Apostila CFP Exame 46 - Mod 1
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SOBRE NÓS
Com mais de 50 mil alunos, a Academia Rafael Toro
(também chamada de ART), foi fundada em 2017, tendo o
professor Rafael Toro como idealizador e fundador. Movido
pela vontade de transformar a maneira com que as pessoas
aprendiam, o Toro desenvolveu uma metodologia de
aprendizado que revolucionou o mercado de Certificações
no Brasil e já aprovou milhares de pessoas nas principais
provas da Anbima, Planejar, Ancord e Apimec.
Sumário Módulo I
Planejamento Financeiro
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CFP® - Certified Financial Planner
Capítulo 1:
O Processo de Planejamento
Financeiro do Profissional CFP®
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1.1 Etapas do Processo de
Planejamento Financeiro
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Etapas do Processo de Planejamento Financeiro
Ordem Cronológica
As seis etapas do Planejamento Financeiro são:
(1) Definir e estabelecer o relacionamento com o cliente.
(2) Identificar necessidades ou Coletar informações necessárias para elaborar um
plano financeiro e que permitam uma visão completa do cliente: gestão financeira,
ativos e investimentos, seguros, aposentadoria, fiscal e sucessória.
(3) Analisar e avaliar a situação financeira do cliente.
(4) Sintetizar ou Desenvolver as recomendações de planejamento financeiro e
apresentá-las ao cliente.
(5) Implementar as recomendações de planejamento financeiro.
(6) Monitorar a situação do cliente.
Desta forma, podemos decorar as 6 etapas como DIA-SIM, o dia perfeito em que o cliente
diz SIM, mas também memorizado como DCADIM.
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ETAPA 1: Definir relacionamento com o cliente
Remuneração do Planejador
O planejador financeiro pode ter diversos tipos de remunerações, podendo ela ser de um
único tipo ou uma combinação delas. Alguns desses exemplos são:
Tarifas ou Mensalidades: valor fixo pago ao planejador financeiro;
Taxa de administração: cobrada de cada cliente pelo serviço de gestão e
administração da carteira, ou seja, do valor total administrado;
Taxa de performance: cobrada quando a rentabilidade supera um número
previamente definido (recai apenas sobre o rendimento excedente);
Comissões ou Rebates: são os custos gerados pela intermediação da venda de
algum produto, como por exemplo, Prêmios de Seguros ou Taxa de Administração
em Planos de Previdência.
Importante reforçar que o Agente Autônomo de Investimento é proibido pela CVM de
receber valores financeiros motivados por outra forma que não seja o comissionamento
(corretagem ou rebate de fundos).
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ETAPA 2: Coletar informações
Conceito
Esta etapa visa COLETAR as informações necessárias para elaborar um plano financeiro e
que permitam uma visão completa do cliente: gestão financeira, gestão de investimentos,
gestão de risco e seguros, planejamento da aposentadoria, planejamento fiscal e
sucessório. Nesta PRIMEIRA ENTREVISTA com o cliente, o profissional deverá ser capaz:
Identificar os objetivos pessoais e financeiros do cliente, suas necessidades e
prioridades (objetivos de acumulação de capital, tais como geração de renda,
aposentadoria, entre outros);
Coletar dados e processar informações qualitativas (perfil psicológico, disposição a
assumir riscos e propensões) e restrições específicas, visando à análise adequada do
perfil do investidor (suitability), e sua capacidade de suportar perdas;
Coletar dados e processar informações quantitativas e documentos, visando à
análise adequada;
Coletar dados e processar informações de situações específicas, tais como:
divórcio, invalidez, doença terminal, filhos com necessidades especiais, entre outras,
visando à análise adequada.
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ETAPA 2: Coletar informações
Identificação de Aspectos Relevantes
Quando o profissional estiver coletando e identificando as necessidades do cliente, ele
deve se ater não somente nas Informações Genéricas, mas também nas Necessidades
Especiais. Podemos destrinchar estes dados da seguinte forma:
INFORMAÇÕES GENÉRICAS:
▪ Situação financeira atual;
▪ Capacidade de poupança;
▪ Atitude e expectativas;
▪ Tolerância ao risco;
▪ Gestão e Exposição ao risco.
NECESSIDADES ESPECIAIS:
▪ Divórcio, segundo casamento ou relacionamento extraconjugal;
▪ Planejamento de caridade;
▪ Necessidade de dependentes adultos;
▪ Crianças com deficiências;
▪ Planejamento para casos de doenças terminais;
▪ Planejamento para empresas familiares (sucessão).
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ETAPA 2: Coletar informações
Definições das Fases da Vida
O ciclo de vida de um indivíduo tende a ser dividido em quatro fases, que serão citados
abaixo. No entanto, não se apegue em “decorar” o nome com a idade, mas sim
compreender cada uma das fases.
Fundação da Riqueza (entre 18 e 28 anos): Aqui o investidor está iniciando a sua
jornada financeira, com patrimônio e renda baixa, comparado com o seu próprio
potencial. Além disso, ele tende a não ter obrigações com terceiros e com isso, pode
assumir riscos acima da média.
Acumulação de Capital (entre 28 e 40 anos): O cliente está iniciando a sua família e
está ascendendo profissionalmente. Seu patrimônio líquido ainda é baixo, mas seus
ativos já são relevantes, pois muitos deles foram adquiridos através de dívidas. Desta
forma, seguros de vida e previdência privada são boas alternativas nesse momento.
Conservação ou Proteção de Capital (entre 40 a 60 anos): Nesta fase da vida, o
investidor tende a não ter mais aumento na sua renda e as estratégias para
planejamento tributário e blindagem patrimonial passam a ser relevantes, como a
construção de holdings, trusts, seguros de vida resgatáveis, entre outros.
Distribuição ou Transferência de Capital (acima de 60 anos): O cliente se
aposentou e diminuiu seus custos com terceiros. Aqui passa a ser muito interessante
o seguro acidentes pessoais (custo/benefício) e o planejamento sucessório.
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CICLO DE VIDA
Geração
de Renda
Acúmulo Manutenção
Fundação Distribuição
Idade
18 – 28 28 – 40 40 – 60 +60
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ETAPA 3: Analisar Informações
Conceito
Esta etapa visa ANALISAR os objetivos, necessidades, valores e informações do cliente
através dos dados coletados na etapa 2. Desta forma, deve-se:
Analisar as informações do cliente e determinar sua capacidade de correr riscos;
Avaliar os objetivos, necessidades e prioridades do cliente;
Avaliar compatibilidade entre objetivos x riscos x situação patrimonial;
Analisar o perfil do cliente (suitability): identificar o perfil de risco do cliente e, em
função de seus objetivos, horizonte de investimento e expectativas de retorno,
avaliar todas essas informações para formular uma estratégia adequada de
investimentos;
Analisar e avaliar os tipos de risco aos quais o cliente está exposto (vida,
patrimônio, renda, acidentes pessoais, saúde, aposentadoria, responsabilidade civil
etc.).
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Os 3 Pilares
Os pilares obrigatórios para a construção do API do cliente são:
OBJETIVOS DO SITUAÇÃO
CONHECIMENTO
INVESTIMENTO FINANCEIRA
A natureza, o volume e a
Preferências
Valor e ativos que frequência das operações já
declaradas do cliente
compõem o patrimônio realizadas pelo cliente, bem como o
quanto à assunção de
do cliente. período em que tais operações
riscos
foram realizadas.
Necessidade futura de
Finalidades dos Formação acadêmica e experiência
recursos declarada pelo
investimento. profissional.
cliente
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Horizonte de Tempo
Os horizontes de tempo são períodos nos quais uma carteira de investimentos é dividida
para que possa ter liquidez (ou geração de recursos) para atender os objetivos traçados
com o cliente. Esses períodos podem ser divididos da seguinte forma:
Curtíssimo Prazo: até 12 meses (reserva de emergência).
Curto prazo: menos de 3 anos.
Médio prazo: entre 3 e 10 anos.
Longo prazo: mais de 10 anos.
Vale ressaltar que, a definição destes prazos variam de instituição para instituição,
portanto, não é preciso decorá-los, mas sim, ter a compreensão básica desses prazos.
Outro ponto importante é ter a consciência que os objetivos do cliente alteraram com o
passar dos anos, por vontade própria, mas também por percalços da vida. Assim, sempre
é importante ter o API atualizado com o seu cliente.
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Grau de Conhecimento Financeiro
A ICVM 30/2021 destaca, no inciso III do Artigo 2º, que um dos pontos a ser avaliado no
API do cliente é se ele possui conhecimento necessário para compreender os riscos
relacionados a aquilo que está sendo oferecido, ou seja, o seu nível de conhecimento.
Uma forma de se assegurar que o cliente possui tal conhecimento seria verificar qual a
experiência desse cliente com investimentos. Clientes que investem há mais tempo, ou
ainda que investem em produtos mais sofisticados, tendem a apresentar mais
conhecimento do mercado financeiro. Por sua vez, clientes que investem há pouco tempo
(ou mesmo que nunca investiram anteriormente), ou aqueles que concentram suas
aplicações em produtos mais simplificados e de baixo risco tendem a apresentar um
conhecimento menos profundo do mercado financeiro.
Ao identificar o grau de conhecimento do mercado financeiro de seu cliente, o
profissional de investimentos saberá como se comunicar melhor com ele e também quais
produtos (mais ou menos arriscados) lhe oferecer.
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Tolerância aos Riscos (Exemplos)
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Fatores Determinantes
Como o PERFIL PODE MUDAR COM O TEMPO, a CVM colocou um prazo máximo de 24
meses para que seja atualizado o API (veremos a seguir todas as regras). No entanto, as
instituições podem colocar como regra interna, prazos menores para a sua atualização,
mas nunca maiores que 24 meses.
No entanto, é interessante o profissional deixar claro ao cliente que há diversos fatores
que podem alterar o perfil e que, quando ocorrer qualquer um deles, seja refeito o devido
documento para que o profissional sempre possa recomendar os produtos e/ou serviços
adequados ao perfil do cliente.
Os fatores determinantes para essa mudança são itens que englobam os 3 pilares do API:
Conhecimento sobre o mercado financeiro e experiência profissional;
Horizonte ou prazo de investimento;
Nível de risco que o cliente aceita em suas aplicações;
Nível e horizonte de renda desejado;
Nível de despesa familiar;
Nível de segurança a garantir;
Mudança no valor patrimonial.
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ETAPA 3: Analisar Informações
API: Vedações & Obrigações
É vedado aos profissionais recomendar produtos ou serviços ao cliente quando:
Ø (I) o produto ou serviço não seja adequado ao perfil do cliente;
Ø (II) as informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas;
Ø (III) não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do perfil do
cliente.
Quando o cliente ordenar a realização de operações nas situações previstas nos itens (I) e
(II) acima, os profissionais devem, antes da primeira operação com a categoria de valor
mobiliário:
Ø Alertar o cliente acerca da ausência ou desatualização de perfil ou da sua
inadequação, com a indicação das causas da divergência; e
Ø Obter declaração expressa do cliente de que está ciente da ausência,
desatualização ou inadequação de perfil.
q OBSERVAÇÃO: As providências exigidas na lei são dispensadas quando o cliente estiver,
comprovadamente, implementando recomendações fornecidas por consultor de valores
mobiliários autorizado pela CVM.
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Importante ressaltar que os tipos de rentabilidades poderão aparecer muitas vezes juntas,
como por exemplo uma rentabilidade observada com retorno relativo (um fundo rendeu
100% do CDI nos últimos 3 anos). Veremos a seguir, as devidas diferenças para cada um
desses tipos.
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ETAPA 3: Analisar Informações
Rentabilidade Observada x Esperada
A RENTABILIDADE OBSERVADA de um investimento está relacionada com o conceito de
passado, com o seu devido histórico. Ela é muito comum aparecer quando se quer
demonstrar o retorno de investimento até o exato momento. Por exemplo, “o fundo de
investimentos XYZ rendeu 2% ao mês, nos últimos 36 meses”. Quando ela é apresentada a
um investidor através do retorno passado de um vendo, a lei exige que junto seja incluído
a frase “retornos passados, não são garantias de retornos futuros”.
Já a RENTABILIDADE ESPERADA condiz com a expectativa futura de um retorno. Seu
cálculo leva em consideração as possibilidades de cenários futuros ocorreram e os pesos
dos ativos.
Rentabilidade Rentabilidade
Observada Esperada
Linha do
Passado Hoje Futuro Tempo
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ETAPA 3: Analisar Informações
Rentabilidade Bruta x Líquida
Imagine que um cliente investiu R$ 100 mil em um CDB que está rendendo 10% em dois
anos. Assim sendo, o valor atual aplicado no banco é de R$ 110.000,00, um rentabilidade
10% no período. No entanto, se ele decidir resgatar o valor do CDB, o que ele terá na sua
conta corrente não serão os R$ 110.000,00, mas sim o valor descontado do Imposto de
Renda (no caso 15%), que será de R$ 108.500,00, ou seja, 8,5%.
Assim, a RENTABILIDADE BRUTA são os 10% de retorno, já que o seu significado é “o
retorno antes de descontar o imposto de renda”. Já a o conceito de RENTABILIDADE
LÍQUIDA é “o retorno descontado do imposto de renda”, o que no nosso exemplo são os
8,5%. Esses retornos podem ser expressos em valores financeiros ou em taxas.
Salientamos que diversos investimentos não possuem imposto de renda para pessoas
físicas, tais como poupança, LCI e LCA. Assim, quando tratarmos produtos isentos de IR
com ativos não isentos, devemos fazer a comparação entre os mesmos TIPOS de
rentabilidade. Além disso, quando for feito um resgate de CDB ou Fundos de
Investimentos, o valor que entrar na conta já será o retorno líquido, e não bruto! Já que o
Imposto de Renda é retido na fonte pela instituição.
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ETAPA 3: Analisar Informações
Objetivos de Retorno da Carteira
As carteiras de investimentos devem ser criadas a partir das necessidades reais dos
clientes. Dessa forma, os tipos mais comuns de carteiras são:
PRESERVAÇÃO DE CAPITAL: Estratégia utilizada para quando o investidor necessita
que os seus investimentos consigam remunerar a inflação ou que se tenha grande
necessidade de liquidez. Este investidor tem um perfil e deve aplicar em ativo com
alta liquidez, baixo risco de crédito e caso sejam de longo prazo, ativos atrelados a
inflação, como por exemplo, NTN-B.
GERAÇÃO DE RENDA: É uma carteira formada para arcar os gastos do investidor.
Desta forma, terão ativos com remuneração constante, como por exemplo, títulos de
dívida que pagam cupons periódicos; ações com dividendos constantes; imóveis para
locação.
CRESCIMENTO: São investidores que necessitam que seu capital remunere bem
acima da inflação, em um período longo. Com isso, é recomendado dentre suas
aplicações, a carteira de investimentos tenha uma boa parcela em ativos com maior
volatilidade, como por exemplo ações.
ESPECULAÇÃO: Objetivo de crescimento acelerado com altíssimo risco. Raramente
é recomendada ao investidor.
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ETAPA 3: Analisar Informações
Exemplo (Mini-Case)
❑ EXEMPLO DE MINI-CASE: Rafael era proprietário da empresa ABC e a vendeu por R$ 25
milhões, sendo que agora, este é todo o seu capital. Após a venda, ele investiu 80% deste
valor em um projeto com projeção de 5 anos, no qual acreditava que, após este período, o
investimento renderia R$ 300 mil por mês a sua família. Com isso, ele deixou os 20%
restantes em um CDB com liquidez diária sem se preocupar com a rentabilidade. Logo em
sequência as suas aplicações, o mercado brasileiro entrou em crise e ele foi comunicado
que a expectativa de retorno do capital, foi modificado de 5 para 10 anos.
Com este mini-case, as duas problemáticas abaixo serão respondidas a seguir:
QUESTÃO 1: Caso o custo de vida da família seja de R$ 200.000,00, por quanto
tempo eles terão renda garantida, sendo o custo do capital do CDB é de 1% a.m?
QUESTÃO 2: Caso Rafael não tivesse feito nenhum saque nos investimentos
durante os 10 anos, considerando que em ambos o retorno bruto foi de 1% ao mês,
qual seria a taxa de retorno líquido ao final deste período caso houvesse resgate nos
investimentos? Considere a alíquota do Imposto de Renda em 15%.
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ETAPA 3: Analisar Informações
Exemplo (Mini-Case)
❑ QUESTÃO 2: Caso Rafael não tivesse feito nenhum saque nos investimentos durante
os 10 anos, considerando que em ambos o retorno bruto foi de 1% ao mês, qual seria a
taxa de retorno líquido ao final deste período caso houvesse resgate nos investimentos?
Considere a alíquota do Imposto de Renda em 15%.
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ETAPA 4: Desenvolver & Apresentar ao Cliente
IPS: Política de Investimentos
O IPS (Investment Portfolio Statement) é o documento elaborado entre o profissional e o
cliente que define todas as regras gerais que norteiam a alocação de ativos. Este
documento deverá demonstrar de forma clara os seguintes itens:
OBJETIVOS DE RETORNO do cliente de curto, médio e longo prazo;
RESTRIÇÕES DO INVESTIDOR que devem ser cuidadas;
TOLERÂNCIA AO RISCO do investidor;
RESTRIÇÕES aplicáveis, como necessidade de liquidez, considerações sobre
impostos, requisitos regulatórios e circunstâncias únicas;
Periodicidade de revisão do plano financeiro (quando ocorrerá a Etapa 6).
Metas de investimento geral;
Estratégias que o profissional deverá empregar para atingir os objetivos;
Limites de alocação em cada classe de ativo, podendo ter mínimo e máximo em
cada classe de ativo (renda fixa, ações, imóveis);
Critérios de Seleção dos Ativos.
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ETAPA 4: Desenvolver & Apresentar ao Cliente
IPS: Alterações
Conforme já mencionado, o profissional deverá deixar acordado qual será o período de
revisão dos dados do IPS (Política de Investimentos) do seu cliente. Mas isso não
necessita ser algo rígido, pois o próprio cliente não só pode, mas também deve comunicar
as mudanças relevantes (caso ocorra antes dos prazos acordados das revisões) para que o
profissional possa reajustar o seu IPS. Para que isso possa ocorrer, o cliente necessita
saber quais informações são relevantes e a troca de conhecimento é muito importante.
Os principais exemplos de mudanças na Política de Investimentos são:
OBJETIVOS: Antecipação ou a postergação da compra da casa própria ou da
aposentadoria; nascimento de filhos; doenças terminais; casamento;
SITUAÇÃO FINANCEIRA: Mudanças de emprego, herança, prêmio de loteria...
CONHECIMENTO: Formação acadêmica em finanças e experiência profissional;
MUDANÇAS ECONÔMICAS: Aqui vale uma ressalva, pois quando tratamos de
mudanças econômicas, nos referimos a parte de longo prazo e não de curto prazo.
Por exemplo, uma redução na taxa de juros pelo COPOM não modifica o IPS do
cliente, mas mudanças nos ciclos econômicos do Brasil, podem sim.
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ETAPA 4: Desenvolver & Apresentar ao Cliente
Desenvolvendo Recomendações
Vimos até aqui como são importante as etapas iniciais (Etapa 2 – Coleta & Identificação de
Necessidades; Etapa 3 – Analisar e Avaliar a Situação do Cliente), pois se coletarmos os
dados equivocamente, não será possível Avaliar corretamente a Situação do Cliente. E se
tivermos uma avaliação equivocada, o documento que guiará todo o trabalho profissional,
que é o IPS (POLÍTICA DE INVESTIMENTOS), também estará equivocado.
Nos últimos exames foi exigido os seguintes pontos como padrão:
Nível de Risco da Carteira (concentração da carteira em ativos de risco);
Necessidade de liquidez (manter entre 5% a 10% em ativos de liquidez imediata);
Calcular o retorno exigido pelo cliente, sempre assumindo o menor risco possível;
Prestar muita atenção se os retornos das carteiras serão ou não sujeitos a
impostos, além de ficar atento se a questão está solicitando retorno real ou nominal.
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CARTEIRAS
ATIVOS
I II III IV
Fundos de Curto Prazo 5% 5% 0% 20%
Títulos do Governo LFT 5% 10% 0% 30%
Fundos de Renda Fixa de Longo Prazo 10% 25% 40% 40%
Fundos Private Equity 25% 15% 25% 0%
Ações 55% 45% 30% 10%
Retorno Esperado Total das Carteiras,
30% 24% 23% 18%
após os impostos
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ETAPA 4: Desenvolver & Apresentar ao Cliente
Desenvolvendo Recomendações: Exemplo
Primeiramente, devemos calcular o retorno necessário que o investidor necessita ter:
Suas despesas anuais são R$ 30.000 × 12 = R$ 360.000.
O retorno mínimo REAL que ele precisa ter é 360.000 ÷ 2.000.000 = 18% ao ano.
Considerando a inflação, o retorno nominal líquido será: 22,13%
▪ HP-12C:
o 100 enter
o 18 [%] [+]
o 3,5 [%] [+]
o 100 [-]
Devemos escolher a carteira que entrega o retorno necessário e que possua liquidez.
Importante notar que o retorno em vermelho é o retorno líquido e não o retorno real.
Carteira I: possui um retorno muito acima do necessário, gerando um risco
desnecessário ao investidor (80% está alocado em empresas: Ações + Private Equity)
CARTEIRA II: É a carteira que deve ser escolhida e apresentada ao cliente, pois
fornece o retorno necessário e possui liquidez (15% em LFT e fundos Curto Prazo).
Carteira III: mesmo tendo uma remuneração aceitável, não possui liquidez.
Carteira IV: não gera o retorno necessário para o investidor.
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ETAPA 5: Implementar as Recomendações
Categorias de Produtos
Profissionais devem analisar e classificar as categorias de produtos com que atuem,
identificando as características que possam afetar sua adequação ao perfil do cliente,
devendo ser considerados, no mínimo:
Os riscos associados ao produto e seus ativos subjacentes;
O Perfil dos emissores e prestadores de serviços associados ao produto;
A existência de garantias;
Os prazos de carências.
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ETAPA 6: Monitorar a Situação com o Cliente
Definição
Esta é a última etapa do planejamento financeiro, no qual deve-se MONITORAR a
situação do cliente, baseada na periodicidade acordada na Etapa 4 – Desenvolvimento de
Recomendações e Apresentação ao Cliente, no documento IPS (Investment Portfolio
Statement). Com isso, esta Etapa 6 – Monitoramento da Situação do Cliente, inclui:
Revisar e reavaliar periodicamente o plano financeiro propondo e implementando,
se for o caso, os ajustes necessários;
Obter aprovação sobre estratégias necessárias para implementar os ajustes
propostos.
Desta forma, nesta etapa ocorre o Feedback do cliente, criando-se um vínculo de longo
prazo entre o planejador financeiro e o cliente. Recomenda-se que seja feito pelo menos
uma vez por ano todo o processo do planejamento financeiro.
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Capítulo 2:
Responsabilidade Fiduciária e
Conduta Profissional
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2.1 Código de Ética CFP®
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Código de Ética
Tópicos
O Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar estabelece
Princípios e Regras aplicáveis a:
Pessoas físicas certificadas para o uso das marcas CFP® (Planejadores CFP®).
Pessoas jurídicas e físicas não certificadas para o uso das marcas que sejam
associadas à Planejar (Associados).
Tanto os Princípios quanto as Regras contidos neste Código constituem normas de
observância obrigatória. O descumprimento de quaisquer destas normas pelos
Planejadores CFP® e Associados acarreta a instauração de procedimentos
disciplinares para sua apuração. Vale ressaltar que:
Adesão ao código de ética é obrigatória a todos os associados; e
O código se aplica a todos os Profissionais que executem qualquer planejamento
envolvendo a Marca CFP®.
Estaremos focando nos principais itens do Código de Ética e do seu devido Anexo, sendo
a sua leitura obrigatória a todos que desejam ser aprovados.
(*) https://planejar.org.br/wp-content/uploads/2021/01/planejar_codigo_etica_ed001-1-1_correto.pdf
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Termos e Expressões (Seção I)
Definição (I)
(I) Os Termos e Expressões que trata o código são:
Planejar: Associação Brasileira de Planejadores Financeiros;
Associado: Qualquer pessoa física ou jurídica associada à Planejar, ainda que não
seja certificada como Planejador CFP®;
Planejador: Qualquer profissional atualmente certificado pela Planejar, sendo-lhe
autorizado o uso das marcas CFP®;
Cliente: Qualquer pessoa, física ou jurídica, que contrate um Planejador CFP® e
Associado para lhe prestar serviços profissionais de planejamento financeiro.
Quando os serviços são prestados a uma pessoa jurídica, o cliente é a própria pessoa
jurídica, agindo por meio de seu representante legal;
Código: O presente Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da
Planejar;
Conflito de interesses: Situação ou circunstância em que o Planejador CFP® e
Associado obtenham ou possam obter, para si ou para terceiros, vantagem indevida
e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para seus clientes, ou que impeça ou
restrinja sua capacidade de prestar aconselhamento, recomendações ou serviços de
forma isenta.
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Princípios (Seção II) e Regras (Seção III)
Definição
Os Princípios e Regras do Código expressam o reconhecimento pelo Planejador CFP® e
Associado de suas responsabilidades profissionais para com o público, clientes e colegas.
Os seus devidos conceitos são:
PRINCÍPIOS: Os Princípios expressam em termos gerais a postura ética profissional
esperada dos Profissionais CFP®, que devem persegui-los em suas atividades
profissionais. Desta forma, ressalta:
o Postura ética profissional esperada;
o Assuntos mais genéricos;
o Responsabilidades dos profissionais CFP® para com o público, clientes, colegas e
empregadores.
