PRÉ PROJETO - Corrigido

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE HUMANIDADES – CAMPUS III


DEPARTAMENTO DE LETRAS
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS INGLÊS
DISCENTE/ORIENTADOR: PROF. DR. AURICÉLIO SOARES FERNANDES
DISCIPLINA: PESQUISA APLICADA A LÍNGUA E LITERATURA DE LÍNGUA
INGLESA

O TEMA DA VINGANÇA EM HAMLET, DE SHAKESPEARE E FRANKENSTEIN,


DE MARY SHELLEY: UM ESTUDO COMPARATIVO

EDUARDA DOS ANJOS OLIVEIRA

GUARABIRA
2022
EDUARDA DOS ANJOS OLIVEIRA

O tema da vingança em Hamlet, de Shakespeare e Frankenstein, de Mary Shelley: um


estudo comparativo

Pré-projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Licenciatura Plena em Letras Inglês da Universidade
Estadual da Paraíba, como requisito para a
conclusão da disciplina de Pesquisa Aplicada à
Língua e Literatura Inglesas.

Orientador: Prof. Dr. Auricélio Soares Fernandes

GUARABIRA
2022
1. Introdução

Esse pré-projeto de pesquisa propõe analisar por meio de práticas comparatistas, o


assunto da vingança presente nas obras Hamlet, de Shakespeare e Frankenstein, de Mary
Shelley, investigando especificamente os personagens Hamlet e a Criatura de Frankenstein.
Essa pesquisa possibilita esclarecer as motivações da vingança, e como ela foi construída em
ambos os personagens, baseando-se na perspectiva filosófica e na literatura comparada.
A tragédia shakespeariana Hamlet gira em torno de uma vingança, envolvendo
conflitos familiares, na qual o príncipe dinamarquês perde seu pai, vítima de um assassinato,
executado pelo próprio irmão, que se casa com a rainha viúva e toma posse da coroa, gerando
em Hamlet muita revolta e ressentimento, tornando-se vingativo. Já o romance de Mary
Shelley exibe a história de uma criatura rejeitada pelo seu criador, e que gradativamente passa
a ser rejeitado, ofendido e maltratado pela sociedade, ocasionando assim um desejo de
vingança decorrente da falta de amor e rejeição recebida.
Discutiremos nessa pesquisa os fatores que ocasionaram a vingança de ambos os
personagens e suas motivações isoladas, buscando justificar seus atos a partir da análise do
ressentimento, do rancor, do bem e do mau na natureza do ser humano, assim como os
sentimentos de rejeição e injustiça implicam nessas questões.
Para fundamentar nossa pesquisa, basearem-nos nos estudos sobre literatura
comparada de Tania Franco Carvalhal (2006), de Antônio Edmilson Paschoal (2008) para
ampliar os conceitos de ressentimento sob a perspectiva filosófica de Nietzsche, ainda sobre o
ressentimento utilizaremos os estudos de Marília Rulli Stefanini (2019). Para analisar a
vingança do personagem Hamlet, utilizaremos as pesquisas de Chrislen Ribeiro da Cunha
(2021), e também de (GIRARD, 2010 apud Monteiro, 2021), e os estudos de Mahmut Terci
(2016), como suporte para a análise da Criatura de Frankenstein.

2. Justificativa

O tema dessa pesquisa surgiu a partir da leitura do romance “Frankenstein”, de Mary


