 a atual (até 2025).
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Desde sua criação, o Departamento TAU vem buscando apri-
moramento, baseado em contínua avaliação de suas diversas ativi-
dades, por meio de relatórios acadêmicos, questionários de avalia-
ção discente e seminários internos. No âmbito dessa avaliação, a
partir dos resultados obtidos, bem como da reflexão conjunta e do
SUMÁRIO 26
debate sobre a formação em tecnologia no contexto da arquitetura,
do urbanismo e do design, almeja-se contribuir para uma melhor
formação profissional, tendo como princípio a capacitação de seus
docentes, a atualização dos conteúdos de disciplinas, de planos de
trabalho e da integração interdisciplinar.
2. Tecnologia da Construção;
SUMÁRIO 27
FUNDAMENTOS
DA TECNOLOGIA DO DESIGN,
DA ARQUITETURA E DO URBANISMO
Trata-se da linha fundamentadora do processo de constitui-
ção do conhecimento da área de Tecnologia do Design, da Arquitetura
e do Urbanismo. Nesse sentido, busca-se abordar o estudo dos con-
ceitos, princípios e métodos que embasam e orientam a produção
arquitetônica, urbanística e do design, ligados aos paradigmas da
ciência e da tecnologia, considerando, também, as necessidades e
condições de interação com outras áreas do conhecimento, relativas
à prática e à produção, envolvendo os seguintes aspectos:
SUMÁRIO 28
da construção” ou “tecnologia da arquitetura”3 e, igualmente, a “tec-
nologia do design” pode ser definida como o estudo científico dos
métodos e técnicas para a organização, em larga escala, dos proces-
sos de modificação e transformação da matéria-prima, da energia,
do ambiente natural (habitat), na construção de uma outra natureza,
capaz de modificar as próprias condições de existência dos grupos
humanos (Vittoria, 1973; Ciribini, 1978; Talanti 1980 apud Vianna, 1990).
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
Nesse enfoque específico da tecnologia, tem-se por finali-
dade o estudo da tecnologia de construção em Arquitetura e Urba-
nismo, abrangendo desde as técnicas artesanais até as industriais,
bem como o conhecimento das características dos materiais de
construção e sua aplicabilidade. Também estão aí incluídas as rela-
ções do espaço construído com o meio ambiente. Em linhas gerais,
esta área de atuação trata:
SUMÁRIO 29
c. da interface tecnológica na concepção e estrutura-
ção do espaço, e na execução do projeto de arqui-
tetura e de urbanismo;
SUMÁRIO 30
Energética está relacionada ao desempenho dos edifícios e do meio
urbano. Considerando-se que o impacto das decisões arquitetôni-
cas sobre o consumo de energia elétrica seja relevante. Diante disto,
o desenvolvimento de projetos energeticamente eficientes pode
representar uma diminuição substancial de consumo dessa energia
e, consequentemente, colaborar para com a sustentabilidade nos
edifícios e na cidade.
SUMÁRIO 31
d. da racionalização do uso de energia operante e de equipa-
mentos, em relação à demanda e à operação.
SUMÁRIO 32
alternativas, configuração de solução, prescrições de projeto,
detalhamento e comunicação de resultados;
TÉCNICAS HISTÓRICAS,
VERNACULARES E RETROSPECTIVAS
Esta área concentra-se no estudo das técnicas de produção
do ambiente construído, tanto do ponto de vista de sua historicidade
quanto de suas relações com a cultura e a conservação do patrimô-
nio. Busca-se a pesquisa e conhecimento da história das técnicas,
permitindo a adoção de soluções mais adequadas para sua preser-
vação. Esta abordagem favorece a articulação entre o conhecimento
das técnicas vernaculares de produção da arquitetura e a ideia de
conservação das construções e dos objetos humanos. Em linhas
gerais, trata-se de investigar:
SUMÁRIO 33
a. Técnicas Retrospectivas, ou seja, técnicas de conservação e
preservação do ambiente construído;
c. Técnicas Vernaculares;
DESIGN DO PRODUTO
E DESIGN PARA A CONSTRUÇÃO
A área do Design, assim como a Arquitetura e o Urbanismo, é
classificada na categoria de “Ciências Sociais Aplicadas”. Esta classi-
ficação é pertinente, tendo em vista que o design trata do desenvol-
vimento de objetos e de sistemas visuais, que interferem diretamente
no cotidiano das pessoas. Para tanto, os profissionais desta área,
além da formação técnica voltada à transformação e manipulação
de matérias-primas, à fabricação industrial e à viabilidade econômica
da produção, necessitam de conhecimentos relativos aos aspectos
estéticos, referenciados nas especificidades culturais e sociais dos
usuários, aspectos esses que, inevitavelmente, são incorporados e
veiculados pelos produtos industrializados.
SUMÁRIO 34
individual dos produtos, fatores ideológicos e morais relativos a valo-
res culturais, regionais, ecológicos etc.), além de agregarem valor
como mercadoria. Trata-se, portanto, de uma atividade de caráter
inter e multidisciplinar, que requer a interação de vários profissionais
e o estabelecimento de equipes de projeto que, dependendo da área
de atuação, tendem a se constituir em função de suas afinidades
disciplinares e ideológicas.
SUMÁRIO 35
dos clientes que contratam os serviços, objetivando atendê-las a
partir de uma abordagem cada vez mais ampla. Nessa perspectiva,
a aplicação de métodos e técnicas específicas visa à adequação das
soluções, guiando-se pela análise das seguintes questões:
SUMÁRIO 36
uma visão contemporânea interdisciplinar e a aplicação de recursos
metodológicos adequados a uma intervenção, necessariamente sis-
têmica, em relação à concepção de sistemas de produtos, sistemas
visuais, espaços e equipamentos públicos e, também, a sinalética
urbana e a museográfica. Em linhas gerais, busca-se:
SUMÁRIO 37
necessidades especiais e, também, aqueles em ambientes
culturalmente estranhos como, por exemplo, os estrangeiros;
ENSINO NA GRADUAÇÃO
Na graduação, o Departamento TAU tem ofertado discipli-
nas para os Cursos de Arquitetura e Urbanismo (diurno e noturno)
e o Curso de Design, junto à Escola de Arquitetura; para o Curso
de Design de Moda e o Curso de Conservação e Restauração de
Bens Culturais Móveis, junto à Escola de Belas Artes; para o Curso
de Engenharia Civil e o Curso de Engenharia Ambiental, junto à
Escola de Engenharia.
SUMÁRIO 38
ENSINO NA PÓS-GRADUAÇÃO
Com a evolução da titulação dos docentes em nível de dou-
torado, a participação do Departamento TAU em Programas de
Pós-graduação vem sendo ampliada de maneira significativa.
SUMÁRIO 39
Ainda na UFMG, mais recentemente, alguns de seus docen-
tes vêm atuando junto ao Programa de Pós-graduação em Engenha-
ria de Estruturas e ao Programa de Pós-graduação em Engenharia
de Materiais de Construção (ambos na Escola de Engenharia), ao
Programa de Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica e Pro-
priedade Intelectual (Instituto de Ciências Biológicas) e ao Programa
de Mestrado Profissional em Educação e Docência (o Promestre da
Faculdade de Educação). Além desses, há também a participação
junto ao Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia da
Madeira da Universidade Federal de Lavras.
ATIVIDADES DE
PESQUISA E LABORATÓRIOS
No que se refere às atividades de pesquisa, variadas fren-
tes de atuação dos docentes do Departamento TAU redundaram
em projetos, cuja solidez, conteúdo e resultados foram objeto de
destaque, desdobrando-se em diversas publicações científicas, pre-
miações e registros de Desenho Industrial e de patentes junto ao
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Além disto, tais
projetos vêm sendo legitimados pelo contínuo apoio de agências de
fomento nacionais e, até mesmo, internacionais, tais como o Conse-
lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
SUMÁRIO 40
a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Funda-
ção de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG),
o Fundo de Mobilidade Santander, o Deutscher Akademischer Aus-
tauschdienst (DAAD), o International Relations Grant do Council of
Australian Latin American Relations (COALAR), e outros fomentos
tais como Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) e Compa-
nhia Energética de Minas Gerais (CEMIG).
SUMÁRIO 41
bem como às atividades de extensão e de ensino na graduação e
pós-graduação. São eles: Laboratório de Pesquisas Tecnológicas
(LPT), Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética em
Edificações (LABCON), Laboratório de Estudos Integrados em Arqui-
tetura, Design e Estruturas (LADE), Laboratório de Design e Biomi-
mética (LDBio) e Laboratório de Ensaios Não Destrutivos (LENaDe).
LABORATÓRIO DE
PESQUISAS TECNOLÓGICAS
O LPT é a evolução do antigo Laboratório de Materiais do
Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da EA-UFMG,
implantado, ainda na década de 1950, sob os padrões dos “Gabinetes
de Materiais”. Posteriormente, foi adaptado como laboratório de infor-
mações, contendo mostruário de materiais e informações técnicas
de apoio à especificação. Atualmente, reúne um acervo de informa-
ção técnica e equipamentos para a realização de ensaios e testes em
materiais, servindo de suporte à pesquisa.
SUMÁRIO 42
da participação em eventos nacionais e internacionais, tais como a
Feira Internacional da Construção Civil (FEICON), Feira da Habita-
ção (FEHAB) e Feira da Construção (CONSTRUSHOW). O acervo é
composto por documentos atualizados, mas, também, por catálogos
considerados desatualizados, cujo conteúdo é útil como referencial,
garantindo a preservação de acervo histórico, com informações des-
tinadas a reformas e revitalizações arquitetônicas.
SUMÁRIO 43
O LPT está sob a coordenação da professora Sofia Bessa
desde 2022 e, com aporte de seus projetos de pesquisa financia-
dos pela FAPEMIG, continua adquirindo equipamentos (betoneira,
argamassadeira de bancada, estufa, flow table etc.) e materiais diver-
sos (vidrarias, fôrmas, etc.) para o desenvolvimento de pesquisas em
nível de graduação e de pós-graduação.
LABORATÓRIO DE CONFORTO
AMBIENTAL E EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES
O LABCON, criado junto ao Departamento TAU em 1996,
visa atender às determinações do currículo do Curso de Graduação
em Arquitetura e Urbanismo da EA- UFMG, bem como dar suporte
às atividades de pesquisa e pós-graduação. Por um lado, o Labo-
ratório participa da atividade prática experimental na formação em
Arquitetura e Urbanismo, atividade esta entendida como uma expe-
riência sensível e cognitiva, que pode ter repercussão positiva no
engajamento do estudante, tanto em relação ao Curso quanto em
relação à sua produção intelectual. Por outro lado, o LABCON pro-
picia a infraestrutura para a sistematização de levantamentos, pes-
quisas e desenvolvimento em tecnologia de projetos, coerente com
as diferenciações climático-ambientais e socioeconômicas do Brasil,
de forma a promover uma regionalização da arquitetura no País,
recuperando-se a riqueza, a identidade e a variabilidade ambiental
resultantes da interpretação cultural dos limites e potencialidades
do meio natural local.