REGRAS: As Regras determinam os padrões éticos derivados dos dogmas contidos
nos Princípios. Assim sendo, as Regras clarificam os padrões de conduta ética e
responsabilidade profissional que devem ser observados e perseguidos em
determinadas situações. Desta forma, ressalta:
o Situações específicas;
o Algumas Regras não são aplicáveis a alguns tipos de serviços.
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Princípios
Os 8 Princípios
Os 8 princípios do código de ética da planejar são:
Princípio 1 – Cliente em primeiro lugar: Colocar os interesses do cliente em
primeiro lugar;
Princípio 2 – Integridade: Fornecer serviços profissionais com integridade;
Princípio 3 – Objetividade: Fornecer serviços profissionais de forma objetiva;
Princípio 4 – Imparcialidade: Ser justo e imparcial nas suas relações profissionais;
Princípio 5 – Profissionalismo: Agir com conduta profissional exemplar;
Princípio 6 – Competência: Manter e desenvolver as habilidades e os
conhecimentos necessários para a boa atuação profissional;
Princípio 7 – Confidencialidade: Proteger a confidencialidade de todas as
informações dos clientes;
Princípio 8 – Diligência: Fornecer serviços profissionais de forma diligente.
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Princípio 1: Cliente em primeiro lugar
Definição
Este princípio diz que o profissional deve COLOCAR OS INTERESSES DO CLIENTE EM
PRIMEIRO LUGAR e não considerar ganhos ou vantagens pessoais acima dos interesses do
cliente é obrigação do Planejador CFP® e Associado.
É marca característica de profissionalismo do planejador financeiro CFP® colocar os
interesses do cliente em primeiro lugar, agindo de forma honesta e não colocando ganhos
ou vantagens pessoais acima dos interesses do cliente.
❑ PROVA: somente deverá ser assinalado, se os outros princípios estiverem errados, pois
este princípio sempre é violado, quando algum outro for violado também.
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Princípio 2: Integridade
Definição
O Planejador CFP® e o Associado devem FORNECER SERVIÇOS PROFISSIONAIS COM
INTEGRIDADE, pois a integridade requer que observem não apenas o conteúdo dos
Princípios e Regras, mas também o espírito deste Código. A confiança depositada pelos
clientes pressupõe atuação honesta, integra e transparente. Agindo com integridade, o
Planejador CFP® e Associado mantêm e aprimoram a imagem pública do uso das marcas
CFP® e o compromisso de bem servir.
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Princípio 2: Integridade
Regras
❑ O profissional CFP® e o Associado deverão:
Assegurar que suas preferências ou interesses pessoais não afetem de forma
adversa os serviços prestados ao cliente. Falta: Leve a Grave, mais multa;
Exercer julgamento prudente ao oferecer e prestar serviços. Falta: Leve a Grave,
mais multa.
❑ O profissional CFP® e o Associado NÃO deverão:
Omitir a clientes ou terceiros os potenciais benefícios gerados em proveito próprio
pelos serviços prestados. Falta: Leve a Grave, mais multa;
Adotar conduta que possa impactar negativamente a imagem das Marcas CFP® e
da profissão de planejador financeiro. FALTA: GRAVE, MAIS MULTA.
Fornecer, direta ou indiretamente, informações falsas ou enganosas relacionadas
às suas qualificações ou serviços. FALTA: GRAVÍSSIMA E MULTA;
Incorrer em conduta desonesta, fraudulenta, enganosa ou falsa. FALTA:
GRAVÍSSIMA E MULTA.
62
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 3: Objetividade
Definição
O Planejador CFP® e o Associado devem FORNECER SERVIÇOS PROFISSIONAIS DE FORMA
OBJETIVA. A objetividade na atuação do Planejador CFP® e Associado requer honestidade
intelectual e imparcialidade na atuação dentro do escopo de serviço acordado. As
recomendações devem ser feitas de forma pragmática, isenta, transparente e respaldada
em princípios técnicos.
63
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 3: Objetividade
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado deverão:
Comunicar todos os fatos relevantes, sempre que necessário, para evitar que
clientes ou partes relacionadas sejam induzidos a erros ou enganos. Falta: Leve a
Grave, mais multa;
Fazer e/ou implementar recomendações adequadas (“Suitability”) ao seu cliente.
Falta: Leve a Grave, mais multa;
Acordar com seus clientes os serviços e remuneração a serem fornecidos,
necessariamente, antes de implementá-los. Falta: Leve a Grave, mais multa;
Comunicar-se de forma a garantir que o cliente compreenda as recomendações de
seu planejamento financeiro e possa tomar decisões conscientes. Falta: Leve, mais
multa.
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 4: Imparcialidade
Definição
O Planejador CFP® e o Associado devem SER JUSTOS E IMPARCIAIS NAS SUAS RELAÇÕES
PROFISSIONAIS. A imparcialidade traduz-se na identificação, informação e administração
de possíveis conflitos de interesses envolvidos no processo de planejamento financeiro. O
Planejador CFP® e Associado devem informar clientes e colegas de forma imparcial sobre
seus direitos e deveres, assim como tratá-los como gostariam de ser tratados.
65
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 4: Imparcialidade
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado deverão segregar o patrimônio do cliente do seu
patrimônio individual, de seu empregador ou de quaisquer outros, a menos que tal
procedimento seja legalmente previsto e/ou expressamente autorizado por escrito entre
as partes. FALTA: GRAVE A GRAVÍSSIMA.
66
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 5: Profissionalismo
Definição
O profissionalismo exige comportamento digno e respeitoso com clientes, colegas,
instituições vinculadas ou concorrentes e órgãos reguladores, sempre em conformidade
com a legislação vigente e as regras e princípios deste Código, agindo com conduta
profissional exemplar. O profissionalismo pressupõe o espirito de cooperação e requer
que posicionamentos públicos sejam feitos com moderação. Desta forma, o Planejador
CFP® e o Associado devem AGIR COM CONDUTA PROFISSIONAL EXEMPLAR.
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 5: Profissionalismo
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado deverão:
Respeitar as diretrizes e regras do Guia de Uso das Marcas CFP®. Falta: Leve a
Grave, mais multa;
Cumprir e respeitar os procedimentos da Planejar, incluindo as obrigações de
educação continuada, para manter o direito de uso das Marcas. Falta: Leve, mais
multa;
Manter atualizados seus dados cadastrais no sistema da Planejar, em até
30 (trinta) dias corridos da alteração. Falta: Leve, mais multa.
68
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 5: Profissionalismo
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado NÃO deverão tomar ou emprestar dinheiro ao
cliente, exceto se:
O cliente tiver relação ou parentesco até o segundo grau com o Profissional CFP® e
Associado, ou, ainda, quando for seu cônjuge ou companheiro;
O cliente for uma instituição pertencente ao Sistema Financeiro Nacional e o
empréstimo tomado pelo Profissional não estiver relacionado com os serviços
prestados ou se o dinheiro emprestado ao cliente for da instituição.
FALTA: GRAVE, MAIS MULTA.
69
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 6: Competência
Definição
O Planejador CFP® e o Associado deve MANTER E DESENVOLVER AS HABILIDADES E OS
CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A BOA ATUAÇÃO PROFISSIONAL. A competência
exige atingir e manter um nível adequado de habilidades, capacidades e conhecimentos
para o fornecimento de serviços profissionais de planejamento financeiro pessoal,
conforme descrito no documento “Perfil de Competência do Planejador Financeiro”.
Inclui, também, a sabedoria e maturidade para conhecer suas limitações e situações em
que a consulta ou o encaminhamento para outro(s) profissional(is) seja apropriado. A
competência requer compromisso constante com a educação continuada.
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 6: Competência
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado deverão:
Assessorar seus clientes apenas naquelas áreas de sua competência. Nas áreas em
que não forem competentes, o Planejador CFP® e Associado deverão buscar
consultoria e/ou encaminhar os clientes para profissionais qualificados. Falta: Leve,
mais multa;
Realizar análise técnica e imparcial dos produtos e serviços a serem recomendados
aos clientes, podendo valer-se da análise de terceiros de reputação comprovada.
Falta: Leve, mais multa.
Manter seus conhecimentos atualizados em todas as áreas do conhecimento que
envolvam o processo de planejamento financeiro e cumprir todas as exigências de
educação continuada da Planejar. Falta: Leve, mais multa;
Conhecer e observar os seguintes documentos da Planejar disponíveis no site:
o Perfil de Competência do Planejador Financeiro;
o Melhores Práticas de Planejamento Financeiro.
o Falta: Leve, mais multa
71
CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 7: Confidencialidade
Definição
O Planejador CFP® e o Associado deve PROTEGER A CONFIDENCIALIDADE DE TODAS AS
INFORMAÇÕES DOS CLIENTES. A confidencialidade exige do Planejador CFP® e Associado
a guarda e proteção das informações dos clientes, de forma a permitir acesso prudente
apenas às pessoas autorizadas. Um relacionamento de confiança com o cliente só pode
ser construído sob o entendimento de que as informações serão tratadas de forma
discreta e segura e não serão reveladas inadequadamente.
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 7: Confidencialidade
Regras
❑ O Profissional CFP® e o Associado deverão tratar as informações do cliente como
confidenciais, EXCETO:
Responder a processos legais;
Satisfazer a legislação e regulamentação oficiais vigentes;
Atender a obrigações para com empregadores ou sócios;
Defender-se contra acusações de conduta irregular em disputa civil ou criminal;
Prestar serviços profissionais em nome do cliente com autorização por escrito do
mesmo.
FALTA: GRAVE A GRAVÍSSIMA
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 8: Diligência
Definição
O Planejador CFP® e o Associado deve FORNECER SERVIÇOS PROFISSIONAIS DE FORMA
DILIGENTE. A diligência exige que o Planejador CFP® e Associado atendam aos
compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor, cuidando e supervisionando
adequadamente a execução dos serviços profissionais de acordo com o escopo, condições
e prazos acordados com o cliente.
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CFP® - Certified Financial Planner
Princípio 8: Diligência
Regras
❑ O Profissional CFP® e os associados deverão:
Devolver documentos ou qualquer outro bem do cliente mediante solicitações do
mesmo, assim que possível, ou em conformidade com os prazos estabelecidos com o
cliente. Falta: Grave, mais multa.
Sempre que aplicável, documentar, identificar e manter atualizadas as informações
do cliente sobre as quais exerça qualquer tipo de supervisão. Falta: leve, mais multa.
Supervisionar ou direcionar de forma prudente e responsável quaisquer
subordinados ou terceiros a quem delegue responsabilidades por quaisquer serviços
para o cliente. Falta: Leve a Grave, mais multa.
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CFP® - Certified Financial Planner
Procedimentos Disciplinares (Seção IV)
Definição
O eventual descumprimento dos Princípios e Regras contidos neste Código será objeto de
apuração pela Planejar, seja de ofício ou mediante o recebimento de denúncia, devendo o
respectivo procedimento disciplinar ser conduzido de acordo com o estabelecido no
documento “Normas Disciplinares e Procedimentos Para Apuração de Descumprimentos
às Regras do Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar” (Anexo
do Código). Vale ressaltar que o procedimento disciplinar só será aplicado no caso de
eventuais descumprimentos deste código, mas não à outras normas ou infrações da lei.
Além disso, serão assegurados, na condução do procedimento disciplinar, a ampla defesa
e o contraditório, sendo observadas também a celeridade, a razoabilidade e a
simplificação dos atos (informalidade). Com isso, pretende-se que o processo seja rápido,
simplificado e razoável para que a punição não seja desproporcional à gravidade do
descumprimento eventualmente cometido pelo Planejador CFP® ou Associado
Na hipótese de reconhecimento da irregularidade atribuída ao Planejador CFP® e
Associado, serão aplicadas as penalidades também previstas no documento “Normas
Disciplinares e Procedimentos Para Apuração de Descumprimentos às Regras do Código
de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar”.
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CFP® - Certified Financial Planner
Procedimentos Disciplinares (Anexo)
Equipes
O CONSELHO DE NORMAS ÉTICAS, composto por 5 a 9 membros, tem como função a
apreciação das denúncias, com o poder de decisão sobre a instauração ou não de
procedimento disciplinar. Além disso, ele conduz eventuais audiências, decidindo sobre a
celebração de termos de compromissos e impondo as penalidades previstas se for o caso.
Ela é a instância final, quem avalia todo o caso e decide qual será a atitude a ser tomada
diante do indício de descumprimento do Código.
A EQUIPE PLANEJAR é responsável pela supervisão, acompanhamento e verificação da
adequação dos documentos e condutas dos profissionais certificados perante as normas
do código de ética, além de receber as denúncias contra os profissionais certificados e os
associados. Caso seja identificada alguma irregularidade é iniciado um processo
disciplinar (esta é a verificação de ofício). Os integrantes são sempre do quadro de
profissionais da Planejar e designados pela Diretoria da entidade.
O GRUPO DE TRABALHO é responsável pela condução dos trabalhos na busca da
realidade dos fatos e elaboração de um parecer encaminhando-o para apreciação do
CONSELHO. Ele é composto por 3 membros (um membro do Conselho, sendo este o
coordenador do Grupo de Trabalho e relator do caso; e dois membros voluntários
indicados a exclusivo critério da Planejar).
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CFP® - Certified Financial Planner
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CFP® - Certified Financial Planner
Procedimentos Disciplinares (Anexo)
Procedimentos para Apuração
❑ Art. 4º: A Equipe Planejar analisará eventuais descumprimentos ao Código, inclusive
aqueles de que tiver ciência por meio de denúncia ou de condenações definitivas em
processos administrativos instaurados por autoridades regulatórias.
Ø A denúncia pode ser efetuada por QUALQUER PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, mas
somente será apreciada e considerada eficaz se FEITA POR INSTRUMENTO ESCRITO E
ENCAMINHADA PELOS CANAIS ELETRÔNICOS OFICIAIS DA PLANEJAR, COM A
IDENTIFICAÇÃO INEQUÍVOCA DO DENUNCIANTE, contendo a descrição da prática
objeto da denúncia e, sempre que possível, acompanhada dos documentos que a
fundamentem.
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CFP® - Certified Financial Planner
81
CFP® - Certified Financial Planner
Procedimentos Disciplinares (Anexo)
Prazos
❑ Art. 6º: O Associado deverá apresentar sua defesa e eventuais alegações, por escrito,
em até 15 (quinze) dias úteis, contados do recebimento da notificação.
❑ Art. 28: O prazo para instauração do procedimento disciplinar prescreve em 5 (cinco)
anos, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
Interrompe-se a prescrição referida no “caput” deste artigo, sendo reiniciada uma
nova contagem, na data em que o fato tenha chegado ao conhecimento da Planejar.
O prazo para encerramento do procedimento disciplinar será de até 12 (doze)
meses, contados a partir da decisão de sua instauração, podendo ser prorrogado
uma única vez, a critério do Conselho de Normas Éticas.
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CFP® - Certified Financial Planner
❑ OBS: A multa poderá ser aplicada cumulativamente com quaisquer outras penalidades
e níveis de infração, sendo definida pelo Conselho.
85
CFP® - Certified Financial Planner
Procedimentos Disciplinares (Anexo)
Atenuantes e Agravantes
❑ São ATENUANTES (diminui a penalização):
A reparação integral dos danos eventualmente causados pelo denunciado;
A confissão espontânea;
O arrependimento posterior eficaz.
86
CFP® - Certified Financial Planner
87
CFP® - Certified Financial Planner
Capítulo 3:
Perfil de Competências do
Planejador Financeiro
88
3.1 Matriz de Capacidades do
Planejador Financeiro
89
CFP® - Certified Financial Planner 89
https://www.planejar.org.br/institucional/fpsb/
90
CFP® - Certified Financial Planner
Perfil de Competências do Planejador Financeiro
Conceito
O Perfil de Competências do Planejador Financeiro, desenhado pelo FPSB, reflete o que o
profissional deve ter e fazer para proporcionar – de maneira competente – um serviço de
planejamento financeiro a um cliente. Estes itens são:
Ø CAPACIDADE de executar tarefas de planejador financeiro, que será dividida em:
o Coleta;
o Análise; e
o Síntese
Ø HABILIDADES PROFISSIONAIS adequadas, que serão divididas em:
o Responsabilidade Profissional;
o Prática;
o Comunicação; e
o Cognição
Ø CONHECIMENTO de questões de planejamento financeiro.
Os profissionais CFP® que optaram por especializar-se ou limitar-se a uma área
específica, devem (mesmo assim) serem capazes de dominar todo o conjunto de
capacidades do planejador financeiro, ou seja, devem ter domínio sobre todas as áreas
91
CFP® - Certified Financial Planner
COMPETÊNCIAS CONHECIMENTO
Responsabilidade Profissional
HABILIDADE Prática
PROFISSIONAL Comunicação
Cognição
92
CFP® - Certified Financial Planner
Perfil de Competências do Planejador Financeiro
Conhecimento
O Profissional deve dominar o conhecimento teórico e prático em um amplo leque de
tópicos de planejamento financeiro e afins para, então, poder aliar esse conhecimento a
habilidades e capacidades profissionais para proporcionar planejamento financeiro
competente.
O domínio do conjunto de conhecimentos da profissão de planejamento financeiro
permite que o profissional dessa área suscite o respeito e a confiança dos clientes e
adquira confiança em sua capacidade de exercer a profissão com competência
93
CFP® - Certified Financial Planner
94
CFP® - Certified Financial Planner
Matriz de Capacidades
Práticas Fundamentais
Representam as competências que se relacionam com a capacidade de o profissional de
planejamento financeiro de:
Ø Integrar as diversas competências essenciais do planejador financeiro e
componentes do planejador financeiro;
Ø Entender e dominar as inter-relações entre as diversas capacidades do planejador
financeiro de executar uma função de planejador financeiro.
Desta forma, o profissional de planejador financeiro usa uma ou mais Práticas
Fundamentais de Planejamento Financeiro ao fornecer um planejamento financeiro a um
cliente.
95
CFP® - Certified Financial Planner
Matriz de Capacidades
Coleta: Etapa 2
A coleta de informações necessárias para preparar um plano financeiro deve ir além da
simples reunião de informações, incluindo também a identificação de fatos relacionados,
por meio dos cálculos requeridos, e a ordenação das informações do cliente para análise.
q PRÁTICAS FUNDAMENTAIS:
Ø Identificar os objetivos, necessidades e valores do cliente que tenham implicações
financeiras;
Ø Identificar as informações necessárias para a elaboração o plano financeiro
pessoal;
Ø Identificar os problemas legais do cliente que afetem o plano financeiro pessoal;
Ø Identificar mudanças relevantes na situação pessoal e financeira do cliente;
Ø Determinar as atitudes e o nível de sofisticação financeira do cliente;
Ø Preparar as informações para possibilitar a análise.
q COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS:
Ø Coletar as informações QUANTITATIVAS e QUALITATIVAS necessárias para elaborar
um plano financeiro pessoal.
96
CFP® - Certified Financial Planner
Matriz de Capacidades
Análise: Etapa 3
O profissional de planejamento financeiro deve identificar e considerar problemas, fazer
análises financeiras e avaliar as informações resultantes para poder formular estratégias
para o cliente.
q PRÁTICAS FUNDAMENTAIS:
Ø Analisar os objetivos, necessidades, valores e informações do cliente para priorizar
os componentes do planejamento financeiro pessoal;
Ø Considerar as inter-relações entre componentes de planejamento financeiro
pessoal;
Ø Considerar oportunidades e restrições e avaliar as informações coletadas em
todos os componentes de planejamento financeiro;
Ø Considerar o impacto do ambiente econômico, político e regulatório no plano
financeiro pessoal do cliente;
Ø Medir o progresso em direção à conquista dos objetivos do cliente.
q COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS:
Ø Considerar as oportunidades e restrições potenciais;
Ø Avaliar as informações para formular estratégias.
97
CFP® - Certified Financial Planner
Matriz de Capacidades
Síntese: Etapa 4
O profissional de planejamento financeiro sintetiza as informações para formular e avaliar
estratégias para criar um plano financeiro.
q PRÁTICAS FUNDAMENTAIS:
Ø Priorizar as recomendações provenientes dos componentes de planejamento
financeiro para otimizar a situação do cliente;
Ø Consolidar as recomendações e passos de ação em um plano financeiro;
Ø Determinar o ciclo adequado de revisão do plano financeiro.
q COMPETÊNCIA ESSENCIAL:
Ø Sintetizar as informações para formular e avaliar estratégias para elaborar um
plano financeiro pessoal.
98
CFP® - Certified Financial Planner
Componentes do Planejamento Financeiro
Definição
Conforme estamos vendo, o planejador CFP® não avalia isoladamente as necessidades de
impostos, gestão de ativos ou aposentadoria ao fornecer planejamento financeiro a um
cliente. O profissional deve compreender que as habilidades de coleta, análise e síntese
(ou seja, as Capacidades do Planejador Financeiro) abrangem um amplo escopo, que
totalizam as seis áreas de conhecimento da prova, que são elas:
Ø Gestão Financeira (Módulo I);
Ø Gestão de Ativos (Módulo II);
Ø Planejamento de Aposentadoria (Módulo III);
Ø Gestão de Risco (Módulo IV);
Ø Planejamento Tributário (Módulo V);
Ø Planejamento Sucessório (Módulo VI).
99
CFP® - Certified Financial Planner
100
CFP® - Certified Financial Planner
Componentes do Planejamento Financeiro
Gestão de Ativos e Investimentos
Ø Coletar informações necessárias para preparar um demonstrativo detalhado de
Investimentos Atuais.
Ø Determinar a atual alocação dos ativos; a experiência do cliente, suas atitudes e
COLETA
101
CFP® - Certified Financial Planner
102
CFP® - Certified Financial Planner
Componentes do Planejamento Financeiro
Gestão de Risco e Seguros
Ø Coletar dados sobre a atual cobertura de seguros do cliente;
Ø Identificar possíveis obrigações financeiras;
COLETA
103
CFP® - Certified Financial Planner
tributário.
Ø Otimizar as estratégias para fazer recomendações de planejamento tributário.
Ø Priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente a implementar as
recomendações de planejamento tributário.
104
CFP® - Certified Financial Planner
Componentes do Planejamento Financeiro
Planejamento Sucessório
Ø Coletar contratos legais e documentos que afetem as estratégias de
planejamento sucessório.
COLETA
105
CFP® - Certified Financial Planner
Habilidades Profissionais
Conceito
As HABILIDADES PROFISSIONAIS descritas pelo FPSB (Financial Planning Standards Board)
identificam as habilidades que o profissional deve ter para aconselhar os clientes em
trabalhos de planejamento financeiro e que envolvem um alto grau de confiança,
incerteza, complexidade e acordo mútuo com clientes de vários tipos, ou na interação
com colegas ou outras pessoas na condição de profissional.
Este profissional certificado CFP®, precisa ser capaz de integrar sem rupturas, uma ou
mais habilidades profissionais com o devido conhecimento e capacidades adequadas em
cada um de seus atos ou interações profissionais, e comprometer-se em atualizar
permanentemente suas habilidades profissionais para manter a competência no campo
do planejamento financeiro.
Desta forma, o FPSB classificou as habilidades profissionais em quatro áreas:
Ø Responsabilidade Profissional;
Ø Prática;
Ø Comunicação; e
Ø Cognição.
106
CFP® - Certified Financial Planner
Habilidades Profissionais
Responsabilidade Profissional
A RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL envolve:
Ø Atuar no interesse do cliente ao prestar serviços profissionais;
Ø Estabelecer confiança em todas as relações profissionais;
Ø Demonstrar discernimento ético;
Ø Demonstrar honestidade intelectual e imparcialidade;
Ø Reconhecer o papel de interesse público da profissão e agir de acordo com isso; e
Ø Reconhecer os limites da competência e buscar voluntariamente a opinião de
outros profissionais ou encaminhar os cliente até eles.
107
CFP® - Certified Financial Planner
Habilidades Profissionais
Prática
Já a PRÁTICA envolve:
Ø Aprender continuamente para assegurar a atualização de seu conhecimento e
habilidades;
Ø Atualizar-se nos ambientes econômico, político e regulatório;
Ø Cumprir as leis e regulamentos pertinentes a serviços financeiros;
Ø Exerce autonomia e iniciativa no desempenho das atividades profissionais;
Ø Exercer responsabilidade pela capacidade sua e/ou da firma de prestar serviços ao
cliente ao longo de todo o trabalho;
Ø Fazer juízos adequados nas áreas não tratadas pelas normas existentes da prática;
Ø Realizar pesquisas adequadas ao analisar e formular estratégias; e
Ø Seguir o código profissional de ética e os padrões da prática.
108
CFP® - Certified Financial Planner
Habilidades Profissionais
Comunicação
A habilidade profissional COMUNICAÇÃO envolve:
Ø Apresentar raciocínios lógicos e persuasivos;
Ø Comunicar suas informações e ideias verbalmente ou por escrito de forma
compreensível para o cliente e outras pessoas;
Ø Conseguir obter a concordância do cliente e de outras pessoas;
Ø Dar atenção ao que o cliente e outras pessoas dizem e não se apressar para
entender os pontos levantados;
Ø Estabelecer uma boa ligação com o cliente e outras pessoas; e
Ø Obter a concordância e reclamações de maneira eficaz;
Ø Tratar objeções e reclamações de maneira eficaz.
109
CFP® - Certified Financial Planner
Habilidades Profissionais
Cognição
A COGNIÇÃO irá envolver:
Ø Analisar e integrar informações de várias fontes para chegar a soluções;
Ø Aplicar métodos ou fórmulas matemáticas conforme adequadas;
Ø Demonstrar a capacidade de adaptar seu pensamento e comportamentos;
Ø Tomar decisões fundamentadas quando contar com informações incompletas ou
incoerentes; e
Ø Usar a lógica e raciocínio para avaliar os pontos fortes e fracos de possíveis linhas
de ação.
