TCC - Arthur Teixeira

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BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

Patologias da construção: Estudo de caso no bloco


administrativo e no bloco pedagógico Ⅰ do Instituto Federal
Goiano campus Rio Verde – Goiás

ARTHUR HENRIQUE DOMINGOS TEIXEIRA

Rio Verde, GO
2022
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA GOIANO – CÂMPUS RIO VERDE
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

Patologias da construção: Estudo de caso no bloco administrativo e no


bloco pedagógico Ⅰ do Instituto Federal Goiano campus Rio Verde –
Goiás

ARTHUR HENRIQUE DOMINGOS TEIXEIRA

Trabalho de Curso apresentado ao


Instituto Federal Goiano – Campus
Rio Verde, como requisito parcial para
obtenção do Grau de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Dr. Flávio Hiochio Sato

Rio Verde - GO
Julho, 2022
Sistema desenvolvido pelo ICMC/USP
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema Integrado de Bibliotecas - Instituto Federal Goiano

Teixeira, Arthur Henrique Domingos


TT266p Patologias da construção: Estudo de caso no bloco
administrativo e no bloco pedagógico 1 do Instituto
Federal Goiano campus Rio Verde – Goiás / Arthur
Henrique Domingos Teixeira; orientador Flavio
Hiochio Sato. -- Rio Verde, 2022.
116 p.

TCC (Graduação em Bacharel em Engenharia Civil) --


Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde, 2022.

1. Patologias construtivas. 2. Metodologia de


Lichteinstein. 3. Ficha de descrição. I. Sato, Flavio
Hiochio, orient. II. Título.

Responsável: Johnathan Pereira Alves Diniz - Bibliotecário-Documentalista CRB-1 n°2376


Repositório Institucional do IF Goiano - RIIF Goiano
Sistema Integrado de Bibliotecas

TERMO DE CIÊNCIA E DE AUTORIZAÇÃO PARA DISPONIBILIZAR PRODUÇÕES TÉCNICO-


CIENTÍFICAS NO REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DO IF GOIANO

Com base no disposto na Lei Federal nº 9.610/98, AUTORIZO o Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Goiano, a disponibilizar gratuitamente o documento no Repositório Institucional do IF
Goiano (RIIF Goiano), sem ressarcimento de direitos autorais, conforme permissão assinada abaixo,
em formato digital para fins de leitura, download e impressão, a título de divulgação da produção
técnico-científica no IF Goiano.

Identificação da Produção Técnico-Científica

[ ] Tese [ ] Artigo Científico


[ ] Dissertação [ ] Capítulo de Livro
[ ] Monografia – Especialização [ ] Livro
[X] TCC - Graduação [ ] Trabalho Apresentado em Evento
[ ] Produto Técnico e Educacional - Tipo: ___________________________________

Nome Completo do Autor: Arthur Henrique Domingos Teixeira


Matrícula:2017102200840380
Título do Trabalho: Patologias da construção: Estudo de caso no bloco administrativo e no bloco
pedagógico Ⅰ do Instituto Federal Goiano campus Rio Verde – Goiás

Restrições de Acesso ao Documento

Documento confidencial: [ X ] Não [ ] Sim, justifique: _______________________


________________________________________________________________________
Informe a data que poderá ser disponibilizado no RIIF Goiano: __/__/__
O documento está sujeito a registro de patente? [ ] Sim [ X ] Não
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DECLARAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO NÃO-EXCLUSIVA

O/A referido/a autor/a declara que:


1. o documento é seu trabalho original, detém os direitos autorais da produção técnico-científica
e não infringe os direitos de qualquer outra pessoa ou entidade;
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3. cumpriu quaisquer obrigações exigidas por contrato ou acordo, caso o documento entregue
seja baseado em trabalho financiado ou apoiado por outra instituição que não o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano.
Rio Verde, 06/08/2022.

Assinatura do Autor e/ou Detentor dos Direitos Autorais


Assinado de forma digital por
Ciente e de acordo: FLAVIO HIOCHIO FLAVIO HIOCHIO
SATO:06162543854 SATO:06162543854
Dados: 2022.09.14 17:26:50 -03'00'
_______________________________
Assinatura do(a) orientador(a)
​SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

Ata nº 47/2022 - GGRAD-RV/DE-RV/CMPRV/IFGOIANO

ATA DE DEFESA DE TRABALHO DE CURSO

Ao(s) 22 dia(s) do mês de julho de 2022, às 08 horas e 00 minutos, reuniu-se a banca


examinadora composta pelos docentes: Flávio Hiochio Sato, Guilherme Gomes Oliveira, e a
Engenheira Civil Especialista Camila Reis de Freitas, para examinar o Trabalho de Curso
intitulado “Manifestações patológicas de diversos casos: Estudo de caso nas edificações do
Instituto Federal Goiano campus Rio Verde – Goiás ” do(a) estudante Arthur Henrique
Domingos Teixeira , Matrícula nº 2017102200840380 do Curso de Engenharia Civil do IF
Goiano – Campus Rio Verde. A palavra foi concedida ao(a) estudante para a apresentação
oral do TC, houve arguição do(a) candidato pelos membros da banca examinadora. Após tal
etapa, a banca examinadora decidiu pela APROVAÇÃO do(a) estudante. Ao final da sessão
pública de defesa foi lavrada a presente ata que segue assinada pelos membros da Banca
Examinadora.

(Assinado Eletronicamente)

Flávio Hiochio Sato

Orientador(a)

(Assinado Eletronicamente)

Guilherme Gomes Oliveira

Membro

(Assinado Eletronicamente)

Camila Reis de Freitas

Membro
ARTHUR HENRIQUE DOMINGOS TEIXEIRA

Patologias da construção: Estudo de caso no bloco administrativo e no


bloco pedagógico Ⅰ do Instituto Federal Goiano campus Rio Verde –
Goiás

Trabalho de Curso DEFENDIDO e APROVADO em 22 de julho de 2022, pela Banca


Examinadora constituída pelos membros:

___________________________________ __________________________________
Prof. Dr. Flávio Hiochio Sato _Prof. Me. Guilherme Gomes Oliveira
Instituto Federal Goiano - Instituto Federal Goiano -
campus Rio Verde campus Rio Verde

___________________________________
Camila Reis de Freitas
Universidade de Rio Verde

Rio Verde – GO
Julho, 2022
AGRADECIMENTOS

A realização desse trabalho só foi possível graças a Deus, que fez com que mesmos nos
momentos mais difíceis acreditasse que no final daria certo, que eu teria foco e
perseverança para continuar a combater meus desafios e que teriam pessoas de bom
coração que me ajudariam a corrigir meus erros e buscar a vitória.

A meus pais Gilson e Rosimeire, meu irmão José Eduardo, aos meus avós paternos, meus
tios e primos que me incentivaram nos momentos difíceis, estimularam na busca de
conhecimento, me guiavam na tomada de decisões e entenderam o motivo de minha
ausência em alguns momentos para focar nos meus estudos, sempre acompanhando a
realização deste sonho e não desistir dos meus sonhos.

A meus amigos queridos Dandára, Dora, Francislene, Taís, Wallery, Vinicius F., Bárbara,
Carolina, Ygor, Thayla, Henrique F., Amanda, Elaine, Luanna, Cesar, Ana Carolina,
Mayssa, Micaele, Lorrayna e tantos outros que sempre estiveram comigo desde o começo
da minha graduação, aqueles que foram sendo conquistados no passar dos anos e aqueles
que me acompanham desde minha época na escola, me incentivando a combater os
desafios que foram sendo proporcionados, pelos inúmeros dias de discussão e por todos
os momentos bons e ruins que passamos juntos, sempre buscando nosso melhor e nos
apoiando para tudo o que era possível.

Ao professor Doutor Flavio Hiochio Sato, por ter sido meu orientador e ter desempenhado
tal função com dedicação e amizade. Pelos momentos de paciência na correção deste
projeto final, por todo o encorajamento para que cada etapa fosse concluída e por todos
os ensinamentos que contribuíram na minha formação acadêmica e profissional.

Aos professores, por todos esses anos de ensinamentos e desafios que me permitiram
apresentar um melhor desempenho possível para meu desenvolvimento como profissional
ao longo do curso, por todos os conselhos, pela orientação, pela paciência, pelas
discussões e pelos desafios que foram propostos que moldaram meu aprendizado até o
desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus colegas de curso, com quem convivi durante toda minha graduação, pelo
companheirismo, pela troca de experiências, pelos desentendimentos, pelos conflitos de
interesse, pela difamação de informações alheias, pelas intrigas de trabalho em grupo, por
aqueles que me queriam o melhor ou pior, que me permitiram crescer não só como
pessoa, mas também como formando, que me fizeram crescer e me tornar uma versão
melhor de mim mesmo para meu comprometimento com este desafio.

A todos da secretaria de obras do município de Itumbiara, em especial a Edilene, por me


orientar e me ensinar de forma prática meu primeiro contato com a engenharia civil e as
diversas atuações que poderiam ser guiadas com muito estudo e dedicação,

A todos do departamento de fiscalização de obras, em especial a diretora do departamento


Dayse, que me ensinaram a como agir e guiar meus pensamentos de forma mais
organizada, me tornar um profissional melhor e garantir a ética e comprometimento com
o trabalho que realizo e com as pessoas que colocam as expectativas de realizar um
serviço de qualidade, além me orientar e guiar mais contatos de profissionais que seriam
responsáveis em estimular o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso.

A todos os servidores do Instituto Federal Goiano campus Rio Verde, que permitiram o
prosseguimento das etapas essenciais que foram fundamentais para o estudo de caso na
instituição para a realização do meu trabalho de conclusão de curso.
Biografia do Autor
Arthur Henrique Domingos Teixeira é natural da cidade Itumbiara, Goiás, onde seus pais
Gilson Almeida Teixeira e Rosimeire de Cássia Domingos Teixeira moram até hoje, com
o intuito de fazer sua graduação de Engenharia Civil no Instituto Federal Goiano mudou-
se para Rio Verde, Goiás em 2017. Seu desenvolvimento profissional começou na
secretaria de obras da cidade de Itumbiara e posteriormente garantiu sua atuação no
departamento de fiscalização de obras do município de Rio Verde, aprimorando seus
conhecimentos teóricos sobre os conteúdos desenvolvidos na graduação e melhorando
aspectos administrativos que seriam essenciais para gestão de um profissional na área. A
participação do grupo PH imóveis durante mais um estágio, aprimorou todos os seus
conhecimentos teóricos na prática com o foco no desenvolvimento de projetos,
administração de negócio, captação de clientes e mercado de trabalho, evoluindo seu
crescimento pessoal e profissional. A performance nesses estágios proporcionaram a
busca por um serviço de qualidade e solução de problemas , inspirando o a buscar a área
de engenharia diagnostica para especialização diante a necessidade do potencial que a
área tem em se destacar nos próximos anos e de sua vontade de investigar as
problemáticas que envolviam as falhas construtivas oriundas de projetos de grande
importância na vida de diversas pessoas. A busca de conhecimento, ética e sucesso
profissional estimula o crescimento pessoal e propõe a busca desses valores na luta contra
os desafios apresentados no cotidiano.
RESUMO

TEIXEIRA, ARTHUR HENRIQUE DOMINGOS. Patologias da construção: Estudo


de caso nas edificações do bloco administrativo e no bloco pedagógico Ⅰ do Instituto
Federal Goiano campus Rio Verde – Goiás. 2022. 117p. Monografia (Curso
Bacharelado em Engenharia Civil). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano – campus Rio Verde, Rio Verde, GO, agosto de 2022.

As edificações devem ser duráveis, estáveis e funcionais para garantir as atividades do


ser humano como a moradia, o exercício do trabalho, a saúde e o lazer. Para garantir tais
condições, existe uma ciência da área da construção civil intitulada Patologia das
Construções, que tem por objetivo estudar quais são os eventos que acometem a
performance das edificações nas formas estética, física e econômica. Este trabalho
apresenta o estudo de caso do Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde - GO, com o
intuito de identificar as manifestações patológicas das edificações do campus. Trata-se de
duas edificações concluídas que apresenta manifestações patológicas notáveis, trazendo
relevância ao tema ao colaborar na redução de possíveis problemas futuros que possam
comprometer o conforto e a segurança dos usuários. Para isso, utilizou-se parcialmente
da metodologia proposta por Lichtenstein, através do levantamento de subsídios e na
busca pela causa das manifestações patológicas. Os casos abordados foram identificados
em grupos como patologias de infiltrações e deformações na pintura, corrosão em
estrutura metálica, abertura de trincas, rachaduras e fendas nos elementos da edificação.
Ao final, as manifestações observadas foram destacadas em uma ficha de descrição dos
antecedentes da estrutura, a fim de apontar as principais características que as envolvem,
que possa ser utilizado pela instituição e auxiliar na manutenção e prevenção de novas
manifestações, assim foram destacados diversos casos avaliados com fotos de forma a
garantir direcionamento para priorização na resolução dos problemas da edificação.
Palavras-chave: patologias construtivas, metodologia de Lichteinstein, ficha de
descrição.
ABSTRACT
TEIXEIRA, ARTHUR HENRIQUE DOMINGOS. Construction pathologies: A case
study in the building of the administrative block and in the pedagogical block of the
federal institute goiano campus Rio Verde – Goiás. 2022. 117p. Monograph
(Bachelor's Degree in Civil Engineering). Federal Institute of Education, Science and
Technology of Goiás – Rio Verde campus, Rio Verde, GO, august of 2022.

