Projeto de Lei Complementar 001
Projeto de Lei Complementar 001
Projeto de Lei Complementar 001
TÍTULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS DO PLANO DIRETOR
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Art. 5º Constituem princípios deste Plano Diretor:
I - a função social e ambiental da propriedade e da cidade;
II - inclusão social;
III - a preservação do meio ambiente e de seus recursos naturais;
IV - a preservação e valorização da paisagem, do patrimônio histórico, cultural e a
humanização da cidade;
V - a garantia do direito a uma cidade sustentável;
VI - a gestão democrática;
VII - a gestão dos recursos hídricos, de forma a garantir o fornecimento, acesso,
qualidade e quantidade de água à população urbana e rural;
VIII - a sustentabilidade e equidade social, econômica e ambiental.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR
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IV - promover o desenvolvimento sustentável do Município, integrando a política
físico-territorial e ambiental com a política socioeconômica;
V - promover o reordenamento do território priorizando-se a racionalização, a
sustentabilidade e a ocupação dos vazios urbanos;
VI - fomentar a diversidade econômica no Município disciplinando a instalação de
usos e atividades e criando mecanismos para a disseminação e fortalecimento de centralidades no
território;
VII - estimular o vetor de crescimento voltado à ampliação da malha urbana contínua
na área denominada Zona de Ordenamento Controlado I;
VIII - promover a distribuição dos equipamentos urbanos e comunitários, dos espaços
livres de uso público e das áreas verdes, de forma a atender à população residente em todas as
áreas do Município, priorizando os bairros e setores mais periféricos;
IX - universalizar a mobilidade e acessibilidade;
X - promover a captação de recursos que possibilitem o cumprimento das estratégias,
planos, programas e projetos, inclusive mediante a criação de incentivos;
XI - coibir o uso especulativo do imóvel urbano de modo a assegurar o cumprimento
da função social da propriedade;
XII – promover o acesso a lotes para moradia de interesse social e suprir o déficit
habitacional do município.
TÍTULO III
DO ORDENAMENTO DO SOLO URBANO E RURAL
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IV - a proteção, a preservação e a recuperação dos bens naturais relevantes na ocupação
histórica urbana, quais sejam, o Rio das Almas, Córrego Lava Pés e Pratinha, Morro de Santa
Bárbara, Morro do Frota;
V - a promoção de terra urbanizável para a população;
VI - a estruturação do sistema viário.
I - Macrozona Urbana
a) Zona de Qualificação e Consolidação Urbana;
b) Zona de Ordenamento Controlado I;
c) Zona de Ordenamento Controlado II;
d) Zona de Ordenamento Condicionado I;
e) Zona de Ordenamento Condicionado II;
f) Zona de Ordenamento Condicionado III.
II - Macrozona Rural
a) Zona Rural do Rio do Peixe;
b) Zona Rural do Rio Dois Irmãos;
c) Zona Rural do Rio das Almas;
d) Zona Rural do Rio das Pedras;
e) Zona Rural do Rio Padre Souza.
§ 1º As Zonas caracterizam-se como espaços territoriais homogêneos, tendo uso e
ocupação subordinados às restrições ambientais, locacionais e funcionais presentes no território
municipal.
§ 2º O adensamento, bem como os usos e atividades permitidos, é conformado às
características de cada zona.
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CAPÍTULO I
DA IDENTIFICAÇÃO DAS ZONAS DE USO DA MACROZONA URBANA
Art. 10. As Zonas que integram a macrozona urbana estão indicadas no Anexo II
desta Lei Complementar.
§ 1º O perímetro urbano do Município, terá seus limites e confrontações delimitados
no Anexo IV desta Lei Complementar.
§ 2º Poderão vir a integrar o perímetro urbano outras áreas do Município, nos termos
do art. 42-B da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e da Lei Federal nº 13.465, de 11 de
julho de 2017, desde que atendam as diretrizes deste Plano Diretor.
Seção I
Zona de Qualificação e Consolidação Urbana - ZQCurb
Art. 12. São diretrizes gerais para a Zona de Qualificação e Consolidação Urbana:
I - permitir a ocupação urbana em terrenos com declividade inferior à 15% o
parcelamento, uso e ocupação do solo, ocorrerão vinculados ao atendimento dos parâmetros
urbanísticos previstos na Tabela de Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei;
II – promover a proteção do patrimônio histórico, do patrimônio ambiental e da
paisagem urbana natural e edificada;
III – desestimular a densificação da ocupação;
IV – definir parâmetros urbanísticos e usos compatíveis com os aspectos relativos à
proteção e preservação do Centro Histórico;
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V – fortalecer as centralidades existentes fora do Centro Histórico e estimular a
consolidação das centralidades em formação e o desenvolvimento de novas centralidades;
VI – mitigar os passivos ambientais e urbanísticos;
VII - requalificar os espaços públicos;
VIII - melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade, sobretudo no Centro
Histórico;
IX - implementar os Parques Lineares do Rio das Almas e dos Córregos Pratinha e
Lava-pés;
X- proibir a instalação do empreendimento denominado multipropriedade e demais
usos compartilhados congêneres e afins.
Subseção Única
Do CENTRO HISTÓRICO
Art. 13. O Centro Histórico é a porção territorial definida pelo perímetro tombado pelo
IPHAN em 1989 e possui as seguintes características naturais, arquitetônicas e urbanísticas:
I - paisagem urbana marcada pela íntima relação entre o conjunto edificado e o meio
ambiente natural do qual destacam-se a Serra dos Pireneus, o Rio das Almas, os Córregos Lava
Pés e Pratinha, o Morro do Frota e o Morro de Santa Bárbara;
II - ocupação compacta do conjunto de casarios de construções tradicionais, erigidas
com técnicas construtivas vernaculares, cujas proporções e detalhes construtivos remetem às
edificações típicas do século XVIII e início do XIX, cujas características relevantes são o desenho
dos telhados de cumeeiras, geralmente, paralelas às ruas e a existência de quintais generosos e
arborizados;
III - gabarito predominantemente térreo, dos quais destacam-se do casario apenas as
edificações de programas diferenciados, oficiais e religiosos – igrejas, teatros, a Casa de Câmara
e Cadeia;
IV - predominância das construções alinhadas aos limites frontais dos lotes, formando
uma fachada contínua na maior parte das vias;
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V - arruamento que se acomoda à topografia com as ruas de maior extensão paralelas
ao Rio das Almas;
VI - fachadas compostas por lambrequins, que são elementos decorativos típicos do
século XIX;
VII – Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, que se constitui como principal
elemento arquitetônico do conjunto e principal ponto focal do Centro Histórico, pela sua
representatividade nas manifestações históricas e sociais e do conjunto arquitetônico.
Art. 14. São diretrizes gerais para o Centro Histórico e para o patrimônio:
I - fomentar a proteção ao patrimônio edificado;
II - fomentar a proteção do patrimônio imaterial;
III - efetivar a proteção dos bens imóveis de interesse histórico-cultural situados no
perímetro tombado que ainda não possuem proteção em nenhuma esfera, quais sejam: Igrejas
Nossa Senhora do Carmo e Nosso Senhor do Bonfim, Ponte de Madeira, Cineteatro Pireneus;
IV – proteger, por meio de tombamento municipal, o lugar do Campo das Cavalhadas
e reconstruir o Cavalhódromo, exercendo inclusive o direito de preempção nos imóveis do entorno,
garantindo que o projeto urbanístico e arquitetônico considere todos dos aspectos simbólicos e
históricos;
V - proteger por meio de tombamento e recuperar o local da antiga Igreja de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos, atualmente Praça do Coreto, garantindo que o projeto de
recuperação, restauração e os projetos urbanístico e arquitetônico considerem todos dos aspectos
simbólicos e históricos;
VI - realizar o inventário do Patrimônio Histórico material e imaterial, com vistas a
identificar as edificações de interesse histórico e cultural da cidade englobando a Zona de
Qualificação e Consolidação Urbana, em especial o Centro Histórico e seu entorno imediato,
Capela e Lagolândia e bens históricos e naturais localizados na macrozona rural;
VII - instituir o Calendário Anual dos Festejos da Festa do Divino;
VIII - restringir a realização de eventos sazonais coincidentes com as datas dos
Festejos da Festa do Divino;
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IX - garantir a realização dos Festejos da Festa do Divino no Centro Histórico;
X - criar programas que incentivem a participação dos jovens nas práticas culturais
tradicionais, como a Festa do Divino, as bandas locais e que fortaleçam a comunidade quilombola
existente;
XI - criar o Conselho Municipal de Patrimônio, que agregue representantes da
sociedade civil organizada, garantindo a participação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional), da Secult (Secretaria Estadual de Cultura), do Ministério Público Estadual,
todos com direito à voto nas questões relativas à aprovação de projetos e eventos a serem
realizados no Centro Histórico;
XII - direcionar os parâmetros urbanísticos e os usos permitidos para o Centro
Histórico, compatibilizando-os com as características da ocupação histórica a serem preservadas;
XIII – proibir a instalação de empreendimento denominado de multipropriedade e
demais usos compartilhados e afins.
Parágrafo único – Fica criado o Programa Municipal de Intervenção para o Inventário,
a Preservação e a Recuperação do Patrimônio Histórico do Município de Pirenópolis a ser
implementado, em caráter de urgência, pelo Poder Executivo Municipal.
Seção II
Da Zona de Ordenamento Controlado I – ZOC I
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I - permitir o parcelamento, uso e ocupação do solo urbano em terrenos com
declividade inferior à 15%, vinculados ao atendimento dos parâmetros urbanísticos previstos na
Tabela de Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei;
II - Não permitir o parcelamento do solo em Áreas Especiais de Relevante Interesse
Ambiental;
III - mitigar a desigualdade social e diminuir os índices de vulnerabilidade social
presentes na cidade incentivando a ocupação urbana com qualidade;
IV - promover a integração de usos, com a diversificação de atividades compatíveis;
V - adotar parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com as demandas sociais;
VI - fomentar o desenvolvimento urbano com implantação de infraestrutura,
equipamentos públicos, garantindo qualidade da paisagem urbana, em consonância com as
disposições deste Plano Diretor;
VII – promover a mobilidade urbana;
VIII - promover a preservação ambiental ao adotar usos sustentáveis dos recursos
naturais;
IX - incentivar os loteamentos abertos, preferencialmente na modalidade Áreas
Especiais de Interesse Social III – AEIS III;
X - promover terra urbanizável na forma de parcelamentos abertos;
XI - adotar regras de contiguidade em relação a parcelamentos e ocupações anteriores
e de continuidade do sistema viário;
XII - implementar a alça viária de ligação da GO-338 a GO-431e,
XIII - proibir a instalação do empreendimento denominado multipropriedade e demais
usos compartilhados congêneres e afins.
Seção III
Da Zona de Ordenamento Controlado II – ZOC II
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características ambientais semelhantes, apresentando potencialidade de urbanização sendo assim
identificados:
I - Zona de Ordenamento Controlado II norte, corresponde ao território cujas
confrontações principais estão à margem norte da Zona de Qualificação e Consolidação Urbana
no trecho entre o Rio das Almas até o limite do perímetro urbano;
II - Zona de Ordenamento Controlado II leste, corresponde ao território que limita-se
entre a Zona de Qualificação e Consolidação Urbana, a APA dos Pireneus e a Zonas de
Ordenamento Condicionado I e,
III - Zona de Ordenamento Controlado II sul corresponde ao território que limita-se
com a margem sul da Zona de Qualificação e Consolidação Urbana, entre a rodovia GO-338 e a
Zona de Ordenamento Condicionado I.