SUMÁRIO 44
■ Formar estudantes de arquitetura e urbanismo com um
entendimento adequado das técnicas de controle ambien-
tal, por meio de experimentos, estudos e treinamento envol-
vendo parâmetros de temperatura, ventilação, insolação, tro-
cas térmicas, iluminação e acústica;
SUMÁRIO 45
disciplinas de Conforto Ambiental para graduação, apor-
tando maior dinamismo no trabalho de síntese de projeto;
LABORATÓRIO DE
ESTUDOS INTEGRADOS EM
ARQUITETURA, DESIGN E ESTRUTURAS
O LADE é uma iniciativa interdepartamental estabelecida
por meio de acordo de trabalho conjunto, firmado com o Depar-
tamento de Engenharia de Estruturas, da Escola de Engenharia
(DEES) da UFMG. Sua criação se deu em 2006. No entanto, seu
formato interdepartamental derivou do Laboratório de Estudos
SUMÁRIO 46
Integrados em Arquitetura e Design (L-AD), criado um ano antes
junto ao Departamento TAU.
SUMÁRIO 47
aprofundados relativos às duas áreas, assim como à enge-
nharia de estruturas;
SUMÁRIO 48
Gomes, Marcelo Pinto e Maria Luiza Viana), o LADE elaborou seu
Manual da Qualidade do Laboratório (Norma NBR ISO/IEC 17025),
que vem subsidiando suas atividades. As mesmas são realizadas
em espaço equipado com estações de trabalhos, equipamentos de
ensaios (com destaque para ensaios de Análise Sensorial) e sof-
twares de Avaliação de Ciclo de Vida, adquiridos com recursos de
projetos de pesquisa financiados pela FINEP, CNPq e FAPEMIG.
Diversos têm sido os projetos de pesquisa conduzidos pelo Labora-
tório, envolvendo dezenas de bolsistas e produzindo uma centena de
publicações científicas.
SUMÁRIO 49
sua competitividade. Diante disto, o LDBio identifica alguns pontos
potenciais para a geração de valor:
■ Design Social;
■ Engenharia Civil;
LABORATÓRIO DE
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
O LENaDe reúne, num só local, diversas áreas de conheci-
mento relativas à Arquitetura, Design, Engenharia (Civil, de Materiais
e Florestal), atuando de maneira interdisciplinar a fim de propor solu-
ções para caracterização mecânica de materiais, avaliação de pato-
logias em diversos materiais, verificação da integridade estrutural de
árvores vivas, entre outros. Sua principal inovação é a junção das
SUMÁRIO 50
áreas de construções históricas, ensaios não destrutivos, Engenharia
da madeira e gestão de risco de queda de árvores. O laboratório atua
principalmente na pesquisa. Contudo, tem também por objetivo dar
suporte ao desenvolvimento de atividades de ensino na graduação
e na pós-graduação, bem como às atividades junto à sociedade por
meio de projetos de extensão.
SUMÁRIO 51
CENTRO MULTIUSUÁRIO DE ANÁLISE
EXPERIMENTAL DE ESTRUTURAS
Em agosto de 2022, o LENaDe foi convidado a fazer parte da
constituição de um Laboratório Institucional de Pesquisa (LIPq).
SUMÁRIO 52
a transdisciplinaridade e fomentar o intercâmbio acadêmico-cientí-
fico e tecnológico entre as comunidades interna e externa à UFMG.
ATIVIDADES DE EXTENSÃO
No âmbito da extensão, até 2010, o Departamento TAU trouxe
grande contribuição em atividades extramuros, por meio de seu Cen-
tro Experimental de Treinamento e Prestação de Serviços (CETEPS),
no desenvolvimento do “Programa Comunitário de Assessoria a
Comunidades e Municípios Carentes”, efetivando inúmeros projetos,
relativos a edificações para instituições filantrópicas e comunidades
carentes, processos de usucapião e regularização de imóveis, asses-
soria à comunidade, dentre outros (Departamento TAU, 2008).
SUMÁRIO 53
Foram realizados, também, cursos de softwares de ponta,
como o ENVI-Met e o ARCVIEW, que contou com alunos de outros
Estados, e o Ciclo de Palestras de Arquitetura e Engenharia de Esta-
belecimentos Assistenciais de Saúde.
SUMÁRIO 54
usuários, da geração de renda e da qualidade de vida das pessoas,
dando respostas aos problemas sociais do País, em trabalho con-
junto com comunidades. Nesse sentido, essas atividades extramu-
ros do Departamento produzem casos que são trazidos e debatidos
no ensino de graduação e pós-graduação, identificando questões e
problemas na prática profissional, que podem, ainda, retroagir e se
transformar em temas para novas pesquisas e ações de extensão.
EVENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
PROMOVIDOS
Ao longo dos anos, o Departamento TAU teve a oportunidade
de organizar e sediar importantes encontros técnico-científicos,
quais sejam:
SUMÁRIO 55
■ Em 2017: International Symposium on Sustainable Design
+ Simpósio Brasileiro de Design Sustentável (ISSD+SBDS
2017), realizado pelo Programa de Pós-graduação em
Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável e pelo Depar-
tamento TAU na EA-UFMG;
REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO TAU. Plano Plurianual 2009-2013. Departamento de Tecnologia da
Arquitetura e do Urbanismo. Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas
Gerais: Belo Horizonte, 2008.
KOLCABA, K.; WILSON, L. Comfort Care: a framework for perianesthesia nursing. Journal
of PeriAnesthesia Nursing, New York, v. 17, n. 2, p. 102-114, April, 2002.
PAIVA, J. E. M. Relatório consubstanciado de atividades apresentado como
requisito parcial à obtenção de progressão vertical à classe de Professor
Associado. Universidade Federal de Minas Gerais: Belo Horizonte, 2011.
REZENDE, M. A. P. Influência da Tecnologia Construtiva na Arquitetura: estudos
de casos nos Conjuntos COHAB-MG do Município de Belo Horizonte (1964-1988). 1988.
Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Escola de Arquitetura, UFMG, Belo Horizonte, 1998.
SOUZA, R. V. G. O conforto ambiental como parâmetro de conservação de energia.
Congresso Técnico-Científico De Engenharia, Florianópolis. Anais... Universidade Federal
de Santa Catarina, vol. 1, 1996. p. 43-46.
VIANNA, N. S. Tecnologia e Arquitetura. In: MASCARÓ, L. (org.). Tecnologia e Arquitetura.
São Paulo: Nobel, 1990. p. 33-60.
SUMÁRIO 56
Par te
II
TECNOLOGIA,
ARQUITETURA
E URBANISMO,
DESIGN
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.1 RES ET TALIS
Victor Mourthé Valadares
SUMÁRIO 58
foram turbulentos, através de uma gestão de direção de unidade
que não mediu esforços, seja em questionar a pertinência de um
Departamento de Tecnologia em nossa Unidade, seja em extirpá-lo
do espaço físico dela. Este movimento negativista e contraditório em
torno da Tecnologia e um Departamento para tal numa Escola de
Arquitetura, talvez de caráter libertário que seja da noção de “arqui-
tetura é construção” e seu vínculo com disciplinas da engenharia,
procurando desencarná-la de uma materialidade que lhe é inerente
e cuja solidez define a imaterialidade de sua vacuidade que, ambos
imbricados, lhe são constituintes.
SUMÁRIO 59
Mas, o Departamento TAU mostrou-se firme em seu propó-
sito, resistiu e veio a ser fortalecido no contexto do Programa REUNI,
especialmente pelo fato de apresentar proposta e vir a ter no seu
corpo docente a maior parte dos novos professores para o Curso de
Design na UFMG. E é sobre o tema do fortalecimento que vou me ater
agora, o qual diz respeito à minha área de atuação no Departamento
TAU, ainda que não tão evidente por ora essa relação. Vou abordar a
noção do conforto e seu impacto na concepção vitruviana da arqui-
tetura e sua relação com a tecnologia em Arquitetura e Urbanismo.
SUMÁRIO 60
Figura 1 - Configuração morfêmica da palavra conforto
SUMÁRIO 62
Figura 3 - As 37 formas livres do vocábulo confortar identificadas com lexema “fort” presente
SUMÁRIO 63
Concluindo as considerações sobre a palavra, na aborda-
gem acepcional, na Figura 4 consta seis grupos acepcionais cuja
identificação surgiu de aproximações semânticas previamente ela-
boradas, mas não apresentadas aqui, que são abrangidos por três
domínios acepcionais constituintes de três núcleos acepcionais ima-
nentes do conforto. O núcleo acepcionalmais remoto é o autóctone
(NaA) que abrange os grupos acepcionais fortalecimento, recurso e
nutriz. O grupo fortalecimento abrange noções de força, vigor, alento,
ânimo e encorajamento; o do recurso envolve indumentária (aga-
salho e luvas), auxílios, meios e possibilidade; e do nutriz envolve
nutrição (alimentos fortificantes, principalmente). Esses três grupos
acepcionais compõem o domínio acepcional de empoderamento
constituinte do NaA.
SUMÁRIO 64
suscitando o vigor, administrando artefatos e direcionado afetos
ao confortalecível na expectativa que a experiência da conforta-
ção seja plena e consumada naquilo que é possível nas circuns-
tâncias apresentadas.
SUMÁRIO 65
Então o conforto é este comportamento privilegiado de satis-
fação de demandas num ponto de equilíbrio que podemos represen-
tar num eixo de continuum escassez – excesso. Pelas noções intrín-
secas ao termo, são delineados três eixos de tensão: o do contenta-
mento, continuum penúria – luxúria, estado de suficiência, vinculado
ao domínio do bem-estar físico-material associado ao artefato; o do
fortalecimento, continuum fraqueza – potência, estado de confiança,
vinculado ao domínio do empoderamento, associado ao vigor; e o do
reconhecimento, continnum desolação – fascinação, estado de con-
sideração, vinculado ao domínio do bem-estar psíquico- emocional,
associado ao afeto.
SUMÁRIO 66
Figura 5 - Síntese da análise noética-noemática.
IMPACTO DA NOÇÃO
DE CONFORTO NA CONCEPÇÃO
VITRUVIANA DA ARQUITETURA
Descolando do aspecto difuso do conforto para focar no
âmbito da arquitetura e urbanismo, ou seja, do ambiente construído,
em geral, destacando sua imanência neles, não restrito ao ambien-
tal, mas procurando ir além, vou recorrer à noção de arquitetura na
tradição greco-romana, através do legado de Vitrúrio4. No seu enten-
dimento, as edificações deveriam atender a três princípios, firmitas,
utilitas e venustasdenominações originalmente latinas, recuperadas
no Quadro 2 e relacionadas com quatro interpretações.
4 Arquiteto romano que viveu no século I a.C. autor da obra “De Architectura”, único tratado europeu
do período greco-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos
textos sobre Arquitetura e Urbanismo, Hidráulica, Engenharia, desde o Renascimento. (https://
pt.wikipedia.org/wiki/Vitrúvio).
SUMÁRIO 67
As palavras destacadas em negrito e itálico de cada refe-
rência e para cada princípio orientaram na identificação do aspecto
pelo qual se estabelece uma relação com o conforto. Entre tais refe-
rências é importante destacar Moore (apud Snyder; Catanese, 1984,
p.65), que traduz tais princípios como firmeza, comodidade e prazer e
que atualmente remete à tecnologia, função e estética no seu enten-
dimento. O autor reforça a ideia da arquitetura como uma disciplina
de síntese e que tais princípios estão vinculados às relações que o
campo disciplinar da arquitetura possui com os campos disciplina-
res da engenharia, ciências sociais e artes.
