Parvovirose Canina Aspectos Clínicos e Fisiopatológicos
Parvovirose Canina Aspectos Clínicos e Fisiopatológicos
Parvovirose Canina Aspectos Clínicos e Fisiopatológicos
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ISSN 2318-8014
Rafael Gustavo Tonina, Letícia Corrêa Vanassia, Júlia Lopes de Souza Nunesa, Teiffny de
Castilhosa, Mariana Rachel Grazziotin Pedronia, Diane Alves de Limaa, Manoela Maria Bianchia,
Carolina da Fonseca Sapina*
a) Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS.
à vacinação errônea, associada com a circulação livre à rua, fatores que em conjunto aumentam o
risco desses cães adquirirem a infecção (PAVAN, 2009; MARTINS, 2021). O vírus é disseminado
por eliminação fecal e a porta de entrada é via oral. A partir da exposição do animal às fezes infectadas
ou de ambientes contaminados, o vírus atinge os linfonodos regionais da faringe e tonsilas. Em
seguida, o agente alcança a corrente circulatória e ocupa inúmeros tecidos, englobando o timo, o baço,
os linfonodos, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele
prossegue a replicação (ANGELO et al., 2009). Dessa forma, ocorre a necrose das criptas do epitélio
do intestino delgado, com eventual perda das vilosidades e progressão para quadros de diarreia,
frequentemente hemorrágica, além de febre, vômitos e rápida desidratação (STROTTMANN et al.,
2008). O diagnóstico fundamenta-se no histórico e nas características clínicas. Podem ser utilizados
testes sorológicos rápidos para parvovirose canina, contudo sua interpretação deve ser meticulosa
uma vez que estes podem apresentar resultados positivos a pretexto de títulos vacinais ou imunidade
passiva (CRIVELLENTI & CRIVELLENTI, 2015). Ademais, outros testes como a hemaglutinação,
o ensaio imunoenzimático, a aglutinação em látex, a reação em cadeia da polimerase (PCR) e o
isolamento viral em cultivo celular conduzem a um diagnóstico definitivo da doença
(STROTTMANN et al., 2008). O hemograma, apesar de inespecífico, costuma apontar linfopenia ao
longo da fase inicial da enfermidade (CRIVELLENTI & CRIVELLENTI, 2015). Vale salientar que
muitas enfermidades cursam com sinais clínicos semelhantes aos da parvovirose e, por isso,
diagnósticos diferenciais devem ser levados em consideração. Desse modo, doenças causadas por
parasitas nematódeos (como Ancylostoma sp e Thichuris sp), protozoários (incluindo Giardia sp e
Cryptosporidium), além de outras doenças infecciosas como salmonelose, clostridiose e coronavirose
devem ser ponderadas (RODRIGUEZ & MOLINARI, 2017). Em relação aos recursos terapêuticos,
é indicado tratamento sintomático e de suporte a esses animais. O tratamento inclui a reposição
hidroeletrolítica, a antibioticoterapia de amplo espectro e a contenção de vômitos (CRIVELLENTI
& CRIVELLENTI, 2015). A principal forma de prevenção da parvovirose é através da vacina V8 em
filhotes, os quais devem receber a primeira dose dessa vacina com seis a oito semanas de idade, e
duas doses de reforço a cada quatro semanas (PAVAN, 2009). CONCLUSÃO: A parvovirose canina
é uma doença infectocontagiosa que possui alta taxa de mortalidade, e deste modo merece atenção
dos médicos veterinários. Ademais, a vacinação ainda é a medida de controle mais eficaz quando
corretamente aplicada.
REFERÊNCIAS