Fred-Van TCC I

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO FRANCISCO-FAESF

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

FRED-VAN BRITO MENDES

AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA


INSTITUIÇÃO PRIVADA NO ESTADO DO MARANHÃO

Pedreiras-MA
2023
FRED-VAN BRITO MENDES

AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA


INSTITUIÇÃO PRIVADA NO ESTADO DO MARANHÃO

Projeto de Pesquisa apresentado ao


curso de Enfermagem da Faculdade de
Educação São Francisco – FAESF como
requisito parcial para obtenção de
aprovação.

Orientadora: Isabela Emanuela

Pedreiras-MA
2023
1 INTRODUÇÃO

O Sistema de Saúde atribui grande importância aos medicamentos, pois


constituem um recurso valioso na restauração da homeostase quando administrados
corretamente e podem ser financeiramente viáveis. Contudo, atitudes que levam ao
uso imprudente de medicamentos podem ter efeitos devastadores na saúde pública,
sendo que esses efeitos incluem as reações adversas, eficácia diminuída e risco de
dependência das drogas em uso (Naranjo, 2018).
Assim, o mercado brasileiro conta com mais de 32 mil medicamentos,
conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde
(MS). Destes medicamentos, muitos são destinados apenas ao uso sob supervisão
médica, porém são vendidos de forma irracional pelos estabelecimentos
farmacêuticos. Isso se deve em grande parte ao fato de que, no Brasil, as farmácias
não são vistas como estabelecimentos de saúde, mas sim, como pontos de venda
de medicamentos e produtos afins (Naranjo, 2018; Brasil, 2022).
No Brasil, aproximadamente 50% da população pratica a automedicação,
comportamento responsável por mais de 30% das intoxicações no país. O público
tende a ignorar as potenciais contraindicações e impactos negativos dos
medicamentos, concentrando-se apenas nos benefícios percebidos, que podem
levar a diversas complicações de saúde se usados de forma imprudente (Bohomol;
Andrade, 2020; Brasil, 2022; Brasil, 2019).
Dessa forma, numerosos estudos na literatura têm destacado a prevalência
da automedicação entre diferentes setores da população, sendo os estudantes
universitários uma grande preocupação para a saúde pública. Os autores desses
estudos observaram altas taxas de automedicação em universitários de diversos
cursos, com especial destaque para os da área da saúde. Essas taxas variam de
38,0% a 97,8%, cuja variação depende do país de origem dos alunos e do curso em
que estão matriculados (Santos et al. 2018; Gama, Secoli, 2017).
Assim, os estudantes de graduação que estudam disciplinas relacionadas à
saúde estão frequentemente sujeitos a altos níveis de estresse, e isso é
especialmente verídico para aqueles que cursam enfermagem. Os estudantes de
enfermagem enfrentam uma variedade de exigências universitárias que podem levar
a manifestações mentais e físicas. Estes requisitos incluem preocupações sobre a
qualidade do ensino, o ambiente educativo, as circunstâncias pessoais, o
planeamento de carreiras futuras e o tratamento com organizações que têm acesso
limitado à informação. Além disso, as exigências estressantes das atividades
práticas em sala de aula, bem como o desgaste emocional de trabalhar com
pacientes doentes e moribundos, podem ser esmagadores para muitos estudantes.
Com isso, alguns estudantes podem recorrer à medicação para alívio rápido e
potente (Carleto et al., 2018).
Contudo, pesquisas que examinam as práticas da automedicação entre
estudantes universitários da área da saúde antecipam que esses indivíduos
apresentarão um comportamento alinhado com sua formação profissional e
experiência diária. Espera-se também que possuam o conhecimento necessário
para orientar sobre o uso adequado dos medicamentos e executar essas práticas
com competência. Ao contrário do esperado, o ato da automedicação nesses
estudantes, tem sido associado ao aumento de casos de intoxicação
medicamentosa e de respostas desfavoráveis aos medicamentos, tornando-se um
fator significativo nas taxas de hospitalização e mortalidade (Tognoli et al., 2019).
Portanto, é fato ressaltar que os estudantes universitários veem o ato da
automedicação como uma forma de cuidar de si mesmo. Porém, nenhum
medicamento é totalmente inofensivo, e o uso indevido, mesmo de medicamentos
comuns de venda livre, como analgésicos, pode resultar em consequências graves e
numerosas. Estes podem incluir resistência bacteriana, reações de
hipersensibilidade, produção injustificada de anticorpos, dependência de
medicamentos, entre outros. Dessa forma, é verídico afirmar que os estudantes de
graduação estão particularmente em risco de desenvolver problemas de saúde
relacionados à automedicação, se tornando uma preocupação de saúde pública, não
só no Brasil, mas em todo o mundo (Júnior et al., 2017).
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Se tratando de um grupo de pessoas diferenciadas, que desde os primeiros


