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Discentes: Erimar Cabral Miquiles, Guilherme Oliveira Cordeiro e Antônio Alves

da Silva.

AP2 DE TEORIA GERAL DO PROCESO

Atividade 1: Pesquise e explique todos os aspectos referentes à contagem de prazo


processual e à classificação dos prazos processuais, quanto ao sujeito, quanto à origem,
quanto ao tempo de execução.

O prazo é quantidade de tempo que existe entre a pratica de dois atos


processuais. No processo civil, se exclui o dia de início e inclui o dia do termino. O
prazo se conta em dia útil de acordo com o novo CPC, e sábados e domingos são
considerados feriados.
Os prazos podem ser legais, judiciais e convencionais. Legais são os prazos
que, como o próprio nome indica, as definidas em lei, não podendo, em princípios, as
partes nem om o juiz alterá-los. As judiciais, por outro lado, são aquelas fixadas pelo
próprio juiz nas hipóteses em que a lei for omissa, prescritas no art. 218, parágrafo 1° do
CPC/2015. Na fixação do prazo judicial deve-se levar em conta a complexidade do ato
processual a ser realizado. Inexistindo prazo legal ou estabelecido pelo juiz, o CPC sana
a omissão, estabelecendo em seu artigo 218, parágrafo 3°, o prazo de 5 dias para a
pratica do ato processual. As convencionais são os ajustados em comum acordo pelas
partes, os artigos 190 e 191 do CPC, permitem acordo procedimental e calendarização
dos atos processuais.

O protagonismo das partes foi bastante ampliado no novo CPC, isso fica
evidente nos artigos 190 e 191, em se tratando de autocomposição. CPC de 2015
flexibilizou a regra de inalterabilidade dos prazos peremptórios, trazendo a
possibilidade de convenção das partes sobre procedimentos sujeito ao controle de
validade pelo juiz. Dilatórios são os prazos fixados em normas dispositivas, que podem
ser ampliadas ou reduzidas de acordo com a convenção das partes. O prazo de
suspenção do processo por convenção das partes é exemplo de prazo dilatório, presente
no art. 313, inciso II, do CPC/2015. Indo além, pode-se afirmar que o novo CPC acaba
coma diferença entre os prazos peremptórios e dilatórios, porque todos podem ser
modificados pelas partes, para mais e para menos, ou pelo juiz para mais. Como
exemplo principal dessa flexibilização dos prazos está o calendário processual, previsto
no art. 191 e elaborado pelo juiz e as partes.
Ademais, quanto à unidade de tempo em que são medidos, os prazos variam
de acordo com a definição que lhes é dada na origem, por lei, pelo juiz ou pelas partes.
Os prazos legais tem previsão em minutos, como o de 20 minutos, prorrogáveis por
mais 10 minutos, para alegações orais, art. 364 do novo CPC. Em horas, como por
exemplo, no mínimo de 48 horas de antecedência para as intimações, art. 218, parágrafo
2°. Em dias, como exemplo os 15 dias para amenda da petição inicial. Em meses, como
o prazo de 2 meses para promover a citação em chamamento ao processo de pessoa
residente em outro lugar ou em lugar incerto, parágrafo único do art. 131. Em anos,
podemos citar como exemplo os 2 anos para propor a ação rescisória, art. 975 do
CPC/2015. Os prazos em dia são os mais comuns e sofreram uma grande mudança em
relação à sua contagem pelo novo CPC. De acordo com o art. 219, os prazos processuais
são contados em dias úteis. Geralmente os prazos são contados excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o dia do vencimento, art. 224, CPC, sendo considerado marcos
iniciais, art. 231 do CPC. Nos processos eletrônicos os prazos processuais terão inicio
no primeiro dia útil seguinte ao considerado como data da publicação, art. 224,
paragrafo 3°. Esta por sua vez corresponde ao primeiro dia útil seguinte ao da
disponibilização da informação no Diário da Justiça Eletrônico, art. 224, parágrafo 2°.
Vale destacar que o MP, Defensoria Pública e Fazenda Pública tem prazo em dobro
para todas as suas manifestações processuais.

Atividade 2: Explique as principais diferenças processuais entre os institutos da citação


e da intimação?

Conforme o novo código de processo civil (NCPC 2015), no artigo 238, a citações é o
ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual, ou seja, quando ocorre citação, o réu, o executado ou interessado são
chamados para virem a participar da lide, completando a relação jurídico-processual. A
citação ocorrerá, em regra, no início do processo de conhecimento ou de execução, e
apenas uma vez, para que os citados possam vir a fazer parte do processo, compondo o
polo passivo e, querendo, se manifestar.

Ademais, a citação do réu ou executado é pressuposto de validade do processo, devendo


ser realizada e respeitada, e caso não seja, poderá resultar em nulidade do processo; em
combinação com o art 246 do NCPC 2015, a citação será feita preferencialmente por
meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão que a
determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de
dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.

Já a intimação conforme o artigo 269 do NCPC, é o ato pelo qual se dá ciência a alguém
dos atos e dos termos do processo. § 1º É facultado aos advogados promover a
intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir,
cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. Portanto, toda vez em que
houver a necessidade de informar às partes a respeito de um passo a se realizado ao
decorrer da lide, será este feito por intimação.

Por isso a diferenciação entre a citação e a intimação, em que a primeira consiste na


convocação do réu, executado ou interessado para fazer parte do processo, constituindo
ato mínimo do sujeito; e a segunda informa às partes e auxiliares do juízo sobre os atos
e termos dos processos, sendo, portanto, um elemento de comunicação.

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