SUMÁRIO 68
Quadro 2 – Interpretações dos princípios que regem a
construção de edifícios segundo Vitrúvio
Latim:
FIRMITAS UTILITAS VENUSTAS
Fonte:
solidez utilidade beleza
uso, funcionalidade, proveito,
firmeza, consistência, robustez elegância, estética
vantagem
Vitrúvio / Maciel “sem qualquer impedimento
e Howe (2006) “aspecto da obra para agradável
a adequação do uso dos
“escavação dos fundamentos e elegante medidas das partes
solos, assim como uma
até chão firme” correspondam a uma adequada
repartição apropriada ao tipo
lógica de comensurabilidade”
de exposição solar”
soundness utility attractiveness
“design allows faultless,
Vitruvius / “the foundations have been unimpeded use the “the appearance of the work
Rowland, Howe laid firmly and building disposition of the spaces is pleasing and elegant, and
e Dewar (1999) materials may be, they have and the allocation of each the proportions of its elements
been chosen with care but not type of space is properly have properly developed
excessive frugality” oriented, appropriate, and principles of symmetry”
comfortable”
durability convenience bealty
Arrangement is faultless
appearance of the work is
Vitruvius / foundations are carried and present no hindrance
pleasing and in good taste, and
Morgan (1960) down to the solid ground and to use and when each class
when its members are in due
materials wisely and liberally of building is assigned to
proportion according to correct
select its suitable and appropriate
principles of symmetry
exposure
Vitruvius / firmeza comodidade prazer
Moore (apud
Snyder e
Catanese, 1984, tecnologia função estética
p.65)
Relação com o FORTIFICAÇÃO BEM-ESTAR FÍSICO BEM-ESTAR ESTÉTICO
conforto enquanto sustentação enquanto adequação enquanto fruição
Fonte: adaptado de Valadares, 2018.
SUMÁRIO 69
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989). Novo Aurélio Século XXI: o
dicionário da língua portuguesa.3.ed. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1999.
AULETE, Francisco Júlio de Caldas (1823-1878) Garcia, Hamilcar de; Nascentes, Antenor.
Dicionário contemporâneo da língua portuguesa.5.ed. Rio de Janeiro : Delta, 1968.
SNYDER, J.C.; CATANESE, A.J. Introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: Campus, 1984.
VITRUVIUS; MORGAN, M. H. Vitruvius: the ten books on architecture. New York: Dover, 1960.
SUMÁRIO 70
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.2 O DESIGN NA ESCOLA
DE ARQUITETURA
Andréa Franco Pereira
SUMÁRIO 71
Ampliamos as reflexões sobre os benefícios da implanta-
ção do Curso de Design na EA-UFMG, tanto para uma “retomada”
dessas conexões que outrora haviam sido propostas, quanto para a
ampliação de vagas e aproveitamento da infraestrutura instalada. De
imediato pensamos na possibilidade de implantação de um curso
noturno, com vistas a utilizar as instalações existentes em horário
ocioso, permitindo maior acessibilidade para o aluno que traba-
lhasse e trazendo retorno à sociedade por meio das ações da uni-
versidade pública. Ainda nesta reunião, começamos a especular
sobre como poderíamos construir o Curso. Entendemos que, face ao
mundo cada vez mais complexo, deveríamos conceituá-lo sobre uma
base interdisciplinar. Nos perguntamos se uma abordagem integral
do design, envolvendo tanto a área de produto quanto a área gráfica,
em um único curso, não seria mais interessante.
SUMÁRIO 72
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
A EA-UFMG, ao longo de sua existência desde 1930, foi essen-
cialmente marcada pela oferta do Curso de Graduação em Arquite-
tura e Urbanismo, ressentindo-se da proposição de outros cursos de
graduação afins, ligados a aspectos essenciais da produção e que
se articulassem com a Arquitetura, o Urbanismo e as Artes Visuais.
A criação de novo curso na Unidade tornou-se, portanto, oportuna,
de modo a ampliar o alcance da formação acadêmica e maximizar
a utilização da capacidade instalada. A implantação do bachare-
lado em Design viria preencher uma lacuna de oferta de cursos de
graduação na UFMG no período noturno, somando-se à relevância
social e econômica que a atividade do design vinha alcançando
no País naquela época.
5 Prof. José Eustáquio Machado de Paiva e Profa. Marieta Cardoso Maciel (Escola de Arquitetura),
Prof. Jalver Machado Bethônico e Prof. Marcelo Drummond Lage (Escola de Belas Artes), Prof. Edu-
ardo Romeiro Filho (Escola de Engenharia) e Andréa Franco Pereira (consultora ad hoc, na ocasião
bolsista recém-doutor do CNPq).
SUMÁRIO 73
considerou as perspectivas e anseios dessas três áreas no sentido
de constituir condições para um trabalho cooperativo.
SUMÁRIO 74
considerando uma perspectiva de inserção internacional. Tais estu-
dos apontaram para a necessidade de uma formação que viesse a
propiciar uma atuação mais ampla e generalista do profissional, ao
mesmo tempo, privilegiando atuações especializadas. Sendo assim,
optou-se por uma estrutura curricular constituída por um tronco
comum de conteúdos fundamentais, que se desdobraria em três
percursos, sendo eles: “Design para a Construção” (cuja ideia seria
estimular o design de objetos, sinalização etc., voltado para o setor
da construção civil, aproveitando as competências da própria EA-U-
FMG), “Design Gráfico” e “Design do Produto” (estes que represen-
tariam as clássicas áreas de atuação do designer), possibilitando ao
aluno integralizar sua formação conforme suas próprias demandas.
Ao adotar o conceito de percurso, a Comissão preservou a titulação
única de Bacharel em Design.
SUMÁRIO 75
adequadas de funcionamento que buscassem favorecer, principal-
mente, o aluno que trabalhasse.
Design é uma atividade projetual que requer conheci-
mentos sobre processos de transformação de matérias-
-primas, qualidade, mercado, comunicação visual, logís-
tica, usabilidade e ergonomia, permitindo que os produtos
desempenhem funções de uso (facilidade/dificuldade de
uso, conforto físico, adequação do uso à forma, qualidade
dos componentes e performance de funcionamento) e de
estima (fatores simbólicos relativos ao desejo de possuir
o objeto e ao prazer em usá-lo, fatores psicológicos rela-
tivos à percepção individual dos produtos, fatores ideo-
lógicos e morais relativos a valores culturais, regionais,
ecológicos etc.), além de agregarem valor como merca-
doria. Trata-se, portanto, de uma atividade de caráter inter
e multidisciplinar, que requer a interação de vários profis-
sionais e o estabelecimento de equipes de projeto que,
dependendo da área de atuação, tendem a se constituir
em função de suas afinidades disciplinares e ideológi-
cas (EA6, 2008, p.10).
SUMÁRIO 76
aos estudantes para uma construção curricular individualizada, o
Curso assentou-se em formações Específica, Complementar e Livre.
SUMÁRIO 77
Urbanismo; e representantes discentes, de acordo com o Estatuto e
Regimento Geral da UFMG.
SUMÁRIO 78
pólo moveleiro do Vale do Jequitinhonha: Diversificação e valorização
do uso da madeira de eucalipto através do design de componentes
arquitetônicos e da certificação de produtos madeireiros”, coordenado
pela professora Roberta Souza, junto ao Departamento TAU.
SUMÁRIO 79
Figura 3 - Exposição “Design & Arquitetura”: homenagem ao professor Jefferson Lodi.
7 Jefferson Lodi foi o primeiro professor de desenho artístico da Escola de Arquitetura da UFMG. Gra-
duado como Engenheiro Arquiteto pela EA-UFMG em 1951, iniciou sua carreira docente na mesma
instituição em 1957, onde lecionou até a década de 1990. Também foi professor fundador da Escola
de Belas Artes da UFMG e professor da Escola Guignard, Escola esta que posteriormente veio a ser
integrada à UEMG.
SUMÁRIO 80
CONSTITUIÇÃO DO CORPO DOCENTE
O papel do Departamento TAU no Curso de Design da
UFMG é central. O Departamento foi sugerido como o mais indicado
a acolher o novo Curso e foi considerado o espaço de nucleação das
competências da área do Design na EA-UFMG.
SUMÁRIO 81
de 1590 horas, que seriam escolhidas por cada estudante para a
integralização do Curso.
SUMÁRIO 82
envolvidos no Curso de Design. Três das 10 vagas poderiam ser des-
dobradas em vagas de dedicação de 20 ou 40 horas semanais, as
chamadas T20 e T40. Ao final, o Curso de Design recebeu sete vagas
DE e nove vagas T20.
SUMÁRIO 83
Em setembro de 2023, outras duas vagas foram concedidas a par-
tir de esforços da Chefia do Departamento TAU e do Colegiado de
Graduação do Curso de Design junto à Pró-Reitoria de Graduação.
Para uma destas vagas, foi aproveitado o 2º colocado em concurso
de 2023. A outra vaga será colocada em concurso em 2024.
REFERÊNCIAS
ESCOLA DE ARQUITETURA (EA). Projeto Pedagógico do Curso de Design da UFMG.
Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais: Belo Horizonte, 2008.
SUMÁRIO 84
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.3 ESPECIALIZAÇÃO EM CONFORTO
AMBIENTAL, EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA E TECNOLOGIAS
CONSTRUTIVAS SUSTENTÁVEIS
Marco Antônio Penido de Rezende
Cynara Fiedler Bremer
Leonardo de Oliveira Gomes
SUMÁRIO 85
→ incentivar a inovação quanto à utilização da matéria-prima e
dos sistemas tecnológicos;
Fonte: https://ufmgpossustentabilidade.com.br/
SUMÁRIO 86
arquitetura e conforto ambiental), urbanismo (planejamento urbano,
paisagem e entorno natural: geográfico, recursos hídricos etc.),
engenharia (tecnologia de processos e dos materiais, sistemas cons-
trutivos), gestão (gestão de projetos sustentáveis e gestão de obras),
design (desenvolvimento de componentes eficientes e adequados
aos usuários, aplicação de ferramentas de ecodesign), direito (legis-
lação e perícia ambiental), sociologia, economia e administração
(sustentabilidade do ambiente construído). Assim sendo, o Curso
pretende ofertar informações nas áreas acima citadas, visando capa-
citar os profissionais para a tarefa de propor soluções tecnológicas
sustentáveis para os edifícios e ambiente construído como um todo.
SUMÁRIO 87
Edificações (LABCON) e Laboratório de Estudos Integrados em
Arquitetura, Design e Estruturas (LADE).
ESTRUTURA DO CURSO
A abordagem do Curso prevê uma estratificação em
quatro eixos, sendo um Eixo Metodológico e três Eixos Funda-
mentadores (Figura 2).
SUMÁRIO 88
O Eixo Metodológico, chamado “Procedimentos do Curso”,
tem como objetivo apresentar a pesquisa científica/tecnológica e
suas metodologias, bem como orientar as formas de desenvolvi-
mento e entrega dos Trabalhos de Conclusão de Curso.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O conteúdo didático é proposto de forma a flexibilizar a
organização da grade curricular, visando oferecer ao aluno um equi-
líbrio do conteúdo ofertado, considerando uma oferta ampla de
disciplinas optativas. Isso dá ao aluno a oportunidade de seleção
dos temas mais condizentes com as suas atuações profissionais.