períodos tem um contato direto com as informações sobre os riscos da
automedicação, como é nociva a prática a saúde, e as inúmeras reações que o
organismo pode apresentar em decorrência do uso abusivo das medicações, em
razão dos conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica, onde os
graduandos são capacitados para realizar orientações e combater a pratica nociva a
saúde, se torna questionável por inúmeros pesquisadores, o porquê dos mesmos
fazerem uso de tal pratica e de forma tão recorrente. Frente a essa situação, o
presente estudo norteia-se para buscar respostas para a seguinte pergunta
norteadora: Quais as razões que determinam a prática ou geram tendência para a
automedicação entre os graduandos de Enfermagem de uma Instituição Privada no
Estado do Maranhão?
2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

Existem certas ações altamente recomendadas para promover e manter uma


boa saúde. As ações referentes ao autocuidado estão intimamente relacionadas e
interligadas, assim como, o ato de manter a própria saúde e lidar com doenças. Ou
seja, cuidar-se é uma abordagem multidimensional que tem em conta vários fatores,
incluindo higiene, nutrição, escolhas de estilo de vida, circunstâncias
socioeconómicas, ambientais, e a automedicação. Para que o autocuidado seja
eficaz, os indivíduos devem possuir compreensão e consciência das informações
necessárias, cabendo aos futuros profissionais de saúde supervisionar e auxiliar
nesse processo, priorizando a preservação do bem-estar geral.
Dessa forma, ao considerar a formação dos profissionais de saúde que terão
contato direto com os indivíduos, é vital lembrar que eles não devem apenas ter um
profundo respeito pelo cuidado dos outros, mas também pelo seu próprio bem-estar.
É igualmente importante que reconheçam o impacto significativo que o seu trabalho
tem na vida de um indivíduo. Ao compreender melhor a ligação que os estudantes
de enfermagem têm com a automedicação, é possível traçar táticas para melhorar a
promoção de saúde, prevenção de agravos, assim como, influenciar positivamente a
sua futura carreira.
Ainda será possível, ser um sinal de alerta para demais estudantes e
profissionais sobre os agravos advindos do ato de automedicar-se, servindo como
base para a construção de politicas, projetos e planos de saúde, a fim de alertar,
combater e prevenir atos como esses, reduzindo gastos públicos, podendo ser
utilizado em ações para a promoção do uso racional dos medicamentos,
incentivando o bem-estar advindo de meios naturais.
3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Verificar a correlação entre a formação acadêmica dos estudantes de


enfermagem e sua tendência à automedicação.

3.2 Específicos

 Evidenciar a prevalência da utilização de medicamentos sem prescrição


médica;
 Apresentar as principais substâncias utilizadas sem receita médica para fins
terapêuticos;
 Identificar os fatores associados entre os graduandos de enfermagem para o
uso indiscriminado de medicações sem consulta clinica;

.
4 REFERENCIAL TEMÁTICO (CONSTRUÇÃO)