110
CFP® - Certified Financial Planner
Capítulo 4:
Ambiente Macroeconômico, Regulatório
e Fundamentos de Economia e Finanças
118
4.1 Sistema Financeiro Nacional
112
112
CFP® - Certified Financial Planner
Agente Agente
TRANSFERIR RECURSOS Deficitário
Superavitário
Poupadores Tomadores
Rentabilidade Crédito
LUCRO
113
CFP® - Certified Financial Planner
Sistema Financeiro Nacional
Composição
Órgãos Normativos Entidades Supervisoras Principais Operadores
Ø Instituições Financeiras:
BACEN Bancos; Corretoras; Cooperativas
CMN – Banco Central do Brasil de Crédito; Instituições não
Conselho Monetário bancárias; etc.
Nacional
CVM – Comissão de Ø Bolsa de Valores, Mercadorias
Valores Mobiliários e Futuros (B3)
Ø Seguradoras
CNSP – SUSEP – Ø Resseguradoras
Conselho Nacional Superintendência Ø EAPC - Entidades Abertas de
de Seguros Privados de Seguros Privados Previdência Complementar
Ø Sociedades de Capitalização
CNPC - Conselho PREVIC - Superintendência
Ø EFPC - Entidades Fechadas de
Nacional de Previdência Nacional de Previdência
Previdência Complementar
Complementar Complementar
114
CFP® - Certified Financial Planner
CNSP CNPC
CMN Conselho Nacional
Conselho Nacional
Conselho Monetário Nacional de Seguros Privados
de Previdência
Complementar
• Bancos • B3 S/A
• Corretoras CTVM • EAPC (Aberta) • EFPC (Fechada)
• Empresas Aberta
• Distribuidoras • Sócio Controlador • Seguradora • Fundos de Pensão
• Cooperativas • Resseguradora
• Op. financeiras
Sócio Minoritário
Clientes Segurados Participantes
Debenturista
115
CFP® - Certified Financial Planner
CMN - Conselho Monetário Nacional
Conceito
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o ÓRGÃO MÁXIMO DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL e tem como objetivo a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico
e social do país. Este é um órgão com caráter unicamente normativo, com a
responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito.
Os membros do conselho se reúnem uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos
relacionados com as suas competências, podendo acontecer mais de uma reunião por
mês em casos extraordinários. Ele é composto por 3 pessoas, que são:
Ø Ministro de Estado da Fazenda (Presidente do conselho);
Ø Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento;
Ø Presidente do Banco Central.
Vale ressaltar que, desde a Lei Complementar 179/2021, que dá autonomia ao Banco
Central, algumas funções que lhe faziam parte, foram revogadas, tais como:
Ø Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia
nacional e seu processo de desenvolvimento (Vetado);
Ø Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado);
Ø Determinar o recolhimento do compulsório (Vetado).
116
CFP® - Certified Financial Planner
118
CFP® - Certified Financial Planner
120
CFP® - Certified Financial Planner
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CFP® - Certified Financial Planner
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
Principais Atribuições
As principais atribuições da CVM são:
Ø PROTEGER OS INVESTIDORES DE VALORES MOBILIÁRIOS;
Ø Assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários
(emissão fraudulenta, manipulação de preços e outros atos ilegais);
Ø Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão,
fiscalizando as companhias abertas, a Bolsa de Valores, os agentes do mercado de
capitais e os Fundos de Investimento;
Ø Fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores
mobiliários, tais como as operações na Bolsa de Valores (B3);
Ø Fiscalizar a intermediação das operações Corretoras e Distribuidoras de Valores
Mobiliários e dos Fundos de Investimentos;
Ø Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas (S/A) dada prioridade às que não
apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo
obrigatório;
Ø Propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de
preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos
intermediários do mercado.
122
CFP® - Certified Financial Planner
123
CFP® - Certified Financial Planner
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
Principais Atribuições
As principais atribuições da SUSEP são:
Ø Autorizar e fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta
e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
Ø Zelar (proteger) pela defesa dos consumidores de seguros e previdência aberta.
Ø Atuar no sentido de proteger a captação de poupança que se efetua através das
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
Ø Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por
este forem delegadas;
Ø Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
Ø Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a
eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros
Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
Ø Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
Ø Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
Ø Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado.
124
CFP® - Certified Financial Planner
PREVIC
Conceito
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma autarquia
especial vinculada ao Ministério da Fazenda, com a finalidade de FISCALIZAR E
SUPERVISIONAR AS ENTIDADES FECHADAS de previdência complementar (EFPC),
também chamadas de FUNDOS DE PENSÃO e de executar políticas para o regime de
previdência complementar.
q PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES:
Ø Autorizar a constituição e o funcionamento das EFPC (FUNDOS DE PENSÃO) e a
aplicação dos respectivos estatutos e dos regulamentos de planos de benefícios;
Ø Apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
Ø Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de
previdência complementar e nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;
Ø Nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo
atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;
Ø Promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência
complementar e entre as entidades e seus participantes, assistidos, patrocinadores
ou instituidores.
125
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Tesouro Nacional
Conceito
O Tesouro Nacional é o órgão do Ministério da Fazenda responsável por garantir que os
recursos arrecadados serão distribuídos conforme o orçamento. A instituição busca
caminhos para que os gastos ocorram com qualidade, acompanhamento e controle. Essa
responsabilidade faz com que o Tesouro leve sempre em consideração a sustentabilidade
das contas públicas brasileiras.
O Tesouro Nacional é como se fosse o caixa do governo. Ele recebe o dinheiro arrecadado
pela Receita Federal e outros órgãos e faz a gestão destes recursos para cumprir o
orçamento público, que é um planejamento dos gastos do governo.
126
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4.1.1 Participantes do Mercado
Financeiro
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Bancos Comerciais
Conceito
São instituições financeiras privadas ou públicas (sempre sendo sociedades anônimas)
que têm como PRINCIPAL OBJETIVO FINANCIAR, A CURTO E A MÉDIO PRAZO, o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros
em geral. Sua captação pode ser através de depósitos à vista (conta corrente para livre
movimentação) ou depósitos a prazo, como por exemplo, CDBs. Diante dessas captações,
os bancos comerciais possuem a capacidade de “criar” moeda corrente e colocá-las em
circulação na economia, pois pode oferecer empréstimos e aumentar a base monetária
circulante na economia, de certa forma.
Estas instituições podem oferecer os seguintes serviços:
Ø EMPRÉSTIMOS E OPERAÇÕES DE CRÉDITO;
Ø Aluguel de cofres;
Ø Cobranças, mediante comissão;
Ø Custódia de valores;
Ø Emissão de meios de pagamento, como cheque e cartões de crédito;
Ø Recebimentos de impostos e tarifas públicas;
Ø Serviços de câmbio;
Ø Transferências de fundos.
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Bancos de Investimento
Conceito
São instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação
societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para
suprimento de CAPITAL FIXO E DE GIRO E DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE
TERCEIROS, devendo sempre serem constituídas como Sociedades Anônimas (S/A).
q PRINCIPAIS FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES:
Ø Coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e
conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria,
participação societária e/ou concessão de financiamentos ou empréstimos;
Ø Conceder de crédito para financiamento de capital fixo e de giro;
Ø Operar em bolsas de mercadorias e futuros, bem como em mercados de balcão
organizados, por conta própria e de terceiros;
Ø Operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil;
Ø Pode manter contas de terceiros, mas sem juros e não movimentáveis por cheque;
Ø Praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de
metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários;
Ø Participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de
títulos e valores mobiliários.
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Bancos Múltiplos
Conceito
São instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas,
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras. Para ser considerado um Banco
Múltiplo, a instituição deve possuir PELO MENOS DUAS das carteiras mencionadas abaixo,
sendo uma delas COMERCIAL ou de INVESTIMENTOS. Além disso, um banco múltiplo
deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar um único
balanço.
q CARTEIRAS DE UM BANCO MÚLTIPLO:
Ø COMERCIAL;
Ø de INVESTIMENTOS e/ou de desenvolvimento (esta última, exclusiva de bancos
públicos);
Ø de crédito imobiliário;
Ø de crédito, financiamento e investimento (financeiras);
Ø de arrendamento mercantil (leasing).
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BNDES
Conceito
A BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), também não é um banco propriamente
dito, pois também é uma Instituição Financeira Pública, sendo administrado pelo Governo
Federal e sem ser de economia mista. Tem como objetivo proporcionar o suprimento
adequado ao financiamento, de médio e longo prazo, de programas e projetos que visem
promover o desenvolvimento econômico e social. Suas operações ativas são empréstimos
e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado, utilizando muitas vezes em
seus empréstimos a TLP (Taxa de Longo Prazo), que é calculada pelo BACEN.
O Sistema BNDES é formado por três empresas:
Ø BNDES e suas subsidiárias;
Ø BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que atua no mercado de capitais nas
empresas onde a BNDESPar entra com investimentos e participa como socia;
Ø Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME), dedicada ao fomento da
produção e da comercialização de máquinas e equipamentos.
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Financeiras (SCFI)
Conceito
As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI), conhecidas como
“FINANCEIRAS”, são instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para
aquisição de bens, serviços e capital de giro. As SCFIs também podem operar em nichos
que não são atendidos pelos conglomerados bancários, principalmente nos empréstimos
e financiamentos com características específicas (risco mais elevado, financiamento de
veículos usados, convênios com estabelecimentos comerciais). Além disso as
FINANCEIRAS devem ser constituídas como Sociedade Anônima e ter a expressão
"Crédito, Financiamento e Investimento” em seu nome. Estas instituições também são
supervisionadas pelo Bacen.
Vale ressaltar que EMPRÉSTIMO, o recurso recebido não tem destinação obrigatória. Já o
FINANCIAMENTO, o recurso recebido está vinculado a aquisição de um determinado
bem.
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Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários
Conceito
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVMs) e as Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários (DTVMs) são instituições financeiras que tem como atividades a
intermediação de operações nos mercados regulamentados de valores mobiliários, como
é o caso dos mercados de bolsa e de balcão para seus clientes; administração de clubes e
fundos de investimentos, realização de câmbio; estruturação de IPO; entre outras
funções. Vale ressaltar que as CTVM e as DTVM são instituições financeiras que atuam na
intermediação de valores mobiliários e por isso, são fiscalizadas pelo Banco Central (por
serem instituições financeiras) e pela CVM (pelas operações com valores mobiliários).
qPRINCIPAIS FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES:
Ø Abertura de capital e na subscrição de novas ações ou debêntures de uma
empresa (IPO e underwriting);
Ø Constituídas sob a forma de S.A e dependem da autorização da CVM;
Ø Operam nas bolsas de valores e de mercadorias (ações, derivativos,...);
Ø Podem administrar fundos e clubes de investimento;
Ø Podem atuar também por conta própria ou de terceiros;
Ø Podem intermediar operações de câmbio;
Ø Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
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Corretoras de Câmbio
Conceito
Segundo o Banco Central, as corretoras de câmbio atuam, exclusivamente, no mercado de
câmbio, intermediando operações entre clientes e bancos ou comprando e vendendo
moedas estrangeiras de/para seus clientes. A diferença com relação aos bancos que
operam em câmbio é que estes, além de atuarem sem limites de valor, podem realizar
outras modalidades de operação como financiamentos a exportações e importações,
adiantamentos sobre contratos de câmbio e operações no mercado futuro de dólar em
bolsa de valores
Vale ressaltar que as Corretores de Câmbio podem realizar operações financeiras de
ingresso e remessa de valores do/para o exterior e operações vinculadas a importação e
exportação, desde que limitadas ao valor de US$ 100.000,00 ou o seu equivalente em
outras moedas.
Outro ponto interessante é que, diferentemente do que ocorre com as CTVM e as DTVM,
a Corretora de Câmbio são fiscalizadas apenas pelo Banco Central do Brasil, pois atuam
apenas com a intermediação de operações de câmbio.
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Clearing House
Conceito
As Clearing House (Câmara de Compensação) são responsáveis pelo registro de todas as
operações realizadas, além do acompanhamento das posições mantidas, compensação
financeira dos fluxos e liquidação dos contratos e tem como uma das suas principais
funções MITIGAR O RISCO DE LIQUIDAÇÃO.
Vendedor Comprador
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B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão
Principais Características
As principais características da B3 – Brasil, Bolsa e Balcão são:
Ø Desenvolve, implanta e provê sistemas e serviços de negociação e pós-negociação
(compensação e liquidação) de ações, derivativos de ações, financeiros e de
mercadorias, títulos de renda fixa, moedas à vista e commodities agropecuárias;
Ø É uma sociedade de capital aberto, cujas ações B3SA3 são negociadas no Novo
Mercado , sendo uma das 5 maiores bolsas de valores do mundo;
Ø Possui receita também através de Emolumentos;
Ø Possui tanto pregão eletrônico, quanto mercado de balcão;
Ø Realiza o registro, negociações e pós-negociações de ações, títulos de renda fixa
câmbio pronto e contratos de derivativos referenciados em ações, ativos financeiros,
índices, taxas, mercadorias, moedas entre outros.
Ø É associada mantenedora da BSM Supervisão de Mercados (BSM), uma associação
civil que dentre uma das suas funções, fiscaliza a atuação da B3, dos devidos
participantes do mercado e suas operações.
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Clearing House
B3
Conforme mencionado, a B3 tem como principais funções administrar os mercados
organizados de títulos, valores mobiliários e contratos futuros (interfinanceiro). Além
disso, ela presta o serviço de registro, depositária central, compensação e liquidação,
chegando atuar até mesmo como contraparte em alguns tipos de negociação.
Agentes de
Clearing.
Títulos Privados:
Ø Títulos de Renda Fixa (LCI, CRI, ...);
B3 Ø Valores Mobiliários (ações, fundos...);
Ø Mercado de balcão (swaps, termo de moeda e
opções flexíveis);
Ø Commodities;
SELIC Ø Demais títulos.
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Clearing House
SELIC
O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), do BACEN, é o depositário central
dos títulos públicos federais, tendo como atividade a emissão, o resgate, o pagamento dos
juros e a custódia desses ativos. As suas liquidações são operadas no conceito de
Liquidação Bruta em Tempo Real (LBTR), que garante agilidade e segurança.
Agentes de
Clearing.
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Prazos de Liquidação
Conceito
Cada ativo possui um prazo de liquidação (tanto de recebimento do ativo, quanto do seu
pagamento financeiro). Por exemplo, as ações possuem liquidação física & financeira em
D+2 (2 dias úteis após a realização da operação), assim sendo, mesmo que um investidor
venda as suas ações da Petrobrás hoje, ele apenas receberá os recursos após 2 dias úteis.
Desta forma, os prazos de liquidação física e financeira dos principais ativos são:
Ø Tesouro Direto: ocorre em 0 dia útil (d+0), desde que seja até as 13hrs;
Ø Mercado a Vista (ETF de Renda Fixa): liquidação física e financeira em D+1;
Ø Mercado a Vista (Ações, FII, ETF de Ações): liquidação física e financeira em D+2;
Ø Operações day-trade: liquidação física em D+0 e financeira em D+2;
Ø Mercado a termo de ações: poderá ter sua liquidação antecipada, caso contrário,
ocorrerá no vencimento do contrato, onde foi previamente definida entre as partes.
Ø Mercado a Termo ou Swap: poderá ter sua liquidação antecipada, desde que
ambas as partes concordem. Caso contrário, ocorrerá no vencimento do contrato.
Ø Mercado futuro: não há possibilidade de liquidação antecipada, apenas na data
de vencimento. Porém, é possível encerrar a posição, realizando uma operação
contrária ao que foi feito inicialmente realizada.
Ø Mercado de Opções: os prêmios possuem liquidação em D+1 e, no vencimento,
será apurado o valor da liquidação a partir do exercício do direito dos compradores.
143
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Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)
Conceito
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, regras,
instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à
movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro,
tanto em moeda local quanto estrangeira, ou seja, é “a transferência de fundos próprios
e de terceiros realizados entre bancos em tempo real (LBTR – Liquidação Bruta em
Tempo Real), com o objetivo de reduzir o risco sistêmico”.
O SPB tem dois componentes principais: Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF) e
Arranjos de Pagamento. A IMF inclui IOSMF (Instituições Operadoras de Sistemas do
Mercado Financeiro) e SMF (Sistemas do Mercado Financeiro), que são conjuntos de
regras para atividades financeiras como liquidação e registro. As IOSMF são cruciais para a
estabilidade financeira, e o Banco Central do Brasil trabalha para garantir sua solidez. Já o
segmento de arranjos de pagamento engloba regras para serviços como Pix e cartões de
crédito, envolvendo instituições financeiras e de pagamento, conforme definido pela Lei
12.865/2013. Ambos os segmentos são essenciais para a economia e requerem confiança
e supervisão para funcionar adequadamente.
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q SIGLAS:
Ø IOSMF: Instituições Operadoras de Sistemas do Mercado Financeiro
Ø SMF: Sistemas do Mercado Financeiro
145
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Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)
Resumo
Os principais pontos de exames sobre o SPB são:
Ø Podemos definir o SPB como “O conjunto de procedimentos, regras, instrumentos
e operações integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à movimentação
financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro é o sistema”
Ø É o BACEN que administra o SPB e o meio circulante (moeda na economia);
Ø Principal função do SPB é diminuir o risco sistêmico.
Ø O SPB dá mais segurança e agilidade nas transferências entre agentes financeiros;
Ø Toda transação econômica que envolva como forma de pagamento a TED, DOC,
Cartão de Crédito, Cheque, Pix, Drex, entre outras, envolve o SPB.
Ø O Sistema de Transferência de Reservas (STR) realiza a transferência de recursos
entre instituições financeiras, sendo o sistema central do SPB, responsável pela
transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR).
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Investidor Qualificado
Conceito
INVESTIDOR QUALIFICADO é uma classificação oficial da Comissão de Valores Mobiliários
a um grupo específico de investidores pessoa física ou jurídica. Este grupo tem acesso a
investimentos com mais risco, como por exemplo, investimentos em FIDC (Fundos de
Investimentos em Direitos Creditórios) ou em FIP (Fundo de Investimentos em
Participações).
São considerados Investidores Qualificados:
Ø INVESTIDORES PROFISSIONAIS (trataremos a seguir esse conceito);
Ø Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a UM MILHÃO DE REAIS e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio; ou
Ø Pessoas naturais que foram aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM para Assessor de Investimentos,
administrador de carteira, analista e consultor de valores mobiliários em relação a
seus recursos próprios (Ancord, CEA, CGA, CNPI, CFP® e CFA®); e
Ø Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais
cotistas, que sejam investidores qualificados.”
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Investidor Profissional
Conceito
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS :
Ø Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a DEZ MILHÕES DE REAIS e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor profissional mediante termo próprio; ou
Ø Instituições Financeiras, Seguradoras e Resseguradoras;
Ø Fundos de Investimentos e de Previdência (EAPC e EFPC);
Ø Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de
carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM;
Ø Assessor de Investimentos, administrador de carteira, analista e consultor de
valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
Ø INVESTIDOR NÃO-RESIDENTE: investidor individual, pessoa jurídica, fundo ou
outro veículo de investimento coletivo, com residência, sede ou DOMICÍLIO NO
EXTERIOR, que investem os seus recursos no Brasil.
Vale ressaltar que todo investidor profissional é um investidor qualificado, mas nem todo
investidor qualificado é um investidor profissional. O Investidor Profissional tem acesso a
estruturas financeiras mais sofisticadas que o Investidor Qualificado, como por exemplo, a
possibilidade de ser cotista de um fundo exclusivo.
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Investidor Profissional
Investidor Não-Residente
Como dito, o INVESTIDOR NÃO-RESIDENTE pode ser uma pessoa física ou jurídica, fundos
e outras entidades de investimentos individuais ou coletivas, com RESIDÊNCIA, SEDE ou
DOMICÍLIO NO EXTERIOR, que investem os seus recursos no Brasil.
Esses investidores são comumente chamados de “INVESTIDOR 4373”, pois a sua
regulamentação vem através da Resolução nº 4373 da Conselho Monetário Nacional
(CMN), devendo os mesmos se registrarem na CVM, através das regras da RCVM 13/20
Em linha geral, estes investidores tem acesso aos mesmos mercados que o investidor
residente possui, podendo investir, por exemplo, na bolsa de valores.
Antes de iniciar seus investimentos, o “investidor 4373” deverá:
Ø Preencher formulário de identificação exigido pela legislação;
Ø Obter registro junto à CVM; e
Ø Constituir um ou mais representantes no País. Esse representante tem diversas
obrigações, tais como: (I) Guardar e apresentar para os órgãos reguladores o
formulário de identificação assinado e o contrato de representação; (II) Efetuar e
manter os registros atualizados; (III) Informar, imediatamente, a existência de
irregularidades; e (IV) Prestar informações aos órgãos reguladores.
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Agentes do Mercado Financeiro
Profissões
No mercado financeiro, diversas são as profissões que as pessoas físicas podem atuar,
podendo ser um empregado de uma instituição ou sendo sócio de uma empresa. Além
disso, podemos segmentar essa profissões em “DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS”, “GESTÃO
DE ATIVOS” ou “ANÁLISE DE INVESTIMENTOS”. A seguir, iremos discriminar as seguintes
profissões:
Ø Assessor de Investimentos (AI), antigo Agente Autônomo de Investimentos (AAI);
Ø Analista de Valores Mobiliários (Analista CVM);
Ø Consultor de Valores Mobiliários (Consultor CVM);
Ø Corretor de Seguros
Ø Gestor de Recursos (Gestor de Carteiras).
Na distribuição de produtos, o profissional poderá trabalhar de forma autônoma, mas
também poderá ser um EMPREGADOS, por exemplo, um Gerente de Relacionamento.
Neste caso, o CMN estabeleceu que as instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Bacen devem adotar providências com vistas a que seus
empregados, para exercerem, na própria instituição, as atividades de distribuição e
mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos, sejam considerados aptos em
exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica.
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Agentes do Mercado Financeiro
Analista de Valores Mobiliários
Também chamado de Analista CNPI, o ANALISTA DE VALORES MOBILIÁRIOS é a pessoa
natural ou jurídica que, em caráter profissional, elabora relatórios de análise destinados à
publicação, divulgação ou distribuição a terceiros, ainda que restrita a clientes. Esses
“relatórios de análises” podem ser textos, relatórios de acompanhamento, estudos ou
análises sobre valores mobiliários específicos ou sobre emissores de valores mobiliários
determinados que possam auxiliar ou influenciar investidores no processo de tomada de
decisão de investimentos.
Vale ressaltar que exposições públicas, apresentações, vídeos, reuniões, conferências
telefônicas e quaisquer outras manifestações não escritas, cujo conteúdo seja típico de
relatório de análise, são equiparadas a relatórios de análise. Outro ponto importante é
que esta legislação não se aplica a pessoas naturais ou jurídicas que desenvolvam
atividades de classificação de risco de crédito.
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Agentes do Mercado Financeiro
Corretor de Seguros
O CORRETOR DE SEGUROS, pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente
autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as sociedades seguradoras e
as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, devidamente registrado, conforme as
instruções estabelecidas na Circular SUSEP 127/2000 (e suas atualizações). Cabe à
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP conceder a autorização para o exercício da
profissão, na forma do registro, e expedir a competente carteira ou título de habilitação
para o corretor ou corretora de seguros, respectivamente, atendidos os requisitos formais
e legais.
Para o exercício da profissão de corretor de seguros, o profissional depende da obtenção
do Certificado de Habilitação Profissional em Instituição oficial ou autorizada, o que
ocorre atualmente pela ENS (Escola de Negócios e Seguros), e do seu devido Registro.
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Agentes do Mercado Financeiro
Planejador Financeiro CFP®
O Planejador Financeiro CFP® é o profissional que auxilia as pessoas físicas a atingir as
metas financeiras da vida, por meio do gerenciamento adequado dos seus recursos
financeiros. Ele ajuda o cliente a desenvolver uma visão holística e abrangente de suas
finanças, determinando onde ele está agora, onde gostaria de estar no futuro e o que
deve fazer para alcançar seus objetivos através de seis áreas, que são:
Ø Planejamento Financeiro e Ética
Ø Planejamento da Aposentadoria
Ø Planejamento Fiscal
Ø Planejamento Sucessório
Ø Gestão de Investimentos
Ø Gestão de Riscos e Seguros
Vale ressaltar que é possível ser um Planejador Financeiro sem ter o selo de distinção
internacional CFP®, já que todavia não existe uma determinação da CVM sobre
autorizações concedidas à Planejadores Financeiros. No entanto, a Certificação CFP® é a
mais desejada e respeitada certificação global para os profissionais que atuam com
planejamento financeiro.
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PIB – Produto Interno Bruto
PIB e o Valor Agregado (Adicionado)
Cada bem ou serviço prestado está agregando valor ao PIB, mas como vimos, para o
devido cálculo consideramos apenas o valor final. Para descobrirmos o valor adicionado
de uma pessoa ao PIB, basta descontar do valor cobrado os bens e serviços intermediários
que lhe custou para gerar aquele faturamento. Por exemplo, um (1) MARCENEIRO vendeu
por R$ 500, madeiras para uma (2) FÁBRICA construir uma cama. Após isso, esta fábrica
vendeu por R$ 2 mil a cama. O PIB total gerado foi de R$ 2 mil, no entanto, o marceneiro
gerou R$ 500,00 e sobre a madeira, a fábrica AGREGOU mais R$ 1.500,00 ao PIB.
