Metodologias Ativas: Tendências Atuais em Educação Matemática e Seu Ensino em Curso de Pedagogia
Metodologias Ativas: Tendências Atuais em Educação Matemática e Seu Ensino em Curso de Pedagogia
Metodologias Ativas: Tendências Atuais em Educação Matemática e Seu Ensino em Curso de Pedagogia
4, e20711426212, 2022
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26212
Resumo
O ensino formal da Educação Matemática na Educação Básica inicia-se na Educação Infantil em seguida no Ensino
Fundamental I sendo o seu ensino de competência do profissional com formação nos cursos de Licenciatura em
Pedagogia: Na formação inicial é assegurado na organização curricular saberes curriculares e disciplinares sobre os
conteúdos de ensino de Matemática desta etapa da Educação Básica. Um dos atuais desafios para melhoria do ensino
e aprendizado dos alunos brasileiros em Matemática vem sendo o uso de variadas estratégias metodológicas para o
ensino dos conteúdos curriculares, dentre elas à metodologias ativa: Tertúlia Dialógica Pedagógica (TDP), com
imbricação das principais tendências nacionais e internacionais em Educação Matemática no processo de ensino-
aprendizagem. O caminho metodológico na abordagem da pesquisa qualitativa nos procedimentos da Pesquisa-
Ação, realizada no segundo semestre letivo de 2019, com 40 discentes do curso de Pedagogia do Ceuenes/Ufes; Para
coleta de dados recorreu-se ao uso de entrevistas semiestruturadas e produção textual individual; Para análise dos
dados buscou-se à metodologia da análise textual discursiva. Entre os principais resultados destaca-se o contato no
laboratório de Matemática das 39 discentes acerca das principais tendências em Educação Matemática para ensino dos
conteúdos previstos; verifica-se potencialidade da metodologia ativa das TDP, para o ensino de Matemática no curso
de Pedagogia. Conclui-se que na formação inicial em Pedagogia assegurar o ensino do componente curricular por
meio das TDP em tessitura com as tendências atuais em Educação Matemática, configura-se potencializadora prática
inovadora para formação matemática destes futuros profissionais no exercício do magistério no Ensino Fundamental
I.
Palavras-chave: Educação; Matemática; Metodologia ativa.
Abstract
The formal teaching of Mathematics Education in Basic Education begins in Early Childhood Education, then in
Elementary School I, and its teaching is the competence of the professional with training in the Degree in Pedagogy:
In the initial training, curricular and disciplinary knowledge is ensured in the curricular organization about the
teaching contents of Mathematics in this stage of Basic Education. One of the current challenges to improve the
teaching and learning of Brazilian students in Mathematics has been the use of various methodological strategies for
the teaching of curricular contents, including active methodologies: Tertúlia Pedagogical Dialogic (TDP), with the
imbrication of the main national and international trends in Mathematics Education in the teaching-learning process.
The methodological path in approaching qualitative research in Action Research procedures, carried out in the second
semester of 2019, with 40 students from the Pedagogy course at Ceuenes/Ufes; For data collection, semi-structured
interviews and individual textual production were used; For data analysis, the methodology of discursive textual
analysis was used. Among the main results, we highlight the contact in the Mathematics laboratory of the 39 students
about the main trends in Mathematics Education for teaching the expected contents; Potentiality of the active
methodology of the TDP is verified, for the teaching of Mathematics in the Pedagogy course. It is concluded that in
the initial training in Pedagogy, ensuring the teaching of the curricular component through the TDP in tessitura with
the current trends in Mathematics Education, configures an innovative practice potentiator for the mathematical
training of these future professionals in the exercise of teaching in Elementary School I.
Keywords: Education; Math; Active methodology.
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Resumen
La enseñanza formal de la Educación Matemática en la Educación Básica se inicia en Educación Infantil, luego en la
Enseñanza Básica I, y su enseñanza es competencia del profesional con formación en la Licenciatura en Pedagogía:
En la formación inicial se aseguran conocimientos curriculares y disciplinares en la organización curricular sobre los
contenidos de enseñanza de las Matemáticas en esta etapa de la Educación Básica Uno de los desafíos actuales para
mejorar la enseñanza y el aprendizaje de los estudiantes brasileños en Matemáticas ha sido el uso de diversas
estrategias metodológicas para la enseñanza de los contenidos curriculares, incluyendo metodologías activas : Tertúlia
Dialógica Pedagógica (TDP), con la imbricación de las principales tendencias nacionales e internacionales de la
Educación Matemática en el proceso de enseñanza-aprendizaje El camino metodológico en el abordaje de la
investigación cualitativa en procedimientos de Investigación Acción, realizado en el segundo semestre de 2019, con
40 alumnos del curso de Pedagogía de Ceuenes/Ufes; Para la recolección de datos se utilizaron entrevistas
semiestructuradas y producción textual individual; Para el análisis de los datos se utilizó la metodología de análisis
textual discursivo. Entre los principales resultados, destacamos el contacto en el laboratorio de Matemática de los 39
estudiantes sobre las principales tendencias en Educación Matemática para la enseñanza de los contenidos esperados;
Se verifica la potencialidad de la metodología activa del TDP para la enseñanza de las Matemáticas en el curso de
Pedagogía. Se concluye que en la formación inicial en Pedagogía, asegurar la enseñanza del componente curricular a
través de la TDP en tesitura con las tendencias actuales de la Educación Matemática, configura una práctica
innovadora potenciadora para la formación matemática de estos futuros profesionales en el ejercicio de la docencia en
Escuela Primaria I.