SUMÁRIO 89
Cada aluno faz, semestralmente, sua matrícula por disciplinas com a
orientação de um professor tutor.
■ Metodologia Científica
■ Tópicos I de 15h
■ Tópicos II de 30h
SUMÁRIO 90
MÓDULO 2.1 – CONFORTO AMBIENTAL
■ Climatização de Ambientes
■ Acústica de Ambientes
■ Iluminação Integrada
■ Certificação Ambiental
■ AQUA
■ LEED
■ RTQs
SUMÁRIO 91
sustentabilidade e tecnologia aplicada ao ambiente construído, habi-
tação, cidades e gestão aplicada, de forma conceitual e prática.
■ Concreto Sustentável
■ Arquitetura Vernácula
■ Cidades Inteligentes
■ Automação de Edifícios
■ Incêndios
■ Bioclimática
SUMÁRIO 92
■ Resíduos e Impactos Ambientais
■ Mobilidade Urbana
■ Gestão de Pós-ocupações
■ Transportation Design
SUMÁRIO 93
EVENTOS COMPLEMENTARES
O Curso promove, também, uma série de eventos comple-
mentares, tais como os Seminários e as Oficinas Práticas.
SEMINÁRIOS
A cada um ano e meio, o Curso promove um seminário rela-
cionado a temas relevantes na área de sustentabilidade. Por exem-
plo, o seminário organizado após a pandemia do Covid-19, apre-
sentado na Figura 3.
AULAS ESPECIAIS
Oficinas Práticas
Buscando levar a experiência prática de obras e outras ativi-
dades relacionadas a ações de sustentabilidade, o Curso oferece ofi-
cinas práticas voltadas a temas específicos, tais como os cursos de
SUMÁRIO 94
arquitetura de terra e pedra. Alguns deles, por demanda, são abertos
à participação de público externo. As Figuras 4 e 5 ilustram algumas
dessas atividades desenvolvidas.
SUMÁRIO 95
Figura 5 - Peças de divulgação da Oficina de Pedra: da arte à construção.
SELO EDITORIAL
Fruto do amadurecimento dos trabalhos e pesquisas desen-
volvidos pelo Curso, um selo editorial foi criado. Trata-se do selo edi-
torial “Sustentabilidade no Ambiente Construído”, que tem editado
obras relacionadas ao tema, como o livro “Arquitetura Vernácula e Sus-
tentabilidade” e o livro “Tecnologia, Sociedade e Cultura” (Figura 6).
SUMÁRIO 96
Figura 6 - Publicação do Selo Editorial Sustentabilidade no Ambiente Construído.
SUMÁRIO 97
conforme calendário escolar apresentado antes do início de
cada semestre letivo;
SUMÁRIO 98
COORDENAÇÃO DO CURSO
A Comissão Coordenadora é composta por três professo-
res do Departamento TAU. Atualmente, essa gestão conta com o
professor Marco Antônio Penido de Rezende, como coordenador,
com a professora Cynara Fiedler Bremer, como subcoordenadora,
e o professor Leonardo de Oliveira Gomes, como responsável pela
divulgação do Curso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo surgido de uma demanda de empresas e profissionais
ligados à construção civil e ao design de produtos, bem como do
resultado de pesquisas e atividades dos professores do Departa-
mento TAU, o Curso de Especialização propõe uma abordagem didá-
tica focada na participação dos discentes, inclusive no traçado de
seu percurso, buscando incluir as informações mais recentes da área
da sustentabilidade, aplicadas aos produtos, edificações e cidades.
SUMÁRIO 99
DESTAQUES
EM TECNOLOGIA
NO TAU
PREMIAÇÕES
1997
Prêmio de Ciência e Tecnologia da Sociedade
Mineira de Engenheiros (SME):
SUMÁRIO 100
1998
Prêmio de Ciência e Tecnologia da Sociedade
Mineira de Engenheiros (SME):
1999
Prêmio de Ciência e Tecnologia da Sociedade
Mineira de Engenheiros (SME):
SUMÁRIO 101
2005
Prêmio da XIV Semana de Iniciação
Científica da UFMG:
2007
Prêmio Mãos à Obra 2007, FIEMG/MINASCON:
Trabalhos:
SUMÁRIO 102
2º lugar “Projeto de módulo desmontável para construção de
espaços flexíveis”. Autoria de Nadine Kupferschmmidt.
2008
12ª Edição do Prêmio Novos Talentos, Associação
Brasileira de Designers de Interiores:
Trabalhos:
SUMÁRIO 103
Prêmio do IX Encontro de Extensão da UFMG:
2009
Prêmio Eco-Lógicas: Concurso Nacional de Mono-
grafias sobre Energias Renováveis e Eficiência Ener-
gética, Instituto para o Desenvolvimento de Ener-
gias Alternativas na América Latina (IDEAL):
Premiação: 3º lugar.
SUMÁRIO 104
13ª Edição do Prêmio Nacional de Conservação e
Uso Racional de Energia, ELETROBRÁS/CONPET:
2010
10ª Edição do Prêmio Ethos-Valor, Instituto Ethos e
Valor Econômico:
2011
Prêmio do Non Conventional Materials and Sustai-
nable Technologies Conference (NOCMAT), Hunan
University - China:
SUMÁRIO 105
Prêmio da XX Semana Conhecimento &
Cultura da UFMG:
2012
Prêmio da XXI Semana Conhecimento &
Cultura da UFMG:
SUMÁRIO 106
2013
Prêmio Tok&Stok de Design Universitário:
Premiação: 2º lugar.
2014
Prêmio do XVII Encontro de Extensão da UFMG:
2015
Prêmio Melhor Tese do Programa de Pós-graduação
em Engenharia de Estruturas, UFMG:
SUMÁRIO 107
2016
Prêmio Tok&Stok de Design Universitário:
Premiação: 3º lugar.
Premiação: Finalista.
SUMÁRIO 108
Trabalho: “A influência dos usuários sobre os sistemas de
iluminação natural e artificial: estudo de caso de salas da Escola de
Arquitetura da UFMG”. Autoria de Camila Campos Gonçalves.
2017
Prêmio da XXVI Semana de Iniciação
Científica da UFMG:
Premiação: Finalista.
SUMÁRIO 109
2018
Prêmio da 26ª Jornada de Jovens Pesquisa-
dores, Associação de Universidades Grupo
Montevidéu (AUGM):
SUMÁRIO 110
Prêmio do 9th International Multi-Conference on
Complexity, Informatics and Cybernetics (IMCIC),
International Institute of Informatics and Systemics:
Premiação: Finalista.
2019
Prêmio da XXVIII Semana de Iniciação
Científica da UFMG:
SUMÁRIO 111
Prêmio ReSchool 2018 - International Architecture
Competition (Certificate of Achievement):
2020
Prêmio do 11th International Multi-Conference on
Complexity, Informatics and Cybernetics (IMCIC),
International Institute of Informatics and Systemics:
SUMÁRIO 112
Trabalho: “Avaliação da durabilidade de microconcretos com
rejeito de minério de ferro para a produção de elementos vazados”.
Autoria de Mariana Alves Miranda.
Premiação: Destaque.
2021
Prêmio PhD Proposal Award, International Federa-
tion for IT and Travel & Tourism:
SUMÁRIO 113
Prêmio Mentes da Inovação, Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde: Premiação: 3º lugar.
2022
Prêmio do XIX Encontro Nacional de Tecnologia do
Ambiente Construído (ENTAC):
SUMÁRIO 114
Autoria: Leonardo G. de Oliveira Gomes, Andréa Franco
Pereira, Sofia Araújo Lima Bessa
Premiação: 2º lugar.
SUMÁRIO 115
2023
Concurso “Eu faço IC, e você?” - Pró-Reitoria de
Pesquisa da UFMG:
SUMÁRIO 116
PATENTES
E DESENHO INDUSTRIAL
2007
“Absorvedor Sonoro: Componente arquitetônico para conforto
ambiental de controle acústico”.
SUMÁRIO 117
“Brise-soleil: Componente arquitetônico para conforto ambien-
tal de controle térmico- luminoso”.
2010
“Taco ornamental modular para assoalhos - utilizado como
material de acabamento para a construção civil”.
SUMÁRIO 118
2011
“Dispositivo de bambu protendido”.
2014
“Prateleira de luz arquitetônica oblíqua para iluminação natural”.
2016
“Brinquedo auxiliador no diagnóstico de daltonismo”.
SUMÁRIO 119
2019
“Bastidor modular”.
SUMÁRIO 120
Depósito de Desenho Industrial 001760-9
2020
“Aplicador de barra roscada e uso” e “Dispositivo fixador
para barra roscada”.
SUMÁRIO 121
Depósito de Desenho Industrial BR3020200058135
2022
“Embalagem ergonômica para transporte e armazenagem de
materiais constituídos de pequenas partículas”
SUMÁRIO 122
2023
“Algoritmo para customização em massa de cadeiras
ergonômicas fixas”
SUMÁRIO 123
“Algoritmo conversor de polisuperfícies NURBS e malhas
3D por seccionamento paralelo de angulação controlada para
fabricação digital”
Registro de Programa de Computador 20220022 (CTiT/UFMG)
em 12/03/2023
Autor do Departamento TAU: Prof. Érico Franco Mineiro
Origem: Projeto de pesquisa sem financiamento.
SUMÁRIO 124
BOLSAS
DE PRODUTIVIDADE
Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico
e Extensão Inovadora
DT/CNPq - Nível 2
PQ/CNPq - Nível 1D
PQ/CNPq - Nível 2
DT/CNPq - Nível 2
SUMÁRIO 125
Par te
III
RELATOS
DE EXPERIÊNCIAS
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.4 DEZ ANOS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM DESIGN NA
DISCIPLINA OFICINA INTEGRADA
Érico Franco Mineiro
SUMÁRIO 127
produzidos são expostos. Na última seção, a experiência relatada
é discutida em termos de suas particularidades e do seu potencial
para apoiar um tipo de formação em design que possa oferecer uma
base suficientemente robusta para que os estudantes e egressos do
curso se posicionem frente às indeterminações do campo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
NA ESTRUTURA CURRICULAR
A estrutura curricular do Curso de Graduação em Design
da UFMG é marcada por um conjunto de disciplinas obrigatórias
encadeadas de práticas de design ao lado de disciplinas de oficina.
Este encadeamento perpassa o Curso desde o primeiro até o último
período letivo. Neste grupo de disciplinas, os quatro primeiros perío-
dos foram planejados para oferecer uma fundamentação geral, que
inclui: iniciação às práticas de design metodologicamente estrutura-
das, práticas focadas na dimensão simbólica do design e em design
centrado no usuário. Nos períodos subsequentes (5º e 6º períodos),
as atividades de design alcançam um nível de complexidade mais
próximo do que se espera de uma prática profissional e as turmas
são separadas por especialidades do design.
