Plano Diretor de Nonoai - RS
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SUMÁRIO
TÍTULO I - DA FUNDAMENTAÇÃO ................................................................................................ 5
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ........................................................................... 5
CAPÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS ............................................................................................... 6
SEÇÃO I – Da Função Social da Cidade e da Propriedade ....................................................... 6
SEÇÃO II – Da Gestão Democrática ......................................................................................... 6
SEÇÃO III – Da Sustentabilidade e do Desenvolvimento Humano ............................................ 7
SEÇÃO IV – Dos Imóveis Subutilizados .................................................................................... 7
CAPÍTULO III – DAS DIRETRIZES GERAIS ................................................................................ 7
CAPÍTULO IV – DOS OBJETIVOS ............................................................................................... 9
CAPÍTULO V – DAS DEFINIÇÕES ............................................................................................ 10
SEÇÃO I – Das Definições Gerais ........................................................................................... 10
SEÇÃO II – Das Definições Específicas .................................................................................. 13
TÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DO PLANO DIRETOR .......................................................... 15
CAPÍTULO I - DA CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................... 15
CAPÍTULO II - DO ZONEAMENTO ............................................................................................ 16
SEÇÃO I - Disposições Gerais ................................................................................................ 16
SEÇÃO II - Do Zoneamento Rural ........................................................................................... 17
Subseção I - Zona de Preservação Permanente ............................................................... 17
Subseção II - Zona Marginal ao Reservatório.................................................................... 19
Subseção III - Zona de Reserva Indígena ......................................................................... 21
Subseção IV - Zona de Reserva Legal .............................................................................. 21
Subseção V - Zona de Produção Agropecuária................................................................. 22
Subseção VI - Zona de Ocupação Densificada ................................................................. 23
SEÇÃO III - Do Zoneamento Urbano ....................................................................................... 23
Subseção I - Zona Mista Central ....................................................................................... 23
Subseção II - Zona Residencial Predominante .................................................................. 24
Subseção III - Zona Industrial Predominante ..................................................................... 25
Subseção IV - Zona de Preservação Permanente ............................................................. 26
Subseção V - Zona de Uso Especial ................................................................................. 27
Subseção VI - Zona de Especial Interesse Social ............................................................. 29
Subseção VII - Das Zonas de Especial Interesse Público ................................................. 31
SEÇÃO V - Dos Alvarás ............................................................................................................. 31
TÍTULO III – DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO ................................................... 32
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS............................................................................. 32
CAPÍTULO II - DO CONTROLE URBANO E AMBIENTAL ......................................................... 33
SEÇÃO I – Dos Perímetros Urbanos ....................................................................................... 33
SEÇÃO II - Uso e Ocupação do Solo Urbano .......................................................................... 35
Subseção I - Da Classificação do Uso do Solo.................................................................. 35
Subseção II - Das Regras Sobre Uso e Ocupação do Solo Urbano .................................. 35
Subseção III – Da Taxa de Ocupação do Solo .................................................................. 36
Subseção IV - Do Índice de Aproveitamento ..................................................................... 37
Subseção V – Do Número de Pavimentos ........................................................................ 37
Subseção VI – Dos Afastamentos ..................................................................................... 38
Subseção VII – Das Vagas de Estacionamento ................................................................ 39
SEÇÃO III – Do Parcelamento do Solo .................................................................................... 40
Subseção I - Das Áreas de Uso Público ............................................................................ 42
Subseção II – Dos Loteamentos de Interesse Social......................................................... 43
Subseção III – Do Parcelamento e das Faixas não-Edificáveis ......................................... 44
Subseção IV – Das Quadras e Lotes ................................................................................ 46
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SEÇÃO IV – Do Sistema Viário ............................................................................................... 46
Subseção I - Das Vias de Circulação Rural ....................................................................... 47
Subseção II - Das Vias de Circulação Urbana ................................................................... 48
Subseção III - Das Calçadas ............................................................................................. 49
Subseção IV - Da Arborização .......................................................................................... 50
SEÇÃO V – Da Infraestrutura .................................................................................................. 50
SEÇÃO VI – Das Edificações e Obras ..................................................................................... 51
SEÇÃO VII – Das Posturas Municipais .................................................................................... 52
SEÇÃO VIII – Do Código Tributário Municipal ......................................................................... 53
SEÇÃO IX – Do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV ............................................. 53
SEÇÃO X – Da Legislação Ambiental Municipal ...................................................................... 55
Subseção I - Dos Recursos Hídricos ................................................................................. 55
Subseção II – Da Preservação Ambiental ......................................................................... 56
CAPÍTULO III – DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA .............................................. 56
SEÇÃO I - Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios...................................... 56
SEÇÃO II - Do IPTU Progressivo no Tempo ............................................................................ 57
SEÇÃO III - Da Desapropriação com Pagamento em Títulos .................................................. 58
SEÇÃO IV - Do Consórcio Imobiliário ...................................................................................... 58
SEÇÃO V - Do Direito de Preempção ...................................................................................... 59
SEÇÃO VI - Da Outorga Onerosa do Direito de Construir ....................................................... 60
SEÇÃO VII - Das Operações Urbanas Consorciadas .............................................................. 60
SEÇÃO VIII - Da Transferência do Direito de Construir ........................................................... 61
SEÇÃO IX - Do Direito de Superfície ....................................................................................... 62
SEÇÃO X - Do Usucapião Especial de Imóvel Urbano ............................................................ 63
TÍTULO IV - DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO E DE QUALIFICAÇÃO
TERRITORIAL E URBANÍSTICA DO MUNICÍPIO .............................................. 64
CAPÍTULO I - DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................... 64
SEÇÃO I - Programa de Incentivos Fiscais e Materiais para Investimentos............................. 66
SEÇÃO II - Programa de Dinamização da Economia............................................................... 66
SEÇÃO III – Programa de Desenvolvimento Rural .................................................................. 67
SEÇÃO IV - Programa de Desenvolvimento Turístico.............................................................. 68
CAPÍTULO II - DA ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL ......................................... 69
SEÇÃO I - Programa de Saneamento Ambiental Integrado ..................................................... 70
SEÇÃO II - Programa de Proteção às Áreas Naturais e Qualificação Paisagística .................. 72
SEÇÃO III - Programa de Implantação e Manutenção do Sistema de Áreas Verdes
Urbanas ........................................................................................................................ 72
SEÇÃO IV- Programa de Controle da Poluição ....................................................................... 73
CAPÍTULO III - DA ESTRATÉGIA DE ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL .................................. 73
SEÇÃO I - Programa Viário ..................................................................................................... 75
SEÇÃO II – Programa de Trânsito ........................................................................................... 76
SEÇÃO III – Programa de Espaços Referenciais..................................................................... 76
SEÇÃO IV – Programa de Habitação de Interesse Social ....................................................... 76
SEÇÃO V – Programa de Regularização Fundiária ................................................................. 77
SEÇÃO VI – Programa de Racionalização da Estrutura Urbana .............................................. 78
SEÇÃO VII – Programa de Estruturação de Áreas Industriais ................................................. 79
CAPÍTULO IV - DA ESTRATÉGIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO PARTICIPATIVOS ......... 79
SEÇÃO I - Programa de Reestruturação Administrativa do Poder Executivo Municipal ........... 81
SEÇÃO II - Programa de Coordenação de Políticas Públicas .................................................. 81
SEÇÃO III - Programa de Promoção da Democracia Participativa........................................... 82
SEÇÃO IV - Programa de Avaliação e Monitoramento do Desempenho Municipal .................. 82
SEÇÃO V - Programa de Apoio à Tomada de Decisão............................................................ 82
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TÍTULO V - DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ...................................................... 83
CAPÍTULO I - DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE .................................... 83
SEÇÃO I - Das Disposições Gerais e Âmbitos de Ação........................................................... 83
CAPÍTULO II – DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADA ......................... 83
SEÇÃO I – Dos Objetivos ........................................................................................................ 84
SEÇÃO II – Da Composição .................................................................................................... 84
SEÇÃO III - Das Atribuições .................................................................................................... 85
CAPÍTULO III – DOS MECANISMOS DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE
GESTÃO .......................................................................................................... 86
SEÇÃO I – Do Fundo Municipal de Melhoria da Vida Urbana .................................................. 86
SEÇÃO II – Do Sistema Único de Informações........................................................................ 87
SEÇÃO III – Da Avaliação do Sistema de Planejamento ......................................................... 88
SEÇÃO IV – Do Monitoramento da Implementação do Plano Diretor ...................................... 89
CAPÍTULO IV - DOS INSTRUMENTOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................... 89
SEÇÃO I - Do Congresso do Município ................................................................................... 90
SEÇÃO II – Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano ........................................... 91
Subseção I - Da Definição e dos Objetivos do Conselho ................................................... 91
Subseção II - Das Competências ...................................................................................... 91
Subseção III – Da Composição ......................................................................................... 93
Subseção IV - Da Eleição e do Mandato dos Conselheiros ............................................... 94
CAPÍTULO V – DO PROCESSO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO
DIRETOR E SUAS LEIS E PLANOS SUPLEMENTARES................................ 94
CAPÍTULO VI - DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO MUNICIPAIS .......................... 95
TÍTULO VI – DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES .............................................................................. 95
TÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ..................................................................... 96
TÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................. 97
TÍTULO IX – DOS ANEXOS .......................................................................................................... 97
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Lei Complementar nº 01, de 29 de novembro de 2012.
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1.3 CAPÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS
1.4 SEÇÃO I – Da Função Social da Cidade e da Propriedade
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1.6 SEÇÃO III – Da Sustentabilidade e do Desenvolvi-
mento
Humano
Art. 7º - A sustentabilidade e o desenvolvimento humano constituem os
conceitos fundamentais que articulam todas as estratégias de desenvolvimento estabeleci-
das no presente Plano.