Art. 18. São diretrizes gerais para a Zona de Ordenamento Controlado II:
I - permitir a ocupação urbana em terrenos com declividade inferior à 15% o
parcelamento, uso e ocupação do solo, ocorrerão vinculados ao atendimento dos parâmetros
urbanísticos previstos na Tabela de Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei;
II - mitigar a desigualdade social e diminuir os índices de vulnerabilidade social
presentes na cidade ao incentivar a ocupação urbana com qualidade;
III - promover a integração de usos, com a diversificação de atividades compatíveis;
IV - adotar parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com as demandas
sociais;
V - fomentar o desenvolvimento urbano com implantação de infraestrutura,
equipamentos públicos, sistema viário, acessibilidade, garantindo a proteção das características da
paisagem urbana;
VI - promover a proteção e conservação ambiental ao adotar usos sustentáveis dos
recursos naturais;
VII - incentivar os loteamentos abertos;
VIII - adotar regras de contiguidade com parcelamentos e ocupações anteriores e de
continuidade do sistema viário;
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IX - adotar regras de proteção dos recursos e bens naturais;
X - proibir a instalação do empreendimento denominado multipropriedade e demais
usos compartilhados congêneres e afins ;
XI - não permitir parcelamento do solo em Áreas Especiais de Relevante Interesse
Ambiental.
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Seção IV
Da Zona de Ordenamento Condicionado I – ZCond I
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III - aplicar instrumentos de regulação e de parâmetros urbanísticos próprios para
melhor distribuição espacial dos usos e intensidades de ocupação do solo atendendo as
características inerentes da Zona com a finalidade de promover o pleno desenvolvimento
econômico, social e ambiental da cidade;
IV - incentivar o desenvolvimento e o fortalecimento das atividades de turismo, lazer
e recreação com características sustentáveis compatibilizando-as com a conservação e preservação
ambiental;
V - preservar os fragmentos florestais, corredores hidro ecológicos, cabeceiras de
drenagem, áreas de fragilidade geológicas e geotécnicas e de relevos suscetíveis a processos
erosivos e de risco e sensibilidade ambiental, além de preservação das áreas protegidas por lei:
a) Áreas de Preservação Permanente – APP;
b) várzeas;
c) nascentes;
d) cursos d’água e,
e) áreas cujo relevo possuam declividades acentuadas.
VI – incentivar a ocupação urbana de baixa densidade com empreendimentos
residenciais e de turismo que possuam como característica a autogestão.
Seção V
Zona de Ordenamento Condicionado II – ZCond II
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Parágrafo único. Os corpos hídricos presentes na Zona de Ordenamento Condicionado
II que se constituem em mananciais para abastecimento de água potável para a cidade de
Pirenópolis, impõem a preservação da biodiversidade local.
Art. 26. A Zona de Ordenamento Condicionado III – ZCond III, caracteriza-se como
espaço não urbanizado, localizado entre as rodovias GO-431 e GO-338, lindeira ao norte do núcleo
urbano informal da Mata Velha e ao sul da Zona de Ordenamento Condicionado I – ZOC I.
§ 1º A Zona de Ordenamento Condicionado III tem como característica os terrenos
planos, com relevo pouco movimentado e terá o Anel Viário previsto, que ligará as rodovias GO-
431 com a GO-338, como elemento estruturador.
Art. 27. São diretrizes gerais para a Zona de Ordenamento Condicionado III - ZCond
III:
I - permitir o parcelamento, uso e ocupação do solo urbano em terrenos com
declividade inferior à 15%, vinculados ao atendimento dos parâmetros urbanísticos previstos na
Tabela de Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei;
II - não permitir o parcelamento do solo em Áreas Especiais de Relevante Interesse
Ambiental;
III - mitigar a desigualdade social e diminuir os índices de vulnerabilidade social
presentes na cidade incentivando a ocupação urbana com qualidade;
IV - promover a integração de usos, com a diversificação de atividades compatíveis;
V - adotar parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com as demandas sociais;
VI - fomentar o desenvolvimento urbano com implantação de infraestrutura,
equipamentos públicos, garantindo a qualidade da paisagem urbana;
VII - promover a mobilidade urbana;
VIII - promover a preservação ambiental ao adotar usos sustentáveis dos recursos
naturais;
IX - permitir os loteamentos abertos na modalidade Áreas Especiais de Interesse Social
III – AEIS III, não sendo aplicável a permissão de duas unidades na modalidade de fração ideal.
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X - promover terra urbanizável na forma de parcelamentos abertos conectando-se com
o Anel Viário previsto;
XI - adotar as regras de contiguidade previstas neste Plano Diretor;
XII – implantar a ligação da Zona de Ordenamento Condicionado III com o núcleo
informal da Mata Velha;
XIII - oferecer suporte de equipamentos e serviços públicos para o núcleo urbano
informal da Mata Velha;
XIV - implementar o Anel Viário previsto, de ligação entre a rodovia GO-431 e a GO-
338; e,
XV - proibir a instalação de empreendimento denominado multipropriedade e demais
usos compartilhados congêneres e afins.
CAPÍTULO II
DOS ESPAÇOS URBANOS
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Art. 29. A estruturação dos espaços urbanos objetiva ampliar, incrementar e conservar
os logradouros e espaços públicos e os equipamentos urbanos, mediante as seguintes diretrizes:
I - qualificação dos logradouros e espaços públicos por meio da inserção de
arborização, iluminação e mobiliário urbano, tendo como prioridade a escala do pedestre,
mantendo-os em bom estado de conservação;
II – preservação, qualificação e requalificação da paisagem e do paisagismo urbanos;
III – promoção de ações que visem o conforto ambiental urbano;
IV - requalificação, ampliação e padronização das calçadas e ciclovias, de forma a
dotá-las de identidade visual, uniformidade e acessibilidade;
V - otimização e dinamização social dos logradouros e espaços públicos com
instalação de equipamentos comunitários e mobiliários urbanos, incentivando atividades diversas
e tornando-os mais atrativos;
VI - alocação de equipamentos comunitários, quando da implantação de praças e
parques urbanos, como mecanismos de vigilância compartilhada destes locais, com
dimensionamento e projeto arquitetônico adequado à área onde serão instalados;
VII - incentivo à adoção de áreas verdes públicas por entidades da sociedade civil e
pela iniciativa privada;
VIII – estabelecimento de parceria entre o Município e os proprietários dos imóveis
confrontantes para a requalificação, manutenção e conservação das respectivas calçadas, criando
incentivos mediante a aplicação de instrumentos urbanísticos;
IX - priorização da instalação de infraestrutura e equipamentos urbanos e comunitários
em áreas já consolidadas, e não atendidas satisfatoriamente por estes serviços;
X – avaliação, pelo poder público municipal, da localização das Áreas Públicas
Municipais – APM quando da aprovação de novos parcelamentos, seja na modalidade de
loteamento aberto ou de acesso controlado, de forma a possibilitar a implementação de novos
equipamentos públicos e comunitários conforme a demanda existente para cada zona.
Seção I
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Da Paisagem Urbana
Art. 30. Entende-se como Paisagem Urbana a interação entre o patrimônio natural e o
construído, incluindo o ser humano, considerando como:
I - patrimônio natural:
a) a flora;
b) a fauna;
c) a hidrografia;
d) os bens naturais;
e) o relevo;
f) os demais elementos da natureza.
II - patrimônio construído:
a) os parques urbanos, as praças, vias e calçadas;
b) os muros, gradis e as fachadas das edificações;
c) as construções;
d) o conjunto arquitetônico histórico e demais elementos do patrimônio material;
e) a infraestrutura, como, por exemplo, estradas, vias, rede elétrica etc.;
f) demais estruturas construídas pelo homem.
§ 1º A Paisagem Urbana é resultado da composição dos elementos formadores do
ambiente urbano, sejam eles naturais ou construídos, e a interação visual, tátil, olfativa e auditiva
dos usuários com essa composição.
§ 2º São temas inerentes à Paisagem Urbana, o uso dos espaços pela população, a
caminhabilidade, o conforto térmico nos espaços públicos, as oportunidades de encontro, a
ocupação dos espaços de convivência e lazer, o exercício da cidadania, a coesão social e cultural,
a valorização da escala do pedestre e a qualidade de vida urbana.
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II - promover a integração física, social e cultural das diferentes zonas urbanas
instituídas, de forma a superar as dicotomias eventualmente existentes;
III - priorizar a coletividade, respeitando sua importância na concepção dos projetos
de desenho urbano;
IV - zelar pelas ambiências urbanas que possuem significado especial para a
população, em especifico os espaços físicos e seus processos históricos, culturais, sociais e
econômicos, de forma a contribuir para o fortalecimento do sentimento de pertencimento ao lugar
e à cidade;
V - acolher as iniciativas culturais da cidade, para ampliar e potencializar os espaços
públicos, com vistas a fomentar manifestações populares em geral;
VI - incentivar atividades diversas nos espaços públicos, para estimular o convívio
social e a interação com a paisagem;
VII - criar regulamentações e campanhas educativas que destaquem a importância da
preservação e qualidade da paisagem.
Seção II
Do Paisagismo Urbano
Seção III
Dos Espaços de Especial Interesse Paisagístico
Art. 36. A Paisagem Urbana possui, além do seu valor intrínseco, o valor intangível e
o valor de legado, o valor econômico, sendo necessário para sua efetiva proteção a adoção de
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políticas públicas de salvaguarda dos principais atributos naturais e marcos construídos do
patrimônio urbano.
§ 1º Os atributos de identidade tais como o Rio das Almas, os Córregos Lava Pés e
Pratinha, o Morro do Frota, o Morro de Santa Bárbara, as Capoeiras do Luis Tomaz a vegetação
natural, as Áreas de Preservação Permanente, os Parques Lineares, as praças, dentre outros,
deverão ser reconhecidos e valorizados, inclusive mediante políticas de preservação, turismo,
ecoturismo e promoção de eventos.
§ 2º Os elementos da hidrografia que permeiam a malha urbana consolidada deverão
ser reconhecidos e valorizados mediante a definição de programas envolvendo o Rio das Almas,
os Córregos Lava Pés e Pratinha e seus afluentes, as nascentes, os córregos, drenagens e vegetação
presentes na Macrozona Urbana que priorizem a implantação de parques urbanos ambientais
lineares.
§ 3º O Patrimônio Histórico, as obras de arte, pontes, mirantes, caminhos e demais
construções deverão ser valorizadas como ícones relevantes para a cidade e o município nos
aspectos urbanísticos, arquitetônico, artísticos e ambientais.
Seção IV
Do Conforto Ambiental do Espaço Urbano
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VI - incentivar o reuso das águas para irrigação em áreas públicas e empreendimentos
privados;
VII - incentivar o aproveitamento de água das chuvas.
CAPÍTULO III
DAS NORMAS URBANÍSTICAS DA MACROZONA URBANA
Seção I
Das Normas de Parcelamento do Solo
Art. 38. O parcelamento do solo na Macrozona Urbana poderá ser realizado mediante
loteamento ou desmembramento de acordo com o disposto neste Plano Diretor e na Lei de
Parcelamento do Solo.
Parágrafo único. O loteamento e desmembramento de que trata o caput deste artigo
poderão sofrer modificações, mediante desdobro, remembramento, remanejamento ou
reloteamento.
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Art. 40. O loteamento aberto a ser aprovado pelo Município ficará condicionado ao
critério de contiguidade a:
I - Zona de Qualificação e Consolidação Urbana – ZQCurb;
II - outro loteamento aberto implantado e com no mínimo 30% (trinta por cento) de
ocupação;
III - Equipamento Especial de Caráter Regional, contíguo a loteamento implantado;
IV - empreendimento voltado ao desenvolvimento de atividade(s) econômica(s) e
com área ocupada superior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados), contíguo a loteamento
implantado;
V – sistema viário estruturante e anéis viários previstos, desde de que já implantados;
§ 1º Para fins de aplicação desta Lei Complementar, entender-se-á por:
I - contiguidade: a confrontação física entre imóveis localizados no Município de
Pirenópolis;
II - ocupação: o imóvel edificado e habitado ou desempenhando atividade econômica.
§ 2º O critério da contiguidade de que trata o caput deste artigo estará garantido
mesmo que haja interposição de barreiras naturais e/ou geográficas, sistema viário, faixas de
domínio, áreas de servidão, imóveis com impedimento legal e imóveis de dominialidade da União,
Estado ou Município.
