Vilma - Trabalho de Mic
Vilma - Trabalho de Mic
Vilma - Trabalho de Mic
NOME CLASSIFICAÇÃO
1 Aldina Walicala
2 Ângela César
3 António Roque
4 Benedita Segunda
5 Domingas Camuenho
6 Elvira Cossengue
7 Generosa Ferreira Domingos
8 Letícia Segunda
9 Lucrécia Malungo
10 Mateus Teixeira Henriques
"A verdadeira sabedoria está em reconhecer que sempre temos mais a
aprender do que a ensinar." - Autor desconhecido
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho à nossa família, amigos e colegas que nos apoiaram e
encorajaram ao longo desta jornada acadêmica. Agradecemos por sua paciência,
compreensão e amor incondicional. Este trabalho é dedicado a vocês, pois sem
o seu apoio, não teríamos alcançado este marco em nossas vidas. Obrigado por
serem nossa fonte de inspiração e motivação constante.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar à Deus Todo-Poderoso, pela bênção da vida, por nos permitir
caminhar e nos acompanhar em mais uma etapa fundamental de nossa vida,
que são os nossos estudos universitários.
2.3.3. A TB extra-pulmonar..................................................................... 17
2.5.4. Baciloscopia.................................................................................. 22
3. METODOLOGIA ....................................................................................... 29
4. RESULTADOS .......................................................................................... 31
5.3. Sugestões para melhoria das intervenções dos analistas clínicos nesse
contexto ........................................................................................................ 33
7. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 36
1. INTRODUÇÃO
A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas e persistentes da
humanidade, permanecendo como um importante problema de saúde pública
em todo o mundo. É uma doença infecciosa de grande importância global, sendo
uma das principais causas de morbidade e mortalidade em muitas regiões do
mundo, inclusive na comunidade de Huambo. Caracterizada pela infecção pelo
Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose afeta principalmente os pulmões,
embora possa comprometer outros órgãos do corpo humano. A sua transmissão
ocorre principalmente através do ar, quando uma pessoa doente tosse, espirra
ou fala, liberando as bactérias no ambiente.
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Além disso, a pesquisa sobre este tema oferece uma oportunidade para
compreender os desafios específicos enfrentados pelos profissionais de saúde
em contextos de recursos limitados e propor estratégias eficazes para melhorar
a intervenção e os resultados clínicos. Ao investigar o papel dos analistas
clínicos na abordagem da tuberculose na comunidade de Huambo, este estudo
contribuirá para o desenvolvimento de políticas e programas de saúde mais
eficientes e orientados para as necessidades da população local.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Histórico da doença
A TB se constitui em uma doença infecciosa milenar, com relatos de médicos na
Grécia e Roma antiga.
No decorrer do século XIX e até meados do século XX, era uma doença comum
entre artistas e intelectuais, sendo relacionada a um estilo de vida boêmio e
considerada uma “doença romântica” (SOUZA & VASCONCELOS, 2005).
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aproximadamente 1,5 milhão de mortes relacionadas à doença. A tuberculose é
responsável por uma carga significativa de morbidade e mortalidade,
especialmente em países de baixa e média renda, onde as condições
socioeconômicas precárias e os sistemas de saúde frágeis contribuem para a
disseminação da doença.
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A epidemia de tuberculose associada à co-infecção com HIV aumenta a
incidência de TB principalmente nos países em desenvolvimento. O HIV não só
tem contribuído para um crescente número de casos de TB como também tem
sido um dos principais responsáveis pelo aumento da mortalidade entre os
pacientes co-infectados (JAMAL & MOHERDAUI, 2007).
A forma pós-primária pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum nos
adultos jovens. A principal característica é a tosse, que pode ser seca ou
produtiva. O escarro pode apresentar sangue. A febre ao entardecer, em geral
atinge o limite de 38,5°C. Há sudorese noturna, falta de apetite e a pessoa pode
apresentar “face fatigada” e emagrecimento.
2.3.2. A TB miliar
Corresponde ao comprometimento de, pelo menos, dois órgãos não vizinhos,
simultaneamente, sendo mais frequente em menores de 5 anos, não vacinados
com BCG; em idosos e em imunodeprimidos. Os principais sinais e sintomas
são: emagrecimento, febre e astenia3.
2 MANDELL, G.L; BENNETT, J.E.; DOLIN, R. Mandell’s principles and practice of infectious
diseases. New York: Elsevier/Churchill Livingstone; 2005.
3Litvoc M, França FOS, Bertolozzi MR. Tuberculose. São Paulo: Guanabara Koogan; 2014.
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2.3.3. A TB extra-pulmonar
A tuberculose, ao atingir outros órgãos, é chamada de extrapulmonar, que pode
ocorrer exclusiva ou concomitantemente à forma pulmonar (NORBIS et al.,
2013).
