Edital015 2019 RJ
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Assinale a única assertiva CORRETA relacionada aos “porquês”:
a) Por que as informações importantes feitas pelo escrivão foram retiradas do processo?
b) Ainda não conseguimos compreender o porque da questão da prova ser anulada.
c) O aluno não conseguiu explicar o porque de não ter estudado para o exercício avaliativo.
d) O professor manifestou-se contrário ao relato do estudante porquê almejava a argumentação
com fundamentação teórica.
4. De acordo com as regras gramaticais do uso da crase, marque a única frase CORRETA:
a) Utiliza-se crase antes de substantivos masculinos, como em “andar à pé”.
b) A crase é obrigatória entre substantivos iguais, como em “face à face” e “corpo à
corpo”.
c) Antes de verbo é necessário o uso da crase, como em “Ela aprendeu rapidamente à ler
julgados”.
d) Utiliza-se crase na frase “Todos ficaram atentos às conclusõesdo inquérito.”, pois o
adjetivo atentos pede a preposição “a”.
5. De acordo com a nova ortografia, assinale a alternativa em que todas as palavras estão
CORRETAS no tocante ao uso do hífen:
a) Boa-fé, bom-tom, bem-estar.
b) Castanha do pará, capim limão, erva doce.
c) Extra-oficial, infra-citado, neo-clássico.
d) Supra-citado, ultra-violeta, auto-biografia.
d) De acordo com a nova ortografia, utiliza-se hífen em compostos que designam espécies
botânicas ou zoológicas. São os casos de “andorinha-grande” e de “ervilha-de-cheiro”.
DIREITO CIVIL
11. De acordo com o Código Civil, são causas de exclusão de ilicitude:
a) Legítima defesa, estado de necessidade e dolo de terceiro.
b) Exercício regular de direito reconhecido, estado de necessidade e dolo bilateral.
c) Exercício regular de direito reconhecido, estado de necessidade e erro substancial.
d) Legítima defesa, exercício regular de direito reconhecido e estado de necessidade.
TIPO 1
d) Os militares em serviço.
24. Fulano propôs ação de divórcio e partilha em face de Beltrano. Na inicial, narrou a
existência de união estável prévia ao casamento, durante a qual ambos adquiriram um
apartamento. Alegou que, depois de celebrado o casamento, ambos adquiriram outro bem,
um veículo. No pedido, requereu o divórcio e a partilha dos bens adquiridos na constância
do casamento, narrados na inicial.
Beltrano, em contestação, não impugnou os fatos narrados e concordou com a partilha dos
bens adquiridos na constância do casamento.
Na sentença, o magistrado decretou o divórcio e determinou a partilha de ambos os bens
(apartamento e veículo), sob a alegação de que todos os fatos narrados restaram
incontroversos, e que era dever legal partilhar o apartamento.
Considerando o enunciado acima, assinale a alternativa CORRETA:
a) A sentença será totalmente nula, por ser extra petita e violar o princípio da congruência.
b) A sentença será parcialmente nula, por ser extra petita apenas em relação ao apartamento, e
violar o princípio da congruência, nesta parte.
c) A sentença será anulável, pois dependerá de recurso próprio para ser anulada, sob pena de
convalidação.
TIPO 1
d) A sentença será válida, pois o magistrado aplicou a interpretação extensiva do pedido, que
considera o conjunto da postulação e observa o princípio da boa-fé.
25. Fulano foi condenado, por sentença de primeiro grau, a devolver o imóvel a Beltrano,
autor da demanda. Trata-se de uma promessa de compra e venda com a cessão da posse
em caráter precário, para a qual foi pedida a resolução por inadimplemento e o retorno
das partes ao status quo ante. A decisão transitou em julgado, e Beltrano requereu, em
sede de cumprimento da sentença, a expedição do mandado de imissão na posse.
Fulano, no prazo legal, instaura impugnação ao cumprimento da sentença, requerendo a
retenção do imóvel por benfeitorias, até que as mesmas sejam indenizadas. Apresentou
valores e pediu a sua liquidação, nos próprios autos.
Considerando o enunciado acima, assinale a alternativa CORRETA:
a) O magistrado poderá conceder o efeito suspensivo à impugnação, pois, na hipótese, estão
presentes todos os requisitos legais.
b) O magistrado não poderá conceder efeito suspensivo à impugnação, por ausência de requisito
legal, mas deverá instaurar a liquidação das benfeitorias indenizáveis.
c) O magistrado deverá negar provimento à impugnação, liminarmente, por seus fundamentos
serem contrários a dispositivo expresso de lei.
d) O magistrado deverá julgar procedente a impugnação, pois se trata de direito previsto em lei
e, portanto, questão de ordem pública.