Palabras clave: Educación; Matemáticas; Metodología activa.
1. Introdução
O problema do ensino e aprendizagem da Matemática escolar não é um problema apenas do Brasil, muitos países têm
vivenciado esta realidade buscada renovação nas metodologias de ensino da Matemática, objetivando assim melhoria na
aprendizagem dos alunos em todo processo educativo.
Na literatura menciona inúmeros fatores causadores da proficiência insuficiente de aprendizagem dos alunos, e vem
buscando consolidar práticas pedagógicas inovadoras e potencializadoras para ensinar e aprender.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), nas
respectivas avaliações externas aplicadas em 2018,os resultados divulgados e cuidadosamente analisados das supracitadas
avaliações externas de larga escala revela a qualidade da educação e do ensino em todas regiões do país, em particular da
Educação Matemática na educação básica brasileira que desde 2005 o alunado apresentam proficiência insatisfatória, trazendo
preocupação e discussão dos profissionais da educação em todas unidades federativas do Brasil, que buscam examinar in loco
os problemas e fomentar práticas educativas potencializadoras para melhoria do aprendizado dos alunos nesta área de
conhecimento.
O Estado Espírito Santo, na avaliação externa do SAEB de 2018 ocupou a primeira posição entre todas unidades
federativas do Brasil em Matemática e Língua Portuguesa, no que tange à Educação Matemática um dos fatores que
contribuíram para tal êxito foi o investimento em cursos de formação continuada para os professores desta área de
conhecimento, principalmente sobre metodologias ativas inovadoras de ensino e aprendizagem.
Cabe ressaltar que estes dois importantes instrumentos avaliativos padronizados objetivam-se produzir indicadores
que contribuam para melhoria da qualidade da educação e do ensino na educação básica brasileira. Esta que conforme os dados
divulgados cerca de 71,67% do alunado brasileiro têm apresentado dificuldade de aprendizagem dos conteúdos de ensino da
matemática escolar.
A Prova Brasil tem como propósito verificar os conhecimentos dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática
aplicada ao final do 2º ano e do 5° ano, indicam que cerca de 47% dos alunos finalizam essa etapa, com aprendizagem
insatisfatória nos conteúdos de aritmética prescritos para os anos iniciais (adição, multiplicação, divisão e subtração) e do
aprendizado do Sistema de Numeração Decimal e geometria ; Essa defasagem trará maiores dificuldades para aprendizagem
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dos conteúdos curriculares no ensino fundamental II tais como: radiciação, potenciação, fatoração, equações e dos previstos
para o Ensino Médio.
Na mesma direção dados do OEDU de 2019, divulgaram um quadro extremamente preocupante referente ao ensino
médio, na qual cerca de 95% dos alunos do sistema público de ensino finalizam essa etapa com dificuldade em: aritmética,
geometria, trigonometria, equações e da defasagem dos conteúdos da matemática básica dos anos iniciais, que terá implicações
em todo processo educativo desta disciplina na educação básica.
O estudo justifica-se com base em dados da avaliação de larga escala de 2018 do Sistema de Avaliação da Educação
Básica (SAEB) e do Programa Internacional da Avaliação de Alunos (PISA) aponta que 71,67% (BRASIL,2018) dos alunos
brasileiros têm proficiência insatisfatória em matemática e 95% dos alunos terminam o Ensino Médio com proficiência
insatisfatória.Tal realidade acena para vários fatores associados, entre eles para emergência de renovação pedagógica e
metodológica daqueles que ensinam Matemática na educação básica, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental I.
Estudos de pesquisadores renomados em Educação Matemática no Brasil têm convergência ao apontarem a
importância do aprendizado da Matemática dos anos iniciais, visto que a dificuldade de aprendizagem da Matemática
conforme mostram pesquisas recentes têm sua origem nos anos iniciais do ensino fundamental I, uma das explicações é que
nesta etapa da educação básica, ocorre desenvolvimento do pensamento lógico-matemático, geométrico, algébrico e da
formação de conceitos.
