Apendices
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Situação 1
Você acabou de ser contratado por um grande e luxuoso hospital da sua cidade. O
diretor clínico fez questão de te contratar pessoalmente para trabalhar no pronto-
socorro da unidade, em virtude do seu excelente currículo. Hoje é o primeiro
plantão e ao chegar à entrada da emergência, um SUSTO: tinha mais pacientes
esperando do que você achava. Crianças chorando, pacientes reclamando da
demora com a recepcionista.
De sete da manhã ao meio-dia, você só atendeu "besteirinhas". Porém, quando
recolhia seus pertences do ambulatório para o almoço, você é chamado para
atendimento de urgência. Sr. A.H., 72 anos, sexo masculino, portador de
coronariopatia crônica há aproximadamente dez anos, apresentava quadro
clínico, "elétrico" e laboratorial de IAM. Sem hesitar, você solicitou internação na
unidade coronariana para tratamento adequado. Enquanto escrevia a história no
prontuário, a atendente do setor de internação informou que o paciente não
poderia ser internado, pois é conveniado da operadora de saúde há cinco meses e
nunca foi conveniado a uma operadora de saúde anteriormente. Ele possui um
plano individual de cobertura parcial temporária na modalidade cobertura
hospitalar sem obstetrícia. Depois de longa discussão entre o hospital e os
familiares, foi acordado que a família faria um cheque-caução e o paciente seria
encaminhado para a unidade coronariana.
Pergunta-se:
1) Está certo afirmar que o paciente não teria direito à internação? Justifique.
Sim, pois o motivo da internação atual é a lesão preexistente, que ainda está em
carência. A cobertura parcial temporária caracteriza-se por um período de até 24
meses, estabelecido em contrato, durante o qual o consumidor não terá cobertura
para aquelas doenças e lesões preexistentes declaradas. Neste período, pode
haver exclusão da cobertura de eventos cirúrgicos, leitos de alta tecnologia e
procedimentos de alta complexidade relacionados diretamente às doenças ou às
lesões preexistentes. Os demais procedimentos para as doenças ou lesões
preexistentes (consultas e diversos exames) serão cobertos pela operadora, de
acordo com o tipo de plano contratado, após o cumprimento dos prazos de
carência. Após os 24 meses, será integral a cobertura prevista na legislação e no
contrato.
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3) O que é a carência? E por que a atendente afirmou que o paciente teria que
cumpri-la?
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5) Qual é a cobertura do tipo de plano do senhor A.H.?
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Situação 2
Você continua a atender sem descansar nesse novo plantão do hospital particular.
No fim da tarde, chega Juninho, uma criança de oito anos, por tador de transtorno
do deficit de atenção com hiperatividade. Ele acaba de cair de uma mangueira e
queixa-se de muita dor no braço esquerdo. Entendendo mais sobre os planos de
saúde, você pergunta à atendente se o plano dele cobre este tipo de consulta de
urgência e a radiografia que irá solicitar. A atendente responde que a criança
possui o plano de referência de contrato familiar há três anos. Você balança a
cabeça como se tivesse entendido o que ela disse e interpreta que não vai ter
problema em atendê-lo. Ao voltar ao atendimento, observa uma fratura em
úmero direito. Solicita a imobilização do membro com calha gessada e marca o
retorno em 30 dias. Pergunta-se:
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Sim, pois se trata de plano novo (contratado após 1998). Quando indicado pelo
médico assistente do consumidor, o tratamento com fisioterapia é de cobertura
obrigatória e em número ilimitado.
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Situação 3
Dona Gertrudes, 45 anos, sexo feminino, do lar, diabética, hipertensa, com IMC de
42, vai ao seu consultório para marcação da cirurgia para redução do estômago.
Afirma que só dieta, exercício e medicamento não adiantam para ela. Diz que tem
conseguido controlar seu apetite nos últimos meses, e está disposta a participar
do que for necessário para conseguir a cirurgia. Possui o plano de saúde
referência individual há três anos e diz não querer gastar nada com o
procedimento.