26. Fulano propõe ação de adjudicação compulsória contra Beltrano, tendo por base
contrato de promessa de compra e venda com preço quitado, mas que não se encontra
averbada junto à matrícula do imóvel. O processo está em sua fase postulatória. Cicrano,
por sua vez, fica sabendo da existência desse processo, e figura como promitente
comprador do mesmo imóvel, em outro contrato. Mas, assim como Fulano, não averbou a
promessa junto à matrícula do imóvel. Seu contrato, porém, é anterior ao de Fulano.
Para fazer prevalecer o seu direito de promitente comprador, garantindo que a sua causa
seja julgada antes da de Fulano, Cicrano deverá propor:
a) Embargos de terceiro.
b) Oposição.
c) Adjudicação compulsória.
d) Denunciação da lide.
27. Fulano interpõe impugnação ao cumprimento da sentença que versa sobre obrigação
de pagar quantia certa. A impugnação é rejeitada pelo magistrado. Na decisão que a
rejeita, o magistrado fixou honorários sucumbenciais em 10%. Considerando o enunciado
acima, assinale a alternativa CORRETA:
a) O magistrado acertou, pois os honorários de sucumbência são devidos no cumprimento da
sentença e na sua impugnação cumulativamente.
b) O magistrado errou, pois os honorários, em cumprimento de sentença, não poderão
ultrapassar 10%.
c) O magistrado errou,pois, na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença,
não são cabíveis honorários advocatícios.
d) O magistrado errou, pois não são cabíveis honorários advocatícios em impugnação ao
cumprimento da sentença, em nenhuma hipótese.
TIPO 1
DIREITO PENAL
31. Em relação às assertivas abaixo, assinale a alternativa CORRETA:
I - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
II - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, se
ainda não decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
III - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
a) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
c) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.
TIPO 1
44. Tendo em conta as assertivas abaixo lançadas, é acertado aduzir em relação às prisões
e medidas cautelares no processo penal:
I – Não pode o juiz decretar de ofício a prisão preventiva na fase do inquérito policial.
II – A prisão temporária tem duração de 05 (cinco dias), prorrogável por igual período.
III – As medidas cautelares alternativas à prisão não devem ser aplicadas cumulativamente, em
face da proporcionalidade e da proibição de excesso.
TIPO 1
IV – Descumprida medida cautelar alternativa à prisão, deverá o juiz decretar então a prisão
preventiva do indiciado ou acusado.
V – Pode o juiz, independentemente de pedido do Ministério Público, converter a prisão em
flagrante em preventiva caso presentes seus pressupostos.
a) Apenas as alternativas I, II e V estão corretas.
b) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
c) Somente a alternativa III está errada.
d) Apenas as alternativas II e V estão corretas.
46. A prisão domiciliar ganhou especial relevo no processo penal brasileiro para substituir
a prisão preventiva, sendo EQUIVOCADO a respeito afirmar:
a) É autorizada para mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos, desde que
não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.
b) Pode ser aplicada quando o agente simplesmente for maior de 80 (oitenta) anos.
c) A prisão domiciliar não pode ser cumulada com medidas cautelares alternativas à prisão.
d) É cabível à mulher gestante, desde que não tenha cometido crime com violência ou grave
ameaça.
47. Sobre a sentença penal, aponte, dentre as alternativas abaixo elencadas, aquela que
pode ser tida como CORRETA:
a) No prazo de dois dias, qualquer das partes poderá pedir ao juiz que esclareça a sentença,
sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.
b) O juiz poderá, caso discorde da definição jurídica atribuída na denúncia, dar ao fato nova
capitulação jurídica, desde que o Ministério Público faça o aditamento após instado para tal.
c) Na sentença condenatória o juiz poderá fixar o valor que entender necessário para total
reparação dos danos sofridos pela vítima.
d) Na sentença absolutória imprópria o acusado recebe o perdão judicial.
49. Considerando a revisão criminal, indique a assertiva que NÃO apresenta erronia:
a) Não é propriamente recurso, mas ação autônoma de impugnação, pois instaura uma nova
relação jurídica processual.
b) A revisão não pode ser requerida após a extinção da pena.
c) Pode a revisão ser manejada pelo querelante ou por seu procurador devidamente habilitado.
d) Se no curso da revisão criminal o interessado falecer, será julgada extinta sem julgamento de
mérito.