R$ 500 R$ 1.500
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Balança Comercial
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PIB – Produto Interno Bruto
Ótica da Produção
Pela ÓTICA DA PRODUÇÃO, também chamado de ÓTICA DA OFERTA, o Produto Interno
Bruto corresponde à soma dos valores agregados líquidos dos setores primário,
secundário e terciário da economia (indústria, agropecuária e serviços), mais os impostos
indiretos, mais a depreciação do capital, menos os subsídios governamentais. Portanto, a
Ótica da Produção é o processo reverso da ótica do consumo, pois, para alguém comprar,
outra deve vender (produzir).
q FÓRMULA:
PIB = Produção
da Indústria + Produção
Agrícola + Produção
de Serviços
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PNB – Produto Nacional Bruto
Conceito
O Produto Nacional Bruto (PNB) se difere do PIB apenas por incluir os valores dos bens e
serviços produzidos e realizados no exterior. Enquanto que o PIB considera apenas o que
foi gerado INTERNAMENTE (dentro do país), o PNB considera o que foi gerado
INTERNAMENTE e EXTERNAMENTE, ou seja dentro e fora do país.
Com isso, para chegarmos no PNB devemos subtrair do PIB o que chamamos de Renda
Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), que é a diferença dos valores enviados para o exterior
e os valores recebidos do exterior a partir dos fatores de produção. Quando mais valores
enviarmos para o exterior, menor será a produção nacional. Quando maior for o
recebimento dos valores do exterior, maior será a produção nacional.
q FÓRMULA:
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SELIC-META
Conceito
A Selic-Meta é a taxa de juros definida pelo COPOM, que toma essa decisão com base na
Meta de Inflação (IPCA). Ela será a META que o governo deseja para taxa de juros
praticada pela economia brasileira em relação a dívida brasileira para aquele período.
q PRINCIPAIS INFORMAÇÕES:
Ø É a meta da taxa de Juros brasileira;
Ø Definida pelo BACEN através do COPOM;
Ø Alterada através de AGO (cada 45 dias) ou AGE;
Ø Praticada pelo Governo.
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SELIC-OVER
Conceito
Já a SELIC-OVER é a taxa de juros apurada no SELIC (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia). Ela é obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das
operações de financiamento por um dia, lastreadas em Títulos Públicos Federais e
cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas.
A tendência é que a SELIC-OVER tenda a convergir para à SELIC-META. Essa taxa é o que
chamamos de TAXA LIVRE DE RISCO (TLR) da economia brasileira, que é o quanto um
investidor está recebendo por emprestar recursos para o Brasil. Desta forma, a taxa
cobrada nos demais segmentos de empréstimos existentes no mercado brasileiro é
composta pela meta da taxa de juros Selic, acrescido pelo Risco de inadimplência e
demais custos (custos administrativos, impostos, lucro, ...).
q PRINCIPAIS INFORMAÇÕES:
Ø É a média diária das negociações dos Títulos Públicos Federais (TPF);
Ø É alterada diariamente (dias úteis) e anualizada;
Ø Praticada pelo Mercado Financeiro;
Ø Resolução em vigor para maiores informações: Resolução BCB nº 46/2020.
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DI – Depósito Interbancário
Conceito
A taxa DI, que significa Depósito Interbancário, é a taxa média ponderada das operações
realizadas entre instituições financeiras pelo prazo de um dia. Essas operações são
chamadas de CDI (Certificados de Depósito Interbancário), sendo um contrato privado de
empréstimo restrito ao mercado interbancário. Como de praxe, a taxa DI também é
expressa de forma anual e com base em 252 dias úteis.
No entanto, com o passar dos anos, esta operação ficou cada vez menos comum, gerando
um problema para a indústria de renda fixa, pois o CDI é muito utilizado como parâmetro
de rentabilidades (remuneração de CDB, LCI, LCA e também como benchmark para a
remuneração de taxa performance de diversos fundos de investimentos).
Desta forma, a CETIP (atual B3), criou um novo modelo de fallback (plano B) quando não
há operações suficientes para cálculo do DI (ocorrer menos de 100 operações ou o
somatório dos volumes das operações elegíveis para o cálculo da Taxa DI for inferior a
R$ 30 bilhões), ela será igual à Taxa SELIC Over divulgada no dia.
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DI X SELIC
Conceito
O Tesouro Nacional, através da emissão de papéis (mercado primário) dá o parâmetro
para a curva de juros da economia brasileira - curva Selic. No entanto, a taxa Selic Over é
obtida mediante o cálculo da taxa média das operações de financiamento por um dia
entre as instituições financeiras, lastreadas em títulos públicos federais. Quando o
financiamento é lastreado em Títulos Privados, temos a taxa DI.
Banco
Títulos Privados (DI)
Central IF IF
Taxa DI
Venda
de TPF Títulos Públicos Federais
IF
Taxa Selic Over
IF = Instituição Financeira
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TR – Taxa Referencial
Conceito
A TR é um índice de referência de juros da economia brasileira, principalmente utilizada
para correções da Poupança, empréstimos de habitação como o SFH, títulos da dívida
agrária (TDA) e do FGTS.
Para chegarmos no valor da Taxa Referencial, o banco central aplica um redutor sobre a
Taxa Básica Financeira. Para a formação da TBF, calculasse as taxas de juros negociadas
no mercado secundário com Letras do Tesouro Nacional (LTN). Assim, a TBF de um mês
será uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos
imediatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da
aplicação, ao valor resultante, de um fator multiplicativo fixado em 0,93.
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TLP – Taxa de Longo Prazo
Conceito
A Taxa de longo prazo (TLP) é o principal custo financeiro dos financiamentos do BNDES.
Ela compõe a taxa de juros final, junto com as remunerações (spreads) do BNDES e dos
bancos repassadores e a taxa de risco de crédito do cliente. A TLP mensal é composta de
uma parcela de juros reais pré-fixados ("TLP-Pré") e da inflação (IPCA), sendo que a
TLP-Pré será CALCULADA E DIVULGADA NO INÍCIO DE CADA MÊS PELO BANCO CENTRAL.
A partir da data de início de vigência dos contratos em TLP, a parcela de juro real será fixa,
ao longo da vida dos contratos, variando apenas o componente da inflação, que é o IPCA.
= ×
Juros Reais
TLP Prefixados
(“TLP-Pré”)
Inflação
(IPCA)
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Taxa de Câmbio
Conceito
Por definição do Banco Central do Brasil a “Taxa de Câmbio é o preço de uma moeda
estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. No Brasil, a
moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a
cotação comumente utilizada seja a dessa moeda”.
Contratos de câmbio são realizados por motivos de viagens internacionais, transferências
unilaterais, negociações, podem ser realizados diretamente com uma corretora de câmbio
ou alguma instituição financeira autorizada pelo Bacen, sendo que elas possuem
liberdade para negociar as suas taxas pelos seus spreads. Para o fechamento de contrato
de câmbio, passa-se pelas fases de contratação, negociação da taxa e posterior liquidação.
A liquidação é a última fase do fechamento do contrato de câmbio. Ela acontece quando
se efetiva o envio da moeda estrangeira entre os envolvidos, através de um banco ou
corretora. O fechamento de câmbio se dá quando há a conversão das moedas da
negociação, quando há o crédito ou débito da moeda estrangeira entre as partes e a
instituição responsável realiza a transferência internacional através do SWIFT.
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Taxa de Câmbio
PTAX
A PTAX é a principal taxa de câmbio utilizada nacionalmente como referência do real por
dólares americanos. Seu nome veio da PTAX800, por causa da PTAX800, uma transação do
Sistema do Banco Central usada durante muitos anos pelo público para consultar taxas de
câmbio, mas que foi descontinuado em 2014.
Antigamente, a PTAX era calculada através de uma média ponderada pelo volume das
operações no mercado interbancário de câmbio, com liquidação em dois dias úteis. Hoje
em dia, o BANCO CENTRAL consulta os dealers em quatro momentos de alta liquidez no
mercado de câmbio, que informam qual foi o valor que eles fizeram numa única
negociação naquele momento com o dólar americano, ou seja, qual o preço praticado no
mercado interbancário. Com estas informações, o BACEN faz uma MÉDIA SIMPLES
(aritmética), de cada ponta de compra e venda do dólar, excluindo em cada caso, as duas
maiores e as duas menores. A divulgação da PTAX ocorra a cada consulta (são 4 por dia) e
no final do dia também, com a PTAX do dia. A participação dos dealers (instituições
financeira) no cálculo da Ptax é avaliada mensalmente e um desempenho insatisfatório, o
leva ao descredenciamento.
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Taxa de Câmbio
Outros tipos de cotação
Além da forma de mensuração do Banco Central do Brasil, podemos ter outros tipos de
cotação, como por exemplo:
Ø COMERCIAL: Conforme o próprio nome diz, faz referências às transações
comerciais, sendo utilizado para balizar as grandes movimentações de importação &
exportação das empresas brasileiras, transferências financeiras, etc. Esta também é a
cotação considerada nas ações do governo no exterior, como empréstimos
(registrados no Banco Central) de brasileiros residentes em outros países e.
Ø TURISMO: Já neste caso, representa a cotação das moedas para as pessoas físicas
que usarão a moeda para viajar ao exterior ou para comprar produtos e serviços em
sites interacionais. Sua cotação é baseada no custo da moeda comercial, com o
acréscimo do IOF praticado pelo Governo. Por se tratar de moeda física, possui
demais custos, como por exemplo, o de logística.
Ø SPOT: Chamado de Dólar a vista ou “Câmbio Pronto”, são operações com
liquidação em até D+2 e podem ser negociados nos mercados da B3.
Ø FORWARD: Termo utilizado para taxações feitas em contratos financeiros que
serão iniciados em uma data futura, como por exemplo, nos contratos futuros ou nos
contratos a termo da B3.
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Taxa de Câmbio
Câmbio Pronto e Câmbio Futuro
O CÂMBIO PRONTO é aquele em que ocorre a compra ou venda de moeda estrangeira
com prazo à vista, seguindo liquidação em até 2 dias úteis. Já o CÂMBIO FUTURO, possui
o seu preço também fechado no momento da contratação, mas sendo liquidado em um
prazo mais extenso, além de 2 dias úteis (uma liquidação futura).
As operações de câmbio contratadas para liquidação pronta devem ser liquidadas no
mesmo dia, quando se tratar de compras e de vendas de moeda estrangeira em espécie
ou em cheques de viagem; ou de operações ao amparo da sistemática de câmbio
simplificado de exportação. Caso não sejam esses casos, a liquidação ocorrerá em até dois
dias úteis da data da contratação, nos demais casos, excluídos os dias não úteis nas
praças das moedas.
Vale ressaltar que a liquidação pronta é obrigatória nos seguintes casos:
Ø Operações de câmbio simplificado de exportação ou de importação;
Ø Compras ou vendas de moeda estrangeira em espécie ou em cheques de viagem;
Ø Compra ou venda de ouro - instrumento cambial.
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Taxa de Câmbio
Desvalorização do Dólar
Como qualquer objeto, as moedas terão desvalorização quando mais pessoas estiverem
vendendo e/ou houver maior quantidade para vender. Desta forma, quando o dólar está
caro (R$ 4,00), muitas pessoas desejam vender a moeda estrangeira fazendo com que se
tenha mais dólares na economia brasileira DESVALORIZANDO o dólar e VALORIZANDO O
REAL, deixando o cenário mais atrativo para o IMPORTADOR. Esse aumento de dólares
pode ocorrer da seguinte forma:
Quantidade de Quantidade de
Dólares no Brasil Dólares no Brasil
Com o dólar “caro”, o aumento da
$ $ $ quantidade de dólares em $ $ $
$ $ $ circulação poderá ocorrer através $ $ $
de:
o Aumento das Exportações
$ $ $
o Aumento da Conta Turismo $ $ $
US 1,00 = R$ 4,00 o Venda de dólares pelo BC US 1,00 = R$ 2,00
175
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Taxa de Câmbio
Valorização do Dólar
A valorização da moeda estrangeira ocorre da mesma forma: quando há uma diminuição
da sua quantidade ou quando muitas pessoas a estão comprando. Ou seja, quando o
dólar está barato (R$ 2,00), muitas pessoas desejam comprar dólares, fazendo com que se
tenha menos moeda estrangeira na economia brasileira VALORIZANDO o dólar e
DESVALORIZANDO O REAL, deixando o cenário mais atrativo para o EXPORTADOR. Essa
diminuição de dólares na economia brasileira, pode ocorrer da seguinte forma:
Quantidade de Quantidade de
Dólares no Brasil Dólares no Brasil
Com o dólar “barato”, o seu
$ $ $ aumento de preço poderá $ $ $
$ $ $ ocorrer por causa do: $ $ $
o Aumento das Importações $ $ $
o Diminuição da Conta Turismo
o Compra de dólares pelo BC $ $ $
US 1,00 = R$ 4,00 US 1,00 = R$ 2,00
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Inflação
Conceito
Podemos definir INFLAÇÃO como a alta persistente e generalizada dos preços em uma
determinada economia, gerando para as pessoas a perda do poder de compra e como
iremos ver a seguir, existem vários motivos para ocorrer a inflação e para cada motivo,
temos um nome específico: inflação inercial, inflação de demanda, inflação de oferta
(custos), inflação estrutural.
Você pode perceber essa perda de poder de compra de duas formas: a primeira é
perceber que um serviço que custava R$ 50,00 agora está custando R$ 100,00, ou seja,
você precisa do dobro de dinheiro para contratar o mesmo serviço (ou produto). A outra
forma é na diminuição do produto, como por exemplo, nas barras de chocolate. A 10 anos
atrás, uma barra de chocolate de 200 gramas custava R$ 5,00. Hoje, quando você vai
comprar a mesma barra de chocolate, você percebe que ela continua custando R$ 4,00,
mas ao invés de ela ter 200 gramas, a barra de chocolate tem cem gramas (a metade), ou
seja, os mesmos R$ 4,00 compram a metade, ocorrendo a perda do poder de compra.
Importante entender essa perda do poder de compra, para podermos repor ela através de
correções nos contratos de alugueis, nas dívidas e, principalmente, nos salários. Mas para
isso, precisamos entender “quanto foi essa inflação” e assim, surgem os diversos índices
de inflação, sendo os dois principais o IPCA e o IGP-M.
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Inflação
Motivos para a Inflação
Os dois principais motivos que podemos ter inflação são:
Ø Inflação de Demanda: considerado como o tipo mais clássico, ocorre quando há
muito mais procura por produtos (serviços) do que há de ofertas. Esse tipo de
inflação tende a ocorrer quando há um rápido crescimento econômico e causado
também pela Inflação Monetária, que é quando o governo emite dinheiro de forma
descontrolada, através de redução de taxa de juros ou impressão de papel-moeda.
Ø Inflação de Custos: consiste no aumento dos preços gerados pelo aumento dos
custos, como por exemplo, redução da quantidade de certo produto ou aumento dos
custos de produção. Desta forma, esse tipo de inflação pode ser de duas formas:
§ Inflação de custos autônoma: quando o aumento dos preços ocorrem de forma
autônoma, como foi na pandemia, onde o preço das commodities subiu e gerou
aumento no custo generalizado, ou quando um grupo oligopolista aumenta o
preço dos seus produtos e/ou serviços.
§ Inflação de custos induzida: a inflação de demanda faz com que as empresas
lucrem mais e com isso, as empresas contratam mais pessoas. Se houver poucas
pessoas a serem contratadas, os valores a serem pagos serão maiores, gerando
um aumento no preço do produto e/ou serviço vendido pela empresa. O
exemplo disso, foi o setor de tecnologia durante a pandemia.
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Inflação
Hiperinflação, Deflação & Estagflação
Vimos que a mudança dos preços dos produtos e serviços geram o conceito de inflação.
No entanto, outros três conceitos são interessantes a serem compreendidos, que são:
Ø Hiperinflação: Como o próprio nome remete, a Hiperinflação ocorre quando há
um aumento dos preços dos produtos e serviços de forma completamente fora do
controle. Não há um percentual definido, mas de praxe, quando uma economia tem
uma inflação acima de 50% ao ano, entendemos que está ocorrendo este efeito. O
Brasil viveu este fenômeno nos anos 80 e início dos anos 90.
Ø Deflação: Este é o caso onde os preços ao invés de subirem, começam a
desvalorizar. Inicialmente, isso aparente ser bom, mas se todos os meses um produto
é vendido a um preço mais barato, o consumidor “sempre” prorroga a sua compra.
Qual a consequência? As empresas não vendem e com isso necessitam demitir
funcionários, fazendo com que a economia fique cada vez mais pobre.
Ø Estagflação: Este é um conceito técnico de quando o PIB de uma economia não
cresce, mas os preços não param de subir. Temos uma economia “estagnada”, com
depreciação do poder de compra da população.
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IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Definição
O IPCA é o índice de inflação oficial do Brasil, sendo calculado pelo IBGE. Ele tem como
objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no
varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, ou seja, é influenciado pela variação
dos preços no VAREJO.
Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40
salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões de
abrangência do SNIPC (Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor), as quais
são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória,
Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios
de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
A utilização do IPCA ocorre em diversas frentes, como por exemplo:
Ø É o indicador que o CMN utiliza como meta da inflação;
Ø Nos títulos públicos do governo federal (NTN-B e NTN-B Principal);
Ø Correção dos balanços e das demonstrações financeiras de companhias abertas;
Ø Fornecer um panorama sobre como está o poder de compra da população.
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IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado
Definição
O IGP-M é um índice de inflação muito utilizado para correção de contratos de aluguéis e
também em contratos de dívidas de empresas. Ele é calculado pela FGV (Fundação
Getúlio Vargas), sendo na verdade, uma composição de três outros índices de inflação:
Ø 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA): Atualmente chamado de Índice de
Preços ao Produtor Amplo, registra variações de preços de produtos agropecuários e
industriais nos estágios de comercialização anteriores ao consumo final.
Ø 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC): medida de preço médio necessário
para comprar determinados bens de consumo e serviços no mercado varejista por
famílias que possuem renda de 1 a 33 salários mínimos residentes nos principais
centros consumidores do Brasil.
Ø 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC): Reflete o ritmo dos preços de
materiais de construção e da mão de obra no setor imobiliário, sendo muito utilizado
na correção de contratos de Compra & Venda na planta.
Como podemos perceber, diferentemente do que ocorre no IPCA, que tem maior impacto
nos preços do varejo, o IGP-M tem como principal variável os preços no ATACADO e como
a variação cambial tem impacto mais relevante nos preços do atacado do que no varejo, o
IGP-M sofre variações mais impactantes do que o IPCA quando há variações cambiais.
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Política Monetária
Conceito
Política monetária é o controle da oferta de moeda na economia, ou seja, o meio de
estabilizar e controlar os níveis de preços para garantir a liquidez ideal (equilíbrio) do
sistema econômico do país. Para controlar o dinheiro e a taxa de juros, as autoridades
monetárias utilizam-se dos seguintes instrumentos:
Ø Operações de Mercado Aberto (Open Market): Compra ou venda de Títulos
Públicos Federais (TPF) pelo BACEN. Este é o instrumento mais ágil e eficaz que o
governo dispõe para fazer política monetária.
Ø Depósito Compulsório: O Banco Central obriga os bancos a depositar parte dos
recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, numa
conta no BACEN. Quanto maior o percentual do compulsório, menor será a liquidez
do mercado.
Ø Operações de Redesconto Bancário: É a taxa de juros cobrada pelo Banco Central
pelos empréstimos concedidos aos bancos. Quanto maior a alíquota cobrada pelo
BACEN, menor a liquidez do mercado.
Importante compreender que maior a oferta de moeda na economia, significa ter mais
dinheiro em circulação, e quanto mais dinheiro em circulação, maior o PIB e maior a
tendência de um aumento da inflação.
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COPOM
Conceito
Ao Comitê de Política Monetária (Copom), constituído no âmbito do Banco Central do
Brasil, compete, com base em avaliação do cenário macroeconômico e dos principais
riscos a ele associados:
Ø Definir a meta para a Taxa Selic (taxa básica de juros do Brasil);
Ø Definir as orientações e diretrizes estratégicas para a execução da política
monetária;
Ø Divulgar o Relatório de Inflação.
Este comitê é composto pelo Presidente do Banco Central e mais 8 diretores (9 membros),
se reunindo a cada 45 dias, durante dois dias. Suas decisões são tomadas visando com
que a inflação brasileira (IPCA) fique em linha com a meta definida pelo CMN.
q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø Tem como principal função definir a meta da taxa de juros do Brasil (selic-meta);
Ø Divulgar a cada trimestre, o relatório de inflação, analisando detalhadamente a
conjuntura econômica e financeira do Brasil, juntamente com suas projeções;
Ø Composto pelo Presidente do Banco Central e mais 8 diretores (9 membros)
Ø Resolução em vigor para maiores informações: Resolução BCB nº 61/2021
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Política Monetária
Aplicação Prática
POLÍTICA OPERAÇÃO LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB
• COMPRAR Títulos Públicos.
• REDUZIR a Taxa de Juros.
Expansionista AUMENTA AUMENTA AUMENTA
• REDUZIR Compulsório.
• REDUZIR Redesconto.
• VENDER Títulos Públicos.
• AUMENTAR a Taxa de Juros.
Contracionista REDUZ REDUZ REDUZ
• AUMENTAR Compulsório.
• AUMENTAR Redesconto.
q EXEMPLOS:
Ø EXPANSIONISTA: Havendo uma diminuição do compulsório, os bancos terão mais
recursos para poder emprestar e, com isso, haverá mais recursos circulando na
economia.
Ø CONTRACIONISTA: Quando o Banco Central vende títulos públicos, o investidor
entrega o dinheiro para o governo e recebe os papéis (LFT, LTN, NTN-B ...). Desta
forma, há menos dinheiro na economia circulando.
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Política Fiscal
Conceito
Política Fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas
(impostos, taxas e contribuições) e realiza despesas de modo a cumprir três funções:
Ø Estabilização macroeconômica: crescimento do PIB e controle da inflação;
Ø Redistribuição da renda: projetos sociais, tais como bolsa família;
Ø Alocação de recursos: fornecimento de bens e serviços públicos.
Quando as arrecadações são menores que as despesas, o governo se financia através da
venda de títulos públicos. Esta análise primária, que leva em consideração somente as
despesas NÃO financeiras, quando positiva, chamamos de Superávit Primário, quando
negativa, déficit primário. Ela serve para analisar o quão eficiente está o governo atual.
Para analisar a eficiência do País como um todo, deve-se descontar também os juros que
ele está pagando por toda a sua dívida (dívidas criadas pelo governo atual e pelos
governos anteriores). Este resultado chamados de Superávit/Déficit NOMINAL.
Caso o governo tenha um déficit fiscal, ele pode tomar mais dívida (Vender Títulos
Públicos) ou tentar aumentar sua receita (aumentar os impostos, exceto o imposto de
exportação, já que o seu aumento faz com que as empresas nacionais vendam menos). O
dinheiro do compulsório não pode ser utilizado para isso.
188
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Política Fiscal
Contas do Setor Público
Superávit / Déficit
PRIMÁRIO
= Receitas
(impostos, taxas e
contribuições) ‒ Despesas NÃO
financeiras
Superávit / Déficit
NOMINAL
= Superávit / Déficit
PRIMÁRIO
‒ Pagamento dos
juros da dívida
Pública
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Política Fiscal
Aplicação Prática
POLÍTICA OPERAÇÃO
q EXEMPLOS:
Ø Expansionista: Quando o Governo faz obras públicas (por exemplo, estradas), ele
está contratando pessoas e pagando com dinheiro. Consequentemente, estará
retirando dinheiro dos cofres públicos e injetando na economia.
Ø Contracionista: Quando há um aumento dos tributos, os recursos estão saindo das
empresas e das famílias, e indo para os cofres públicos. Desta forma, há menos
dinheiro circulando na economia.
190
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Política Cambial
Conceito
O Banco Central define POLÍTICA CAMBIAL como “o conjunto de ações governamentais
diretamente relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que se
refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de
pagamentos”. Nessa política, podemos ter 3 regimes cambiais:
Ø Câmbio Fixo: regime na qual a taxa de câmbio é estritamente imutável ao longo
do tempo. O resultado é uma mudança constante nas reservais cambiais, pois o
governo se compromete a comprar/vender a moeda estrangeira, para manter o
equilíbrio de oferta e demanda.
Ø Câmbio Flutuante: resultado puro de oferta e demanda pela moeda, sem
intervenção do Banco Central, permanecendo inalterado as Reservas Internacionais.
Ø Flutuação Suja: Também chamado por Câmbio Flutuante Administrado, ele é o
Câmbio Flutuante, mas com interferência do Banco Central. Inicialmente, o Bacen
atuava apenas quando ultrapassava a “banda cambial”, que é um certo teto ou um
certo piso estabelecido por ele, mas hoje atua sempre que acredita que há
desiquilíbrio, necessitando de correções
191
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Política Cambial
Balanço de Pagamentos (BP)
A economia de um país aberto depende de um sistema eficiente de contabilidade
nacional, que registra os fluxos de produção, renda, comércio e capitais com o exterior.
Esse sistema inclui o Balanço de Pagamentos, que é uma ferramenta de contabilidade que
registra todas as transações econômicas entre um país e o resto do mundo durante um
determinado período de tempo, geralmente um ano. Ela é dividida em três contas
principais, que são:
Ø CONTA CORRENTE
Ø CONTA DE CAPITAIS
Ø CONTA FINANCEIRA
Essas contas fornecem dados essenciais para entender a situação macroeconômica,
auxiliando na formulação de políticas e na avaliação das relações econômicas
internacionais do país.
A seguir, veremos mais especificamente, cada uma delas.