Diante do exposto, nossa preocupação objeto de estudo desta pesquisa concentra-se na Educação Matemática dos anos
iniciais do ensino fundamental I, porque esta disciplina tem sido em escala nacional um dos principais fatores do insucesso dos
alunos têm implicações da formação matemática incipiente do professor pedagogo, profissional polivalente que ensina
matemática neste segmento de ensino.
A originalidade da pesquisa concerne na proposta da produção científica de arcabouço teórico-metodológico para o
ensino de matemática em curso de Pedagogia, através do uso das tendências atuais nacionais e internacionais em Educação
Matemática.
No Curso de Pedagogia este Componente Curricular tem sido ofertado em um único semestre letivo com carga horária
entre 60 h à 80 H, e sendo assegurado nos cursos de formação inicial com denominação de Metodologia do Ensino de
Matemática, quer dizer com enfoque na dimensão procedimental do conteúdo, esvaziando assim a dimensão conceitual dos
conhecimentos matemáticos previstos para essa formação.
A questão norteadora foi: se na mediação pedagógica em Educação Matemática em um curso de Pedagogia por meio
de metodologia ativa das TDP em associação das tendências atuais nacionais e internacionais em Educação Matemática tem
potencialidade para o aprendizado dos 40 discentes deste componente curricular?
Diante do atual quadro caótico da realidade brasileira do ensino e aprendizagem Em Educação Matemática do Ensino
Fundamental I (1° ao 5°) ano, teve-se como proposição em 2019 no início do Estágio de Pós- Doutorado no Programa de Pós-
Graduação em Ensino na Educação Básica (PPGEEB) da UFES/CEUNES, ministrar o componente curricular Matemática e
seus Conteúdos de Ensino no curso de Pedagogia do CEUNES, numa turma de 40 discentes, tendo como objetivo principal
apresentação dos conteúdos de ensino previstos no ementário através da inovadora e potencializadora metodologia de ensino-
aprendizagem denominada: Metodologia Ativa (MA), em particular pela Tertúlias Dialógicas Pedagógicas (TDP),
apresentadas por meio da utilização das 9 principais tendências nacionais e internacionais em Educação Matemática.
2. Referencial Teórico
De acordo com Carneiro et al. (2018), a formação do professor dos anos iniciais é fomentada nos cursos de
licenciatura em Pedagogia. Esse profissional generalista tem respaldo legal para exercer a docência nas disciplinas de núcleo
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comum, dentre elas, Matemática, que ocupa a carga horária semanal de 4 horas/aula.Sendo assim torna-se primordial na
formação inicial a construção de conhecimentos e no desenvolvimento de competências e habilidades por meio de diferentes
estratégias metodológicas.
Segundo Bacich e Moran (2018) e Lubachewski e Cerutti (2020), assegurar no ensino de Matemática na formação
inicial no curso de Pedagogia por meio da engenharia didática entre metodologias ativas com as tendências atuais em
Educação Matemática amplia o leque dos saberes experenciais e disciplinares destes futuros professores de Matemática dos
anos iniciais, bem como de suas competências e habilidades matemáticas para o trato das unidades temáticas que terá
implicações na sua prática pedagógica.
Na perspectiva teórica de Bacich (2018), o contado dos futuros professores de Matemática dos anos iniciais com
métodos ativos para ensinar Matemática a partir do uso das tendências atuais em Educação Matemática, tais situações de
aprendizagem teórico- metodológica asseguradas neste espaço de formação corrobora para aumentar a formação matemática ,
além de ir de encontro com o maior interesse dos alunos para o aprendizado, quando o mesmo é apresentado através de
metodologias ativas.
Segundo Filho, et al. (2020;2021), a formação matemática de professores têm sido desenvolvida a partir de abordagens
metodológicas orientadas pelos documentos curriculares legais, entre elas destaca-se o uso de metodologias ativas para ensinar
e aprender os conteúdos de ensino de matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Na acepção de Castanho (2008),
propor no componente curricular de Matemática nos cursos de Pedagogia o ensino por meio de metodologias ativas, assegurar
saberes disciplinares e curriculares de métodos ativos estes terão implicações no ensino e aprendizado dos alunos.
Para Gemignani (2012), as metodologias ativas são uma concepção educativa que estimula processos construtivos para
reflexão-ação-reflexão, na qual o aluno tem uma postura ativa em relação ao seu aprendizado numa situação prática de
experiências.Segundo Cecy, Oliveira e Costa (2013), a metodologia ativa é uma estratégia de ensino, cuja centralidade é
ocupada pelo aluno, nessa abordagemdecorre de processos interativos de novos conhecimentos, análise, leitura, estudo,
pesquisa e decisões individuais e socialização coletiva.
