Entrevista Sobre o Dízimo

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ENTREVISTA COM PE.

CRISTOVAM IUBEL SOBRE A PASTORAL DO DZIMO UMA EXPERINCIA DE PARTILHA E COMUNHO Em preparao para o Encontro de Animao da Pastoral do Dzimo da Arquidiocese de Fortaleza, no dia 30 de outubro, todas s sextas-feiras do ms dedicado as Misses, disponibilizaremos no site da Arquidiocese a srie de entrevistas realizada com Padre Cristovam Iubel sobre a experincia de partilha e comunho que o dzimo proporciona para as comunidades. Nessa primeira parte da entrevista, Padre Cristovam ajuda-nos a entender um pouco da realidade da animao do dzimo no Brasil e no Mundo. 1. O que o dzimo? O dzimo uma das formas, no a nica, que a Igreja tem para sustentar a Evangelizao e de investir na Evangelizao. A Igreja precisa de pessoas, de lugares, de instrumentos (os meios), mas ela no tem como ter tudo isso, se ela no tem bens (os materiais) que sustentem essa preparao. Ento, a Evangelizao sustentada pelo dzimo. Sendo assim, a finalidade do dzimo : Evangelizar. 2. Quando a parquia no possui a experincia do dzimo, como ela se sustenta? Essas parquias se sustentam com taxas, que so oferecidas por ocasio de servios religiosos: sacramentos, bnos. Ou, at mesmo, de doaes espontneas e atravs de promoes (bingos, rifas, festas). S que esse mtodo, das taxas e as festas, j est ultrapassado. Ele no corresponde mais aos anseios de hoje. Porque, so pontos de problemas, confuses, brigas e acima de tudo no evangelizam. Ento, as comunidades que no possuem o dzimo, ainda esto utilizando um mtodo ultrapassado. Mas, que serve enquanto elas no aderem ao dzimo, enquanto no transformam toda a arrecadao em dzimo e em oferta. 3. Padre Cristovam, as taxas um assunto muito delicado, pois gera divergncias. Algumas pessoas concordam, outras discordam. Um dos questionamentos a possibilidade de estarmos comercializando os sacramentos. Exatamente. tanto que recentemente ns mantnhamos a Ao Evangelizadora por meio das taxas. De incio as taxas foram bem compreendidas, era uma forma de troca de servios. E funcionava bem. Mas, depois com o tempo as taxas foram se desgastando e se transformaram em compra. As pessoas compravam um sacramento, comprava uma missa, uma bno, uma orao. Por isso, a prpria Igreja tomou conscincia que no podia continuar com as taxas. Ento, no Brasil, as taxas j esto superadas. Hoje, funciona da seguinte forma: aqueles que esto implantando o dzimo podem manter as taxas por algum tempo, enquanto o dzimo no consegue manter toda a Ao Evangelizadora. Mas, na medida em que o dzimo aumenta, as taxas vo diminuindo at a extino total. As taxas no so de fato evangelizadoras, elas complicam mais do qu ajudam. 4. O senhor usou o termo aqui no Brasil, e o dzimo no uma realidade da igreja no mundo inteiro? No. O dzimo existe em grande parte do mundo. Mas, o Brasil possui uma metodologia que deu certo. O dzimo, no Brasil, se implantado de forma correta d resultado. Ento, as outras Igrejas, por exemplo, da Amrica Latina, da Amrica Central, dos Estados Unidos e da frica (mesmo com sua pobreza) aderiram ao dzimo. As Conferncias Episcopais tem o dzimo do Brasil como modelo. Poderamos dizer que, a Igreja do Brasil est exportando uma experincia de partilha. DZIMO INSTRUMENTO DE EVANGELIZAO O ms de outubro na Igreja do Brasil destinado as Misses. Somos uma Igreja missionria. Precisamos despertar em todos os batizados a conscincia missionria. Conscincia

que despertar para a responsabilidade para com a Evangelizao. E o dzimo um dos instrumentos para a Evangelizao. A importncia da conscientizao do dizimista o foco da segunda parte da entrevista com Padre Cristovam Iubel. Antes de implantar a experincia do dzimo, necessria a disponibilidade de toda a comunidade de maneira consciente. A experincia do dzimo precisa ter como meta a Evangelizao. 1. Em sua fala anterior, o senhor usou a expresso implantao correta do dzimo. O que seria isso? A implantao correta do dzimo parte da conscientizao. Quem se torna dizimista tem que saber o que o dzimo e deve saber por que dizimista. Ela no pode simplesmente ser dizimista sem saber o porqu. Ento, a implantao correta exige que o dizimista que contribui, faa isso com plena conscincia. Que no seja por superstio, que no seja por medo, ou receio de perder algum servio da Igreja. Que no seja simplesmente porque eu mudei e preciso contribuir. Mas, que ela entenda que est contribuindo com a Evangelizao. Toda implantao que no tiver como meta a Evangelizao no completa. E quando no se evangeliza com o dzimo, a comunidade se cansa, logo ela desanima. Ento, a implantao correta do dzimo aquela que leva ao encontro da Evangelizao. 