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2.4. Forma de acção no organismo
A infecção começa, ao inalar as partículas infectantes (com o bacilo de Koch)
até que estes atingem os alvéolos pela via respiratória. Em primeiro, desenvolve-
se, no pulmão, o complexo primário pulmonar4. Depois, há disseminação aos
linfáticos regionais, seguida de disseminação linfohematogênica. Na grande
maioria dos conctatos, ou seja, aproximadamente em 95% das situações, ocorre
infecção e evolução para latência. A minoria, 5%, desenvolverá a doença na
primoinfecção.
4MELO FAF, et al. Tuberculose. In: Focaccia R, Veronesi R.Tratado de infectologia. 4a ed. São
Paulo: Atheneu; 2009.
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provocar a tuberculose pós-primária ao escapar do sistema imune (NORBIS et
al., 2013).
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espontaneamente a expectoração poderá ser necessário recorrer à indução
através da inalação de solução salina hipertônica, à broncofibroscopia (BFC)
com lavado brônquico (LB) e lavado bronco alveolar (LBA), à colecta de
expectoração após BFC e à realização de aspirado gástrico (TUELLER et al.,
2007).
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paciente, são produzidas apenas pelas bactérias do complexo M. tuberculosis e
por todas as cepas patogênicas de M. bovis, estando ausentes no BCG e na
maioria das micobactérias não tuberculosas. Nesse teste, sangue total ou
células mononucleares do sangue periférico, oriundos do paciente, são expostos
aos antígenos ESAT-6 e CFP-10 que, produzidos em laboratório, estimulam os
linfócitos T a secretarem IFN-γ. Se o paciente já teve contato com a micobactéria,
causadora de TB, os linfócitos T de memória irão secretar grande quantidade de
IFN-γ. No IGRA, pode ser detectada a secreção de IFN-γ, pelo método de ELISA,
ou a quantidade de linfócitos T secretores de IFN-γ, pela técnica ELISPOT
(DRUSZCZYNSKA et al., 2012; METCALFE et al., 2011 apud FERRI 2014).
do lobo inferior. Outras alterações que podem ser encontradas são cavitações,
padrão miliar, adenopatias, derrame pleural e atelectasias (BENTO et al., 2011;
CHANG et al., 2008).
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segmentos ápico-posteriores dos lobos superiores ou segmentos superiores dos
lobos inferiores.
2.5.4. Baciloscopia
A baciloscopia consiste em realizar um esfregaço em lâmina do material
biológico, com posterior coloração de Ziehl-Neelsen, Kinyoun modificada ou
auramina-O e rodamina. A mais empregada para o diagnóstico de TB é a de
Ziehl-Neelsen e a amostra mais encaminhada para a pesquisa de BAAR é o
escarro (PALOMINO, 2005).
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Quando são encontrados em média 1 a 10 BAAR por campo nos primeiros
50 campos, relata-se “positivo (++)”;
Quando são encontrados em média mais de 10 BAAR por campo nos
primeiros 20 campos, relata-se “positivo (+++)”.
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A terceira fase é a semeadura. O método cultural mais utilizado é a semeadura
em meio sólido à base ovo ou agar. Os mais empregados são Löwenstein-
Jensen (LJ) e Ogawa-Kudoh (OK) que são à base de ovo e contêm o corante
verde malaquita que inibe a microbiota contaminante. Os meios à base de agar
são o Middlebrook 7H10 e Middlebrook 7H11. São transparentes e permitem a
visualização precoce das colônias. Existe também, geralmente, em laboratórios
maiores ou de referência, a cultura em meio líquido, mais recomendada para
amostras com baixa quantidade de BK, pois são mais enriquecidos que os
sólidos. Os meios líquidos são desenvolvidos, a partir dos meios Middlebrook
7H9 e Middlebrook 7H9 modificado, podendo ser aplicados em sistemas
automatizados ou manuais.
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2.5.6. Testes de biologia molecular
Os testes de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) são métodos rápidos com
alta especificidade e sensibilidade. Entre as metodologias mais empregadas nos
TAAN, está a Reação em cadeia da Polimerase (PCR, do inglês Polymerase
Chain Reaction), que pode ser aplicada diretamente na amostra biológica, como
no escarro ou na colônia suspeita (DROBNIEWSKI et al., 2013).
Somente os núcleos secos das gotículas (Núcleo de Wells), com diâmetro de até
5μm e com 1 a 2 bacilos em suspensão, podem atingir os bronquíolos e alvéolos
e então iniciar a multiplicação (Brasil, 2011).
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resistentes à invasão. Para que ocorra a infecção, os bacilos precisam chegar
aos bronquíolos e alvéolos, onde são capturados pelos macrófagos.
Além disso, é importante destacar que nem todas as pessoas infectadas pelo
Mycobacterium tuberculosis desenvolvem a doença ativa. Na maioria dos casos,
o sistema imunológico é capaz de controlar a infecção, levando à formação de
uma infecção latente. Nessas situações, a pessoa infectada não apresenta
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sintomas e não é contagiosa, mas corre o risco de desenvolver a doença ativa
no futuro, especialmente se estiver em situações de imunossupressão.