De acordo com Filho et al. (2020), metodologias ativas na formação inicial corrobora para ampliar saberes de
estratégias metodológicas para o ensino de Matemática no Ensino Fundamental. De acordo com Morais (2018), a proposta da
metodologia ativa na formação docente no curso de Pedagogia auxilia ao professor para conhecer e utilizar no momento de
estágio e no futuro exercício do magistério métodos ativos para facilitar e acelerar os conhecimentos matemáticos. Na mesma
linha de pensamento Filho et al. (2021), apontam que a aprendizagem de metodologias ativas, principalmente de grupos
interativos como potencialidade para ampliar o aprendizado dos alunos sobre os conteúdos matemáticos dos anos iniciais.
Na pesquisa de Filho (2019), indica que por meio das metodologias ativas os alunos buscam a informação em livros,
internet, artigos ou em grupos, promovendo a autonomia do aluno para autogerenciar seu próprio conhecimento de forma
crítica e reflexiva. Além de promover aceleração da aprendizagem, propicia o desenvolvimento de competências
socioemocionais.
Conforme aponta Rodrigues (2010), nos Grupos Interativos de Aprendizagem ocorre uma forma diferenciada de
organização da sala de aula em pequenos grupos organizados pelo professor, ocorre durante às atividades propostas o processo
de sociointeração entre alunos de diferentes ritmos de aprendizagem, habilidades e capacidades, ajudando a desenvolver
competências relacionadas à convivência e o trabalho em grupo.
Ainda conforme o supracitado teórico, a proposta educativa dos grupos interativos para o ensino e aprendizagem dos
conteúdos curriculares de ensino, configura-se numa transformação da aula, onde se formam pequenos grupos heterogêneos
que promove melhoria do convívio social e escolar, também acelerar suas aprendizagens, possibilitando a construção de
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aprendizagem dialógica defendida por Flecha (1997) e Freire (2017), cuja centralidade do grupo interativo é no
estabelecimento dos diálogos horizontais entre aluno-aluno no momento de resolução dos problemas matemáticos.
Conforme ensina o mestre Paulo Freire (2017), no processo de ensino e aprendizagem por meio da metodologia de
grupos interativos, além de promover maior interação entre os principais protagonistas, favorece maior dialogicidade e
desperta a curiosidade epistemológica do aluno para aprender.
Como muito bem ensina Paulo Freire (1979), à prática educativa alicerçada os pressupostos teóricos das TDP
proporcionam o diálogo igualitário entre aluno-professor e aluno-aluno no processo de construção do conhecimento entre seus
protagonistas.
As TDP de acordo com Gonzales, Garvim e Gonzáles (2012), representa uma estratégia de ensinar e aprender
defendida pela Pedagogia- Crítica e Comunicativa. Para estes teóricos citados a TDP configura-se em um grupo de discussão
em que valorizam às construções coletivas do conhecimento teórico-metodológico e pedagógico.
De acordo com a perspectiva teórica de Orrelana (2001), a formação docente no contexto da proposta pedagógica das
TDP, permite ampliar o aprendizado do aluno, bem como colocá-lo como protagonista do seu próprio processo de
aprendizagem e, o professor assume o papel da mediação pedagógica.
De acordo com os aportes teóricos de Freire (1979), Flecha (1997) e Haberman (2001), a TDP configura-se como uma
aprendizagem dialógica, pautada nos referenciais teóricos da ação comunicativa igualitária entre os sujeitos no processo
educativo na busca de aprendizagens significativas e essenciais, principalmente nos conteúdos de ensino de Matemática dos
anos iniciais do ensino fundamental I.
Na mesma linha de pensamento Constantino, Marigo e Moreira (2011), consideram que a TDP promove à relação
comunicativa baseada na dialogicidade entre os protagonistas do processo educativo. Para estes teóricos a TDP enquanto
metodologia ativa para ensinar Matemática nos anos iniciais corrobora para melhoria do processo de ensino e aprendizado pois
concerne numa renovação pedagógica e metodológica e, também possibilita reflexão da práxis educativas, bem como amplia
os saberes dos docentes e fazeres dos docentes que ensinam matemática, em particular daqueles que exercem o magistério nos
anos iniciais do ensino fundamental I.
Um dos desafios atuais em Educação Matemática no Brasil tem sido a busca de novas formas de ensinar os conteúdos
matemáticos do currículo prescrito, em particular do 1° ao 5° ano. Sendo assim, nas pesquisas de Marcelo Borba (2008), indica
novos caminhos teórico- metodológicos para utilização das atuais tendências internacionais em Educação Matemática na sala
de aula, visando explorar inúmeras possibilidades para o aluno aprender os conteúdos matemáticos.
