MCDALESTE
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MCDALESTE
Nº 829, DE 2013
Requeiro, nos termos do art. 218, inciso VII, e art. 221, inciso I, do Regimento
Interno do Senado Federal, inserção em ata de voto de pesar pelo falecimento do cantor e
compositor Daniel Pedreira Senna Pellegrine, o MC Daleste, morto no dia 7 de julho
durante um show em Campinas, São Paulo, bem como apresentação de condolências a
seu pai Rolland Pellegrine, aos três irmãos, Rodrigo, Alex e Carolina, e à mulher Érica.
Sua mãe, Deusimar Pedreira Senna, faleceu há cinco anos.
JUSTIFICAÇÃO
O musico MC Daleste, morreu na noite do dia 7 de julho de 2013 no Hospital
Municipal de Paulínia, para onde foi levado após ser alvejado na barriga durante
apresentação de um show em Campinas. Ao iniciar a apresentação que faria em uma
quermesse do CDHU San Martin, conjunto habitacional localizado no bairro São Marcos,
em Campinas, enquanto conversava com público, foi atingido por uma o tiro que lhe tirou
a vida.
Daleste nasceu no Tatuapé, São Paulo, em 30 de outubro de 1992. Começou a
cantar, de brincadeira, ainda pequeno. Aos poucos foi se apresentando nas comunidades
da periferia, e com a ajuda de alguns MCs, que à época já faziam sucesso como o MC
Kelvinho, Daleste passou a ser mais conhecido. Nessa ocasião, começou a fazer
2
músicas. Seu primeiro funk foi feito no computador de uma lan house da periferia de São
Paulo, aos 16 anos.
Seu primeiro grande sucesso, Verdadeira Namorada, foi uma composição que fez
para sua namorada Érica, com que casou! Eles se conheceram na escola quando Daleste
ainda era apenas o Daniel. Atualmente, Daleste chegava a fazer 40 shows por mês. Seu
pai, marceneiro de profissão, com o passar dos anos, passou a dedicar-se a apoiar os
filhos cantores e compositores, Daniel e Rodrigo.
MC Daleste faz parte do estilo conhecido como funk paulista, em que as letras
tratam de bens materiais como carros, motos, bebidas e roupas. Angra dos Reis, Todas
as Quebradas e Mais amor, menos recalque – que têm mais de um milhão e 600 mil
visualizações no YouTube – são algumas de suas músicas.
Ele não foi o primeiro caso de morte violenta no funk paulista. Desde 2010, cinco
MCs, foram assassinados no estado de São Paulo. MC Felipe Boladão, morto em abril de
2010; MC Duda do Marapé, morto em abril de 2011; MC Primo, morto em abril de 2012;
MC Careca, também morto em abril de 2012 e MC Daleste em 07 de julho deste ano,
crimes que continuam insolúveis até o momento. A Secretaria de Segurança Pública
informou que as investigações estão avançadas e existe uma lista de suspeitos já
identificados.
O antropólogo, Hermano Vianna, em artigo publicado no jornal O Globo, na última
sexta-feira, dia 12 de julho, lembrou a falta de pesar por parte do governo, e conta que só
ouviu MC Daleste, recentemente, em um dos programas “Esquenta” da Rede Globo:
OS: 13923/2013