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Apresentação TCC Maternidade Atípica

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Maternidade Atípica:

luto, esperança e resiliência

Discente: Isabella Patrícia de Oliveira Nogueira


Orientadora: Professora Dra. Mara Salgado
Banca Examinadora: Professoras Dra. Jéssica Santana e Dra. Rafaela Rocha
Índice
Introdução
Objetivos
Metodologia
Marcos teóricos e conceituais:
Maternidade e seu contexto histórico
Maternidade atípica e a construção de vínculo entre mãe-
bebê
Enfrentamentos das necessidades específicas da mãe da
criança com atipicidade
Considerações finais
Referências
Introdução

A atipicidade é caraterizada definido quando uma pessoa


apresenta uma deficiência física ou intelectual. De acordo com o
DSM-5, os transtornos do neurodesenvolvimento são manifestos
ainda na infância.

O diagnóstico afeta todo o funcionamento familiar e são


especialmente as mães que atuam como principais responsáveis
do trabalho do cuidado com o filho (CLÍMACO, 2020).
Objetivos
Compreender os aspectos da maternidade de filhos com desenvolvimento
atípico e as possíveis contribuições da Psicologia para o acolhimento e
enfrentamento das mães diante da atipicidade.

Justificativa
Necessidade de uma maior compreensão a respeito da maternidade
atípica, e da visibilização das dificuldades da mãe diante do diagnóstico de
deficiência e suas novas vivências em função do filho

Metodologia
Pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica, a partir de buscas em bases
de dados, artigos descritos nas referências dos trabalhos encontrados e
pelas contribuições de de Maria Tereza Maldonado (2013) e Bowlby (1982).
Maternidade e seu contexto histórico
Século XVI Século XIX
Homem como centro da família Obstetrícia como especialidade
Altas taxas de mortalidade infantil Definição do papel social a partir
Crianças eram inseridas no do discurso de Roussel
contexto de trabalho a partir dos “Reeuropeização” no Brasil
7 anos

Século XVIII Século XX


Liberalismo como discurso Mulher como centro da família
A mãe torna um valor essencial na Psicologização do feto
família Discurso Psicanalítico

Atualmente, entende-se que a ideia de a mãe exercer bem sua função


materna depende de diversas definições sociais.
Maternidade atípica e a construção de
vínculo entre mãe-bebê
Teoria de Ligação de Bowlby (1982): filhos como extensão de si mesmo.
Encontro entre bebê ideal e bebê real.
Dificuldade de vínculos devido a atipicidade da criança:
-Luto
- Ambivalência de sentimentos
- Necessidade de identificar e atender as demandas do filho
Enfrentamentos das necessidades específicas
da mãe e da criança com atipicidades
No momento do diagnóstico, podem ocorrer quatro experiências distintas:
- Impotência
- Desconfiança em relação aos profissionais da saúde
- Liberdade
- Culpa

Reclusão social no espaço privado

As dificuldades com a deficiência também estão relacionados à situações de


desigualdade social:
- Condições financeiras
- Nível de escolaridade dos genitores/responsáveis
Enfrentamentos das necessidades específicas
da mãe e da criança com atipicidades
A saúde de quem cuida
- Possuem maior tendência a terem problemas de saúde, tanto físicos e mentais
- Angústia em relação ao futuro da criança
- O apoio social, condição de saúde, nível de escolaridade e situação econômica
irão influenciar no bem-estar da mãe

Relação temporal (Crip Time)


- Exige da mãe uma flexibilidade na relação temporal
- A percepção do tempo presente é desafiadora
- Ter ou não esperança do tempo futuro?
- Percepção diferente quando o filho atípico está adulto.
Considerações finais
Considera-se que os objetivos foram alcançados, pois revelaram que
Psicologia atua como uma área de conhecimento fundamental para
compreensão da maternidade atípica:
O conceito de maternidade provém de uma construção histórica da relação
mãe-filho.
A maternidade atípica apresenta pontos em comum, independente do
diagnóstico.
O luto, a esperança e a resiliência fazem parte da maternidade.
Referências
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais:
DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
ARAÚJO, Maria de Fátima; MOURA, Solange Maria. A Maternidade na história e a história dos
cuidados maternos. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, 2004, vol.24, n. 1, p.44-55. Disponível
em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-98932004000100006&script=sci_abstract >.
Acesso em: 24 ago. 2023.
BOWLBY, John. Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
CLÍMACO, Júlia Campos. Análise das construções possíveis de maternidades nos estudos
feministas e da deficiência. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n.1, 2020. Disponível
em: <https://www.scielo.br/j/ref/a/SfhrbHm39xWLp9yprdL6NBC/?lang=pt#>. Acesso em: 06 set.
2023.
FERREIRA, Letícia Goulart. Saúde mental de familiares de crianças com deficiência, uma revisão
integrativa. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro
de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial,
Florianópolis, 2021. Disponível em: < https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229917 >. Acesso
em 20 nov. 2023.
Referências
FIETZ, Helena. Espera, cuidado e deficiência: As produções do tempo na trajetória de mães de
adultos com deficiência intelectual. cadernos pagu, Campinas, n. 67, 2023. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/cpa/a/nkdfVLpx9BWhsW7XkstxChp/ >. Acesso em 21 nov. 2023.
GOMES, Aline Grill; PICCININI, Cesar Augusto. Malformação no bebê e maternidade: aspectos
teóricos e clínicos. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 15-38, 2010. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/pc/a/Jy6FkYfz6F33SCV4wq8t95t/ >. Acesso em 07 nov. 2023.
LEROY, Tamar. What is Crip Time?. 2021. Disponível em:
<https://www.accessibility.com/blog/what-is-crip-time>. Acesso em 26 nov. 2023.
MALDONADO, Maria Tereza. Psicologia da Gravidez. 1. ed. Rio de Janeiro: Jaguatirica Digital,
2013.
SILVA, Rodrigo Sinnott; PORTO, Mariza Cristina. A Importância da Interação Mãe-Bebê. Ensaios
e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 20, n. 2, p.73-78, 2016. Disponível em:
<https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26046651003>. Acesso em 20 nov. 2023.

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