Nesta fase deve ser utilizada a forma “Quatro em Um” (Coxcip 4): ou seja, quatro
medicamentos em um só comprimido. O número de comprimidos varia segundo
o peso do paciente.
O comprimido deve ser tomado em jejum, uma hora antes do café da manhã ou
2 horas após. O tratamento é inteiramente gratuito em todo o território nacional.
Há esquemas especiais nos casos de intolerância aos medicamentos, ou no
caso de hepatotoxicidade, de hipersensibilidade ou de resistência às drogas.
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os pacientes, para a identificação de necessidades de saúde, pois estas podem
dificultar a adesão ao tratamento6.
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educação da população sobre os sinais e sintomas da tuberculose, medidas de
prevenção da transmissão e importância da adesão ao tratamento.
3. METODOLOGIA
Nesta seção, descreveremos a metodologia adotada para conduzir o estudo
sobre a intervenção dos analistas clínicos nos problemas de tuberculose na
comunidade de Huambo.
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3.3. Instrumentos de coleta de dados
Para coletar os dados necessários, serão utilizados diferentes instrumentos,
incluindo:
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4. RESULTADOS
Nesta seção, apresentaremos os resultados obtidos a partir da análise dos dados
coletados sobre a intervenção dos analistas clínicos nos problemas de
tuberculose na comunidade de Huambo.
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identificadas lacunas na capacitação dos profissionais de saúde em relação ao
diagnóstico e tratamento da tuberculose, bem como na implementação de
medidas de prevenção e controle da doença.
5. DISCUSSÃO E RECOMENDAÇÕES
Nesta seção, discutiremos os resultados obtidos à luz da literatura existente, bem
como as contribuições dos analistas clínicos na abordagem dos problemas de
tuberculose na comunidade de Huambo, seguidas de sugestões para melhorar
suas intervenções nesse contexto.
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operacionais do sistema de saúde local. Esses desafios estão em linha com
estudos anteriores que identificaram obstáculos semelhantes, como a falta de
recursos, infraestrutura precária e baixa adesão ao tratamento por parte dos
pacientes.
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Fortalecer a colaboração interprofissional e a integração dos serviços de
saúde, promovendo uma abordagem multidisciplinar e holística no manejo
da tuberculose.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta seção, faremos uma síntese dos principais achados deste estudo e
apresentaremos considerações finais sobre a importância da intervenção dos
analistas clínicos nos problemas de tuberculose na comunidade de Huambo.
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6.2. Considerações finais sobre a importância da intervenção dos
analistas clínicos nos problemas de tuberculose na comunidade de
Huambo
Em conclusão, este estudo destaca a importância vital da intervenção dos
analistas clínicos nos problemas de tuberculose na comunidade de Huambo.
Esses profissionais desempenham um papel essencial na detecção precoce,
diagnóstico correto e tratamento eficaz da doença, contribuindo assim para a
redução da morbimortalidade associada à tuberculose e para a promoção da
saúde pública na região.
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7. BIBLIOGRAFIA
1. BENTO, J. et al. Métodos diagnósticos em tuberculose. Acta Médica
Portuguesa, Porto, v. 24, n. 1, p. 145-154, 2011.
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no Distrito Sanitário do Butantã, São Paulo [tese]. São Paulo: Faculdade
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; 1998
3. BERTOLOZZI, M.R. et al. O controle da tuberculose: um desafio para a
saúde pública/ Tuberculosis’ control: a challenge for the public health. Rev
Med (São Paulo). 2014 abr.-jun.;93(2):83-9.
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10. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_laboratoria
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36
12. JAMAL, L.F.; MOHERDAUI, F. Tuberculose e infecção pelo HIV no Brasil:
magnitude do problema e estratégias para o controle. Rev. Saúde Publica
41(1): 104-110, 2007.
13. MELO FAF, et al. Tuberculose. In: Focaccia R, Veronesi R.Tratado de
infectologia. 4a ed. São Paulo: Atheneu; 2009.
14. NORBIS, L. et al. Tuberculosis: lights and shadows in the current
diagnostic landscape. New Microbiologica, Bologna, v. 36, n. 2, p. 111-
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a curable disease-journey over a millennium. Indian Journal of Medical
Research, New Delhi, v. 137, n. 3, p. 455-493, 2013.
16. SOUZA, M.V.N. & VASCONCELOS, T.R.A. Fármacos no combate à
tuberculose: passado, presente e futuro. Quím. Nova 28(4): 678-682,
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17. TUELLER, C. et al. Diagnostic yeld of sputum, induced sputum and
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Respiratory Critical Care Medicine, New York, v. 175, n. 1, p. 80-86, 2007.
18. VIEIRA, D.E.O & GOMES, M. Efeitos adversos no tratamento da
tuberculose: experiência em serviço ambulatorial de um hospital-escola
na cidade de São Paulo. J. Bras. Pneumol. 34(12): 1049-1055, 2008.
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