Shelley, especificamente da parte em que o personagem Victor Frankenstein perde sua amada
Elizabeth e decide que quer vingar-se da Criatura. Esse evento na narrativa pode trazer-nos à
mente semelhanças com a tragédia “Hamlet”, de William Shakespeare, na qual o personagem
Hamlet, príncipe da Dinamarca, perde seu pai, o Rei Hamlet, que foi morto pelo próprio
irmão, tio do príncipe. Na peça shakespeariana, o espírito do pai de Hamlet aparece para ele
pedindo que o filho o vingue e mate seu tio, assassino do rei, e a partir desse ponto a história
começa a girar em torno de vingança, que termina em uma terrível tragédia, na qual o príncipe
perde as pessoas que ele amava, e também acaba morrendo, assim como no romance de Mary
Shelley, uma vez que Victor Frankenstein perde várias pessoas que ele amava. Ambos os
personagens perdem pessoas queridas e planejam vingança, entretanto, esse ato ocasiona
diversos conflitos internos na mente dos personagens, dor e tragédias.
A intencionalidade desse projeto é buscar justificar como a vingança acontece, como
ela é motivada, e mostrar as possíveis razões pelas quais tantas histórias são marcadas por
personagens vingativos, visto que a vingança é um tema recorrente em inúmeras histórias de
livros, filmes, seriados, e obviamente na vida real, e que normalmente deixam os
consumidores dessas histórias totalmente envolvidos e comovidos por elas. Além disso, essa
pesquisa também visa explorar a utilização da vingança na literatura, partindo de estudos
literários e filosóficos, visando contribuir para estudiosos dessa área, através do
esclarecimento da vingança por meio de um estudo comparativo entre duas obras diferentes,
mas que envolvem o mesmo tema, que apesar de ser tão estudado, dificilmente exploram suas
causas e suas consequências a fundo.
Embora o tema vingança possa ser encontrado nas ações do ser humano desde os
primeiros anos de vida, comumente gerado como um extinto involuntário impulsivo, podendo
ser visto como algo vulnerável para se pesquisar, é importante explorar as causas desse tema
tão marcante para compreender o contexto e as diversas motivações dos personagens para a
realização do ato.
Considerando o que foi supracitado, essa pesquisa espera contribuir academicamente
em uma visão mais ampliada sobre esse tema, proporcionando um novo olhar acerca de
personagens vingativos, para que seja possível observar mais do que superficialmente as
motivações de cada personagem, esperando que o leitor possa olhar também para os
diferentes contextos e situações em que os personagens se encontram.

3. Objetivos

3.1 Geral:
Analisar as semelhanças e diferenças presentes na construção e nas motivações do
desejo de vingança, baseando-se na perspectiva filosófica, entre as obras Frankenstein, de
Mary Shelley, e Hamlet, de William Shakespeare.
3.2 Objetivos específicos:

3.2.1. Explicar como a vingança foi construída nos personagens Hamlet e na Criatura
de Frankenstein;
3.2.2. Explicar a relação do bem e do mau na construção da vingança, visando
esclarecer como a vingança interferiu na integridade dos personagens Hamlet e da Criatura;
3.2.3. Analisar as diferenças familiares e de classe social dos personagens Hamlet e da
Criatura, para esclarecer como essas diferenças levaram ambos os personagens ao mesmo
desejo de vingança;
3.2.4. Analisar como o tardamento em buscar solucionar os problemas de forma
racional findou gerando consequências trágicas, influenciando o ato de vingar-se, que poderia
ser evitado.

4. Revisão teórica

4.1 Breves considerações sobre a literatura comparada

Os estudos comparatistas permitem a prática de investigações de obras literárias e as


relações entre elas, permitindo assim, diagnosticá-las como semelhantes ou diferentes. Para
Carvalhal (2006, p. 7), “[...] a comparação não é um método específico, mas um procedimento
mental que favorece a generalização ou a diferenciação. É um ato lógico-formal do pensar
diferencial (processualmente indutivo) paralelo a uma atitude totalizadora (dedutiva).” Assim,
cotidianamente a mente humana faz comparações, mesmo que involuntariamente, com isso é
possível identificar semelhanças e divergências entre inúmeras situações, como é possível
reproduzir essas mesmas comparações na literatura comparada.
Através da literatura comparada é possível fundamentar o objeto de estudo, analisando
sua estrutura através da exploração de seus diversos pontos, pois “[...] a comparação
possibilita a esse tipo de estudo literário uma exploração adequada de seus campos de
trabalho e o alcance dos objetivos a que se propõe.” (CARVALHAL, 2006, p. 8). Portanto, a
prática comparatista é um instrumento de análise que age em função de ampliar o objeto
estudado, alcançando assim, resultados acerca das relações entre duas ou mais obras literárias
analisadas e suas compatibilidades ou discrepâncias.
4.2 A construção da vingança de Hamlet

