Aula 2 Substituição Tributária

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Aula 2 – Substituição

tributária

Introdução
O regime de substituição tributária do ICMS, via de regra, é originário de Convênio
ou Protocolo firmado junto ao CONFAZ, entre duas ou mais unidades federadas,
entretanto, como técnica de arrecadação, vem sendo adotado unilateralmente pelos
estados, neste caso abrangendo apenas os contribuintes ali situados, é a chamada
substituição tributária interna.

Em geral, o ICMS-ST aplica-se com produtos para comercialização. E quando


oriundo de Convênio ou Protocolo com bens para ativo imobilizado, uso e consumo será
devido o ICMS-ST calculado como diferencial de alíquotas.
Não aplicabilidade:

A substituição tributária, salvo disposição em contrário, não se aplica:

I- às operações que destinem mercadoria a contribuinte substituto da mesma mercadoria;

II- às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição,
hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o
estabelecimento que promover a saída subsequente da mercadoria com destino a empresa diversa;

III- às operações que destinem mercadoria para ser empregada como matéria- prima ou insumo no processo
de industrialização, com exceção de açúcar, madeir, álcool para fins não combustíveis e insumos para
estabelecimentos gráficos;

IV- às operações de remessa em que a mercadoria deva retornar ao estabelecimento remetente;

V- às operações que destinem mercadoria a consumidor final não contribuintes do ICMS.

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Do ressarcimento do ICMS-ST

Art. 438. É assegurado ao contribuinte substituído o direito ao ressarcimento do valor do ICMS pago em
razão da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar, ou nas
operações interestaduais com mercadoria ou produto industrializado já tributados por esse regime.

§ 1º Entende-se por fato gerador que não se realizar a inocorrência, por qualquer motivo, de operação
subsequente à entrada da mercadoria, cujo imposto tenha sido retido por substituição tributária.

§ 2º Ocorrendo operação interestadual com mercadoria cujo imposto já tenha sido pago conforme o caput,
quando o valor do ICMS de obrigação direta da operação for inferior ao somatório das parcelas do ICMS
normal e do retido na aquisição mais recente, o contribuinte que efetuar a operação interestadual poderá
efetuar o ressarcimento da diferença.

MVA original x MVA ajustada

MVA original utiliza-se nas opeações internas.


MVA ajustas nas operações interestaduais.

Cálculo com empresa optante do SN


ICMS-ST de Convênio ou Protocolo: remetente sendo do SN para qualquer destinatário no aproveita-se o
crédito correspondente, conforme a origem.
ICMS-ST Interna: remetente e destinatário do SN, no cálculo do ICMS-ST aproveita-se o crédito
correspondente, exceto quando para Dec. 29.560/08.
Empresa na condição de substituto tributário, no cálculo do ICMS-ST aproveita-se o ICMS pela alíquota do
respectivo produto.
(Fonte: LC 123/06; Dec. 24.569/97, art. 436-A)

Tipos de substituição tributária no Ceará

Tipos de substituição Tributária no estado Ceará, a substituição tributária do ICMS pode ser:

 Interna pelo produto: hortifrutícolas, café torrado e moído, leite condensado, creme de leite, queijo,
carnes, madeira, álcool para fins não carburante, calçados e artigo de couros, informática, tecidos e
aviamentos.
 Interna pela CNAE: as atividades relacionadas na Lei 14.237/08, regulamentada nos Dec. 29.560/08,
30.519/11, 31.066/12, 31.270/13 e 32.900/2018; e ainda no Dec. 24.569/97, art. 506 (panificadoras) e
art. 543 (postos de gasolina).
 Decorrente de Convênio ou Protocolo: Aparelho e Lâmina de barbear (Protocolos ICMS 16/1985 e
05/2009); cimento (Protocolo ICMS 11/85); Lubrificantes (Convênio ICMS 110/07) etc.

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Lei estadual nº 14.237/08 – Dispõe sobre o regime de Substituição Tributária nas operações realizadas por
contribuintes do ICMS, enquadrados nas atividades econômicas (CNAE) que indica.