Buildings must be durable, stable and functional to ensure human activities such as
housing, work, health and leisure. To ensure such conditions, there is a science in the area
of civil construction called Pathology of Constructions, which aims to study which events
affect the performance of buildings in the aesthetic, physical and economic ways. This
paper presents the case study of the Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde – GO,
in order to identify the progress of pathological manifestations of the buildings on the
campus. Remarkable pathological conditions, bringing relevance to the topic by
collaborating in the reduction of possible future problems that may compromise the
comfort and safety of users. For this, the methodology proposed by Lichtenstein was
partially used, through the survey of subsidies and in the search for the cause of the
pathological manifestations. The cases addressed were identified in groups as pathologies
of infiltration and deformations in the paint, corrosion in metallic structure, opening of
cracks, cracks and crevices in the elements of the building. In the end, the observed
manifestations are highlighted in a description sheet of the structure's antecedents, in
order to point out the main characteristics that involve them, which can be used by the
institution and help in the maintenance and prevention of new manifestations, thus several
cases were highlighted. evaluated with photos in order to ensure guidance for
prioritization in solving building problems.
Keywords: constructive pathologies, Lichsteinstein methodology, description shee
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do instituto Federal Goiano ......................................................... 40


Figura 2: Método de Lichteinstein .................................................................................. 42
Figura 3: Vista superior do Bloco Administrativo.......................................................... 44
Figura 4: Vista superior do Bloco pedagógico ............................................................... 44
Figura 5: Armadura exposta oxidada na passarela na ala sul do bloco administrativo .. 47
Figura 6: Armadura exposta oxidada na passarela na ala sul do bloco administrativo .. 48
Figura 7: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 48
Figura 8: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 49
Figura 9: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 49
Figura 10: Rachadura na ala leste do bloco administrativo ............................................ 51
Figura 11: Rachadura acima do hall de entrada na ala oeste do bloco administrativo ... 51
Figura 12: Rachadura acima da administração da cozinha da ala oeste do bloco
administrativo ................................................................................................................. 52
Figura 13: Rachadura acima da administração da cozinha da ala oeste do bloco
administrativo ................................................................................................................. 52
Figura 14: Rachadura acima da varanda da ala oeste do bloco administrativo .............. 53
Figura 15: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo .................. 54
Figura 16: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo .................. 54
Figura 17: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo .................. 55
Figura 18:Fissura acima de uma porta na secretaria de graduação de cursos técnicos do
bloco pedagógico ............................................................................................................ 56
Figura 19: Fissura acima de uma porta na secretaria de graduação de cursos técnicos do
bloco pedagógico Ⅰ .......................................................................................................... 56
Figura 20: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco
administrativo ................................................................................................................. 58
Figura 21: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco
administrativo ................................................................................................................. 59
Figura 22: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco
administrativo ................................................................................................................. 60
Figura 23: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 61
Figura 24: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 61
Figura 25: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 62
Figura 26: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 62
Figura 27: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 63
Figura 28: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 63
Figura 29: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 63
Figura 30: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo 64
Figura 31: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo 64
Figura 32: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo 65
Figura 33: Saponificação e bolhas na pintura no banheiro masculino 1° andar do bloco
administrativo ................................................................................................................. 66
Figura 34: Saponificação e bolhas no teto da parte externa da secretaria de graduação de
cursos superiores do bloco pedagógico Ⅰ ........................................................................ 67
Figura 35: Descascamento da pintura em frente do laboratório de informática 03 do
bloco pedagógico Ⅰ .......................................................................................................... 68
Figura 36: Descascamento da pintura e fissura nas escadarias do bloco administrativo 68
Figura 37: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 69
Figura 38: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 69
Figura 39: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo
........................................................................................................................................ 70
Figura 40: Manchas na pintura no teto do banheiro feminino da ala oeste do térreo do
bloco administrativo ....................................................................................................... 70
Figura 41: Descascamento da pintura na sala 05 do bloco pedagógico 01..................... 71
Figura 42: Descascamento da pintura na sala 08 do bloco pedagógico 01 ..................... 72
Figura 43: Descascamento da pintura na sala 06 do bloco pedagógico 01..................... 72
Figura 44: Descascamento da pintura na sala 08 do bloco pedagógico 01 ..................... 73
Figura 45: Deterioração das janelas da sala 01 do bloco pedagógico Ⅰ .......................... 73
Figura 46: Deterioração das janelas da sala 01 do bloco pedagógico Ⅰ .......................... 74
Figura 47: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco
administrativo ................................................................................................................. 74
Figura 48: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco
administrativo ................................................................................................................. 75
Figura 49: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco
administrativo ................................................................................................................. 75
Figura 50: Deterioração da porta do banheiro masculino do piso 1° andar do bloco
administrativo ................................................................................................................. 76
Figura 51: Desplacamento de azulejos no banheiro masculino do piso 1° andar do bloco
administrativo ................................................................................................................. 77
Figura 52: Desplacamento de azulejos no banheiro feminino do piso 1° andar do bloco
administrativo ................................................................................................................. 77
Figura 53: Desplacamento de azulejos no banheiro feminino do piso 1° andar do bloco
administrativo ................................................................................................................. 78
Figura 54: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01 .................................................. 79
Figura 55: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01 .................................................. 79
Figura 56: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01 .................................................. 80
Figura 57: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01 .................................................. 80
Figura 58: Desplacamento de azulejos na sala 11 do bloco pedagógico Ⅰ ...................... 81
Figura 59: Desplacamento de azulejos na sala 12 do bloco pedagógico Ⅰ ...................... 81
Figura 60: Presença de árvore como uma manifestação patológica no local ................. 83
Figura 61: Presença de árvore no estacionamento do bloco administrativo ................... 83
Figura 62: Presença de árvore no pátio do bloco administrativo .................................... 84
Figura 63: Presença de árvore no pátio do bloco administrativo .................................... 84
Figura 64: Ilustração das etapas de reparação localizada em estrutura de concreto
armado ............................................................................................................................ 88
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Manifestações patológicas destacadas nas edificações por elemento


construtivo ...................................................................................................................... 46
Tabela 2: levantamento do sistema construtivo com sua localização e possíveis causas85
Tabela 3: levantamento do tipo de patologia e sua alternativa de intervenção............... 93
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS OU SIMBOLOS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Ead – Ensino a Distância

IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia

NBR – Norma Brasileira


Sumário
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 16
1.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 17
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................ 17
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 17
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 17
2.1.1 Desempenho da edificação ........................................................................... 18
2.1.2 Durabilidade da edificação .......................................................................... 19
2.1.3 Manutenção da edificação ........................................................................... 20
2.3.1 Patologia das estruturas de concreto armado ............................................ 23
2.3.2 Patologia das impermeabilizações............................................................... 27
2.3.3 Patologia dos revestimentos ......................................................................... 30
2.3.4 Patologia das fundações ............................................................................... 32
2.3.5 Patologia das alvenarias ............................................................................... 36
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 39
3.1 INSPEÇÃO ..................................................................................................... 42
3.1.1 Parte 1 ............................................................................................................ 42
3.1.2 Parte 2 ............................................................................................................ 43
3.1.3 Parte 3 ............................................................................................................ 43
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 44
4.2 DIAGNÓSTICO .................................................................................................. 46
4.2.1 Lajes de concreto armado ............................................................................ 47
4.2.2 Revestimento com argamassa...................................................................... 50
4.2.3 Bolor e mofo .................................................................................................. 57
4.2.4 Pintura ........................................................................................................... 65
4.2.5 Esquadrias ..................................................................................................... 73
4.2.6 Azulejos ......................................................................................................... 76
4.2.7 Raízes ............................................................................................................. 82
4.3 INTERVENÇÃO E PLANO DE MANUTENÇÃO ......................................... 85
5 CONCLUSÃO........................................................................................................ 95
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 96
16

1 INTRODUÇÃO

Milititsky et al. (2015),, diante uma série de eventos que tomaram como referência
de obras nacionais e internacionais, afirmam que diante o aparecimento dessas patologias
um mau desempenho de fundações em obras se torna inevitável o estudo de caso dessas
problemáticas, assim sendo necessária uma análise das várias etapas da vida de uma
fundação com o intuito de evitar a ocorrência dessas manifestações indesejadas.

A ocorrência de patologias em obras civis têm sido observada e reportada com


frequência tanto na prática nacional como internacional. Alguns casos
clássicos, como o da Torre de Pisa e o da Cidade do México, fizeram a fama
de determinados monumentos e locais, tendo sido extensivamente estudados e
apresentados em publicações de divulgação e técnicas (Milititsky; Consoli;
Schnaid, 2015, p.10)

Além das problemáticas que envolvem a estrutura pelo desenvolvimento dessas


manifestações patológicas, o risco de integridade e segurança do usuário pode ser afetado
e causar insegurança em sua utilização. Assim como Milititsky et al. (2015), destaca sobre
essas causalidades, o aparecimento de bolor e mofo pode impactar muito a estética da
edificação e pode provocarrinite fúngica dentre outros problemas de saúde, agravando
ainda mais por conta dessas ocorrências.
De acordo com a NBR 13752 da ABNT o conceito denominado de vistoria é uma
constatação dos fatos, decorrente a exames, circunstâncias ou descrições minuciosas dos
elementos que constituem o analisado, sendo assim é uma constatação técnica formal que
pode ser utilizada como base de documentação de uma edificação mediante a uma
verificação “in loco” de forma criteriosa.
Espera-se que vistorias, avaliações e diagnósticos dos diversos tipos de patologias
da construção com periodicidade ocorram, a fim de garantir segurança com manutenções
que cumpram efetivamente a reabilitação da estrutura afetada (GRANATO, 2002). Para
Pedro et al. (2002), quando essas medidas de preservação não são atendidas, existe uma
maneira generalizada de classificar as patologias em função da etapa de origem, seja em
projeto, durante a execução, na utilização da obra ou por algum evento acidental.
Para Miotto (2010), alguns desses problemas se apresentam de forma clara, o que
facilita identificação e restauração imediata. As patologias podem ser agrupadas de
acordo com os mecanismos de atuação, como fissuras, corrosão de estruturas metálicas e
de armaduras de concreto armado.
17

1.1 OBJETIVO GERAL

O trabalho em questão é um estudo de caso que tem como principal objetivo fazer
uma análise no bloco administrativo e no bloco pedagógico Ⅰ no Instituto Federal Goiano
campus de Rio Verde, Goiás para identificar, contextualizar, diagnosticar as
manifestações patológicas e auxiliar na busca das medidas preventivas ou reparadoras
que foram encontradas nestas construções através de cunho de pesquisa com
embasamento teórico fundamentado como em normas técnicas e material bibliográfico.

1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

• Analisar por meio de fotografias, descrever e contextualizar as


manifestações patológicas que ocorrerem no bloco administrativo e no bloco pedagógico
Ⅰ campus Rio Verde.
• Apresentar formas de corrigir, amenizar e auxiliar no combate de novas
manifestações patológicas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Mostrar conhecimento sobre as manifestações patológicas de modo a evitar que


as problemáticas envolvidas não mais ocorram, remediação de contratempos após a obra
acabada, e preparar a instituição a atuar nos problemas que podem ser gerados pelas
manifestações patológicas em seu campus, assim estimulando a planejar um plano de
manutenção a estas de forma preventiva ou mitigadora.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ENGENHARIA DIAGNÓSTICA EM EDIFICAÇÕES

De acordo com GOMIDE e col. (2009), a engenharia diagnóstica é a arte de


desenvolver ações pró-ativas, por meio de análise, pesquisa, reconhecimento,
diagnósticos, prognósticos e prescrições técnicas com o principal objetivo de aumentar a
qualidade total da edificação, por meio de ferramentas diagnósticas. O profissional que
18

fica responsável por executar esse tipo de especialidade é capaz de fazer vistorias e
inspeções generalizadas e específicas dentro de edificações, auditoria, perícia e
consultoria, aplicadas seguindo normalizações mundiais ou brasileiras, podendo
enquadrar nas áreas de procedimento, desempenho, especificações, ensaios, terminologia,
padronização, simbologia e classificação.

As normas internacionais visam a criar uma linguagem técnica compreensível


independentemente da língua, padronizando as etapas ou características
técnicas das atividades produtivas em todo o mundo.
As normas regionais objetivam unificar os procedimentos das atividades
produtivas de uma determinada região do mundo, formada por países ou
agrupando unidades continentais, a exemplo da Europa, América Latina e
Ásia.
As Normas nacionais visam a atender às necessidades das atividades
produtivas voltadas exclusivamente para os mercados nacionais. técnicas
(Gomide; Neto; Gullo, 2009, p.22-23).

