Ref 7
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CURITIBA
2018/2019
GUILHERME ANTONIO SIEMENTCOSKI
CURITIBA
2018/2019
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RESUMO
ABSTRACT
The labor limbo represents a situation of vulnerability of the worker due to conflict of
medical opinions between the employer's work doctor and the INSS medical expert.
The objective of the paper is to present a case involving labor limbo, its
repercussions for all those involved and show some considerations about the
subject. It is concluded that it is a delicate matter that the most prudent to do is to
avoid leaving the worker in limbo.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 RELATO DE CASO ................................................................................................. 6
3 DISCUSSÃO ............................................................................................................ 7
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9
5
1 INTRODUÇÃO
art. 30, coloca que compete privativamente aos ocupantes do cargo de Perito
Médico da Previdência Social emitir parecer conclusivo quanto à capacidade
laboral para fins previdenciários. Por haver normas conflitantes acerca de um
mesmo assunto, deverá prevalecer a que tiver uma posição hierárquica em nosso
ordenamento jurídico, que nesse caso é a Lei 11.907/2009 por ser uma lei federal
ordinária enquanto a NR-7 foi editada por uma portaria.
Além disso, a Lei 605/1949, que é uma lei federal, e a Súmula n. 15 do TST
elencam um ranking dos atestados médicos, onde a decisão do perito médico do
INSS está no topo, na posição mais privilegiada, devendo ser acatada pelos
demais, onde se inclui o médico do trabalho e /ou médico examinador do
empregador.
O objetivo deste trabalho é mostrar um caso envolvendo o limbo trabalhista
assim como suas repercussões.
2 RELATO DE CASO
administrativos que não tinham vaga naquela ocasião. Sendo assim, para não emitir
um atestado de saúde ocupacional como inapto ao trabalho e reencaminhar o
trabalhador ao INSS sob o risco de ter o novo pedido de auxílio-doença negado e
assim criar um limbo trabalhista, optamos por emitir um ASO (atestado de saúde
ocipacional) com o resultado de “apto com contraindicação à função de motorista”
para que ficasse claro que não estávamos afrontando uma decisão do INSS e
também para que o trabalhador não voltasse a dirigir evitando que causasse dano a
si mesmo e a terceiros num eventual acidente de trânsito. Essa conduta foi discutida
também pelo setor jurídico da clínica de medicina do trabalho e corroborada por
esse setor.
Passados dois dias da avaliação desse colaborador, a transportadora entrou
em contato com a clínica de medicina do trabalho e exigiu que fosse emitido um
ASO como inapto à função e que não iria pagar nada ao trabalhador até estar cem
por cento apto ao trabalho. Com a recusa de tomar essa conduta por parte da
clínica, a transportadora quebrou o contrato com a clínica para buscar outra que
seguisse seus interesses. Após essa situação, a clínica passou a exigir que todos os
médicos assinassem um termo dizendo que só poderia ser emitido atestado de apto
ao trabalho se não houvesse nenhum tipo de restrição ou recomendação para os
trabalhadores e que qualquer coisa diferente de totalmente apto seria equivalente a
inapto ao trabalho. Não concordei com essas condições e não trabalhei mais nessa
clínica.
Cerca de dois anos após isso, fui informado por outro colega médico que o
trabalhador teve melhora clínica e remissão do quadro depressivo, mas que não
conseguiu mais afastamento pelo INSS e que estava processando a transportadora
na Justiça Trabalhista devido ao período em que ficou sem benefício previdenciário
nem salário, o limbo trabalhista.
3 DISCUSSÃO
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 605 de 5 de jan. de 1949. Dispõe sobre o repouso semanal remunerado
e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos.
BRASIL. Lei n 11.907 de 2 de fev. de 2009. Dispõe das carreiras e dos cargos da
administração pública federal.
BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1a edição. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2002.