Não aplicabilidade do ICMS-ST Carga Líquida

Art. 6º. Salvo disposição em contrário, na forma que dispuser o regulamento, o regime tributário de que trata
esta Lei não se aplica às operações:

- com mercadoria ou bem destinados ao ativo imobilizado ou consumo do estabelecimento, as quais estão
sujeitas apenas ao recolhimento do ICMS relativo ao diferencial de alíquotas;

- com mercadoria isenta ou não tributada;

- sujeita ao regime de substituição tributária específica, às quais se aplica a legislação pertinente, exceto em
relação às disposições do inciso VIII do caput deste artigo, e aos seguintes produtos:

pneus e câmaras de ar para motos, motonetas, motocicletas, triciclos, quadriciclos, ciclomotores e bicicletas;

peças e acessórios para veículos;

V - com artigos de vestuário e produtos de cama, mesa e banho; VI - com jóias, relógios e bijuterias;

- com mercadoria já contemplada com redução da base de cálculo do ICMS ou com crédito presumido, ou
que, por qualquer outro mecanismo ou incentivo, tenha a sua carga tributária reduzida, exceto os produtos
da cesta-básica;

- com produtos sujeitos à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento), exceto vinhos, sidras e bebidas quentes.

Restabelecimento da cadeia normal de tributação

Art. 7º É vedado o destaque do ICMS no documento fiscal relativo à saída subseqüente da mercadoria cujo
imposto tenha sido recolhido na forma desta Lei, exceto em operações interestaduais, exclusivamente para
efeito de crédito do destinatário.

Parágrafo único. Nas operações internas, quando o adquirente dos produtos tributados na forma desta Lei
não se enquadrar nas atividades dos anexos I e II, poderá fazer o creditamento do ICMS correspondente ao
valor do imposto da respectiva operação, retornando à cadeia normal de tributação.

Restabelecer cadeia ocorre somente nas saídas internas tributadas como substituição tributária na forma dos
Dec. 29.560/08, 31.270/13 e 32.900/2018 e desde que os destinatários não sejam desses mesmos decretos,
e quem recebe a mercadoria tributa tudo novamente, inclusive, dentro do Simples Nacional, quando for o
caso.

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Substituição tributária interna

Açúcar Dec. 24.569/97 art. 460


Alcool anidro e hidratado Dec. 24.569/97 art. 464
Café torrado, moído e solúvel Dec. 24.569/97 art. 532
Calçados e artigos de couro Dec. 28.326/06
Caranguejo IN 31/09
Carne bovina, suína e bufalina Dec. 24.569/97 art. 515 e IN 18/2019
Hortifrutícola Dec. 24569/97 art. 457 e IN 80/2019
Informática Dec. 31.066/2012 e IN 35/2013
Leites e derivados Dec.24.569/97 art. 532
Madeira Dec. 24.569/97 art. 537 e IN 23/2010
Máquinas e equipamentos Dec. 31.268/13
Peças para veículos Dec. 27.667/04
Rede de dormir e pano de rede Dec. 24.569/97 art. 511
Tecidos e aviamentos Dec. 28.443/06 e IN 34/11
Frango vivo Dec. 33.703/2020 e IN/2020.

Substituição tributária pela CNAE

Alimentos e congêneres Dec. 29.560/08


Autopeças Dec. 30.519/2011
Informática Dec. 31.066/2012
Material de construção Dec. 31.270/2013
Móveis e eletros Dec. 32.900/2018
Revendedores de prod. farmacêuticos Dec. 24.569/97 Art 546 ss
Padarias e panificadores Dec. 24.569/97 Art. 506
Postos de combustíveis Dec. 24.569/97 Art. 543
Transporte de mercadorias Dec. 33.729/2020 e IN 7/2020
Indústria de bebidas quentes Dec. 31.346/2013 e Dec. 29.560/08
Indústria de confecção Dec. 28.443/06 e IN 34/2011

Substituição por Protocolo ou Convênio

Água mineral Protocolo 11/91


Aparelhos e laminas de barbear Protocolo 16/85 e 05/09
Cerveja e chope Protocolo 11/91 e 10/92
Cigarro e papel para cigarro Convênio 142/2018
Combustíveis e derivados do petróleo Convênio 110/7
Cimento Convênio 142/2018 e Protocolo 11/85
Farinha e grão de trigo Protocolo 46/00, 184/09 e 04/2020
Celulares e chips Convênio 142/2018
Gelo Protocolo 11/91
Lampadas Protocolo 17/85 e alterações
Leite em pó Protocolo 12/96 e alterações
Massas alimentícias Protocolo 53/2017

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Peças para veículos Protocolo 22/08
Pilhas e baterias Convênio 142/2018
Pneumáticos Convênio 142/2018
Querosene Convênio 1110/07
Ração para animais domésticos Convênio 142/2018
Sorvetes e picolés Protocolo 45/91
Refrigerante e bebidas frias Protocolo 11/91
Tintas e vernizes Convênio 142/2018 e 118/2017
Veículos novos Dec. 24.569/97 art. 561 ao 563-C, Convênio 142/2018 e 51/00
Telhas e cumeeiras Protocolo 32/92

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