Slides - JUDIT FALK - Educar Os Três Primeiros Anos - A Experiência de Lóczy

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Judit Falk

Educar os três
primeiros anos: a
experiência de Lóczy

Bibliografia

Thais Goes
@aconcurseirapedagoga japassei.educacao japasseieducacao.com.br

Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58


Judit Falk

Educar os três primeiros anos: a


experiência de Lóczy
Araraquara: Junqueira

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

"Lóczy" e sua história

• Instituto Lóczy – Fundadora: Emmi Pikler (1946), pediatra. Fundado logo após a 2ª guerra.
Orfanato para acolher bebês e crianças pequenas.

• O orfanato se transformou em uma creche, onde até hoje acontecem atividades de pesquisas
sobre a infância.

• "Emmi Pikler estava convencida de que a criança que pode mover-se com liberdade e sem
restrições é mais prudente, já que aprendeu a melhor maneira de cair; enquanto a criança
superprotegida e que se move com limitações tem mais riscos de acidente porque lhe faltam
experiências e desconhece suas próprias capacidades e seus limites."

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

• Traz um relato sobre a experiência realizada com o próprio filho de Pikler - criação sem
intervenção do adulto, apenas organizando as melhores condições para que o próprio bebê
fosse ativo na sua aprendizagem.

• O trabalho no instituto foi iniciado com 35 crianças, situação precária e profissionais


desinteressados. Pikler e Maria Reinitz (principal educadora) demitiram todos e contrataram
jovens, sem formação, mas interessados.

Dois principios fundamentais foram elaborados por Emmi Pikler:

• A criança que consegue algo por sua própria iniciativa e por seus próprios meios adquire uma
classe de conhecimentos superior àquela que recebe a solução pronta.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

• O não intervencionismo na atividade independente da criança não significa abandoná-la:


algumas trocas de olhares, um comentário verbal, uma ajuda em caso de necessidade, etc.,
tudo isso indica à criança que ela é uma pessoa importante e querida.

• Sem querer imitar o ambiente afetivo espontâneo das famílias, Emmi Pikler estabeleceu as
condições pessoais e materiais de educação e as estruturas de organização internas cabíveis
para que a criança educada nesse centro se sentisse competente em suas relações e atividades
progressivamente enriquecidas, pudesse reconhecer-se no mundo material, nas relações com
as pessoas do seu entorno imediato ou mais distante, respeitasse a si mesma e aos outros,
estivesse aberta e preparada para aceitar novos conhecimentos, seguisse capaz de
estabelecer relações afetivas duráveis e profundas e de integrar-se ativamente na sociedade.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk
O que é a autonomia na primeira infância?

• Em nosso "hábito cultural" a imagem do recém nascido ainda é considerado como alguém a
quem teremos de ensinar tudo. Ao mesmo tempo, não se dá suficiente importância às suas
atividades, nem às suas descobertas autônomas.

• Para que a vida ativa da criança seja satisfatória para ela e para o seu educador é necessário
que haja dois fatores fundamentais: que a criança tenha liberdade de movimentos e que
tenha alguma coisa com que ocupar-se, relacionada com o seu desenvolvimento.

• A importância, durante o primeiro ano de vida, do movimento autônomo iniciado pela


própria criança: Para a criança, a liberdade de movimentos significa a possibilidade, nas
condições materiais adequadas, de descobrir, de experimentar, de aperfeiçoar e de viver, a
cada fase de seu desenvolvimento, suas posturas e movimentos.
Professora Thais Goes
Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk
• Por isso, tem necessidade de um espaço adaptado aos seus movimentos, de roupa que não
atrapalhe, de chão sólido e de brinquedos que a motivem.

• Na complexidade de fenômenos que determinam o desejo que a criança tem de ser ativa, é
importante destacar a atitude de respeito por parte do adulto por essa atividade.

• Quando mostramos um respeito profundo por aquilo que a criança faz, por aquilo que ela se
interessa, todas as nossas ações se tornam impregnadas de um conteúdo que enriquece a
personalidade: desenvolve a segurança afetiva, a consciência e a autoestima da criança.

• A atividade autônoma, escolhida e realizada pela criança - atividade originada de seu


próprio desejo - é uma necessidade fundamental do ser humano desde seu nascimento. A
motricidade em liberdade e um ambiente rico e adequado que corresponda ao nível dessa
atividade são as duas condições da satisfação dessa necessidade.
Professora Thais Goes
Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

Relação através da linguagem entre a educadora e as crianças do grupo

• Retrata um estudo comparativo entre crianças educadas em casa e crianças que vivem em
instituição, sobre a relação verbal adulto-criança.