A tragédia shakespeariana Hamlet, trata-se de uma revenge play, que aborda o desejo
de vingança sentido pelo personagem Hamlet, príncipe da Dinamarca, filho do falecido rei,
que foi morto pelo próprio irmão Cláudio, que após assassinar o irmão, tomou posse da coroa
e casou-se com a rainha, mãe de Hamlet. Inesperadamente, o espirito do falecido rei se
apresenta a Hamlet, revelando ao filho que seu tio, o rei Cláudio, foi o responsável pela sua
morte, e pede ao príncipe que vingue sua morte. Ao ouvir a revelação do fantasma de seu pai,
Hamlet deseja rapidamente executar uma vingança contra o tio e, apesar de ter respondido ao
fantasma que logo “voaria” para a vingança, e o fantasma ficar convencido de que aquilo logo
aconteceria, Hamlet recuou e retardou por muito tempo executá-la.
O príncipe desenvolveu um grande ressentimento, não conseguia encontrar um
momento para reagir, era inaceitável a morte trágica de seu pai, e por muito tempo planejou
como o vingaria. Implantou em seus planos a atuação de fingir estar alucinando, e foi
considerado como louco por muitos; além disso, como parte dos planos de afetar seu tio
Cláudio, Hamlet fez com que os atores que apresentariam uma peça para eles, encenassem
uma cena que reproduzisse a situação do assassinato do pai. Entretanto, todo esse
planejamento demorado e o tardamento de resolver essa pendência vingativa ocasionaram em
um final repleto de mortes trágicas e desnecessárias. É possível relacionar a situação de
Hamlet com a seguinte perspectiva filosófica:

O termo “ressentimento” corresponde, assim, já no interior da filosofia de Nietzsche,


a um problema fisiológico, de um organismo sem forças para reagir frente às
intempéries da vida e que também não consegue digerir os sentimentos ruins, aquele
veneno produzido por sua não reação, passando a apresentar uma desordem psíquica
que o impede de viver efetivamente o presente. Nesse organismo, a percepção da
própria fraqueza e o sentimento de frustração que se segue à obstrução da ação gera
um rancor, uma vontade de ferir e produzir sofrimento naquele que o detratou.”
(PASCHOAL, 2008, p. 14).

É notório o quanto Hamlet questionou-se acerca de tudo que havia acontecido, e o


quanto tudo isso o afetou: ele estava totalmente inseguro quanto ao que faria para realizar o
desejo do fantasma que se apresentou como seu pai, apesar de tudo, ele havia conversado com
um espírito, sua mente estava desestabilizada com toda aquela quantidade de pensamentos, e
o ato de vingar-se seria algo irreversível. Mesmo que Hamlet desejasse fazer justiça com as
próprias mãos para vingar seu querido pai, não conseguiu ter o impulso necessário para fazê-
la. Essa situação pode ser explicada por meio do seguinte pensamento:
Segundo Girard, Hamlet perde a fé “na justiça de sua própria causa”, algo
imprescindível “para executar uma vingança com convicção”, pois percebera que a
vingança possui uma inerente continuidade, ou seja, um ato vingativo terá como
resposta outra retaliação e assim sucessivamente” (GIRARD, 2010, p. 502-502 apud
MONTEIRO, 2021, p. 100).

Assim, é possível notar que Hamlet duvida de seus próprios planos, pois se vê incapaz
de encontrar um bom momento para matar seu tio, além de estar lidando sozinho com essa
carga extrema de luto e revolta, enquanto todos os outros não estão sentindo a mesma
indignação por desconhecerem a real causa da morte do Rei Hamlet.