§ 3º O critério de contiguidade e ocupação mínima descrito nos incisos I e II
do caput deste artigo não se aplica ao loteamento de acesso controlado e condomínio de lotes a
ser aprovado pelo Município, desde que atendidas às demais disposições contidas nesta Lei
Complementar.
Art. 41. O imóvel objeto de loteamento deverá possuir acesso direto à via pública.
§ 1º A via pública de acesso direto ao imóvel objeto de loteamento deverá possuir
largura mínima de 15 m (quinze metros);
§ 2º O acesso direto por via pública de que trata o caput deste artigo deverá estar
consolidado, possuindo condições de trafegabilidade, com pista de rolamento pavimentada,
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calçadas implantadas, rede de energia elétrica, iluminação pública e sistema de drenagem, quando
da finalização do prazo legal de implantação da infraestrutura do loteamento.
Art. 42. Uma vez autorizado pelo Plano de Manejo, admitir-se-ão o parcelamento do
solo e suas modificações com caráter de baixa densidade habitacional na APA dos Pireneus,
resguardadas as Áreas de Preservação Permanente (APPs) atendidas as exigências estabelecidas
para as Zonas de Uso da Macrozona Urbana inseridas na APA.
Art. 43. As vias públicas dos novos loteamentos e reloteamentos deverão articular-se
com a rede viária adjacente, existente ou projetada, garantindo a prevalência do Sistema Viário
Estruturante, harmonizando-se com a topografia local e atendendo o planejamento cicloviário do
Município, a ser definido por lei específica.
Art. 45. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a outorgar a permissão de uso
para o fechamento de loteamento ou parte deste, constituindo assim loteamento de acesso
controlado, respeitados os seguintes critérios:
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I - possuir caráter gratuito e precário, sujeito à revogação pela administração
municipal a qualquer tempo, sem implicar qualquer tipo de ressarcimento;
II - outorgar à associação dos proprietários dos lotes, independentemente de licitação.
§ 1º No Termo de Permissão de Uso deverão constar todos os encargos relativos a
manutenção, a conservação e ao uso das vias públicas de circulação internas ao fechamento e
demais obrigações decorrentes desta permissão.
§ 2º O controle de acesso será regulamentado por ato da administração municipal,
sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos não residentes,
devidamente identificados ou cadastrados.
§ 3º Lei específica definirá demais requisitos urbanísticos para a aprovação e
implantação do loteamento de acesso controlado no Município.
Art. 46. Nos novos loteamentos deverá ser destinado um percentual de, no mínimo,
15% (quinze por cento) do total da área parcelável do terreno para Áreas Públicas Municipais -
APM’s, dos quais 5% (cinco por cento) destinar-se-ão a áreas verdes e 10% (dez por cento) para
equipamentos públicos comunitários.
§ 1º As áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação remanescente, não
consideradas como Área de Preservação Permanente, deverão compor o percentual de áreas verdes
de que trata o caput deste artigo, até o limite estabelecido, e serão destinadas a parque urbano.
§ 2º Quando se tratar de loteamento de acesso controlado ou empreendimento
autogerido, o percentual da área parcelável do terreno destinado a equipamentos públicos
comunitários poderá, a critério do Poder Público Municipal, ser substituído até o limite de 50%
(cinquenta por cento), por bens, pecúnia, obras ou serviços, destinados a revitalização do Centro
Histórico e produção de habitação de interesse social com valores equivalentes, avaliados segundo
critérios e procedimentos oficiais praticados no município.
§ 3º A destinação para as APM’s prevista no caput deste artigo deverá ser
formalizada mediante registro em Cartório de Registro de Imóveis, quando do registro do
loteamento.
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Art. 47. O remembramento e/ou desmembramento de imóveis situados na Área do
Centro Histórico, dependerá de manifestação prévia do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN).
Seção II
Dos Parâmetros Urbanísticos
Art. 48. O aproveitamento do solo urbano subordinar-se-á aos limites definidos nas
Zonas de Uso, às densidades populacionais, à proteção ambiental, ao patrimônio histórico e aos
seguintes parâmetros urbanísticos:
I - área mínima, testada e profundidade mínimas do lote;
II - coeficiente de aproveitamento básico;
III - coeficiente de aproveitamento máximo;
IV - recuo frontal e afastamentos lateral e fundos;
V - taxa de permeabilidade;
VI - taxa de ocupação;
VII - altura da edificação.
§ 1º Os parâmetros urbanísticos adotados para a Macrozona Urbana são os previstos
na Tabela dos Parâmetros Urbanísticos - Anexo XVI, sem prejuízo das demais disposições
constantes nesta Lei e legislação complementar relativa à matéria.
§ 2º O Coeficiente de Aproveitamento Oneroso para todos os imóveis contidos na
Macrozona Urbana, corresponde às áreas edificadas não contabilizadas no Coeficiente de
Aproveitamento Básico não Oneroso.
Art. 49. Será admitido um percentual de lotes com dimensões menores às mínimas
estabelecidas na Tabela dos Parâmetros Urbanísticos, respeitadas as seguintes condições:
§ 1º Para a Zona de Ordenamento Condicionado I, será admitido um percentual de
30% (trinta por cento) do total de lotes com dimensão mínima de 600 m² (seiscentos metros
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quadrados) com testada mínima de 15 m (quinze metros) e profundidade mínima de 30 m (trinta
metros);
§ 2º Parcelas diferenciadas nos termos de lei específica quando se tratar de loteamento
de interesse social e de iniciativa do Poder Executivo Municipal após aprovação do COMPUR.
Art. 51. As edificações para uso industrial com ou mais de 360,00m² (trezentos e
sessenta metros quadrados) de área construída, localizados na Macrozona Urbana e atendidos os
critérios da Lei de Uso e Ocupação do Solo, deverão atender aos seguintes recuo e afastamentos:
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I - recuo frontal mínimo: 5 (cinco) metros;
II – afastamento lateral mínimo: 5 (cinco) metros;
III - afastamento de fundo mínimo: 5 (cinco) metros.
Art. 52. A atividade industrial de pequeno porte, desde que não produtora de ruídos,
odores ou rejeitos poluentes, com área construída máxima de até 150,00 m² (cento e cinquenta
metros quadrados), será admitida em toda a Macrozona Urbana.
Art. 53. As novas construções bem como as modificações nas edificações existentes
localizadas na Macrozona Urbana deverão atender as taxas de ocupação constantes na Tabela dos
Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei.
Art. 54. As novas construções bem como as modificações nas edificações existentes
localizadas na Macrozona Urbana deverão atender taxas de permeabilidade constantes na Tabela
dos Parâmetros Urbanísticos, Anexo XVI desta Lei.
§ 1º Além de atender a taxa de permeabilidade prevista na Tabela dos Parâmetros
Urbanísticos, as construções de que trata o caput deste artigo deverão possuir poço de
29
recarga/detenção com capacidade suficiente de dreno calculado sobre área restante e
impermeabilizada do terreno.
§ 2º Os poços de recarga/detenção devem seguir os padrões específicos do Código de
Edificações do Município de Pirenópolis.
Art. 55. O uso, ocupação e demais parâmetros urbanísticos para imóveis urbanos ou
rurais situados na influência da área aeroportuária, deverão atender as exigências do órgão federal
de controle do espaço aéreo além das definições da zona de uso em que se assentam.
CAPÍTULO IV
Seção I
Da identificação das Zonas de Uso da Macrozona Rural
Art. 57. Para fins de ordenamento do território, a Macrozona Rural será estruturada e
subdividida em Zonas por meio de suas principais sub-bacias hidrográficas, conforme Anexo III.
Art. 58. Ficam instituídas as seguintes Zonas Rurais, de Norte para o Sul do território
municipal:
I - Zona Rural do Rio do Peixe: ocupa uma significativa extensão territorial a norte do
município e é constituída pela Sub-bacia Hidrográfica do rio dos Patos e do rio do Peixe com as
seguintes características:
a) relevo plano ondulado com grande parte dos terrenos com declividade abaixo de
10% (dez por cento);
30
b) a norte dessa Zona Rural, os terrenos apresentam baixo potencial de risco
ambiental e baixa sensibilidade ambiental;
c) na porção média para o sul, onde estão os terrenos da sub-bacia hidrográfica do rio
do Peixe, o relevo é bastante ondulado com parcelas consideráveis dos terrenos com declividades
altas com áreas de alto potencial de risco ambiental e alta sensibilidade ambiental ao uso e
ocupação do solo.
II - Zona Rural Rio Dois Irmãos constituída pela Sub-bacia Hidrográfica do rio
Homônimo. Ocupa extensão territorial bastante significativa do território municipal e possui as
seguintes características:
a) na porção do meio norte do município, vegetação nativa recobrem áreas com
topografia mais elevadas e declivosas, que indicam alto potencial de risco ambiental e alta
sensibilidade ambiental ao uso e ocupação do solo, sobretudo a incidência de processos erosivos;
b) inserida nessa Zona, encontra-se a Cidade de Pedra e diversas cachoeiras com
grande potencial turístico, ecológico e ambiental.
III - Zona Rural do Rio das Almas constituída pela Sub-bacia Hidrográfica do rio
Homônimo, é a maior e mais importante das Zonas Rurais do município com as seguintes
características:
a) apresenta áreas com alto potencial de risco ambiental e alta sensibilidade e
vulnerabilidade ambiental ao uso e ocupação do solo, sobretudo em relação a incidência de
processos erosivos, degradação dos solos, dos recursos hídricos, da flora e fauna nativas e,
b) abrange a malha urbana consolidada de Pirenópolis e a pedreira da Prefeitura.
IV - Zona Rural do Rio das Pedras constituída pela Sub-bacia Hidrográfica do rio
Homônimo, ocupa extensão territorial bastante significativa do território municipal com as
seguintes características:
a) na porção central para sul do município, o relevo não é tão acidentado e
movimentado como nas demais Zonas Rurais;
b) baixa presença de fragmentos mais significativos de vegetação nativa.
V - Zona Rural do Rio Padre Souza constituída pela Sub-bacia Hidrográfica do rio
Padre Souza e por uma pequena parcela da Sub-bacia Hidrográfica do rio Corumbá. Ocupa
31
extensão territorial bastante representativa do território municipal e possui as seguintes
características:
a) na porção sul do município indo até sua extremidade o relevo dessa Zona é pouco
acidentado destacando-se as atividades voltadas para agricultura;
b) identifica-se um vetor de ocupação agrícola que vem dos municípios vizinhos
consolidando-se na região de Jaranápolis.
Parágrafo único. A área rural do Município, corresponderá à extensão territorial
remanescente do território não incluída como área urbana, segundo limites e confrontações
delimitados no Anexo XIV desta Lei Complementar.