2. E na prtica, como um padre poder aplicar esse mtodo nas comunidades? Primeiro, o padre no consegue fazer isso sozinho. Ele precisa encontrar pessoas que se disponham a se preparar para essa pastoral. Essas pessoas participam de encontros, se preparam atravs de cursos e junto com o padre implantam o dzimo. At porque o padre tem outras funes que no pode deixar de exerc-las. Ele no poderia diminuir o nmero de celebraes ou deixar de atender as pessoas para cuidar do dzimo. Essa uma funo de toda a comunidade. O padre tem a sua parte, mas ele no o nico. Ento, o padre que quer comear a implantar o dzimo, ele precisa encontrar pessoas que queiram assumir essa pastoral. Porque ele e a equipe, juntos implantam a Pastoral do Dzimo na comunidade. 3. Uma dvida comum sobre a nomenclatura: vou pagar, vou devolver, vou contribuir. Qual a maneira correta de se falar? A maneira correta vou contribuir. E esse o termo de referencia no Brasil quando se fala em dzimo. No pagamento porque no uma lei, uma obrigatoriedade. devoluo no sentido espiritual. Mas, no Deus que precisa do dinheiro. a comunidade que serve a Deus que precisa do dzimo. Ento, o melhor o termo a contribuio. 4. E essa contribuio possui um valor fixo? No, no tem. Os Bispos do Brasil orientam para uma contribuio segundo a generosidade de cada pessoa. Ou seja, a pessoa conscientizada e convidada a ser generosa. No h um valor fixo. Por exemplo, ningum pode dizer que a Igreja cobra 5%, cobra 10%, 15%, 1%. A quantia depende exclusivamente da opo de cada catlico, de cada um. A opo individual. Ento, ns no temos uma taxa fixa. O DZIMO GERA NA COMUNIDADE SENTIMENTO DE GRATIDO O dzimo uma experincia pastoral missionria que envolve toda a comunidade. E essa comunidade responsvel pela manuteno dos servios para Evangelizao. Nessa terceira parte da entrevista, Padre Cristovam Lubel nos ajuda a compreender que o dzimo envolve e contagia a todos, criando nas comunidades um sentimento de gratido. Enfatiza que no basta ter o dzimo nas comunidades, preciso ter conscincia da sua importncia na vivncia comunitria.

1. Como o dzimo um ato que parte do corao, nas Parquias h dizimistas e no dizimistas. Ento pergunto, o atendimento diferenciado para essas pessoas? No pode ser. A orientao que o atendimento seja igual para todas as pessoas, dizimista ou no dizimista. H pessoas que concordam com a linha pastoral da Parquia e aquelas que no concordam. Ns no temos nenhum direito de fazer um atendimento diferenciado. Quando uma pessoa chega, e pede um servio da Igreja, a igreja tem a obrigao de se colocar servio. Independente de quem seja a pessoa, independente do valor com que ela contribui. Ou se no contribui, no aceita, ou rejeita o dzimo. Ns no podemos de forma alguma prender (negar) servios religiosos para aqueles que no so dizimistas, ou atrasaram sua doao. Temos que fazer com o mesmo empenho, com a mesma desenvoltura. Os servios diferenciados no so justos, e acima de tudo no evanglico. O atendimento deve ser igual para todas as pessoas. Todos tm o mesmo direito dentro da comunidade. 2. Entregar um brinde, como calendrio, sorteios de bblia, de livros, as missas especiais para o dizimista, so algumas aes praticadas para agradecer a fidelidade do dizimista. O que o Senhor tem a dizer dessas prticas? Essas prticas podem ser seguidas enquanto reativamento da Pastoral do Dzimo. Nunca enquanto uma premiao. Digamos se numa missa faz-se um sorteio de uma bblia, de um objeto religioso, de uma imagem, a perspectiva a seguinte: como a comunidade no pode dar a todos os dizimistas uma lembrancinha como forma de reconhecimento da participao na comunidade, se escolhe algum para que em nome da comunidade, receba em nome de todos atravs do sorteio. Ento, o sorteio s uma forma de dizer para toda comunidade ns reconhecemos que vocs esto assumindo a f de vocs de verdade. Ento, qualquer tipo de premiao, no em vista da participao ou da quantia que se doa. sempre em funo que aquela pessoa assumiu de fato seu lugar como batizado, como batizada na vida da comunidade. preciso ter cuidado para no tornar essa prtica uma espcie de recompensa. Pois, se isso acontecer vai estragar toda a pastoral, vai tirar a pastoral dos trilhos. Ou seja, vai fazer com que a pastoral perca o seu sentido. 