SUMÁRIO 128
Integrado e Oficina Integrada (7º período), quando realizam ativida-
des orientadas de design integrado, sendo que a integração de que
se trata aqui diz respeito às associações entre os conhecimentos
e práticas dos percursos formativos especializados, das diferentes
áreas do campo. Até por isso, se espera que Projeto Integrado e Ofi-
cina Integrada tenham um caráter interdisciplinar. Nos últimos perí-
odos do curso (8º e 9º) as disciplinas obrigatórias são o Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) e a Oficina de Conclusão de Curso (OCC).
SUMÁRIO 129
é preciso planejamento e acomodação mútua entre objetivos, atividades
e experimentação (Thomke, 2007). Estendendo este argumento para
o contexto educacional, a seção seguinte apresenta o planejamento
da Oficina Integrada desde a exposição a um panorama introdutório
criado pelos próprios estudantes, passando por atividades de apren-
dizagem técnica fundamental, pela aprendizagem concomitante às
atividades de experimentação, até alcançar práticas de desenvolvi-
mento experimental em design em equipes.
PLANEJAMENTO E CONDUÇÃO
DA OFICINA INTEGRADA
A Oficina Integrada é uma disciplina de natureza prá-
tica. Nas turmas do ano letivo de 2019, os estudantes conduzi-
ram três atividades orientadas ao longo da disciplina, conforme o
planejamento seguinte.
SUMÁRIO 130
São achados recorrentes nesta atividade: (1) artefatos que
não se enquadram em categorias preestabelecidas; (2) informações
sobre tecnologias recém-difundidas e pouco conhecidas pelos estu-
dantes, tais como plataformas de prototipagem de artefatos físicos
computacionais, programas para projeção mapeada e tecnologias
de fabricação digital; (3) equipes de desenvolvimento com indiví-
duos que têm formações muito diversas; (4) artefatos desenvolvi-
dos em contextos independentes ou em ambientes institucionais
de pesquisa, muitas vezes desenvolvidos por motivação da própria
equipe, sem uma demanda comercial; (5) características do pro-
cesso de desenvolvimento de base experimental, com muitas etapas
iterativas e sem uma estrutura analítica evidente.
SUMÁRIO 131
conjuntos de exercícios para os estudantes. Na segunda etapa, os
estudantes conduzem experimentos exploratórios que devem ser
documentados em um caderno de processo. Nesta segunda parte,
são considerados os avanços individuais no processo experimental,
mais do que o artefato final alcançado. A ideia por trás deste pla-
nejamento é oferecer primeiro uma fundamentação essencial orien-
tada e, em seguida, a experiência de identificar necessidades de
conhecimentos técnicos e buscar recursos de aprendizagem que
possam ser imediatamente aplicados no processo experimental.
ARTEFATOS PRODUZIDOS
Esta seção apresenta artefatos produzidos na terceira ati-
vidade da Oficina Integrada nas turmas de 2019. Os artefatos são
resultados parciais da disciplina, foram produzidos em uma das três
atividades, mas, mais do que isso, os resultados pretendidos mais
relevantes são transformações nos próprios estudantes pelas expe-
riências vivenciadas.
SUMÁRIO 132
Figura 1 - Luminoso Design 10 Anos: (A) luminoso aceso; (B) mesmo luminoso apagado.
Fonte: Trabalho elaborado pelos estudantes Bruno Ribeiro, Dieny Lopes, Jonathan Charles,
Raíra Borba e Sophia Durães.
SUMÁRIO 133
O trabalho apresentado na Figura 3 teve início com a adapta-
ção tipográfica para permitir o corte de matrizes em chapa acrílica na
fresadora CNC. Foram exploradas aplicações com vários materiais
com diferentes propriedades, até que se optou pela areia cinética
para modelar os tipos.
SUMÁRIO 134
Figura 4 - Algarismo romano X: (A) transformação digital da forma tridimensional;
(B) tipos tridimensionais digitais.
SUMÁRIO 135
Figura 5 - Caderno-objeto comemorativo: (A) sketch de produto e sketch gráfico; (B)
capa produzida em termo-formagem à vácuo e adesivos recortados em plotter;
(C) caderno pronto fechado; (D) caderno pronto aberto.
Fonte: Trabalho elaborado pelos estudantes Ana Letícia Rodrigues Costa e Humberto Cardoso Zangueri.
Fonte: Trabalho elaborado pelos estudantes Igor Oliveira, Djalma França Filho e Isadora Martins.
SUMÁRIO 136
Figura 7 - Cartaz tridimensional com objetos: (A) montagem das
peças para termoformagem; (B) exemplo de cartaz pronto.
Fonte: Trabalho elaborado pelos estudantes Bárbara Luppi; Marina Saldanha e Victor Lopes.
SUMÁRIO 137
Figura 9 - Intervenção sobre a fachada da Escola de Arquitetura da UFMG: (A) modelos
em papel; (B) usinagem da base angular; (c) base pronta; (D e E) artefato pronto.
SUMÁRIO 138
Figura 10 - Reprodução de 10 intervenções do Profeta Abdias: (A) molde
termoformado; (B) rebaixo em MDF na CNC; (C, D e E) imagens do artefato final.
Fonte: Trabalho elaborado pelos estudantes Rafael Keven Gonçalves da Silva e Marciana de Fátima Xavier.
SUMÁRIO 139
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos primeiros encontros da Oficina Integrada, percebe-se
que os estudantes tendem a se apegar aos conceitos e às práticas da
formação especializada que escolheram nos percursos formativos,
em design gráfico ou em design de produto. Por outro lado, é notável
que as fronteiras subdisciplinares do design esmaecem nas práticas
contemporâneas (Bremner; Rodgers, 2013).
SUMÁRIO 140
UFMG, deve se preocupar em preparar os estudantes para lidar com
as indeterminações inerentes ao campo e às suas áreas de atuação
de maneira razoavelmente segura, flexível e autônoma.
SUMÁRIO 141
Em qualquer tempo, os estudantes que vivenciaram a Oficina
Integrada poderão retomar suas experiências e lembrar que é pos-
sível conduzir a aprendizagem técnica de maneira autônoma, optar
por práticas de desenvolvimento experimental e mesmo desenvol-
ver artefatos por motivação pessoal, usando tecnologias que antes
pareciam inacessíveis. A Oficina Integrada se coloca como espaço
para trocas de conhecimentos e o desenvolvimento de compe-
tências e habilidades que os ajudam a se posicionar com alguma
segurança diante das indeterminações tecnológicas e daque-
las do campo do design.
REFERÊNCIAS
BUCHANAN, R. Rhetoric, Humanism, and Design. In: BUCHANAN, R.; MARGOLIN, V. (Eds.).
Discovering Design: explorations in design studies. Chicago: Chicago University Press, 1995.
BREMNER, C.; RODGERS, P. Design without discipline. Design Issues, v.29, n.3, p.4-13, 2013.
GERSHENFELD, N. FAB: the coming revolution on your desktop. New York: Basic Books, 2005.
RATTO, M.; HERTZ, G. Critical Making and Interdisciplinary Learning: Making as a Bridge
between Art, Science, Engineering and Social Interventions. In: BOGERS, L.; CHIAPPINI,
L. (Eds.). The Critical Makers Reader: (Un)learing Technology. Amsterdam: Institute of
Network Cultures, 2019.
THOMKE, S. Managing Product and Service Development: text and cases. New York:
McGraw-Hill, 2007.
SUMÁRIO 142
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.5 O DESENHO TÉCNICO NO
CURSO DE DESIGN DA UFMG
Márcia Luiza França da Silva
SUMÁRIO 143
ção. Inicialmente, para isso, o objeto deve ser descrito por meio de
um desenho, que pode ser livre ou um desenho técnico. Distinguir
essas modalidades, baseia- se no próprio objetivo. Se livre, o que
seria uma descrição apenas imagética, para se ter uma ideia do
que se fala; ou técnico, se for algo pormenorizado do objeto a ser
representado, inclusive para seu processo produtivo. Veiga da
Cunha (2004) destaca que:
O desenho técnico deve ser perfeitamente perceptível
e sem ambiguidades na forma como descreve determi-
nado objeto; o desenho livre pode ter, para diferentes
indivíduos, várias interpretações e significados do mesmo
objeto (Cunha, 2004, p. 3).
SUMÁRIO 144
desde o início, com os desenhos livres que denotam as ideias pro-
jetuais, passando pelo conhecimento da Geometria Descritiva, das
construções geométricas, das reduções e ampliações dimensionais
de representação em determinados espaços, e fundamental para a
área, o entendimento das Normas que o regem. As práticas manuais
do desenho são essenciais para que o aluno desenvolva a percepção
espacial, etapa por etapa, para que ele consiga representar sua ideia
e, posteriormente, ser um desenho digital.
TRAJETÓRIA
O Departamento TAU completa 30 anos, num trabalho fecundo
de composição de corpo docente, de projetos de ensino, pesquisa e
extensão e de produção de conhecimento em sua consolidação.
SUMÁRIO 145
se realizasse a contento. Outros professores foram chegando e a
equipe foi sendo montada.
SUMÁRIO 146
é essencial para as duas disciplinas próximas que dão nome ao tema
deste ensaio - o Desenho Técnico.
SUMÁRIO 147
uma nova ótica sobre a dinâmica das aulas, com um debate entre
os alunos que reivindicavam uma articulação que definisse o que
seria importante para ser trabalhado, de acordo com a exigência que
eles passavam em suas ocupações e estágios, além da elaboração
digital de desenhos.
SUMÁRIO 148
os desenhos digitais não representariam nunca, os desenhos técni-
cos de acordo com as Normas, tampouco estariam em condições de
serem lidos e interpretados.
SUMÁRIO 149
No ano de 2012, deu-se continuidade à dinâmica do ano
anterior, no entanto, inserindo uma nova avaliação, que seria a docu-
mentação técnica da disciplina de Projeto, e excluindo a visita téc-
nica, uma vez que outra disciplina optativa estava sendo ofertada,
tendo como base, oportunidades técnicas em indústrias diversas.
Nesta avaliação incluída, eu permiti o uso de software de apoio para
ser apresentado ao outro professor. No entanto, verificou-se um
maior número de erros no ambiente dos programas.
8 Os formatos da série A são aqueles que dentro das Normas ABNT (NBR 10068) e outras, e têm a
denominação de A0, A1, A2, A3, A4, A5 e A6, começando pela área de 1,0 m2 do formato A0, que
sendo dobrado ao meio, gera os outros formatos. No desenho técnico do Design, os mais comuns
são o A4, A3 e A2, devido à escala de objetos. Cada um, em suas particularidades, deve ser dobrado
chegando ao tamanho final de um A4. Esta dobra, por sua vez, segue medidas de acordo também
com as Normas (n.d.a).
SUMÁRIO 150
Para elaboração dessas documentações da disciplina proje-
tual, mais um desafio se aportava: alunos executavam projetos nas
áreas de Design de Produto, Gráfico, Editorial, Modelagem e Design
Têxtil, utilizando os mais diversos materiais. O caderno de anota-
ções para o próximo semestre ia se avolumando. Apesar da riqueza
das atividades, foi um período marcado pela greve dos professores,
com espaços relativamente grandes de tempos entre conteúdos e
disciplinas e resultados finais. É importante destacar aqui o fato de
que os alunos, na época, não conseguiram desmembrar o descon-
tentamento de uma greve com a avaliação das disciplinas, cujos
professores aderiram ao evento, ficando assim a disciplina com um
resultado insatisfatório.