Estas tendências atuais em Educação Matemática defendidas por Marcelo Borba e outros pesquisadores desta área de
conhecimento, pouco tem sido apresentadas no componente curricular de Matemática nos cursos de licenciatura de Pedagogia
do Brasil, visto que na maioria dos cursos esta vem sendo apresentada em um componente curricular nos moldes de
metodologia de ensino da Matemática com carga horária entre 60 e 80 h numa formação inicial de no mínimo conforme
exigência legal de 3.200 h, quer dizer a formação matemática recebida vem sendo incipiente para este professor polivalente.
Parafraseando Tardif (2014), os saberes docentes disciplinares, curriculares e experenciais sobre TDP assegurados de
forma geral nos cursos de Pedagogia e também nas formações continuadas está em fase embrionária no Brasil. Sendo assim
nossa preocupação inicial foi aumentar os saberes destes futuros docentes tendo o enlace entre as principais metodologias de
ensino em Educação Matemática com as TDP no ensino e aprendizagem dos conteúdos matemáticos de ensino dos anos
iniciais, culminando com apresentações de trabalhos em 8 grupos sobre cada uma das tendências em Educação Matemática,
estas que serão apresentadas a seguir:
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Tertúlias Dialógicas Pedagógicas na Educação Matemática na Tendência Metodológica dos Jogos Pedagógicos
Nos diálogos igualitários assegurados nas TDP em grupos e, no processo da mediação pedagógica, foi recorrente no
discurso dos 39 discentes a potencialidade da utilização de jogos pedagógicos matemáticos no processo de ensino e
aprendizagem dos conteúdos matemáticos prescritos para Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental I.
Embasadas na perspectiva teórica de Muniz (2003),concordaram que a Educação Matemática deve agregar os jogos
pedagógicos matemáticos afim de promover o processo nas estruturas mentais superiores de construção dos conceitos
matemáticos básicos previstos para estas duas etapas da Educação Básica. Na perspectiva teórica de Muniz (2003), aponta que
a dimensão lúdica do ensinar e aprender Matemática é fundamental para promover o desenvolvimento cognitivo e lógico-
matemático dos alunos e, também favorece o processo de interação entre aluno-aluno e professor-aluno.
De acordo com os apontamentos teóricos de Kishimoto (2003), o jogo tem duas importantes funções, primeiramente
porque propicia a diversão através da brincadeira e, a segunda porque corrobora no processo de apropriação dos conceitos
fundamentais de número, contar e agrupar.
Como muito bem explica Muniz (2021), e que foi ponto de discussão nas TDP deste grupo, foi em ressaltar que a
Educação Matemática nos Anos Iniciais que a Educação Matemática o jogo e a brincadeira devem estabelecer enlaces teóricos
com os conteúdos matemáticos curriculares, pois o jogo e às brincadeiras configuram-se a produção matemática das crianças.
Nas TDP, foi necessário recorrer aos aportes teóricos de Piaget (1999), quando o pesquisador elenca os quatro estágios de
desenvolvimento cognitivo do desenvolvimento infantil, sendo eles (sensório-motor, pré-operatório, operações concretas e
operações formais).
A base teórica piagetiana discutida nas TDP, confirmou a importância do jogo e da brincadeira nas aulas de
Matemática nos anos iniciais para aquisição dos conhecimentos matemáticos. Uma das discussões colocadas nas TDP foi que
na mediação pedagógica o jogo e a brincadeira são estratégias de ensino para ensinar os conteúdos de ensino, quer dizer os
saberes docentes sobre acerca das unidades temáticas são essenciais para o aprendizado dos alunos.
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puderam constatar que a EMC corrobora para aquisição das aprendizagens essenciais em Matemática no ensino fundamental I
e II, porque está alicerçada na matemática de forma democrática, quer dizer o aluno é construtor no seu processo de
aprendizagem da Matemática escolar com interpretação crítica.
Dialogando com Skovsmose (2013), a EMC apresenta três concepções norteadoras, sendo elas: o desenvolvimento de
competências críticas, contextualização social dos conteúdos de ensino e da proposta de apresentar problemas para além do
universo educacional do aluno, quer dizer propõe situações de aprendizagem a partir da realidade do aluno como ponto de
partida para em seguida apresentar situações de aprendizagens mais complexas.