3. E o que devemos fazer para que a pastoral do dzimo no perca seu sentido? Perceber que esses momentos de gratido so momentos de reconhecimentos, at porque no somos ns que agradecemos, por que o dzimo no para uma pessoa ou para outra, a comunidade toda que se sente agradecida. Ento, quando uma pessoa recebe um carto em casa dizendo que bom que voc dizimista. Quem disse que bom que voc seja dizimista, foi toda a comunidade. E voc, tambm, diz para os outros membros da comunidade. uma espcie de reconhecimento mtuo dentro da comunidade entre todos os dizimistas. Mesmo que no carto tenha a assinatura do Padre ou de algum da pastoral do dzimo, eles assinam em nome de toda a comunidade. importante que as comunidades entendam isso e no caam no erro de premiar o dizimista, ou at de premiar os melhores dizimistas. Ningum pode julgar quem melhor, ou quem no . Uma pessoa pode estar oferecendo muito, mas pode estar oferecendo pouco que pode ser muito mais. Uma pessoa que oferece pouco poderia estar oferecendo, praticamente, tudo que tem. Ele estar oferecendo com bem mais qualidade do que aquele que ofereceu muito. Ento, ns no temos esse direito de julgar. Temos que perceber que as premiaes funcionam s como reconhecimento. E se assim for, suas praticas so validas. 4. Sobre as maneiras de arrecadar as doaes, qual seria a maneira mais apropriada. A maneira onde no coloca a pessoa em estado de constrangimento, burocratizao ou exposio? A maneira de arrecadar aquela mais discreta possvel. Agora, so as prprias pessoas da comunidade que pedem facilidade. As pessoas pedem que seja no momento da celebrao. As

pessoas tm dificuldade de ir duas, trs vezes por semana na comunidade. Elas vo s aos domingos. Elas querem que no domingo haja a possibilidade de contribuir com o dzimo. Ento, muitos desses grupos de coordenao do dzimo que recebem o dzimo aos domingos, eles esto nas capelas porque a prpria comunidade pede. Pois, a comunidade sente que facilita. Agora, a contribuio deve ser feita na hora em que a comunidade entende que seja a melhor hora. Se a comunidade entender que no fica bem na hora da celebrao, ou depois da celebrao, ento se encontra um meio melhor para aquela comunidade. As comunidades tm o direito de decidir qual o melhor momento de fazer sua contribuio. Isso fica a critrio de cada comunidade. 5. Dentro dessa busca de momento ideal para contribuio, o que deve ser evitado? Sugerimos que procurem no usar o espao da Igreja. Mas, em alguns locais os espaos so to pequenos que no tem outro local, a no ser dentro da Igreja. At por que as pessoas se sentem bem, porque o dzimo uma coisa de Deus. Ento, deixamos a critrio de cada comunidade. O importante que se entenda o esprito do dzimo, para que a contribuio no seja de forma distorcida. Mas, estamos preocupados com isso. Porque, em algumas comunidades aparece mais o local do dzimo do que o restante da Igreja. Do que o local da celebrao. Isso nos preocupa. Ns pedimos o bom senso, que consultem a comunidade. Saber o que a comunidade acha daquele local, daquele horrio, se estar bem ou no. 6. Caderneta, envelope, carn, qual seria o melhor? Tudo depende de cada comunidade. Algumas comunidades preferem trazer e entregar pessoalmente. Alguns contribuem pelo carn, ou boleto bancrio, alguns j fazem at pelo carto de dbito. Ou seja, ns no podemos dispensar nenhum meio. Devemos estar aberto a todos os meios, inclusive os mais modernos. O importante o esprito da contribuio. Se for no dbito, no carn, entregue pessoalmente na hora da celebrao, ou entregue a uma agente do dzimo, o importante a conscincia do que estou fazendo. Ento, a forma ela relativa. H uma grande variedade e possibilidade e a comunidade que escolhe qual ou quais ir adotar. Contudo, o que no pode existir nas comunidades ter o dzimo sem ter a conscincia do que ele seja. AS PESSOAS PRECISAM VER O DZIMO CONCRETIZADO NA VIDA DA COMUNIDADE A ltima parte da srie de entrevista com Padre Cristovam Iubel, nos desperta para a necessidade da formao dos agentes da Pastoral do Dzimo. Alm da conscientizao necessria a transparncia da aplicao do dzimo na comunidade. As pessoas precisam saber com clareza, onde o dzimo foi aplicado. 