32
VII – criar, instituir e implementar as APA’s municipais previstas neste Plano Diretor;
VIII - integrar as vias urbanas de Pirenópolis à Trilha do Ouro e ao Caminho de Cora
Coralina;
IX - exigir Licenciamento Ambiental, no âmbito municipal, para o funcionamento e
uso público das cachoeiras;
X - exigir medidas para recuperação das áreas de lavra de minerais industriais;
XI - exigir medidas relativas à recuperação ambiental das antigas lavras de garimpos
de ouro, que constituem passivos ambientais;
XII - estabelecer medidas especiais para manutenção dos cemitérios existentes nos
Distritos e Povoados;
XIII - controlar a perfuração de poços artesianos profundos para captação de água;
XIV - controlar os desmatamentos e plantações de monoculturas associadas a projetos
da agroindústria;
XV - incentivar a implantação de empreendimentos caracterizados como de natureza
regional e prioritariamente voltados para o turismo na Macrozona Rural desde que provido de
acesso viário;
XVI - estabelecer parceria com Órgão de Fiscalização Mineral Federal no
acompanhamento e fiscalização das atividades mineiras no município;
XVII - implantar programa de gestão compartilhada com o Órgão Ambiental Estadual,
e entidades representativas dos produtores rurais, visando melhorar o acompanhamento,
disciplinamento e monitoramento do uso das águas de superfície e o uso dos defensivos agrícolas,
inclusive, em relação ao descarte de embalagens;
XVIII - implantar um Programa Municipal de Gestão e Controle compartilhado com
o Órgão Ambiental Estadual, Órgão de Fiscalização Mineral Federal e com os usuários para uso
de água subterrânea, em especial nos empreendimentos turísticos;
XIX - promover o desenvolvimento de comunidades agrícolas e o incentivo ao turismo
rural, aliados à proteção do patrimônio ambiental, histórico-cultural e conservação do meio
ambiente;
33
XX - incentivar as atividades agropecuárias, respeitando as características e
potencialidades de uso do solo de cada região, priorizando a produção de hortaliças, fruticultura,
pastagens, a avicultura, a pecuária leiteira, piscicultura e silvicultura;
XXI - respeitar a capacidade de suporte dos corpos hídricos na captação e no
lançamento de efluentes;
XXII - incentivar o reaproveitamento adequado de água e o armazenamento de água
pluvial, visando minimizar a utilização dos corpos hídricos e apoiar a recuperação ambiental dos
corpos d’água;
XXIII - estabelecer novos padrões produtivos que utilizem racionalmente os recursos
naturais de forma a evitar o esgotamento da capacidade produtiva das propriedades, sobretudo as
de domínio da agricultura familiar;
XXIV - difundir práticas de manejo e conservação de solos, buscando recuperar e
aumentar a capacidade produtiva, reduzir o uso do fogo e evitar a abertura de novas áreas, visando
a preservação dos recursos hídricos e da vegetação natural remanescente;
XXV - buscar o apoio do governo estadual nas ações referentes ao programa de
assistência técnica e extensão rural, bem como capacitação dos produtores rurais, visando fomentar
o desenvolvimento do setor produtivo rural municipal;
XXVI - incentivar a produção agroecológica de hortaliças e frutas, por meio da
orientação associativa, acompanhamento dos produtores, envolvimento das Organizações de
Controle Social – OCS, e ONGs;
XXVII - organizar o sistema viário municipal, com diretrizes e parâmetros para
abertura das estradas vicinais e manutenção das existentes, priorizando aquelas de maior
importância social, econômica ou ambiental, com estudo específico a ser realizado pelo órgão
responsável pelo planejamento territorial do Município em parceria com demais órgãos
responsáveis, pelo desenvolvimento rural e transporte.
Seção II
Das Normas Urbanísticas da Macrozona Rural
34
Art. 60. O loteamento ou empreendimento a ser aprovado no perímetro urbano de
Lagolândia, Jaranápolis Índio e Radiolândia, integrantes da Zona Rural, delimitados nos Anexos
IX, X, XI e XII estarão condicionados ao atendimento dos parâmetros urbanísticos previstos nesta
Lei Complementar.
Parágrafo único. Os demais Núcleos Urbanos constituídos de Distritos e Povoados
integrantes da Zona Rural, além do atendimento às normas aqui estabelecidas, ficarão
condicionados ao critério de contiguidade a:
I - outro loteamento implantado e com no mínimo 30% (trinta por cento) de ocupação;
II - empreendimento voltado ao desenvolvimento do turismo e Equipamento Especial
de Natureza Regional.
Art. 61. Para uso e ocupação do solo nos núcleos urbanos dos distritos e povoados
serão adotados os seguintes parâmetros urbanísticos:
a) índice de aproveitamento de 1 (uma) vez a área do terreno para habitação e 1,2
(uma vez e dois décimos) a área do terreno para uso não residencial ou misto;
b) ocupação máxima - 60% (sessenta por cento);
c) a altura máxima da edificação será de 8,5 m (oito metros e cinquenta centímetros)
medida a partir da cota média do passeio público (média aritmética entre a cota mais alta e a mais
baixa coletadas nos vértices da testada do lote) até a cota de cumeeira, fixado em, no máximo, dois
pavimentos;
d) usos mistos e,
e) lote com área mínima de 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados).
TÍTULO IV
DO MEIO AMBIENTE E DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Art. 62. São diretrizes para a prevenção, mitigação e minimização dos impactos
ocasionados pelas mudanças climáticas:
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I - integrar as estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas de forma
transversal com outras políticas públicas municipais, estaduais e federais, em especial as de meio
ambiente, ordenamento urbano e uso e ocupação do solo envolvendo as diversas atividades
econômicas;
II – atuar institucionalmente para diminuição do desflorestamento da cobertura vegetal
e aumento da impermeabilização do solo visando a minimização dos efeitos das ilhas de calor e
das precipitações pluviométricas torrenciais, em especial no espaço urbano;
III – incentivar a manutenção e preservação da cobertura vegetal, seja de espécies
nativas ou frutíferas mesmo que exóticas, dos quintais das casas na malha urbana consolidada do
município;
IV - conscientizar a população, por meio da educação ambiental, quanto à preservação
do meio ambiente e as causas e efeitos das mudanças climáticas;
V - conectar, por meio de Corredores Hidro Ecológicos, as áreas das Unidades de
Conservação – UCs, com as Áreas Especiais de Relevante Interesse Ambiental e demais
fragmentos vegetados e permeáveis existentes na macrozona urbana;
VI - elaborar e executar programas e medidas destinados à revegetação, reabilitação
ambiental e preservação de Áreas de Preservação Permanente – APP’s;
VII - fortalecer, ampliar e aprimorar a fiscalização ambiental e o monitoramento do
Sistema Municipal de Áreas e Infraestrutura Verde - SMAIV, criando possibilidades de
participação para organizações entidades ambientalistas e sociais;
VIII - manter atualizado, por meio do órgão competente, o estado de conservação dos
componentes do Sistema Municipal de Áreas e Infraestrutura Verde - SMAIV do patrimônio
ambiental do Município, visando orientar e agilizar a fiscalização e a aplicação das penalidades
cabíveis diante de eventuais infrações contra o meio ambiente natural e construído;
IX - elaborar a Carta de Risco com foco especial a suscetibilidade a movimento de
massa e inundação e queimadas com a criação de uma estrutura de Defesa Civil com programas
permanentes para prevenção e resposta a desastres naturais e ambientais, aí incluídas as
movimentações de massa por enxurradas devido a chuvas torrenciais e queimadas, com gestão de
risco e monitoramento contínuo, buscando a utilização de brigadistas voluntários;
36
X - combater as mais diversas formas de poluição: hídrica, dos solos, atmosférica,
sonora e visual revisando e atualizando a legislação pertinente que trata de todos esses aspectos;
XI - implantar os Parque Linear Urbano Ambiental do Rio das Almas e de seus
afluentes como o Lava-Pés e o Pratinha;
XII - incentivar, inclusive com benefícios fiscais, as empresas, os empreendedores, a
população, por desenvolverem atividades positivas para neutralizar os impactos negativos ao meio
ambiente.
CAPÍTULO I
SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS E INFRAESTRUTURA VERDES
Art. 63. Fica criado o Sistema Municipal de Áreas e Infraestrutura Verdes - SMAIV,
que visa identificar, classificar, preservar, recuperar, implementar e conectar as áreas de interesse
ambiental do Município, buscando uma melhor gestão do patrimônio ambiental por elas
constituído, respeitadas as vocações e as características físicas, ambientais, sociais, econômicas,
históricas e culturais de cada uma das áreas contempladas pelo Sistema e de seus respectivos
entornos.
§ 1º O SMAIV será consolidado por meio de ações do poder público, da iniciativa
privada e da população de Pirenópolis.
§ 2º O detalhamento do SMAIV será de competência do órgão executor da Política
Ambiental do Município, e deverá ser aprovado por meio de ato do Poder Executivo.
37
Art. 65. Compõem o Sistema Municipal de Áreas e Infraestrutura Verde de
Pirenópolis:
I - Áreas de Preservação Permanente – APP’s e Áreas de Reserva Legal previstas na
Lei Federal nº 12.651/2012, Código Florestal Nacional e suas alterações;
II – as Unidades de Conservação criadas conforme o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação - SNUC, aprovado pela Lei Federal nº 9.985/2000, Lei do SNUC;
III – a Faixa de Proteção da Paisagem;
IV – a Faixa de Ocupação Sustentável;
V – os Corredores Hidro Ecológicos;
VI – os Parques Urbanos Ambientais Lineares;
VII – as Reservas do Patrimônio Particular Natural – RPPN’s;
VIII – os quintais da malha urbana de Pirenópolis, dos Distritos e Povoados;
IX – as Áreas Públicas Municipais Verdes – APM’s Verdes;
X – as Áreas Especiais de Relevante Interesse Ambiental – AERIA’s;
XI – as Áreas de Patrimônio Histórico e Ambiental;
XII – a arborização urbana.
Art. 66. Para a gestão das áreas que compõem o SMAIV poderão ser utilizados os
instrumentos urbanísticos previstos nesta Lei Complementar.
Art. 68. Os proprietários que preservarem áreas componentes do SMAIV, além dos
mínimos estabelecidos nesta Lei Complementar, serão recompensados pelo Município pelos
serviços ambientais prestados, de que trata o inciso I do art. 41 da Lei Federal nº 12651/2012,
38
Código Florestal Nacional, de 25 de maio de 2012, nos termos de programa específico a ser criado
por iniciativa do Poder Executivo Municipal.
Seção I
Das Áreas de Preservação Permanentes – APP’s
Art. 69. A Área de Preservação Permanente - APP de qualquer curso d’água natural
perene e intermitente, excluídos os efêmeros, nas áreas urbanas do Município de Pirenópolis, tem
a largura mínima de 50 m (cinquenta metros) para cada margem a partir da borda da calha do leito
regular, visando garantir a preservação dos recursos hídricos.
§ 1º As APP’s de todas as nascentes naturais perenes e intermitentes, nas áreas urbanas
do município de Pirenópolis, terão um raio de 100 (cem) metros no entorno do ponto de surgência
natural de água.
§ 2º As áreas constituídas pelos terrenos com declividade acima de 20% (vinte por
cento) serão consideradas como APPs.
§ 3º As APPs dos parcelamentos aprovados em data anterior a esta Lei Complementar
permanecem de acordo com o estabelecido na data de suas certificações.
Art. 70. A largura da APP na Macrozona Rural e suas Zonas, segue o estabelecido na
Lei Federal nº 12.651, Código Florestal Nacional, de 25 de maio de 2012, e suas alterações.
Seção II
Da Faixa de Proteção e Ocupação Sustentável -FPOS
Art. 71. Fica criada a Faixa de Proteção e Ocupação Sustentável – FPOS com o
objetivo de proteger os mananciais inseridos na Macrozona Urbana do Município, contíguas às
APPs bilaterais aos cursos d’água permanentes.
§ 1º Considera-se Faixa de Proteção e Ocupação Sustentável – FPOS:
a) as faixas bilaterais, contadas a partir da APP com largura mínima de 100,00 metros
(cem metros) quando contíguas ao rio das Almas e,
39
b) as faixas bilaterais, contadas a partir da APP terão largura mínima de 50,00 metros
(cinquenta metros) quando contígua aos demais cursos d’água perenes.
§ 2º A Faixa de Proteção e Ocupação Sustentável – FPOS têm caráter de uso
sustentável voltada à garantia da prestação de serviços ambientais devendo ser ocupada
prioritariamente pelos parques lineares e ou por empreendimento com baixa densidade a serem
definidas na legislação de Uso e Ocupação do Solo e permeabilidade mínima de 30% da área dos
lotes, garantidas as ocupações já consolidadas.
Seção III
Das Unidades de Conservação – UC’s
Art. 72. As Unidades de Conservação – UC’s, são constituídas pela Áreas de Proteção
Ambiental – APA’s e Parque Natural Ambiental Estadual da Serra dos Pireneus.