4.1 Automedicação

A automedicação refere-se ao uso de medicamentos sem prescrição


profissional como forma de aliviar sintomas ou tratar doenças, sendo considerada
uma forma de autocuidado com a saúde. Embora este tema seja atualmente objeto
de muita discussão, a prática da automedicação existe há gerações. A separação
entre farmácias e clínicas em meados do século XX levou a uma luta pelo poder
entre médicos e farmacêuticos no que diz respeito à prescrição de medicamentos.
Isso acabou resultando no aumento do uso indiscriminado de medicamentos de
venda livre, que podem ser divididos em duas categorias: automedicação
responsável sob supervisão médica e automedicação não responsável (Jesus;
Yoshida; Freitas, 2013).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que existe um nível de
autotratamento que é considerado apropriado, desde que seja conduzido de maneira
responsável. Na verdade, este autotratamento pode até revelar-se vantajoso para o
sistema de saúde em geral. Por exemplo, dores de cabeça causadas por estresse e
cólicas menstruais ou abdominais podem ser aliviadas temporariamente com
medicamentos de menor potência ( Organização Mundial de Saúde, 2015).
Conforme Santos, Freitas e Eduardo (2015) a automedicação é responsável
por cerca de 35% de todo o uso de medicamentos, sendo que , a acessibilidade de
medicamentos vendidos nas farmácias sem necessidade de receita médica é a
principal justificativa para esta percentagem. Dentre as elevadas porcentagens
referente ao público que pratica a automedicação, destaca-se os universitários da
área da saúde, com a principal justificativa de se respaldarem em seus
conhecimentos.
Em sua pesquisa, Alves et al (2019) descobriram que a automedicação entre
acadêmicos incluía o uso de diversos medicamentos. Os medicamentos mais
utilizados foram analgésicos, antipiréticos, antiinflamatórios, xaropes para tosse,
remédios para gripes e resfriados, suplementos vitamínicos e
descongestionantes/vasoconstritores para infecções nasais. Os principais motivos
para a automedicação entre os acadêmicos foram dores de cabeça,
resfriados/gripes, febre e infecções/inflamações de garganta. O estudo registrou as
descobertas acima mencionadas.
Segundo o estudo de Gama e Secoli (2017) de 84 medicamentos diferentes
relatados, eles se enquadraram em cinco categorias farmacológicas distintas.
Notavelmente, os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) foram os mais comuns,
representando 63,2% do total de medicamentos. Os medicamentos mais
consumidos foram o paracetamol e a dipirona, que representaram 48,8% do total.
Além disso, a cefalexina e o complexo B representaram 6,0% e 8,3%,
respectivamente. Quando se trata de antimicrobianos, os mais utilizados foram a
cefalexina com 55,6%, seguida pela amoxicilina, ampicilina e azitromicina com
22,2%, 11,1% e 11,1%, respectivamente. Aqueles que desconheciam as implicações
negativas da automedicação tinham maior probabilidade de praticar a prática (OR =
6,0, IC 95% 0,75 – 47,56).
Da mesma forma, Silva apud Bortolon et al (2008) discorreram sobre as
classes terapêuticas mais utilizadas na pratica da automedicação, onde é destacável
os analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios como os principais medicamentos
utilizados. O quadro 1 apresenta as classes terapêuticas de medicamentos mais
utilizados para automedicação.

Quadro 1- Classes terapêuticas de medicamentos mais utilizados na


automedicação.
CLASSES TERAPÊUTICAS
Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios
Medicamento para o trato gastrintestinal
Suplementos minerais e vitamínicos
Cardiovasculares
Outros (alopáticos)
Remédios caseiros, plantas medicinais
Fitoterápicos
Antialérgicos
Fonte: SILVA apud BORTOLON et al (2008).

Dessa forma, a prática da automedicação é uma tradição milenar que


prevalece em todo o mundo. Manifesta-se como um meio de autodiagnostico e
tratamento realizado sem orientação de profissional especializado. Como resultado,
a automedicação é um hábito generalizado que representa um desafio para regular.
Isto poderia resultar no uso não regulamentado de medicamentos, colocando
potencialmente em risco o bem-estar de uma parcela significativa da população
global (Lopes, 2014; Cruz et al., 2015).
De acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), aproximadamente US$ 42 bilhões (ou cerca de R$ 132 bilhões) são gastos
anualmente, quase um por cento do gasto global total, para resolver erros de
medicação. Somente nos Estados Unidos, estima-se que um indivíduo perca a vida
a cada dia devido a erros relacionados a medicamentos, levando a complicações de
saúde para aproximadamente 1,3 milhão de cidadãos norte-americanos (Brasil,
2017).
Segundo pesquisas, um percentual significativo de brasileiros, 76,4% para ser
mais preciso, pratica a automedicação. Além disso, 32% dos pacientes têm o hábito
de aumentar as doses dos medicamentos prescritos para potencializar os efeitos
terapêuticos. Porém, esta pode ser uma prática perigosa, pois pode levar à
intoxicação por dosagem inadequada ou até mesmo tentativas de suicídio. Um dos
riscos mais significativos desta prática é a possibilidade de intoxicação (Teles,
2013).
Em geral, o ato de consumir medicamentos sem a devida orientação médica
ou farmacêutica está normalmente associado a doenças leves e temporárias. Essas
doenças são comumente tratadas com medicamentos vendidos sem receita,
disponíveis em farmácias e drogarias de todo o país. Esses medicamentos não
precisam ser prescritos por um profissional médico e muitas vezes são adquiridos
sem muita reflexão. Além disso, não é incomum que os indivíduos se automediquem
com medicamentos guardados em casa ou previamente prescritos para outras
enfermidades, mas não tomados conforme orientação do profissional que
prescreveu (Patil, 2014; Cruz et al, 2015).