As principais normas que devem ser seguidas para o acesso adequado de


diagnósticos e que facilita no desenvolvimento do trabalho de engenheiros dentro da
engenharia diagnóstica são as da NBR 15.575 e tantas outras da ABNT e IBAPE
(GOMIDE e col., 2009).

2.1.1 Desempenho da edificação

A produção de edifícios sempre acarreta conceitos de desenvolvimento que


variam no decorrer do tempo em que esta foi instaurada.
A qualidade de uma edificação fica dependente de diversos fatores que acabam
estimulando e desenvolvendo o quanto ela continuará apresentando os mesmos quesitos
nos quais elas foram construídas, diante as normas técnicas, os fatores de
responsabilidade são importantes para que o profissional responsável tenha capacidade
de seguir as recomendações, segundo a norma técnica NBR 15.575 (ABNT, 2013) cabe
ao interessado solicitar aos profissionais os devidos serviços e que estes provem as
informações necessárias para descrever se há ou não riscos no processo final do contrato,
ou seja, pode-se citar a presença de aterro sanitário na área edificável do lote, todas as
responsabilidades depois que forem entregues ao responsável, serão qualificadas ao
profissional (THOMAZ, 1989).
19

Assim como descrito por Cremonini:

[…] o conceito de desempenho é antes de tudo o processo de pensar e trabalha


em termos de fins ao invés de meios, o que não significa que os meios são
desconsiderados, mas que sua consideração ocorre através dos fins alcançados
(CREMONINI, 1988, p. 18).

No que diz respeito ao desempenho que uma edificação pode apresentar, pode ser
destacado que devido a diversos fatores, assim como dito por DOCARMO (2003),
geralmente uma má administração e manutenção das áreas que são usadas, como o uso
inapropriado com outros objetivos no qual foi projetado, além da falta de medidas
reparadoras para evitar riscos na edificação trazem uma queda considerável no
desempenho da estrutura.
O desempenho de uma estrutura baseada em THOMAZ (1989), é variável e
tomado referente a fatores da região, do local instaurado, dos usuários que utilizam a
edificação e pode variar ainda mais se considerado fatores de exposição dos sistemas
construtivos e das condições em que as etapas de execução, reparação e manutenção
foram feitas. Os fatores externos acabam influenciando o desempenho da edificação, mas
os fatores internos referentes a própria estrutura e cargas gravitacionais, ações resultantes
de ocupação, materiais entre outros fatores exercem uma mudança nessa estabilidade
descrita.

2.1.2 Durabilidade da edificação

Durabilidade é um conceito que se destaca a um conjunto de procedimentos


adotados a uma edificação e se estende desde o planejamento até o resto da vida útil da
estrutura, contemplando todos os sistemas construtivos e garantindo parâmetros que
devem satisfazer tudo o que esperado dessa construção (SOUZA, 1998).
O aparecimento de problemas em edificação acaba acontecendo eventualmente
por diversos fatores e junto ao desempenho, exercem uma mudança na vida útil da
edificação e que devem ser analisadas para evitar que impactem nessa a ponto de torna-
la insatisfatória para o uso. Ao tomar decisões para o caso da durabilidade das estruturas,
a manutenção se torna fundamental e sempre deve ser tomada com o intuito de respeitar
as normas técnicas, os fatores econômicos disponíveis e os impactos ambientais.
(SOUZA, 1998).
20

O período esperado de uso da edificação acaba sendo outro fator importante para
destacar a vida útil de edificações e se torna fundamental analisar o potencial de cumprir
as funções no qual estas foram feitas, desempenhando um papel de igual valor ou inferior
aquele construído com o passar do tempo, sempre levando em considerações todas as
medidas que antes foram citadas para evitar causalidades. As perdas oriundas da
utilização da estrutura devem ser descritas pelo profissional responsável e seguidas
cautelosamente para recuperar de forma parcial a perda gradativa na estrutura, fazendo
com que a durabilidade seja a capacidade da edificação de exercer as mesmas
características que nos quais ela foi construída no decorrer do tempo, sob a ação de
manutenção e reparação previamente estabelecida. (CBIC, 2013).

2.1.3 Manutenção da edificação

Sendo o último critério de atividades geralmente necessárias para atuação da


engenharia diagnostica, a manutenção são formativas que garantem o desempenho
adequado atendendo as características de satisfação do usuário naquela edificação, com a
intenção de aumentar a durabilidade da estrutura ao melhor custo adequado possível,
variando as características disponível do solicitante e do local. Assim como dito por
SOUZA (1998), esta é um dos mais importantes processos de uma edificação, sendo
fundamental ser analisado desde o planejamento, depois execução e mesmo depois
finalizada, já que nesta descreverá as próximas etapas que serão responsáveis em
continuar com as necessidades da edificação.

Cremonini destaca que:

[…] as edificações são constituídas por diversos tipos de materiais e


componentes, os quais sofrem um processo de degradação quando em contato
com o meio. Este processo leva a uma perda de desempenho da edificação até
que se atinja um nível mínimo, a partir do qual se caracteriza um defeito […]
o processo de degradação de um componente pode ser estimado através de
curvas de desempenho no tempo. O conhecimento destas curvas permite fazer
uma programação de atividades e desenvolver sistemas de manutenção
(CREMONINI, 1988, p. 23-24).

O Processo de manutenção pode ocorrer de diversas formas durante execução de


etapas fundamentais como, inspeção do local e dos sistemas construtivos, reparação de
componentes que não exercem mais sua função de maneira adequada, retificação de
21

laudos técnicos, plano de reforma entre outros mecanismos que podem auxiliar com a
busca dos níveis de qualidade que inicialmente a edificação apresentava (CBIC, 2013).
Embora a falta de manutenção, como anteriormente dita é algo relativo, não deve
ser a causa única das manifestações patológicas na construção, seja por falta desmazelo
do responsável pela edificação ou de má conduta na execução, essas causalidades se
desenvolvem diante a uma soma de fatores que influenciam no aparecimento de erros que
antes não deveriam acontecer(CBIC, 2013).

2.2 FALHAS CONSTRUTIVAS

No decorrer da execução e no plano de manutenção de um edifício existem


diversos casos de patologia em diferentes fases que podem acontecer, fazendo com que
essa variedade de situações possa ser estudada.
Os fatores que acabam evidenciando o aparecimento dessas causalidades podem
ser oriundos de fatores externos, internos, erros humanos, durante o processo construtivo
e decorrente dos materiais (CREMONINI, 1988). Essas podem ser divididas em
congênitas, que acabam sendo das falhas de planejamento, construtivas oriundas da fase
de execução e as de uso que ocorre no momento do plano de manutenção ineficaz ou uso
inadequado do local, descritas a seguir:

• Falha de planejamento

Essas são as quais por meio de uma falha no procedimento e especificações


inadequados do plano de manutenção, sem aderência a questão técnica empregada nos
casos, no uso, nas operações na instalação e na confiabilidade do serviço, há falhas
pertinentes.

• Falha de execução

Associada à manutenção proveniente de falhas, as falhas oriundas da execução se


mostram mais presente na forma inadequada de procedimentos e atividades no plano de
manutenção, incluindo os materiais que acabam evidenciando essas etapas nos sistemas
construtivos.
22

• Falha de uso

Esta se reflete a uma má administração e controle de qualidade dos registros,


rondas e atividades pertinentes referentes a aquela edificação com o uso inadequado e
manutenção ineficaz.

2.3 TIPOS DE PATOLOGIA EM EDIFICAÇÕES

Decorrente a uma variedade de manifestações patológicas, o fenômeno para


conseguir solucionar o caso geralmente vem acompanhado em entender qual a origem do
problema que aquele sistema construtivo apresenta, relacionando as possíveis causas e
efeitos que geram as manifestações.
As falhas construtivas são oriundas de etapas que foram completas sem a
realização de um procedimento que averiguasse a total integridade do sistema em que ela
está situada, podendo ser geradas por apenas uma ou diversas combinações de
procedimentos errôneos. Os principais pontos a serem destacados que são responsáveis
para a geração dessas manifestações patológicas, de acordo com HELENE(2003) são:
planejamento, projeto, fabricação das matérias primas, execução e uso, mas dessas,
algumas são mais presentes e quando o surgimento de patologias é abordado, na maioria
das vezes as fases de execução, controle de materiais e uso são as principais.
De acordo com ZUCHETTI, 2015 apud VITÓRIO (2003) a presença de fissuras
na estrutura é um dos tipos de manifestações patológicas que são mais comuns e chamam
mais atenção por terem um impacto visual e psicológico, podendo dar insegurança diante
a estrutura, além de desconforto ao usuário pela falta de integridade que a estrutura
apresenta. A razão da formação dessa manifestação patológica podem ter diversos
motivos, podendo ser pela dilatação do concreto, tempo de cura inadequado, retração e
construção diante o meio em que está situado, fatores químicos e físicos, além de falha
na capacidade de suportar cargas, podendo sobrecarregar a edificação, seja ela por tração
ou compressa.
Há também fatores regionais que são determinantes de cada região e que
influenciam na maneira de prevenir as manifestações patológicas, já que por meio de uma
característica da localidade as causalidades podem ocorrer de maneira muito mais atuante
do que a de outras regiões. Citações de Dal Molin, afirmam que em regiões mais ao sul
do Brasil, necessitam de projetos hidrossanitários mais específicos, além de estruturas de
23

vedação mais resistentes diante as temperaturas mais baixas comuns nas temporadas mais
frias, tornando este fator fundamental para a mensuração de dados dos fatores que podem
modificar a estrutura de uma edificação.
Assim como citado anteriormente a região Sul, a costa brasileira tem efeitos mais
fortes da maresia e muitas cidades têm planos de exigência e manutenção de suas
edificações para forçar uma atitude que estimule o combate a essas manifestações
patológicas que acabam aparecendo se má administradas. Agentes agressivos de alta
intensidade são presentes nessas regiões e de acordo com DAL MOLIN (1988) estão
diretamente relacionados com as condições climáticas e variáveis sazonais da região.

2.3.1 Patologia das estruturas de concreto armado

Na estrutura de edificações a utilização de concreto armado tem grande influência


e é uma das principais razões que permitem que estas consigam ser integras e tenham um
nível de satisfação e desempenho da estrutura mantido por muitos anos, já que o cuidado
é mínimo e dispensa manutenção caso todas as etapas sejam feitas de maneira adequada
e continue seguindo os padrões recomendado no planejamento da estrutura, mas de
acordo com HELENE(2003) os conceitos que antes eram aplicados a este sistema
construtivo devem ser revisados, já que os problemas com manifestações patológicas está
cada vez mais se tornando digno de atenção para evitar essas causalidades.

Lapa afirma que:

Os processos principais que causam a deterioração do concreto podem ser


agrupados, de acordo com sua natureza, em mecânicos, físicos, químicos,
biológicos e eletromagnéticos […] os processos de degradação alteram a
capacidade de o material desempenhar as suas funções, e nem sempre se
manifestam visualmente. Os três principais sintomas que podem surgir
isoladamente ou simultaneamente são: a fissuração, o destacamento e a
desagregação (ZUCHETTI, 2015 apud LAPA, 2008, p. 9).

A combinação destes fatores faz com que os componentes estruturais se


desgastem ao longo do tempo, tais processos de degradação dependem do meio no qual
o concreto armado está inserido (ZUCHETTI, 2015 apud LAPA, 2008).
Outro fator que evidencia as manifestações patológicas nesse sistema construtivo
é o de sobrecargas previstas por projeto ou as que não foram, nas quais acabam gerando
trincas em estruturas de concreto armado.
24

O desenvolvimento de fissuras na estrutura causa uma redistribuição de tensões


ao longo da edificação, podendo até causar uma influência em elementos estruturais
vizinhos, já que acabam absorvendo parte das sobrecargas que estas emitem. Embora
visualmente essas trincas possam parecer que a construção possa não suportar os esforços
solicitantes, essas possam indicar que a manutenção do concreto armado deve ser feita,
ou seja, elas podem avisar que algo de errado está acontecendo e pode ser mediado para
evitar dando mais severos. (THOMAZ, 1989).

Como dito por Thomaz:

A atuação de sobrecargas pode produzir a fissuração de componentes


estruturais, tais como pilares, vigas e paredes. Estas sobrecargas atuantes
podem ter sido consideradas no projeto estrutural, caso em que a falha decorre
da execução da peça ou do próprio cálculo estrutural, como pode também estar
ocorrendo a solicitação da peça por uma sobrecarga superior à prevista.
(THOMAZ, 1889, p. 45).