§ 1º Ficam criadas as Áreas de Proteção Ambiental – APA’s municipais do Rio do
Peixe (Lagolândia-Capela-Placas); Serra da Água Fria (Cidade de Pedra); Morro do Frota e a Serra
do Bom Jesus, na divisa com o município de Jaraguá, conforme Anexo VIII – Mapas das Unidades
de Conservação.
§ 2º O Poder Público Municipal terá um prazo de 2 (dois) anos para elaborar e
implementar os Planos de Manejo das Áreas de Proteção Ambiental – APA’s criadas no § 1º deste
artigo.
Seção IV
Art. 73. A Faixa de Proteção da Paisagem- FPP é constituída pelos terrenos com
declividade entre 15% (quinze por cento) e 20% (vinte por cento) de declividade quando a partir
daí serão consideradas Área de Preservação Permanente – APP.
§ 1º Admitir-se-á ocupação na FPP com empreendimentos de baixa densidade,
autossustentáveis e de autogestão, conforme previsão deste Plano Diretor.
40
§ 2º Excetua-se do § 1º deste artigo as áreas com declividade acima de 15 % (quinze
por cento) localizadas nas encostas do Morro do Frota, do Morro de Santa Bárbara, da Capoeira
do Luiz Tomaz, sem prejuízo de outras formações que sejam de interesse paisagístico, onde não
serão permitidos quaisquer usos e ocupação do solo.
Seção V
Dos Corredores Hidro Ecológicos
Art. 74. São os eixos, definidos pelos principais cursos d’água que conectam a
vegetação nativa nos espaços públicos ou privados, na área urbana ou rural, propiciando o fluxo
gênico nas e entre as sub-bacias hidrográficas, nas e entre as Unidades de Conservação e outros
espaços de relevante interesse ambiental, como o Rio das Almas, Rio do Peixe, Rio Dois Irmãos,
Rio das Pedras, Rio Padre Souza e outros.
§ 1º Os Corredores Hidro Ecológicos poderão ser dotados de equipamentos de apoio
ao desenvolvimento do turismo ecológico e às atividades de lazer e recreação da população,
quando esses estiverem localizados em propriedades rurais ou contíguos às Áreas de Preservação
Permanente – APP’s de cursos d’água.
§ 2º Nas áreas configuradas como corredores Hidro Ecológicos em que já houver
edificações consolidadas essas serão mantidas e será incentivada formação de vegetação ao seu
redor.
Seção VI
Dos Parques Urbanos Ambientais Lineares
Art. 75. Integram o conjunto de Parques Urbanos Ambientais o Parque Linear do Rio
das Almas, o parque Linear do Córrego Pratinha e o Parque Linear do Córrego Lava-Pés, do
Córrego Mar e Guerra e do Córrego Manoel Luis, sem prejuízo à instituição de novos parques pelo
poder público municipal.
41
Parágrafo único. Os parques urbanos ambientais lineares deverão ser criados e
instituídos por Leis específicas, e implementados mediante a elaboração de planos de manejo,
projetos urbanísticos e arquitetônicos de acordo com a especificidade de cada um.
Seção VII
Das Reservas do Patrimônio Particular Natural – RPPNs
Seção VIII
Dos Quintais situados na malha urbana da cidade e dos Distritos
Art. 77. A proteção de áreas verdes privadas situadas nos quintais das casas inseridas
na malha urbana da cidade de Pirenópolis e dos Distritos e Povoados, normalmente arborizados e
plantados com espécies frutíferas, deverá garantir:
I - a relação biunívoca de dependência entre a arquitetura e a vegetação;
II - a densidade desejada de área plantada por quadra;
III - o equilíbrio da temperatura e da paisagem urbana e,
IV - a taxa de ocupação no Centro Histórico, compatível com o índice de
permeabilidade.
Parágrafo único. Somente ocorrerá a derrubada de árvores nos quintais das casas
mediante autorização do órgão competente da Prefeitura de Pirenópolis.
Seção IX
42
Das Áreas Públicas Municipais Verdes – APM’s Verdes
Art. 78. As Áreas Públicas Municipais Verdes- APM’s Verdes são espaços territoriais
urbanos dotados de cobertura vegetal nativa ou outras formas de vegetação criadas por iniciativa
do Poder Executivo Municipal e as indicadas e averbadas nas plantas e memoriais descritivos dos
parcelamentos e loteamentos de glebas.
Seção X
Das Áreas Especiais de Relevante Interesse Ambiental – AERIA’s
Art. 79. As Áreas Especiais de Relevante Interesse Ambiental são áreas que
apresentam significado ambiental, histórico e cultural devido sua beleza cênica, ou fragilidade e
suscetibilidade ao risco ambiental em relação ao seu uso e ocupação no espaço urbano. São elas:
I – o Rio das Almas;
II – os Córregos Pratinha, Lava Pés, Mar e Guerra e Manoel Luis;
III – o Morro do Frota;
IV - o Morro de Santa Bárbara;
V – a Capoeira do Luiz Tomaz;
VI – as cachoeiras;
VII – a Cidade de Pedra;
VIII – o Parque dos Pireneus e,
IX - outros que se distribuem no espaço urbano da cidade de Pirenópolis, a serem
definidos por lei específica.
Subseção Única
Das Áreas Ambientalmente Controladas
Art. 80. Áreas Ambientalmente Controladas são aquelas onde se localizam grandes
equipamentos públicos ou privados e que necessitam de tratamento ambiental diferenciado conforme
43
a atividade desenvolvida, para controle e monitoramento de impactos ambientais, com objetivos e
limites definidos e sob condições especiais de administração e uso.
Seção XI
Das Áreas de Patrimônio Histórico-Ambiental
44
no Município quando do Licenciamento Ambiental, priorizando a proteção deste patrimônio
histórico e de seu entorno.
§ 2º Poderá ser realizada parceria entre os entes envolvidos para a melhor gestão desses
espaços, conforme legislação vigente.
Seção XII
Da Arborização
CAPÍTULO II
DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Art. 85. Para promover a gestão mais eficiente dos recursos hídricos, especialmente
dos mananciais de abastecimento, será realizado o diagnóstico ambiental das bacias hidrográficas
que estão inseridas no município de Pirenópolis para posterior criação do Programa de Gestão de
Recursos Hídricos e respectivo Plano de Monitoramento de Qualidade da Água.
46
V - incentivar a adoção dos sistemas de drenagem sustentável na área urbana em
complemento à drenagem artificial, recuperando e ampliando a capacidade de retenção, absorção
e infiltração de águas pluviais no solo, como parte das ações de otimização da infraestrutura verde.
Parágrafo único. Os investimentos necessários ao Programa previsto no inciso III deste
artigo serão obtidos pela utilização dos recursos oriundos do Fundo Municipal de Meio Ambiente
- FMMA.
Art. 87. Não será permitido o cultivo de monoculturas nas proximidades das áreas
onde estão localizadas as principais nascentes das sub-bacias hidrográficas dos cursos d’água
responsáveis pelo abastecimento público de Pirenópolis.
Art. 88. O Município terá o prazo de 2 anos para elaborar o Plano Municipal de
Recursos Hídricos na forma da legislação federal pertinente.
TÍTULO V
DAS POLÍTICAS SETORIAIS
CAPÍTULO I
DA MOBILIDADE
47
c) terminais de transportes e pontos para embarque e desembarque, tanto de
passageiros como de cargas;
d) sinalização viária e de endereçamento;
e) equipamentos, instalações e instrumentos de operação e controle.
48
XI - promover acessibilidade, conforto e segurança aos pedestres, intensificando a
iluminação ao longo das vias, incluindo calçadas, ciclovias e respectivas travessias, e instalação
de semáforos com sonorizadores;
XII - buscar a excelência na mobilidade urbana e o acesso ao transporte às pessoas
com deficiência, com dificuldades de locomoção, com necessidades específicas e aos idosos,
conforme legislação específica;
XIII - equacionar o abastecimento e a distribuição de bens dentro do Município de
modo a reduzir seus impactos sobre a circulação viária e o meio ambiente;
XIV - estabelecer uma política de estacionamentos de uso público e privado, com e
sem pagamento pela utilização;
XV - promover estudos e regulamentar no âmbito da competência municipal e em
conjunto com órgãos federais e estaduais a definição de espaços de circulação e instalação de áreas
e equipamentos que possibilitem a operação de veículos aéreos não tripulados;
XVI – realizar, periodicamente, estudos e pesquisas para a identificação e
monitoramento das características dos deslocamentos usuais da população e suas variações;
XVII desenvolver programas e campanhas educativas para a divulgação das normas
de trânsito para a circulação segura, a conscientização quanto ao uso racional dos modos de
transporte, a integração intermodal e o compartilhamento do espaço público;
XVIII - estimular o transporte solidário ou compartilhado.
49
IV - fortalecer a concepção sistêmica de mobilidade levando em consideração as
características peculiares das vias do Centro Histórico que apresentam fragilidades e dimensões
diferenciadas;
V - incentivar o uso de transportes não motorizados principalmente na área do Centro
Histórico;
VI - promover acessibilidade, conforto e segurança aos pedestres no Centro Histórico,
principalmente nos finais de semana e períodos de festas;
VII - implantar um Sistema de Monitoramento por câmeras das vias do Centro
Histórico.
50
IX – requalificar o entorno dos equipamentos públicos com foco na priorização de
pedestres, principalmente no Centro Histórico;
X – promover, periodicamente, campanhas educativas para a mobilidade, abordando
com máxima atenção o respeito ao pedestre;
XI – mitigar os conflitos do tráfego de carga pesada na área urbana, com especial
atenção ao Centro Histórico, por meio da implantação de terminais de transbordo de cargas, com
a limitação de peso dos veículos e disciplinando os percursos e horários de circulação;
XII – identificar e mapear os Polos Geradores de Viagem.
Parágrafo único. A Lei das Calçadas deverá ser objeto de lei específica de iniciativa
do Poder Executivo.
51
Seção I
Do Sistema Viário
Art. 95. São diretrizes para o Sistema Rodoviário Municipal e Sistema Viário Urbano,
de Circulação e Trânsito:
I - garantir a segurança e o conforto na circulação de todos os modos de transporte;
II - destinar vias ou faixas, preferenciais ou exclusivas, priorizando os modos não
motorizados;
III - destinar espaços urbanos no sistema viário para a implantação de infraestrutura
de apoio a todos os modos de transporte;
IV - proteger as pessoas em seus deslocamentos e combater os acidentes de trânsito
por meio da engenharia de tráfego, fiscalização e campanhas educativas;
V - promover a acessibilidade de pedestres e ciclistas ao sistema de transporte;
VI - adotar novas tecnologias para reduzir a emissão de gases, resíduos e poluição
sonora;
VII - promover medidas reguladoras para o transporte de cargas pesadas e cargas
perigosas na rede viária urbana;
VIII - adequar as condições da circulação de veículos em áreas ou vias previamente
analisadas, a fim de facilitar a circulação de pedestres e incentivar o uso de modos não
motorizados, com medidas de redução de tráfego e de compartilhamento do espaço público,
observadas todas as condições de segurança;
IX - modernizar a rede semafórica, mantendo e aprimorando a sinalização horizontal
e vertical da malha viária urbana.
52
Art. 96. O Sistema Viário é constituído pelas vias existentes e pelas provenientes dos
parcelamentos futuros, e vias a serem criadas, sendo estruturado conforme a seguir:
I - O Sistema Rodoviário Municipal é constituído pelas vias regionais que corresponde
ao viário que liga a cidade de Pirenópolis a outros municípios, sendo elas:
a) GO - 338
b) GO - 225
c) BR-070 conhecida como Rodovia Parque dos Pireneus;
d) Rodovias vicinais.