Art. 8º - É dever da Administração Pública Municipal, do Poder Legisla-
tivo Municipal e da comunidade zelar pela sustentabilidade e pelo desenvolvimento humano
no Município.
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implementada em conformidade com as diretrizes gerais estabelecidas nos termos do Art.
2.º, incisos I a XVI, do Estatuto da Cidade, e incorporadas ao ordenamento jurídico munici-
pal.
Parágrafo único - Visando garantir conformidade e vinculação entre todas
as ações relacionadas com a Política territorial e urbanística Municipal e as diretrizes gerais
referidas no caput, fica estabelecido que administradores, legisladores, conselhos munici-
pais, cidadãos e intérpretes em geral da presente Lei Complementar orientar-se-ão pelas
seguintes diretrizes:
I- garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o di-
reito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao trans-
porte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II - gestão democrática, por meio da participação da população e
de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, exe-
cução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III - cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais
setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV - planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição
espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua á-
rea de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus
efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V- oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e
serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às característi-
cas locais;
VI - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou
inadequados em relação à infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam
funcionar como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura corresponden-
te;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
VII - integração e complementaridade entre as atividades urbanas e
rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob
sua área de influência;
VIII - adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços
e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e
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econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do proces-
so de urbanização;
X- adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e
financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privi-
legiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes
segmentos sociais;
XI - recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha
resultado a valorização de imóveis urbanos;
XII - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural
e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII - audiência do Poder Público municipal e da população interes-
sada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos poten-
cialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança
da população;
XIV - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização,
uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da popula-
ção e as normas ambientais;
XV - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação
do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da
oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI - isonomia de condições para os agentes públicos e privados na
promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido
o interesse social.
1.8 CAPÍTULO IV – DOS OBJETIVOS
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sariamente, uma unidade administrativa).
CIDADE – Refere-se à área urbana delimitada pelo perímetro
urbano da Sede Administrativa do município.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO: É o índice calculado
pela relação entre a área da edificação e a área do lote ou gleba. Os valores estabelecidos
nesta Lei Complementar em cada zona para coeficientes de aproveitamento básico, máximo
e mínimo, determinam o intervalo em que a Lei Municipal de Uso do Solo poderá variar ao
regulamentar o uso e a ocupação em cada zona.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO – Aquele es-
tabelecido para a zona, entendido como o maior índice de construção permitido sobre o lote,
já considerados os acréscimos resultantes da recepção de potencial construtivo de outro
imóvel ou a aplicação do instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÍNIMO – Aquele es-
tabelecido para a zona, entendido como o menor índice de construção admitido sobre o lote,
inferior ao qual estará sujeito à aplicação de dispositivos de indução à ocupação.
COMÉRCIO – O comércio atacadista intermedeia a troca de
mercadorias entre produtor e varejistas e, pela movimentação de veículos de carga e incô-
modos à vizinhança, são equivalentes às indústrias gerais e pesadas (ver adiante). O co-
mércio varejista vende ao consumidor final.
CONDOMÍNIO URBANÍSTICO – A divisão de gleba ou lote em
frações ideais, correspondentes a unidades autônomas destinadas à edificação e áreas de
uso comum dos condôminos, que não implique na abertura de logradouros públicos, nem na
modificação ou ampliação dos já existentes, podendo haver abertura de vias internas de
domínio privado.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – É um processo no qual se
ampliam as oportunidades dos seres humanos. Em princípio, estas oportunidades podem
ser infinitas e mudar com o tempo. No entanto, em todos os níveis de desenvolvimento, os
três mais essenciais são: desfrutar de uma vida prolongada e saudável; adquirir conheci-
mentos e ter acesso a recursos necessários para conseguir um nível de vida decente. Se
não se consegue estas oportunidades essenciais, muitas alternativas continuarão sendo
inacessíveis.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – É o que satisfaz as
necessidades da geração presente, sem comprometer as possibilidades das futuras gera-
ções em satisfazerem suas necessidades.
ESTRATÉGIA - Articulação de diversos aspectos, fundamen-
tais ao desenvolvimento do município, visando obter um resultado desejado.
INDÚSTRIAS – Primária é a que extrai matéria-prima da natu-
reza (sem transformá-la) ou secundária, que transforma matéria-prima, em escala apreciá-
vel, por processos mecânicos, elétricos, químicos ou outro, em produtos transportáveis. São
indústrias leves as não poluidoras, que não acarretam incômodos ou perigo à vizinhança;
indústrias pesadas as poluidoras do ambiente, apresentando riscos à população (incômo-
das, perigosas) e indústrias gerais as não poluentes, mas que pelo seu porte, trazem dis-
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túrbios ao trânsito.
INDÚSTRIAS – CLASSIFICAÇÃO: Grupo I: Primárias (na zona
rural); Grupo II: Leves (na cidade), próximas às residências, diminuindo-se o número de via-
gens residência-trabalho e vice-versa; Grupo III: Gerais e pesadas (em zonas industriais
especialmente projetadas); Grupo IV: Incômodas e perigosas (em área adequadamente pro-
tegida, fora da cidade, podendo formar distrito industrial especial).
INTEGRAÇÃO – São atividades formais (convênios bilaterais,
consórcios, fundações) e informais entre a municipalidade, a iniciativa privada e municípios
do entorno regional.
IMÓVEL URBANO NÃO EDIFICADO – Imóvel cujo coeficiente
de aproveitamento seja igual a zero, desde que seja juridicamente possível a edificação,
pelo menos para uso habitacional.
INFRAESTRUTURA BÁSICA – É o conjunto de redes e servi-
ços públicos constituídos por rede de abastecimento de água, rede coletora de esgoto, rede
de galerias de águas pluviais, rede de energia elétrica, abertura e pavimentação das vias
públicas e execução de meio-fio.
INFRAESTRUTURA MÍNIMA – Varia conforme o tipo de parce-
lamento do solo urbano ou característica de ocupação do entorno já parcelado.
INTERESSE PÚBLICO – Refere-se a todos os fatos ou todas
as coisas que se entendam de benefício comum ou para proveito geral; ou que se impo-
nham por uma necessidade de ordem coletiva; voltado ao bem comum.
MATA CILIAR – Vegetação que cresce junto às margens de
um curso d’água de qualquer porte e ao longo desse, e impede ou dificulta seu assoreamen-
to.
MOBILIÁRIO URBANO – São elementos aparentes no espaço
urbano tais como: painéis, cartazes, elementos de sinalização urbana, elementos aparentes
da infraestrutura urbana, cabinas telefônicas, caixas de correio, lixeiras, abrigos de pontos
de ônibus, bancos, bancas de revista, etc.
OCUPAÇÃO IRREGULAR – Ocupação de imóvel ocorrida em
desconformidade com as leis.
PAISAGEM URBANA – É a forma com que a cidade se apre-
senta a seus habitantes e visitantes, se revela nos elementos formais da cidade: edifica-
ções, ruas, praças, viadutos, avenidas, perspectivas visuais, pontos de referência, etc.
PARCELAMENTO DO SOLO – É o processo de divisão ou re-
divisão de uma gleba ou lote.
PARCELAMENTO IRREGULAR – É todo parcelamento não
aprovado pela administração municipal e/ou não registrado.
POLÍTICA PÚBLICA – São as linhas que norteiam as ações
públicas cuja finalidade é atender à coletividade.
POTENCIAL CONSTRUTIVO – Representa a quantidade de
área possível de se edificar sobre um lote urbano, medido através do coeficiente de apro-
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veitamento máximo, básico e mínimo, nos termos desta Lei Complementar.
PRESERVAÇÃO – Conjunto de métodos, procedimentos e po-
líticas que visem à proteção do patrimônio histórico ou ambiental em longo prazo.
PROGRAMAS – Conjunto ordenado de projetos que atendem
problemas específicos e/ou setoriais para atingir os objetivos estratégicos formulados no
Plano.
SALUBRIDADE AMBIENTAL - É a qualidade das condições
em que vivem populações urbanas e rurais no que diz respeito à sua capacidade de inibir,
prevenir ou impedir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente, bem como de
favorecer o pleno gozo da saúde e o bem-estar.
SANEAMENTO - É o conjunto de medidas, visando preservar
ou modificar as condições do ambiente, com a finalidade de prevenir doenças e promover a
saúde. Entende-se por saneamento básico o abastecimento de água, o esgotamento sanitá-
rio, o manejo de resíduos sólidos urbanos e o manejo de águas pluviais urbanas.
SERVIÇO PÚBLICO - É aquele prestado ou assegurado à co-
munidade pela Administração Pública.
USUCAPIÃO – Modo da aquisição da propriedade imóvel, pela
posse pacífica e ininterrupta da mesma durante certo tempo (cinco anos para a área urba-
na).
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ço à divisa do lote da edificação, e cuja altura do pé-direito seja de até 1,10 (um metro e dez
centímetros) acima desse mesmo referencial;
Faixa de domínio: Área contígua a vias de tráfego intermunici-
pal, linhas de transmissão, aeroportos, etc., vedada à construção;
Gleba: É a área de terra que não foi objeto de parcelamento
para fins urbanos.
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Parágrafo único - Os instrumentos de desenvolvimento urbano previstos
neste artigo deverão ser aplicados na forma da presente Lei Complementar como decorrên-
cia do interesse local, sem prejuízo da observância da legislação federal e estadual sobre a
matéria regulada.
Art. 17 - Constituem instrumentos de regularização fundiária:
I- ZEI – Zonas de Especial Interesse;
II - usucapião especial urbano;
III - concessão de uso especial para fins de moradia;
IV - concessão de direito real de uso.
Art. 18 - Constituem instrumentos de gestão democrática:
I- audiência pública;
II - plebiscito;
III - referendo;
IV - gestão orçamentária participativa;
V- iniciativa popular de projeto de lei;
VI - Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV.