192
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Política Cambial
BP: Conta Corrente
A CONTA CORRENTE, também chamada de transações correntes registra os fluxos entre
residentes e não residentes de um país de quatro sub-contas, que são:
Ø Balança Comercial (bens): também chamada de exportação líquida, mede a
diferença entre exportações e importações de bens.
Ø Serviços: mensura a os resultados das importações e exportações de serviços, e
também pelo saldo da conta turismo (os gastos das viagens de residentes ao exterior,
menos os das viagens de não-residentes para o país). Temos como exemplo nessa
conta, viagens, serviços de transportes e aluguel de equipamentos.
Ø Renda Primária: aqui são registrados os fluxos de renda entre residentes e não-
residentes, como por exemplo, o recebimento de juros, dividendos ou salários.
Ø Renda Secundária: no passado, esta sub-conta era chamada de “transferências
unilaterais”. Nela são registradas as contribuições a entidades de classe, a entidades
associativas e a organismos internacionais, bilhetes e prêmios de loterias oficiais,
impostos, taxas, indenizações não amparadas por seguros, aposentadorias, pensões
e reparações de guerra. Inclui, também, as transferências efetuadas por migrantes
(remessas de trabalhadores, doações, heranças, etc.)
193
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Política Cambial
BP: Conta de Capitais
Com relação a CONTA DE CAPITAIS registra transferências de patrimônio resultantes de
imigração ou emigração, ou seja, movimentações de ativos não financeiros entre o país e
o exterior. Isso pode incluir a transferência de propriedades, como terrenos, imóveis,
marcas, patentes, entre outros. Por exemplo, se uma empresa nacional vende uma
patente para uma empresa estrangeira, o valor da venda seria registrado nessa conta.
A CONTA DE CAPITAIS é dividida em duas sub-contas, que são:
Ø Compra e Venda de Ativos Não-Financeiros Não-Produzidos: Corresponde às
transações que envolvem a compra e venda de ativos não-financeiros não
produzidos entre residentes e não-residentes de um país. Isso inclui direitos sobre
recursos naturais, como minerais ou recursos pesqueiros, bem como ativos
intangíveis, tais como patentes, copyrights, marcas registradas e franquias.
Ø Transferências de Capital: Esta sub-conta engloba transferências de propriedade
de ativos entre residentes e não-residentes, assim como a transferência de recursos
para a aquisição de ativos fixos, impostos sobre heranças e dívidas perdoadas. Por
exemplo, quando um estrangeiro adquire uma propriedade ou ativo fixo (como uma
fábrica ou equipamento) no país, a transação é registrada aqui.
194
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Política Cambial
BP: Conta Financeira
A CONTA FINANCEIRA contabiliza as transações que envolvem ativos e passivos
financeiros entre residentes e não-residentes, sendo dividido da seguinte forma:
Ø Investimentos diretos: Compõem os investimentos diretos a participação no
capital de empresas e os empréstimos intercompanhia, sendo caracterizado por uma
participação duradoura e um significativo grau de influência na direção da empresa.
Ø Investimentos em carteira: Registra os fluxos líquidos de ativos e passivos,
constituídos por valores mobiliários comumente negociados em mercados
secundários de títulos, como ações e dívidas (renda fixa).
Ø Derivativos: Registra os fluxos financeiros relativos à liquidação de haveres e
obrigações decorrentes de operações de swap, opções e futuros e os fluxos relativos
aos prêmios de opções.
Ø Outros investimentos: Representa o somatório dos valores líquidos dos ativos e
passivos relacionados a créditos comerciais, empréstimos e financiamentos, moeda e
depósito e outros ativos e passivos a curto e a longo prazos.
Ø Reservas: Ativos externos que estão prontamente disponíveis e controlados pela
autoridade monetária, para fins de financiamento de necessidades do Balanço de
Pagamentos, intervenção no mercado de câmbio e outros fins relacionados.
195
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Política Cambial
Balança de Pagamentos
A BALANÇA DE PAGAMENTOS é o saldo das contas externas de um país, registrando as
suas transações com os demais país do mundo e com isso, sabemos se está entrando ou
saindo recursos estrangeiros. No Brasil, os valores são expressos em dólares americanos,
mesmo quando são efetuados com países que não são os EUA. O seu cálculo é feito por
duas grandes contas, que são as TRANSAÇÕES CORRENTES e a CONTA CAPITAL &
FINANCEIRA.
Ø TRANSAÇÕES CORRENTES: São as entradas e saídas cotidianas de um país, como se
fosse a conta corrente de uma pessoa. Ela é subdividida em três outras contas:
§ Balança Comercial: Registra o comércio de bens (exportação e importação);
§ Balança de Serviços: É o saldo dos serviços, por exemplo, comércio de bens,
fretes, seguros e serviços governamentais. Aqui também se contabiliza a Conta
Turismo, que correspondente aos gastos dos turistas estrangeiros no Brasil,
descontada dos gastos que os brasileiros fazem quando estão viajando.
§ Rendas primária: Incluem os recebimentos de juros, dividendos ou salários.
§ Rendas Secundárias: Engloba as transferências unilaterais, com por exemplo,
transferência bancárias, remessas, doações entre residentes e não residentes.
Ø CONTA DE CAPITAIS: Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros
por residentes, venda de ativos a estrangeiros, além da Amortização de Dívidas.
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Política Cambial
Reservas Internacionais
As reservas monetárias internacionais, também chamadas de “reservas cambiais”, são os
ativos dos bancos centrais e autoridades monetárias, tais como, moedas estrangeiras
(dólar, euro, libra esterlina, ...), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário
Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro,
entre outros ativos.
Elas funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente à seus compromissos
financeiros (obrigações no exterior, emissão de moeda e financiar déficits temporários em
seus balanços de pagamentos) e a choques de natureza externa, tais como crises cambiais
e interrupções nos fluxos de capital para o país.
As reservas aumentam quando há um superávit no Balanço de Pagamentos (BP), ou seja,
quando a soma das “Transações Correntes”, “Conta de Capital” e “Conta Financeira”
forem positivas. Assim, em um economia sem intervenção do governo, ocorrerá uma
valorização da moeda local, diminuindo assim o valor da moeda estrangeira. Da mesma
forma, quando o Balanço de Pagamento for negativo, haverá uma diminuição de moeda
estrangeira no país, ocasionando um valorização do dólar (desvalorização da moeda local,
no caso do Brasil, uma desvalorização do Real).
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Política Cambial
Reservas Internacionais
REGIME ENTRADA DE DÓLARES SÁIDA DE DÓLARES
198
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Política Cambial
Swap Cambial e Swap Cambial Reverso
Swap é um derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas ou
rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos (neste caso, uma das partes
é o Banco Central), não ocorrendo transferências de ativos, mas sim um crédito ou débito
em moeda local no final da operação. Nesta operação, os indexadores serão a taxa Selic e
a variação cambial do dólar. Estas operações poderão ser de dois tipos:
Ø Swap Cambial: o Banco Central “vende” dólares com a obrigação de “recomprá-
los” no futuro, recebendo em troca a taxa de juros do período. Desta forma, o
governo age com o intuito de arrefecer uma alta do dólar.
Ø Swap Cambial Reverso: desta vez, o Banco Central está na ponta contrária ao
Swap Cambial. Ao invés de “vender” dólares, ele “compra” dólares para evitar uma
valorização do real (desvalorização do dólar), pagando ao investidor os juros do
período e recebendo a variação do dólar.
Nos dois casos, após a operação, analisa-se o resultado operacional da
valorização/desvalorização do dólar, havendo somente o pagamento/recebimento do
resultado financeiro.
199
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Política Cambial
Aplicação Prática
POLÍTICA OPERAÇÃO
q EXEMPLOS:
Ø Expansionista: Quando o Banco Central compra dólares, o governo pretende
deixar o dólar mais “caro”, pois pretende ESTIMULAR AS EXPORTAÇÕES e restringir
as importações, fazendo com que haja um AUMENTO no PIB, lembrando que uma
das variáveis do PIB é Balança Comercial (Exportação menos Importação).
Ø Contracionista: Quando o Banco Central vende dólares, o governo pretende deixar
o dólar mais “barato”, pois pretende ESTIMULAR AS IMPORTAÇÕES e restringir as
exportações, fazendo com que haja uma DIMINUIÇÃO no PIB, pois a Balança
Comercial será negativa.
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Política Cambial
Cupom Cambial
O CUPOM CAMBIAL pode ser definido como “a taxa de juros em dólar, que remunera
investimentos em moeda estrangeira feitos no Brasil”. É como se o investidor não
precisasse transformar seus recursos para reais, mantendo toda a aplicação em dólares.
Qualquer investidor poderá fazer essa aplicação através de duas formas, que são:
Ø Cupom Cambial Sujo (DDI): O valor do dólar inicial é calculado com base na PTAX,
sendo que ela utiliza a taxa média do dólar do dia anterior.
Ø Cupom Cambial Limpo (FRC): É retirado o efeito da variação cambial, substituindo
a PTAX do dia anterior pela operação da taxa do dólar spot.
Primeiramente iremos apresentar a fórmula direta do Cupom Cambial (taxa de juros
Brasil, dividida pela diferença do dólar futuro pelo dólar a vista). Depois iremos apresentar
a origem da fórmula, pois ela remete a fórmula dos juros compostos (valor presente
acrescido por uma certa taxa de juro). Outro ponto interessante é que estas taxas são
apresentadas ao ano e com isso, deveremos fazer as devidas conversões de taxas, sendo
que a taxa Brasil (Selic ou DI) possui conversão em juros compostos e base em 252 dias
úteis e a taxa do cupom cambial segue a regra americana, ou seja, conversão por juros
simples e base em 360 dias corridos.
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Política Cambial
Cupom Cambial: Fórmula 1
Para chegarmos no valor do cupom cambial, conforme fórmula abaixo, basta dividir a taxa
de juros Brasil do período pela variação do preço do dólar futuro em relação ao dólar a
vista. Mas para deixar mais fácil a compreensão do cálculo, iremos trazer um passo a
passo para o devido cálculo, conforme a seguir:
Ø (1) A TLR Brasil (taxa livre de risco: Selic ou DI) deverá ser convertida para o prazo
do período, utilizando a conversão por juros compostos e dias úteis (lembrando que
um ano possui 252 dias úteis).
Ø (2) Encontrar a variação do dólar, dividindo o dólar futuro pelo dólar spot.
Ø (3) Fazer a divisão da TLR Brasil do respectivo período, pela variação do dólar.
Ø (4) Converter a taxa encontrada para ano, devendo ser utilizada a conversão por
juros simples e através de dias corridos (um ano possui 360 dias corridos).
q FÓRMULA: !"
, + ./0 #$# @AB
!"#$% !'%()'* = −1 ?
1ó345 678759 C)'D E$FF)C$D
1ó345 4 :;<84
202
CFP® - Certified Financial Planner
Política Cambial
Cupom Cambial: Cálculo Fórmula 1
q EXEMPLO 1: O contrato futuro de dólar, com vencimento em 90 dias corridos (63 dias
úteis), está sendo negociado a R$ 2,10. Sabendo que o dólar spot está sendo negociado
a R$ 2,07, a taxa livre de risco Brasil está em 12,00%a.a, qual a taxa do Cupom Cambial?
q RESPOSTA: Perceba que o contrato apresentado está para 3 meses (90 dias corridos
e/ou 63 dias úteis), mas a taxa Brasil está apresentada ao ano. Diante disso, o primeiro
passo (1) é converter a taxa para o período do contrato (63 dias úteis). A segunda etapa é
saber (2) qual a diferente (em taxa) do dólar de hoje para o dólar futuro e para isso,
basta dividir os dois valores dos dólares, para posteriormente . Desta forma:
(1) TAXA BRASIL 63DU: (2) DÓLAR FUTURO POR (3) FÓRMULA
o 12 [i] DÓLAR A VISTA Com os valores de (1) e (2)
o 252 [n] o 2,10 [ENTER] calculados, iremos enxergar
o 63 o 2,07 [÷] aonde estes números são
o [R/S] R: 1,014493 aplicados na fórmula. Verás
R: 2,8737% = 1,028737 agora. que basta dividir e
converter para ano.
203
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Política Cambial
Cupom Cambial: Cálculo Fórmula 1
q EXEMPLO 1: O contrato futuro de dólar, com vencimento em 90 dias corridos (63 dias
úteis), está sendo negociado a R$ 2,10. Sabendo que o dólar spot está sendo negociado
a R$ 2,07, a taxa livre de risco Brasil está em 12,00%a.a, qual o valor do Cupom Cambial?
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,, B,KKLA LB
204
CFP® - Certified Financial Planner
Política Cambial
Cupom Cambial: Fórmula 2
Como foi dito, o Cupom Cambial faz parte da fórmula básica da matemática financeira de
juros compostos. Como assim? Exatamente isso, a fórmula básica nos diz que todo e
qualquer valor futuro parte do valor presente pela correção de uma certa taxa de juros e
o dólar futuro não é diferente.
Para chegamos no dólar futuro (Forward), basta termos o dólar a vista e multiplicarmos
por uma certa taxa. Mas qual taxa? Essa taxa será a divisão entre a taxa livre de risco
Brasil, dividida pela taxa do Cupom Cambial, conforme fórmula abaixo. Gostamos de
apresentar ela, pois os exames não costumam colocar a fórmula do Cupom Cambial nas
suas “listas de fórmulas”. No entanto, aqui teremos que fazer a parte algébrica,
necessitando “isolar” o Cupom Cambial para poder resolver o problema.
q FÓRMULA: PQ
, + ./0 HMH
!"#$%#& = ()"*×
21
, + 11×
345
205
CFP® - Certified Financial Planner
Política Cambial
Cupom Cambial: Cálculo Fórmula 2
q EXEMPLO 2: O contrato futuro de dólar, com vencimento em 90 dias corridos (63 dias
úteis), está sendo negociado a R$ 2,10. Sabendo que o dólar spot está sendo negociado
a R$ 2,07, a taxa livre de risco Brasil está em 12,00%a.a, qual o valor do Cupom Cambial?
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,, BHIJ@J
1 U$FV'FC = W#$X× 6 , + !!×B, HM =
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R$ H, ,B , + ,H% %,#$
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8 !!×B, HM = ,, B,KBK, − ,
,, BHIJ@J B, B,KBK,
4 ,, B,KKL@ = 9 !! =
, + !!×B, HM B, HM
206
CFP® - Certified Financial Planner
Política Cambial
Dólar Forward: Cálculo Fórmula 2
q EXEMPLO 3: Sabendo que faltam 90 dias corridos (63 dias uteis) para do contrato
futuro de dólar, que a taxa spot do dólar está em R$ 3,18, o cupom cambial em 6,00% ao
ano e a taxa livre de risco brasil em 11,25% ao ano, qual o valor do forward do dólar?
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, + ./0 #$#
,, BHJB,,
1 U$FV'FC = W#$X× 5 U$FV'FC = R$ @, ,I×
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2 U$FV'FC = R$ @, ,I× 6 U$FV'FC = R$ @, ,I×,, B,,I@@
LB
, + A%× @AB
4 ,, ,,HM %,#$
U$FV'FC = R$ @, ,I×
, + B, B,M
207
CFP® - Certified Financial Planner
4.2.3 Análise de Ciclos Econômicos
208
208
CFP® - Certified Financial Planner
Ciclos Econômicos
Conceito
Os Ciclos Econômicos referem-se às flutuações da atividade econômica no longo prazo. O
ciclo envolve uma alternância de períodos de crescimento relativamente rápido do
produto (recuperação e prosperidade), com períodos de relativa estagnação ou declínio
(contração ou recessão). Estes ciclos são caracterizados por inúmeras atividades
econômicas, tais como o PIB real e a taxa de desemprego. Definiu-se quatro fases para
um ciclo econômico. São eles:
Ø Declínio;
Ø Depressão;
Ø Recuperação;
Ø Boom (Pico).
209
CFP® - Certified Financial Planner
Ciclos Econômicos
As 4 Fases dos Ciclos Econômicos
As quatro principais fases dos ciclos econômicos são:
Ø Declínio (Contração / Recessão): Fase em que diminui o volume da produção e a
atividade empresarial. Caracteriza-se por um aumento do desemprego. Um país será
considerado em declínio quando se verificar uma quebra na atividade empresarial
(PIB negativo) durante dois trimestres consecutivos.
Ø Depressão (Fundo): É o "ponto mais baixo" ao qual caem a produção, a taxa de
desemprego aumenta e a taxa de inflação diminui com atraso (lag). Este período é
identificado quando o PIB tem uma queda muito acentuada (10% ou mais), gerando
muitos pedidos de Recuperação Judicial, alta taxa de desemprego e baixos níveis de
investimentos das empresas, por um longo período.
Ø Recuperação (Expansão): Ocorre após se chegar ao ponto mais baixo da
depressão. Esta fase se caracteriza pelo aumento da produção e diminuição da taxa
de desemprego. Enquanto a economia não atingir a capacidade produtiva plena, o
nível de inflação será baixo.
Ø Boom (Pico): É o ponto mais alto de todas as fases do ciclo econômico. A taxa de
desemprego atinge o nível mínimo ou mesmo desaparece, a economia opera em
potência plena e todos os recursos de trabalho e capital disponíveis no país são
engajados na produção. Via de regra, a inflação tende a aumentar nesse período.
210
CFP® - Certified Financial Planner
Ciclos Econômicos
Exemplo em Gráfico
EUA China
Alemanha
México
Japão
Itália
Brasil
Tendência de Crescimento
no longo prazo
211
CFP® - Certified Financial Planner
4.3 Normas e Regulação
212
212
CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro
Bacen e CVM
Conforme mencionamos, o Banco Central e CVM também fazem parte da fiscalização e
combate a lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, no qual chamaremos a
partir de agora de PLD-FT (Prevenção a Lavagem de Dinheiro & Financiamento do
Terrorismo).
As regras do Bacen, através da circular 3.978, dispõe sobre a política, os procedimentos e
os controles internos a serem adotados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil visando à prevenção da utilização do sistema financeiro para a
prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a
Lei nº 9.613/98 e de financiamento do terrorismo, previsto na Lei nº 13.260/16.
A CVM, através da Resolução CVM 50/21, dispõe sobre a PLD-FT no âmbito do mercado
de valores mobiliários; o estabelecimento da política de PLD-FT, da avaliação interna de
risco e de regras, procedimentos e controles internos; a identificação e o cadastro de
clientes, assim como as diligências contínuas visando à coleta de informações
suplementares e, em especial, à identificação de seus respectivos beneficiários finais; o
monitoramento, a análise e a comunicação das operações e situações mencionadas nesta
Instrução; e o registro de operações e manutenção de arquivos.
215
CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro
COI: As 3 fases
O crime de Lavagem de Dinheiro ocorre em três etapas basicamente, no qual, muitas
vezes, não são tão simples de se identificar, pois os criminosos acabam fazendo diversas
operações de lavagem de dinheiro e não apenas uma. Estas etapas são chamadas de:
(1) COLOCAÇÃO: Essa é a primeira etapa e os criminosos têm como objetivo inserir
o dinheiro no sistema financeiro. Eles tentam dificultar a identificação da
procedência do dinheiro, com técnicas como: fracionar os valores em pequenos
depósitos, compra de bens ou de instrumentos negociáveis, utilização de
estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie.
(2) OCULTAÇÃO: A segunda etapa consiste em dificultar o rastreamento contábil
dos recursos ilícitos, quebrando a cadeia de evidências ante a possibilidade da
realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam
movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas ou
de terceiros (vulgo laranjas), preferencialmente, em países com lei de sigilo bancário;
(3) INTEGRAÇÃO: na última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao
sistema econômico. As organizações criminosas prestam serviços entre si ou buscam
investir em empreendimentos que facilitem suas atividades. Uma vez formada a
cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
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CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
COAF: Funções
As PRINCIPAIS FUNÇÕES DO COAF são:
Tem como finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber,
examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta
Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
Deverá coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações
que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de
bens, direitos e valores.
Poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações cadastrais
bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas.
Comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos
cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados
indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
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CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
Penalização
Às pessoas que incorrem do crime de Lavagem de dinheiro, terão de Pena de reclusão (de
3 a 10 anos) e multa pecuniária aplicada pelo COAF, sendo variável não superior ao:
Dobro do valor da operação;
Dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da
operação; ou
Valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
Além das penas pecuniárias, é possível haver sanções não pecuniárias, sendo elas:
Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das respectivas pessoas jurídicas;
Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou
funcionamento.
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CFP® - Certified Financial Planner
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Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
Penalização
O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei (9.613/98):
Obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos
com reclusão, da competência do juiz singular;
Independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda
que praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos
nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento;
São da competência da Justiça Federal:
▪ Quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de
suas entidades autárquicas ou empresas públicas;
▪ Quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal.
O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público (MP) ou mediante representação
do delegado de polícia, ouvido o MP em 24 horas, havendo indícios suficientes de infração
penal, poderá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado
ou acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento,
produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais antecedentes.
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Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
Penalização
Quando os processos forem de COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL E DA JUSTIÇA DO
DISTRITO FEDERAL, deverão seguir os seguintes critérios:
Os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou em instituição
financeira pública, mediante documento adequado para essa finalidade;
Os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal ou por outra
instituição financeira pública para a Conta Única do Tesouro Nacional,
independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 horas; e
Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por instituição financeira
pública serão debitados à Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de
restituição.
Já nos processos de COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DOS ESTADOS:
Os depósitos serão efetuados em instituição financeira designada em lei,
preferencialmente pública, de cada Estado ou, na sua ausência, em instituição
financeira pública da União;
Os depósitos serão repassados para a conta única de cada Estado, na forma da
respectiva legislação.
224
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Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
Comunicação de Operações Financeiras
As pessoas ligadas ao mecanismo de controle deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de
dar ciência de tal ato a qualquer pessoa (inclusive ao cliente), NO PRAZO DE 24 (VINTE E
QUATRO) HORAS, a proposta ou realização, sendo que esta comunicação deverá ser feita
através do SISCOAF (Sistema de Controle de Atividades Financeiras).
Essas pessoas deverão comunicar ao COAF toda transação em moeda nacional ou
estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo
passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
competente e nos termos de instruções por esta expedidas. Segundo a circular do Banco
Central, deve ser comunicado até o próximo dia útil, além das operações suspeitas, as
seguintes operações em espécie:
as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque em espécie de valor igual
ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
as operações relativas a pagamentos, recebimentos e transferências de recursos,
por meio de qualquer instrumento, contra pagamento em espécie, de valor igual ou
superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); e
a solicitação de provisionamento de saques em espécie de valor igual ou superior a
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
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Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613
Manutenção dos Registros
As pessoas sujeitas ao mecanismo de controle:
Identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de
instruções emanadas das autoridades competentes;
Manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e
valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser
convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e
nos termos de instruções por esta expedidas;
Deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu
porte e volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto da Lei, na
forma disciplinada pelos órgãos competentes;
Deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou
fiscalizador e, na falta deste, no COAF, na forma e condições por eles estabelecidas;
Deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e
condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo
das informações prestadas.
❑ OBS: Os cadastros e registros deverão ser conservados durante o período mínimo de
dez anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação.
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PLD-FT – Bacen Circular 3.978/20
Circular 3.978/20
A circular 3.978 do Bacen, que entrou em vigor em 2020, compilou diversas circulares,
mas também “desengessou” o modelo controles sobre a PLD-FT a serem adotados pelas
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Agora as próprias
instituições financeiras devem implementar e manter uma política formulada com base
em princípios e diretrizes que busquem prevenir a utilização da sua instituição financeira
para práticas desses crimes. Essa política deve ser compatível com os perfis de risco:
dos clientes
da instituição,
das operações, transações, produtos e serviços; e
dos funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados.
Esta nova política deverá ser aprovada pelo Conselho de Administração da instituição ou,
na falta deste, por sua diretoria. Além disso, esta circular exige a criação de uma estrutura
de governança para assegurar o cumprimento da referida política, DEVENDO SER
INDICADO AO BACEN O DIRETOR RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO DAS NOVAS
OBRIGAÇÕES INTRODUZIDAS POR ESSA CIRCULAR. Vale ressaltar o diretor mencionado
pode desempenhar outras funções na instituição, desde que não haja conflito de
interesses.
230
CFP® - Certified Financial Planner
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PLD-FT – Bacen Circular 3.978/20
Circular 3.978/20
A AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE citada anteriormente, significa que as instituições devem
avaliar a efetividade da política, dos procedimentos e dos controles internos. Esta
avaliação deve ser documentada em relatório específico e deve ser
Ø elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro; e
Ø encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguinte ao da data-base:
§ ao comitê de auditoria, quando houver; e
§ ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da instituição.
Este relatório deve conter informações que descrevam:
Ø a metodologia adotada na avaliação de efetividade;
Ø os testes aplicados;
Ø a qualificação dos avaliadores; e
Ø as deficiências identificadas.
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PLD-FT – Bacen Circular 3.978/20
Processo de Identificação dos Clientes
As pessoas ligadas ao mecanismo de Controle devem implementar procedimentos
destinados a conhecer seus clientes, incluindo procedimentos que assegurem a devida
diligência na sua identificação, qualificação e classificação. Esses procedimentos devem
ser compatíveis com:
o perfil de risco do cliente, contemplando medidas reforçadas para clientes
classificados em categorias de maior risco, de acordo com a avaliação interna de
risco;
a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo;
a avaliação interna de risco.
Além disso, as instituições financeiras deverão identificar seus clientes, representantes e
manter cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades
competentes. Tratando de investidor Pessoa Jurídica, as informações cadastrais devem
abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-los, todos seus controladores,
diretos e indiretos, e as pessoas naturais que sobre eles tenham influência significativa,
até alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final (salve exceções, por
exemplo, empresas S/A de capital aberto).