II - O Sistema Viário Estruturante é formado pelas Avenidas de Atividades, que tem o
papel de estruturadoras do sistema viário na área urbana do município e as Avenidas de Integração:
a) São Avenidas de Atividades do Centro Histórico a Rua Aurora, a Rua do Bonfim,
a Rua do Rosário, a Rua Direita, a Av. Comendador Joaquim Alves, a Av. Neco Mendonça (Rua
05);
b) São Avenidas de Atividades da Macrozona Urbana a Av. Benjamim Constant, a
Av. Prefeito Luiz Gonzaga Jayme, a Av. Meia Lua, a Rua do Carmo, a Av. Prefeito Sizeando
Jaime, a Av. Sebastião Augusto Curado;
c) São Avenidas de Integração o Anel Viário e a Rua Sérgio Mota.
III - vias locais, destinadas ao acesso local ou ao tráfego em áreas restritas;
IV - ciclovias, constituídas por vias públicas destinadas ao uso exclusivo de ciclistas;
V - vias para pedestre, constituídas por vias públicas destinada ao uso exclusivo de
pedestres;
VI – calçadas, constituídas por vias públicas destinadas ao uso exclusivo de pedestres;
VII - vias verdes, constituídas por vias de 15 m (quinze metros) ao longo das APP’s
visando sua proteção.
53
II – as vias projetadas para dar continuidade ao sistema viário existente e o sistema
viário dos parcelamentos novos a serem criados;
III – a via projetada que liga dois trechos distintos GO-338 e que corresponde hoje a
uma via vicinal;
IV – o futuro Anel Viário que ligará a rodovia GO-338, passando pela Zona de
Ordenamento Controlado I, até GO-431 e desta até a GO-338, passando pela Zona de
Ordenamento Condicionado III;
V – o sistema viário atual e previsto encontra-se no Anexo IV dessa lei.
§ 1º O Município deverá elaborar, no prazo máximo de 01 (um) ano a partir da
aprovação desta lei, o Mapa Urbano e a atualização do Cadastro Imobiliário Digital de Pirenópolis
identificando:
I - bairro;
II - quadra;
III – lote e sua metragem;
IV – edificação e sua metragem;
IV - vias e seus nomes;
V - hierarquia das vias conforme descrito nessa Lei Complementar.
VI – nome do proprietário do imóvel.
§ 2º As vias dos novos parcelamentos deverão ser hierarquizadas em conformidade ao
caput deste artigo e seus incisos.
54
IV - garantir a contiguidade e a continuidade do sistema viário em razão de novos
parcelamentos.
Seção II
Do Transporte Coletivo
Art. 100. São diretrizes da Política Municipal de Transporte Público Coletivo Urbano:
I – implantar, no prazo de 2 anos, o sistema de Transporte Público Coletivo Urbano;
II - garantir oferta de transporte público coletivo urbano eficiente, acessível,
sustentável e de qualidade;
III - estimular o uso do transporte coletivo;
IV - garantir o controle e a eficiência da gestão do transporte por meio da introdução
de tecnologias e sistemas de controle que permitam a obtenção de informações operacionais bem
como de dados estatísticos e de caracterização das demandas, para subsidiar o processo de
planejamento do transporte público coletivo;
V - criar um regulamento específico para o transporte público coletivo contemplando
sanções, inclusive multas;
VI - promover a expansão dos serviços de transporte coletivo, atendendo às demandas
do transporte de passageiros e cargas;
VII – implantar os pontos de conexão do transporte coletivo urbano;
55
VIII - prover de mobiliários os pontos de parada e arborização no entorno;
IX - promover a regularidade, confiabilidade e a redução do tempo de viagem do
transporte público coletivo, adotando novas tecnologias como o monitoramento do transporte e
definição de faixas exclusivas;
X - estabelecer políticas tarifárias que garantam o acesso do usuário ao serviço público
do transporte coletivo;
XI - articular junto aos governos federal e estadual a obtenção de subsídios ou meios
para a desoneração, objetivando tarifa módica para o transporte coletivo;
XII - melhorar o transporte escolar, inclusive na área rural, buscando o acesso
universal aos alunos.
Seção III
Do Transporte Individual
Seção IV
Dos Estacionamentos
56
I - estabelecer locais de permissão e restrição de estacionamento, locais de
estacionamento para veículos oficiais e de emergências, vagas para deficientes e idosos;
II - adotar medidas reguladoras para a construção e operação de estacionamentos em
áreas públicas e privadas, com e sem pagamento pela utilização;
III - implantar sistema de estacionamento rotativo, por meio de cobrança, utilizando-
se de novas tecnologias como forma de democratizar o uso do espaço urbano nas vias públicas;
IV - fomentar estudos de localização e de viabilidade para a implantação e instalação
de estacionamentos coletivos, favorecendo a integração intermodal.
Art. 103. O Poder Público Municipal deverá adotar medidas de restrição e supressão
de estacionamentos nas vias públicas localizadas na Macrozona Urbana, em áreas de interesse
público, visando, dentre outros, estimular o uso do sistema de transporte público coletivo e a
implantação de vias preferenciais ou exclusivas para o transporte coletivo, para pedestres e de
infraestrutura cicloviária.
Seção V
Do Modo Cicloviário
Art. 104. Para promover a mobilidade o Município deverá adotar, até a elaboração do
Plano Municipal de Mobilidade, as seguintes diretrizes para o modo cicloviário:
I - implantar ciclofaixas ao longo dos parques e das principais vias da cidade,
interligando as regiões de planejamento;
II - implantar o Sistema de Transporte Público integrado à Rede Cicloviária existente
e a ser criada, de forma a atender os deslocamentos de trabalho e lazer integrada aos modos de
transporte;
III - estabelecer metas em quilômetros para a implantação das ciclovias;
IV - fomentar a inclusão de ciclovias nos projetos de expansão viária do Município;
57
V - promover e incentivar a acessibilidade e a equidade no uso do espaço público de
circulação;
VI - desenvolver programas e campanhas educativas objetivando o incentivo à
utilização da bicicleta e a difusão das normas de trânsito para a circulação segura e o convívio
harmonioso do trânsito motorizado e não motorizado;
VII - implantar um sistema de bicicletas compartilhadas.
Seção VI
Da Acessibilidade e da Qualificação de Calçadas
58
IV - adotar medidas visando coibir a ocupação das calçadas por obstáculos de qualquer
natureza que impeçam ou dificultem a mobilidade dos pedestres, principalmente de pedestres com
deficiências temporárias ou permanentes, gestantes e idosos;
V - desenvolver ações de conscientização da população quanto à importância das
calçadas e das adaptações de acessibilidade, bem como da responsabilidade dos proprietários dos
imóveis pela construção, conservação e manutenção das calçadas;
VI - estabelecer critérios para a implantação de mobiliário urbano nas calçadas e
espaços públicos, priorizando o uso, a acessibilidade, a estética e a adoção de materiais
sustentáveis.
Parágrafo único. A Política de Acessibilidade e o Programa de Padronização,
Construção e Requalificação de Calçadas Públicas serão consolidadas por meio da Lei das
Calçadas.
Seção VII
Do Transporte e do Uso de Cargas
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VII – implantar o Centro de Logística de Distribuição de Cargas no intuito de
remanejamento das cargas de veículos maiores para veículos menores para facilitar a entrada na
cidade e principalmente no Centro Histórico.
CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
60
III - implantação e ou revitalização de espaços para o desenvolvimento das atividades
artísticas e culturais;
IV - desenvolvimento de projetos culturais e artísticos em parceria com universidades
públicas e privadas;
V - incentivo ao agronegócio sustentável de pequeno porte e familiar estabelecido na
Macrozona Rural;
VI - incentivo aos pequenos e micro produtores para se organizarem em parcerias
associativas e/ou cooperativas;
VII - adoção, pelo setor público, de políticas prioritárias de incentivos à:
a) eficiência energética e ao emprego de energias alternativas;
b) parcerias público/privadas e ou empresas mistas para o desenvolvimento de usinas
de produção de energias alternativas;
c) programas e projetos de aproveitamento de águas das chuvas e de reuso d’água;
d) programas e projetos de edificações sustentáveis;
e) programa de incentivo à diversificação da economia local para atrair empresas com
atividades distintas da área de turismo e extração de pedras.
Seção I
Do Desenvolvimento Social
61
Art. 111. Fazem parte da Política Municipal de Desenvolvimento Social:
I - a assistência social, que deverá prover serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitem;
II - a cultura, a história e o esporte, que deverão ser amplamente incentivados, em
eventos de pequeno, médio e grande porte e distribuídos em ações amplamente divulgadas em todo
o Município;
III - a educação, que deverá garantir o direito ao acesso, a permanência, a progressão
e a qualidade, conforme as diretrizes, metas e estratégias contidas no Plano Nacional de Educação
e com as metas fixadas pelo Plano Municipal de Educação;
IV - a Política Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, que tem como fundamento o
desenvolvimento e o gerenciamento de ações que possibilitem práticas esportivas, de lazer,
protagonismo juvenil, promoção da saúde e inclusão da pessoa com deficiência e idosos por meio
de atividades físicas e de sociabilização cujas diretrizes são:
a) requalificar, diversificar e tornar multidisciplinar as estruturas e serviços
esportivos;
b) implantar pistas exclusivas para caminhantes e ciclistas nas rodovias de acesso e na
área urbana;
c) ampliar a oferta de quadras poliesportivas em bairros e povoados do município.
V - a Política Municipal de Saúde, que deve promover a saúde da população de forma
articulada com todas as demais políticas públicas, inclusive com a Política Nacional de Saúde,
considerando as necessidades específicas da população de Pirenópolis identificadas no Plano
Municipal de Saúde;
VI - a Segurança Cidadã, que é a construção interinstitucional, governamental e social
de uma cultura da paz para a prevenção à violência, como pressuposto para a segurança pública
em âmbito municipal, que deverá acontecer por meio do Plano Municipal da Segurança Pública
de Pirenópolis;
VII - a Proteção e a Defesa Civil, que deverá desenvolver o conjunto de ações
preventivas, de socorro, assistência e recuperação, por meio do Plano Municipal de Defesa Civil,
com o objetivo de evitar desastres e calamidades, mitigar seus impactos e restabelecer a
62
normalidade social no menor tempo possível, aumentando a capacidade de resiliência do
Município conforme previsto na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil;
VIII - a atenção ao idoso, por meio da implementação das diretrizes preconizadas pelo
Estatuo do Idoso, promovendo a melhoria de acessibilidade, adequação e ampliação dos serviços
de saúde e desenvolvimento de políticas para este público.
Seção II
Do Desenvolvimento do Turismo
64
IX - criar e implementar o Observatório do Turismo de Pirenópolis, vinculado ao
Sistema de Informação Municipal – SIM, para o levantamento, sistematização e divulgação de
dados sobre o turismo no município;
X - estabelecer parcerias com universidades e instituições afins para o
desenvolvimento de programas de pesquisa e monitoramento, planejamento e coordenação,
levantamentos, cadastramento e análise de recursos e serviços turísticos existentes;
XI - estimular a criação de cooperativas e associações nos povoados com aptidão para
o turismo para exploração das atividades correlatas;
XII - desenvolver programas de qualificação profissional e técnica na área do turismo,
priorizando a população local e práticas sustentáveis de gestão e operação turística, objetivando a
diversificação das atividades econômicas, a geração de emprego e renda e a expansão e
fortalecimento do comércio e serviços locais visando melhoria da oferta e qualidade do turismo;
XIII - estimular a iniciativa privada a implantar mais atrativos no município, em
especial no entorno dos povoados e estimulando a sustentabilidade e qualidade nos serviços, para
ampliar a oferta aos visitantes, dispersar a ocupação de atrativos e fortalecer a imagem do destino.
CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO BÁSICO
Seção I
Das Diretrizes Gerais
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III - adotar tecnologias inovadoras, alternativas e sustentáveis para soluções de
saneamento básico, fomentando o desenvolvimento científico e a capacitação de recursos
humanos;
IV - articular os programas, projetos urbanísticos, o parcelamento do solo e a
regularização fundiária com as ações de saneamento, de forma a assegurar a preservação dos
mananciais, a produção de água tratada, o tratamento dos esgotos sanitários, a drenagem urbana,
o controle de vetores e a adequada coleta e disposição final dos resíduos sólidos;
V - articular com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de
combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde, de recursos
hídricos e outras de interesse social relevante, destinadas à melhoria da qualidade de vida, para as
quais o saneamento básico seja fator determinante;
VI - estabelecer ações preventivas para a gestão dos recursos hídricos, realização da
drenagem urbana, gestão integrada dos resíduos sólidos e líquidos e conservação das áreas de
proteção e recuperação de mananciais e das unidades de conservação;
VII - adotar medidas para a sensibilização e participação social, assegurando a
participação efetiva da sociedade na formulação das políticas, no planejamento e controle de
serviços de saneamento;
VIII - proporcionar, de forma curricular e ou transversal, a educação ambiental com
ênfase em saneamento;
IX - priorizar planos, programas e projetos que visem à ampliação de saneamento das
áreas ocupadas por população de baixa renda;
X - estabelecer mecanismos de controle e fiscalização sobre a atuação da
concessionária dos serviços de saneamento, de maneira a assegurar a melhoria da gestão e
adequada prestação dos serviços e o pleno exercício do poder concedente por parte do Município;
XI - incentivar sistemas de monitoramento para o controle de contaminação visando à
conservação dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente;
XII - garantir meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da
utilização de soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais peculiares.
66
Seção II
Do Abastecimento de Água
Seção III
67
Do Esgotamento Sanitário
Seção IV
Da Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Art. 119. A drenagem e manejo das águas pluviais urbanas é entendido como o
conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas
68
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento
e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
69
X - buscar alternativa de gestão que viabilize a autossustentação econômica e
financeira do sistema de drenagem urbana;
XI - adotar tecnologias de modelagem hidrológica e hidráulica que permitam
mapeamento das áreas de risco de inundação e alagamento, considerando diferentes alternativas
de intervenções;
XII - desenvolver programa de esclarecimento e conscientização da população sobre
a importância de não depositar lixo nas galerias, ao desentupimento das galerias pluviais e a
importância do escoamento de águas de chuva.
Seção V
Do Manejo de Resíduos Sólidos
70
VI - ampliar o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares urbanos;
VII - efetivar parcerias com organizações não governamentais, do terceiro setor,
cooperativas de catadores de lixo e iniciativa privada em projetos na área de reciclagem do lixo e
outras;
VIII - garantir a adequada gestão dos resíduos sólidos atualizando o Plano de Gestão
Integrada dos Resíduos Sólidos do Município;
IX - elaborar e implantar Programa de Educação Ambiental para levar conhecimento
e orientar a população de forma didática sobre o acondicionamento e disposição adequados dos
resíduos sólidos.
Art 123. O Chefe do Poder Executivo Municipal deverá elaborar o Plano Municipal
de Saneamento Básico (PMSB) de Pirenópolis, em consonância com Lei Federal nº 14.026, de 15
de julho de 2020.
CAPÍTULO IV
DA PRODUÇÃO DE ENERGIA
71
VI. permitir a produção de energia fotovoltaica, em larga escala, na Macrozona Rural,
respeitadas as limitações derivadas das fragilidades ambientais e a legislação vigente;
VII. criar formas de incentivo ao uso de sistemas de cogeração de energia e
equipamentos e instalações que compartilhem energia elétrica, eólica, solar e gás natural,
principalmente nos empreendimentos de grande porte, espaços urbanos e complexos multiusos;
VIII. promover programas de eficiência energética, cogeração de energia e
energias renováveis em edificações públicas, iluminação pública e transportes.
IX. promover e incentivar a criação de cooperativas e ou empresas mistas na produção
de energia fotovoltaicas;
X. efetivar parcerias com produtores rurais no desenvolvimento de usinas
fotovoltaicas para abastecimento de energia pública.
CAPÍTULO V
DA POLÍTICA HABITACIONAL E DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
- AEIS
Seção I
Da Política Habitacional
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II - promover a inclusão social por meio da localização adequada de loteamentos e
empreendimentos habitacionais dotados de infraestrutura, que atendam à demanda caracterizada
por faixas de renda familiar, em especial, às famílias de baixa renda;
III - integrar a política habitacional à política de desenvolvimento urbano, garantindo
aos beneficiários dos programas habitacionais a assistência técnica e jurídica especializada, o
acesso ao transporte coletivo, à infraestrutura básica, aos elementos que influenciam na qualidade
ambiental e aos serviços públicos de educação, saúde, assistência social, esportes e lazer, além de
áreas e programas para atividades produtivas e de comércio;
IV - desenvolver mecanismos de gestão democrática e controle social na formulação
e implementação da política e da produção habitacional de interesse social do Município.
Art. 127. Para efeitos desta Lei Complementar, Habitação de Interesse Social é aquela
destinada às famílias com renda não superior a 6 (seis) salários-mínimos, conforme as diretrizes
da Política Nacional de Habitação.
73
I - o empreendimento de melhorias e atualização do cadastro habitacional do
Município, por meio de sistema a ser criado para o seu acompanhamento;
II - definição de reserva de terras para a promoção da Política Municipal de Habitação;
III - o incentivo ao mercado local da construção civil e à geração de emprego e renda;
IV - a contribuição para o enfrentamento dos vazios urbanos, incentivando o
incremento de moradias populares;
V - o fortalecimento de parcerias com outras esferas de governo e entidades sociais;
VI - a adoção de formas diversificadas para redução do déficit de moradias adequadas
de interesse social;
VII - as melhorias urbanas e habitacionais, com a promoção da infraestrutura básica,
reforma e ampliação das residências e a regularização fundiária;
VIII - oferta de lote urbanizado para população de baixa renda;
IX - apoio à produção social de moradia por meio de fomento às associações,
cooperativas, e demais entidades.
74
IV - disponibilizar para os interessados informações sobre financiamento imobiliário
para população de menor renda, implementando, sempre que necessário, convênios e parcerias
com entidades financeiras com este objetivo.
Seção II
Das Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS
Art. 132. As Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS são aquelas destinadas à
promoção prioritária da política habitacional do Município à população de baixa renda, com ou
sem o prévio parcelamento do solo, consistindo em operações de iniciativa pública, privada ou
público-privadas, estando sujeitas a mecanismos especiais, abrangendo:
I - Área Especial de Interesse Social I (AEIS I), correspondente às áreas onde se
encontram assentadas posses urbanas, que integrarão os programas de regularização fundiária e
urbanística, nos termos da lei;
II – Área Especial de Interesse Social II (AEIS II), correspondente às áreas onde se
encontram implantados loteamentos ilegais e clandestinos, que integrarão os programas de
regularização fundiária e urbanística, nos termos da lei;
III - Área Especial de Interesse Social III (AEIS III), correspondente aos imóveis
sujeitos à incidência de uma política habitacional de âmbito municipal que viabilize o acesso à
75
moradia à camada da população de menor poder aquisitivo podendo ocorrer em áreas vazias ou
subutilizadas integrantes da Zona de Ordenamento Controlado I.
§ 1º Ato do Chefe do Poder Executivo instituirá as áreas a serem consideradas como
AEIS III, respaldado por análise do Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR acerca
das demandas por habitação de interesse social e resguardado o atendimento dos requisitos
técnicos voltados à mobilidade e a preservação ambiental.
§ 2º Para a Zona de Ordenamento Controlado I os lotes mínimos em AEIS III serão
de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), sendo admitido a construção de 02 (duas)
unidades imobiliárias, na modalidade de fração ideal, em até no máximo 20% dos lotes de uma
mesma quadra.
§ 3º Para a Zona de Ordenamento Condicionado III os lotes mínimos em AEIS III
serão de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), não sendo admitido a construção de 02
(duas) unidades imobiliárias, na modalidade de fração ideal.
§ 4º Não será admitida a instituição de AEIS III para novos parcelamentos nas demais
Zonas da Macrozona Urbana.
§ 5º As áreas de domínio do município de Pirenópolis destinadas à regularização de
posse urbana e à implantação de política habitacional no município, serão inseridas em Área
Especial de Interesse Social I – AEIS I e Área de Interesse Social III – AEIS III, respectivamente.
CAPÍTULO VI
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 133. A regularização fundiária do Município será realizada com fulcro na garantia
do direito à moradia e na racionalidade da ocupação do território, objetivando primordialmente:
I - a inclusão social, com a aplicabilidade da garantia do direito social à moradia;
II - o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e,
III - a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado e a recuperação de
áreas degradadas.
76
§1º A regularização fundiária consiste nas medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais
e sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos informais consolidados, até a data de
aprovação desta Lei Complementar, ao ordenamento territorial do Município, com a titulação de
seus ocupantes.
§ 2º A regularização fundiária no Município de Pirenópolis obedece ao contido neste
Plano Diretor e deverá ser regulamentada em consonância com a Lei Federal nº 13.465, de 11 de
julho de 2017, no prazo de até 6 (seis) meses, contados a partir da data de publicação desta norma.
77
IV - priorizar o atendimento à população residente em imóveis ou áreas insalubres,
áreas de risco e áreas de preservação permanente;
V - aplicar os instrumentos previstos para a regularização fundiária de interesse social,
em especial a demarcação urbanística e a legitimação da posse, inclusive em área de preservação
ambiental, quando presentes os requisitos legais;
Art. 137. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a proceder chamamento dos
proprietários de áreas onde estão assentados núcleos informais consolidados inseridos na
Macrozona Urbana e Rural do município de Pirenópolis, visando sua regularização.
Parágrafo único – As áreas dos Núcleo Urbanos Informais identificados no Anexo XIX
desta lei, ou seja, as regiões conhecidas como Mata Velha, Barbosa, Vila João Lima, Matheus
78
Machado, Jobim, Fogaça, Mar e Guerra e Raizama, assim como a de todos os povoados e distritos
pendentes de regularização, ficam desde já qualificadas como Zonas Especiais de Interesse Social
- ZEIS, devendo o processo de Regularização Fundiária ocorrer na forma do inciso I do artigo 134
desta lei, por iniciativa do poder público municipal ou dos próprios eventuais beneficiários.
TÍTULO VI
DOS INSTRUMENTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR
CAPÍTULO I
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO
Seção I
Das Unidades de Estruturação e Requalificação – UER
80
intenso comércio e serviços, cuja continuidade se estende para além do Centro Histórico, fazendo
o papel de vias que estruturam o tecido urbano da cidade sendo elas:
a) Av. Benjamin Constant em toda sua extensão;
b) Rua 5, cujo início é mais conhecido como Beco João Basílio, seguindo pela Av.
Neco Mendonça até seu encontro com a Rua A e Rua Direita até a rotatória da GO – 338;
c) Av. Pref. Luís Gonzaga em toda sua extensão, continuando na bifurcação dessa
com a Rua Aurora e Rua do Bonfim;
d) No sentido inverso, a Av. Pref. Luiz Gonzaga faz conexão com a Av. Meia Lua até
o seu encontro com a Av. Santa Bárbara.
e) Rua dos Pireneus e a sua continuidade;
f) Rua do Carmo.
81
IX - implementar, projetar e implantar o novo Cavalhódromo, respeitando a atual
localização, exercendo inclusive o direito de preempção nos imóveis envoltórios;
X - promover a requalificação das centralidades considerando os aspectos inerentes à
qualidade da mobilidade, da paisagem e das infraestruturas necessárias;
XI – incentivar a instalação de atividades econômicas indutoras de geração de emprego
e renda nas centralidades;
XII - atrair investimentos para a promoção do desenvolvimento sustentável;
XIII - incentivar a implementação de Centro de Eventos e Espaço Multiuso visando
fortalecer o turismo;
XIV - promover a implementação de Mercado Municipal e,
XV - incentivar projetos urbanísticos de requalificação do Sistema Viário Estruturante;
XVI – projetar, implantar e implementar a construção de um Mercado Municipal em
Pirenópolis.
Art. 142. Outras áreas especiais da cidade poderão vir a se constituir em UER, a partir
de estudos técnicos, devendo ser instituídas por Decreto.