Como dito por CUNHA (2011), o aparecimento de fissuras é um indício que as


estruturas de concreto armado não estão suportando as cargas que estão sendo fornecidas
para elas. O rompimento imediato da estrutura deve ser evitado e para isso deve ser feito
uma viga resistente a flexão, com o concreto já fissurado, fazendo com que a integridade
possa se manter e respeitar as novas cargas que estão sendo feitas na estrutura.
Devido à alta complexidade que os problemas estruturais envolvendo essas
manifestações patológicas exigem dos profissionais a verificação de dados e quadro de
fissuração deve ser feita de maneira criteriosa para definir a conduta necessária para
aquela fissura, Vitório (2003) afirma que as patologias nas estruturas de concreto podem
se manifestar a uma possibilidade do profissional experiente de analisar o caso, as
possíveis causas as formas de solução, bem como as prováveis consequências, sendo:

• […] Um dos sintomas mais comuns é o aparecimento de fissuras, trincas,


rachaduras e fendas.
• […] Fissura é uma abertura em forma de linha que aparece nas superfícies de
qualquer material sólido, proveniente da ruptura sutil de parte de sua massa, com
espessura de até 0,5 mm […]
25

• […] Trinca é uma abertura em forma de linha que aparece na superfície de


qualquer material sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa,
com espessura de 0,5 mm a 1,00 mm […]
• […] Rachadura é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer
material sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver”
através dela e cuja espessura varia de 1,00 mm até 1,5 mm […]
• […] Fenda é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer
material sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa, com espessura
superior a 1,5 mm (VITÓRIO, 2003, p. 25).

Como descreve a norma técnica ABNT NBR 6118/2014 – Projeto de estruturas


de concreto – Procedimento, o estado limite de abertura de fissuras, o limite de tensão
atinge quando tração máxima na seção transversal for igual à resistência de tração do
concreto na flexão (CUNHA, 2011).
O erro na fase de planejamento é algo relativamente comum quando se planeja
um projeto estrutural, quando feito por um profissional inexperiente e que por conta de
um inadequado sistema de cálculos faz com que as dimensões não sejam adequadas e
pode gerar a sobrecarga como foi dito. A falta de conhecimento ou a inexperiência pode
gerar decisões errôneas e sem ler as normas técnicas ou especificações em manuais de
uso e manutenção, pode induzir o surgimento de manifestações patológicas nas estruturas
(DO CARMO, 2003).
Assim como descrito por THOMAZ (1989), o dimensionamento adequado para
os componentes de um concreto armado foram criados a partir de teorias para determinar
espaçamentos adequados dos componentes de para suportar as cargas de flexão ou tração
pura. A teoria, desenvolvida, tende a sistematizar formas de apresentar um desempenho
adequado, facilitando o momento de manutenção do sistema construtivo quando
necessário, sem comprometer o desempenho da estrutura de concreto dimensionada para
a edificação durante a fase de planejamento.
Diante as diversas condições que geram as manifestações patológicas podendo
ser considerado o peso próprio, sobrecargas, ação do vento entre outras, de acordo com a
norma técnica NBR 15575 (ABNT, 2013) a durabilidade da estrutura deve seguir os
requisitos:
26

• Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;


• Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras
solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do
projeto;
• Não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de
quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal requisito atendido caso as
deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta norma;
• Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedações e
acabamentos;
• Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, tais como portas e
janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face das
deformações dos elementos estruturais (CBIC, 2013).

As variações de temperatura, podendo ser sazonais ou momentâneas, provocam


uma dilatação na estrutura do concreto armado, tendo uma diferença entre a parte mais
externa que é suscetível aos fatores externos de interferência se ajustando
momentaneamente com a situação em que se encontra e a parte mais interna da estrutura
que é influenciada em menor escala. As diferenças de temperatura nessas áreas dentro do
concreto armado podem causar destacamento de fissuras de menor impacto graças aos
choques térmicos, trazendo riscos à estabilidade da estrutura, podendo se agravar sem
uma manutenção (ZUCHETTI, 2015 apud LAPA, 2008).

Segundo Thomaz:

Todos os materiais empregados nas construções estão sujeitos a dilatações com


o aumento da temperatura, e a retrações com a sua diminuição. A intensidade
desta variação dimensional, para uma dada variação de temperatura, varia de
material para material […] a amplitude e a taxa de variação da temperatura de
um componente exposto à radiação solar dependem de diversos fatores
(THOMAZ, 1989, p. 20).

Dependendo da intensidade dos danos que podem ser causados no decorrer da


variação de temperatura e dos choques térmicos de épocas que a temperatura varia de
forma mais extremas, evidenciam que essas falhas possam estimular a busca de
profissionais responsáveis que apresentem planos de manutenção e verificar o cálculo de
estrutura do projeto estrutural.
27

O estudo de caso permite que seja analisado a geometria dos elementos, espessura,
dimensionamento e posição da armadura nas peças de concreto, além de saber as
possíveis manutenções já feitas com as tentativas de evitar essas falhas. Os ensaios
laboratoriais com equipamentos apropriados podem ser utilizados para dar mais certeza
e veracidade no estudo, podendo ser ensaios não destrutivos, como uso de pacômetro,
esclerómetro e ultrassom, assim como, os destrutivos, como corpo de prova, extração de
amostras e ensaios de carbonatação, (ZUCHETTI, 2015 apud SANTUCCI, 2015).

2.3.2 Patologia das impermeabilizações

As manifestações patológicas decorrentes da umidade em excesso em edificações


e um caso de extrema importância a ser debatido por apresentarem diversas atuações e
formas de solucionar as causalidades. A complexidade e a falta de pesquisas nessa área
influenciam a forma de agir e depende muito da capacidade e experiência do profissional
de resolver o problema. Mesmos com grande impacto na estrutura, os fatores que
envolvem a falta de interesse para a busca de outras soluções na área, são os altos
investimentos, diversas análises e testes, ensaios no, local e em laboratórios, simulação
de fatores em escala real e entre outros (GNIPPER; MIKALDO JR, 2007).
A umidade nas edificações, trazem um desconforto físico e psicológico aos
usuários da edificação, além de causar danos aos sistemas construtivos e a seus
componentes presentes, deixando custos onerosos aos responsáveis e podendo ter a
necessidade de manutenção ou reparação completa das áreas afetadas. A variedade das
situações que podem ocorrer devido ao excesso de umidade em uma estrutura é muito
relativa e essas falhas podem se adotar a fases de planejamento, execução e de uso.
Embora, está sendo mais comuns os aparecimentos de falhas do sistema de
impermeabilização as manutenções preventivas se tornaram mais presentes enquanto
outras áreas recebam mais atenção como a parte das estruturas e instalações
hidrossanitários e elétricas (SOUZA, 1998).
De acordo com Souza, “os defeitos e falhas decorrentes da impermeabilização na
construção civil, são ocasionados pela penetração de água nos componentes do edifício
ou devido à formação de manchas de umidade e bolor” (SOUZA, 1998, p. 08).
As principais consequências que podem ser tratadas quando é retratado a uma
umidade excessiva na construção civil são:
28

• Prejuízos na estrutura da edificação;


• Desconforto dos físicos e psicológico aos usuários, que ficam com
desconforto na presença das manifestações patológicas e afetar a saúde dos moradores;
• Obstrução de bens dentro das edificações;
• Custos de manutenção no geral que acabam levando a outros gastos
construtivos.

A presença de umidade em excesso acaba sendo uma consideração relevante, já


que ela pode atingir paredes, fachadas, pisos, lajes, concreto armado e estruturas de
cobertura podendo reduzir a durabilidade da construção. A atuação dessa nos sistemas
construtivos acaba por ser um fator de risco, já que através dela as manifestações
patológicas ocorram de maneira mais expressiva e permite que haja um desenvolvimento
mais acelerado dessas causalidades.

Segundo Souza,

A umidade não é apenas uma causa de patologias, ela age também como um
meio necessário para que grande parte das patologias em construções ocorra.
Ela é fator essencial para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo,
bolores, perda de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes estruturais.
(SOUZA, 1998, p. 8)

Diante a uma grande variedade de atuação nos diversos tipos de sistemas


construtivos nas edificações, de acordo com DO CARMO (2003), as manifestações
patológicas acabam atingindo diferentes tipos, podendo:

• Agir como agente químico em diversos componentes;


• Degradar concreto;
• Degradar forros;
• Degradar pinturas;
• Degradar gesso;
• Degradar a argamassa;
• Degradar blocos cerâmicos;
• Estimular o desenvolvimento de plantas.
29

De acordo com SOUZA (1998) as principais formas nas quais o excesso de água
pode ser encontrado nas edificações podem ser as seguintes:

• Chuva;
• Vazamento de rede hidráulico da própria edificação ou vizinhas;
• Capilaridade;
• Umidade ascendente;
• Acumulo indevido.

Das principais formas que a água encontra de causar as manifestações patológicas,


cada uma possui formas de combater o surgimento dessas, sendo de maneiras
premeditadas ou por meio de restauração de componentes na edificação.
Em relação as chuvas que são uma das principais causas de surgimento de
manifestações patológicas, podem ser feitas manutenções nos sistemas de cobertura, com
o intuito de evitar a infiltração e garantir a estanqueidade da estrutura. Considerar as
épocas que a incidência de chuvas torrenciais é mais frequente torna a manutenção
sazonal da estrutura mais fácil de administrar (SOUZA, 1998).
O vazamento de rede hidrossanitário dentro de edificações, pode ocorrer por
diversos motivos, sendo a incompatibilidade de projetos uma muito relativa, como
descrita por MIKALDO JR (2007), durante as fases do projeto e por falta de
compatibilidade dos outros componentes que ficam na estrutura geram desorganização
na elaboração e pode acarretar futuros problemas na edificação. Assim, evitar que essas
diferenças de projetos e demais componentes ocorra, pode favorecer a manutenção caso
necessária e prevenir durante a etapa de execução das edificações que haja mais
problemáticas
A precipitação, pode ser resolvida com manutenções e limpezas periódicas ou
sazonais com o intuito de evitar o acumulo de água acumulada na edificação, assim como
dito por SOUZA (1998). A ação de agentes impermeabilizantes pode servir de ajuda para
escoar de maneira eficiente as águas das chuvas e direcionar a um sistema de drenagem
adequado que tenha a capacidade de atender o fluxo da estrutura
A concepção e manutenção de componentes do sistema hidráulico e de captação
de água, como calhas, condutores, tubos, válvulas, conexões, registros, reservatórios,
30

bombas, tanques, canaletas, bocas de lobo, entre diversos aparelhos podem ser medidas
de controle a serem fundamentados nos sistemas construtivos da edificação para evitar
que haja problemas.
A presença de manchas, goteiras e agentes biológicos na estrutura podem ser
indicativos de acumulo indevido de água, oriundos de diversos fatores como sistemas
hidráulicos prediais com vazamento, limpeza ineficiente e excesso de água dentro de
locais que não deveriam estar tão expostos a umidade. A melhor forma de evitar esse tipo
de causalidade, é a de identificar a origem do problema e de maneira eficiente aplicar uma
solução para que esse tipo de problema não ocorra, sendo comum tomar atitudes desses
tipos de manifestação patológica através de uma inspeção visual por toda a construção
(GNIPPER; MIKALDO JR, 2007).

Segundo Do Carmo:

A prevenção é a melhor estratégia para que a construção apresente


desempenho satisfatório durante sua vida útil. Assim torna-se
necessário especificar os sistemas de impermeabilização
adequados para cada componente, verificar as propriedades dos
materiais e fiscalizar a execução dos trabalhos (DO CARMO,
2003, p. 56).

2.3.3 Patologia dos revestimentos

O revestimento de argamassa é uma proteção fundamental para a estrutura e pode


ser visto como uma superfície porosa, normalmente uniforme que acaba de apresentar
características de isolamento acústico, isolamento térmico e contribui em sua totalidade
com a estanqueidade do componente aderido nela. De acordo com o manual de
revestimento de argamassas, suas principais funções são as de proteger a base em que
este está aderida, evitando agentes agressivos, podendo ser físico ou químicos, além de
ser um acabamento que pode resultar a uma harmonização do ambiente proporcionando
o bem-estar físico e psicológico aos usuários que utilizam a edificação (CEOTTO et
al.,2002).
A utilização de revestimentos de argamassa tem deve causar melhorias no aspecto
estético da edificação e melhoria da higiene dos ambientes, as execuções são feitas em
etapas que devem ser seguidas e existem normas para sugerir a forma de aplicar e gerir
31

as determinadas etapas, mas mesmo com todas as exigências os problemas patológicos


ainda podem acontecer e independem do ambiente em que estejam, podendo ser as de
revestimentos externo ou interno. Embora essas causalidades não ofereçam problemas na
estrutural da edificação, estas causam grande insatisfação dos usuários, a desconforto
visual que é gerado para aqueles que estão usam o ambiente é desagradável e podem ser
considerados insalubres (DO CARMO, 2003).
Assim como é previsto pelas normas técnicas ABNT NBR 7200/1998 – Execução
de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento e NBR
13749/2013 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificações
recomendações decorrentes ao revestimento de argamassas nas edificações podem ser
seguidas e executadas em etapas para evitar que haja manifestações patológicas. Essas
causalidades podem ocorrer de forma única e simultânea graças a fatores como:

• Composição dos materiais utilizados na argamassa;


• Traço cálculo de forma errônea;
• Estocagem inadequada;
• Falta de técnica envolvida no procedimento de execução;
• Desrespeito das etapas recomendadas durante a execução.