SUMÁRIO 151
em escalas, ora dividindo, ora usando o instrumento como se quisera
testar “a prova dos nove”.
9 A série B é formada pela média geométrica das dimensões dos dois formatos consecutivos da sé-
rie A (A0 e 2A0). O m2 B é dobrado ao meio e os outros formatos são gerados a partir daí, gerando
B1, B2, B3, B4, B5 e B6. A série C é formada a partir das médias geométricas das dimensões dos
dois formatos A0 e B0, gerando consecutivamente C0, C1, C2, C3, C4, C5 e C6. Estas séries são muito
usadas na fabricação de papelarias, envelopes do tipo ofício ou carta, dentre outros (n.d.a).
10 A atividade acontece ainda na Praça do Papa em Belo Horizonte-MG, em sábados específicos em cada
semestre, pela manhã, em sua 15ª. versão neste ano de 2022, virando assim uma tradição da disciplina.
SUMÁRIO 152
Chegara o ano de 2013. Já na primeira aula eu pude constatar
um maior predomínio da escolha pelo Design Gráfico, razão pela qual
algumas avaliações foram modificadas, não em seus conteúdos, mas
em objetos trabalhados. Também foi inserido o desenho de objetos
maiores, em escala natural, com o papel afixado na parede. Foi dada
maior ênfase em embalagens, planificações, design editorial, design
de joias, além de desenhos de produtos e outros materiais, como o
plástico. Um detalhe curioso é que, após cada explicação, havia que
se dar um tempo para a “seção de fotos”, na qual os alunos fotogra-
favam o quadro, para consulta, ficando assim com material didático
digital, cuja questão não podia mais passar despercebida, e novas
articulações precisariam ser feitas para outros semestres.
SUMÁRIO 153
Ainda em 2014, houve um diferencial. Simultaneamente à fre-
quência nesta disciplina, os alunos também estavam matriculados
em uma disciplina piloto que eu ofertei, fruto de meu projeto de
pesquisa no doutorado – Introdução ao Design de Superfícies.
Uma disciplina de trabalhos bem criativos que muito colaborou para
os desenhos em sala de aula, e para um maior entrosamento entre
aluno-professor. Foi um semestre muito produtivo, com exposições
e muitos desenhos. A turma era muito unida, muito sociável, e dese-
nhavam bastante, tanto desenhos artísticos, quanto desenho téc-
nico. Eles faziam muitos desenhos de linhas para treinar o traço e
o “olho clínico”. Desse modo, estes desenhos, antes geometrizados,
agora passaram a ser direcionados para o Design de Superfícies,
montando padrões e texturas, e por isso mesmo em número meno-
res, dado o trabalho para se elaborar. Parecia que finalmente havia
um equilíbrio. Era preciso sempre adequar e contextualizar as ati-
vidades de acordo com o perfil dos alunos, e estar atenta às novas
tecnologias. Foi a primeira turma na qual foi permitido a elaboração
dos formatos em modo digital para ganho de tempo, uma vez que a
produtividade em sala era maior na elaboração dos desenhos.
SUMÁRIO 154
havia sido distribuída entre os professores Fernando José da Silva
e Leonardo Oliveira, sendo estes um ponto de apoio nesta reflexão.
SUMÁRIO 155
disciplinas “matemáticas” são preteridas pelos alunos, ainda mais
em um curso que é conhecido pela sua criatividade. A realidade é
que o Desenho Técnico é uma disciplina de cunho prático, com cál-
culos matemáticos, com muitos conteúdos, normas e muitas vezes
informações que devem ser memorizadas pela rapidez do raciocínio.
SUMÁRIO 156
elaboração das perspectivas, além da falta de alguns conteúdos, eu
fundamentei a minha consulta ao Departamento TAU, pedindo que
verificassem a possibilidade de trazer a disciplina Desenho Técnico I
para o nosso Departamento, o que foi aprovado tanto pelo Departa-
mento TAU quanto pelo Departamento PRJ.
SUMÁRIO 157
imagens não tão boas assim. Eu tive que desenvolver uma dinâmica
e uma rotina de correção de trabalhos, e tudo foi se adequando a
essa nova forma de ensino. A monitoria do Programa de Monitoria
de Graduação (PMG) me é muito válida, uma vez que o monitor cola-
bora tanto em auxiliar os alunos quanto na elaboração de material
didático. No ano de 2022, comecei as disciplinas de modo presencial
e muito do que aconteceu nestes dois anos, foi exemplo e continui-
dade para uma situação pós-pandemia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A disciplina de Desenho Técnico I ainda continua sob meus
cuidados e tenho algumas situações complexas em sala de aula.
Neste 2022-2, tenho duas alunas com deficiência auditiva e tive
que reconduzir todo um trabalho, uma vez que uma aluna faz lei-
tura labial. A outra estudante é por interpretação de libras e tive que
me adaptar em passar o conteúdo para o intérprete, que por sua
vez, deve passar para o aluno que precisa simultaneamente ver os
sinais e observar a sequência do exercício. E ainda me dedicar ao
restante dos alunos da forma consolidada do ensino nas pranchetas.
No momento da redação deste artigo, novas orientações do Comitê
de Enfrentamento da Covid-19 vieram e o uso de máscaras passa a
ser facultativo, mas ainda continuo com o cuidado, devido à proxi-
midade com os alunos.
SUMÁRIO 158
Experimentações Digitais (LED), colocando assim, os alunos em um
estágio mais avançado de ensino. Tudo é aprendizado, tudo é cres-
cimento e evolução. Uma das coisas mais importantes em toda esta
experiência foi a certeza de que procurava pelo melhor caminho para
aprimorar o ensino do Desenho Técnico no curso de Design da UFMG.
REFERÊNCIAS
ARTIGAS, V. Caminhos da Arquitetura: o desenho. São Paulo: Pini, 1986.
CUNHA, L. V. Desenho Técnico. 15ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.
SUMÁRIO 159
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.6 DISCIPLINA OFICINA III
NO CURSO DE DESIGN
Fernando José da Silva
SUMÁRIO 160
Antes de chegar ao quarto período, os alunos passam por
atividades representativas, nas disciplinas de Introdução à Oficina,
Oficina I e Oficina II. Nestas,eles têm foco em atividades, a saber:
SUMÁRIO 161
■ Exercícios de formas básicas, elipses, composições.
■ Sketches de objetos.
SUMÁRIO 162
■ Uso de plotter para recorte de planificação de embalagens.
SUMÁRIO 163
nicas e visualizações da produção. Comecei com as exposições em
2013, uma vez por ano, colocando os trabalhos de rostos e de carica-
turas, no hall de entrada de nossa Escola de Arquitetura (EA-UFMG).
Esta se tornou uma tradição, montar uma exposição todos os anos
denominada “Caricaturizando no Design”, com trabalhos de dois
semestres letivos consecutivos. A exposição nos anos de 2020 e
2021 não ocorreu devido à pandemia de Covid-19, pois as aulas e
atividades aconteceram de modo remoto.
SUMÁRIO 164
Figura 3 - Desenhos com técnicas variadas.
SUMÁRIO 165
Fonte: Acervo do autor.
SUMÁRIO 166
Fonte: Acervo do autor.
SUMÁRIO 167
software gráfico ou elementos de colagens e pintura manual. Assim,
os alunos entregam seus cartazes com antecedência à exposição,
e os três melhores cartazes são escolhidos por alguns professores
e Natália Neto Rosa, responsável técnica do Laboratório de Experi-
mentação Tridimensional do Curso de Design. Para incentivo à par-
ticipação dos alunos, são entregues também declaração de 1º, 2º e
3º lugares para este “concurso interno”. Na última edição, de 2022, os
cartazes ficaram tão bem realizados que os professores participantes
solicitaram que os mesmos ficassem também expostos no segundo
hall de entrada de nossa EA-UFMG, mostrando a produção gráfica
dos alunos. As Figuras 7 a 10 mostram o processo de seleção dos
cartazes e a exposição dos mesmos no hall de entrada da EA-UFMG.
SUMÁRIO 169
Figura 9 - Mostra de cartazes no segundo corredor de entrada da Escola de Arquitetura.
SUMÁRIO 170
e composição. A temática trabalhada é a de Cédulas Monetárias.
Assim, buscam elementos em histórias, desenhos animados, filmes,
países, personalidades e outras inspirações, para desenvolverem
uma nova cédula monetária. Como os resultados destes trabalhos
também se mostraram com alto grau de criatividade, composição e
acabamento, comecei, em 2017, a fazer exposição destes trabalhos,
impressos em tamanho A2, instalados em painéis no hall de entrada
da EA-UFMG, uma vez por ano.
SUMÁRIO 171
Figura 12 - Site da Escola de Arquitetura, UFMG, com link para exposição.
https://sites.arq.ufmg.br/ea/primeira-exposicao-virtual-design/
https://sites.arq.ufmg.br/ea/segunda-exposicao-virtual-design/
https://sites.arq.ufmg.br/ea/terceira-exposicao-virtual-design/
SUMÁRIO 172
Figura 13 - Exposição Virtual “Novos Valores” no site da Escola de Arquitetura, UFMG.
SUMÁRIO 173
em uma de suas salas por duas semanas, tempo suficiente para os
alunos poderem visitar a exposição, na qual tive a oportunidade de
apresentar uma palestra sobre a evolução das cédulas monetárias
no Brasil e curiosidades da arte gráfica impressa nas cédulas.
SUMÁRIO 174
dificuldades em relação ao desenho, principalmente em desenhos
de perspectivas e objetos no espaço, o que tenho trabalhado mais
acentuadamente nos últimos semestres, no intuito de prepará-los
para as atividades práticas de projeto. Houve inclusive casos de alu-
nos que ao se deparar com os desenhos propostos a serem realiza-
dos, se sentiram inibidos e não conseguiram dar seguimento no tra-
balho na semana da atividade. Nestes casos, indiquei a estes alunos
algumas séries de desenhos extras com base nas formas e figuras no
espaço, resgatando atividades já realizadas e exercitando a autocon-
fiança nas formas apresentadas, melhorando inclusive a autoestima.
Percebo que apenas com estes treinos e exercícios os alunos podem
ser capazes de destravar a percepção, melhorar a representação e
conseguir visualização de propostas e alternativas, que são ativida-
des pertinentes às disciplinas de projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebo que nesta disciplina, os alunos têm finalizado o
semestre sempre satisfeitos com a diversidade de atividades e pro-
postas elaboradas, mostrando ganhos de percepção, elaboração de
conceitos aprendidos e utilizados, estando mais bem preparados para
a elaboração de propostas nos projetos, nos semestres seguintes.
SUMÁRIO 175
Para os próximos semestres, prevê-se mais utilização de
recursos técnicos diversificados, assim como a utilização do
Laboratório de Modelos e Protótipos e Laboratório de Experimen-
tação Digital, que já tem dado suporte a algumas atividades e que,
possivelmente sendo ampliados, poderão favorecer atividades desta
disciplina de Oficina III e outras no currículo deste Curso.