Art. 19 - Constituem instrumentos de financiamento da política urbana:
I- fundo municipal de desenvolvimento urbano;
II - transferência do direito de construir;
III - outorga onerosa do direito de construir;
IV - operações urbanas consorciadas;
V- consórcio imobiliário;
VI - direito de preferência;
VII - recursos orçamentários municipais.
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produção primária, sendo esta estruturadora da atividade econômica no Município.
b) Área Urbana – É a área no Município destinada ao desenvolvi-
mento de usos e atividades urbanos, delimitadas de modo a conter a expansão horizontal da
sede e dos distritos, voltada a otimizar a utilização da infraestrutura existente e atender às
diretrizes de estruturação do Município.
II - BAIRROS – São unidades de vizinhança onde tenha sido cons-
truída uma identidade comum sobre um território identificável, não constituindo unidades
administrativas.
III - ZONAS - São setores homogêneos que traduzem espacialmen-
te as estratégias de desenvolvimento, cuja ocupação é regulamentada nesta Lei Comple-
mentar.
IV - ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE - São porções do território
com diferentes características ou com destinação específica, normas próprias de uso e ocu-
pação do solo, e idílica, a serem regulamentadas em lei municipal. Em conformidade com a
demanda, a lei municipal poderá estabelecer novas Zonas de Especial Interesse.
Parágrafo único – O Município deverá promover o processo de participa-
ção popular, para a denominação definitiva dos bairros e traçados de seus limites com vistas
à criação de Lei Municipal de Bairramento no prazo de 06 (seis) meses a contar da vigência
desta Lei Complementar. O processo deverá ser repetido cada vez que uma área destinada
para uso de expansão industrial ou urbana passar a ser ocupada.
Art. 22 - Não será induzido pela Administração Municipal o adensamen-
to de áreas que não possuam infraestrutura básica e equipamentos comunitários compatí-
veis com a demanda da população.
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mes estejam separados entre si por distâncias inferiores a 500m (quinhentos metros), a Á-
reas de Preservação Permanente (APP) abrangerá o conjunto de morros ou montanhas,
delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura em relação à
base do morro ou montanha de menor altura do conjunto, aplicando-se o que segue:
I- agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de
até quinhentos metros entre seus topos;
II - identifica-se o menor morro ou montanha;
III - traça-se uma linha na curva de nível correspondente a dois ter-
ços deste;
IV - institui-se de preservação permanente toda a área acima deste
nível.
§ 3º - A falta de vegetação em qualquer dessas áreas indica a neces-
sidade de um trabalho específico por parte da Municipalidade no sentido de conscientizar,
firmar acordos com os proprietários e promover a recuperação através do fornecimento de
mudas, assistência técnica e incentivos fiscais, se for o caso.
§ 4º - Aprovado o Novo Código Florestal, havendo divergências com
a legislação atual, elaborar Lei Complementar, incluindo as alterações.
Art. 25 - Constituem condicionantes que limitam a ocupação da Zona de
Preservação Permanente (ZPP) as suas características específicas, conforme mencionado
no Art. 24 - e na legislação aplicável.
Art. 26 - Constituem objetivos específicos da Zona de Preservação
Permanente (ZPP) preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas, cujas funções são:
I- preservar, conservar ou recuperar a mata ciliar;
II - assegurar uma área que permita a variação livre dos níveis das
águas, em sua elevação ordinária;
III - permitir livre acesso à operação de máquinas para execução
de serviços de dragagem, limpeza e outros serviços necessários a fim de melhorar o esco-
amento fluvial;
IV - permitir a contemplação da paisagem.
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pela sua área de influência indireta, delimitadas de acordo com as recomendações e legisla-
ções estabelecidas pelos órgãos ambientais federais. Esta área possui um zoneamento e
um código de usos específico, definido dentro de seu Plano de Uso e Conservação das Á-
guas e do Entorno do Reservatório – PACUERA, que depois de aprovado pelo órgão ambi-
ental competente, as recomendações nele contidas deverão ser incorporadas pela legisla-
ção municipal.
II - ZMR-2: é uma área de interesse ambiental composta pela Área
de Preservação Permanente - APP do reservatório da Usina Hidrelétrica Monjolinho e pela
sua área de influência indireta, delimitadas de acordo com as recomendações e legislações
estabelecidas pelos órgãos ambientais estaduais. Esta área possui um zoneamento e um
código de usos específico, definido dentro de seu Plano de Uso e Conservação das Águas e
do Entorno do Reservatório – PACUERA, que depois de aprovada pelo órgão ambiental
competente, as recomendações nela contidas deverão ser incorporadas pela legislação mu-
nicipal.
Art. 28 - Constituem características atuais da ZMR:
I- presença de elementos paisagísticos importantes: pontos pano-
râmicos, ambiências histórico-culturais e naturais;
II - existência de conjunto hídrico significativo;
III - existência de conjuntos significativos de vegetação nativa se-
cundária em diversos estágios de regeneração;
IV - declividade acentuada;
V- fragilidade ecológica.
Art. 29 - Constituem objetivos específicos da ZMR:
I- valorizar ambiências voltadas ao uso turístico, ecológico e edu-
cativo;
II - preservar o equilíbrio ecológico e criar barreiras de proteção
ecológica;
III - assegurar estabilidade ecológica do território através de medi-
das integradas de qualificação ambiental e de saneamento básico;
IV - proibir atividades poluentes;
V- limitar a ocupação e pressão antrópica sobre o território;
VI - restringir e condicionar a implantação das atividades de impac-
to;
VII - recompor as matas ciliares e de entorno às nascentes;
VIII - incentivar o reflorestamento e o manejo florestais;
IX - implementar o monitoramento e o controle ambiental;
X- incrementar o potencial da biodiversidade e da cobertura vege-
tal nativa secundária;
XI - preservar recursos florestais, hídricos e a biodiversidade;
XII - controlar a supressão da vegetação, sendo esta apenas admi-
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tida com prévia autorização do órgão ambiental competente, após a realização dos estudos
ambientais pertinentes, consulta ao órgão competente federal, estadual ou municipal, e ela-
boração de plano de corte e manejo.
Art. 30 - As atividades a serem desenvolvidas na Zona Marginal ao Re-
servatório (ZMR) requerem cuidados especiais, em relação à poluição, erosão e assorea-
mento. Respeitado o direito de propriedade, cabe aos órgãos ambientais disciplinar:
a) A implantação e o funcionamento de empreendimentos capa-
zes de afetar os mananciais, a cobertura vegetal, o solo e os recursos minerais;
b) As atividades que possam provocar erosão acelerada ou acen-
tuado assoreamento das coleções hídricas;
c) Os loteamentos, obras de urbanização ou terraplanagens;
d) As ações que possam ameaçar ou extinguir as espécies raras
da biota ou manchas de vegetação primitiva;
e) Utilização de biocidas;
f) A pesca em todas as modalidades;
g) O uso de recursos hídricos.
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Art. 41 - Constituem os objetivos específicos da ZMC:
I- Intensificar o uso e ocupação da área, otimizando o seu apro-
veitamento através de maior adensamento populacional e construtivo, compatível com as
características da paisagem natural;
II - Manter o caráter misto de usos de residências e atividades e-
conômicas de baixo impacto, preservando a integração entre funções de comércio, moradia,
serviços e institucionais;
III - Limitar o gabarito das edificações em, no máximo, oito pavi-
mentos;
IV - Exercer controle ambiental sobre atividades com potencial po-
luidor;
V- Estimular o alargamento das calçadas com arborização das
mesmas.
Art. 42 - Poderão ser aplicados os seguintes Instrumentos na Zona Mis-
ta Central:
I- Outorga Onerosa do Direito de Construir;
II - Direito de Preferência/Preempção;
III - Transferência do Direito de Construir;
IV - Direito de Superfície;
V- Edificação Compulsória;
VI - Utilização Compulsória;
VII - IPTU Progressivo no Tempo, Desapropriação com Pagamento
em Títulos;
VIII - Operações Urbanas Consorciadas;
IX - ZEI.
Art. 43 - Constituem parâmetros urbanísticos da Zona Mista Central os
constantes na Tabela de Ocupação do Solo do Anexo 01 da presente Lei Complementar.
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II - A existência de outras indústrias e estruturas de armazenamen-
to;
III - Uso predominantemente rural;
IV - O grau de ocupação pouco significativo;
V- Alto potencial de adensamento.
Art. 50 - A principal condicionante que limita a sua ocupação é a faixa
de domínio da RS-406.
Art. 51 - Constituem os objetivos específicos da ZIN:
I- Estimular a ocupação por indústrias diversas e de baixo impac-
to ambiental, compatível com o uso do entorno;
II - Prevenir e mitigar os impactos ambientais das atividades de-
senvolvidas;
III - Exercer controle ambiental sobre atividades com potencial po-
luidor;
IV - Estabelecer parâmetros de ocupação do solo.
Art. 52 - Poderão ser aplicados os seguintes Instrumentos na Zona In-
dustrial Predominante:
I- Outorga Onerosa do Direito de Construir;
II - Direito de Preferência/Preempção;
III - Parcelamento Compulsório;
IV - Direito de Superfície;
V- Consórcio Imobiliário;
VI - Operações Urbanas Consorciadas.
Art. 53 - Constituem parâmetros urbanísticos da Zona Industrial Predo-
minante os constantes na Tabela de Ocupação do Solo do Anexo 01 da presente Lei Com-
plementar.
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III - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem
mínima de 30m (trinta metros), para os que estejam situados em áreas urbanas consolida-
das;
IV - em vereda e em faixa marginal, em projeção horizontal, com
largura mínima de 50m (cinquenta metros), a partir do limite do espaço brejoso e encharca-
do;
V- em encosta ou parte desta, com declividade superior a 66,7%
(sessenta e seis vírgula sete por cento) ou 30º (trinta graus) na linha de maior declive.
§ 1º - A falta de vegetação em qualquer dessas áreas indica a neces-
sidade de um trabalho específico por parte da Municipalidade no sentido de conscientizar,
firmar acordos com os proprietários e promover a recuperação através do fornecimento de
mudas, assistência técnica e incentivos fiscais, se for o caso.