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APÊNDICE I
DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
BRASIL
Vamos fazer uma revisão sobre o desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil.
Este tema costuma aparecer em provas de concursos médicos. O objetivo aqui é
melhorar o nosso entendimento sobre as origens da formação do SUS e os seus
princípios. Vamos então discutir cinco épocas do período republicano: a República
Velha (Primeira República); a Era Vargas; o Autoritarismo; a Nova Constituinte e a
Pós-Constituinte.
Portanto, a Saúde no Brasil, nesta fase, agia de forma dicotômica entre a saúde
pública e a previdência social, separando as ações de controle e prevenção das
doenças na população de um lado e as ações de medicina individual de outro
(previdenciária, filantrópica e liberal).
Para aqueles que podiam pagar, existia a modalidade liberal de venda de serviços
médicos.
AUTORITARISMO (1964-1984)
Nesta época, a taxa da mortalidade infantil, que havia declinado no período
anterior, voltou a subir. Também aumentou o número de casos de malária,
tuberculose e doença de Chagas. As doenças do aparelho circulatório passaram a ser
a principal causa de morte no Brasil.
➤ Campanha da Meningite;
➤ Vigilância Sanitária e;
➤ Descentralização gerencial;
➤ Participação popular.
PÓS-CONSTITUINTE (1989...)
Aqui é a fase em que ocorre o agravamento da mortalidade por causas externas,
destacando-se o predomínio dos homicídios sobre os acidentes de transporte. As
principais causas de óbito são: em primeiro lugar, as doenças cardiovasculares; em
segundo lugar, as causas externas e; em terceiro lugar, as neoplasias.
Em 1990, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90), que
foi complementada logo depois pela Lei 8.142/90.
➤ Reforço à centralização;
OBS.: já que neste anexo você viu citações sobre os modelos de saúde (sanitarista,
privatista), vamos lembrar o que são, pois também aparecem nas provas.
➤ Extinção do INAMPS;
Na "Era Vargas", a política de saúde foi marcada pelos IAPs que eram
excludentes, na medida em que assistiam apenas a determinados grupos de
trabalhadores formais (opção B errada).
Com o golpe militar de 1964, temos a união dos IAPs no INPS e o financiamento
para criação dos hospitais privados (opção C correta). Para a década de 80,
temos a ênfase na Reforma Sanitária com a proposta de universalizar o acesso à
saúde, culminando na promulgação da Constituição Federal em 1988 (opção D e
E corretas). Gabarito: letra B.
RESIDÊNCIA MÉDICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
Letra C: correta;
Resposta: letra C.
APÊNDICE II
SAÚDE SUPLEMENTAR
Seguem as informações sobre o sistema de saúde suplementar brasileiro
(funcionamento dos planos de saúde). Fique atento a este tema, pois vem
aparecendo muito nas provas de residência pelo Brasil!
● Filantropia: aqui, lidamos com entidades sem fins lucrativos, mas que operam
planos privados de assistência à saúde. Para isso, precisam ser certificadas como
entidades filantrópicas junto ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e
declaradas de utilidade pública junto ao Ministério da Justiça ou junto aos órgãos
dos Governos Estaduais e Municipais.
RESIDÊNCIA MÉDICA
HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS – HFA
a) Autogestão.
b) Cooperativa Médica.
c) Filantropia.
d) Seguradora de Saúde.
e) Medicina de Grupo.
R. Não precisa nem mais repetir o que foi dito acima, estamos frente à
modalidade de autogestão. Resposta: letra A.
AMBULATORIAL
Engloba os atendimentos realizados em consultório ou ambulatório, incluindo
realização de exames. Este segmento não cobre internação hospitalar.
ODONTOLÓGICO
Engloba os procedimentos odontológicos realizados em consultório. Inclui exames
clínicos, radiologia, prevenção, dentística (restaurações), endodontia (tratamento de
canal), periodontia (tratamentos de gengiva) e cirurgia.