4.2 Automedicação entre estudantes da área da saúde

O Brasil é o sétimo maior consumidor de medicamentos do mundo. Há oito


anos, o ICTQ realizou um estudo que revelou que 76% da população admitia
automedicar-se sem hesitação. Em 2016, este número diminuiu para 72%, mas
depois aumentou para 79% em 2018 e ainda para 81% em 2020. A investigação
realizada em 2022 entrevistou 2.099 indivíduos em 151 cidades. No nível de
confiança de 95%, a margem de erro máxima da amostra total é de mais ou menos
2 % (Leonardi, 2023; Guedes, 2017).
Nesse sentido, dados do Conselho Federal de Farmácia revelam que o Brasil
é um dos 10 países com maior consumo de produtos farmacêuticos no mundo, com
uma farmácia para cada 3.300 habitantes. Isso se deve, em parte, à facilidade de
acesso às farmácias e drogarias, bem como à comodidade de adquirir
medicamentos no “balcão da farmácia”. Esses fatores têm contribuído para o
aumento do consumo de medicamentos por grande parte da população brasileira
(Brasil, 2020).
Do mesmo modo, Tognoli et al. (2019) realizaram estudos com estudantes
universitários do setor saúde e constataram que a automedicação entre eles esteja
alinhada à sua formação profissional e prática diária. Prevê-se que estejam
capacitados para orientar sobre a administração criteriosa de medicamentos,
executando a prática corretamente. No entanto, casos de intoxicações e reações
adversas a medicamentos têm sido associados à prática de automedicação,
contribuindo significativamente para hospitalização e mortalidade.
Assim, na busca por compreender a ligação entre a automedicação entre
estudantes e outros fatores, um estudo realizado com estudantes, dos universitários
pesquisados, 47,5% obtiveram a medicação por necessidade, enquanto 27,5%
afirmaram que se automedicavam porque já tinham remédios em casa. Dessa
forma, a frequência da automedicação entre estudantes de Enfermagem foi um total
de (n=143) e descobriram que as doenças mais prevalentes que levaram à
automedicação por estudantes universitários foram dores de cabeça (53,57%),
alergias (18,57%) e infecções na garganta (17,14%). Esses sintomas podem ser
atribuídos ao estresse, causado pelos rigorosos horários de estudo dos alunos
(Sousa; Sena, 2017; Colares et al., 2019).
Observou-se ainda, que o comportamento de automedicação é comum entre
estudantes matriculados em diversos cursos universitários. Esta tendência é
particularmente prevalente entre estudantes de áreas relacionadas com a saúde,
uma vez que possuem uma maior compreensão das práticas medicinais. Realizar
uma investigação sobre os motivos que levam a esse comportamento é de extrema
importância. Ou seja, o uso errático de medicamentos sem prescrição médica pode
levar à intoxicação medicamentosa, sendo considerado um importante problema de
saúde pública (Lima et al., 2017).
Entretanto, estudos realizados evidenciaram elevada ocorrência de
automedicação, com o intuito principal de aliviar dores de cabeça. A maioria dos
indivíduos que auto administrou a medicação, o fez com base em conhecimentos e
experiências anteriores. Características sociodemográficas como renda mensal e
nível de curso não apresentaram correlação com a automedicação, mas houve
maior incidência dessa prática entre o sexo feminino e estudantes que estavam em
fase inicial do curso (Júnior et al., 2021).
Em confirmação, uma pesquisa realizada por Arrais et al (2016) e Luras et al
(2016) constataram que a automedicação é bastante difundida entre estudantes,
principalmente aqueles que cursam formação na área da saúde, tanto no Brasil
quanto no exterior. O comportamento é reforçado entre os jovens universitários, com
taxas que variam de 16,1% a 33,5%.
Portanto, os universitários demonstram um nível de familiaridade com os
medicamentos, potencialmente, decorrente do curso de saúde, e do conhecimento
adquirido sobre medicamentos. Ainda decorrente dos conceitos de saúde e
apreciação pelos diversos benefícios dos medicamentos, além do tratamento de
enfermidades. Ou seja, isso se traduziu em um maior sentimento de confiança na
automedicação por estudantes de enfermagem (Palodeto; Fischer, 2018).

4.3 A importância do conhecimento para erradicar o uso irracional de


medicação

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (CONSTRUÇÃO)


ALVES, Damião Romero Firmino et al. Automedicação: Prática Entre Graduandos De
Enfermagem. Rev enferm UFPE on line. Recife, v.13, n.1, p.363-70, fev, 2019.

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https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/consumo-de-
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Brasil. Ministério da Saúde. Uso de Medicamentos e Medicalização da Vida:


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38, n.1, p. 1-7, dez. 2017.

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