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Na TDP, foi apresentado a metodologia de ensino da Resolução de Problemas, esta atual tendência metodológica em
Educação Matemática vem sendo a recomendação e orientação das diretrizes curriculares do Ministério da Educação (MEC),
para área de Matemática e suas Tecnologias. Neste sentido cabe aos professores que ensinam matemática, assegurá-las, visto
que nas avaliações externas de Matemática tanto na Prova Brasil e, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os itens de
Matemática são apresentados por meio da metodologia da Resolução de Problemas.
Nos diálogos igualitários entre os discentes que apresentaram aulas nesta metodologia, foi recorrente o discurso
baseado em suas experiências docentes vivenciadas na residência pedagógica e no estágio supervisionado a tentativa de
renovação metodológica dos professores porque conforme aponta Onuchic (1999), o ensinar e aprender Matemática dentro da
abordagem de ensino da Resolução de Problemas contribui para o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático do
aluno e auxilia na sua aprendizagem.
Motivados para aumentarem os conhecimentos sobre esta tendência em Educação Matemática nas TDP, gerou
reflexões entre os componentes do grupo sobre o que é problema? E, o que é Resolução de Problemas? sendo assim as dúvidas
foram sanadas e socializadas a partir de leituras e estudos de Dante (1999), para o autor a maioria dos problemas que são dados
aos alunos são problemas que não os desafiam cognitivamente.
Na mesma esteira de pensamento Polya (1978), Onuchic (1999), Allevato (2005), Allevato e Onuchic (2009),
defendem o seguinte conceito para problema “ é concebido como uma descrição de uma situação onde se procura algo
desconhecido e não se tem previamente nenhum algoritmo que garanta a solução”. “Problema é tudo aquilo que não sabemos
solucionar e, que estamos interessados em buscar a solução”. No PCN,s ( BRASIL, 1998,p.33) , “Um problema matemático é
uma situação que demanda a realização de uma sequência de ações ou operações para obter o resultado.
De acordo com Gagné (1973), a Resolução de Problemas é uma das aprendizagens que corresponde ao topo da cadeia
de aprendizagem de um modo que aprender a resolver problemas exige conhecimentos anteriores dos alunos, como por
exemplo os conceituais.
No prisma teórico de Mayer (1992), um problema matemático exige processamento cognitivo direcionado para a
transformação de uma determinada situação na busca de um objetivo, quando nenhum método óbvio de solução está disponível
para solucioná-lo.
Na vertente teórica de Proença et al (2020), resolver um problema implica no uso de conhecimentos matemáticos
prévio dos alunos, estes devem mobilizar seus conhecimentos matemáticos conceituais e procedimentais para buscar uma
solução do problema.
Mediante leituras e estudos em Polya (1978), nas TDP foi discutido acerca das etapas fundamentais para o aluno
resolver os problemas matemáticos, a saber: compreender o problema, elaborar um plano cognitivo, executar seu plano
cognitivo e verificação.
Embasados em Dante (1999), os objetivos alcançados pelos alunos a partir do ensino por meio da metodologia de
ensino da Resolução de Problemas, destacam-se: melhoria do desenvolvimento cognitivo e lógico-matemático.
De acordo com Allevato e Onuchic (2009), na metodologia da Resolução de Problemas exige do professor a
organização das atividades matemáticas em sala de aula apresentando-as em etapas, sendo elas: preparação do problema,
leitura para os alunos do problema, observar e incentivar os alunos no processo de resolução do problema, registro das
resoluções dos problemas e promover o fórum de discussão com toda a turma.
Nas TDP, foi trazido á luz os motivos dos alunos apresentarem dificuldades para aprender os conteúdos matemáticos
nesta metodologia de ensino, um dos fatores está relacionado com à prática pedagógica desalinhada com a metodologia da
Resolução de Problemas trazendo implicações para o aprender matemática dos alunos e, segundo porque exige do docente
saberes sobre os dois estágios envolvidos na Resolução de Problemas a saber, a apresentação do problema e a solução do
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problema. Este autor destaca que a tradução mental do problema dependerá do conhecimento linguístico e do conhecimento
semântico do aluno, quer dizer é imprescindível o domínio do aluno em leitura e escrita.
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Na TDP, mediante a perspectiva teórica de Miguel e Miorino (2011), foi tido o entendimento de que a história da
matemática é um recurso didático que tem potencialidade para o desenvolvimento da Educação Matemática, pois sua inserção
efetiva nas aulas contribui para compreensão substantiva e epistemológica dos aspectos conceituais, das regras e dos processos
intrinsicamente relacionados ao conteúdo de ensino.
Tertúlias Dialógicas Pedagógicas em Educação Matemática na Tendência Metodológica das Tecnologias Educacionais
Nas TDP em Educação Matemática enquanto investigação e sua importância atual na educação e no ensino mundial,
uma das reflexões trazidas à luz foi acerca da utilização das Novas Tecnologias Educacionais para auxiliar o professor na
mediação pedagógica.