As manifestações patológicas que são vinculadas ao revestimento geralmente são


causadas por uma umidade em excesso que pode estar contida na própria argamassa, nos
tijolos, em vazamentos em tubulações e vindas do sistema de impermeabilização, que
como ditas anteriormente não evoluíram e geralmente devem passar por manutenção. A
desagregação da argamassa e descolamentos desta, causadas por erros de execução,
podem ser causadas derivadas da presença da umidade causa também, assim como a
saponificação, eflorescência, bolhas e descascamento, nas quais em algum momento das
etapas de execução sofreram por terem suas etapas feitas de maneira incorreta (DO
CARMO, 2003).

Segundo Resende, Barros e Medeiros:


32

[…] fatores de degradação, são quaisquer fatores externos que afetam de


maneira desfavorável o desempenho de um edifício, de seus subsistemas ou
componentes. […] esses fatores podem ser separados em cinco diferentes
naturezas: fatores atmosféricos, biológicos, de carga, de incompatibilidade e
de uso (ZUCHETTI, 2015 apud RESENDE, BARROS E MEDEIROS, 2001,
p. 2).

A propagação de fissuras pode estar relacionada esses fatores de forma individual


ou simultânea. As principais manifestações patológicas que podem ser destacadas de
acordo com DO CARMO (2003) em relação aos revestimentos são:

• Fissuras localizadas e distribuídas;


• Descolamento de partes do revestimento do componente;
• Falta de chapisco;
• Excesso de umidade;
• Espessura do revestimento fora do padrão recomendado.

Desenvolvendo a solução desse tipo de manifestação patológica, pode se investir


em um projeto que atenda especificamente a área de revestimento de uma construção, que
venha a especificar os materiais utilizados e a razão da incorporação deles, assim como
sua forma de execução e as normas seguidas, com o intuito de deixar evidente os fatores
importantes que levaram aquela escolha. Aumentar a durabilidade com um plano de
manutenção garante a qualidade do revestimento da estrutura e permite desenvolver
métodos para suprir a necessidade de pintura, assim como evitar o descolamento,
manchas de umidade, fungos, bolor, assim como deveras manifestações patológicas que
podem ser empregadas ao revestimento (ZUCHETTI, 2015 apud RESENDE, BARROS
E MEDEIROS, 2001).

2.3.4 Patologia das fundações

A fundação é uma estrutura que permite distribuir as cargas da estrutura para o


solo e é de fundamental importância para a estabilidade da edificação e sua vida útil. As
diversas formas de desenvolver uma fundação permite que está seja versátil e que é de
responsabilidade do profissional experiente para manter a integridade estrutural e bem-
estar dos usuários. Dito por MARCELLI (2007), na parte de execução sem sondagens de
33

reconhecimento para a instalação de uma edificação, pode acarretar problemas na


execução das fundações gerando vários transtornos.
A análise do solo por meio de equipamentos topográficos proporciona uma maior
segurança para a execução de uma fundação que traga os devidos benefícios esperados,
já que esta é uma etapa fundamental da edificação. A aplicação dessa investigação para a
escolha das fundações, tem como objetivo gerar segurança para o profissional responsável
que descreverá e participar da execução dessa fundação, além da durabilidade da
edificação e os níveis de desempenho aceitáveis (MARCELLI, 2007).
Através dos ensaios realizados, dados são obtidos da composição do solo e de suas
particularidades, permitindo a utilização de hipóteses, alternativas de fundação, cálculos
de dimensionamento e planejamento de execução adequado para evitar o
desenvolvimento de manifestações patológicas (THOMAZ, 1989).

Thomaz Destaca que:

Os solos são constituídos basicamente por partículas sólidas, entremeadas por


água, ar e não raras vezes material orgânico. Sob efeito de cargas externas
todos os solos, em maior ou menor proporção se deformam. No caso em que
estas deformações sejam diferenciadas ao longo do plano das fundações de
uma obra, tensões de grande intensidade serão produzidas na estrutura da
mesma, podendo gerar aparecimento de trincas (THOMAZ, 1989, p. 83).

DO CARMO (2003), cita que existem diversas causas que podem originar as
manifestações patológicas em uma edificação sendo essas:

• Falta de dados suficiente do solo;


• Análise inadequada de dados coletados pelos ensaios geotécnicos;
• Dados reais errôneos dos valores dos esforços estrutura;
• Tensão admissível do solo feita de maneira inadequada;
• Modelos matemáticos desatualizados para cálculo de fundações;
• Mão de obra ineficiente;
• Falhas na execução;
• Sequência construtiva inadequada;
• Influências externas na região como escavações e deslizamentos, bulbos
de tensão e características do solo em geral;
• Ampliações de áreas, reformas, sobrepeso e acréscimo de pavimento.
34

Dentre as principais causas de manifestações patológicas, de acordo com


MARCELLI (2007) é a da falta de experiência e execução inadequada da escolha de
fundação para a edificação, fazendo com que esta fique mais suscetível a falhas. As obras
de grande porte podem ser ainda mais impactadas, já que a movimentação técnica e
econômica é ainda maior, mobilizando uma grande atenção para essa etapa, sendo
necessária para manter o investimento que está sendo feito na edificação.
As obras que são de pequeno porte podem ser menos essenciais algumas etapas,
já que o investimento é menor, mas os principais erros nessas, podem ser os de
dimensionamento que acabam gerando falhas maiores na estrutura da edificação. Mesmos
com bastante falha dos profissionais, os recalques absolutos podem também exercer
grande participação das falhas construtivas das fundações, sendo necessário uma
competência do projeto de fundações do edifício (MARCELLI, 2007).
Fatores podem alterar o custo total na edificação e de acordo com o CBIC (2013),
os seguintes modificam, tanto quanto a familiarização de incorporadores, sendo:

• Mão de obra qualificada, sempre procurando antecedentes;


• Analise do histórico das edificações vizinhas;
• Histórico do lote;
• Ocorrência de matacões;
• Aterros sanitários;
• Verificar se há a necessidade de descontaminação ou retenção de alguns
locais.
Os recalques de fundações ocorre quando uma das partes da estrutura ou ela por
inteiro fica mais rebaixado do que quando foi planejada, fazendo com que haja a
incidência de fissuras e rachaduras podendo levar a uma distorção angular maior
colocando em risco a integridade da estrutura, as causas podem ser variadas e dependendo
de movimentos sísmicos, vibrações na região, componentes no solo e ação de agentes
químicos ou biológicos (DO CARMO, 2003).
De acordo com a norma técnica NBR 15575 (ABNT, 2013), esta explicita que
para a implementação de uma edificação com a área já definida, juntamente com os dados
e ensaios geomorfológicos deste local definido, os projetos devem ser desenvolvidos
35

prevendo os riscos de deslizamentos, vibrações na região, enchentes e erosões(CBIC,


2013).
Prescrito na norma técnica ABNT NBR 6122/2010 – Projeto e execução de
fundações, a necessidade de análises prévias do solo, junto a ensaios de campo e
laboratoriais, são de fundamental importância para o evitar as manifestações patológicas,
considerando que muitas são decorrentes de recalques da fundação no solo em que a
edificação está localizada (CBIC, 2013).
Ainda segundo Thomaz:“em fundações diretas a intensidade dos recalques
dependerá não só do tipo de solo, mas também do tipo de fundação executada”
(THOMAZ, 1989, p. 84).
A execução de uma fundação de forma ineficiente, de acordo com DO CARMO
(2003), pode proporcionar algumas falhas, sendo elas:

• Arquitetônicos, são aquelas que modificam a estrutura de forma estética,


sem causar comprometimento a estabilidade, mas causando ao usuário uma sensação
desagradável, como por exemplo, trincas e rachaduras expressivas na alvenaria e
acabamentos;

• Funcionais, são aquelas que afetam desempenho e funcionalidade da


edificação, interferindo na durabilidade e vida útil da estrutura, com a necessidade de
realizar um plano de manutenção ou reparação nas áreas afetadas;

• Durabilidade e desempenho da obra, são aquelas que interferem


diretamente na capacidade da estrutura podendo levar a danos elevados nesta, sendo
necessário um plano de ação imediato e que permita evitar o colapso total.

Independentemente da situação que se encontra a estrutura, no momento de


necessidade de fazer a manutenção é necessário agir com um plano que possa reforçar a
fundação da edificação para cessar os danos que podem seguir em diante. Por meio etapas
e procedimentos técnicas de manutenção e reparação de estrutura podem ser utilizadas,
sendo possível destacar, reforço com estaca mega, estaca escavada, injeção de calda de
cimento no solo, com sapatas, evitando o agravamento de recalque que já está
acontecendo ou que possa vir a acontecer (MARCELLI, 2007).
36

Conforme Marcelli:

[…] quando uma edificação apresenta problema de recalque é porque ela não
foi corretamente dimensionada ou mal-executada, resultando numa deficiência
na sua função de transmitir a carga dos pilares ao solo. […] Antes de projetar
um reforço, precisamos inicialmente seguir uma rotina de procedimentos
preliminares, como por exemplo, análise dos danos existentes na edificação,
medições da evolução das anomalias e dos recalques diferenciais, análise das
características geotécnicas do subsolo, definição da causa e do reforço de
fundações a ser adotado (MARCELLI, 2007, p.49).

A busca da solução oriunda de manifestações patológicas em fundações é uma


adequada ação decorrente aos recalques, parte importância a ser analisado, já que permite
um plano manutenção adequado para recuperar e reforçar as fundações e dos danos nos
quais a edificação enfrenta. Para fazer um diagnóstico e saber o a situação que o local se
encontra, primeiramente deve ser feito sondagens atualizadas da área de influência e
ensaios geotécnicos e instrumentar a com o objetivo de recorrer as melhores técnicas que
possam resolver a situação das causalidades no local (DO CARMO, 2003).
Ao fim das análises devem ser feitos reforços para renovar e aumentar assegurar
a fundação já construída, considerando que o custo para fazer esse tipo de solução é bem
alto dependendo da situação dos problemas nos quais a edificação se encontra, o estudo
deve ser meticuloso e com uma equipe e profissionais que possam verificar se a atuação
dessa intervenção tem seu custo-benefício e uma viabilidade econômica de
intervenção.(DO CARMO, 2003).

2.3.5 Patologia das alvenarias

As alvenarias são uma das etapas da construção de uma edificação na qual é


caracterizada por um conjunto de blocos, tijolos ou pedras assentadas, formando um
alicerce que é responsável por manter parte da integridade da estrutura, podendo sofrer
com parte das tensões direcionadas a esta. Sua composição pode ser oriunda de diversos
tipos de materiais e suas funções podem ser variadas, geralmente unidas com o auxílio de
uma argamassa ou outros elementos que permitem a ligação entre elas (DO CARMO,
2003).
37

Diante das manifestações patológicas nas alvenarias pode se destacar pelo tipo de
elemento que ela compõe, sendo a de vedação de acordo com DO CARMO (2003),
destacasse:

• Fissuras e rupturas podendo ser ativas ou passivas;


• Tensões excessivas;
• Deformações da estrutura;
• Ação do vento;
• Choque ou vibrações;
• Infiltração.

De acordo com SOUZA (1998), o concreto armado se tornou um elemento


fundamental para transferir as cargas para as fundações, permitindo que as alvenarias
tenham como principal função a de vedação, permitindo que estas sejam mais esbeltas e
menos resistentes a tração. Além disso, outros materiais foram sendo incorporados e os
pré-fabricados se tornaram populares pela sua ação imediata quando colocado na obra,
este e outros fatores como as juntas de dilatação, favoreceram para que a presença de
manifestações patológicas ocorresse de forma mais comum na construção.
Os diversos materiais modificam as formas de assentamento de argamassa, que
pode evidenciar diferentes manifestações patológicas quando são executadas de maneira
inadequada, além disso as forma da alvenaria afetam como a fissuração e a resistência
final de uma parede tem relacionada aos esforços axiais de compressão, podendo ser
citados como resistência mecânica dos sistemas construtivos interligados aos da alvenaria
e módulo de deformação longitudinal e transversal destes mesmos. (ZUCHETTI, 2015
apud RAMIRES, 2007).
A eflorescência é um tipo de manifestação patológica nas alvenarias que ocorrem
independente se forem alvenarias estruturais ou de vedação, nos quais compostos
químicos, mais especificamente metais alcalinos, acabam ficando na superfície das
alvenarias modificando a superfície destas podendo ser de forma mais agressiva e
desagregar a problemas a estrutura, mas pode ser corrigida com uma manutenção e
dependendo da gravidade uma reparação na estrutura deve resolvera situação sem
comprometer a edificação (ZUCHETTI, 2015 apud CORRÊA, 2010).
38

Como foi dito, o excesso de água estimula o desenvolvimento de diversos tipos


de manifestações patológicas e a presença de uma umidade nos blocos de alvenaria pode
gerar diversas causalidades podendo ser destacadas as:

• Manchas de umidade;
• Bolor;
• Fungos;
• Algas;
• Eflorescências;
• Descolamento;
• Desagregação;

A solução para esses tipos de manifestações patológicas é feita principalmente na


fase do projeto, já que nesta etapa podem ser feitas planos de manutenção em que é
possível analisar todos os componentes que podem ser atingidos por essas causalidades e
minimizar o efeito desse excesso de água nas edificações. Além disso, é possível orientar
os responsáveis que cuidarão da edificação com os locais em que possivelmente as
patologias podem ocorrer e como solucionar e atuar de forma técnica para diminuir a
intensidade delas. (ZUCHETTI, 2015 apud CORRÊA, 2010).