§ 2º - Aprovado o Novo Código Florestal, havendo divergências com
a legislação atual, elaborar Lei Complementar, incluindo as alterações.
Art. 55 - A ZPP possui como principais características atuais:
I- Descontinuidade ou total ausência da vegetação nativa;
II - A retirada da cobertura vegetal é impedida por legislação fede-
ral e estadual, independentemente da zona em que se localizar;
Art. 56 - A principal condicionante que limita sua ocupação são os usos
privativos.
Art. 57 - Constituem objetivos específicos da ZPP:
I- Preservar áreas que apresentam matas em qualquer estágio de
regeneração, seja nas margens dos cursos d’água, formando uma faixa ciliar, visando com-
por corredores ecológicos ou bosques isolados, sejam as áreas com declividades acentua-
das (acima de 30º ou 66,7%);
II - Efetivar um trabalho específico por parte da Municipalidade no
sentido de conscientizar, firmar acordos com os proprietários e promover sua recuperação
através do plantio de espécies nativas sob orientação do órgão ambiental ou aplicando me-
canismos que permitam a regeneração natural.
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V- densidade de ocupação insignificativa;
VI - baixo potencial de adensamento;
VII - ausência de infraestrutura no seu interior.
Art. 59 - As principais condicionantes que limitam a sua ocupação:
I- são os usos privativos.
II - as características do relevo com existência de áreas sujeitas à
inundação.
Art. 60 - Constituem os objetivos específicos da ZUE:
I- Salvaguardar a integridade destas áreas e garantir a sua pre-
servação;
II - Impedir a retirada da cobertura vegetal;
III - Estimular a criação de reservas particulares do Patrimônio Na-
tural;
IV - Desenvolver programas visando à educação ambiental, prote-
ção e reconstituição da mata nativa;
V- Estimular usos educacionais e, em decorrência de seu caráter
de função social, não poderá ser cobrado um valor de IPTU superior ao ITR;
VI - Efetivar um trabalho específico por parte da Municipalidade no
sentido de conscientizar, firmar acordos com os proprietários e promover sua recuperação
através do plantio de espécies nativas sob orientação do órgão ambiental ou aplicando me-
canismos que permitam a regeneração natural.
Art. 61 - Critérios de utilização da ZUE:
I- Os usos antrópicos existentes caracterizam-se como conflitivos
e devem ser proibidos ou restritos e condicionados à análise e licenciamento ambiental es-
pecíficos, respeitada a legislação vigente.
II - Só poderá sofrer processo de desmembramento após a data
de aprovação da presente Lei Complementar, para constituir áreas verdes públicas;
III - A ocupação do solo por edificação não poderá ultrapassar a
10% da área total da propriedade.
Art. 62 - A delimitação física da ZUE será determinada pelo seu períme-
tro, definido por uma linha que deverá percorrer vias de circulação, acidentes naturais, divi-
sas de lotes ou borda da área vegetada. Outras ZUEs podem ser selecionadas, como as já
definidas:
a) Toda a área vegetada ao norte do perímetro, que se limita com
a Rua Julio Golin, o Parque Natural Cascata das Andorinhas e se funde ao vale do Rio Ti-
gre;
b) A área entre a Av. João Marcondes Lajus e a Rua Julio Golin,
que se estende até a RS-406 e à faixa ciliar do Rio Tigre;
c) A mata contígua à área destinada à Estação de Tratamento de
Esgoto e área verde nas imediações da Cooperativa Tritícola Sarandi, ambas na margem
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direita do Rio Tigre, que se fundem à sua faixa ciliar e, na margem esquerda, se estende até
a RS-406. Formam um conjunto homogêneo com a área que se limita com terreno da Prefei-
tura, na Rua Severino Nunes e toda a porção vegetada na margem esquerda da sanga que
deságua no Tigre, até o açude;
d) A área verde na Travessa João de Deus, que se junta por tê-
nue corredor ecológico à outra área vegetada, ao sul, e se funde ao Parque Edgar de Lima
Winckler;
e) A área vegetada na porção nordeste do Perímetro Urbano;
f) A área vegetada também na porção nordeste, que se funde à
faixa de preservação da sanga que faz a divisa do Perímetro Urbano.
Art. 63 - Poderão ser aplicados os seguintes Instrumentos na Zona de
Uso Especial:
I- Consórcio Imobiliário;
II - Direito de Preferência/Preempção;
III - Direito de Superfície;
IV - Operações Urbanas Consorciadas;
V- Outorga Onerosa do Direito de Construir;
VI - ZEI.
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até a data da promulgação da presente Lei Complementar, terão seus direitos preservados.
Parágrafo único – Uma construção é considerada iniciada se as funda-
ções e baldrames estiverem concluídos.
Art. 73 - Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimen-
tos comerciais, de prestação de serviço, somente serão concedidos desde que observadas
às normas estabelecidas nesta Lei, quanto ao uso do solo previsto para cada zona.
Art. 74 - Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimento
comercial, de prestação de serviço, serão concedidos sempre a título precário (temporários).
Parágrafo único – Os alvarás a que se refere o presente artigo poderão
ser cassados, sem gerar qualquer direito à indenização, ocorrendo descumprimento:
I- Do projeto, em partes essenciais, durante sua execução;
II - Da lei ou de regulamento que rege a execução da obra;
III - Das exigências próprias do alvará da licença.
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Municipal de Desenvolvimento Urbano, a criação de distritos nas comunidades de São José
e Tope da Serra no prazo de 12 (doze) meses, a contar da vigência desta Lei Complemen-
tar.
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1.25 SEÇÃO II - Uso e Ocupação do Solo Urbano
1.26 Subseção I - Da Classificação do Uso do Solo
Pag. 37
Art. 100 - O número máximo de pavimentos permitidos para as e-
dificações nas diferentes zonas de uso está definido no Anexo 01.
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Subseção VII – Das Vagas de Estacionamento
Pag. 40
nida por Lei Federal (inferiores a cento e vinte e cinco metros quadrados), já existentes até a
data de aprovação desta Lei Complementar, serão objeto do Direito de Preemp-
ção/Preferência com vistas a remembramento e regularização.
Art. 117 - Constituem diretrizes para as normas de parcelamento do solo
para fins urbanos:
I- A proteção aos remanescentes de mata nativa e aos recursos
hídricos;
II - A minimização da interferência na paisagem urbana por ocasi-
ão da implantação das redes de infraestrutura;
III - A exigência de que o planejamento do sistema viário ocorra em
conformidade com o previsto nesta Lei Complementar, e permita preservar as áreas com
uso residencial predominante, do tráfego intenso de veículos, bem como, a articulação com
as vias oficiais existentes ou projetadas, favorecendo o atendimento futuro por transporte
coletivo.
IV - A exigência da execução de calçadas adaptadas, de modo a
privilegiar a possibilidade dos deslocamentos a pé, para superar pequenas distâncias, e de
pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.
V- O respeito ao meio ambiente conforme discriminado nesta Lei
Complementar;
VI - A exigência, de execução e ligação ao sistema público, da se-
guinte infraestrutura mínima, exceto nos casos especificados nesta Lei Complementar:
a) Sistema de tratamento do esgoto sanitário – fossa séptica, filtro
anaeróbico e sumidouro (NBR 7.229 e NBR 13.969);
b) Sistema de distribuição de água potável;
c) Sistema de distribuição de energia elétrica e iluminação públi-
ca;
d) Abertura e pavimentação das vias públicas, obras de arte es-
peciais e calçadas;
e) Sinalização de trânsito e de denominação de vias;
f) Arborização nos passeios públicos.
VII - O dimensionamento dos lotes deverá atender às disposições
da Lei de Parcelamento do Solo;
VIII - A exigência de no mínimo 15% de reserva de área para utilida-
de pública, exceto nos casos especificados nesta Lei Complementar;
IX - A proibição do parcelamento do solo para fins urbanos fora da
área atualmente definida como Área Urbana e fora daquelas que forem regulamentadas
urbanas dos Distritos em conformidade e decorrência desta Lei Complementar, exceto para
os usos especialmente definidos no Plano Diretor, os quais deverão ocorrer em zonas de
urbanização específica.
X- A proibição do parcelamento do solo urbano nas situações em
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que condições técnicas ou financeiras impeçam ao empreendedor a execução e ligação ao
sistema público da infraestrutura mínima prevista no inciso VI - deste artigo.
Art. 118 - Os parcelamentos lindeiros às rodovias e estradas municipais
devem contemplar áreas para execução de vias marginais além das faixas de domínio.
Art. 119 - Não serão admitidos parcelamentos dos quais resultem lotes
com acesso por servidão de passagem, ou cujo acesso para logradouro público não atenda
as dimensões mínimas estabelecidas para testada na Lei do Parcelamento do Solo Urbano.
Art. 120 - O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante lote-
amento ou desmembramento, considerando-se, para os fins previstos nesta Lei Comple-
mentar:
I- loteamento: a subdivisão da gleba em lotes destinados à edifi-
cação, com a abertura de novas vias de circulação e logradouros públicos, ou prolongamen-
to, modificação ou ampliação das vias existentes;
II - desmembramento: a subdivisão da gleba em lotes destinados à
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, não implicando na abertura de
novas vias e logradouros, nem no prolongamento, modificação ou ampliação das existentes.
Parágrafo único - Não caracteriza loteamento a execução de obras de vi-
as públicas de circulação efetivada pelo município, seja através de sua abertura, prolonga-
mento, modificação ou ampliação, de acordo com planos e prioridades, com vistas a dar
continuidade e estruturar sua malha viária.
Art. 121 - Considera-se remembramento, unificação ou anexação a jun-
ção de dois ou mais lotes para formar uma única unidade fundiária.
Parágrafo único - Os loteamentos populares e os loteamentos de interes-
se social não poderão ser objeto de projetos de remembramento.