4.3 A construção da vingança da Criatura, em Frankenstein

A Criatura, monstro que foi criado por Victor Frankenstein e que logo após “nascer”,
após longos meses de trabalho de seu criador para formar seu corpo, ao ser despertado, se viu
totalmente rejeitado e abandonado pelo seu criador, sem conhecer nada daquela realidade a
qual foi submetido, sem saber como se comunicar e como sobreviver, desconhecendo como as
pessoas com as quais ele seria obrigado a se deparar iriam lidar com sua aparência deformada
e nada humana, sendo essa a principal causa de julgamento da sociedade, causando-o dor e
sofrimento, sem que a criatura pudesse entender a fundamentação de todo aquele tratamento
maldoso.
A maior causa do sofrimento e da revolta sentida pela Criatura foi a rejeição daquele
que deveria cuidá-lo e protegê-lo, seu criador, que ao ver o ser que havia dado vida, fugiu e
abandonou a criatura, que por muitas tempo teve esperanças de ser amada pelo seu “pai”. A
Criatura observou como a vida funcionava, aprendeu a se alimentar e a falar através da
observação diária de uma família a qual ele observava de longe, na esperança de que um dia
pudesse estar entre eles, mas deparou-se com mais uma rejeição brusca. Após tentar aderir a
aspectos humanos e fazer de tudo para se encaixar na sociedade, recebeu apenas julgamentos,
ofensas e agressões, embora ele tivesse despertado sem qualquer maldade, a solidão e a
certeza de que jamais poderia ser amado e aceito o corromperam, gerando uma grande revolta
contra a espécie humana, que partindo de seu próprio criador, que sempre o viu como uma
abominação. A declaração de vingança do monstro pode ser vista no trecho:

Sou malicioso porque sou infeliz. Não fui afastado e odiado pela humanidade?
Você, meu criador, rasgara-me, triunfante, em pedaços. Pense e diga-me por que
devo ter pena dos homens mais do que de mim? [...] Os juízos humanos são
barreiras instransponíveis para nossa união. No entanto, minha não será a submissão
à escravidão abjeta. Vingarei-me de minhas dores. Se não puder inspirar amor,
causarei medo, e principalmente a você, meu arqui-inimigo pois meu criador, juro
um ódio inextinguível. (SHELLEY, 2017. P. 152,153)

O desejo de vingança da criatura derivou-se dessa frustração de ter sido condenado a


viver sem ser amado, de não ter o direito de ser ouvido e compreendido, sendo assim,
nutrindo-se cada vez mais de ressentimento. Para exemplificar essa perspectiva da vingança
presente no monstro, Marília Rulli Stefanini (2019) diz que:

É preciso analisar o ressentimento não como um dado preexistente na raça humana,


mas um produto social e histórico, ao passo que decorre da fraqueza e do rancor
humano em razão do ‘inimigo’, real ou imaginário, de onde se sacraliza a vingança
mascarada pelo que chamamos de justiça. (p. 1236)

Portanto, pode-se dizer que é mais importante considerar o ressentimento como algo
que desenvolve-se a partir do desejo de fazer justiça, gerado pelo rancor, e não como algo
naturalmente presente no ser humano.

4.4 A relação do bem e do mau com a vingança dos personagens

Partindo do pensamento do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o homem


não nasce mau, é naturalmente bom, mas quanto mais o homem se adentra na sociedade, ele
acaba se corrompendo. Diferente do pensamento de Rousseau, o filósofo Thomas Hobbes
(1588-1679) acreditava que o homem era naturalmente mau, e que não sabia viver em
sociedade. É provável que o homem seja um papel em branco quando nasce, mas desde o
princípio está sujeito a aderir o bem o mau.
Pensando na natureza de Hamlet, Chrislen Ribeiro da Cunha (2021) diz que:

A ação de vingança do príncipe tem um desacordo moral que envolve seu desejo, o
desejo do pai, o que é esperado pelo Outro sobre a reação de um filho que descobriu
o assassino do pai e as consequências de um crime parental. Hamlet é bom por
vingar seu pai ou é mau por matar seu tio? Hamlet é bom por ter compaixão de seu
tio ou é mau por não fazer justiça ao pai? (p. 1397)

Dessa forma, é notório que a vingança desejada por Hamlet não parte de sua própria
natureza, não surge de sua própria vontade, mas sim, do desejo de seu pai que foi repassado
para o príncipe.
Para averiguar essa questão no desejo de vingança da Criatura de Frankenstein, pode-
se dizer que:

A criatura nasceu inerentemente boa. Mary Shelley manteve com essa crença que as
pessoas nascem boas. É sua nutrição, a sociedade e suas experiências que moldam o
caráter de cada um indivíduo e pode transformar a bondade em inveja, ódio, malícia,
raiva etc. A boa intenção e a bondade da criatura se transformam em vingança e ódio
contra Victor. (TERCI, Mahmut. p. 100, tradução nossa). 1

Portanto, é visível que ambos os personagens são corrompidos pelos males que os
afetam e interferem totalmente em suas vidas, privando-os de viverem com tranquilidade
perante as situações em que foram colocados, e que de nenhum modo, foram eles os
causadores dos fatores resultantes do desejo de vingarem-se.