SUMÁRIO 176
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.7 PRÁTICAS DE VISUALIZAÇÃO
E REPRESENTAÇÃO NA FASE
DE CONCEPÇÃO DE PRODUTOS
NAS DISCIPLINAS PRÁTICAS
DO CURSO DE DESIGN NA UFMG
Maria Luiza Dias Viana
Leonardo de Oliveira Gomes
SUMÁRIO 177
O intuito dessas práticas é instrumentalizar os alunos no uso
de processos que facilitem aprendizados que propiciem a materia-
lização de ideias, no sentido de tornar possíveis e tangíveis ideias,
experiências mentais e o pensamento, frente à um desafio colocado
em sala de aula. Considera-se que a todo momento os designers,
precisam ser estimulados a explorarem diferentes processos que
possam facilitar a transição do mundo das ideias para o mundo das
formas e dos objetos. Isto exige uma organização mental, o estímulo
constante à memória, à cognição e o uso de experiências e habilida-
des mais próximas do sensível.
VISUALIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO
A visualização e a representação são processos importantes
no ciclo no qual o designer atua, pois representam interfaces das
informações, fundamentais para o desenvolvimento de projetos,
agregando não somente aspectos relacionados às necessidades
dos usuários, como também suas capacidades perceptivas e suas
motivações (Quadro 1). Ou seja, atuam numa percepção mais ampla
daquilo que se pretende desenvolver.
SUMÁRIO 178
Os termos referem-se a duas definições distintas, porém
relacionadas. A visualização trata da informação visual e é, em certa
medida, o sinônimo do ato de como vemos ou percebemos as coi-
sas no mundo. A representação, por sua vez, trata das informações
referentes aos processos e aos produtos finais e está diretamente
relacionada ao ato de conceber, projetar as coisas do mundo.
SUMÁRIO 179
Immanuel Kant (1993) define representar como o modo no
qual recebemos os objetos ou somos afetados por eles. Portanto,
para que um objeto possa estar contido em um conceito, é neces-
sário que ele se “apresente imediatamente na intuição”, devendo sua
representação, estar relacionada à especialização e à experiência.
Não sendo a representação suficiente para a constituição do con-
ceito, ela deve funcionar como base para a ativação da intuição.
Entendemos que este caráter intuitivo pode revelar uma conexão
direta do pensamento/imagem e na concepção de produtos.
SUMÁRIO 180
das duas principais fases de um desenvolvimento de um produto,
que são, a fase de conceituação e a fase de desenvolvimento.
SUMÁRIO 181
presente, ou seja, nos permitem, de forma analítica ou expressiva,
criar na mente um modelo do mundo real ou um estado mental das
coisas e com isso, ampliar a nossa compreensão da sua funcionali-
dade, da sua forma e do seu uso.
SUMÁRIO 182
É importante citar que as práticas apresentadas neste artigo
são adotadas nas disciplinas iniciais do Curso de Design na UFMG,
nas etapas nas quais, os estudantes tiveram pouco contato com
metodologias e práticas de projetos de Design.
AS ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS NAS AULAS
A proposta das aulas tem como foco possibilitar o contato
dos alunos com o conhecimento de técnicas que propiciem a mate-
rialização de ideias, estimulando a criatividade e a autonomia, na
busca de escolhas e soluções pessoais e originais de visualização
e representação. As atividades são apresentadas a partir de propo-
sições direcionadas à criação e que estimulem a geração de ideias
e de processos, passando pelas fases de observação, visualização,
expressão, representação e extrapolação e de abstração.
SUMÁRIO 183
entrecruzando com diferentes campos do conhecimento. “A forma
da obra de arte contemporânea vai além de sua forma material: ela é
um elemento de ligação, um princípio de aglutinação dinâmica, com
outras formações artísticas ou não.” (Bourriad, 2009). Isto envolve
técnicas, pensamentos, inter-relação, reflexão e contextualização
com diferentes áreas, com aspectos da atualidade e que podem sus-
citar questões importantes na concepção de produtos.
ETAPAS DA OFICINA
SUMÁRIO 184
poliestireno, massa plástica, papel, metal e processos proprietá-
rios de solda, cola, dobra, planificação, síntese, simplificação, corte,
modelagem e conformação (Figuras 1 a 8).
SUMÁRIO 185
Figura 3 - Exercícios de representação bidimensional de objetos a
partir da síntese da forma e dos efeitos de luz, alto contraste.
SUMÁRIO 186
Figura 6 - Exercícios de representação tridimensional de
objetos existentes utilizando papel, papelão, isopor , plásticos
explorando materiais e técnicas construtivas.
SUMÁRIO 188
Figura 10 - Exercícios de representação tridimensional com argila
natural e sintética a partir da proposição de temáticas.
SUMÁRIO 189
REPRESENTAÇÃO DE IDEIAS
ABSTRAÇÕES E CONCEITOS
Esta fase é quando uma ideia ou pensamento passa de uma
elaboração abstrata para uma representação formal. Nesta etapa é
apresentado um conceito ou um “problema” sem que haja um refe-
rencial inicial e sua “solução” se materializa em linhas, luzes, formas,
cores, objetos geométricos, orgânicos e experiências visuais senso-
riais, intervenções nos espaços públicos, proposições e experiências
corporais (Figuras 13 a 16).
SUMÁRIO 190
Figura 15 - Exercícios de experimentação gráfica a partir do estudo de
movimentos artísticos e do Design Gráfico - proposições de ideias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estamos em meio a uma produção massificada e homogenei-
zada de objetos, baseada em valores cada vez mais globalizados uni-
formizados. Tornam-se, então, cada vez mais necessária ao design,
a ancoragem em concepções que contemplem a diversidade, hete-
rogeneidade e a produção de novos valores, estéticos com conteú-
dos e significados inovativos. Neste sentido devem ser considerados,
nos processos de desenvolvimento de produtos, além dos aspectos
técnicos e funcionais, a dimensão emocional e sensorial. A indús-
tria historicamente priorizou a técnica, com a ampliação do mercado
e a especificidades e exigências do consumo, hoje, mesmo que se
SUMÁRIO 191
tenha em vista os interesses mercadológicos, ela própria tende a se
expandir, a especializar-se e a buscar novos parâmetros e referen-
cias para os produtos.
REFERÊNCIAS
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual-Uma Psicologia da Visão Criadora; São
Paulo: Livraria Pioneira, 1996.
BOURRIAUD, Nícolas. Estética Relacional - Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Martins
Fontes, 2009.
SUMÁRIO 192
MARIN, Louis. Poder, representacion, imagen. Prismas: Revista de História Intelectual.
Buenos Aires, nº 13, 2019.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
PEIRCE, Charles S. Semiótica. Tradução: José Teixeira Coelho Neto. 4. ed. São Paulo:
Perspectiva, 2019.
WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SUMÁRIO 193
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.8 BIÔNICA E BIOMIMÉTICA
NO CURSO DE DESIGN
DA UFMG
Cynara Fiedler Bremer
Fernando José da Silva
SUMÁRIO 194
ABORDAGEM
DA DISCIPLINA NO
CURSO DE DESIGN
O Curso de Design da UFMG é oferecido em nove semes-
tres e apresenta um currículo com 2700 horas. Entre os obje-
tivos do curso estão:
Promover a concepção e o desenvolvimento de artefa-
tos centrados na composição da cultura material e visual
contemporânea, associados às inovações tecnológicas;
permitir uma visão global e crítica sobre o produto, bem
como sobre as implicações da atividade projetual; criar
predisposições para uma atuação profissional capazes de
promover mudanças que não negligenciem as referên-
cias de desenvolvimento sustentável (UFMG, 2023).
SUMÁRIO 195
da abordagem dos conteúdos novos, os discentes apresentavam as
suas soluções e os porquês da adoção de um sistema ou de outro.
Com essa dinâmica percebeu-se o envolvimento dos discentes nos
trabalhos e o interesse crescente no assunto.
SUMÁRIO 196
Figura 1 - Resultados encontrados pelos discentes para atender
à atividade prática sobre o formato de pés. À esquerda:
a inspiração adotada, à direita: a aplicação em produto.
SUMÁRIO 197
Figura 2 - Resultados para atender à atividade prática sobre as estruturas dos
materiais. Primeira imagem: a inspiração, demais imagens: a aplicação em produtos.
SUMÁRIO 198
Figura 3 - Projetos intermediários apresentados, que tinham como objetivo apresen-
tar a aplicação de um braço hidráulico.
Fonte: Kuritafsheen77, Imagens dos modelos: discentes do segundo semestre de 2017 da disciplina.
SUMÁRIO 199
Figura 4 - Imagens do projeto final. Primeira imagem:
inspiração; segunda imagem: proposta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar nestas experiências de ensino de Biô-
nica e Biomimética, que a visão de projeto com base na natureza está
se ampliando, cada vez que a disciplina é ministrada, desde 2017,
e que mesmo durante a pandemia mundial de Covid-19, quando
foi trabalhada de modo remoto, os discentes tiveram, a partir dos
conceitos abordados, boas inspirações com possíveis aplicações
nas propostas práticas, nas mais variadas áreas do Design. Mesmo
durante o ensino remoto, as atividades proporcionaram certa liber-
dade dentro da disciplina, inclusive com a participação de alunos
de outra universidade; a troca de experiência entre esses alunos e
os da UFMG foi muito rica, pois eles trouxeram experiências vivi-
das por eles na pós-graduação no seu curso de origem (Engenharia
Civil) e puderam também aprender com os graduandos em Design
da UFMG sua forma de estruturar uma prática de projeto.
SUMÁRIO 200
Sugere-se que noutras experiências similares sejam traba-
lhadas sequências onde se possa prever aumento de complexidade
tanto da pesquisa quanto da representação, seja ela bi ou tridimen-
sional, para as ideias postas em prática, de modo que os avanços
possam ser mais bem identificados, desenvolvidos e apresentados.
REFERÊNCIAS
BENYUS, J. Biomimética: Inovação Inspirada pela Natureza. São Paulo: Cultrix, 2003.
SUMÁRIO 201
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.9 TECNOLOGIA LIGNO:
DESIGN E INOVAÇÃO
NO USO DE RESÍDUOS
DE MADEIRA
Glaucinei Rodrigues Corrêa
SUMÁRIO 202
Figura 1 - Bolw projetado para demonstrar as possibilidades de aplicação da
Tecnologia LIGNO. O da esquerda foi produzido com resíduos de MDF na cor
natural e o da direita, com pigmento colorido.
SUMÁRIO 203
Figura 2 - Mais exemplos de Bolws produzidos com resíduos
de MDF, natural e com pigmentos coloridos.
SUMÁRIO 204
aproximados e representam a quantidade de resíduos gerados em
2015, época da coleta das informações nas empresas.
SUMÁRIO 205
Figura 4 - Porta copo projetado para demonstrar as possibilidades de aplicação da
Tecnologia LIGNO, produzido utilizando-se material de outros porta-copos triturados.
SUMÁRIO 206
implantada em uma empresa moveleira na cidade de Arapiraca-AL.
Além disso, tem tido interesse de empresas nacionais nas áreas de
brinquedos, embalagens e móveis.
SUMÁRIO 207
REFERÊNCIAS
CORRÊA, G. R.; DUARTE, A. L.; ABREU, L. G. Resíduos da indústria moveleira: diagnóstico
nas empresas associadas ao Sindimov-MG. Congresso Brasileiro De Pesquisa E
Desenvolvimento Em Design, 2016, Belo Horizonte. Anais… 12º P&D Design 2016, São
Paulo: Blucher, 2016. p. 4214-4225.