Pag. 42
ba, dos quais serão destinados:
a) um mínimo de 10% (dez por cento) da área total da gleba para
áreas verdes;
b) um mínimo de 5% (cinco por cento) para áreas institucionais
destinadas à implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
§ 1º - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abaste-
cimento de água, coleta de águas pluviais, energia elétrica, pavimentação, rede telefônica, e
outros que venham a ser criados e como tal classificados.
§ 2º - Os espaços livres de uso público e as áreas destinadas à im-
plantação de equipamentos urbanos e comunitários deverão ter acesso por via de circulação
com, no mínimo, 15m (quinze metros) de largura.
Art. 124 - Os lotes reservados às áreas destinadas à implantação de e-
quipamentos urbanos e comunitários devem ter área mínima de 720m2 (setecentos e vinte
metros quadrados) e testada mínima de 24m (vinte e quatro metros).
Art. 125 - As áreas verdes não poderão, em qualquer hipótese, ter altera-
dos sua destinação, fins e objetivos originalmente estabelecidos.
§ 1º - As Áreas Verdes devem estar localizadas, preferencialmente,
junto às áreas destinadas à implantação de equipamentos urbanos e comunitários, ZUEs e
ZPPs.
§ 2º - Não poderá ser prejudicado o acesso público às áreas verdes.
Art. 126 - As áreas de preservação definidas nesta Lei Complementar,
localizadas no interior de glebas que sejam objeto de parcelamento, deverão ser convenien-
temente delimitadas e assegurada a sua destinação.
Art. 127 - No percentual de áreas de uso público previsto nos incisos I, II
e III do caput do Art. 123 -, poderão ser computadas as áreas de especial interesse ambien-
tal (ZUE) existentes no interior da gleba até o limite máximo de 40% (quarenta por cento) do
total de áreas verdes, como espaços para o convívio social, desde que garantida a conser-
vação ambiental e a devida urbanização pelo loteador.
Art. 128 - As exigências referentes a áreas livres de uso público e a áreas
de uso institucional se aplicam aos desmembramentos quando estes tiverem por finalidade
abrigar empreendimentos imobiliários, para fins residenciais ou mistos, gerando aumento de
densidade populacional.
Pag. 43
III - instalação de rede de água potável;
IV - instalação de rede de energia elétrica e iluminação pública;
V- pavimentação.
§ 1º - Nos loteamentos de interesse social, a áreas de uso público se-
rão, no mínimo, de 40% (quarenta por cento) do total da gleba, dos quais um mínimo de
10% (dez por cento) da área total da gleba será destinado especificamente a Áreas Verdes
e 5% (cinco por cento) a áreas institucionais destinadas à implantação de equipamentos
urbanos e comunitários.
§ 2º - As obras de infraestrutura exigidas nos incisos I a VI do caput
deste artigo serão executadas pelo Poder Público no prazo máximo de 2 (dois) anos, a con-
tar do início da ocupação.
Art. 130 - O Loteamento de Interesse Social deverá atender no mínimo,
as seguintes características:
I- o lote deve ter acesso direto pela via;
II - índices urbanísticos do lote:
a) frente mínima de 10m (dez metros);
b) área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadra-
dos);
c) índice de aproveitamento máximo de 2 (dois);
d) taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento).
III - índice do sistema viário com gabarito mínimo de 9 metros;
§ 1º - A infraestrutura urbana, referida no inciso II e III deste artigo re-
fere-se aos projetos básicos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física
da área, incluindo sistema de abastecimento de água e solução para o esgoto, coleta de
lixo, iluminação pública, adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres,
tratamento adequado das áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e, de
acordo com as características locais, drenagem de águas pluviais.
Art. 131 - O parcelamento do solo não poderá ser em áreas que apresen-
tem risco à saúde ou a vida, em especial:
I- em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações;
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à
saúde pública, salvo se previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por
cento) salvo nos terrenos que seja assegurada a contenção das encostas atestando a viabi-
lidade da urbanização;
IV - nas áreas contaminadas no subsolo ou lençol freático por infil-
trações químicas que causem dano à saúde.
Pag. 45
Art. 134 - Poderão ser previstas soluções de macro e microdrenagem nos
projetos de parcelamento do solo, com vistas à otimização da drenagem hídrica e prevenção
de enchentes, desde que as referidas soluções sejam realizadas na forma da legislação
aplicável a cada caso concreto.
Parágrafo único - As soluções mencionadas no caput do presente artigo
deverão ter em conta que os elementos de drenagem deverão obedecer aos seguintes re-
quisitos essenciais:
I- apresentar largura mínima capaz de acomodar satisfatoriamen-
te um canal aberto, cuja secção transversal viabilize o escoamento das águas pluviais da
bacia hidrográfica a montante do ponto considerado;
II - para a determinação da secção de vazão, deverá a bacia hi-
drográfica ser interpretada como totalmente urbanizada e ocupada;
III - os elementos necessários aos cálculos de dimensionamento
hidráulico, tais como chuvas, coeficiente de escoamento, tempo de concentração, coeficien-
te de distribuição das chuvas, tempo de ocorrência, entre outros aplicáveis, serão definidos
pelo órgão competente com base nos critérios técnicos, levando sempre em consideração
as condições mais críticas;
Art. 135 - Deverão ser objeto de licenciamento ambiental, na forma da
Lei:
I- quaisquer obras e empreendimentos de microdrenagem ou de
macrodrenagem, que envolvam o uso, captação, retificação e alteração do sistema original
da drenagem;
II - a construção de travessias e de obras de saneamento, desde
que na forma da legislação aplicável a cada caso concreto.
Art. 138 - Qualquer gleba objeto de parcelamento para fins urbanos deve-
rá ter acesso por vias públicas, conectando-a a rede viária urbana.
Parágrafo único - Os ônus das obras necessárias para construção ou a-
Pag. 46
largamento das vias de acesso referidas no caput deste artigo recairão sobre o parcelador
interessado.
Pag. 47
§ 2º - A pista de rolamento das estradas vicinais será de, no mínimo,
05 (cinco) metros, com faixa de domínio de 03 (três) metros de cada lado.
Art. 143 - As estradas particulares são aquelas que só servem ao uso do
próprio morador.
Art. 144 - É expressamente proibido:
I- Edificar ou reformar qualquer construção existente na faixa de
domínio, sendo permitida a implantação de culturas temporárias;
II - Abrir desaguadouros das lavouras para sarjetas, ou dentro das
estradas municipais;
III - Obstruir bueiros, valetas ou desaguadouros abertos pela muni-
cipalidade;
IV - Arrancar, danificar ou remover de local as placas de sinaliza-
ção, colocadas pela municipalidade;
V- Impedir o livre acesso das estradas municipais ou de suas fai-
xas de domínio;
VI - Fechar com cercas, muros ou outros meios às faixas de domí-
nio;
VII - Abrir valas dentro das estradas municipais e construir lomba-
das, sem a permissão por escrito da municipalidade.
Subseção IV - Da Arborização
SEÇÃO V – Da Infraestrutura
Pag. 51
plementar ao Plano Diretor, em especial no Código de Edificações.
§ 1º - As edificações e obras de que trata o caput deste artigo, quan-
do em desacordo com as disposições desta Lei Complementar ou do Código de Edificações,
ficam sujeitas a embargo administrativo e à demolição, sem prejuízo das demais penalida-
des legais.
§ 2º - Nas edificações já existentes, em desacordo com a legislação,
somente será permitido obra de manutenção, sem acréscimo de área, nos casos em que a
irregularidade não impeça a observância das disposições do Plano Municipal Viário e de
Transporte e não acarrete prejuízo à coletividade.
Art. 164 - O Município deverá analisar, revisar e aprovar o Código de Edi-
ficações proposto e no prazo de 06 (seis) meses a contar da vigência desta Lei Complemen-
tar.
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SEÇÃO VIII – Do Código Tributário Municipal
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§ 1º - A contrapartida a ser oferecida em troca da realização da ativi-
dade ou empreendimento pode ser de natureza diversa, relacionando-se à sobrecarga que
será provocada.
§ 2º - O EIV poderá determinar alterações no projeto do empreendi-
mento, como redução de área construída, reserva de áreas permeáveis, reserva de áreas
verdes ou de uso comunitário no interior do empreendimento, incorporação de parte da so-
brecarga viária no próprio empreendimento, aumento do número de vagas de estaciona-
mento, medidas de isolamento acústico, recuos ou alterações na fachada, normatização de
área de publicidade no empreendimento, etc.
§ 3º - O EIV poderá determinar maiores restrições relativas aos pa-
râmetros de ocupação estabelecidos na Lei de Uso do Solo.
Art. 179 - Para empreendimento ou atividade cujo impacto ou área de a-
brangência não se restrinja à vizinhança, mas alcance a população urbana e/ou rural como
um todo, e aqueles destinados à prestação de serviços fundamentais ao funcionamento da
cidade, a análise do EIV deverá evidenciar uma relação favorável entre ônus e benefícios,
considerando não só a população do entorno, mas sim a população da Cidade ou do Muni-
cípio.
Parágrafo único – O licenciamento dos empreendimentos e atividades tra-
tadas no caput deste artigo será precedido de audiência pública.
Art. 180 - Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, os
quais ficarão disponíveis para consulta, no setor competente da Administração Municipal a
qualquer interessado.
Art. 181 - Competem ao setor responsável pelo licenciamento da obra ou
empreendimento, a operacionalização e a fiscalização ao atendimento das condições e con-
trapartidas estabelecidas no EIV.
Art. 183 - Como proteção aos recursos hídricos ficam definidas faixas de
drenagem dos cursos d’água, áreas de fortes pendentes, fundos de vale e outros, de acordo
com a Lei Federal no 6.766/79, a Lei do Código Florestal 4.771/65 e suas modificações e
Resolução CONAMA 303/2002 de forma a garantir o perfeito escoamento das águas pluvi-
ais das bacias hidrográficas e preservação de áreas verdes e quando aprovado o Novo Có-
digo Florestal, havendo divergências com a legislação atual, elaborar Lei Complementar,
incluindo as alterações.