PLANO REFERÊNCIA
É o tipo de plano que garante a assistência ambulatorial, hospitalar e obstétrica em
todo o território brasileiro, com padrão de acomodação em enfermaria. É
obrigatório para as operadoras oferecerem o plano referência. Elas poderão
oferecer combinações diferentes, como: plano com cobertura ambulatorial +
cobertura hospitalar com obstetrícia ou o plano com cobertura hospitalar +
cobertura odontológica. Cabe ao consumidor escolher o produto que oferecer mais
vantagens.
O QUE É CARÊNCIA?
Carência é o período em que o consumidor não tem direito a algumas coberturas
após a contratação do plano.
QUAL É O TEMPO DE CARÊNCIA?
Os períodos de carência são contados a partir do início da vigência do contrato. Após
cumprida a carência, o consumidor terá acesso a todos os procedimentos previstos
em seu contrato e na legislação. Os prazos máximos de carência estabelecidos na Lei
9.656/98 são:
Obs.: quando o parto ocorrer antes, será tratado como um procedimento de urgência.
AGRAVO
É um acréscimo no valor da mensalidade do plano de saúde do portador de doença
ou lesão preexistente. Esse acréscimo será proporcional à cobertura de eventos
cirúrgicos, leitos de alta tecnologia e procedimentos de alta complexidade
relacionados à doença ou lesão preexistente.
Para os consumidores que tenham feito a opção de agravo, sua cobertura médica
será irrestrita, nos termos da legislação, após cumpridos os prazos de carência.
PLANO AMBULATORIAL
Para os consumidores com plano ambulatorial, a cobertura para urgência e
emergência é garantida exclusivamente para os procedimentos realizados em
ambiente ambulatorial.
Caso ainda esteja cumprindo carências, mas após 24 horas do início da vigência do
contrato, o consumidor terá assistência ambulatorial limitada às primeiras 12 horas,
desde que o quadro não evolua para internação ou que seja necessária a realização
de procedimentos exclusivos da cobertura hospitalar.
Após esse período, caberá à operadora o ônus e a responsabilidade pela remoção do
consumidor para uma unidade do SUS que disponha de recursos necessários à
continuidade do tratamento, só cessando sua responsabilidade quando efetuado o
registro nessa unidade.
A remoção tem que ser realizada por ambulância, com os recursos necessários para
garantir a manutenção da vida e somente pode ser autorizada pelo médico
assistente. Caso o consumidor opte pela permanência no hospital ou pela
transferência para outro estabelecimento particular, as despesas passarão a ser de
sua responsabilidade. Quando não puder ocorrer a remoção por risco de morte, o
consumidor e o hospital deverão negociar entre si, desobrigando a operadora de
qualquer ônus.
PLANO ODONTOLÓGICO
A assistência às urgências e emergências odontológicas está garantida para os
consumidores de plano odontológico após 24 horas do início da vigência do
contrato.
PLANO REFERÊNCIA
Após as 24 horas do início da vigência do contrato, será garantida a cobertura
integral (ambulatorial e hospitalar) para urgência e emergência aos consumidores
de plano referência, sem qualquer tipo de limitação, a não ser para os casos de
doenças ou lesões preexistentes.
Inseminação artificial.
PORTABILIDADE DE CARÊNCIA
Em 14 de janeiro de 2009, foi publicada a resolução normativa sobre a portabilidade
de carências, ou seja, mudar de uma operadora (plano de saúde) para outra e não
precisar mais aguardar meses ou anos para carências de doenças preexistentes. Veja
abaixo os requisitos que devem ser seguidos, simultaneamente, para terem o direito
de:
I - estar adimplente junto à operadora do plano de origem;
E MAIS:
Esta, em seu 32º artigo, determinou que: "Serão ressarcidos pelas operadoras dos
produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, de acordo com
normas a serem definidas pela ANS, os serviços de atendimento à saúde previstos
nos respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos
dependentes, em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas,
integrantes do Sistema Único de Saúde – SUS".