50. A Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas) possui algumas peculiaridades
no campo processual penal, dentre as quais NÃO se pode destacar:
a) O número de testemunhas previsto para o procedimento é de até 5 (cinco).
b) Para lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é
suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial
ou, na falta deste, por duas pessoas idôneas.
c) Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
d) Encerrados os debates na audiência de instrução, o juiz proferirá desde logo a sentença ou
então no prazo de 10 (dez) dias.
DIREITO CONSTITUCIONAL
51. Em relação ao Poder Constituinte é CORRETO afirmar:
a) Conforme posição do STF as normas consideradas como clausulas pétreas não podem ser
objeto de mudança de texto por meio de emenda constitucional, em razão de vedação expressa
pelo art. 60 da CF/88.
b) O poder constituinte originário tem como titular, nos dias atuais, a nação por ser a expressão
da vontade da maioria dos cidadãos.
c) O poder constituinte derivado é um poder politico, que surge por previsão constitucional e
que tem por função alterar a Constituição por meio de emendas constitucionais.
d) A proposta de emenda constitucional rejeitada ou tida como prejudicada não poderá ser
apreciada na mesma sessão legislativa, salvo se houver recurso da maioria absoluta dos
membros da respectiva casa legislativa.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Faça a correção dos pronomes demonstrativos nas frases, de acordo com a norma culta
da língua portuguesa. Ao verificar a necessidade de correção do pronome demonstrativo,
reescreva a frase completa de cada uma das alternativas abaixo:
a) Esses são os assuntos da nossa próxima reunião: férias coletivas e evasão de alunos.
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b) Este estudante que está ao seu lado não consegue fazer as atividades de Direito
Constitucional.
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d) O estudante fez essa pergunta: Professor, qual o conteúdo da nossa aula de amanhã?
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e) Augusto e Valentina foram ao teatro assistir ao espetáculo “Hamlet”. Aquele gostou muito da
interpretação dos atores, esta nem tanto assim.
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f) Por favor, busque essa caneta que está caída lá no fundo da sala de aula.
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DIREITO
2. Fulano celebra contrato de compra e venda do imóvel de Beltrano, em 20 de março do
corrente ano. O imóvel em questão não possui registro de matrícula junto ao Cartório de
Registro de Imóveis da comarca em que está situado, o que faz com que o contrato, na
verdade, constitua uma cessão onerosa de posse.
Fulano adquire a posse e passa a residir no imóvel. É, porém, surpreendido com uma
intimação judicial informando que o referido imóvel foi penhorado nos autos de uma
execução judicial na qual Beltrano, o cedente, figura como executado. A penhora ocorreu
em 20 de abril do corrente ano, mas a execução foi proposta em 10 de outubro do ano
passado.
Considerando o enunciado acima, o que Fulano poderá alegar e provar para evitar o
reconhecimento da fraude à execução pelo juízo?
RESPOSTA: como se trata de bem não sujeito a registro, será ônus de Fulano, na posição de
terceiro adquirente do bem, provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição,
mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do devedor e no local onde
se encontra o bem, à luz do que dispõe o §2º, do art. 792, do CPC.
TIPO 1
DIREITO
3. Esgotado o prazo para oferecimento da denúncia em caso de ação penal pública
incondicionada, a vítima, por meio de seu procurador devidamente constituído, ajuizou
ação penal privada subsidiária da pública. Nesse caso, é possível a eventual ocorrência de
perempção?
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RESPOSTA:
Tratando-se de ação penal privada subsidiária da pública, essencial considerar que
somente é manejada em casos de ação penal pública onde a vítima ou seu representante
legal oferecem a queixa em face do representante do Ministério Público ter deixado
transcorrer seu prazo legal para tanto (art. 46 do CPP), conforme autoriza o art. 100, §
3o, do Código Penal: “A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação
pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal”.
De outro lado, a perempção é causa extintiva da punibilidade que decorre da desídia do
querelante que, intimado para participar ou praticar algum ato processual, não se
manifesta, bem como, segundo alude a jurisprudência, deixa de postular a condenação
do querelado em alegações finais, mostrando assim seu desinteresse pela causa.
Todavia, a perempção somente ocorre nas ações em que se procede mediante queixa ou
por expressa determinação legal (vide art. 60 do CPP).
Ocorre que a ação penal privada subsidiária da pública tem natureza de ação pública e
não perde esta condição mesmo que tenha a vítima ou seu representante legal suprido a
inércia inicial do dominus litis, tanto que a parte final do art. 29 do CPP esclarece que,
em caso de negligência do querelante, o Ministério Público retomará a ação como parte
principal.
De tal forma, a resposta adequada é a de que não é possível a perempção na ação penal
privada subsidiária da pública.