Parágrafo único As faixas de preservação dos cursos d’água e suas
nascentes são consideradas áreas de preservação permanente (APP) e, portanto, não edifi-
Pag. 55
cáveis.
Art. 184 - O Município, principalmente na zona rural, desenvolverá projeto
específico com o fim de liberar as áreas ocupadas irregularmente, prioritariamente nas fai-
xas de proteção dos cursos d’água e nascentes, e devolver as mesmas ao seu uso original
de preservação dos recursos hídricos, no prazo máximo de 60 meses.
Art. 189 - Nas áreas contidas dentro dos perímetros urbanos, será exigi-
do do proprietário do imóvel urbano subutilizado, abaixo do coeficiente de aproveitamento
mínimo, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de aplica-
ção dos seguintes instrumentos:
I- Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
II - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
progressivo no tempo;
III - Desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pú-
blica.
Pag. 56
Art. 190 - Lei municipal específica a ser criada em 18 (dezoito) meses,
estabelecerá regras para o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios e o IP-
TU progressivo no tempo, entre as quais:
I- Notificação ao proprietário do imóvel subutilizado, por funcioná-
rio competente do Poder Público Municipal ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem
tenha poderes de gerência ou de administração;
II - Notificação, para os imóveis subutilizados, por edital quando
frustrada três (3) vezes, a tentativa de notificação na forma prevista no inciso I;
III - Prazo de um ano, a partir da notificação, para que seja protoco-
lado o projeto no órgão municipal competente;
IV - Prazo de dois anos, a partir da aprovação do projeto, para ini-
ciar as obras do empreendimento;
V- Em empreendimento de grande porte, em caráter excepcional,
a lei municipal específica poderá prever a conclusão da obra em etapas, assegurando-se
que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo;
VI - Prazo e a forma para apresentação de defesa por parte do pro-
prietário;
VII - Conclusão do processo para análise de eventual solicitação de
consórcio imobiliário;
VIII - Órgão competente para, após apreciar a defesa, decidir pela
aplicação do parcelamento, ocupação ou utilização compulsórios do imóvel;
IX - Prazos para cumprimento do dever de parcelar, edificar ou utili-
zar o solo urbano, observando, no que couber, a legislação federal aplicável;
X- Situações que representam o cumprimento do dever de parce-
lar, edificar ou utilizar o solo, inclusive para fazer cessar ou retornar a aplicação do IPTU
progressivo, quando for o caso;
XI - Majoração da alíquota do IPTU progressivo no tempo.
Art. 191 - As obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previs-
tas serão transferidas em caso de transmissão do imóvel nos termos da legislação federal.
Pag. 57
1,9 vezes o valor referente ao ano anterior.
§ 3º - É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas ao
IPTU progressivo no tempo.
Pag. 59
SEÇÃO VI - Da Outorga Onerosa do Direito de Construir
Art. 198 - Nas áreas urbanas, da Zona Mista Central (ZMC), o direito de
construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento máximo do terreno
mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
Parágrafo único – Os coeficientes de aproveitamento máximo do terreno
para áreas urbanas são delimitadas nesta Lei Complementar.
Art. 199 - A aplicação da outorga onerosa será admitida apenas nos imó-
veis servidos por infraestrutura básica.
Art. 200 - Lei Municipal específica estabelecerá as condições a serem
observadas para as concessões de outorga onerosa do direito de construir, determinando,
entre outros itens:
I- Fórmula de cálculo para a cobrança da outorga onerosa do di-
reito de construir;
II - Casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III - Contrapartidas do beneficiário;
IV - Competência para a concessão.
Parágrafo único – Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará o pro-
cedimento administrativo para aprovação da outorga onerosa do direito de construir, bem
como o registro e monitoramento do uso.
Art. 201 - Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do di-
reito de construir serão aplicados exclusivamente para composição do Fundo Municipal de
Melhoria da Vida Urbana.
Art. 212 - Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até
duzentos metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-
se para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprie-
tário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a
ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
possuidor mais de uma vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno
direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura
da sucessão.
Art. 213 - As áreas urbanas com mais de 200,00 m² (duzentos metros
quadrados), ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos inin-
terruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por
cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possu-
idores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este
artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 2º O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passí-
vel de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condô-
minos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
§ 3º As deliberações relativas à administração do condomínio especial
serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presente, obrigando também os de-
mais, discordantes ou ausentes.
Art. 214 - Na pendência da ação de usucapião especial urbana ficarão
sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propos-
tas relativamente ao imóvel usucapindo.
Art. 215 - São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião
especial urbana:
I- o possuidor, isoladamente ou em litis-consórcio originário ou
superveniente;
II - os possuidores, em estado de composse;
III - como substituto processual, a associação de moradores da
comunidade, regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamen-
te autorizada pelos representados.
Parágrafo único – Na ação de usucapião especial urbano, é obrigatória a
intervenção do Ministério Público.
Pag. 63
Art. 216 - O usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocado
como matéria de defesa, valendo a sentença que o reconhecer como título para registro no
cartório de registro de imóveis.
Art. 217 - O Município viabilizará assistência técnica gratuita para as co-
munidades e grupos sociais carentes, com direito a usucapião especial individual ou coletivo
de imóvel urbano e a concessão de uso especial para fins de moradia, visando agilizar os
processos de regularização fundiária, de acordo com a legislação federal aplicável.
T Í T U L O I V - D AS E S T R AT É G I AS D E D E S E N V O L V I M E N T O E D E Q U AL I -
F I C AÇ ÃO T E R R I T O R I AL E U R B AN Í S T I C A D O M U N I C Í P I O
Pag. 65
SEÇÃO I - Programa de Incentivos Fiscais e Materiais para Investimentos
Pag. 66
II - disponibilização de locais adequados para a realização de fei-
ras-livres que promovam a divulgação e comercialização de produtos locais;
III - elaboração e implementação do Subprograma de Aperfeiçoa-
mento do Processo Produtivo, que tenha como principal objetivo tornar mais eficientes e
lucrativos os processos de produção e comercialização derivados das atividades econômi-
cas locais que atendam às diretrizes constantes no Art. 220 -, a partir do desenvolvimento
integral da cadeia produtiva em âmbito municipal;
IV - elaboração e implementação do Subprograma de Fomento ao
Associativismo, ao Cooperativismo e ao Empreendedorismo, que promoverá iniciativas em-
preendedoras e negócios relacionados com as atividades econômicas locais que atendam
às diretrizes constantes no Art. 220 -, visando a sua sustentabilidade no Município, a partir
da geração de benefícios econômicos e sociais para os envolvidos;
V- elaboração e implementação do Subprograma de Cooperação
Econômica, que articulará os setores produtivos e atores sociais e econômicos do Municí-
pio, através do estabelecimento de parcerias, convênios, sistemas cooperados e da busca
por relações de complementaridade entre as atividades econômicas desenvolvidas no Muni-
cípio, de modo a aumentar o consumo dos produtos locais;
VI - elaboração e implementação do Subprograma de Desenvolvi-
mento Industrial e Tecnológico, que tem por objetivo incentivar a integração das indústrias
ao polo industrial e tecnológico da região.
Pag. 69
apoio às políticas públicas voltadas à qualificação ambiental;
c) a promoção da política ambiental de forma articulada com as
demais políticas setoriais;
d) a consideração do conteúdo dos planos de manejo das áreas
de proteção ambiental dos lagos de Foz do Chapecó e Monjolinho;
e) a consideração do conteúdo dos Planos de Usos do entorno do
reservatório da UHE Foz do Chapecó e da UHE Monjolinho;
f) a participação do Poder Público Municipal e da Sociedade Civil
na elaboração de Termos de Ajustamento de Conduta – TACs, visando regularizar a situa-
ção de propriedades localizadas dentro das faixas marginais de cursos d’água;
g) a disponibilidade de recursos para a implantação da política
municipal de meio ambiente;
h) o licenciamento e a fiscalização ambiental;
II - garantir a preservação, conservação, recuperação e proteção
das áreas de interesse ambiental, dos recursos hídricos e da diversidade biológica natural;
III - promover a recuperação ambiental, revertendo os processos
de degradação das condições físicas, químicas e biológicas do ambiente;
IV - controlar atividades poluentes e prejudiciais ao meio ambiente,
compatibilizando-as com os demais usos do solo;
V- implementar o Sistema Municipal de Áreas Verdes Urbanas,
proporcionando o incremento e o manejo da vegetação urbana, de forma a atingir o índice
de áreas verdes de, no mínimo, 8m2 (oito metros quadrados) por habitante e a qualificação
do ambiente urbano;
VI - garantir o pleno acesso aos serviços de saneamento básico na
área urbana;
VII - apoiar o desenvolvimento da atividade turística em conformida-
de com a sustentabilidade ambiental.
Art. 236 - Constituem programas específicos da Estratégia de qualifica-
ção ambiental:
I- Programa de Saneamento Ambiental Integrado;
II - Programa de Proteção às áreas Naturais e Qualificação Paisa-
gística;
III - Programa de Implantação e Manutenção do Sistema de Áreas
Verdes Urbanas (SAVU);
IV - Programa de Controle da Poluição, Recuperação e Preserva-
ção de Recursos Hídricos.
