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    1. O documento discute as reações dos críticos de arte Charles Baudelaire e John Ruskin às transformações da paisagem urbana na Europa a partir da década de 1840, evidenciadas nas grandes exposições de 1851 e 1855 em Londres e Paris. 2. O arquiteto Augustus Pugin via a paisagem gótica como mais piedosa e unida, enquanto a paisagem moderna indicava uma sociedade mais individualista. 3. O Palácio de Cristal construído por Joseph Paxton para a Exposição de Londres em

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    1. O documento discute as reações dos críticos de arte Charles Baudelaire e John Ruskin às transformações da paisagem urbana na Europa a partir da década de 1840, evidenciadas nas grandes exposições de 1851 e 1855 em Londres e Paris. 2. O arquiteto Augustus Pugin via a paisagem gótica como mais piedosa e unida, enquanto a paisagem moderna indicava uma sociedade mais individualista. 3. O Palácio de Cristal construído por Joseph Paxton para a Exposição de Londres em

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    1. O documento discute as reações dos críticos de arte Charles Baudelaire e John Ruskin às transformações da paisagem urbana na Europa a partir da década de 1840, evidenciadas nas grandes exposições de 1851 e 1855 em Londres e Paris. 2. O arquiteto Augustus Pugin via a paisagem gótica como mais piedosa e unida, enquanto a paisagem moderna indicava uma sociedade mais individualista. 3. O Palácio de Cristal construído por Joseph Paxton para a Exposição de Londres em

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    1. O documento discute as reações dos críticos de arte Charles Baudelaire e John Ruskin às transformações da paisagem urbana na Europa a partir da década de 1840, evidenciadas nas grandes exposições de 1851 e 1855 em Londres e Paris. 2. O arquiteto Augustus Pugin via a paisagem gótica como mais piedosa e unida, enquanto a paisagem moderna indicava uma sociedade mais individualista. 3. O Palácio de Cristal construído por Joseph Paxton para a Exposição de Londres em

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    de 5

    FICHAMENTO

    Paisagem moderna:Baudelaire, Ruskin e as grandes exposições de


    1851 e 1855
    1 Brettel defende que o evento de Exposição Industrial
    O artigo aborda as manifestações dos críticos de do século XIX, era um evento que mesmo sem possuir
    arte Charles Baudelaire e John Ruskin a respeito artes e designer que pudesse ser classificado como
    das visíveis alterações e inovações no cenário moderno, o edifício que ocorreu o evento o Palácio de
    urbano na Europa ocorridas, sobretudo, a partir da cristal construído por Joseph paxton era
    década de 1840, e evidenciadas como distintivas da essencialmente modernista. Os detalhes nada clássica
    paisagem moderna especialmente por ocasião da
    de panos de vidro e do ferro que passava a ideia do
    Great Exhibition of the Works of Industry of all
    Nations de Londres (1851) e da Exposition morderno.
    Universelle de Paris (1855)
    3 Expressando seu sentimento sofre a paisagem moderna no
    livro (Contrastes ou um paralelo entre os nobres edifícios dos
    2 Como participante do evento, o Arquiteto Algunst weby séculos XIV e XV e construções similares dos dias atuais:
    Northmore pugin (1812-1852) ele indentificava a mostrando a presente decadência do gosto) , Pugin diz:
    modernidade com as mudanças sofridas pela paisagem "Estou bem consciente de que o sentimento que expressei
    urbana. De acordo com Pugin que a paisagem gótica nesta Obra pouco se adequa aos gostos e às opiniões da Época
    era mais piedosa e unida, enquanto que a paisagem em que vivemos; pela vasta maioria serão recebidos como
    moderna passava uma imagem de uma sociedade mais ridículos, e, por alguns, serão considerados como o resultado
    individualista. de uma imaginação febril"
    FICHAMENTO
    Paisagem moderna:Baudelaire, Ruskin e as grandes exposições de
    1851 e 1855