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CFP® - Certified Financial Planner
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CFP® - Certified Financial Planner
PLD-FT – Bacen Circular 3.978/20
Registro das Operações
As instituições financeiras devem manter registros de todas as operações realizadas,
produtos e serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos,
recebimentos e transferências de recursos, devendo conter, no mínimo, as seguintes
informações sobre cada operação:
Tipo;
Valor, quando aplicável;
Data de realização;
Nome;
CPF ou CNPJ do beneficiário da operação (valores acima de R$ 2.000,00);
Canal utilizado.
As instituições financeiras devem requerer dos sacadores clientes e não clientes
solicitação de provisionamento com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das
operações de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de pagamento,
de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Vale ressaltar que devem
manter registro de todas as operações, inclusive nas situações em que a operação ocorrer
no âmbito da mesma instituição.
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CFP® - Certified Financial Planner
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CFP® - Certified Financial Planner
PLD-FT – Bacen Circular 4.001/20
Operações Suspeitas (I)
Através da Carta Circular Nº 4.001, o Bacen divulga uma relação de operações e situações
que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes de lavagem de dinheiro. A lista é
muito vasta, mas também muito interessante de ser lida, pois ela é construída através de
casos reais. Diante de tantos exemplos, selecionamos os que entendemos serem os mais
relevantes:
Depósitos, aportes, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer
outro instrumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem
atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a
sua capacidade financeira;
Depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que exerçam atividade
comercial relacionada com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como
obras de arte, imóveis, barcos, joias, automóveis ou aeronaves;
Depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou
ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em
maços desorganizados e não uniformes;
Depósitos em espécie relevantes em contas de servidores públicos e de qualquer
tipo de Pessoas Expostas Politicamente (PEP);
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CFP® - Certified Financial Planner
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CFP® - Certified Financial Planner
PLD-FT – Bacen Circular 4.001/20
Operações Suspeitas (III)
(...) continuação:
Informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas naturais,
sem demonstração da existência de relação familiar ou comercial;
Negociações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques de viagem
denominados em moeda estrangeira, que não apresentem compatibilidade com a
natureza declarada da operação;
Negociações envolvendo taxas de câmbio com variação significativa em relação às
praticadas pelo mercado;
Saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência
eletrônica de várias origens em curto período de tempo;
Registro de mesmo endereço de e-mail ou Internet Protocol (IP) por pessoas
naturais ou jurídicas, sem justificativa razoável para tal ocorrência.
Este são alguns de tantos exemplos que criminosos utilizam para burlar o sistema. Vale
ressaltar que, estes atos quando justificáveis, não caracterizam como operações suspeitas,
como por exemplo, se houver uma enchente em uma cidade e um marceneiro depositar
R$ 2.000,00 em notas molhadas um dia depois, isso não deverá ser considera como uma
operação suspeita.
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CFP® - Certified Financial Planner
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PLD-FT – CVM 50/21
Cadastro e Identificação de Beneficiário Final
As pessoas ligadas ao mecanismo de controle de PLD-FT que tenham relacionamento
direto com o investidor devem identificá-lo, manter seu cadastro atualizado. Elas devem
continuamente difundir perante seus clientes a importância da manutenção de seus
dados cadastrais atualizados, disponibilizando canais para que esses investidores e seus
representantes, conforme o caso, comuniquem quaisquer atualizações, observado que o
cadastro deve constar declaração, datada e assinada pelo investidor de o mesmo se
compromete a informar, no prazo de 10 (dez) dias, quaisquer alterações que vierem a
ocorrer nos seus dados cadastrais.
Vale ressaltar que as informações cadastrais relativas a clientes classificados como pessoa
jurídica, exceto pessoas jurídicas com valores mobiliários de sua emissão admitidos à
negociação em mercado organizado e os fundos de investimento registrados na CVM,
devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-los, todos seus
controladores, diretos e indiretos, e as pessoas naturais que sobre eles tenham influência
significativa, até alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final. O
percentual de participação mínimo que caracteriza o controle direto ou indireto,
observado que, exclusivamente para fins de cumprimento da lei, o percentual não pode
ser superior a 25% (vinte e cinco por cento) da participação.
242
CFP® - Certified Financial Planner
243
CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro
Conselho de Segurança das Nações Unidas
A LEI 13.810 dispõe sobre o cumprimento de sanções impostas por resoluções do
Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), incluída a indisponibilidade de ativos
de pessoas naturais e jurídicas e de entidades, e a designação nacional de pessoas
investigadas ou acusadas de terrorismo, de seu financiamento ou de atos a ele
correlacionados; e revoga a Lei nº 13.170, de 16 de outubro de 2015.
Esta lei faz com que às instituições reguladas pela CVM e pelo BACEN devam:
monitorar listas de sanções CSNU;
dispor de controles aptos a efetivar imediatamente bloqueio de ativos; e
comunicar imediatamente a indisponibilidade de ativos e as tentativas de sua
transferência ao BACEN ou CVM (conforme aplicável), ao Ministério da Justiça e
Segurança Pública e ao Coaf.
Da mesma forma, o Ministério da Justiça e Segurança Pública também deve ser
comunicado sem demora sempre que, por qualquer razão, a instituição regulada deixar
de dar cumprimento imediato às medidas de indisponibilidade determinadas pelo CSNU
ou designadas por seus comitês de sanções.
244
CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro
Pessoas Expostas Politicamente (PEP)
São consideradas Pessoas Expostas Politicamente (PEP) aquelas que desempenham ou
tenham desempenhado, nos últimos 5 (cinco) anos, cargos, empregos ou funções públicas
relevantes, no Brasil ou em outros países, territórios e dependências estrangeiros, assim
como seus representantes, familiares (parentes, na linha direta, até o segundo grau, o
cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada) e outras pessoas de seu
relacionamento próximo.
As instituições financeiras devem obter de seus clientes permanentes informações que
permitam caracterizá-los ou não como PEP e identificar a origem dos fundos envolvidos
nas transações dos clientes assim caracterizados, devendo dedicar especial atenção com
pessoas politicamente expostas oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado
número de transações financeiras e comerciais, fronteiras comuns ou proximidade
étnica, linguística ou política.
O Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do
Terrorismo (GAFI/FATF), organismo internacional no qual o Coaf representa o Brasil,
enaltece que as medidas envolvendo PEP são preventivas e não devem ser interpretadas
como uma forma de classificar PEP como pessoas com potencial de se envolver em
atividade suspeita.
245
CFP® - Certified Financial Planner
Lavagem de Dinheiro
Exemplos de PEP
PESSOAS NO BRASIL QUE SEJAM: PESSOAS NO EXTERIOR QUE SEJAM:
I – Ministros, Deputados e Senadores; I – Chefes de estado ou de governo;
II – Presidente, Vice-presidente e Diretor de II – Políticos de escalões superiores;
entidades da administração pública ou de III – Ocupantes de cargos
economia mista; governamentais de escalões superiores;
III - Membros do STF e tribunais superiores; IV – Oficiais generais e membros de
IV - Membros do Conselho Nacional do escalões superiores do poder judiciário;
Ministério Público; V – Executivos de escalões superiores de
V - Membros do TCU União; empresas públicas;
VI - Presidentes e Tesoureiros de partidos VI – Dirigentes de partidos políticos.
políticos;
VII – Governadores, Deputados, Prefeitos e
Vereadores.
246
CFP® - Certified Financial Planner
248
CFP® - Certified Financial Planner
249
CFP® - Certified Financial Planner
Crimes no Mercado de Capitais
Insider Trading: Exemplo
Para deixar mais claro o crime de Insider Trading, vamos trazer dois exemplos:
Exemplo 1: o MPF-SP denunciou Eike Batista por uso de informações privilegiadas,
pois ele teria vendido ações sem informar perspectivas negativas da OSX. Segundo o
MPF, o empresário obteve um lucro de R$ 8,7 milhões ilegalmente. Com isso, Eike
Batista foi denunciado pelo crime de INSIDER TRADING PRIMÁRIO.
Exemplo 2: Gustavo, diretor da empresa XYZ, comenta a seu irmão Rodrigo, que a
sua empresa será comprada pelo dobro do valor que está sendo negociada na bolsa
de valores. Com isso, seu irmão compra as ações antes desta notícia ser divulgada ao
mercado financeiro, tendo um lucro por esta informação privilegiada (insider
information). Após a operação, Rodrigo repassa parte do lucro ao seu irmão Gustavo.
Desta forma, por terem tido um benefício ao utilizar uma informação privilegiada,
Gustavo e Rodrigo cometeram o crime de Insider Trading. No entanto, Gustavo
(diretor) seria considerado um “INSIDER PRIMÁRIO” e Rodrigo (irmão), seria
considerado um “INSIDER SECUNDÁRIO”.
250
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251
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Crimes no Mercado de Capitais
Repasse de Informação
Outra forma de ser enquadro pelo crime de uso indevido de informação privilegiada está
relacionada, não a utilizam para si, mas sim, ao REPASSE DE INFORMAÇÃO. O código
penal diz que “incorre na mesma pena, quem repassa informação sigilosa relativa a fato
relevante a que tenha tido acesso em razão de cargo ou posição que ocupe em emissor
de valores mobiliários ou em razão de relação comercial, profissional ou de confiança
com o emissor”.
Desta forma, por exemplo, se o diretor financeiro de uma companhia repassa uma
informação privilegiada a um amigo, ele estará incorrendo do crime de “Uso indevido de
informação privilegiada” por “REPASSE DE INFORMAÇÃO”, mesmo não sendo beneficiado
financeiramente. Caso seja beneficiado financeiramente, seria classificado por “INSIDER
PRIMÁRIO”.
252
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4.4 Fundamentos de Finanças
253
253
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Matemática Financeira
Conceito
A MATEMÁTICA FINANCEIRA é uma área da matemática para calcular o valor do dinheiro
no tempo, ou seja, quanto um valor hoje deverá valer no futuro ou quanto um valor
futuro deveria valer hoje. A partir de diferentes fórmulas é possível mensurar este valor e
ter uma melhor compreensão sobre finanças e com isso, utilizar melhor o dinheiro para
realizar investimentos, como por exemplo, decidir se é melhor comprar um veículo a vista
ou tomar uma empréstimo; quanto necessito acumular todos os meses para atingir meu
objetivo ou até mesmo, qual o valor de uma empresa hoje baseado nos lucros futuros.
254
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Matemática Financeira
Definições
As principais definições para este início são:
Ø CAPITAL (C): Também chamado de Valor Presente (PV), representa o valor do
dinheiro hoje. Este valor pode ser de um investimento, dívida ou empréstimo.
Ø JUROS (J): Representam os valores gerados pela remuneração do capital inicial.
Podemos dizer que eles são o custo do dinheiro, podendo ser gerados por uma
aplicação (ou empréstimo) ou ainda pela diferença entre o valor à vista e o valor
pago prazo de uma compra, ou até mesmo de um pagamento de um tributo. Aqui
entrará os TIPOS DE JUROS (Juros Simples ou Juros Compostos).
Ø TAXA DE JUROS (i): É o percentual aplicado sobre os fluxos de caixa, também
chamado de custo ou remuneração do dinheiro. Ela sempre será associada a um
certo prazo (n), podendo ser ao dia, ao mês, ao bimestre, ao ano...
Ø PRAZO (n): é o tempo do “problema” apresentado. Vale ressaltar que no
momento do cálculo, o prazo (n) e a taxa de juros (i) devem estar no mesmo período.
Por exemplo, 2% ao mês aplicados por 24 meses (e não em 2 anos).
Ø MONTANTE (M): Também chamado de Valor Futuro (FV), representa o capital
inicial, mais os juros acrescidos.
255
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q Exemplo: Qual o valor a ser aplicado hoje, para que em 48 meses, a uma taxa de 10%
ao ano, eu tenha R$ 146.410,00?
Ø (1) Zerar os registros da HP 12C! Pressione [f][CLX]
Ø (2) Digite [146.410] e pressione [FV]
Ø (3) Digite [10] e pressione [i]
Ø (4) Digite [48] e [ENTER], digite [12], pressione [÷] e pressione [n]
Ø (5) Aperte [PV]
Ø Resposta: -100.000,00
256
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HP 12C – Valor Futuro (FV)
Conceito
Valor Futuro (FV) é o valor da soma de uma série de fluxos de caixa futuros, acrescidos
por uma taxa de juros durante um período, ou seja, o quanto valeria esse fluxo no
vencimento desse fluxo (último dia).
q OBS: A resposta desta vez está negativa, pois o valor inserido no PV foi positivo (entrou
R$ 100 mil na nossa conta do banco) e precisamos pagar (saída de caixa) de
R$ 146.410,00.
257
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CONVENÇÃO:
R$1.051 Valor
Futuro Ø Seta para cima: Entrada de recursos,
ou seja, resgates de aplicações e
0
tomadas de empréstimos);
5 Mês
1 2 3 4 Ø Seta para baixo: Saída de recursos,
ou seja, aplicações financeiras e
R$ 1.000 Valor Presente pagamentos de dívidas.
258
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Regimes de Capitalização: Juros Simples
Conceito
No Regime de Capitalização Simples, também conhecido como Regime de Juros Simples,
os juros incidem somente sobre o capital inicial. Desta forma, os cálculos só podem ser
executados se o tempo de aplicação n for expresso na mesma unidade de tempo a que se
refere a taxa i, ou seja, considerando o prazo em ano, a taxa deve ser ao ano; prazo em
mês, taxa ao mês, etc. As suas fórmulas são:
Ø FV (M) = C + J
ØJ=C×i×n
Ø FV (M) = C + (C × i × n) ou
Ø FV (M) = C × (1 + i × n)
Sendo que:
§ J = Juros;
§ C = Capital ou Valor Presente (PV)
§ FV (M) = Montante ou Valor Futuro
§ i = taxa de juros
§ n = prazo ou período
259
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Principal R$ 100.000,00
Após 1 ano 100.000 + (1 × 0,10) × 100.000 = 110.000
Após 2 anos 100.000 + (2 × 0,10) × 100.000 = 120.000
Após 3 anos 100.000 + (3 × 0,10) × 100.000 = 130.000
Após 4 anos 100.000 + (4 × 0,10) × 100.000 = 140.000
260
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Regimes de Capitalização: Juros Simples
Exemplo
Qual a taxa anual que devemos ter para obter R$ 40.000,00 de juros após 4 anos , se
aplicarmos R$ 100.000,00 no Regime de Capitalização Simples?
J=C×i×n
q SOLUÇÃO DO PROBLEMA:
Ø (1) J = C x i x n
Ø (2) R$ 40.000,00 = R$ 100.000,00 × i × 4 anos
!$ $%.%%%,%%
Ø (3) i =
!$ (%%.%%%,%% ×$ *+,-
261
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262
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Regimes de Capitalização: Juros Compostos
Conceito
No Regime de Capitalização Composta, também conhecido como Regime de Juros
Composto, os Juros incidem sobre o capital acrescido dos juros do período anterior e é
por este motivo, que falamos que são “juros sobre juros”. Da mesma forma como nos
juros simples, os cálculos só podem ser executados se o tempo de aplicação n for
expresso na mesma unidade de tempo a que se refere a taxa i, ou seja, considerando o
prazo em ano, a taxa deve ser ao ano; prazo em mês, taxa ao mês, etc.
Sendo que:
§ PV = Valor Presente
§ FV = Valor Futuro
§ i = taxa de juros
§ n = prazo ou período
263
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Principal R$ 100.000,00
Após 1 ano 100.000 + (0,10) × 100.000 = 110.000
Após 2 anos 110.000 + (0,10) × 110.000 = 121.000
Após 3 anos 121.000 + (0,10) × 121.000 = 133.100
Após 4 anos 133.100 + (0,10) × 133.100 = 146.410
264
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Regimes de Capitalização: Juros Compostos
Exemplo: HP 12C
Qual a taxa de juros compostos de uma aplicação de R$ 100.000,00 para que se tenha
R$ 500.000,00 em um prazo de 5 anos?
Ø (1) Zerar os registros da HP 12C! Pressione [f][CLX]
Ø (2) Digite [100.000] [CHS] e pressione [PV] → aplicação = saída de caixa
Ø (3) Digite [500.000] e pressione [FV] → recebimento = entrada de caixa
Ø (4) Digite [5] e pressione [n]
Ø (5) Aperte [i]
Ø RESPOSTA: 37,97% ao ano
q OBS: sabemos que a taxa está em ano, pois o prazo (n) foi inserido em anos: 5 anos. O
prazo e a taxa SEMPRE devem estar no mesmo período (taxa em ano, prazo em ano; prazo
em dias, taxa em dias).
265
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q Regra do QUERO/TENHO:
Ø iQ = taxa de juros que desejamos encontrar (taxa que “eu quero”).
Ø iT = taxa de juros que já sabemos (taxa que “eu tenho”).
Ø q = período em que está expressa a taxa que pretendemos encontrar (prazo que
“eu quero”).
Ø t = período em que está expressa a taxa que já sabemos (prazo que “eu tenho”).
266
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Equivalência de Taxas: Juros Compostos
Modelo 1: Fórmula
Qual a taxa equivalente ao mês de 12% ao ano?
Ø Resposta: 0,948879
267
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Este método é sendo pela programação inserida (LIVRO APRESENTAÇÃO). Caso “limpe” a
programação (f PRGM) ou haja algum outro problema, será necessário inserir o passo-a-
passo novamente.
268
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Equivalência de Taxas: Juros Compostos
Modelo 2: Programação da HP-12
PRESSIONAR OBJETIVO VISOR
F R/S P/R: Entrar no modo de programação 00-
F R↓ PRGM: Limpar memória de programas anteriores 00-
STO 0 Guardar o prazo desejado na memória “0” 01- 44 0
RCL i Busca o valor digitado na taxa 02- 45 12
1 % Divide a taxa por 100 04- 25
1 + Soma 1 com a taxa unitária 06- 40
RCL 0 Busca o valor do prazo que quero 07- 45 0
RCL n Busca o valor do prazo que tenho 08- 45 11
÷ Divide os dois prazos 09- 10
Yx Eleva a taxa unitária somado 1, a razão das taxas 10- 21
1 - Subtrai 1 do resultado obtido 12- 30
1 13- 1
0 14- 0
Multiplica o resultado por 100, a fim de transformar a taxa unitária em percentual
0 15- 0
X 16- 20
G R↓ GTO: Retorna a primeira linha de programação. 17-43.33.00 (GOLD)
00 ou 000 Observação: usar “00” para HP (dourada) e “000” para HP Platinum. 017.43.33.000 (PLAT)
269
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Já a TAXA REAL é dada pela diferença entre a TAXA NOMINAL e a INFLAÇÃO. Ela será a
taxa que realmente terá gerado de riqueza para o investidor. Como o dinheiro somente é
um meio troca, uma forma de pagamento, o que importa de verdade é o quanto ele está
comprando de bens e de serviços e não o seu valor nominal, mas sim o seu valor real.
Por exemplo, imagine que você tenha R$ 100, uma maçã custe R$ 1,00 e haja uma
aplicação financeira no banco que renda 15% por 1 ano. Hoje você poderia comprar 100
maçãs, mas caso você aplique no banco, no próximo ano terá R$ 115,00. Porém, se a fruta
estiver R$ 1,10 (aumentou seu preço em 10%), você comprará 104,5 maçãs, ou seja, o seu
ganho REAL por ter investido no banco, será de 4,5 maçãs (4,5%). Perceba que por se
tratar de juros compostos, não foi feito uma subtração da inflação pela da taxa nominal
(15% menos 10%), mas sim, uma divisão de taxas que te ensinaremos a seguir.
270
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Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real
Fórmula
Para calcularmos a taxa real, utilizamos a fórmula de Fischer:
1 + #$%$ ,-./0$)
#$%$ '($) = − 1 ×100
1 + 102)$çã-
Mas não se preocupe, te ensinaremos de uma forma fácil como calcular pra prova!
271
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272
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Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real
Cálculo da Taxa Real: Modelo 2
Neste modelo, vamos calcular através das teclas [n], [i], [PV] e [FV], da seguinte forma:
Ø n: sempre receberá o valor [1]
Ø PV: aqui será inserido o valor da inflação, adicionado o valor 100. Este valor deverá
ser inserido como sendo negativo, ou seja, clicando em [CHS]
Ø FV: aqui será inserido o valor da taxa nominal, adicionado o valor 100
Ø PMT: não precisa inserir nada, já que sempre iremos zerar a HP antes do cálculo
Ø i: nossa resposta
q EXEMPLO: Qual a taxa real de uma aplicação que rendeu 15% e a inflação foi 10%?
Ø [f] [CLx] → zerar a hp-12c
Ø 100 [ENTER] 10 [+] [CHS] [PV] → Lançar o número “- 110”, entrada negativa
Ø 100 [ENTER] 15 [+] [FV] → Lançar o número “115”, entrada positiva
Ø 1 [n] → Prazo sempre será 1
Ø [i] → Esta será a nossa resposta: 4,55%
q OBS: Esta maneira de calcular serve para toda vez que for necessária “descontar
taxas” (divisão de taxas) em juros compostos.
273
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q EXEMPLO: Qual foi o retorno de uma NTN-B que está remunerando 4,55% + IPCA,
sabendo que a inflação do período foi de 10%?
Perceba que estes são os números que utilizamos até agora nos nossos exemplos: 10%
sendo a inflação e 4,55% a taxa real. Desta forma:
Ø 100 [ENTER] → numero que utilizaremos para a nossa base
Ø 4,55 [%] [+]→ estamos somando a taxa real na nossa base
Ø 10 [%] [+] → estamos crescendo 10% o número anterior
Ø 100 [-] → estamos descontando a nossa base
Ø Resposta: 15% é a nossa taxa nominal
274
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Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Conceito
A estrutura a termo de taxas de juros (ETTJ), também chamada de curva de juros,
representa a expectativa de retornos nas aplicações de renda fixa, levando em
consideração a relação entre tempo e taxa. A ideia é conseguir compreender que cada
período de tempo possui uma certa taxa e que os retornos não são sempre os mesmos
em todo o período (mesmo que a gente acredite nisso).
Por exemplo, imagine que estamos no início de 2021 e que a expectativa de juros para
Brasil no ano de 2021 seja de 2% e a que a expectativa de juros para o ano de 2022 seja
de 3%. Se você aplicar hoje R$ 100,00 e tiver esses retornos, ao final do ano de 2021 terá
R$ 102,00 e ao final de 2022, terá R$ 105,06 (3% sobre os R$ 102,00), ou seja, terá um
retorno total de 5,06% para todo o período (ou 2,498780% por ano → conversão de taxa).
Tecnicamente a taxa SPOT do ano 1 é de 2%, que a taxa a TERMO entre os anos 1 e 2 é
de 3% e que a taxa SPOT dos dois primeiros anos é de 2,498780% por ano. Diante disso,
podemos compreender que taxa SPOT é uma taxa que inicia HOJE e que taxa a termo é
uma taxa que NÃO inicia hoje. Outro ponto relevante é que mesmo a gente dizendo que a
taxa spot de 2 anos é de 2,498780% ao ano, isso não quer dizer que rendeu essa taxa
TODOS os anos, pois ela foi uma composição de taxas (2% ano 1 e 3% no ano 2).
275
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276
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Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Fórmula
Como a ETTJ é uma curva de juros (juros compostos), a sua fórmula se baseia na
multiplicação de cada fator de retorno para se encontrar o retorno total do período. Após
isso, apresentamos o retorno total do período ao ano.
Sabemos que a grande maioria, quando olha a fórmula apresentada abaixo, sente
calafrios. Mas não se preocupe, pois podemos transformar todos os cálculos exigidos na
fórmula em “soma” e “subtração”. Ou seja, será mais importante a compreensão do
conteúdo e saber montar os gráficos, do que decorar a devida fórmula.
q FÓRMULA:
(" + $! )! = " + $" × " + )# × ⋯×(" + )! )
277
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2% 3% 4%
???
278
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Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Exemplo 1: Resposta
Para encontrarmos a TAXA SPOT 0-3, vamos encontrar o retorno total e depois anualizar:
(1) RETORNO TOTAL DO PERÍODO DE 0 A 3: (2) TAXA SPOT 0-3:
§100 [ENTER] § 9,26 [i]
§ 2 [%] [+] § 3 [n]
§ 3 [%] [+] §1
§ 4 [%] [+] § [R/S]
§ 100 [-] R: 2,997% ao ano
R: 9,26%
2% 3% 4%
0 (hoje) 3 anos
1 ano 2 anos
9,26% TOTAL
= 2,997% a.a
279
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??? 3% 4%
9,26% ao período
de 3 anos
280
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Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Exemplo 2: Cálculo HP12C
Como percebemos, (1) a taxa total de um período é o somatório das taxas
intermediárias, e (2) um “pedaço” dessa taxa é a taxa total subtraída das taxas que não
queremos, lembrando que em juros compostos, “subtração” significa “divisão”.