1. Para as comunidades que j vivenciam a experincia do dzimo. Porm, esfriou um pouco a caminha. O que possvel ser feito para criar um novo dinamismo nesta comunidade? Isso que voc estar me perguntamos, nos chamamos de reavivamento. O reavivamento um trabalho desenvolvido na comunidade para detectar os problemas, e as dificuldades. Entender o porqu o dzimo no estar dando certo, no estar funcionando. E tendo conscincia desse problema, a gente vai direto ele. Porque s vezes o problema a falta de conscientizao. um relacionamento difcil com o Padre ou com a equipe que coordena a comunidade. s vezes falta de prestao de contas, falta de transparncia. s vezes as pessoas no percebem onde o dzimo estar sendo usado. Ento, preciso descobrir os problemas para poder ir direto raiz dos problemas. 2. Como a comunidade pode organizar esse reavivamento? No perodo de semana a comunidade faz o reavivamento. o que a gente chama de Semana do Dzimo. Momento onde se escuta as reclamaes, conversa com as pessoas. Depois de coletar

essas informaes, as apresenta ao Padre, equipe da Parquia. Ento, eles colocam em prtica tudo aquilo que deve ser colocado em prtica. Muda o que precisa ser mudado. Se uma comunidade no estiver bem preciso fazer uma semana de reavivamento. uma espcie de semana de conscientizao, porm mais trabalhada, dando espao para que as pessoas falem, escutando o que elas querem dizer. Ento ns animamos o dzimo assim, atravs de uma semana de reviso e aprofundamento. 3. E qual a funo da Equipe do Dzimo em uma Parquia? A equipe do dzimo tem como primeira funo a conscientizao. Antes de arrecadar, ela deve deixar bastaste claro que o dzimo para a Evangelizao. E deve mostrar isso, e mostrar como? Dizendo: Olha aqui na Igreja temos isso, temos aquilo, e por causa do dzimo. As pessoas precisam ver o dzimo concretizado na vida da comunidade. Porque elas tomam conscincia que a administrao do dzimo estar sendo vivida com seriedade. Quando no h transparncia e seriedade, as pessoas automaticamente deixam de participar. Ou se elas continuam participando, vo destruindo a pastoral por conta das opinies que emitem. Ento, a funo da Pastoral do Dzimo conscientizar e depois criar um ambiente interessante para se viver o dzimo. Estar atento aos servios, que a comunidade precisa, que sejam prestados. A equipe do dzimo conversa com o Padre, conversar com as demais equipes. uma equipe atenta. uma equipe que receber, e que depois que receber ela entrega o que recebeu para a equipe ou conselho de assuntos econmicos. 4. Ento, o Senhor estar dizendo que a Equipe do dzimo no administra o que arrecada? Isso mesmo, a equipe do dzimo no administra o dzimo. Ela apenas motiva, incentiva, conscientiza e receber. Depois ela entrega e a no tem mais nada a ver com ela. A equipe que responsvel pelos bens da comunidade administra e faz a prestao de contas. A prestao de contas quem faz o Conselho para assuntos econmicos. Essa equipe tem a obrigao de mensalmente dizer para a comunidade, o que naquele ms foi recebido e onde foi aplicado. Geralmente, as aplicaes so feitas por dimenses. Dimenso religiosa, social, missionria. Ento, preciso se fazer uma prestao de contas rpida, breve, mas bem clara. E depois fixar, em algum lugar, essa prestao para que a comunidade tenha acesso a essas informaes mais detalhadas. Temos que lembrar que mo possvel se pensar o dzimo sem prestao de contas. E essa prestao de contas precisa ser descomplicada. Precisa ser simples para que todos entendam. 5. E quando a prestao de contas no feita? Ela trs prejuzos para o processo. Porque as pessoas passam a no acreditar na pastoral. E no acreditam com razo. Porque se no h prestao de contas, como que sabero onde o dzimo foi aplicado, ou onde ele no foi aplicado. Por isso, que o Conselho de assuntos econmicos precisa estar em sintonia com a equipe do dzimo. E essa equipe sempre presidida pelo Padre da Parquia. A equipe tem um coordenador, mas o presidente sempre o Padre. Ento, ressalto novamente, essa equipe precisa dizer de forma muito clara o que foi investido, o que tem em caixa. O que estar sendo guardado, como uma espcie de uma reserva tcnica, para momentos de urgncia. A prestao de contas deve ser feita mensalmente. E depois preciso fazer uma prestao de contas anualmente, juntando todos os meses. Tudo com bastante clareza. 6. Uma das grandes dificuldades da pastoral do dzimo convencer as outras pastorais da importncia de ser dizimista. Parece, muitas vezes, que mais fcil convencer as pessoas que no participam ativamente da comunidade. Pois, as que j so engajadas, pensam que com o servio j esto contribuindo. E no precisam devolver o dzimo. O que o Senhor pensa sobre isso?

