Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
Doença arterial coronariana é uma obstrução das artérias coronárias, dando como principal
sintoma a angina.
Ela é dividida em angina estável, angina instável, IAM sem supra e IAM com supra; na primeira,
temos um quadro de isquemia crônica pela obstrução, enquanto que nas restantes, também
chamadas de síndrome coronariana aguda, temos uma isquemia aguda.
Os fatores de risco são meio óbvios: idade elevada, sexo masculino, HAS, Diabetes,
dislipidemia, obesidade, sedentarismo e tabagismo; destes, o PRINCIPAL é a dislipidemia.
b)Fisiopatologia
Na aterosclerose, temos que há, pelos fatores associados acima, um processo inflamatório que
leva à lesão do endotélio, entrada de LDL, oxidação, acúmulo de cálcio e formação das placas.
O principal sintoma da angina estável é a presença de angina típica – isto é, uma dor ou
desconforto retroesternal, no geral com <15 minutos, que piora com atividade física/estresse e
que melhora com repouso/nitrato; quando há 1 ou 2 destes fatores, falamos em angina
atípica.
Além dela, podemos ter outros sintomas, como náuseas, azia, tontura e dispneia, sobretudo
em pacientes com o perfil de: idosos, mulheres, DM, doente renal crônico e transplantado
cardíaco.
A diferenciação de uma angina estável para uma instável não tem relação exatamente com a
atividade física, mas com o tempo. A angina estável é estável no tempo, isto é, é uma dor
antiga, que não vem apresentando piora recente – quando estamos diante de quadros com
agravamento, devemos pensar em angina instável.
2.Probabilidade intermediária
->Aqui, devemos prosseguir a investigação com um método NÃO-INVASIVO, que pode ser um
teste ergométrico (ECG com teste de esforço físico), um exame de imagem com esforço físico
(ecocardiograma, cintilografia de perfusão miocárdica, RNM) ou um exame de imagem com
esforço farmacológico (ecocardiogram, cintilografia de perfusão miocárdica, RNM)
->Teste ergométrico
É sempre a primeira opção, mas vai ser contra-indicada em pacientes sem condições físicas de
realizar o teste de esteira de 12 minutos (p ex: amputações, osteoartrose) ou com ECG prévios
muito alterados (infra-ST > 1mm, bloqueio de ramo esquerdo, SWPW).
À esquerda, temos um ECG antes e à direita, após; veja o infra de ST.
O teste será positivo quando tivermos um infra-ST > 1mm nas derivações. Como ele é pouco
específico, devemos então realizar uma cinecoronariografia (CATE).
Vantagem: barato, sem radiação, dados obtidos com exercício são bem relevantes para pensar
no diagnóstico
Desvantagem: exige capacidade física do indivíduo, pouco específico
Outro exame que existe, pouco utilizado, é a RNM, que serve principalmente para avaliar
doenças inflamatórias e infiltrativas. Lembrando que o uso do gadolínio não deve ser usado em
TFG < 30 ml/min, pelo risco de fibrose sistêmica nefrogênica.
->Outros exames de imagem podem ser realizados também, como a angio-TC de coronária,
tendo alto valor preditivo negativo, isto é, se não tem alterações, não há lesão, além de
localizar a lesão.
x)Extra
1.Circulação Coronariana:
É feita pelas artérias coronária esquerda e direita. A esquerda dá origem aos ramos circunflexo
e à desdencende ou interventricular anterior. A direita dá origem as artérias marginal,
descendente ou interventricular posterior e do nó sinusal.
2.Escore de Cálcio
É feita com base na quantificação de área calcificada nas artérias coronárias via angio-TC,
sendo indicado para avaliação de risco em pacientes sintomáticos principalmente, sendo um
score <100 uma doença leve e um >400 uma doença grave.