Cabe frisar que no Brasil em todas às áreas de ensino o MEC, órgão que regula e controla a educação brasileira
orienta para o uso das tecnologias em todas áreas de conhecimento.
Nessa mesma direção, nos documentos curriculares educacionais oficiais atuais das Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Básica estabelece para área de conhecimento de Matemática e suas Tecnologias para o processo educativo da
Educação Matemática escolar.
Conforme assinala Ribeiro e Paz (2012) e Barros (2017), as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação têm
mostrado potencialidade como recurso metodológico para favorecer a aprendizagem dos alunos, visto que os mesmos
considerados “nativos digitais”, apresentam maior interesse para aprendizagem por meio do uso das ferramentas digitais
porque às tecnologias estão presentes nas suas experiências cotidianas.
Na perspectiva teórica de Moran (2000), as tecnologias no ensino de Matemática vêm sendo amplamente inserida no
ensino dos conteúdos matemáticos porque há uma gama de programas e jogos nos computadores que favorecem para maior
compreensão dos conteúdos matemáticos, principalmente no conteúdo de geometria. Para este autor as ferramentas digitais
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enquanto recurso metodológico e pedagógico do professor desperta o maior interesse dos alunos para aprender, além de
favorecer maior interação entre os protagonistas do processo de ensino e aprendizagem.
Na vertente teórica de Cardoso (2020), práticas pedagógicas docentes em Educação Matemática nos anos iniciais do
Ensino Fundamental I por meio da metodologia das ferramentas digitais aponta crescente interesse dos alunos para aquisão dos
conceitos matemáticos de forma lúdica.
Nas TDP sobre esta tendência metodológica internacional, foram desenvolvidas oficinas envolvendo os conteúdos de
ensino de adição e subtração a partir do uso de aparelhos celulares, foi observado que promove curiosidade epistemológica
como ensina Freire (2020) para aprender, pois o sujeito precisa de motivação intrínseca para o aprender.
Uma das discussões nesta TDP sobre tecnologias a figura do professor, pois conforme dados atuais de pesquisas
recentes aponta que um dos problemas atuais para implementação das tecnologias nos anos iniciais e nas demais etapas da
educação básica é o domínio precário dos professores acerca dos atuais recursos tecnológicos educacionais. Diante do exposto,
uma das sugestões apontadas foi da necessidade de cursos de formação continuada em tecnologias educacionais para os
professores.
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(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26212
3. Metodologia
Para realização deste estudo recorreu-se a abordagem da pesquisa dentro da tipologia qualitativa. Em relação aos
objetivos foi uma pesquisa exploratória sobre esta temática trazidas à luz, ainda pouco discutida no campo da Educação
Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental I; Sobre os procedimentos, o estudo enquadra-se na pesquisa-ação em
associação com a pesquisa participante (Gerdardt & Silveira (2009). A pesquisa realizou-se no mês de outubro de 2019, no
componente curricular de Matemática e seus Conteúdos de Ensino. Os sujeitos da pesquisa foram 40 discentes do curso
noturno de Pedagogia da Ceunes/ UFES. Para realização das TDP, foi organizado oito grupos com cinco alunos em cada grupo
sendo que por meio de distribuição aleatória,sendo que cada um deles estudaram e apresentaram um conteúdo de ensino
através da metodologia das tendências atuais internacionais em Educação Matemática, sendo utilizado todo espaço da sala de
aula e seu entorno, que possui um amplo pátio. Cada grupo ficou responsável pela aquisição dos recursos materiais. Para
análise dos dados buscou-se à metodologia da análise textual discursiva, sendo que ao final de todas apresentações cada grupo
fez apresentação e produção de um texto coletivo para entrega ao pesquisador acerca do aprendizado consolidado sobre a
tendência em Educação Matemática apresentada Moraes e Galiazzi (2016). Em seguida os dados coletados foram transcritos
pelos pesquisadores e apresentados por meio de análises qualitativas.
4. Resultados e Discussão
Foram destacados os expressivos resultados coletados das TDP, primeiramente a potencialidade das TDP para a
Educação Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I, pois promove maior interação e diálogos igualitários entre os
atores principais do processo educativo.
Constatou-se na análise dos textos de cada grupo a concordância sobre a necessidade do ensino de Matemática nos
anos iniciais do ensino fundamental I da abordagem de ensino abranger as atuais tendências metodológicas internacionais em
Educação Matemática visando ampliar o leque de aprendizagem dos alunos.