Ns precisamos de formao, quanto a isso no h dvidas. Pessoas formadas tm argumentao, tm argumentao fundamentada na Sagrada Escritura, nos documentos da Igreja, e nos vrios livros que so escritos a partir dos documentos da Igreja e da Sagrada Escritura. Ento, precisamos de pessoas formadas que digam com clareza o que o dzimo. E falando assim com clareza, eu no digo que convena, mas que anima as pessoas, tirem as dvidas que se tenham. Os agentes do dzimo precisam tirar as dvidas da comunidade. O caminho de fato o estudo, o aprofundamento. Tanto que hoje so muitos materiais produzidos, especificamente para s equipes do dzimo das Parquias. No h outro caminho, que no seja a formao. A Igreja no Brasil estar caminhando bastante nesse sentido da formao. At a algum tempo atrs, se contava apenas com a boa vontade. E as pessoas, muitas vezes, que tinha boa vontade nem sempre tinha formao. Hoje se procura a boa vontade e se pede que a pessoa esteja pronta para formao. Caso contrrio ela no tem como participara da equipe do dzimo. 7. possvel perceber diferenas em uma pessoa que antes no era dizimista e agora ? Sim. Ela, primeiro se sente muito bem na Igreja. Porque ela sente que faz parte daquela Igreja, assim como ela faz parte da sua famlia. uma espcie de uma segunda famlia. At o modo, a postura dela entrando na Igreja outra. Ela entra descontrada, entra bem, porque ela estar entrando numa casa que dela. Ela sabe que as cadeiras, os bancos, o altar que esto ali, ela ajudou a adquirir. Ela sabe que participa da manuteno, do investimento, da evangelizao. Ela faz aquilo que as pessoas precisam fazer a partir do batismo. Se tornar comprometida com Jesus e com a comunidade. Ela deve ter essa conscincia: essa Igreja minha, essa a minha comunidade. Eu no sou estrangeiro, essa a minha casa. O QUE O DZIMO A palavra dzimo significa a dcima parte. De cada 100 coisas, eu separo dez. De cada 100 sacos de feijo, ou de cada 100 cabeas de gado, ou de cada 100 Reais, eu separo dez. A dcima parte. E o chamado dzimo. A Bblia pede estes dez por cento. Deus exige com firmeza esta doao para a comunidade. A Igreja Catlica, no Brasil, vendo as necessidades do povo, pede que cada um d de acordo com seu corao, de acordo com sua conscincia. Quem pode dar os dez por cento, deve dar. Quem vai sentir falta, que d menos. Por princpio, deve-se dar os 10 por cento. Dzimo no pagamento. No imposto. No taxa. gesto livre de gratido. No esmola. Nem oferta. Dzimo ato de f em Deus e de confiana na Comunidade. A organizao sistemtica do Dzimo verdadeiramente o meio positivo que soluciona o problema financeiro paroquial. Supre todas as necessidades e despesas normais, O que acontece de melhor, porm, que as pessoas se sentem colaboradoras. E os no colaboradores se sentem seriamente questionados na hora de procurarem seus direitos sem cumprirem seus deveres. Percebese aos poucos quem e participante assduo e quem est margem da vida da comunidade. A Bblia o melhor manual de educao. O melhor livro de formao das pessoas. Deus tem muitos jeitos de nos educar. Muitas maneiras de educar e formar o seu povo, O dzimo um modo bonito de nos fazer compreensivos com os outros. E uma maneira de nos ajudar a ser delicados com Deus e agradecidos a ele. Dzimo um ato comunitrio. Por isto o dzimo est muitas vezes escrito. Muito exigido por Deus e bem vivido pelo povo. O dzimo uma grande fora para criar, sustentar, firmar uma comunidade, tornando-a evangelizadora. O dzimo educa as pessoas para viverem em comunidade. Comunidade existe quando temos problemas comuns; quando todos buscamos a soluo comum destes problemas e

quando todos alcanam um ideal comum: isto , todos se do bem; todos se ajudam; todos se amam. Por isto Deus aprova e bate palmas para quem d seu dzimo. COMO ORGANIZAR Qualquer pessoa pode ser da equipe do Dzimo. 1. Dzimo uma pastoral. A equipe da pastoral do Dzimo no pode ser considerada uma equipe secundria, ou um apndice. No se trata de uma equipe com a finalidade de captar recursos para a igreja ou administrar uma obra. No se trata de um ato meramente financeiro-administrativo dentro de uma comunidade. E, isto sim, um trabalho Pastoral dentro da pastoral de Conjunto. uma pastoral to importante quanto a pastoral da Catequese, da Liturgia etc. Se a pastoral do Dzimo no vai bem, todas as outras so prejudicadas. A equipe, portanto, deve ter conscincia de que esse um trabalho pastoral. 2. Conhecimento do Dzimo. A equipe deve conhecer bem o assunto. Deve estar preparada para ajudar a esclarecer dvidas sobre o Dzimo. 3. O testemunho da equipe. Quem faz parte desta equipe precisa ser dizimista para valer. Tentar convencer a outros sobre algo de que no estamos convencidos no funciona. Quando vamos motivar os fiis sobre o Dzimo, devemos falar da experincia prpria, algo que sai de dentro com plena convico. Todos devem dar testemunho. Existem coordenadores do Dzimo pelo Brasil afora com dez ou mais anos de trabalho e que nunca contriburam com o Dzimo. E no entendem porque o povo no dizimista. Aplicar aos outros algo em que no acreditamos no funciona. A equipe deve acreditar no que faz. Por isso mesmo faz a prpria opo de dizimista. Entender que devemos dar o Dzimo tambm do prprio tempo e, por isso, fazer parte da equipe que vai ajudar os outros irmos a fazerem tambm a opo de dizimistas conscientes. 