5. Metodologia

O presente projeto de pesquisa apresenta finalidade básica, que assegura como


objetivo “gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática
prevista. Envolve verdades e interesses universais” (SILVEIRA e CORDÓVA, 2009, p. 34).
Empregaremos também os estudos comparativos, e através “[...] podemos apreender o objeto
de estudo em seu contexto, com base no que lhe é específico, mas sem tratá-lo como objeto
isolado, separado daquilo que lhe dá significado [...]” (CARVALHO, 2013, p. 429).
Aplicaremos a abordagem qualitativa, que “preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade
que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das
relações sociais” (SILVEIRA e CORDÓVA, 2009, p. 32).
Para realizar uma melhor compreensão dessa pesquisa, faremos uso da pesquisa
explicativa, que “tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.” (GIL, 2002, p. 42).
Assim, buscaremos por meio do método de pesquisa supracitado, esclarecer os fatores do
nosso objeto de pesquisa.
A pesquisa será dividida em 3 etapas: na primeira será feita a leitura dos textos que
irão fundamentar a pesquisa e a separação das citações que serão utilizadas. Nessa mesma

1
Original: The creature was born inherently good. Mary Shelley held with this belief that people are born good.
It is their nurturing, the society, and their experiences that shape the character of each individual and might
change the goodness into envy, hatred, malice, rage etc. Correspondingly, creature‘s good intention and kindness
transform into revenge and hatred towards Victor. (TERCI, Mahmut. 2016, p. 100)
etapa também estudaremos o tema da vingança sob a perspectiva filosófica, estudos sobre o
bem e o mal nos atos vingativos, e textos sobre a literatura comparada, sendo essa etapa
programada para janeiro e fevereiro de 2023. Em seguida, na segunda etapa, será feito o
fichamento das ideias, citações, resumo dos principais pontos dos textos, que ocorrerá de
março a maio de 2023. E a terceira e última etapa consistirá na digitação do projeto,
juntamente com as correções e realização da última versão, programadas para o período de
junho a agosto de 2023.
Sendo assim, pretendemos explicar os fatores que ocasionaram o desejo de vingança
nos personagens Hamlet e na Criatura, baseando-se na perspectiva filosófica acerca da
vingança.

6. Cronograma

Referências

CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. 4.ed. rev. e ampliada. São


Paulo: Ática, 2006.

CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves. Reflexões sobre a importância dos estudos de


educação comparada na atualidade. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, nº 52,
p. 416-435, set 2013 – ISSN: 1676-2584.
CUNHA, Chrislen Ribeiro. Os persas e Hamlet: os mortos como mote para os
vivos. Miguilim – Revista Eletrônica do Netlli | v. 10, n. 4, p. 1390-1408, nov-dez.
2021.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2002.

MONTEIRO, Marco Antônio S. Há algo de podre na vingança: Hamlet segundo a


filosofia de René Girard. A Palo Seco - Escritos de Filosofia e Literatura, São
Cristóvão (SE), N. 14, p. 99-110, jan-dez. 2021

PASCHOAL, Antônio. As formas do ressentimento na filosofia de Nietzsche.


PHILÓSOPHOS 13 (1): 11-33, jan./jun. 2008

SHAKESPEARE, William. Grandes obras de Shakespeare; tradução Barbara


Heliodora. 1 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

SHELLEY, Mary. Frankenstein; tradução de Márcia Xavier de Brito, Carlos Primati.


Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2017.

SILVEIRA, Denise Tolfo; CÓRDOVA, Fernanda Peixoto. A pesquisa científica. In:


GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo (org.). Métodos de pesquisa.
Universidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009

STEFANINI, Marília Rulli. Justiça e/ou vingança sob o viés filosófico. RJLB. Ano
5 (2019), nº 4, 1221-1241.

TERCI, Mahmut; POSHI, Ilda. 2nd Internacional conference on english language


and literature. 2 ed. Tirana: Beder University, 2016.

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