Taguchi discorre que:

As fissuras em alvenarias podem pronunciar-se de diferentes formas. Sendo


ortogonais à direção dos esforços de tração atuantes, manifestam-se em
paredes de alvenaria sob forma de fissuras de direção predominantemente
vertical, horizontal ou inclinada (TAGUCHI, 2010, p. 31).

As manifestações patológicas que acarretam as alvenarias podem ter diversas


formas de atuação e para isso também existem diversas formas de combater com um plano
de manutenção e reparação da estrutura caso necessário. As principais são citadas a seguir
de acordo com DO CARMO:

• Pintura e papel de parede e outros revestimentos de cobertura, para


encobrir as fissuras, descascamento e desgastes na alvenaria;
39

• Aplicação de produtos de revestimento específicos para o preenchimento


de os vazios deixados pelas fissuras
• Tela metálica, técnica de fixação de uma tela a fim de minimizar as
movimentações sobre a alvenaria;
• Selagem, utiliza compostos poliméricos preenchendo os vazios das
fissuras;
• Junta de controle, evita que as fissuras se desenvolvam novamente na área
que já foi afetada;
• Substituição de unidades danificadas, é um método que tem como objetivo
recompor as características previas de uma estrutura antes da causalidade afetar o
rendimento desta;
• Grauteamento, é um concreto fluido que permite preencher furos
enrijecendo a alvenaria;
• Grampos, para reforçar a alvenaria que está com fissuras, mas pode gerar
fissuras em outros locais;
• Encunhamento, consiste no preenchimento de uma fiada da parede, no
qual a fissura está localizada, com argamassa ou espuma de poliuretano, sendo simples,
mas na maioria das vezes sendo insuficiente;

De acordo com HELENE, a solução desses tipos de manifestações patológicas


podem ser vistas com clareza e sua análise não pode ser singela, já que mesmo aplicando
essas soluções as causalidades podem voltar e para prescrever a solução é necessário
estudar os fenômenos causadores e propor um diagnostico que deve ser acompanho por
um profissional responsável e aplicar no principal causador das fissuras.

3 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo em questão foi realizado no Instituo federal Goiano campus de Rio


Verde que fica localizado na Rodovia Sul Goiana, Km 01, na Zona Rural, em Rio Verde
– GO, (Figura 1) instituição no qual oferta diversos cursos, dentre eles uma variedade de
cursos técnicos, de graduação, mestrado e doutorado, abrangendo uma grande capacidade
de acolher discentes de várias cidades.
40

Essa é uma instituição pública de educação superior e profissional, cuja


verticalização compreende desde a formação inicial e continuada ao pós-doutorado, com
cursos presenciais e à distância, (Site do Instituto Federal Goiano, 2021).

Figura 1: Localização do instituto Federal Goiano

Fonte: Google Maps (2021)

A autarquia foi criada inicialmente em 1967, e após dois anos foi reconhecida
sendo um espaço para se tornar uma escola agrícola em 1969, oferecendo um curso
técnico agrícola. Mais recente dessas, com o desenvolvimento e expansão das
capacidades de ensino, nasce o Instituto Federal Goiano (IF Goiano), criado por meio da
Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, assim como descreve o site da instituição, junto
a mais 37 outros campi que foram sendo frutos do reordenamento e da expansão da Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica.
O IF Goiano integrou os antigos Centros Federais de Educação Tecnológica, todos
originalmente escolas agrícolas, para atender atualmente mais de seis mil alunos de
diversas localidades. Além disso, em 2012 IF Goiano aderiu a Escola Técnica Aberta do
Brasil (e-Tec) ofertando cursos em EaD em todas as microrregiões geográficas do Estado
de Goiás, atingindo mais de 60 municípios que firmaram parceria para abertura de 55
polos de EaD, com aproximadamente quase 7.000 estudantes matriculados, como pode
41

ser encontrado no site da instituição, junto a as informações retiradas para apresentação


de informações.
A avaliação deste estudo de caso foi limitada para o bloco administrativo e o bloco
pedagógico Ⅰ, assim foi possível verificar os problemas relacionados as essas edificações
e de forma técnica avaliar e mostrar soluções as condições apresentadas. Nesses dois
blocos, o estudo de caso foi considerado mais importante diante o destaque da atuação da
maioria dos servidores públicos, membros docentes e discentes dos cursos técnicos e
graduandos que utilizam essas construções.
Bloco administrativo tem 52 anos, com uma área total de aproximadamente 2000
m²,considerando as salas administrativas, depósitos, banheiros, hall, áreas de serviço,
cozinha e despensas, além de um estacionamento de 3000 m², com um pavimento superior
de aproximadamente 1010 m², considerando auditório de reuniões, salas administrativas,
depósitos e banheiros.
Bloco pedagógico Ⅰ tem 52 anos, com uma área total de 4100 m², considerando 6
salas administrativas, 16 salas de aula, 3 laboratórios de informática, 1 depósito e um
estacionamento de 1700 m², todas as medidas foram retiradas pelo google maps, já que a
instituição não se propôs a divulgar os dados exatos nas edificações, devido as diversas
mudanças que ocorreram durante o uso e ocupação da estrutura e pela falta de atualização
dos dados que aplicaram nas reformas.
Diante as informações apresentadas dos ambientes que foram avaliados, a vistoria
no local, levantamento fotográfico e um desenvolvimento de estudos que envolveram as
manifestações patológicas evidenciadas, foi sendo detalhado um estudo para prosseguir
com o caso.
A vistoria no local e o levantamento fotográfico das estruturas, se tornaram
fundamentais para verificar a ambientação, registrar os fatos e as características que nele
são destacados, permitindo fazer um levantamento das manifestações patológicas que
foram sendo encontradas nas edificações.
42

3.1 INSPEÇÃO

Para a primeira etapa de desenvolvimento do trabalho o esquema sistematizado


de análise patológica mais utilizado na área por profissionais é o criado por Lichteinstein,
que divide essa operação em partes que podem ser constatadas e evidenciadas pelo
responsável e subdivididas em etapas como pode ser destacada pela figura 2 a seguir:

Figura 2: Método de Lichteinstein

Fonte: Lichteinstein (1985)

3.1.1 Parte 1

Precedendo a parte 1 do esquema sistematizado de análise patológica, a


constatação de um problema se torna imprescindível e deve servir de início para as
análises. Este método tem como principal função, juntar o máximo de informações que
possam tornar a busca de resultados o mais perfeito possível, sendo essa a primeira etapa,
já que uma coleta de informações obtidas com vistorias no local, análise laboratorial,
43

relatos dos indivíduos que utilizam o edifício e outros fatores pode ser o responsável para
solucionar o caso, LICHTENSTEIN, 1985.
Como sendo uma das etapas citadas por Lichteinstein, a análise de dados é
fundamental para determinar os principais fatores que evidenciam a anomalia, como, por
exemplo, classificação do problema, localização, manifestação patológica, causa e
intervenção.
Essa etapa tende a abranger uma atuação preliminar da situação do caso para
determinar as características mais evidentes das manifestações que podem ser vistas. Com
a avaliação do estado da estrutura e reconhecendo as recomendações, podem feito
vistorias recorrentes para manutenção, recuperação, reforço ou reabilitação estrutural
(HELENE,2003).
Ao fazer um estudo dos processos patológicos é possível permitir uma
investigação do estado em que a obra se encontra, destacando seu rigor, origem,
mecanismos, e dos possíveis danos subsequentes que podem ser encontrados.

3.1.2 Parte 2

Para a segunda parte descrita por Lichteinstein no qual é a de diagnostico, deve


vincular todos os dados coletados, destacar as características encontradas nas
manifestações patológicas e organizar os diversos casos que acontecem nas edificações
atualmente, além de organizar as etapas de manutenção dos potenciais problemas que
podem ser encontrados.

3.1.3 Parte 3

Sendo a última parte do procedimento relatado, tende se a subdividir em três


etapas sendo elas:

• Descrição de condutas referente as alternativas de intervenção, ou seja,


quais as possíveis soluções podem ser pontuadas e as características que essas apresentam
na sua execução, podendo ser desenvolvidas por motivos variados como mão de obra,
materiais, tempo de execução, custo para o responsável e tempo de manutenção;
44

• Decisão de terapia, que envolve fatores mitigadores, ou seja, fatores que


são focados na solução imediata do problema;

• Resolução dos problemas baseados em normas e nos sinistros patológicos


encontrados nos edifícios analisados, podendo ser ações que reparam, mudam condutas,
forcem um plano de reforma mais elaborado ou uma substituição total da estrutura que
estava sendo analisada.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 DETECÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM VISITAS


TÉCNICAS
De forma a ter uma visualização da localização do bloco administrativo e do bloco
pedagógico Ⅰ as figuras 3 e 4 destacam elas.

Figura 3: Vista superior do Bloco Administrativo

Fonte: Google maps (2022)

Figura 4: Vista superior do Bloco pedagógico

Fonte: Google maps (2022)


45

Através de uma inspeção no local, foram feitas coletas de dados nos quais podem
ser baseadas em fotografias para serem destacadas no momento da elaboração do laudo.
Com o intuito de enfatizar a progressão dessas manifestações, seis vistorias foram
feitas nas quais podem ser destacadas a seguir nos dias:

• 01 e 02 de setembro de 2021, como forma de análise preliminar da


situação, do ambiente e da situação que se encontrava as manifestações patológicas;
• 15 e 16 de dezembro de 2021, para destacar as que necessitavam de uma
atualização e comparação com as duas anteriores;
• 02 e 03 de fevereiro de 2022, para a avaliação das principais estruturas que
tiveram uma mudança nas características no decorrer dos meses;

A segunda etapa constata os fatos no local, mediante as observações criteriosas


das condições e constituintes que a condizem, foi feita pelo autor deste trabalho e que
foram baseadas na NBR 13.752 de 1996.
A análise das manifestações patológicas teve como foco principal destacar a
necessidade de um plano de manutenção, demonstrando as principais manifestações
conforme a quantidade e necessidade dessas conforme o nível dos agravos encontrados.
Para destacar a importância da edificação como um todo, tanto as partes externas
quanto as internas devem ser consideradas.
Para análise de intervenção e ordem de prioridade foi priorizado o
comprometimento das estruturas de sustentação e distribuição de cargas e depois as partes
que envolvem insatisfação ao usuário ao utilizar a estrutura a partir desses sistemas
construtivos.
Outro fator que foi utilizado para a determinação das manifestações patológicas
decorrentes nas estruturas foi a da necessidade de uma reparação, prevenção, e
remediação do componente, com o intuito de manter o desempenho destes a padrões
aceitáveis de utilização que a edificação tem que oferecer para os usuários, visando a
segurança do meio, conforto e saúde da edificação.
46

4.2 DIAGNÓSTICO

A parte 2 que é a de diagnóstico das manifestações patológicas, através da


observação dos principais problemáticas no edifício com a vistoria no local, a anamnese
e com os relatos de usuários que utilizam a edificação, foi possível verificar as possíveis
características que levaram o desenvolvimento dos problemas. Para a designação do
diagnóstico, como já foi citado em relação aos ensaios laboratoriais, não foram utilizados
como previa a etapa 1.
As manifestações patológicas nas estruturas evidenciadas durante a vistoria no
local, proporcionaram um destaque a todas aquelas que eram presentes em cada elemento
construtivo. Foi direcionado a investigação para os sistemas construtivos que
apresentaram um desenvolvimento no quadro de patologias, sendo os de laje, alvenaria
de vedação, esquadrias e azulejos, tornando necessário avaliar a proporção de casos que
foram encontrados e ponderar em quais são aqueles que devem ser mais destacados,
através desses elementos foi organizado uma tabela referente as constatações nas
edificações.