    Imagem da cidade no século XIX Imagem da cidade no século XIV

    Ninguém, no entanto, que dedicou um mínimo de atenção às


    características da presente era, irá duvidar por um momento que
    4 Pugin chamou a atenção para o revival da arquitetura vivemos em uma época da mais maravilhosa transição, que tende
    gótica na Inglaterra, porém, não foi o suficiente para rapidamente a atingir aquele grande objetivo para o qual, de fato, toda a
    história aponta – a realização da unidade da Humanidade. Não uma
    deter as profundas mudanças da paisagem urbana que
    unidade que derrube os limites e nivele as características das diferentes
    estava por vim. Essa ideia de mudança que marca o nações da Terra, mas antes uma unidade, o resultado e produto
    discurso do príncipe Albert em 1848 sobre a preparação daquelas mesmas variedades nacionais e qualidades antagonistas (The
    da Exposição Universal de Londres: Exhibition of 1851, 1849)
    FICHAMENTO
    Paisagem moderna:Baudelaire, Ruskin e as grandes exposições de
    1851 e 1855
    Paxton, o projetista, era arquiteto auto-didata e
    5 desenvolveu a tecnologia de construção a partir de peças
    de ferro pré-fabricadas e chapas de vidro quando
    construiu a Grande Estufa em Chatsworth, em 1836.
    Chadwik diz que a estufa seria a etapa que seria
    importante para a exposição universal:"Mais tarde, em
    Sydenham, Paxton iria ensaiar o uso de uma construção de
    vidro em larga escala como ponto focal de uma paisagem
    inteiramente nova" (1961, p. 82)
    Palácio de Cristal
    6 O francês Michael Chevalier impressionado com a obra destaca:
    Quando se sonha que tudo isso foi concebido, adotado, moldado,
    fundido, ajustado, colocado e recoberto por vidro em toda parte no
    Paxton desenhou o grande pavilhão de ferro e vidro
    intervalo de apenas alguns meses, pensamos estar no reino das
    para a Exposição de Londres em julho de 1850. Ele fadas. O Palácio de Cristal seria possível apenas na Inglaterra. Ele
    media, simbolicamente, 1,851 pés (564 m) e foi atesta o que pode a indústria do ferro nesse país, o poder dos meios
    erguido em apenas nove meses de que ela dispõe, e o grau da economia a que foi levada aqui a
    fabricação dessa matéria-primeira indispensável a todas as artes (p.
    3-4)
    FICHAMENTO
    Paisagem moderna:Baudelaire, Ruskin e as grandes exposições de
    1851 e 1855

    7 Chevalier defendia a exposição daqueles que acham 8 John Ruskin (1819-1900), o crítico de arte inglês que na
    década de 1840 havia defendido com todas as forças a
    uma forma de ser materialista moderno, para ele o sofisticada pintura de Turner em seu Modern Painters (1844)
    motivo de existir corruptos na indústria não e que em 1854 encontrava-se às voltas com a defesa de outro
    caracterizava o moderno, que em todas as épocas polêmico grupo de pintores, integrantes da Pre-Raphaelite
    sempre haverá corruptos. Brotherhood, fortemente atacado por proeminentes figuras
    da cena intelectual inglesa, como o escritor Charles Dickens,
    ficou sabendo pelo jornal sobre a transferência do Palácio de
    Cristal

    9 O Palácio de Cristal, com sua "cintilância e espaço" 10 Um dos casos notórios de projeto arquitetônico que
    (RUSKIN, 1904, p. 417), essencialmente uma "grande
    buscou inspiração direta na revolução provocada
    estufa", para Ruskin nada têm de feérico: com seu
    pela obra de Paxton foi o dos pavilhões da segunda
    frio aspecto industrial desestimula a busca pela
    grande feira internacional, a Exposition Universelle
    beleza e a perícia do artesão e do arquiteto. Ruskin,
    de Paris (1855)
    como sabemos, foi voz minoritária
    FICHAMENTO
    Paisagem moderna:Baudelaire, Ruskin e as grandes exposições de
    1851 e 1855

    8 Como bem explica Frank Anderson Trapp:


    Os prédios da Exposição foram desenhados para explorar o
    uso de metal e vidro como materiais estruturais. Os produtos
    em exibição que continham eram similarmente dominados por
    uma fascinação comum pela novidade e (mesmo como em
    nossos dias) uma intimamente relacionada fé na promessa
    material do progresso tecnológico (TRAPP, 1965, p. 300).
    Exposição Universal 1885

    9 Em outras palavras, o anticlassicismo formal, na 10 O deslocamento e a movimentação propiciados pelas


    Exposição francesa, se restringe aos materiais Exposições periódicas fortalecem o exercício de um
    arquitetônicos escolhidos. Os pintores que não se cosmopolitismo mais amplo e bem menos idealizado
    adaptaram aos cânones indicados por Moulin do que aquele sonhado por Baudelaire e temido por
    ficaram de fora Ruskin

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