Com isso, a ANS arrecadou, só no ano de 2017, cerca de R$ 458 milhões das
operadoras de planos de saúde pelo ressarcimento ao SUS por uso da rede
pública.
São elas:
➤ Plástica de conjuntiva para pterígio, tumores ou traumas;
➤ C4D fragmento;
➤ Orquidopexia laparoscópica;
➤ Chikungunya, anticorpos;
➤ HOSPITALARES:
13 - Ablação percutânea por radiofrequência para tratamento do osteoma
osteoide: procedimento orientado por métodos de imagens que se utiliza de
agulhas especiais para provocar dano celular por ação térmica a células de
tumor ósseo benigno;
Aids e câncer
Muitos planos de saúde antigos excluem o A cobertura para essas doenças é obrigatória
tratamento dessas doenças. nos limites do plano contratado
(ambulatorial, hospitalar). Se o consumidor
já era portador quando adquiriu o plano de
saúde, essas doenças são consideradas
preexistentes.
A maioria dos contratos antigos não cobrem É obrigatória a cobertura assistencial para
doenças infectocontagiosas ou epidemias essas doenças, nos limites do plano
como dengue, febre amarela ou malária. contratado.
Órteses e próteses
Fisioterapia
Obesidade mórbida
Acompanhante
Os planos de saúde antigos não eram A lei assegura que ninguém pode ser
obrigados a oferecer cobertura para pessoas impedido de participar de um plano de
portadoras de de ciência. saúde por ser portador de qualquer tipo de
de ciência.
Transtornos psiquiátricos
Com relação aos Planos e Seguros Privados de Saúde, pode-se afirmar que:
Letra D: perfeito! Embora cerca de 53% dos gastos e saúde no Brasil sejam de
capital privado, este só supre as necessidades de saúde de 1/4 da população.
CORRETA.
Resposta: letra D.
APÊNDICE III
LEGISLAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – TÍTULO VIII – CAPÍTULO
II – SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal igualitário às áreas e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as áreas e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As áreas e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
p.1º O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso
do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, além de outras fontes.
p.3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos,
estabelecerá:
III - As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas
esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV - (Revogado).
p.5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades
de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias.
p.6º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional,
as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos
termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
p.7º Além das hipóteses previstas no p.1º do art. 41 e no p.4º do art. 169 da
Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias, poderá perder o cargo
em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu
exercício.
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
I - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
p.2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as áreas que, por força do
disposto no artigo anterior, se destinam a garantir as pessoas e a coletividade
condições de bem-estar físico, mental e social.
Art. 6. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - A execução de áreas:
a) De vigilância sanitária;
b) De vigilância epidemiológica;
c) De saúde do trabalhador; e
p.3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de
atividades que se destina, através das áreas de vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e
agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de
doença profissional e do trabalho;
Art. 9. A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I
do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos
seguintes órgãos:
I - Alimentação e nutrição;
IV - Recursos humanos;
V - Ciência e tecnologia; e
VI - Saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas comissões permanentes de integração entre os serviços
de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo Único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor
prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos
recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente,
assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
Seção II – Da Competência
b) De saneamento básico; e
c) De vigilância epidemiológica; e
d) Vigilância sanitária.
IV - Participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgãos afins,
de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham
repercussão na saúde humana;
XIII - Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV - Elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde
(SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde;
a) De vigilância epidemiológica;
b) De vigilância sanitária;
c) De alimentação e nutrição; e
d) De saúde do trabalhador;
V - Participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente
que tenham repercussão na saúde humana;
VII - Participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de
trabalho;
IV - Executar serviços:
a) De vigilância epidemiológica;
b) Vigilância sanitária;
c) De alimentação e nutrição;
d) De saneamento básico;
e) De saúde do trabalhador;
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios.
