Metabolismo de CH (Apostila)
Metabolismo de CH (Apostila)
Metabolismo de CH (Apostila)
A energia das moléculas orgânicas está armazenada na forma potencial, nas ligações químicas entre os
átomos das moléculas orgânicas produzidas.
Durante os processos de respiração celular ou de fermentação ocorre transferência de energia
armazenada nas moléculas orgânicas (alimento) para o ATP.
A RESPIRAÇÃO CELULAR
Processo onde o O2 oxida moléculas orgânicas (glicose) que são degradadas formando CO 2 e H2O.
(equação geral)
O PROCESSO DE GLICOLISE
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1- Ocorrem 10 reações químicas (enzimas livres no citosol)
2- Uma molécula de glicose é degradada duas moléculas de ácido piruvico
3- O saldo líquido positivo = 2 ATP
4- Ocorre a liberação de 4 elétrons (4e-) com elevado nível de energia e 4 íons H+
Os 4 elétrons (4e-) e 2 dos 4 íons H+ são capturados por 2 moléculas de NAD+
A glicólise é a etapa anaeróbica do processo de degradação da glicose, pois não necessita de oxigênio
para ocorrer.
As etapas seguintes só ocorrem em presença de oxigênio suficiente, na falta desse gás a molécula de
ácido pirúvico produzida na glicólise é transformada ainda no citosol em ácido láctico ou etanol (depende do
organismo) pelo processo denominado fermentação.
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O ácido pirúvico produzido na glicólise é transportado para o interior da mitocôndria e na matriz
mitocondrial reage com uma molécula denominada coenzima A (CoA).
Nessa reação é produzida uma molécula de Acetil-CoA e uma molécula de CO2.
Dela também participa uma molécula de NAD+, que se transforma em NADH ao capturar 2 elétrons de elevada
energia e 1 dos íons H+ liberados na reação:
O CICLO DE KREBS
Tem inicio com uma reação entre a acetil CoA e o ácido oxalacético onde é liberada a CoA e formada
uma molécula de ácido cítrico.
Ao longo de oito reações subseqüentes são liberadas 2 moléculas de CO 2, elétrons de alta energia e íons
+
H
O ácido oxalacético é recuperado intacto ao final do processo, para se combinar com outra molécula de
Acetil CoA e reiniciar o ciclo.
Os elétrons de alta energia e os íons H + são capturados por moléculas de NAD + que se transforma em
NADH, e também por outro aceptor de elétrons o FAD que se transforma em FADH2.
Ao longo do ciclo de Krebs são formados 3 NADH e 1 FADH2.
Em umas das etapas do ciclo, a energia liberada permite a formação direta de uma molécula de GTP
(guanosina trifosfato), a partir do GDP e Pi. O GTP é muito semelhante ao ATP, diferindo deste apenas por
apresentar a base nitrogenada guanina em vez da adenina. É o GTP que fornece energia para alguns processos
celulares, como a síntese de proteínas. O GTP também pode ser convertido em ATP pela transferência de seu
fosfato energético para um ADP; de forma similar, GTP pode ser gerado pela transferência do fosfato do ATP
para um GDP. Em resumo, no ciclo de Krebs são formados:
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A FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
A síntese da maior parte do ATP gerado na respiração celular ocorre durante a reoxidação das moléculas
de NADH e FADH2, que se transformam em NAD+ e FAD, respectivamente. Nessa reoxidação são liberados
elétrons com alto nível de energia provenientes das moléculas orgânicas. Esses elétrons após perderem seu
excesso de energia, reduzem o gás oxigênio a moléculas de água, de acordo com as seguintes reações:
2 NADH + 2 H+ + O2 2 NAD+ + 2 H2O
O processo de transferência de elétrons do NADH e do FADH 2 até o gás oxigênio é realizado por quatro
grandes complexos de proteína, dispostos em sequência na membrana interna da mitocôndria. Entre os
compostos desses complexos destacam-se os citocromos, proteínas transferidoras de elétrons que possuem ferro
ou cobre na sua composição. Cada conjunto seqüencial de transferidores de elétrons recebe o nome de cadeia
transportadora de elétrons ou cadeia respiratória. Essas denominações são utilizadas para ressaltar o fato de as
substâncias transferidoras de elétrons estarem enfileiradas na membrana interna das mitocôndrias.
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Durante sua passagem pela cadeia respiratória, os elétrons liberam seu excesso de energia, que é
utilizado para forçar a transferência de íons H + do interior das mitocôndrias para o espaço existente entre as
suas duas membranas envolventes. Esses íons H + acumulados “à força” no espaço entre as membranas
mitocondriais tendem a se difundir para a matriz mitocondrial, mas só podem fazê-lo passando através de um
complexo de proteínas presente na membrana interna da mitocôndria. Essa estrutura protéica, denominada
sintetase do ATP, é comparável à turbina de uma usina hidrelétrica: ela possui um rotor interno que gira,
movido pela passagem dos íons H +, produzindo energia a para unir os fosfatos inorgânicos ao ADP,
transformando-os em ATP. De volta ao interior da mitocôndria, os íons H + combinam-se com os elétrons
transportados pela cadeia respiratória e com átomos provenientes do gás oxigênio, formando molécula de água
(H2O).
Esse mecanismo de produção de ATP foi comprovado em diversos experimentos e tornou-se conhecido
com teoria quimiosmótica para a produção de ATP.
A energia liberada pelos elétrons com alta energia em sua passagem pela cadeia respiratória é suficiente para
formar um máximo de 26 moléculas de ATP por molécula de glicose. Somando-se essas 26 moléculas aos 2
ATP formados na glicólise e aos 2 formados no ciclo de Krebs (1 GTP para cada acetil CoA), obtém-se o
rendimento máximo da respiração celular, que é, segundo as pesquisas mais recentes de até 30 moléculas de
ATP por molécula de glicose.
FERMENTAÇÃO
É um processo de obtenção de energia em que substâncias orgânicas são degradadas parcialmente,
originando moléculas orgânicas menores. A fermentação é utilizada por muitos fungos e bactérias que vivem
em ambientes pobres em gás oxigênio. Além disso, nossas próprias células executam fermentação se faltar
oxigênio para a respiração celular.
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
O ácido pirúvico transforma-se em ácido láctico. O ácido láctico causa uma diminuição do pH.
A CÁRIE DENTÁRIA
A cárie dentária é a desintegração e a dissolução do esmalte e da dentina, com possível envolvimento da
polpa. O processo de cárie requer certas bactérias bucais e monossacarídeos ou dissacarídeos que são
decompostos por enzimas bacterianas. Estas enzimas produzem ácidos orgânicos, principalmente ácido láctico,
que desmineraliza a superfície exposta do esmalte do dente. A placa bacteriana (combinação de bactérias,
polissacarídeos e glicoproteínas salivares servem como sítio de produção de ácido). Quando o processo atinge a
dentina, a cárie se “espalha” rapidamente porque a dentina e o cemento têm menor conteúdo mineral.