4. Disponibilidade para o dzimo A equipe deve ter tempo para se dedicar Pastoral do Dzimo. Preferencialmente nos dias em que h mais movimento na comunidade. Normalmente as missas so aos sbados e aos domingos. Antes e aps as missas, a presena de elementos da equipe do Dzimo possibilita a contribuio dos dizimistas. Quem faz parte de outra equipe de Pastoral no pode ser sobrecarregada. Se isso acontecer, algum est se omitindo. s vezes a prpria pessoa que achaque s ela sabe resolver todos os problemas da comunidade e assume tudo. Dificilmente tudo sai bem. 5. Organizao A equipe deve ser bem organizada. E importante que na equipe haja algum com experincia administrativa e contbil para ajudar nos relatrios. A equipe tem como misso tambm prestar contas comunidade de tudo o que o povo traz para Deus. Esta equipe responsvel pela organizao, conscientizao, animao e recebimento do Dzimo. Deve ser formada por pessoas capazes de trabalhar em equipe. O Dzimo um trabalho que exige muita unio. Trata-se de administrar os bens que o povo traz para Deus. O sucesso da implantao do dizimo depende exclusivamente desta equipe. Para finalizar: Ser da equipe do Dzimo fazer uma opo missionria. No se trata de uma equipe de cobradores, mas de missionrios que esto a servio da comunidade, levando cada ms uma lembrana do compromisso assumido pelos irmos dando, cada ms, uma mensagem de f, de esperana. Esta equipe tem a tarefa de conscientizar os fiis para a partilha.

Prestar contas comunidade Para manter o dizimista indispensvel que a equipe mensalmente preste contas. Elaborar um balancete no final de cada ms e divulgar na comunidade. No suficiente colar uma cpia do balancete na porta da Igreja. Poucos lem. O que funciona imprimir o balancete numa folha. De um lado da folha o relatrio do ms. Todas as entradas e sadas. E bom manter a mesma ordem do Plano Financeiro. Mostrar para o povo o que entrou de Dzimo, Oferta, etc. No verso da folha, imprimir a mensagem do ms. E aqui que acontece a formao permanente: por meio desta mensagem. Todos os meses a equipe vai ao encontro do dizimista num processo de conscientizao, de uma catequese permanente sobre o Dzimo. O povo, recebendo a prestao de contas e uma mensagem todos os meses, vai se sentir mais motivado a contribuir, pois est vendo como aplicado o dinheiro oferecido a Deus atravs da comunidade. Se houver na comunidade um boletim informativo, melhor ainda. Seja qual for o instrumento de comunicao no deve ser divulgado s entre os dizimistas, mas entre o povo todo. Quem dizimista est recebendo a prestao de contas. Quem no dizimistas estar recebendo um questionamento forte pela sua omisso. Nesse relatrio-mensagem, pode constar, quando necessrio, uma observao no rodap, chamando a ateno para alguma necessidade, solicitando que o povo contribua mais e para que reajuste seus dzimos conforme a inflao. Pelo Plano Financeiro o povo conheceu as necessidades. Pelo balancete mensal o povo verificar se est contribuindo com o necessrio para cumprir o plano. Se as entradas no esto sendo suficientes, a equipe tem a um instrumento eficaz para solicitar maior empenho de todos, sem constrangimento. 7. Devemos insistir para uma pessoa ser dizimista? No creio que se deva insistir, O que devemos fazer mostrar para a pessoa as vantagens, e deix-la livre. Devemos ser rigorosos conosco mesmos no sentido de conscientizar as pessoas sobre o Dzimo. Oferecer a todos o mximo de informaes e testemunhos. Depois disso, deixar que Deus opere na pessoa. Devemos fazer a nossa parte, a conscientizao. Forar a barra seria interferir na liberdade dos outros. 8. Quando o dizimista desiste, deve ser cobrado? Muitas vezes a pessoa faz a opo do Dzimo levada pela emoo do momento. Passada a emoo no se sente mais motivada para continuar. Por isso importante uma conscientizao que atinja o corao e a razo. Uma pessoa conscientizada dificilmente interrompe sua contribuio ao contrrio, a aumentar. Mas se isto acontecer, bom ajudar a pessoa a refletir sobre o compromisso que assumiu. Alert-la muito delicadamente. Podia no ter se comprometido. Era livre. Mas uma vez que se comprometeu, deve fazer de tudo para cumprir. O exemplo est em Jac. Fez uma promessa, foi fiel, cumpriu risca e prosperou. Gen.28,20-22. Para ajudar os indecisos podemos refletir com eles o Sal. 49,14. Oferece, antes, a Deus um sacrifcio de louvor e cumpro teus votos para o Altssimo. Ou ainda, J22,27: Tu lhe rogars, e ele te ouvir, e cumprirs os teus votos A conscientizao deve levar o dizimista a uma deciso pessoal, espontnea, brotada do corao, a partir de uma experincia com Deus em sua vida. 9. E quando o dizimista atrasa?

