Legislação e Escrituração Escolar Seminário 2020
Legislação e Escrituração Escolar Seminário 2020
Legislação e Escrituração Escolar Seminário 2020
1. Princípios
Na sua actuação, todo o servidor público guia-se pelos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência, proporcionalidade, razoabilidade, estética, ética e
igualdade, Universalidade e Igualdade. Estes princípios significam:
1
O da eficiência que considera que o serviço público produz o efeito esperado (na
aprendizagem do aluno, a guarda e a segurança dos documentos durante o tempo da
existência da escola). A eficiência deve estar sempre junto com a eficácia, pois não basta
fazer o serviço a tempo, é preciso que o serviço tenha qualidade e atenda as necessidades
reais dos cidadãos.
O da proporcionalidade o serviço realizado deve estar adequado aos meios e aos fins e
atender às necessidades. Por exemplo, nos termos do artigo 94 do Regulamento Geral de
Avaliação, admite-se ao exame da 2ª época:
1º ciclo
2º ciclo
O da razoabilidade elege a solução mais razoável para os problemas sem se afastar dos
parâmetros legais.
Universalidade e Igualdade: todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos
mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres independentemente da cor, raça, do
sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social,
estado civil dos pais, profissão ou opção política (Artigo 35 da Constituição da República
de Moçambique);
2
A ética da identidade inclui a estética da sensibilidade e a política de equidade. Os três
princípios juntos proporcionam o “saber ser”, “saber fazer” e “saber conviver” nas
dimensões prática, técnica e ciência. A combinação destes princípios determina o
comportamento (traços de personalidade e carácter) dos funcionários nas relações sociais
e de trabalho.
Legislação
Conceito
É o conjunto de leis de um Estado que estabelecem as regras sociais obrigatórias, impostas por
uma autoridade pública, de forma permanente, visando assegurar a moral, a ética, a
transparência, a responsabilidade e a probidade (https://conceito.com.br/legislação).
A questão da legislação é suma importância, porque estabelece os mecanismos de regularização
da sociedade e de fiscalização dos agentes públicos.
2. Leis
No artigo 88, consagra à Educação como direito e dever de cada cidadão e que o Estado
promove a extensão da educação à formação profissional contínua e a igualdade de
acesso de todos os cidadãos ao gozo deste direito;
No artigo 41 estabelece que todo o cidadão tem o direito a honra, ao bom nome,
reputação, à defesa da sua imagem pública e à reserva da sua vida privada;
3
cumprimento daqueles, para os quais, em razão da deficiência, se encontrem
incapacitados;
No artigo 13 estabelece que, nenhum queixoso ou denunciante pode ser sujeito a medida
disciplinar ou ser prejudicado na sua carreira profissional ou, por qualquer forma, ser
perseguido em virtude da queixa ou denúncia dos crimes previstos na Lei.
De Probidade Pública
4
Define os princípios (capítulo I), a forma da constituição da relação de trabalho no Estado
(capítulo II), o regime especial de actividade (capítulo III), a situação do funcionário em
relação ao quadro (capítulo IV), carreiras profissionais e funções (capítulo V), os deveres
(capítulo VI), os direitos (capítulo VII), a remuneração (capítulo VIII), formação (capítulo
IX), avaliação de desempenho (capítulo X), férias, faltas e licenças (capítulo XI), distinções e
prémios (capítulo XII), deslocações (capítulo XIII), liberdade sindical e greve (capítulo
XIV), responsabilidade disciplinar (capítulo XV), garantias de legalidade, inspecção e
impugnação dos actos dos funcionários (capítulo XVI), previdência social (capítulo XVII).
O Funcionário ou Agente do Estado que não cumpre ou que falta os seus deveres, abuso das
suas funções ou de qualquer forma prejudica a Administração Pública está sujeito a
procedimentos disciplinares ou a aplicação de sanções disciplinares, sem prejuízo de
procedimento criminal ou cível.
5
3. Decretos
Cria o Sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE) e aprova o Plano de Acção para a
sua implementação.
No artigo 24 estabelece que os bens de domínio público não podem ser transmitidos por
mera ocupação contínua e permanente, ainda que o Estado não reivindique a posse ou
propriedade.
4. Diplomas Ministeriais
Para além dos previstos no EGFAE, este diploma estabelece direitos e deveres do
professor (artigo 67 e 68). O diploma estabelece ainda a carga horária, assim como a sua
redução nos termos previstos nos artigos 70 e 71 em harmonia com a Resolução nº 4/90,
de 27 de Junho.