• Constatou-se vocabulário pobre, com traços negativos, voltado a ordens e proibições,


respostas impessoais, sem conteúdo. Quanto menor a criança, menor a quantidade de palavras.
(nas instituições).

• Portanto, faz-se necessário se preocupar com a linguagem pessoal dos profissionais.

• É importante conversar com a criança fora de momentos como brigas, quando fazem algo
errado, etc. Para não incitar de forma implícita tais atitudes das crianças que buscam atenção.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

• No instituto Lóczy os profissionais falam com a criança pequena, sobretudo nos momentos de
cuidado de forma não mecânica.

• Se a educadora entende a importância dos pequenos diálogos na vida das crianças, terá
atenção em sua resposta e deixará de responder apenas contra as formas negativas de
comportamento.

• Tal atitude repercute no comportamento das crianças do grupo: confirma para as crianças as
formas desejáveis de chamar a atenção e estimula o desenvolvimento da relação verbal.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

A integração das regras de vida através da atitude dos educadores

• Observou a atuação de uma docente com mais de 15 anos de experiência que recebia um
grupo de crinaças entre 15 meses e 20 meses por uma hora durante alguns dias da semana em
um pavilhão.

• Constatou-se que a educadora pouco repreendia as crianças, ela se expressava de forma


indireta sobre suas expectativas, oferecendo à criança a possibilidade de cumprir
espontaneamente, por iniciativa própria, aquilo que se esperava dela.

• Ex.: A criança queria tocar no aquecedor, então a professora disse: “Está quente! Está nos
aquecendo.” Antes disso a educadora já havia alertado o grupo que não poderiam tocar no
aquecedor.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

• As atitudes de aprovação de comportamento também são indiretas, a educadora espera o


momento em que a criança inicia uma atividade percebida como adequada para manifestar sua
atenção.

• Ex.: “Você colocou de volta a boneca dentro de sua caminha.” (após a criança jogar a boneca
por algumas vezes)

• Ao invés de proibições a educadora dá alternativas.

• Ex.: A criança estava batendo com o martelo de madeira em algo impróprio, então a educadora
oferece que a criança bata com o martelo em rolhas que se encaixam em pequenos buracos,
algo que é mais adequado.

• É importante o adulto ter uma expectativa positiva em relação às realizações da criança.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

Atividades em comum em um grupo de crianças de até 2 anos e meio

• Entendemos por atividade em comum a classe de relação social na qual a ligação entre os
participantes não apenas tem a forma de ação-reação, mas na qual se dão formas de
comportamento possuidoras de conteúdo afetivo e que supõem uma consciência da
existência do outro.

• Ex.: tocar-se mutuamente, troca de risos, contato físico, fazer a mesma coisa juntos,
cooperação, representar para os outros, exibir-se.

• Considerando todo esse desenvolvimento em seu conjunto: o caminho conduz


progressivamente do que é incerto e casual àquilo que é seguro e dirigido a pessoas
concretas.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Judit Falk

A participação da criança no cuidade de seu corpo

• Retrata uma situação em que a educadora vai realizar a troca de fralda da criança de 12 meses,
inicialmente estabelece uma relação de atenção da criança, mas logo oferece um objeto que
tira o foco da criança ao momento de cuidado, restringindo-se apenas a uma troca mecânica.

• É fundamental que a criança participe dos cuidados de seu corpo e que, ainda que não possa
vestir-se sozinha nesta idade, observe os detalhes, acompanhe o processo pela fala da
educadora mesmo que não participe de forma concreta.

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br
Resolução de Questão
Emmi Pikler acreditava que a criança que pode mover-se com liberdade é mais prudente, já que aprendeu a melhor
maneira de cair; enquanto a criança superprotegida e que se move com limitações tem mais riscos de acidente porque lhe
faltam experiências e desconhece suas próprias capacidades e seus limites.

Neste sentido, analise os itens abaixo e depois responda:

I- A criança que consegue algo por sua própria iniciativa e por seus próprios meios adquire uma classe de conhecimentos superior
àquela que recebe a solução pronta.

II- O não intervencionismo na atividade independente da criança significa abandoná-la: permitir que tenha autonomia em seu
desenvolvimento, tudo isso indica à criança que ela é uma pessoa importante, capaz e querida.

III - Imitando o ambiente afetivo espontâneo das famílias, Emmi Pikler estabeleceu as condições pessoais e materiais de
educação e as estruturas de organização internas cabíveis para que a criança educada nesse centro se sentisse competente em
suas relações e atividades progressivamente enriquecidas.

Estão corretos:

A) I e III B) I e II C) II e III D) Apenas I E) Apenas III

Professora Thais Goes


Carla Cristina De Souza Borges - [email protected] - CPF: 259.452.618-58
www.japasseieducacao.com.br

Você também pode gostar