A equipe deve preparar uma mensagem especial para os dizimistas em atraso, lembrandolhes o compromisso que assumiram na comunidade. Deve ser uma mensagem de lembrana e orientao e nunca de cobrana. O melhor mesmo fazer uma visita para saber o que aconteceu. E possvel que se trate de simples esquecimento, mas pode tratar-se de problema mais srio. A presena da equipe do Dzimo pode ajudar aquela pessoa, pode orient-la, e deve, em qualquer circunstncia, avisar o dizimista, para que continue sua opo, pois isto mostra sua fidelidade para com Deus e atrai as bnos de que necessita. 10. Deve ser feita cobrana nas casas? Faa uma visita procurando orientar para que o dizimista entregue seu dzimo na comunidade. Se o dizimista participa da comunidade, no h razo de algum ir at sua casa para receber o dzimo. 11. Desafios da equipe Na implantao do Dzimo, certamente a equipe vai se defrontar com quatro tipos bem distintos de dizimistas: OS FIIS - So aqueles que do e sempre tm mais para dar. So os que levam frente os trabalhos da comunidade. Sua contribuio regular, significativa, consciente e voluntria. So tambm eles os mais sensveis em casos de emergncia. Ajudam os pobres, assumem os trabalhos da pastoral. So os que devem ser imitados. OS INFIIS - So os que fazem a opo do Dzimo e depois de certo tempo negligenciam, param de contribuir. So tambm infiis os que do parte do Dzimo, ou seja, se inscrevem para contar na comunidade como dizimistas, mas do uma insignificncia e so conscientes de que poderiam dar mais, porm no o fazem. So os Ananias e Safiras de hoje. Atos 5,1-11. Esses precisam ser orientados a cumprirem o voto que fizeram a Deus. OS NO-DIZIMISTAS LIBERAIS - So os que no combatem o sistema do Dzimo. No so dizimistas, mas esto sempre dispostos a contribuir conforme as necessidades. Normalmente colocam na Oferta o que dariam como Dzimo. No so dizimistas por no terem compreendido seu valor histrico, bblico, cristo, social e missionrio. Um pouquinho de esforo da equipe os transforma em dizimistas exemplares. OS ANTI -DIZIMISTAS - So os mesquinhos, os derrotados por natureza. Talvez tenhamos neste grupo um nmero de pessoas que nos surpreende. Eles sabem de tudo. So os iluminados. Nunca esto presentes para ajudar quando preciso fazer algo na comunidade, mas so os primeiros a criticar depois de feito. So os que ouvem o que o padre ou a equipe do Dzimo diz, e ficam cochichando na igreja, e fora dela, para levarem as pessoas a pensar o contrrio do que foi pregado. H at os que chegam a mostrar o relgio, embora a missa no demore 6 ou 10 minutos alm do normal. So os de missa de 7 dia, mas que se chamam de cristos exemplares. So os que se pem contra uma campanha do Dzimo, alegando que se deveria fazer uma campanha para os pobres. Quando voc fala de pobre ou de opo da Igreja por eles, logo combatem. So os de argumentos fceis. Mas as aes? So os do contra. PONTOS QUE AJUDAM A ORGANIZAR O DIZIMO. Escolher pessoas interessadas e convencidas do valor do dzimo. Preparar-se bem, vendo outras experincias onde funciona o dzimo. Sem nunca impor, mas ajudar a sensibilizar os fiis por esta Pastoral. Esclarecer a comunidade por meio de palestras, faixas, folhetos e o bom uso dos Meios de Comunicao Social (feito tudo por leigos).