Seção II
Dos Planos, Programas e Projetos da Administração Municipal
82
Art. 144. Fazem parte do processo de planejamento da política do desenvolvimento
de Pirenópolis os Planos, Programas e Projetos Específicos, entre os quais:
I - Plano de Mobilidade Urbana;
II - Plano de Arborização;
III - Plano Local de Habitação de Interesse Social - PLHIS;
IV - Plano de Desenvolvimento Econômico e Inovação;
V - Planos e Projetos de Regularização Fundiária;
VI - Planos de Requalificação, Revitalização ou Estruturação;
VII - Plano de Gestão de Recursos Hídricos;
VIII - Plano Municipal de Saneamento Básico;
IX - Plano de ação para adaptação e mitigação às mudanças climáticas;
X - Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável;
XI - Programa de Coleta Seletiva;
XII - Programa de Educação Ambiental;
XIII - Programa pro Nascentes;
XIV - Programa pro Verde;
XV - Programa Municipal de Incentivo à Cultura;
XVI - Projeto Hortas Empreendedoras Urbanas.
Parágrafo único. Os planos, programas e projetos referidos nos incisos do caput deste
artigo devem ser compatíveis entre si e considerar, além deste Plano Diretor, os planos e leis
nacionais e estaduais relacionadas às políticas de desenvolvimento urbano, incluindo saneamento
básico, habitação, regularização fundiária, parcelamento do solo, mobilidade e ordenamento
territorial e meio ambiente.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO URBANÍSTICA
Art. 145. A legislação prevista no Art. 181 deste Plano Diretor e a seguir indicada o
complementa e deverá ser editada ou atualizada em consonância com seus dispositivos.
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Parágrafo único. Compõem, também, a legislação de que trata o caput deste artigo
outras leis urbanísticas e seus respectivos Decretos, inclusive as que regulamentam os
Instrumentos de Gestão Urbana.
Seção I
Da Lei de Uso e Ocupação do Solo
Art. 146. A Lei de Uso e Ocupação do Solo estabelecerá os diferentes usos e atividades
permitidos, tomando como referência o contido neste Plano Diretor e definindo faixas de uso
delimitadas e caracterizadas pela predominância ou intensidade dos diversos usos e atividades
residenciais, comerciais, de prestação de serviços, industriais e institucionais.
Seção II
Da Lei de Parcelamento do Solo
Seção III
Do Código de Obras e Edificações
84
Art. 148. O Código de Obras e Edificações (COE) é o instrumento que regula obras e
edificações públicas e particulares no Município e disciplina procedimentos de licenciamento e
fiscalização em consonância com a legislação que rege os parâmetros de uso e ocupação do solo.
Seção IV
Do Código de Posturas
CAPÍTULO III
85
DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO URBANA
Art. 150. Os instrumentos de gestão urbana citados neste Plano Diretor não impedem
a utilização dos demais instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, bem como a criação, por lei,
de outros que venham a atender às necessidades específicas, respeitando-se os objetivos e
diretrizes desta Lei Complementar.
Seção I
Art. 151. O Poder Executivo Municipal, nos termos fixados em lei específica, poderá
exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova
seu adequado aproveitamento, sob pena de aplicar os mecanismos previstos na Lei Federal nº
10.257, de 2001 - Estatuto da Cidade referentes:
I - ao parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
II - ao imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo;
III - à desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
86
§ 1º Para efeito desta Lei Complementar, considera-se imóvel subutilizado e/ou não
utilizado:
I - aquele cuja área construída seja inferior a 10% (dez por cento) do potencial
construtivo permitido para edificação no lote;
II - aquele cujo investimento na edificação for inferior ao preço do lote;
III - aquele com edificações desocupadas por um período igual ou superior a 5 (cinco)
anos;
IV - edificação em ruínas ou que tenha sido objeto de demolição, abandono,
desabamento ou incêndio.
87
Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo e da Desapropriação com Pagamentos em Títulos
Art. 154. Em caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos o Poder
Público aplicará alíquotas progressivas do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana - IPTU, majoradas anualmente pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos, até que o
proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, conforme o caso.
§ 1º A gradação anual das alíquotas do IPTU Progressivo no Tempo se dará da seguinte
forma:
I - 3% (três por cento) no primeiro ano;
II - 6% (seis por cento) no segundo ano;
III - 9% (nove por cento) no terceiro ano;
IV - 12% (doze por cento) no quarto ano;
V - 15% (quinze por cento) no quinto ano.
§ 2º É vedada a concessão de isenções ou anistias relativas à tributação progressiva de
que trata este artigo.
Seção III
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir e de Alteração de Uso
88
Art. 156. O Poder Executivo poderá outorgar, onerosamente, o direito de construir
acima do coeficiente de aproveitamento básico até o limite do coeficiente de aproveitamento
máximo do lote, a ser indicado na Lei de Uso e Ocupação do Solo, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiário, nos termos dos arts. 28 e 31 do Estatuto da Cidade e de acordo com a
lei específica.
Parágrafo único. A Outorga Onerosa do Direito de Construir - OODC, a que se refere
este artigo, poderá ser exercida a partir do coeficiente de aproveitamento básico até o coeficiente
de aproveitamento máximo, na Macrozona Urbana de Pirenópolis.
Art. 158. A OOAU somente poderá ser concedida para imóveis que se encontrem
demarcados no Anexo VIII, desta Lei Complementar.
§ 1º Os imóveis de que trata o caput deste artigo passarão a integrar a Macrozona
Urbana, mediante:
I - pagamento em pecúnia da contrapartida financeira e,
II - ato administrativo aprovando o loteamento, condomínio de lotes ou
empreendimento edificado.
89
§ 2º - Os imóveis inseridos na Macrozona Urbana, resultante deste artigo, atenderão
as diretrizes, as normas e parâmetros urbanísticos previstos para Zona de Ordenamento
Condicionado I.
90
II - custeio de obras, edificações, aquisição de imóveis, custeio de planos, projetos,
estudos técnicos de viabilidade econômico-financeira e de viabilidade ambiental;
III - custeio de equipamentos urbanos e comunitários necessários, adequados aos
interesses e necessidades da população beneficiária ou usuária e às características locais;
IV - doação de unidades habitacionais de interesse social;
V - urbanização de áreas públicas;
VI - outros meios definidos em lei específica.
§ 1º Nos casos previstos nos incisos II a V do caput as compensações deverão ter valor
correspondente ao da contrapartida em pecúnia.
§ 2º A escolha da contrapartida deverá estar de acordo com os princípios e objetivos
deste Plano Diretor.
Seção IV
Da Transferência do Direito de Construir
91
II - preservação do imóvel considerado de interesse histórico, paisagístico, social ou
cultural;
III - atendimento a programas de regularização fundiária voltados à população de baixa
renda e à construção de habitação de interesse social.
Seção V
Do Direito de Preempção
Art. 164. O Poder Público poderá exercer o direito de preempção para aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, nos termos dos arts. 25 a 27 do
Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. Lei municipal delimitará as áreas nas quais incidirá o direito de
preempção, e as enquadrará em uma ou mais das finalidades estabelecidas no art. 26 do Estatuto
da Cidade, fixando o prazo de vigência não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano
após o decurso do prazo inicial, conforme estabelece a lei federal.
Seção VI
Das Operações Urbanas Consorciadas
92
I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo
e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas
decorrente;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo
com a legislação vigente;
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando
a redução de impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de
edificações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos
naturais, especificadas as modalidades de design e de obras a serem contempladas.
Seção VII
Do Estudo de Impacto de Vizinhança
Art. 166. O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) destina-se à avaliação dos efeitos
negativos e positivos decorrentes da implantação de empreendimento ou atividade econômica em
um determinado local e a identificação de medidas para a redução, mitigação ou extinção dos
efeitos negativos.
93
III - critérios para a proposição de medidas, equipamentos ou procedimentos, de
natureza preventiva, corretiva ou compensatória, que serão adotados para mitigação dos impactos
negativos, em cada fase do empreendimento;
IV - competências dos agentes envolvidos na elaboração e análise do EIV;
V - formas e instrumentos para controle social e participação da sociedade civil nos
processos de análise e aprovação do EIV.
Art. 169. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, os quais deverão
ficar disponíveis para consulta.
Art. 170. Estarão obrigados a apresentar o EIV, bem como o seu respectivo relatório,
os seguintes casos:
I - empreendimento classificado como turístico;
II - empreendimento destinado ao desenvolvimento de atividades econômicas de
grande porte;
III - centro de abastecimento, mercado, supermercado e hipermercado de grande
porte;
IV - estabelecimento de ensino de grande porte;
V - terminal de carga ou de passageiros;
VI - aeródromo, heliporto, heliponto e similares;
VII - demais empreendimentos listados em lei específica.
Parágrafo único – Serão objeto de elaboração do EIV/RIV, os empreendimentos
previstos neste artigo, localizados na Zona de Qualificação e Consolidação Urbana e Zonas de
Ordenamento Controlado I e II.
Seção VIII
94
Do Estudo de Impacto de Trânsito
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
96
V - promover, em articulação com os demais órgãos/entidades da Prefeitura, a
elaboração do Plano de Ação do Governo Municipal e dos Programas Gerais e Setoriais de
desenvolvimento do Município;
VI - elaborar planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano dentro da
estratégia de ordenamento territorial, compatibilizando-os com as diretrizes do Plano Diretor do
Município.
97
autorização prévia da administração municipal, observadas as disposições desta Lei
Complementar e as regulamentações específicas.
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Art. 183. As atividades econômicas ou os usos institucionais instalados anteriormente
a este Plano Diretor serão tolerados pelo Município, conforme implantados, desde que tenham
como comprovar sua instalação, apresentando pelo menos 1 (um) dos seguintes documentos:
I - CAE;
II - alvará de localização e funcionamento;
III - projeto aprovado com uso específico.
Art. 185. As novas regras estabelecidas por esta Lei Complementar não atingirão os
processos administrativos em tramitação, que serão analisados conforme a legislação da época em
que foram gerados.
Art. 186. Fica recepcionada, como área urbana descontínua, a área objeto de
loteamento devidamente aprovado pelo Município e licenciado pela Agência Goiana de Meio
Ambiente, constante do Anexo XIII.
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II – o imóvel estiver com mais de 50% (cinquenta por cento) da área de sua matrícula
inserido no mapa das áreas objeto de outorga onerosa de alteração de uso - OOAU, deverá ser
realizada a correção e o ajuste do limite para integrar a sua totalidade no Anexo VIII;
III - o imóvel estiver com mais de 50% (cinquenta por cento) da área de sua matrícula
inserido na macrozona urbana, deverá ser realizada a correção e o ajuste do limite para integrar a
sua totalidade no perímetro urbano.
Art. 189. O Poder Executivo, a partir da vigência desta Lei Complementar, irá
encaminhar à Câmara Municipal de Pirenópolis os projetos ou adequações de leis necessárias para
compatibilizar e efetivar os princípios, objetivos, diretrizes e ações previstos neste Plano Diretor,
no prazo de até 02 (dois) anos, sem prejuízo das demais regulamentações, sobre os seguintes temas:
I - Lei de Uso e Ocupação do Solo;
II - Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
III - Lei de Condomínio de Lotes;
IV - Código de Obras e Edificações;
V - Código de Posturas;
VI - Código Tributário Municipal;
VII - Lei da Transferência do Direito de Construir;
VIII - Lei da Outorga Onerosa do Direito de Construir;
IX - Lei Ambiental;
X - Lei do Estudo de Impacto de Trânsito;
XI - Lei do Estudo de Impacto de Vizinhança e
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XII – Lei das Calçadas;
XIII – Código Sanitário.
Art. 190. Este Plano Diretor poderá ser alterado a cada 3 (três) anos ou sempre que
constatada a necessidade pela municipalidade e será revisto a cada 10 (dez) anos, contados a partir
da vigência desta Lei Complementar.
Art. 193. Esta Lei Complementar entra em vigor a partir da data de sua publicação.
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