Pag. 71
SEÇÃO II - Programa de Proteção às Áreas Naturais e Qualificação Paisagística
Pag. 73
ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e ar-
queológico;
II - otimização, racionalização e justa distribuição dos investimen-
tos feitos no território;
III - promoção de uma cidade inclusiva, que possibilite sua fruição
por todos os cidadãos;
IV - condicionamento do uso, da ocupação e da expansão urbana à
oferta de infraestrutura, equipamentos, transporte, serviços públicos, trabalho, lazer e às
demandas reais por ocupação urbana, considerando a preservação ambiental;
V- compatibilização entre usos do solo, ocupação do solo e ex-
pansão urbana, de forma a minimizar conflitos, incômodos e impactos ambientais;
VI - cumprimento da função social da cidade e da propriedade;
VII - pleno acesso a terra e à moradia para todos os cidadãos;
VIII - priorização de investimentos geradores de bem-estar geral;
IX - consonância com planos, programas e projetos setoriais que
possuam reflexo no território.
Art. 250 - Constituem objetivos específicos da estratégia de estruturação,
ordenamento e qualificação territorial:
I- ordenar e controlar o uso e a ocupação do solo;
II - evitar a segregação de usos, promovendo a diversificação e
mescla de usos compatíveis, de modo a reduzir os deslocamentos da população e equilibrar
a distribuição da oferta de emprego na cidade;
III - executar ações preventivas para evitar o surgimento de déficit
de moradia, principalmente por meio da reserva de áreas para execução de programas de
habitação de interesse social e de programas de regularização fundiária sustentável;
IV - estimular a reurbanização e qualificação de áreas com infraes-
trutura básica incompleta e com carência de equipamentos e serviços urbanos e comunitá-
rios, especialmente as ocupadas por população de baixa renda;
V- estimular o adensamento na área urbanizada, respeitando a
capacidade de suporte da infraestrutura, serviços e equipamentos disponíveis, buscando
otimizar o aproveitamento dos investimentos urbanos já realizados;
VI - estruturar e qualificar áreas que exercem o papel de centralida-
de urbana consolidada, com o objetivo de reforçar o papel das centralidades locais, dinami-
zando suas potencialidades de acordo com seu perfil socioeconômico e cultural;
VII - preservar e qualificar a paisagem;
VIII - qualificar e valorizar o patrimônio cultural:
a) de forma a garantir que o patrimônio arquitetônico tenha usos
compatíveis com a edificação;
b) de forma a torná-lo reconhecido pelos cidadãos;
c) de forma a tornar o seu valor cultural apropriado pela cidade;
Pag. 74
IX - atender às distintas necessidades de mobilidade da população,
facilitando os deslocamentos na cidade, reduzindo as distâncias a percorrer e os tempos de
viagem e promovendo uma maior interligação viária entre as diversas áreas do Município;
X- melhorar a fluidez no transporte de cargas e mercadorias;
XI - promover a reserva de áreas para a instalação e/ou ampliação
de equipamentos públicos sociais, de educação, de saúde, de esporte, de lazer e de turis-
mo, observando o modelo de distribuição espacial empregado nos respectivos planos seto-
riais, eventualmente existentes;
XII - dar suporte ao desenvolvimento sustentável da atividade turís-
tica no território.
Art. 251 - Constituem programas específicos da estratégia de estrutura-
ção, ordenamento e qualificação territorial:
I- Programa Viário;
II - Programa de Trânsito;
III - Programa de Espaços Referenciais;
IV - Programa de Habitação de Interesse Social;
V- Programa de Regularização Fundiária;
VI - Programa de Racionalização da Estrutura Urbana;
VII - Programa de Estruturação de Áreas Industriais.
Pag. 75
SEÇÃO II – Programa de Trânsito
Pag. 76
Art. 261 - Para viabilizar o Programa de Habitação de Interesse Social, o
Poder Executivo Municipal priorizará:
I- a utilização pelo Poder Executivo Municipal, de forma isolada
ou combinada, dos instrumentos direito de preferência, consórcio imobiliário, direito de su-
perfície, Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS e transferência do direito de construir,
definindo, no caso deste último instrumento, áreas para recebimento do potencial construti-
vo;
II - a elaboração e implantação pelo Poder Executivo Municipal
e/ou iniciativa privada, de projetos de loteamentos populares de interesse social.
Art. 262 - O Programa de Habitação de Interesse Social deverá:
I- manter atualizado cadastro da demanda por habitação, inte-
grado ao Sistema Único de Informações previsto nesta Lei Complementar;
II - estabelecer critérios socioeconômicos para seleção dos mutuá-
rios;
III - fortalecimento dos Programas estaduais e federais de habita-
ção;
IV - prever percentual de habitações atendendo às normas de a-
cessibilidade;
V- promover a pesquisa de novas alternativas tecnológicas para
construção de habitação de interesse social;
VI - incentivar a utilização de materiais reciclados da construção ci-
vil;
VII - utilizar o sistema de mutirão na construção de conjuntos habi-
tacionais;
VIII - privilegiar a construção de pequenos conjuntos habitacionais
em detrimento das grandes concentrações de população dependente do atendimento pela
Administração Municipal;
IX - proporcionar a proximidade com o local de trabalho sem prejuí-
zo da necessária interação harmônica entre atividades;
X- utilizar de parcerias público/privadas e com o terceiro setor;
XI - condicionar a construção de empreendimentos habitacionais de
interesse social à existência ou implantação da infraestrutura mínima prevista no Art. 260 -.
Pag. 77
ço urbano e ao resgate da cidadania e da qualidade de vida da população beneficiada.
Art. 264 - Para viabilizar o Programa de Regularização Fundiária, o Poder
Executivo Municipal priorizará a elaboração e implantação de projetos urbanísticos, preven-
do a utilização, de forma isolada ou combinada, dos instrumentos Zonas Especiais de Inte-
resse Social - ZEIS, Usucapião, Concessão de Direito Real de Uso, Operações Urbanas
Consorciadas e Consórcio Imobiliário.
Art. 265 - Poderão ainda ser regularizadas as ocupações corresponden-
tes às comunidades rurais já caracterizadas como localidades na data de publicação desta
Lei Complementar, a critério do Órgão Municipal de Planejamento.
Art. 266 - Deverão ser adotadas medidas preventivas que evitem que se
produzam novos núcleos ou parcelamentos para fins urbanos, clandestinos e ou irregulares
no Município, dentre estas, o incremento à fiscalização, a aplicação do embargo, demolição
e a notificação da irregularidade ao Ministério Público.
Parágrafo único – Será considerado improbidade administrativa a omis-
são por parte da Administração Municipal, bem como se tornar o agente promotor, nas ocor-
rências de novas ocupações irregulares.
Pag. 80
SEÇÃO I - Programa de Reestruturação Administrativa do Poder Executivo Municipal
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SEÇÃO III - Programa de Promoção da Democracia Participativa
Pag. 83
SEÇÃO I – Dos Objetivos
SEÇÃO II – Da Composição
Pag. 84
ração de estratégias e políticas públicas;
III - Órgão colegiado.
Art. 288 - O Sistema de Planejamento e Gestão Integrada será coorde-
nado por órgão municipal da administração direta ou indireta, responsável pela articulação e
implementação do Plano Diretor.
Parágrafo único – Enquanto não for criado e implantado o Sistema de
Planejamento e Gestão Integrada, atuará como órgão de gerenciamento da implementação
do Plano Diretor, a Secretaria Municipal de Planejamento.
Pag. 85
monitoramento do Plano Diretor e seus Programas;
XII - proceder a avaliação do Sistema de Planejamento e Gestão In-
tegrada e implementar os ajustes necessários;
XIII - gerenciar o Fundo Municipal de Melhoria da Vida Urbana;
XIV - proceder ao monitoramento da implementação do Plano Dire-
tor.
Art. 290 - Cabe aos órgãos da administração direta e indireta integrantes
do Sistema de Planejamento e Gestão Integrada:
I- realizar levantamento de dados, fornecer e compartilhar infor-
mações técnicas relacionadas à área de atuação específica, sempre que solicitado pelo ór-
gão coordenador do sistema;
II - alimentar permanentemente o Sistema Único de Informações
previsto nesta Lei Complementar;
III - fornecer apoio técnico de caráter interdisciplinar, na realização
de estudos destinados ao embasamento do planejamento;
IV - integração em grupos de trabalho ou comissões técnicas res-
ponsáveis pela elaboração e implementação de planos, programas e projetos relativos ao
desenvolvimento municipal.
Pag. 86
VI - Transferências de pessoas físicas;
VII - Acordos, contratos, consórcios e convênios firmados entre o
Município e entidades em geral;
VIII - Receitas provenientes de outorga onerosa do direito de cons-
truir;
IX - Receitas advindas do pagamento de prestações por parte dos
beneficiários de programas habitacionais desenvolvidos com recursos do fundo;
X- Rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos
próprios;
XI - Doações;
XII - Receitas provenientes da concessão onerosa do direito de su-
perfície em áreas públicas municipais;
XIII - Receitas advindas de leilões de lotes públicos;
XIV - Outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.
Art. 293 - O Fundo Municipal da Melhoria da Vida Urbana será gerencia-
do pelo órgão coordenador do Sistema de Planejamento e contará com a aprovação do
Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 294 - Será destinada à habitação de interesse social a totalidade das
receitas citadas nos incisos VIII -, IX - X - do Art. 292 - desta Lei Complementar e, no míni-
mo, 30% do restante dos recursos anuais do Fundo Municipal de Melhoria da Vida Urbana.
Art. 295 - Os recursos do Fundo Municipal de Melhoria da Vida Urbana
poderão ser aplicados diretamente pela Administração Municipal ou repassados a outros
fundos e agentes públicos ou privados, desde que atendam ao seu objetivo mediante apro-
vação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 296 - Lei Municipal regulamentará o Fundo Municipal de Melhoria da
Vida Urbana no prazo de 12 meses.
Pag. 88
deverá permitir quantificar e verificar a eficiência e eficácia da administração pública.
Art. 307 - Todas as unidades administrativas, de acordo com as diretrizes
definidas nesta Lei Complementar, deverão executar avaliações setoriais que serão enca-
minhadas ao órgão coordenador do Sistema de Planejamento e Gestão Integrada.
Pag. 90
IV - a previsão de uma comissão responsável pela organização do
Congresso.