Aproveitar o que existe: Novenas, Grupos de Reflexo, Capelinhas... Fazer celebraes litrgicas sobre o dzimo. Pessoas deem testemunho. Preparar fichas e cadastro da famlia dizimista. No complicar nada. Antes e depois das celebraes, algum da Equipe atende s pessoas sobre o dzimo, pois muitos aproveitam a ida igreja para acertar seu dzimo. Pode ser tambm na casa paroquial. Lembrar sempre que o dzimo requer muita pacincia, muita motivao e tempo. No forar, mas trabalhar a conscincia dos catlicos dando boa fundamentao bblica. No afastar ningum da comunidade por causa do dzimo. PERGUNTAS I. Quem inventou o dzimo? O corao dos filhos de Deus. Foi a gratido dos irmos para com Deus Pai que inventou o dzimo. J faz 3 mil anos e Deus sempre aprecia e ama a quem d seu dzimo com alegria. II. Mas Deus precisa do dzimo? No. Deus no, mas os irmos, a comunidade, sim. Irmos que se amam se ajudam. O dzimo cria famlia. Cria confiana. Cria crescimento, tanto da famlia que o d, como da comunidade que o recebe. III. Eu tenho o compromisso de dar o dzimo? Sim. O dzimo um compromisso com Deus, com a Igreja e com os pobres. IV. No basta dar o que sobra? No. Dzimo partilha do que se tem, no das sobras. Partilhar no o que sobra. Partilhar dar o que o outro precisa. V. Por que as pessoas inventaram o dzimo e o colocaram na Bblia? O dzimo foi o jeito que as pessoas encontraram para agradecer ao Senhor e para se ajudarem entre si. Deus inspirou esta ideia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento o dzimo parte da Bblia. gesto de gratido do povo a seu Deus. VI. O dzimo salva a gente? No. No salva. No o dinheiro que salva. Nem nossas obras: quem nos salva o amor de Deus. Nem os santos nos salvam. Nem Nossa Senhora: s Deus salva. E quer salvar a todos. Mas.., o dzimo me leva mais perto de Deus, porque me leva para a comunidade. Dzimo um meio. E no devemos abandonar os meios que nos fazem mais irmos e nos conduzem mais a Deus. VII. Faz diferena pagar ou dar o dzimo? Dzimo no se paga. Deus no negocia. Dzimo se d. Pagar indica obrigao, lei, imposto. Dar gesto espontneo. Dzimo partilha gratuita. Existe diferena entre as pessoas que do e que no do dzimo. Quem d se engrandece. O dzimo engrandece nosso ser. Nos abre a Deus e aos irmos. O dzimo nossa devoo, uma devoo para Deus. Dzimo compromisso santo: quem reconhece, quem agradece, se engrandece. VIII. O que eu ganho dando o dzimo? No se deve dar o dzimo por causa do retorno. Deus tambm nos d tanta coisa e qual o retorno que ele recebe? Com o dzimo eu aprendo a ser generoso, a ser sincero e reconhecido com o Senhor de tudo. Eu retribuo um pouco a Deus, do muito que ele me d. S isto. De outro lado, a Igreja me prestar servios religiosos, quando eu precisar. Mas o importante ser generoso, no mesquinho, nem com os irmos nem com Deus. O prprio dzimo pertence a Deus. Deus dono de tudo, cem por cento de Deus e dele tudo nos vem. Eu apenas lhe agradeo, devolvendo-lhe algo por cento. como se minha me me desse um grande bolo, cada dia, e eu retiro uma parte do bolo para ela dar a meus irmos.

IX. melhor dar muito dzimo sem boa vontade, ou melhor dar pouco com boa vontade? O melhor dar o certo e de boa vontade. No se deve dar a Deus e aos irmos o que sobra: o troco de mercado, as migalhas. Deus no pede o resto, nem esmola. O justo dar o certo. X. Quem est dispensado de dar o dzimo? Ningum est dispensado. A Bblia fala que todos devemos reconhecer as graas de Deus. Cada um deve dar de acordo com suas possibilidades. Deus elogiou a oferta da pobre viva. Deve ter sido bem pequena. E no aprovou a oferta dos ricos que faziam a doao s para se mostrar. Como bom exemplo, at o Padre, os Ministros, os Agentes de Pastoral, as irms, as Empresas, o Bispo... todos deveriam dar seu dzimo. XI. E se a pessoa bem pobre? Uma das finalidades do dzimo a promoo social, e neste caso a comunidade deve ajudar ao bem pobre. XII. E no d para dar o dzimo em forma de servios ou ofertas? Pra dar, d. Mas, ser sincero tambm neste ponto. Deve-se combinar bem com a Equipe do Dzimo. Pode tambm ser em doaes. S que a Bblia fala claro: mesmo dando um animal para o sacrifcio, mesmo assim a famlia no est dispensada do dzimo. O dzimo, na Bblia, sagrado e no se negocia com nada. Por isto, as coletas na Missa no dispensam o dzimo. A Bblia bem clara: quem pode dar dez por cento, deve d-lo. Quem pode dar 10% no deve dar Oito por cento. Quem pode dar 5 por cento no deve dar 2 ou 3 por cento. A Igreja no Brasil pede pelo menos um por cento (centsimo). Mas, quem pode dar mais, deve d-lo. XIII. O que dificulta, o que derruba o dzimo na comunidade? Derrubam o dzimo: a diretoria que no presta contas; Equipe que s pensa em dinheiro e s faz coisas quando do lucro; quando se valoriza s quem d o dzimo; quando os pobres no tm vez e voz; quando se formam panelinhas; o povo no colabora com o dzimo quando o Padre e a diretoria no se do bem; quando no h clareza sobre os gastos do carro paroquial, dos salrios aos funcionrios; cai o dzimo quando ele usado s para fins materiais... Baixa o dzimo quando se desconfia da aplicao do dinheiro e falta transparncia. XIV. O que favorece o povo a dar com alegria o dzimo? A transparncia das contas. A fidelidade na aplicao. A seriedade com que tratado o dzimo e o respeito pelos dizimistas e os outros. O segredo sobre o que cada um d. Cresce o dzimo quando se tem clareza que ns somos Igreja missionria.

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