SUMÁRIO 208
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.10 UMA ATUAÇÃO CONSTANTE
EM NORMALIZAÇÃO:
O CASO DA NORMA
DE ILUMINAÇÃO NATURAL
Roberta Vieira Gonçalves de Souza
SUMÁRIO 209
nência da demanda é analisada pela ABNT e, sendo viável, o assunto
é levado ao Comitê Técnico correspondente para inserção em seu
Programa de Normalização Setorial. O assunto é então discutido
amplamente pelas Comissões de Estudo, com a participação aberta
a qualquer interessado, independentemente de ser ou não associado
à ABNT, até atingir consenso, gerando então um Projeto de Norma
(ABNT, 2022). Os comitês técnicos existentes podem ser acessados
pelo site: https://www.abnt.org.br/normalizacao/comites-tecnicos,
sendo o ABNT/CB-002 - Construção Civil, o comitê que trabalha
com as questões de conforto ambiental, a Comissão de Estudo da
área de iluminação natural é identificada por CE-002 135.002.
SUMÁRIO 210
2 da Norma eram três: claro, parcialmente encoberto ou intermediário
e encoberto e a sua determinação também era feita através de equa-
ções e ábacos, como pode ser visto na Figura 1.
Fonte: ABNT.
SUMÁRIO 211
Desde a publicação destas Normas, elas têm sido usadas
rotineiramente nas disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo
e no Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído e Patri-
mônio Sustentável da UFMG, não apenas em ensino, mas também
como objeto de pesquisa tendo sido diversos trabalhos publicados.
SUMÁRIO 212
Figura 2 - Exemplo de novos modelos de céu publicados na NBR 15.215-2:2022, para
utilização em programas de simulação de iluminação natural baseada no clima.
Fonte: http://andrewmarsh.com/software/cie-sky-web/
SUMÁRIO 213
Figura 3 - Métricas baseadas no clima propostas para
a revisão das normas NBR 15.575 (a) e NBR 15.215-3 (b).
(a)
(b)
Fonte: ABNT.
SUMÁRIO 214
Figura 4 - Análise de vistas pela proposta de revisão da NBR 15.215
e vista com 3 camadas (céu, entorno e visão do solo).
SUMÁRIO 215
(Figura 5). Uma avaliação de ofuscamento é sugerida em ambientes
onde as atividades esperadas são comparáveis à leitura, escrita ou
uso de dispositivos de exibição e o usuário não é capaz de escolher
livremente sua posição e direção de visualização.
SUMÁRIO 216
(hospitais, creches, escolas etc.) e pelo menos em um espaço habi-
tável nas moradias, dentre outros ambientes (Figura 6).
Fonte: Figura de Bruno Almeida (trabalho em disciplina), tabela: ABNT, imagem: Guidi (2018, página).
SUMÁRIO 217
ção, mestrado e doutorado resultando em publicações já feitas e a
serem enviadas para congressos em 2023 (Garcia et al., 2020; Guidi
et al., 2018; Guidi; Souza, 2021; Souza et al., 2021; Santos et al., 2017;
Santos; Souza, 2007).
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR15.215-1 -Iluminação
natural - Conceitos básicos e definições. Rio de Janeiro, ABNT, 2005.
SUMÁRIO 218
GUIDI, C. R.; ABRAHÃO, K. C. F. J.; VELOSO, A. C. O.; SOUZA, R. V. G. Influência dos
parâmetros urbanísticos e da topografia na admissão da luz natural em edifícios
residenciais. Ambiente Construído (Online), v. 18, p. 49-66, 2018.
SANTOS, I. G.; SOUZA, R. V. G.; AUER, T. Optimized indoor daylight for tropical dense urban
environments. Ambiente Construído (Online), v. 17, p. 87-102, 2017.
SUMÁRIO 219
DOI: 10.31560/pimentacultural/2024.99499.11 NÚCLEO DE PESQUISA
EM MATERIAIS SUSTENTÁVEIS:
FAZENDA MODELO DA UFMG
Sofia Araújo Lima Bessa
SUMÁRIO 220
relacionado ao desenvolvimento de produtos com os rejeitos da
Mineradora SAMARCO. O galpão (edificação principal) possui 120 m2,
sala para reunião, copa, banheiro e recepção, além de depósito para
materiais e baias para agregados.
SUMÁRIO 221
Departamental do Departamento TAU, realizada em 23/03/2017.
Nesta mesma data, a Câmara aprovou que a professora Sofia Araújo
Lima Bessa passasse a coordenar o laboratório.
SUMÁRIO 222
O módulo tecnológico teve como princípio norteador pro-
porcionar aos alunos atividades práticas partindo da produção do
componente construtivo (BTC) e chegando em práticas construtivas
de elementos de vedação (Figura 3). Já no módulo projetual, os alu-
nos elaboraram um projeto arquitetônico para a sede de uma rádio
comunitária, de uma ocupação urbana autoconstruída, situada na
cidade Belo Horizonte, MG, cujo módulo projetual foi o BTC produ-
zido na disciplina Tópicos em Tecnologia da Construção.
SUMÁRIO 223
em conjunto com a professora Sofia Bessa e dois alunos do Curso
de Arquitetura e Urbanismo, e todas as atividades de pesquisa foram
desenvolvidas no NPMS. O projeto tinha como objetivo produzir e
avaliar concretos com rejeito de minério de zinco (Figura 5).
SUMÁRIO 224
Em 2019, também foram desenvolvidos outros projetos de
pesquisa no NPMS sob coordenação da professora Sofia Bessa.
Um destes foi o projeto intitulado “Produção de elementos vazados
com a incorporação de resíduos: desenvolvimento de microconcretos
e desempenho de iluminação natural e ventilação”, contemplado no
Edital 001/2017 – Universal da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), que contou com a participação
de dois alunos de graduação (Figura 6).
SUMÁRIO 225
O projeto teve como objetivo propor uma destinação sim-
ples ao rejeito de minério misturado com solos e sedimentos para
que possa ser utilizado diretamente pelas comunidades locais, nos
municípios de Mariana (MG), Barra Longa (MG) e Rio Doce (MG), na
produção de componentes de terra (adobe e taipa).
SUMÁRIO 226
da UFMG) e cinco alunas de graduação (sendo uma bolsista PIBIC/
CNPq) estão participando do projeto no desenvolvimento de taipa,
adobe e blocos de terra comprimida álcali-ativados. Ainda partici-
pam do projeto, professores de outras unidades da UFMG, como
Escola de Engenharia e Departamento de Química do Instituto de
Ciências Exatas da UFMG.
SUMÁRIO 227
PESSOAS
CORPO DOCENTE EM 2023
SUMÁRIO 228
Professor Glaucinei Rodrigues Corrêa
Designer de Produto
Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais
http://lattes.cnpq.br/9878675593298644
SUMÁRIO 229
Professora Maria Luiza Almeida Cunha de Castro
Arquiteta Urbanista
Doutora em Ciências Socioambientais pela Universidade Federal do Pará
http://lattes.cnpq.br/6663358391005315
SUMÁRIO 230
PROFESSORES EGRESSOS
Professor Alberto Alvim de Resende
Professor Alexandre de Barros Teixeira
Professora Ana Cecília Nascimento Rocha Veiga
Professor Clifford Glenn Hodgson Dumbar
Professor Eduardo Cabaleiro Cortizo
Professora Eliana Maria N. M. B de Oliveira
Professora Iraci Miranda Pereira
Professor Jacob Korman
Professor José Eustáquio Machado de Paiva
Professor José Júlio de Sá Taboada
Professor Svend Erik Kierulff
CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Ana Maria Dias Moutinho da Silva - Secretária
Tel: +55 (31) 3409-8823
Email: [email protected] / [email protected]
ARQUITETOS EGRESSOS
Maria Josefina Lavalle Cruz
Ricardo Orlandi França
Sebastião de Oliveira Lopes
SECRETÁRIOS EGRESSOS
Aparecida do Nascimento
Daisy Gloria Perissé Paravizo
Fábio Gustavo da Silva Souza
Gracy Mary de Souza Costa
Maria das Graças Carillho
SUMÁRIO 232
I programação criativa 129, 131, 141
iluminação 45, 103, 104, 109, 119, 206, 209, 210, 211, 212, programa multidisciplinar 39
213, 218, 219, 225 programas de ensino 17, 38
indústria cultural 36
R
interdisciplinaridade 47, 72
representação 33, 66, 129, 143, 144, 145, 147, 148, 150, 159,
L 160, 161, 162, 163, 164, 170, 171, 174, 175, 177,
laboratório 42, 51, 132, 210, 221, 222 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 187,
Laboratório de Experimentações Digitais 158 189, 190, 199, 201
LED 159 resíduos 109, 110, 115, 202, 203, 204, 205, 207, 225
luz natural 115, 210, 211, 214, 218, 219 rostos 162, 164, 170, 171
M S
materiais 29, 31, 36, 37, 42, 43, 44, 47, 50, 51, 52, 87, 122, 134, sistematização 33, 44
140, 143, 151, 153, 155, 161, 162, 163, 177, 179, 182, software 150, 168, 213
183, 184, 187, 188, 194, 196, 198, 207, 208, 221 soluções sustentáveis 49, 85
Materiais Sustentáveis 220, 221, 222, 227 sustentabilidade 31, 32, 33, 39, 56, 86, 87, 92, 94, 99
matéria-prima 29, 86
T
mobiliário 80, 151, 155, 206
técnica 28, 33, 34, 42, 130, 131, 142, 144, 146, 148, 149, 150, 156,
modelos tridimensionais 129, 147, 161, 163, 184
168, 177, 178, 191, 192
modo de comportamento 65
técnicas 28, 29, 32, 33, 34, 36, 38, 42, 45, 46, 51, 58, 85, 102, 129,
N 132, 135, 137, 144, 146, 147, 150, 161, 163, 164, 165,
necessidades acadêmicas 155 177, 181, 183, 184, 186, 187, 188, 199
Normas Técnicas 29, 209 tecnologia 10, 14, 27, 28, 29, 42, 44, 59, 60, 68, 69, 86, 87, 92,
130, 141, 203, 205, 206, 207
O
tecnologia da arquitetura 14, 29, 86
objeto 34, 36, 40, 59, 76, 132, 134, 135, 136, 138, 139, 140, 143, 144,
tecnologia da construção 28, 42
146, 151, 180, 181, 184, 212
tecnologia do design 29
Oficina III 160, 161, 170, 174, 176
Tecnologia LIGNO 202, 203, 205, 206, 207
Oficina Integrada 127, 129, 130, 132, 140, 141, 142
Tecnologias Construtivas Sustentáveis 39, 85, 87
ofuscamento 211, 214, 215, 216
U
P
usabilidade 32, 34, 48, 76, 140, 179
pandemia 94, 157, 158, 164, 171, 196, 200, 225, 226
usuário 35, 36, 48, 119, 128, 216
prática experimental 44, 127, 141
práticas de design 128, 129 V
premiações 40 valores simbólicos 36
prêmios e reconhecimentos 10
produto 32, 35, 36, 43, 48, 71, 72, 87, 120, 128, 129, 135, 136, 140,
141, 143, 148, 177, 181, 182, 195, 196, 197, 205, 207
SUMÁRIO 233