Pag. 92
II - promover a realização de eventos municipais e regionais sobre
temas relacionados aos seus objetivos;
III - solicitar e/ou realizar estudos sobre temas relacionados aos
seus objetivos.
§ 2º - O Regimento previsto nos termos do inciso I do presente artigo
também deverá definir as regras voltadas à instituição do Fundo Municipal de Desenvolvi-
mento Urbano previsto no inciso XI deste mesmo artigo, bem como as regras para a capta-
ção e destinação de seus recursos.
Pag. 93
§ 4º - Fica assegurada uma vaga de suplente para cada con-
selheiro.
Art. 321 - É requisito para participação do Conselho Municipal de Desen-
volvimento Urbano que a entidade esteja oficialmente constituída e sediada no Município.
Art. 322 - Lei municipal regulamentará o Conselho Municipal de Desen-
volvimento Urbano no prazo de 12 meses, a contar da vigência desta Lei Complementar.
Pag. 95
T Í T U L O V I I - D AS D I S P O S I Ç Õ E S T R A N S I T Ó R I AS
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a) transferência do direito de construir;
b) operações urbanas consorciadas;
c) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
d) consórcio imobiliário;
e) direito de superfície;
f) estudo de impacto de vizinhança.
T Í T U L O V I I I – D AS D I S P O S I Ç Õ E S F I N AI S
Art. 337 - Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publi-
cação, revogando as disposições em contrário.
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE
DATA SUPRA
Pag. 97
ANEXO 01 - REQUISITOS PARA A OCUPAÇÃO DO SOLO
Seguir as determinações da Lei Federal n.º 4.771/1965, detalhada pelas Resoluções 302 e 303 do CONA-
ZONA DE PRESERVAÇÃO PER-
MA e aprovado o Novo Código Florestal, havendo divergências com a legislação atual, elaborar Lei Com-
MANENTE ZPP
plementar, incluindo as alterações,
ZONA MARGINAL AO RESERVA-
Seguir as recomendações do Plano de Uso e Conservação das Águas e do Entorno do Reservatório de Foz
TÓRIO
do Chapecó – PACUERA que define o zoneamento e o código de usos específico para esta área.
ZMR 1
ZONA MARGINAL AO RESERVA-
Seguir as recomendações do Plano de Uso e Conservação das Águas e do Entorno do Reservatório de
TÓRIO
Monjolinho –PACUERA que define o zoneamento e o código de usos específico para esta área.
ZMR 2
ZONA DE RESERVA INDÍGENA Seguir as recomendações das leis de criação da Reserva Indígena Nonoai Rio da Várzea e Reserva Indí-
ZRI gena Nonoai.
Seguir as determinações da Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989 e suas complementações e aprovado o
ZONA DE RESERVA LEGAL
Novo Código Florestal, havendo divergências com a legislação atual, elaborar Lei Complementar, incluindo
ZRL
as alterações,
ZONA DE PRODUÇÃO AGROPE-
Áreas com potencialidade de uso da terra para as culturas preferenciais relacionadas no item 5.2.2. dos
CUÁRIA
Subsídios ao Plano Diretor.
ZPA
ZONA DE OCUPAÇÃO DENSIFI-
CADA Área com usos urbanos consolidados, demandando a execução das melhorias relacionadas no Art. 117 -.
ZOD
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TABELA 2: ZONA URBANA - ZONEAMENTO
REQUISITOS DE OCUPAÇÃO DO SOLO
Lote mínimo (no-
vos parcelamen- Recuos mínimos (m)
tos)
Lateral Taxa de Ocupação
Índice de Taxa de
Área Aproveitamento permeabilidade
Testada
ZONAS URBANAS Mí- Frontal Fundos D E Mínimo Máximo
Mínima IA mínima e Observações
nima
ZMC 240 12m 4 1,5 1,5 1,5 25,00% C = 80% C = 6,0 20,00%* Edificações Comerciais e Serviços
m² A = 50% A = 1,5 poderão ser construídas no alinhamento.
ZRE 240 12m 4 1,5 1,5 1,5 25,00% C = 60% C = 2,6 20,00%* Edificações Comerciais e Serviços
m² A = 50% A = 1,5 poderão ser construídos no alinhamento.
ZRE* 200 10m 4 1,5 1,5 1,5 25,00% C = 70% C = 2,0
m² 10,00%
A = 50% A = 1,5
ZIN X X 10 4 4 4 X C = 60% C = 1,2 20,00%* Deverá ser analisado um conjunto
A = 50% A = 1,0 de fatores para instalação industrial: porte,
potencial poluidor, produção de ruídos e
periculosidade.
ZPP X X X X X X X X X Observar o Novo Código Florestal Brasileiro,
quando de sua vigência.
ZUE X X 10 X 4 4 10,00% C = 10% C = 0,05 Somente uso público de lazer, conservação,
educação e preservação ambiental.
ZEIS 125 10m 2 1,0 1,0 1,0 25,00% C = 70% C = 2,00 (má- 20,00%
m² A = 50% ximo)
A=
1,00(mínimo)
ZEIP X X X X X X X X X Critérios a serem definidos pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano.
C = Uso Conforme
A = Uso Admitido
ZMC - ZONA MISTA CENTRAL
ZRE - ZONA RESIDENCIAL PREDOMINANTE
ZRE* - ZONA RESIDENCIAL PREDOMINATE * Programas de Financiamento do Governo Federal, Estadual e Municipal. Ex.: Minha Casa Minha Vida
ZIN - ZONA INDUSTRIAL PREDOMINANTE
ZPP - ZONA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ZUE - ZONA DE USO ESPECIAL
ZEIS - ZONA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL
ZEIP - ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE PÚBLICO
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ANEXO 02 - ADEQUAÇÃO DE USOS DO SOLO POR ZONA
TABELA 3: TIPOS DE USOS POR ZONAS COM QUANTIDADE MÍNIMA DE VAGA DE ESTACIONAMENTO
USO Exemplo ZMC ZRE ZIN ZPP ZUE ZEIS ZEIP Estacionamento
Residencial Permitido Sujeito à
Habitação uni e multifamiliar Permitido Permitido Proibido Proibido Permitido 01 vaga por unidade
Permanente unifamiliar análise
Residencial Sujeito à Sujeito à Sujeito à 01 vaga a cada 05
Hotéis, pousadas e albergues Permitido Permitido Proibido Proibido
Transitório análise análise análise leitos
Escritórios, consultórios, clíni-
Prestação de cas médicas, bancos, vídeo Sujeito à 01 vaga por 100 m²
Permitido Permitido Permitido Proibido Proibido Permitido
serviços leves locadoras, academias, tem- análise de área construída
plos.
Prestação de
Borracharias, serralherias, Sujeito à Sujeito à Sujeito à 01 vaga por 100 m²
serviços pesa- Proibido Permitido Proibido Proibido
transportadoras. análise análise análise de área construída
dos
Bares, restaurantes, sorvete-
Comercio vare- rias, supermercados, lojas em Sujeito à 01 vaga por 100 m²
Permitido Permitido Permitido Proibido Proibido Permitido
jista e vicinal geral, confeitarias, lanchone- análise de área construída
tes.
Armazéns, depósitos para
material de construção e fer-
Comercio ata- ragens, venda de automóveis Sujeito à Sujeito à Sujeito à 01 vaga por 100 m²
Permitido Proibido Proibido Proibido
cadista e caminhões, depósito de gás análise análise análise de área construída
e inflamáveis, depósitos em
geral, postos de combustível.
Equipamentos Hospitais, asilos, clínicas, Sujeito à Sujeito à 01 vaga a cada 07
Permitido Proibido Proibido Proibido Permitido
de Saúde postos assistenciais. análise análise leitos
Escolas, bibliotecas, faculda- 01 vaga para cada
Equipamentos Sujeito à
des, cursos de especialização Permitido Permitido Proibido Proibido Proibido Permitido 50 m² de sala de
de Educação análise
e pré-vestibulares. aula
Somente
Equipamentos Parques de diversão, boates, Sujeito à Sujeito à Sujeito à Sujeito à Sujeito à 01 vaga a cada 100
Proibido iniciativa
de Recreação clubes, ginásios esportivos. análise análise análise análise análise m² de área útil
pública
Uso Agropecuá- Clínicas veterinárias, agrope- Permitido Sujeito à Permitido Proibido Proibido Sujeito à Sujeito à 01 vaga por 100 m²
Pag. 100
USO Exemplo ZMC ZRE ZIN ZPP ZUE ZEIS ZEIP Estacionamento
rio e Veterinário cuárias. análise análise análise de área construída
Artefatos de madeira, móveis,
Industrial de 01 vaga para cada
ornatos e estruturas de ci- Sujeito à Sujeito à Sujeito à Sujeito à
pequeno poten- Permitido Proibido Proibido 10 funcionários com
mento e gesso, artigos de análise análise análise análise
cial poluidor* mínimo de 06
selaria e correaria, malas, etc.
Industrial de Olarias, metalurgia, mecânica, 01 vaga para cada
médio potencial serrarias, pasta de papel, Proibido Proibido Permitido Proibido Proibido Proibido Proibido 10 funcionários com
poluidor* química. mínimo de 06
Metalurgia pesada, mecânica
Industrial de 01 vaga para cada
pesada, curtumes, fabricação Sujeito à
grande potencial Proibido Proibido Proibido Proibido Proibido Proibido 10 funcionários com
de papel, refino de petróleo, análise
poluidor* mínimo de 06
bebidas.
01 vaga para cada
Cemitérios e crematórios, Sujeito à Sujeito à Sujeito à 500 m² de terreno
Usos especiais Proibido Permitido Proibido Proibido
piscicultura. análise análise análise utilizado na ativida-
de.
* Deverá ser analisado um conjunto de fatores para instalação industrial: porte, potencial poluidor, produção de ruídos e periculosidade. A instalação de
qualquer indústria está sujeita a aprovação dos órgãos ambientais competentes.
Pag. 101