Tabela 1: Manifestações patológicas destacadas nas edificações por elemento construtivo

Elemento construtivo Quantidade de Manifestações patológicas Percentual (%)


Laje 2 1,7
Alvenaria de vedação 90 75,6
Esquadrias 22 18,5
Azulejos 5 4,2
Total 119 100
Fonte: Autor (2022)

Nota-se que 75,6% das manifestações patológicas envolvem a alvenaria de


vedação, que consiste em componentes que servem para dividir cômodos e fechar a
estrutura, este deveria ser o mais focado decorrente a alta quantidade de casos que foram
evidenciados, mas diante a prioridade explicitada na ordem de atuação, a importância do
elemento estrutural deve ter intervenção prioritária, devido ao risco de integridade, além
de buscar a segurança dos usuários que utilizam a estrutura e formular um diagnostico
que envolvesse as estruturas de concreto armado.
47

4.2.1 Lajes de concreto armado

As manifestações que envolvem concreto armado, podem ser destacadas


principalmente pelas armaduras expostas, encontradas no bloco administrativo, como
pode ser evidenciado nas figuras 05 até a figura 09. O tempo que foram expostas propôs
uma oxidação do aço que demonstram um contato deste com agentes químicos que
reveste a laje das passarelas da ala norte e sul da edificação, além disso ficou evidente a
tentativa de cobrimento da armadura por uma pintura como tentativa de aplicar uma
camada protetora.
Estes tipos de manifestações patológicas não devem ser caracterizadas com
mecanismos simples e de ocorrência isolada, podendo ter relações com diversos
fenômenos que assim acabam gerando uma subsequência de fatores que causa o aumento
do grau das patologias, diante um fato de pouca manutenção ou a falta de intervenção
direta na ocorrência com o intuito de parar ou desacelerar o caso.
As imagens destacadas mostram a armadura exposta com evidências de oxidação
e cobertas por uma camada de tinta branca que fora utilizada anteriormente na
manutenção de 31 de janeiro de 2018, de acordo com a gerência de administração e
finança, que reformou o bloco administrativo inteiro com um projeto de reforma e acabou
se responsabilizando em proteger a armadura da laje com uma camada de tinta branca por
cima de todo esse componente.

Figura 5: Armadura exposta oxidada na passarela na ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


48

Figura 6: Armadura exposta oxidada na passarela na ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 7: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


49

Figura 8: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 9: Armadura exposta oxidada na passarela na ala norte do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Diante os agentes causadores desta manifestação patológica, pode se destacar a


forma de execução utilizada na realização desta laje, podendo admitir erros que tornaram
suscetível a exposição do aço. O concreto aplicado em períodos diferentes ou preparado
de forma manual por betoneiras in loco, torna suscetível a mudança do traço não
garantindo a resistência e forma nos quais deveria existir na estrutura.
Outra causa geradora destas manifestações patológicas, pode ser notada durante a
fase de planejamento, um projeto estrutural deve destacar o tamanho do cobrimento das
barras de aço, mas o projeto original que deveria ser analisado não pode ser estudado, já
que a secretaria de administração da instituição informou que não teria esse tipo de projeto
ou que este estaria perdido nos antigos arquivos da entidade, já que esta edificação tem
sua origem a muitos anos atrás. O tempo em que essas passarelas foram construídas
também pode justificar a razão para esta ser construída dessa forma, já que as normas e
formas de execução da época eram muito diferentes das que são feitas hoje em dia.
Além disso, nota-se a realização de manutenções periódicas, sendo a última em
feitas em 2018 , como citado anteriormente, de acordo com a secretaria de administração
do instituto, foram realizados pinturas e cobrimento das partes afetadas pela armadura
exposta nas passarelas, mas sem a realização de possíveis procedimentos de intervenção
para as peças danificadas, mesmo que este sistema construtivo afeta diretamente na vida
útil do edifício e comprometa a edificação parcialmente.
50

Outro fator importante que pode ser destacado em relação a essa reforma que
aconteceu nessa edificação é que não na instituição os relatorios que os responsáveis pelos
procedimentos e quais eram os planos que a empresa em particular iria seguir. De acordo
com a secretaria de administração da instituição e licitação do serviço foi feita, mas os
dados e parâmetros que iriam ser usados na edificação ficaram com a empresa que foi
responsável para executar.
A solução deste tipo de manifestação patológica pode ser direcionada a ações as-
sertivas, na qual acaba removendo o concreto que está sofrendo o processo de carbonata-
ção e o repara superficialmente. Outra solução seria a de utilizar um reforço, já que este
pode assegurar a parte já existente ou agir de forma a substituir o componente, através do
processo inverso da carbonatação, dita sendo a realcalinização, do concreto.
A proteção da armadura também apresentava rachaduras e era vista como
insuficiente, já que este cobrimento poderia estar desgastado no que propiciam a entrada
de umidade no qual, se tornando um agente químico, podendo voltar ao estado atual de
problemática que acaba prejudicando a durabilidade da laje. Assim, a forma de aplicar
uma camada protetora pode ser feita a evitar que esses fenômenos ocorram, podendo ser
uma proteção catódica ou componentes a base de argamassa ou outras barreiras físicas
que selem as armaduras nesta.

4.2.2 Revestimento com argamassa

Tanto no bloco administrativo, quanto no bloco pedagógico é evidente o


desenvolvimento de falhas diversas na argamassa, suas causas podem ser variadas e
originadas de diferentes causas, mesmo o aparecimento de fissuras, rachaduras e trincas
nos revestimentos argamassados, é importante destacar que apesar de ser um mesmo
sistema construtivo as suas características demostram outros fatores que podem ser
destacados, evidente na figura 10 até a figura 17 e no anexo 2 até o anexo 6.
51

Figura 10: Rachadura na ala leste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 11: Rachadura acima do hall de entrada na ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


52

Figura 12: Rachadura acima da administração da cozinha da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 13: Rachadura acima da administração da cozinha da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


53

Figura 14: Rachadura acima da varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

As figuras anteriores destacam fissuras oriundas do bloco administrativo, afetando


a estabilidade desta estrutura e demostrando rachaduras em diversos pontos da edificação,
a movimentação dos elementos da fundação pode ser um dos motivos que levaram a gerar
esse tipo de manifestação patológica evidenciando que a alvenaria de vedação foi
comprometida separando nos pontos em que antes eram ligadas por um elemento
argamassado que permitia uma integridade entre elas.
Embora esse tipo de rachadura esteja presente neste bloco, nem todas essas
fissuras podem ser decorrentes de uma movimentação da fundação desta edificação, como
pode ser visto nas próximas figuras que ficam localizadas no primeiro andar no auditório
do bloco administrativo, apresentando pequenas trincas na alvenaria de vedação que
também podem receber a influência da dilatação térmica, decorrente de uma extrema
mudança de temperatura dos elementos que compõe esse sistema construtivo, sendo
destacado no revestimento argamassado.
54

Figura 15: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Figura 16: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


55

Figura 17: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

As seguintes figuras podem ser encontradas todas no bloco pedagógico Ⅰ e suas


causas podem ser variadas, podendo ser a falta da execução de um sistema construtivo
como as vergas, fazendo com que as cargas não sejam distribuídas em um elemento
estrutural adequado, causando fissuras, podendo ser também a dilatação térmica
anteriormente citada a presença de uma rachadura que se destacou por sobrepeso
estrutural em uma área específica da edificação, assim como mais de uma causa já
mencionada.
O importante a se destacar sobre esse tipo de manifestação patológica, está
relacionado diretamente a forma que ela se tornou presente na estrutura, sendo assim,
tornando essencial desenvolver um estudo mais aplicado e eficiente para determinar quais
foram os motivos que levaram o desenvolvimento dessas manifestações patológicas.
56

Figura 18:Fissura acima de uma porta na secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco pedagógico

Fonte: Autor (2021)

Figura 19: Fissura acima de uma porta na secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco pedagógico

Fonte: Autor (2021)


57

Diante o fato, diversas análises foram feitas para detalhar quais são as prováveis
soluções que poderiam ser utilizadas para diminuir a aparição das fissuras, e evitar que se
agravem. Um estudo na estrutura da edificação pode ser elaborado para verificar qual a
necessidade de desenvolver um projeto de restauração e reforma da estrutura do bloco.
De acordo com a norma de desempenho NBR 15.575, um estudo nos projetos da
construção, pode permitir que um plano de reforma seja realizado, destacando os pontos
a serem restaurados e ponderar as melhores soluções para a correção das causalidades,
fatores como construir reforços para a fundação, para os elementos estruturais, verificar
os esforços solicitantes, a umidade em excesso de cada área e orientação na execução
fazem parte de um estudo para o revestimento de argamassa adequado nas edificações
estudadas.

4.2.3 Bolor e mofo

A evidencia de fungos e bolor em diversas partes em ambas as edificações pode


ser destacada principalmente decorrente a níveis de umidade acentuados acumulados e
que acabam infiltrando ou ficando estagnados graças a fissuras ou pequenas partículas
presentes na parede que acabam descendo da estrutura de cobertura.
A presença desse tipo de manifestação patológica acaba gerando a alteração
estética das estruturas com a formação de manchas de tonalidades escuras, além de causar
uma estética desagradável que leva uma má qualidade ao ambiente que se encontra,
podendo até gerar problemas a saúde se entrar em contato com usuários.
58

Figura 20: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


59

Figura 21: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


60

Figura 22: Machas de mofo e fungos na parede da ala oeste ao lado da sala 01 do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


61

Figura 23: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Da figura 24 até a figura 29, foram feitas em momentos diferentes, como


explicitado na parte 01 da inspeção, que tiveram com o objetivo de analisar o
desenvolvimento das manifestações patológicas decorrentes ao desenvolvimento de
fungos nessas áreas no decorrer do tempo, no período de chuva, já que a proliferação e
desenvolvimento desses ocorre em situações em que a umidade é elevada e ajuda a
entender os motivos que levaram essas a se manifestar.

Figura 24: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


62

Figura 25: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Figura 26: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


63

Figura 27: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Figura 28: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 29: Manchas de mofo e fungos na varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


64

Nota-se que o desenvolvimento não foi elevado, ou seja, as manchas que estão
sendo vistas nas figuras estão a muito tempo nessas áreas e não sofreram um combate e
manutenção dos componentes. Em busca de mais detalhes desse tipo de causalidade, foi
confirmado pela equipe de limpeza do instituto que essas deveriam receber uma limpeza
geral para tirar o excesso dessas nessas áreas.
A equipe de limpeza foi contactada e de acordo com o Coordenador de compras e
licitações Elvys Fernandes da Silva, há um quadro de limpeza especifica que atuam no
combate dessas manchas em todo o campus nos períodos de férias com a utilização de
sabão e desinfetante, mas o tipo de equipamento e produtos que são licitados para o
governo são limitados e não são suficientes para o combate e como pode ser visto no
intervalo de tempo entre as fotos a limpeza não foi eficiente para remover as manchas.

Figura 30: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 31: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


65

Figura 32: Manchas de mofo e fungos na passarela da ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Pode ser notado que tanto no bloco administrativo quanto no bloco pedagógico Ⅰ,
a presença dessas manchas ficam mais evidentes tanto nas partes próximas as coberturas
quanto próximas ao solo, evidenciando a falta de percolação da água para outros pontos
por parte da cobertura, quanto para a drenagem dessa água que sai da cobertura e passa
para o solo.
A intervenção que pode ser feita para esta determinada patologia deve ser a de
realizar as limpezas utilizando escovas abrasivas e resistentes, assim como produtos
desengordurantes à base de cloro.

4.2.4 Pintura

Geralmente é a etapa de finalização e revestimento da camada mais externa de


uma estrutura, a pintura tem grande importância para o aspecto estético e um dos
principais indicativos que pode mostrar uma situação que deve acontecer, caso não haja
uma manutenção adequada no sistema construtivo.
Dentre os principais motivos para o acontecimento de patologias envolvendo a
pintura, podem ser destacados as fases de planejamento, execução e qualidade do
material, já que todas as etapas devem ser bem analisadas e diante a variedade de opções
do mercado e de suas funções específicas, pode considerar uma tarefa que necessite de
atenção.
Como pode ser visto, assim como para o revestimento argamassados, as causas
geradoras de patologias nas pinturas de uma edificação, são variadas e as opções de
66

intervenção seguem o mesmo padrão, mas na maior parte dos casos o mais recomendado
seria a completa remoção da pintura na área danificada e aplicar de forma correta
respeitando as recomendações do fabricante, tendo como uma orientação uma mão de
obra capaz de realizar as considerações e seguir com o planejado para evitar o surgimento
de manifestações patológicas na pintura dos edifícios.
A Figura 33 até a figura 36 que se seguem podem servir de exemplo de
saponificação e bolhas da pintura. O desenvolvimento de pequenos ou grandes bolsões
de ar que infiltram por de baixo da pintura causando um estufamento desta, podem
aumentar o excesso de água nesses locais e estimulando o desenvolvimento de fungos e
bactérias.
Esta manifestação está relacionada a uma execução inadequada do elemento
durante uma das etapas da pintura, que pode ter sido aplicada na superfície da massa
corrida, sem um fundo preparador. A presença de níveis de alcalinidade, umidade em
excesso e uma aplicação durante uma outra etapa de execução, faz com que no local em
que a tinta foi aplicada, esta reaja com a superfície da estrutura causando este fenômeno.