7
b) Diploma nº 7/2019, de 10 de Janeiro
8
A organização do ano escolar é com base no calendário que é aprovado pela entidade competente
do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Este instrumento estabelece o seguinte:
c) Programas de Ensino.
6. Instruções Ministeriais
7. Escrituração
Conceito
A escrituração escolar é o registo sistemático dos factos e dados relativos à vida da escola e ao
desempenho do aluno. A finalidade da escrituração escolar é assegurar em qualquer época a
certificação da identidade do aluno, da regularidade nos estudos, da autenticidade da sua vida
escolar e do funcionamento da escola. Assim, cabe à escola organizar a escrituração para atender
pronta e pontualmente às solicitações relativas a informações e esclarecimentos.
9
A organização da vida na escola faz-se através de um conjunto de normas que visam o sucesso, a
progressão e a permanência do aluno nos estudos. Os documentos de escrituração escolar
encontram-se plasmados, de entre outros, nos Diplomas Ministeriais números 61/2003, de 11 de
Junho e 7/2019, de 10 de Janeiro, que aprovam os Regulamentos das Escolas do Ensino
Secundário Geral e Geral de Avaliação do Ensino Primário, Alfabetização e Educação de Jovens
e Adultos e Ensino Secundário, abaixo elencados:
O Regulamento das Escolas do Ensino Secundário Geral, no artigo 49 estabelece que para
escritura escolar, haverá em cada escola os seguintes instrumentos:
Boletim de matrícula;
Livro de turma;
Processo individual;
Livro de inventário;
Pautas;
Relatórios;
A escrituração escolar é feita nos modelos de livros, mapas ou impressos aprovados pelo
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Porém, a ausência desses modelos não
isenta a escola da obrigatoriedade de efectuar a escrituração.
10
Toda a documentação é escrita a tinta azul e em caligrafia legível. São proibidas rasuras ou
emendas nos livros de registos, de termos, de turma, despachos e nos demais documentos da
escola. Todos documentos da escola, incluindo os Boletins da República, devem ser arquivados
em lugar apropriado, enumerados e com o respectivo índice que facilite a sua localização
(artigo).
Dos vários instrumentos elencados para a escrituração escolar, destaca-se o livro de turma que é
o documento fundamental para o registo da frequência do aluno, planificação, avaliação,
controlo da carga horária dos alunos e professores, conforme os planos de estudo. Por
conseguinte, é um documento oficial da Escola.
Na acção de fiscalização e supervisão semanal, os directores das escolas devem prestar atenção
nos seguintes aspectos atinentes à escrituração do livro de turma:
Pautas;
Livros de turma;
Caderneta do aluno;
11
Ficha cadastro.
Todos documentos devem ser preenchidos a tinta azul ou preta (notas positivas e
negativas, faltas justificadas, comportamento positivo, transita e aprova) e tinta vermelha
para informação de faltas injustificadas, comportamento não satisfatório, não transita,
reprova, excluído, perdeu direito a frequência perdeu o ano por comportamento (artigo
67);
O prazo de registo de notas no mapa é fixado pelo Director da Escola (artigo 70);
A ausência dos modelos oficiais dos instrumentos de registo de avaliação não isenta a
obrigatoriedade de realização da escrituração. Os instrumentos dever-se-ão apresentados com
todos os campos devidamente preenchidos e homologados pelo Director da Escola.
8. Considerações finais
12
A escrituração escolar é o registo sistemático dos factos e dados relativos à vida da escola e ao
desempenho do aluno e do professor, bem com os funcionários não docentes. Assegura a
certificação da identidade do aluno, a regularidade nos estudos, a autenticidade da sua vida
escolar e o funcionamento da escola. Assim, cabe ao Chefe de Secretaria fazer a provisão dos
documentos e organizar a escrituração sob a orientação e supervisão do director da escola. Ele
deve organizar a secretaria, o arquivo dos documentos e capacitar os funcionários para atender o
público, pronta e pontualmente as solicitações relativas às informações e esclarecimentos.
Cabe, igualmente, ao director da escola zelar pelo rigor no processo de escrituração escolar em
geral e no registo dos resultados de avaliação.
9. Principais desafios
13
Realizar a fiscalização e a supervisão periódica aos instrumentos de escrituração
escolar nos termos previstos no Regulamento de Ensino e de Avaliação;
14
4. BIBLIOGRAFIA
15