HP 12C: Parte que deve ser subtraída: HP 12C: Taxa Spot desejada
Ø 100 [ENTER] Ø 109,26 [FV]
Ø 3 [%] [+] Ø 107,12 [CHS] [PV]
1 Ø 4 [%] [+] 2 Ø 1 [n]
Ø 100 [-] Ø clicar em i
Ø Resposta: 7,12% Ø Resposta final: 2% a.a
281
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Para saber o valor que o cliente está antecipando, basta agora subtrair o “Desconto” do
valor nominal (valor futuro):
282
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Desconto Bancário e Comercial (ou por fora)
Gráfico
R$ FV = Preço Futuro,
Valor de Nominal
PV = Valor Atual
D = Desconto
n
tempo
(período de antecipação)
283
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q RESPOSTA:
Ø Primeiramente, devemos calcular o desconto
o Desconto = (Valor Nominal) × (Taxa de juros) × (Prazo)
o Desconto = (R$ 3.000,00) × (2% ao mês) × (6 meses)
o Desconto = R$ 360,00
Ø A partir do desconto, subtraímos este resultado do valor nominal
o Valor Presente = (Valor nominal) – (Desconto)
o Valor Presente = 3.000,00 – R$ 360,00
o Valor Presente = R$ 2.640,00
284
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Série de Pagamentos (PMT)
Conceito
Séries de pagamentos, também chamadas de renda certa ou ANUIDADE, são nomes
dados à sequência de pagamentos, que tem por objetivo a quitação de empréstimos
(amortização) de forma parcelada, ou a formação de um montante (capitalização) para
utilização futura. Elas podem ser:
Ø Finitas: no caso de existir uma última prestação;
Ø Infinitas (Perpetuidade): quando NÃO existir uma última prestação.
285
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q RESPOSTA:
Ø Zerar os registros da HP 12C! Pressione [f][CLX]
Ø Digite [200.000][CHS] e pressione [PV]
Ø Digite [0,5] e pressione [i]
Ø Digite [20] e [ENTER], digite [12], pressione [x] e pressione [n]
Ø Digite [1.000.000] e pressione [FV]
Ø Aperte [PMT]
Ø Resposta: -R$ 731,45
286
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Série de Pagamentos (PMT)
Observações Importantes 1
Normalmente, em casos de acumulação para retirada futura, Valor Presente (PV) e
Pagamentos (PMT) têm o mesmo sinal. Consequentemente, o Valor Futuro (FV) terá sinal
contrário.
R$ 1.000.000
Taxa de juros
(i) = 0,5 a.m.
0
240n
-R$ 731,45
-R$ 200.000
287
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q RESPOSTA:
Ø Zerar os registros da HP 12C! Pressione [f][CLX]
Ø Digite [200.000][CHS] e pressione [PV]
Ø Digite [2] e pressione [i]
Ø Digite [20] e [ENTER], digite [12], pressione [x] e pressione [n]
Ø Digite [1.000.000] e pressione [FV]
Ø Aperte [PMT]
Ø Resposta: + R$ 3.860,73
288
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Série de Pagamentos (PMT)
Observações Importantes 2
Neste caso, ao invés de Rafael necessitar aportar, ele poderá resgatar todos os meses
R$ 3.860,73 e mesmo assim chegará no objetivo de R$ 1.000.000,00 em 20 anos. Este é
um exemplo claro de que devemos SEMPRE fazer o fluxo de caixa, já que normalmente o
PV e o PMT possuem o mesmo sinal, o que poderia nos levar ao equívoco da questão, já
que desta vez não o possuem!
R$ 3.860,73 R$ 1.000.000
0
240n
Taxa de juros
(i) = 2,00 a.m.
-R$ 200.000
289
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q OBSERVAÇÃO: quando uma das variáveis for zero, não é necessário inseri-la. No
entanto, sempre teremos as 5 variáveis: [n],[i],[PV],[PMT] e [FV]
290
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Série de Pagamentos (PMT)
Observações Importantes 3
Quando uma pessoa toma uma empréstimo, este recurso entra na conta corrente (ou
seja, um valor positivo). Assim, as parcelas pagas serão negativas. Outro ponto importante
é: o final de toda é zero, portanto o FV será igual a zero (salve exceções).
R$ 500.000
Taxa de juros
(i) = 0,5 a.m.
360 meses
0
-R$ 2.997,75
R$ 0,00
291
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q RESPOSTA:
Ø Zerar os registros da HP 12C! Pressione [f][CLX]
Ø Informa a função Begin (depósitos antecipados)
Ø Pressione [g] e depois [7]
Ø Digite [405,74][CHS] e pressione [PMT]
Ø Digite [3.000] e pressione [FV]
Ø Digite [6] e pressione [n]
Ø Aperte [i]
Ø Resposta: 6% ao trimestre
q OBSERVAÇÃO: Após realizar algum exercício que necessite utilizar a função Begin, volte
para a função END [g][8]. Raramente teremos duas questões seguidas com Begin.
292
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Perpetuidade do Valor Presente
Conceito
O termo perpetuidade (ou série infinita) sugere fluxos de duração infinita sem limite, ou
seja, seria a “utilização dos juros gerados da aplicação financeira (imóvel, ação, cdb, ...)”.
Como os juros gerados de uma aplicação é: PMT = PV × i, para encontrarmos a
perpetuidade de um valor presente, precisamos reorganizar a fórmula do juros, ou seja:
+-.
+,("#$) =
/
q EXEMPLO: Qual valor Rafael precisa investir para ter uma renda perpétua de
R$ 5.000,00 por mês, sabendo que a taxa de investimento é de 0,5% a.m?
Ø Fórmula: PVPER = 5.000 /0,005 = R$ 1.000.000,00
Ø Calculando pela HP-12C:
§ 0,5 [ENTER] → inserir taxa em %
§ 5.000 → inserir renda TOTAL deseja
§ [%T] → tecla para calcular renda perpétua
§ Resposta: R$ 1.000.000,00
293
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Financiamento
Conceito
Em um financiamento ou empréstimo para aquisição de um bem, é esperada a devolução
do capital acrescido de juros.
As prestações (P) são sempre compostas de: juros (J) e amortização (A)
294
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Tabela Price
Conceito
No sistema pela tabela Price, o empréstimo será pago em prestações iguais e, com isso, o
cálculo para descobrir o valor da parcela, será através da tecla “PMT” da HP-12C.
Comparando com o sistema SAC, as prestações iniciais serão menores, fazendo com que
gera uma possibilidade maior de alavancagem ao cliente.
295
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Tabela Price
Exemplo: Juros
Como já sabemos o valor da prestação, podemos calcular qual o valor de juros cobrado
em cada parcela. Para isso, precisamos sempre calcular o saldo devedor anterior a parcela
que desejamos descobrir. Por exemplo, se desejarmos saber o juros da parcela 3 (três),
precisamos encontrar o saldo devedor após o pagamento de 2 (duas) prestações. Com
este valor, basta aplicarmos a taxa de juros sobre este valor, vide demonstração abaixo.
296
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Tabela Price
Exemplo: Amortização
Sabendo o valor da prestação e o valor do juros da parcela (demonstrado anteriormente),
podemos descobrir agora o valor da amortização de cada parcela, pois a amortização será
a diferença entre o valor da prestação e o juros cobrado daquela parcela, conforme
fórmula abaixo:
Ø Amortização = (Prestação) ‒ (Juros)
297
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Tabela Price
Exemplo: Repactuação do Saldo Devedor
Uma pergunta cotidiana de clientes é: “caso eu deseja pagar um valor maior durante o
pagamento da minha dívida, o que irá ocorrer? Irei manter o prazo e pagar menos em
cada prestação, ou irei diminuir o prazo e manter a prestação? Qual é a melhor escolha”?
Para resolvermos esta dúvida do cliente, basta calcularmos tudo de novo, imaginando que
ele “quitou” a dívida anterior e tomou um novo empréstimo de R$ 2.145,02, simples
assim, conforme cálculo a seguir.
298
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Tabela Price
Exemplo: Repactuação do Saldo Devedor
q Mantendo o valor da prestação (descobrir qual o novo prazo):
Ø PV = + 2.145,02 (novo saldo devedor)
Ø PMT = R$ 1.154,87 [CHS] (manteve o valor da prestação
Ø FV = 0 (valor da dívida que será quitada no final do prazo)
Ø i = 5%
Ø n = ? = 2, a dívida será quitada em mais duas parcelas e não em três.
299
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Dívida (D)
Amortização (A) =
Número de Parcelas (n)
Este sistema é o que se paga menos juros comparado com os demais sistemas. Não
confunda “pagar menos juros” com “taxa de juros menor”. Se paga menos juros na SAC,
pois possui parcelas maiores no seu início, amortizando a dívida mais rapidamente.
300
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Sistema de Amortização Constante (SAC)
Exemplo
No sistema pela tabela SAC, o cálculo para descobrir o valor da parcela, deverá ser feito
em duas etapas. A primeira é descobrir o valor da amortização, e para isso, basta pensar
“qual o valor das prestações caso não houvesse juros?”. Após encontrar a Amortização,
necessitamos calcular o juros de cada prestação e somar a Amortização.
q EXEMPLO: Empréstimo de R$ 5.000,00, a um juros de 5% ao ano, com pagamento
anual através da tabela SAC.
301
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302
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Sistema de Amortização Constante (SAC)
Exemplo: Juros
Como já sabemos o valor do saldo devedor, podemos calcular qual o valor de juros
cobrado em cada parcela, lembrando que precisamos sempre calcular o saldo devedor
anterior a parcela que desejamos descobrir. Por exemplo, se desejarmos saber o juros da
parcela 3 (três), precisamos encontrar o saldo devedor após o pagamento de 2 (duas)
prestações. Com este valor, basta aplicarmos a taxa de juros sobre este valor, vide
demonstração abaixo.
303
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Nosso exemplo anterior, supomos que houve uma amortização extraordinária durante a
segunda parcela no valor de R$ 1.000,00. Com isso, utilizaremos o mesmo exemplo.
Assim, analisando a tabela anterior, se o cliente não tivesse essa amortização
extraordinária, Saldo Devedor seria de R$ 3.000,00. Com estes R$ 1.000,00, seu novo
saldo devedor será de R$ 2.000,00 (R$ 3.000,00 menos R$ 1.000,00).
Para resolvermos esta dúvida do cliente, basta calcularmos tudo de novo, imaginando que
ele “quitou” a dívida anterior e tomou um novo empréstimo de R$ 2.000,00, simples
assim, conforme cálculo a seguir.
304
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Sistema de Amortização Constante (SAC)
Exemplo: Repactuação do Saldo Devedor
q Mantendo o valor da prestação (descobrir qual o novo prazo):
Ø Amortização = Dívida / número de parcelas
Ø Dívida = R$ 2.00,00
Ø Amortização = R$ 1.000,00
Ø n = ? = R$ 2.000,00 / R$ 1.000,00 = 2, a dívida será quitada em mais duas parcelas
e não em três.
305
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306
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Financiamentos: Sistemas de Amortização
Resumo: SAC x Price x SAA
O sistema americano (SAA) é o mais custoso (maior pagamento de juros), já que o saldo
devedor não é reduzido ao longo do tempo, somente na última prestação. Em relação
entre a SAC e a PRICE, pelo motivo da amortização ser maior no início pela SAC, a mesma
implica um menor pagamento de juros. Porém, trazendo a valor presente os fluxos de
caixa de ambas, as tabelas acabando sendo EQUIVALENTES.
307
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Matemática Financeira
Lembretes
Os Principais lembretes para você fazer os cálculos são:
Ø Nunca se esqueça de zerar a calculadora, pois pode haver dados guardados que
influenciarão seu cálculo, levando a respostas equivocadas na prova!
Ø Taxa de juros(i), períodos (n) e parcelas (PMT) devem estar sempre na mesma
base (mês com mês, ano com ano, etc), sendo que quando:
§ Houver PMT, o prazo “n” e a taxa “i” devem ficar na SEMPRE na base do PMT;
§ Não houver PMT, você pode escolher qual deve transformar. Porém, é mais fácil
converter a base do prazo (n) para a mesma base da taxa (ou seja, se a taxa está
em ano e o prazo em mês, é mais fácil converter tudo para ano);
Ø Convenção de sinais:
§ Entrada de caixa: sinal positivo
§ Saída de caixa: sinal negativo (CHS)
Ø Preste muita atenção no enunciado da questão para não passar desapercebido
quando indicarem que o fluxo é antecipado (ativar o modo BEGIN – “g7”)
Ø Sempre deixe a calculadora no modo END (“g8”), pois raramente teremos duas
questões em sequência que sejam de fluxo antecipado;
Ø E por último, FAÇA SEMPRE O FLUXO DE CAIXA!
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4.5 Análise de Investimentos
309
309
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310
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Custo de Oportunidade e TMA
Conceito
q TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA): representa o mínimo que um investidor se
propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro
se propõe a pagar quando faz um financiamento. Em relação investimentos, ela deve ser
maior que o Custo de Oportunidade, senão, o investidor racional não tem motivos para
realizar. No Brasil, utilizamos muitas vezes a Taxa Selic como a TMA, já que ela é o
investimento de menor risco do país.
q CUSTO DE OPORTUNIDADE: é a opção que foi renunciada, entre as opções que
poderiam ter sido feitas. Ela não representa necessariamente uma taxa, mas sim o que foi
deixado de lado para ser realizada outra tarefa. No mundo dos investimentos,
normalmente dizemos que é uma taxa de retorno, vide que sempre que um investidor
realizado uma aplicação financeira, ele também está renunciando outras aplicações ou
projetos. Importante notar que o custo de oportunidade é diferente para cada ser
humano, vide que as pessoas não possuem as mesmas oportunidades.
311
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312
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VPL – Valor Presente Líquido
Exemplo
q EXEMPLO: Um investidor aplica R$ 50.000 em um projeto que prevê fluxos de caixa
anuais positivos de: R$ 10.000,00 no primeiro ano; R$ 20.000,00 no segundo ano;
R$ 30.000,00 no terceiro ano; e R$ 40.000,00 no quarto ano. Sabendo que o Taxa
Mínima de Atratividade do investidor é a Taxa Selic, que está em 10% ao ano, qual o VPL
deste projeto?
-R$ 50.000
313
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314
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TIR – Taxa Interna de Retorno
Conceito
A Taxa Interna de Retorno (TIR), em do inglês Internal Rate of Return (IRR), é a taxa de
desconto que faz com que o Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto seja igual a zero,
ou seja, é o retorno do investimento. Assim sendo, se utilizarmos a metodologia da TIR
para analisarmos dois projetos, escolheremos aquele que possui a maior Taxa Interna de
Retorno. Importante ressaltar que, se estivermos analisando fluxos anuais, a TIR será
anual (sua periodicidade é a mesma dos fluxos analisados), se estivermos analisando
fluxos mensais, ela será uma taxa mensal.
Este estudo considera que os fluxos de caixa do projeto são reinvestidos pela própria TIR,
o que acaba sendo um grande problema, pois dificilmente ocorrerá na prática.
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-R$ 50.000
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TIR – Taxa Interna de Retorno
Solução do Exemplo
Como os fluxos de caixa são distintos, necessitamos calcular inserindo fluxo por fluxo na
HP-12C. Desta forma, utilizaremos a função [g] das teclas [PV], [PMT], [FV] para inserir
dados e a função [f], para a resposta dos dados inseridos.
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R$40.000,00
R$30.000,00
TIR
R$20.000,00
Aceitar o projeto
R$10.000,00
R$0,00
0% 5% 10% 15% 20% 25% 27% 30% 35%
(R$10.000,00)
Rejeitar o projeto
318
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Problemas com o enfoque da TIR
Conceito
Até agora vimos que, se a Taxa Interna de Retorno (TIR) for superior à Taxa Mínima de
Atratividade (TMA), o Valor Presente Líquido (VPL) será positivo e ambas medidas
fornecem o mesmo resultado, que devemos aceitar o projeto. No entanto, a TIR apresenta
alguns problemas conceituais, que são:
Ø PROBLEMA 1: A TIR assume que os fluxos de caixa intermediários serão
reinvestidos à própria taxa de retorno e na vida real, quando recebemos os fluxos de
caixa do projeto, precisamos reinvesti-los. No entanto, não temos como saber de
antemão a que taxa conseguiremos reinvestir. Desta forma, surgiu uma solução para
contornar esse problema, que foi o cálculo da TIR Modificada, que veremos a seguir.
Ø PROBLEMA 2: O fluxo “normal” nos investimentos é termos uma saída de caixa
inicial e várias entradas posteriores, como por exemplo, nos pagamentos de cupons
dos títulos públicos. Quando isso ocorre, o cálculo da TIR nos leva a uma única
resposta. No entanto, se houver mudanças nas direções dos fluxos de caixa, poderá
haver mais de uma resposta para a TIR. Nesse caso, o VPL será a medida mais
correta, como veremos mais à frente.
319
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TIRM – Taxa Interna de Retorno Modificada
Exemplo
q EXEMPLO: Um investidor aplica R$ 50.000,00 em um projeto que prevê fluxos de
caixa anuais positivos de R$ 20.000 pelos próximos 4 anos, sem valor residual. Se o
investidor consegue reinvestir esses fluxos à taxa de 10% ao ano, qual a taxa de retorno
do projeto?
-R$ 50.000
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-R$ 50.000
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TIRM – Taxa Interna de Retorno Modificada
Solução do Exemplo
Conforme mencionado, devemos corrigir os R$ 20.000,00 dos anos 1, 2 e 3 até o último
período, e acrescentar o ano 4, transformando assim tudo em um só valor no último ano.
Este cálculo possui o mesmo significado que “uma pessoa irá investir durante 4 anos,
R$ 20.000 a uma taxa de 10%a.a. Qual o valor final que ela terá?”
q CÁLCULO:
Ø n = 4 (anos)
Ø i = 10 (ao ano)
Ø PV = 0
Ø PMT = -20.000 [CHS]
Ø FV = ? = 92.820,00
323
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R$ 92.820
0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Encerramento
do projeto
-R$ 50.000
Por fim, calcularemos o retorno (i) deste investimento, que é o que buscamos:
Ø PV = 50.000 [CHS]
Ø PMT = 0
Ø FV = + 92.820
Ø n = 4 anos
Ø i = ? = 16,73% ao ano, esta é a TIR Modificada.
324
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Payback
Conceito
O Payback, também chamado de “Payback Simples”, é o período de tempo necessário
para que as entradas de caixa do projeto se igualem ao valor a ser investido, ou seja, o
tempo de recuperação do investimento realizado. Diferentemente das análises de VPL e
da TIR, no qual, entre dois projetos, escolhemos aquele que der o maior resultado, pela
análise do Payback, devemos escolher aquele que dará o menor número.
Importante ressaltar que, após o retorno do capital, o Payback ignora todos os fluxos de
caixa de restante, seguindo a premissa de “depois que recuperar meu capital, o que vier é
lucro”.
q CÁLCULO: para descobrirmos o Payback, devemos somar os fluxos de caixa, com seus
respectivos sinais (entradas, positivo; saídas, negativo) até ele ser zerado. Poderá ocorrer
que, ao somar um dos fluxos de caixa, o valor ultrapasse o valor investido (tornar a soma
positiva). Desta forma, devesse utilizar o valor financeiro do último período proporcional
ao necessário para zerar o fluxo.
325
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Payback
Exemplo
q EXEMPLO: Um investidor aplica R$ 50.000 em um projeto A que prevê fluxos de caixa
anuais positivos de: R$ 10.000,00 no primeiro ano; R$ 20.000,00 no segundo ano;
R$ 30.000,00 no terceiro ano; e R$ 40.000,00 no quarto ano. Qual o Payback do
investimento?
326
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Payback
Solução do Exemplo
A maneira mais fácil de se calcular o Payback é realizar uma tabela e ir somando os fluxos
de caixa, até zerar a aplicação ou deixar positiva (para posteriormente, fazer a
proporcionalidade do período):
Período 0 1 2 3 4
Fluxo A (R$) -50.000 +10.000 +20.000 +30.000 +40.000
Somatório A -50.000 -40.000 -20.000 +10.000
Podemos notar que o capital foi recuperado no terceiro ano e, além disso, que “sobrou”
R$ 10 mil (o conceito de Payback é recuperar o capital investido). Ou seja, o que precisava
para recuperar o capital investido, não eram os R$ 30 mil do terceiro ano, mas R$ 20 mil
(devemos olhar para o ano anterior ao fluxo que ficou positivo). Desta forma, fazemos
uma regra de três com o que faltou do “ano 2” com o valor recebido do ano 3:
(). )))
!"#$"%& = = ), -- /01 + ( /013 = (, -- /013
+). )))
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Payback Modificado (Descontado)
Exemplo
q EXEMPLO: Um investidor aplica R$ 50.000 em um projeto A que prevê fluxos de caixa
anuais positivos de: R$ 10.000,00 no primeiro ano; R$ 20.000,00 no segundo ano;
R$ 30.000,00 no terceiro ano; e R$ 40.000,00 no quarto ano. Sabendo que a TMA está
10% ao ano, qual o Payback Descontado do investimento?
-R$ 50.000
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-R$ 50.000
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Payback Modificado (Descontado)
Solução do Exemplo
Agora que temos o novo fluxo, fazemos a mesma tabela para do Payback Simples, mas
utilizando o valor presente de cada fluxo de caixa:
Período 0 1 2 3 4
Fluxo A (R$) -50.000 +9.090,91 +16.528,93 +22.529,44 +27.320,54
Somatório A -50.000 -40.909,10 -24.380,20 -1.850,72 +25.469,82
Trazendo os fluxos a valor presente a uma taxa de 10% ao ano, o Payback saiu de 2 anos e
pouco, para mais de 3 anos. Da mesma forma, por ter ficado um saldo positivo, devemos
fazer uma regra de três com o que faltou do “ano 3” com o valor recebido do ano 4 (ano
que zerou o fluxo e ficou positivo):
;. <=), >(
!"#$"%& 456%789":7 = = ), )> /01 + + /013 = +, )> /013
(>. +(), =?
331
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EBITDA (LAJIDA)
Conceito
O EBITDA (“Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”) é um
indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas
de mercado que representa o lucro operacional de uma companhia. A sua tradução seria
Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA em português).
O EBITDA é utilizado para diversas análises, pois consegue demonstrar se a empresa está
sendo bem gerida e também a sua capacidade de pagamento de dívidas. Com isso,
podemos utilizar esse conceito de algumas formas:
Ø Margem EBITDA: este indicador demonstra a eficiência operacional da companhia,
bastando dividir o lucro operacional (EBITDA) pela receita líquida. Por exemplo, se a
empresa X tem uma receita de R$ 100 mil e um EBITDA de R$ 40.000,00, temos que:
R$ 40.000,00 / R$ 100.000,00 = 0,40. Portanto, a margem EBITDA é de 40%.
Ø Dívida Líquida/EBITDA: este indicador serve para analisar a solvência da empresa,
demonstrando em quantos anos a dívida líquida seria quitada através da geração.
Por exemplo, se a empresa Y tem uma Dívida Líquida de R$ 80.000,00 e um EBITDA
de R$ 40.000,00, temos que: R$ 80.000,00 / R$ 40.000,00 = 2. Portanto, a dívida
poderia ser paga em 2 anos através da geração de caixa.
332
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EBITDA (LAJIDA)
Cálculo do EBITDA
(+) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas (tais como PIS/COFINS)
(=) Receita Líquida de Vendas
SUBTRAIR
(-) Custo dos Produtos Vendidos
(-) Despesas Operacionais (Vendas, Administrativas, Outras)
(=) EBITDA (LAJIDA) = LUCRO OPERACIONAL AJUSTADO
(-) Despesas Financeiras (tais como Juros e JCP)
SOMAR (-) Depreciação e Amortização
333
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EBITDA (LAJIDA)
Exemplo
A empresa RToro Education S/A obteve no seu último ano fiscal, os seguintes resultados
financeiros:
Ø Receita Líquida: R$ 100.000,00
Ø Despesas com fornecedores: R$ 60.000,00
Ø Despesas operacionais: R$ 17.000,00
Ø Despesas financeiras: R$ 4.000,00
Ø Depreciação: R$ 4.000,00
Ø Amortização: R$ 2.000,00
Ø Impostos (IRPJ e CSLL): R$ 7.000,00
Ø Lucro Líquido: R$ 6.000,00
334
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EBITDA (LAJIDA)
Solução do Exemplo
O EBITDA, também chamado de LAJIDA, pode ser calculado partindo tanto da sua Receita
Operacional (descontando seus custos operacionais), quanto do seu Lucro Líquido
(adicionando a parte não operacional: Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações).
Desta forma, mostraremos das duas formas para chegarmos na resposta de R$ 23.000,00:
!" %
CMPC = !" $ %
×#$ + !" $ %
×#&× ' − )#
Retorno Custo do
Peso do Requerido pelos Peso do Capital de Benefício Fiscal
Capital acionistas Capital de Terceiros
Próprio (CAPM) Terceiros
q Onde:
Ø PL: Patrimônio Líquido Ø RP: Retorno do Capital Próprio (CAPM das ações)
Ø D: Dívidas Ø RT: Retorno de Terceiros (YTM de debentures)
Ø PL + D = Total de Ativos Ø IR = Alíquota do imposto de renda
336
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Método de Análise de Investimentos
Resumo
q VPL (Valor Presente Líquido):
Ø VPL maior que zero: o projeto gera mais lucro que a TMA, devemos aceitá-lo;
Ø VPL menor que zero: o projeto gera menos lucro que a TMA, devemos negá-lo;
Ø VPL igual a zero: O projeto remunera apenas a TMA, sendo indiferente a escolha.
q TIR e a TIRM (Taxa Interna de Retorno e Modificada):
Ø É a taxa que faz com que o VPL seja zero!
Ø A TIR supõe que os fluxos de caixa serão reinvestido pela própria taxa da TIR. Já a
TIRM corrige esta falha fazendo com que os fluxos sejam reinvestidos em taxas
estipuladas pelo próprio investidor.
q PAYBACK e PAYBACK Descontado:
Ø O Payback calcula o tempo necessário para recuperar o capital investido, sem
considerar o valor do dinheiro no tempo. Já o Payback Descontado, traz a valor
presente todos os fluxos de caixa, considerando o valor do dinheiro no tempo.
q WACC (Custo Médio Ponderado de Capital):
Ø O Custo do Capital Próprio (RP) pode ser mensurado por CAPM;
Ø O Custo do Capital de Terceiros (RT) pode ser calculado por YTM.