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com
os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País.
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS,
descentralizado, hierarquizado e regionalizado.
p.1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos
Sanitários Especiais Indígenas.
p.3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local,
regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades,
compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde.
p.1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela
parturiente.
p.2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este
artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do
Poder Executivo.
p.3º Ficam os hospitais de todo o país obrigados a manter, em local visível de suas
dependências, aviso informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo.
Art. 19-L. (Vetado).
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes
definições:
III - No âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de
Saúde.
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão
efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em
prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que foi
protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos,
quando as circunstâncias exigirem.
p.1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o
disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações
especiais:
II - (Vetado);
p.2º (Vetado).
CAPÍTULO I – DO FUNCIONAMENTO
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação,
por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
III - Serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para
atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e
p.3º (Vetado).
II - (Vetado);
III - (Vetado);
Parágrafo Único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS)
constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.
TÍTULO V – DO FINANCIAMENTO
I - (Vetado).
p.1º Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso
I deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de
viciados.
p.2º As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas
diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de
poder onde forem arrecadadas.
p.4º (Vetado).
p.6º (Vetado).
p.2º (Vetado).
p.3º (Vetado).
p.3º (Vetado).
p.4º (Vetado).
p.5º (Vetado).
p.1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na
respectiva proposta orçamentária.
p.1º (Vetado).
p.2º (Vetado).
p.3º (Vetado).
p.4º (Vetado).
p.5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do INAMPS para órgãos integrantes
do Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio
da Seguridade Social.
p.6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os
seus acessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para
utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) ou,
eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se encontrem,
mediante simples termo de recebimento.
p.7º (Vetado).
p.8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério
da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao
processo de gestão, de forma a permitir a gerência informatizada das contas e a
disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico-hospitalares.
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto
Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de
Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação de serviços, formação de
recursos humanos e para transferência de tecnologia.
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços
públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego
irregular de verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de
recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das
previstas nesta lei.
Art. 53. (Vetado).
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17
de julho de 1975, e demais disposições em contrário.
I - A Conferência de Saúde;
II - O Conselho de Saúde.
p.1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos
vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes
para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo
Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
p.2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado
composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de
saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da
política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e
financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
p.1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35
da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de
recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo artigo.
p.2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por
cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os
Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
APRESENTAÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma política pública que acaba de completar uma
década e meia de existência. Nesses poucos anos, foi construído no Brasil um sólido
sistema de saúde que presta bons serviços à população brasileira.
O SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil
unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Sua produção anual é
aproximadamente de 12 milhões de internações hospitalares; 1 bilhão de
procedimentos de atenção primária à saúde; 150 milhões de consultas médicas; 2
milhões de partos; 300 milhões de exames laboratoriais; 132 milhões de
atendimentos de alta complexidade e 12 mil transplantes de órgãos. Além de ser o 2º
país do mundo em número de transplantes, é internacionalmente reconhecido pelo
seu progresso no atendimento universal às DST/aids, na implementação do
Programa Nacional de Imunização e no atendimento relativo à Atenção Básica. Tem
uma avaliação positiva dos que o utilizam rotineiramente e está presente em todo
território nacional.
OS TRÊS PACTOS
Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com
foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos
orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados.
1. SAÚDE DO IDOSO:
5. PROMOÇÃO DA SAÚDE:
SAIBA MAIS
Em 2008 foi publicado o PACTO PELA VIDA 2008. Esse Pacto tem o objetivo de
acrescentar prioridades para o Pacto pela Vida (do Pacto pela Saúde 2006) e cria
mecanismos para monitorar e avaliar esse mesmo Pacto. As prioridades
acrescentadas são: SAÚDE DO TRABALHADOR; SAÚDE MENTAL;
FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA DO SISTEMA DE SAÚDE ÀS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO OU
RISCO DE VIOLÊNCIA; E SAÚDE DO HOMEM.