Notou-se que nos textos produzidos foram recorrentes os discursos sobre a contribuição das TDP para favorecer
diálogos igualitários entre os protagonistas do processo educativo e também para despertar maior interesse dos alunos para
aprender os conteúdos matemáticos.
Foi recorrente nos discursos dos futuros professores-pedagogos que a utilização das principais tendências
metodológicas em Educação Matemática permite ao professor generalista (pedagogo) aumentar seus saberes matemáticos,
visando assegura aprendizagens essenciais à todos alunos.
Foi observado durante às aulas o maior envolvimento e interesse dos futuros professores de matemática dos anos
iniciais para o aprendizado acerca de cada uma das tendências em Educação Matemática.
Nos discursos dos 39 docentes, foi recorrente os medos, frustrações, decepções, raiva, choro, dificuldade e aversão
sobre a matemática, em seus discursos foi observado que muitos dos seus fracassos foram em decorrência do ensino da
matemática na perspectiva tradicional e, com a renovação teórica-metodológica proposta, eles puderam reconstruírem
representações positivas sobre à matemática.
5. Conclusão
O presente estudo evidenciou contribuições teórico-metodológica da metodologia ativa das TDP em tessitura com às
atuais tendências nacionais e internacionais em Educação Matemática para o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos
de ensino, em um curso de licenciatura em Pedagogia.
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Propiciar o ensino de Matemática com a utilização das destacadas tendências internacionais em Educação Matemática
supracitadas, fornece maiores possibilidades de aprendizagem dos futuros professores generalistas que ensinam matemática
nos anos iniciais do Ensino Fundamental I.
Visto que neste componente curricular, conforme aponta dados recentes do SAEB, acerca de 71,67% dos alunos
brasileiros apresentam importante dificuldade de aprendizagem em matemática, sendo assim ampliar metodologias para
ensinar os conteúdos matemáticos obrigatórios são ações pedagógicas potencializadoras para gerar maior aprendizado, e
fomentar aprendizagens essenciais para formação matemática dos futuros professores do magistério dos anos iniciais do
Ensino Fundamental I.
Aqui, foi proposto o uso da metodologia ativa das TDP e do uso das tendências em Educação Matemática como
estratégia e renovação metodológica, no objetivo de ensinar os conteúdos curriculares propostos no ementário do referido
curso de Pedagogia, e tal ação educativa inovadora para esta área de conhecimento, evidenciou importante potencialidade
para facilitar o aprendizado dos futuros professores de matemática dos anos iniciais, visto que muitos relataram suas
dificuldades ,traumas e representações negativas sobre à matemática devido a dificuldade de aprender.
O estudo sinalizou a emergência e urgência do profissional pedagogo que exerce o magistério em sala de aula, que o
uso das TDP para ensinar Matemática através das principais tendências de metodológicas favorece maior desenvolvimento
cognitivo dos alunos e das construções do pensamento lógico-matemático.
A relevância social da pesquisa foi apontar renovação metodológica para ensinar matemática, principalmente nos anos
iniciais do ensino fundamental I,e etapa primordial destinada a construção gradativa do processo da formação de conceitos
matemáticos e do pensamento lógico-matemático.
Uma das significativas contribuições do estudo foi propor renovação metodológica para ensino de Matemática, em
segundo apresentar subsídios teóricos e metodológicos sobre a metodologia ativa das TDP para estes futuros pedagogos e,
também para aqueles que atuam e ensinam Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I, assim vislumbrando
melhoria do aprendizado de todo alunado.
Destacamos que mesmo diante da orientação do MEC para o uso da metodologia da Resolução Matemática no ensino
de matemática em todas etapas da educação básica, nesta pesquisa avança ao trazer a possibilidade da mediação pedagógica
por meio do uso das principais tendências atuais nacionais e internacionais em Educação Matemática no curso de
Pedagogia,visto que o aprendizado destes futuros professores polivalentes, nesta proposta teórico-metodológica terá
implicações em suas práticas educativas.
Na Educação Matemática escolar brasileira no Ensino Fundamental I prevalece o uso das tendências metodológicas
da Resolução de Problemas e de Jogos , porém estudos recentes indicam potencialidade de promover o ensino dos conteúdos
estabelecidos pela BNCC para esta área de conhecimento através das diversas metodologias em Educação Matemática, sendo
assim sugere-se para futuras pesquisas, o uso das citadas tendências em Educação Matemática na Educação de Jovens e
Adultos e/ou no Ensino Fundamental II.
Concluímos aqui, que tal estudo apresentou a proposta inovadora das TDP para ensinar e aprender Matemática
evidenciando que a prática docente tem implicações com a aprendizagem dos alunos e, ampliar metodologias de ensino
contribui para ampliar a construção permanente do pensamento e do raciocínio lógico-matemático.
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