337
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Capítulo 5:
Gestão Financeira
338
5.1 Orçamento e Fluxo de Caixa
339
339
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q FÓRMULA:
q OBSERVAÇÃO: Para a análise financeira, valores que acumulam ativos não devem ser
considerados como despesas (saídas), tais como aplicações mensais em CDB, VGBL e
PGBL.
340
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Demonstrações Financeiras Pessoais
Construindo um Plano Orçamentário
Na construção de um orçamento familiar, devemos identificar:
Ø Custos fixos, Custos variáveis e Custos sensíveis à inflação;
Ø Projetar o orçamento para os próximos 12 meses;
Ø Comparar as despesas reais com as projetadas (quando já foi feito a primeira).
Vale salientar que é muito importa analisar a o impacto da inflação no custo de vida do
cliente. Muitas pessoa possuem salário fixo e não conseguem reajustar a sua renda com o
devido aumento dos gastos gerados pelo aumento dos preços (inflação), gerando uma
perda na qualidade de vida.
RECEITAS DESPESAS
Ø Salários;
Ø Custos fixos (aluguel, financiamentos, prêmios de
Ø Receitas de juros;
seguros, pensão alimentícia,...);
Ø Receitas de dividendos;
Ø Custos variáveis (transporte, alimentação, telefone,
Ø Receitas de aluguéis;
internet, lazer, férias, ...);
Ø Reembolso de impostos;
Ø Demais tipos de custos.
Ø Outras receitas.
341
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q EXEMPLO: Rafael tem sua renda líquida de R$ 9.000,00 e consegue investir todos os
meses R$ 300,00. Seu índice de Poupança é:
300
Í89:;< 9< =>?@A8çA = = 3,33%
9000
342
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Demonstrações Financeiras Pessoais
Fundo de Emergência
O Fundo de Emergência, também chamado de Reserva de Emergência, é um valor
financeiro que deve estar aplicado em investimentos com muita liquidez, ou seja, que
possa ser convertido em dinheiro o mais rápido possível e sem variações bruscas, como
por exemplo LFT – Tesouro Selic, CDB liquidez diária, poupança, fundos Renda Fixa Curto
Prazo.
O objetivo desse recurso é para suprir imprevistos em nossas vidas (batida do carro,
problemas de saúde, e até mesmo desemprego) sem que seja necessário a tomada de
empréstimos com taxas extremamente altas ou a venda de patrimônio (ativos de longo
prazo). O aconselhável é que este valor seja de 3 a 12 meses das despesas correntes, ou
seja, se uma família tem renda de R$ 10 mil por mês e um custo de vida de R$ 5 mil,
iremos analisar de 3 a 12 meses sobre os R$ 5 mil (entre R$ 15 mil e R$ 60 mil para o
fundo de emergência).
Em 2019, o Banco Mundial constatou que mais de 70 milhões de brasileiros consideravam
impossível levantar cerca de R$ 2.500,00 numa necessidade extrema. No mundo, somente
outros sete países estão mais despreparados que o Brasil para surgimento de infortúnios.
343
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Orçamento Doméstico
Exemplo
(1) ENTRADAS
• Salário de João (líquido) R$ 15.000,00
• Salário de Maria (líquido) R$ 15.000,00
Total de Entradas R$ 30.000,00
(2) Saídas
• Casa (água, luz, telefone, ...) R$ 8.000,00
• Automóveis (combustível, impostos, ...) R$ 3.000,00
• Despesas Pessoais R$ 3.000,00
• Prêmios de seguros R$ 2.000,00
• Pagamento Prestação financiamento dos automóveis R$ 2.000,00
• Pagamento Prestação financiamento imobiliário R$ 3.000,00
Total de Saídas R$ 21.000,00
Saldo Final ( 1 - 2) R$ 9.000,00
CAPACIDADE DE POUPANÇA (Saldo ÷ Entradas))) 30%
344
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5.2 Balanço Patrimonial Pessoal
345
345
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346
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Balanço Patrimonial
Exemplo
ATIVO (A) EXIGÍVEL TOTAL (ET)
Ø Bens de Uso Ø Dívidas:
o Veículos da família R$ 100 mil o Cartão de Crédito R$ 5 mil
o Residência familiar R$ 500 mil o Financiamento do Carro R$ 55 mil
o Casa de Veraneio R$ 200 mil o Financiamento Imobiliário R$ 240 mil
Ø Bens de Não Uso
o CDB Liquidez Diária R$ 100 mil PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
o Previdência VGBL R$ 200 mil
Ø PL = ATIVOS – PASSIVOS = R$ 1,1 MM
o Imóveis para locação R$ 300 mil
347
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Principais Indicadores
Índice de Cobertura das Despesas Mensais
O ÍNDICE DE COBERTURA DAS DESPESAS MENSAIS mede a capacidade da família em
honrar suas despesas mensais somente com os investimentos que possui de curto prazo,
ou seja, aqueles que possuem baixíssimo risco (liquidez e mercado), chamados de Ativos
de Curto Prazo. Este indicador é utilizado para saber em quantos meses as reservas
emergenciais serão consumidas pelas despesas. Assim sendo, sua fórmula é:
q EXEMPLO: Victorio foi demitido e recebeu uma rescisão de R$ 30.000,00. Ele tem
despesas mensais de R$ 10.000,00 e recursos em CDB no valor de R$ 20.000,00. Quantos
meses ele consegue sobreviver no atual padrão de vida?
30.000 + 20.000
Í[\]^_ \_ ^`a_bcdbe = = 5 k<l<l
10.000
348
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Principais Indicadores
Índice de Liquidez
O ÍNDICE DE LIQUIDEZ nos diz se os ativos de curto prazo (com liquidez) conseguem
honrar as dívidas de curto prazo. Muitas famílias possuem um patrimônio elevado, mas
não possuem liquidez. Assim, em qualquer necessidade extrema, terão que vender ativos
de longo prazo com muito desconto, gerando prejuízos (ou diminuição de ganho) por falta
de planejamento. Para calcularmos este indicador, devemos fazer da seguinte forma:
q EXEMPLO: Nathan tomou crédito pessoal por R$ 60.000,00 e está vencendo hoje. Seus
ativos são: R$ 4 mil conta corrente e R$ 40.000,00 em CDB com vencimento em 3 anos
sem liquidez. Desta forma, veremos que o índice de liquidez de Nathan é menor que 1 e
ele não tem liquidez para quitar a dívida.
4.000
Í89:;< 9< o:p?:9<q = = 6,67%
60.000
349
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Principais Indicadores
Índice de Endividamento
Como vimos, os ATIVOS são compostos por Capital Próprio (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) e por
Capital de Terceiros (PASSIVOS), também chamado de Passivo Exigível, que são as dívidas.
Assim, é normal as pessoas terem dívidas para aquisição de bens. No entanto, no
momento em que se começa a adquirir dívidas, é importante que a família passe a
acompanhar a evolução do seu índice de endividamento para garantir que suas contas
estejam sob controle no curto, médio e longo prazo. Sua fórmula é:
ÍNDICE DE
ENDIVIDAMENTO = PASSIVOS (Passivo Exigível)
ATIVOS (Ativo Total)
!$ $%%.%%%
Índice de Endividamento = = 45%
!$ '.%%%.%%%
350
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5.3 Crédito e Gestão de Dívidas
351
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Créditos Rotativos
Cheque Especial
Segundo o Banco Central, o CHEQUE ESPECIAL é uma operação de crédito, a exemplo do
empréstimo, mas que é pré-aprovada e vinculada a uma conta de depósitos à vista. Tem o
objetivo de cobrir movimentações financeiras quando não há mais saldo disponível na
conta. O banco disponibiliza ao cliente um limite de crédito rotativo que, embora apareça
no extrato da conta, não é um recurso do cliente. Quando utilizado esse valor, o banco
pode cobrar juros sobre o valor usado, ou seja, sobre o saldo devedor.
Deve ser utilizado em situações de emergência (pagamento de uma conta quando se
sabe que receberá o dinheiro em alguns dias ou em prazos curtos). Para prazos mais
longos, deve-se analisar outras linhas de crédito, já que este é um dos maiores juros
cobrados por empréstimos, vide sua fácil disponibilidade.
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Créditos Rotativos
Cartão de Crédito: Conceito
O CARTÃO DE CRÉDITO tem dupla função, que é ser um instrumento de pagamento e um
instrumento de crédito pós-pago. A sua emissão é realizada por instituição financeira ou
instituição de pagamento, sendo eu sua regulamentação e fiscalização feita pelo BACEN.
Vale ressaltar que as instituições não são obrigadas a emitir cartão de crédito a que o
solicitar, podendo estabelecer critérios próprios em decorrência de sua política de crédito.
Além disso, os cartões de crédito podem ser de dois tipos: básico ou diferenciado. Na
modalidade de cartão de crédito básico, serve apenas para pagamentos de bens e de
serviços em estabelecimentos credenciados. Já na modalidade diferenciado, além das
funções do básico, oferece benefícios adicionais, como programas de milhagem, seguro
de viagem, desconto na compra de bens e serviços e atendimento personalizado no
exterior, entre outros.
Em relação ao serviço de cartão de crédito, as instituições podem cobrar de pessoas
naturais basicamente cinco tarifas, que são: (I) anuidade; (II) emissão de segunda via do
cartão; (III) uso do cartão para saque em espécie; (IV) uso do cartão para pagamento de
contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças de produtos e serviços); (V) pedido
de avaliação emergencial do limite de crédito.
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Créditos Rotativos
Cartão de Crédito: Características
As PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS do cartão de crédito são:
Ø Existem dois tipos de cartão de crédito: Básico e Diferenciado;
Ø As instituições não são obrigadas a oferecer cartão de crédito
Ø As instituições emissoras de cartão de crédito são obrigadas a fornecer extrato ou
fatura mensal a seus clientes;
Ø Existem diversas opções de pagamento da fatura, sendo elas:
§ Pagamento do valor integral até o dia do vencimento: Não há cobrança de
encargos financeiros, como os juros e o Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF), imposto cobrado pelo governo em todas as operações de crédito.
§ Parcelamento da fatura (crédito rotativo): O total de parcelas pode já estar
definido em contrato ou ser discutido caso a caso. No parcelamento há cobrança
de encargos financeiros, juros e IOF no valor da fatura seguinte.
§ Pagamento mínimo da fatura: Não existe mais o pagamento mínimo
obrigatório de 15% do valor da fatura, mas, cada instituição financeira pode
estabelecer com os clientes percentual de pagamento mínimo mensal, em
função do risco da operação, do perfil do cliente ou do tipo de produto.
§ Pagamento parcial da fatura (mínimo ou outro valor distinto do total).
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Empréstimos Pessoais
Modalidades
As instituições financeiras normalmente possuem uma grade com uma vasta variedade de
empréstimos pessoais. Em linhas gerais, os principais tipos são:
Ø Crédito Automático;
Ø Crédito como Antecipação de Recebimentos Certos (IR, 13º Salário);
Ø Crédito com Garantia de Investimentos;
Ø Crédito Consignado (Lei 10.820/03): É uma modalidade de empréstimo pessoal
em que as parcelas são descontadas diretamente do salário, aposentadoria ou
pensão do solicitante. Através da LEI 14.432/22, foi alterado o limite máximo a ser
descontado para 40% do valor a ser comprometido, sendo 35% destinados
exclusivamente a empréstimos, financiamentos e arrendamentos mercantis e 5%
destinados exclusivamente à amortização de despesas contraídas por meio de cartão
de crédito consignado ou à utilização com a finalidade de saque por meio de cartão
de crédito consignado. Vale ressaltar que o saldo do FGTS pode ser utilizado como
garantia para este tipo de empréstimo, limitado a 10% do saldo da conta.
Vale ressaltar que, quanto maior a garantia do pagamento da dívida, menor será a taxa de
juros cobrada. Por este motivo, créditos automáticos são mais caros que as demais
modalidades (principalmente, comparado com o Crédito Consignado).
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Custo Efetivo Total (CET)
Conceito
Custo Efetivo Total (CET) é a taxa que considera todos os encargos e despesas incidentes
nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, contratadas ou
ofertadas: a pessoas físicas, microempresas ou empresas de pequeno porte (BC) como
por exemplo: Taxa de Juros cobrada pela instituição financeira; Tributos (IOF); Tarifas;
Seguros; e Custos relacionados a registro de contrato.
Na vida, estes custos podem fazer com que o tomador de crédito, tenha tomar um
empréstimo maior que o desejado para pagar os custos embutidos no momento do
crédito. Mas na prova, preste muita atenção se “os custos serão financiados pela
instituição”, porque se não forem, será descontado do valor que ele solicitou emprestado.
Portanto, o mais importante não é o custo da taxa de juros cobrada pelas instituições
financeiras, mas sim, o Custo Efetivo Total que a instituição financeira terá.
q OBS: Por legislação do Banco Central, quando as instituições financeiras forem
apresentar a taxa da CET anualizada para as pessoas, a conversão deverá ser feira pelo
critério de 365 dias corridos.
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(1) Valor total a ser pago (FV): (2) CET (taxa ao mês): (3) CET (tx ano):
Ø PV = +1.061,30 (Custos) Ø PV = +1.000 (valor que queria) Ø 5,06 [i]
Ø PMT = 0 Ø PMT = 0 Ø 30 [n]
Ø n=3 Ø n=3 Ø 365 (ATENÇÃO)
Ø i=3 Ø FV = -1.159,71 Ø R/S
Ø FV = ? = -1.159,71 Ø i (CET) = ? = 5,06% a.m. R: 82,31% ao ano
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Financiamentos
Conceito
O FINANCIAMENTO é uma COMPRA PARCELADA de um produto ou serviço, em que se
acrescenta uma TAXA DE JUROS ao montante inicial, que variará conforme o tempo de
duração do mesmo. Difere-se do empréstimo por se tratar de uma ajuda para o
pagamento de um bem ou serviço, e não somente um montante pego emprestado sem
nenhuma finalidade. Na maioria dos casos, os financiamentos são feitos para a compra de
carros, motos e casas, podendo ser utilizado também para a compra de móveis e
computadores com periféricos. Normalmente, a instituição financeira que fornece
recursos para outra parte que está sendo financiada, podendo abranger diversas
modalidades, além de custos diferentes.
As principais modalidades existentes de financiamentos são:
Ø CDC (Crédito Direto ao Consumidor);
Ø Leasing (Operacional e Financeiro);
Ø Financiamento imobiliário;
Ø Cartões de crédito (quando financiado);
Ø Cheque especial;
Ø Operações com penhor.
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Financiamentos
CDC: Crédito Direto ao Consumidor
O crédito direto ao consumidor (CDC) é um financiamento para a aquisição de bens de
consumo duráveis (eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e utensílios, veículos, entre
outros), sendo concedido por uma instituição financeira em parceria com a loja ou
empresa que está vendendo o bem ou serviço ao tomador, após realização de cadastro e
análise da renda do cliente.
Além disso, o Bacen admite ainda as operações relativas a prestações de serviços, como
pacotes turísticos, incluindo passagens e estadia, mediante a apresentação de documento
probatório, além de também poder financiar aquisição de máquinas, equipamentos e
veículos para compor o ativo imobilizado das empresas.
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Financiamentos
Seguro Prestamista
O SEGURO PRESTAMISTA tem como função garantir a quitação de uma dívida do
segurado, no caso de sua morte ou invalidez ou até mesmo desemprego involuntário.
Este seguro faz com que tanto a instituição financeira credora, quanto o devedor, tenham
maior tranquilidade com as prestações para pagar.
q OBSERVAÇÃO: caso o segurado tenha contratado uma apólice com valor superior ao
valor da dívida contraída, primeiramente será pago ao credor e, posteriormente, o
restante será creditado aos beneficiários da apólice.
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Leasing
Conceito
O Leasing é um contrato através do qual a arrendadora/locadora (a empresa que se
dedica à exploração de leasing) adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário,
ou locatário) para, em seguida, alugá-lo a este último, por um prazo determinado. Ao final
do prazo, é possível comprar o bem, renovar o contrato ou devolvê-lo à empresa. Assim, o
leasing está associado ao seu uso econômico e não à sua propriedade, e podem ser:
Ø LEASING FINANCEIRO: em geral, esta modalidade se assemelha a uma operação
de financiamento, por abranger a quase totalidade do valor do bem, o cliente quase
sempre opta pela compra do bem ao final do contrato. Seu prazo mínimo de
arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três
anos para os demais.
Ø LEASING OPERACIONAL: aqui possui prazo mais curto e similaridade com uma
locação, sendo mais utilizado quando o cliente não pretende, a princípio, adquirir o
bem. Neste caso, o seu prazo mínimo é de 90 dias.
Caso não seja respeitado os prazos mínimos, a operação de Leasing será desconfigurada e
transformada em um financiamento, sendo cobrado IOF. Portanto, consideramos que o
Leasing não pode ter pagamento antecipado a qualquer momento!
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Leasing
Características
As vantagens do Leasing perante aos financiamentos são:
Ø Benefício fiscal: dedução, da base de cálculo do Imposto de Renda, do valor das
contraprestações (exclusivo a Pessoas Jurídicas tributadas pelo Lucro Real);
Ø Diferentemente dos financiamentos, o Leasing NÃO possui de IOF! No entanto,
há incidência de ISS (Imposto Sobre Serviço);
Ø Menor imobilização dos ativos de uma empresa;
Ø Possibilidade de quitação antes do prazo definido, sendo vedada a cobrança de
qualquer taxa do cliente que queira quita antecipadamente o contrato. Caso seja
realizado antes dos prazos mínimos, o contrato deixa de ter característica de leasing
e passa a ser tratado como uma Compra & Venda a prazo.
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Operações de Crédito
Comparação
No final da operação, é
Você usa o crédito da Recursos financeiros têm
possível renovar o contrato,
maneira que desejar uma destinação específica
devolver o bem ou comprá-lo
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Financiamento Imobiliário
Conceito
No Financiamento Imobiliário, o comprador obrigatoriamente deve contratar o SEGURO
PRESTAMISTA HABITACIONAL. Este seguro possui modalidade obrigatória (ou seja, não é
opcional), não possui franquia ou carência (exceção para casos de suicídio antes de dois
anos) e tem como finalidade primária, proteger prejuízos causados por acontecimentos
gerados de fora para dentro do imóvel ou também da possibilidade não pagamento da
dívida causado pela morte ou invalidez do cliente. Desta forma, dizemos que o seguro
habitacional possui dois tipos de coberturas, que são:
Ø DANOS FÍSICOS AO IMÓVEL (DFI): Garante a indenização ou reconstrução do
imóvel, caso ocorram danos físicos causados por riscos cobertos (incêndio, queda de
raio, explosão, vendaval, desmoronamento de paredes, rompimento de canos e
tubulações não pertencentes ao imóvel segurado ou outra parte estrutural), tendo
como cobertura máxima o valor de avaliação do imóvel (atualizado pelo índice
estipulado no contrato, quando for o caso);
Ø MORTE E INVALIDEZ PERMANENTE: quitação do saldo devedor para a instituição
financeira no caso de falecimento ou invalidez permanente do mutuário.
Além do seguro obrigatório, o financiador pode contratar coberturas adicionais para o
imóvel, como por exemplo, seguro para danos ao conteúdo interno dos imóveis.
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Consórcio
Conceito
Consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas físicas ou jurídicas em
grupos, promovida por administradoras de consórcios, que são fiscalizadas pelo Banco
Central, com a finalidade de propiciar a seus integrantes, por meio de autofinanciamento,
a aquisição de bens ou serviços. O grupo de consórcio tem prazo de duração e número de
cotas previamente determinados. Os consorciados podem ser contemplados por sorteio
ou através de lances, que correspondem a pagamentos antecipados de prestações, onde
deve possuir regras, previamente previstas em contrato. Como o Consórcio não é um
financiamento, ele não possui juros, mas sim, outros tipos de custos que são:
Ø TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: taxa cobrada pela administração dos recursos.
Ø FUNDO DE RESERVA: é um cobrado valor sobre o valor do bem, para compor um
fundo que poderá ser utilizado para situações contratualmente previstas (não
pagamento de outros participantes). Caso não seja necessário a sua utilização, o
valor é devolvido aos consorciados.
Ø SEGURO DE VIDA: possibilidade (opcional) de contração junto a adesão.
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Consórcio
Características
As principais características dos consórcios são:
Ø Tende a ser mais barato que o financiamento, vide que não possui juros. Em
contrapartida, a pessoa não tem a certeza da data da aquisição do bem;
Ø É uma modalidade para aquisição bens ou serviços para o longo prazo e não para
o curto prazo, vide a incerteza da sua contemplação;
Ø Da mesma forma que nos financiamentos imobiliários, é possível a utilização do
saldo do FGTS para a aquisição de imóveis através de consórcios imobiliários, tanto
na utilização da amortização do saldo devedor, quanto na utilização para lances;
Ø A carta de contemplação do consórcio possui reajuste através de índices de
inflação. Com isso, quando há uma inflação elevada, as parcelas a serem pagas,
também possuíram uma correção elevada;
Ø Clientes que possuem dificuldade para acumular patrimônio, principalmente por
falta de disciplina, acabam conseguindo se organizar para pagar compromissos
firmados. Com isso, o consórcio se torna uma ferramenta de acumulação patrimonial
“forçada” para atingir os objetivos do cliente.
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Crédito Rural
Conceito
O crédito rural é o financiamento destinado ao segmento rural, como os produtores rurais
(pessoa física ou jurídica), as cooperativas rurais ou pessoas que tenham atividades
ligadas ao segmento (mesmo não sendo produtores rurais). Eles utilizam os recursos
concedidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito de diversas maneiras na
sua propriedade, podendo investir em: novos equipamentos e animais; custear matéria
prima para o cultivo; comercializar e industrializar a produção; pesquisa; atividades
florestais; entre outros. Essas atividades são as chamadas finalidades do crédito rural.
As finalidades do crédito rural, segundo Banco Central, podem ser descritas como:
Ø CUSTEIO: Destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos, da compra
de insumos à fase de colheita.
Ø INVESTIMENTO: Destina-se aplicações em bens ou serviços cujo benefício se
estenda por vários períodos de produção;
Ø COMERCIALIZAÇÃO: Destina-se a viabilizar ao produtor rural ou às cooperativas os
recursos necessários à comercialização de seus produtos no mercado.
Ø INDUSTRIALIZAÇÃO: Destina-se à industrialização de produtos agropecuários,
quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
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Repasses BNDES
Conceito
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é um banco público,
sendo o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e
investimento em todos os segmentos da economia brasileira. O BNDES financia quase a
totalidade dos setores da economia, dentre eles: infraestrutura; indústria, comércio e
serviços; agropecuária; exportação; desenvolvimento regional; cultura; entre outros.
São passíveis de investimento pelo BNDES: implantação, expansão, modernização,
ampliação e recuperação de empresas; produção e aquisição de máquinas e
equipamentos novos, de fabricação nacional credenciados pelo BNDES; entre tantos
outros. Em regra geral, o BNDES não financia itens usados e é destinado a empresas
privadas; MEI; pessoas físicas (microempreendedor, produtor rural e transportador
autônomo); e outros. Estas operações (empréstimos) podem ser de três tipos:
Ø OPERAÇÃO DIRETA: realizada diretamente com o BNDES ou através de
mandatário;
Ø OPERAÇÃO INDIRETA: realizada por meio de instituição financeira credenciada, ou
através do uso do Cartão BNDES;
Ø OPERAÇÃO MISTA: Combina a forma direta com a forma indireta não automática.
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Repasses BNDES
Principais Produtos
NOME DO FINALIDADE
PRODUTO DOS RECURSOS
BNDES Finame: Produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos.
Crédito rotativo pré-aprovado para as micro, pequenas e médias
Cartão BNDES:
empresas e dos microempreendedores individuais.
Procult: Programa criado para a cadeia produtiva da economia da cultura.
BNDES Automático Projeto de investimento de até R$ 20 milhões.
BNDES Finem Projeto de investimento com valor superior a R$ 20 milhões.
Ampliar o acesso ao crédito entre os microempreendedores
BNDES Microcrédito
formais e informais.
Engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de
BNDES Project
caixa do projeto aprovado, sendo que os ativos e os recebíveis do
Finance
projeto, são as suas garantidas.
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Penhor
Conceito
Refere-se a uma forma de direito real de garantia que consiste na transferência de algo
móvel ou mobilizável (qualquer objeto que garante o direito imaterial). Os sujeitos que
aqui atuam são o devedor e o credor. O devedor é o sujeito passivo da obrigação principal
ou um terceiro que ofereça o ônus real, como um fiador. O credor é aquele que empresta
o dinheiro e recebe um bem empenhado. Isso implica também receber a posse deste.
Normalmente os juros são inferiores em função da garantia dada.
A CEF (Caixa Econômica Federal) é a maior atuante no mercado financeiro neste tipo de
modalidade e segundo suas informações:
Ø O recurso é disponibilizado na hora, após o bem ser analisado, sem a necessidade
de análise cadastral ou avalista, com os bens ficando em total segurança no cofre;
Ø É possível renovar o contrato de penhor quantas vezes precisar.
Ø Os limites de empréstimos podem chegar até 100% do valor da garantia;
Ø Os bens passarão por uma análise no exato momento;
Ø Exemplos de bens: joias; pratarias de valor; canetas de valor; relógios de valor.
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Linhas de Créditos Educacionais
Tabela Comparativa
ITENS FIES P-FIES
É uma ação do Ministério da Também é um
Educação que financia cursos financiamento estudantil e
O que é?
superiores privados com parecido com o FIES, mas
avaliação positiva no SINAES. com menos subsídios.
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