Figura 33: Saponificação e bolhas na pintura no banheiro masculino 1° andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


67

Figura 34: Saponificação e bolhas no teto da parte externa da secretaria de graduação de cursos superiores
do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2021)


68

Figura 35: Descascamento da pintura em frente do laboratório de informática 03 do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2021)

Figura 36: Descascamento da pintura e fissura nas escadarias do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


69

Figura 37: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 38: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


70

Figura 39: Manchas na pintura na parede da sala do patrimônio do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 40: Manchas na pintura no teto do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco
administrativo

Fonte: Autor (2021)


71

Outra manifestação patológica encontrada é a da desagregação de pintura interna


das salas do bloco pedagógico Ⅰ, na qual o descascamento podem ser presentes nas salas
de aula que vão da numeração de 1 a 13, ou seja, são 14 salas de aula com essa
causalidade, além de salas administrativas que pertencem aos servidores dessa edificação
na qual fica evidente que o atrito das cadeiras com a parede favoreceu um desgaste
contínuo dessa camada externa, mesmo sendo uma ação física decorrente da utilização
das salas de aula, fica evidente que a má utilização ou a atuação desse tipo de pintura é
inadequada nessa área.
A execução da pintura nas paredes internas que podem apresentar um
esfarelamento ao toque ou a reação de agente solúvel da tinta com a água, podem ser
considerados, causando o surgimento de manchas, a atenção de administração e escolha
dos produtos adequados deve ser estimulada para evitar essa causalidade
A figura 41 até a figura 44 e o anexo 18 até o anexo 20, são exemplos desse tipo
de manifestação que ocorre na alvenaria de vedação que acaba se tornando desagradável
aos usuários da edificação e torna mais exposta outros componentes.

Figura 41: Descascamento da pintura na sala 05 do bloco pedagógico 01

Fonte: Autor (2022)


72

Figura 42: Descascamento da pintura na sala 08 do bloco pedagógico 01

Fonte: Autor (2022)

Figura 43: Descascamento da pintura na sala 06 do bloco pedagógico 01

Fonte: Autor (2022)


73

Figura 44: Descascamento da pintura na sala 08 do bloco pedagógico 01

Fonte: Autor (2022)

4.2.5 Esquadrias

As janelas de todas as salas do bloco pedagógico Ⅰ tem suas canaletas obstruídas


e prejudicam a abertura ou fechamento dessas, tornando a utilização do usuário
desagradável perante essa simples ação. Algumas dessas janelas também possuem
destaque referente a diversas camadas de tintas que foram utilizadas durante outras
manutenções que descascam próximos as quinas, assim como uma tinta que ficou
impregnada nas janelas nas salas 01, 02 e 03. A figura 45 e 46, assim como os anexos 23
e 24, demonstram a situação em que se encontra essas janelas e seus componentes.

Figura 45: Deterioração das janelas da sala 01 do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


74

Figura 46: Deterioração das janelas da sala 01 do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

As portas também são elementos que apresentam obstrução em alguma parte de


sua composição, a figura 47 até a figura 50 são todas no bloco administrativo e
apresentam buracos muito grandes em seu alizar ou a parte mais externa da madeira
decomposta, seja por efeito do tempo ou por produtos químicos que acabam por
prejudicar a integridade destas, os anexos 23 e 24 são do bloco pedagógico Ⅰ e apresentam
as mesmas características.

Figura 47: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


75

Figura 48: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Figura 49: Deterioração da porta do banheiro feminino da ala oeste do térreo do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


76

Figura 50: Deterioração da porta do banheiro masculino do piso 1° andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Esses componentes estruturais podem sofrer manutenção e são reparados com o


passar dos anos, mas as janelas e portas retratadas neste trabalho nunca sofreram uma
troca desde a fundação dos blocos, de acordo com a secretária de administração da
instituição.
Para a solução de manifestações patológicas referentes a esse tipo de componente,
mais medidas paliativas podem ser utilizadas como aplicar a pintura e uma vedação nos
buracos impermeabilização das aberturas feitas nas portas, mas acabam que não fornecem
uma solução final para esses casos, visto que o tempo que a durabilidade dessas portas e
janelas já atingiram um tempo elevado de suas vidas úteis, assim outra solução seria a
substituição completa destes para uma satisfação maior do usuário.

4.2.6 Azulejos

O revestimento de pisos e paredes de certa forma tem pouca influência diante as


manifestações patológicas apresentadas, já que não possuem características estruturais
relevantes no sistema construtivo, mas não podem ser ignoradas, já que fazem parte do
componente geral do edifício e podem ocasionar desconforto aos usuários.
Considerando as problemáticas que um desplacamento de azulejo pode ser levado,
no caso considerando principalmente dentro do banheiro masculino no bloco
77

administrativo no 1° andar, a origem pode ser relacionada a falta de aderência ao


revestimento de base, em que as características da superfície podem ser geradas pela
argamassa empregada, processo de execução e condições climáticas.
Exercendo um papel de aderência, resistência à tração e ao cisalhamento que
apresentam modulo de elasticidade compatível com o da base é o fundamental, mas
decorrente a falta de dados na execução se torna difícil destacar se essa seria a provável
causa das manifestações patológicas, assim pode ser visto a seguir na figura 51 até a figura
59 em relação ao para o desplacamento dos azulejos, assim como nos anexos 25 e 26.

Figura 51: Desplacamento de azulejos no banheiro masculino do piso 1° andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 52: Desplacamento de azulejos no banheiro feminino do piso 1° andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


78

Figura 53: Desplacamento de azulejos no banheiro feminino do piso 1° andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

A figura 54 até a figura 57 demostram que os azulejos sofreram com alguma ação
que favoreceu a sua falta de integridade no parapeito das janelas das salas 01,02 e 03 do
bloco pedagógico Ⅰ. As causas podem estar relacionadas ao desgaste do tempo, pela
durabilidade da peça no decorrer de sua vida útil sem manutenção, pela ação de variações
térmicas entre componentes da mesma estrutura e seu índice de dilatação assim como
ação física de terceiros que forneceram uma carga suficiente para quebrar os azulejos em
pontos específicos.
79

Figura 54: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01

Fonte: Autor (2022)

Figura 55: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01

Fonte: Autor (2022)


80

Figura 56: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01

Fonte: Autor (2022)

Figura 57: Azulejos deteriorado nas janelas da sala 01

Fonte: Autor (2022)

As figuras 58 e 59 são desplacamentos no piso das salas 11 e 12 na ala leste do


bloco pedagógico Ⅰ, essas são destacadas com a principal causa do atrito dos azulejos com
as carteiras escolares que propiciam uma carga distribuída e que é fornecida em alguns
pontos que com o passar do tempo pode salientar as partes mais vulneráveis dos azulejos
e separar o componente que adere a estrutura.
81

Figura 58: Desplacamento de azulejos na sala 11 do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Figura 59: Desplacamento de azulejos na sala 12 do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Nota se que o desplacamento ocorre nas duas edificações e pode ser visto tanto
em paredes, supereficientes de vedação e em pisos, podendo ser consideradas as causas
sendo, dilatação volumétrica dos azulejos utilizados, já que são expostos constantemente
a temperaturas radicais em períodos do ano, além da atuação da umidade que favorece a
má aderência e dissolução do revestimento de argamassa que foi responsável para aderir
a superfície com os outros componentes.
82

Dentre essas possibilidades de solução, há a de reforma dos pisos e paredes de


todas as áreas ainda apresentam esse tipo de azulejo, já que essas passaram muito tempo
realizando seu serviço e pode ocasionar uma queda na durabilidade desse tipo de material,
do seu funcionamento e o tornando mais fácil de desgastar com um atrito constante das
cadeiras com o azulejo.
Outra solução seria aplicação de uma reforma que possa incorporar na estrutura
já existente novos azulejos que permitem que a integridade arquitetônica da edificação
continue tomando atenção na forma de execução e desenvolvendo uma manutenção mais
constante, para evitar que estes componentes mais antigos nem sejam ignorados quando
começarem a apresentar defeitos.

4.2.7 Raízes

Diante o crescimento das raízes, perfurando o solo e emergindo à superfície,


impondo forças ao calçamento e a pavimentação, levando-os à ruptura e deslocamento,
essas manifestações patológicas acabam sendo geradas decorrentes a uma má
administrações dos recursos naturais que antes já existiam, principalmente no bloco
administrativo Ⅰ, no qual pode ser visto como um problema que deve ser solucionado.
No pátio central da faculdade de frente ao bloco administrativo Ⅰ a calçada está
deveras destruída diante a protuberância da ação das raízes de uma árvore de jamelão,
neste caso não foi levado em conta o desenvolvimento das raízes, nem o potencial em que
essas poderiam causar quando construíram a passagem de concreto no local, na época que
foi aplicada.
Além disso, as árvores que estão instauradas dentro da área do estacionamento do
edifício, tornam a ocupação de algumas vagas impossível, deixando ainda o perigo de um
galho se separar do tronco e danificar algum veículo que pode estar estacionado.
Localizar e prever a melhor solução para se tomar diante as árvores que estão
nesses locais, acaba sendo uma tarefa que envolve realocação, derrubada e execução de
serviços de manutenção e reparação dos sistemas envolvidos, já que a mão de obra e os
equipamentos para realizar essa tarefa podem ser encontrados de fácil acesso na região.
A seguir a figura 60 até a figura 63 são as árvores e o local que elas interferem
diante a sua presença, seja por conta das suas raízes ou troncos.
83

Figura 60: Presença de árvore como uma manifestação patológica no local

Fonte: Autor (2021)

Figura 61: Presença de árvore no estacionamento do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


84

Figura 62: Presença de árvore no pátio do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Figura 63: Presença de árvore no pátio do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


85

4.3 INTERVENÇÃO E PLANO DE MANUTENÇÃO

Para a etapa final, diante os dados apresentados, há a necessidade de um plano de


intervenção, organizando os dados coletados de forma sistemática para que quais quer
indivíduo tenha a capacidade de assumir com veracidade o ocorrido durante as vistorias,
assim criando prioridades para os sistemas construtivos que necessitem de reparos.
Foram analisados os sistemas construtivos diante a gravidade da situação e do
impacto que geram na edificação, fazendo uma relação dos sistemas construtivos afetados
e possíveis fatores que originaram a causalidade. Organizar e gerenciar os dados torna as
informações coletadas mais dinâmicas e favorece a determinação diante o quantitativo
total de manifestações patológicas apresentados.

Tabela 2: levantamento do sistema construtivo com sua localização e possíveis causas

Localização
Sistema Bloco Bloco Possíveis causas
construtivo administrativo pedagógico Ⅰ
Lajes de Armadura exposta, cobrimento
concreto x inadequado, contato com excesso de
armado umidade
Revestimento Diversas causas possíveis, necessita
com x x de análise de cada caso
argamassas
Excesso de umidade no local,
Bolor e mofo x x drenagem, limpeza e/ou sistema
construtivo com falhas

Execução de forma inadequada,


Pintura x x material inadequado e/ou excesso de
agentes físicos e químicos no local

Alvenaria de x x Falta de manutenção, excesso de


Vedação produtos químicos e/ou excesso de
umidade
86

Desplacamento devido a erros na


Azulejos x x execução ou material inadequado

Falta de administração por parte da


Raízes x instituição

Fonte: Autor (2022)

Os fatores mais importantes analisados pelo autor, podem ser considerados


relevante aos componentes que estejam relacionados a estabilidade estrutural, segurança
dos usuários e impacto visual. Diante esse fato, a realização de um plano de intervenção
que recupere as lajes de concreto armado, para aumentar a vida útil e durabilidade, inibir
os mecanismos corrosivos que são causadores das manifestações patológicas as quais as
peças de concreto estão submetidas se torna essencial.
Para a melhor solução, considerar a variedade de soluções decorrentes aos
aspectos apresentados e que essas soluções são diversas e válidas, eficazes e com um
estudo mais detalhado quanto à sua aplicação e materiais a serem utilizados são todas
viáveis, sendo que os fatores limitantes são os requisitos monetários e de execução como
materiais e mão de obra adequada para aplicar essa.
Destacar de forma seletiva as alternativas mais adequadas e a quantidade de
argumentos para escolhê-las por determinada opção, é uma forma adequada de fazer essa
escolha. Diante as principais formas de escolha da alternativa destaca-se: aspectos
técnicos, econômicos, operacionais, arquitetônicos e ambientais (HELENE, 2003).
Para as lajes de concreto armado, o diagnóstico gerado é decorrente a quantidade
de manifestações patológicas demonstradas com um padrão de aço corroído das
armaduras por alterações químicas destes, é necessário intervir com o intuito de resolvê-
las de vez, em vez de remediar a patologia e manter o desempenho visual saciado, já que
foram feitas manutenções como pinturas por cima das peças à níveis razoáveis
estabilizando as principais causas geradoras.
Atuando com a intenção de resolver essa causalidade, uma das alternativas é a de
agir de forma assertiva e remover o concreto carbonatado, reparando superficialmente
toda a estrutura, reforçando com uma armadura extra ou por substituição, realcalinizando
o concreto ou protegendo-o superficial.
87

A verificação das manifestações no local permitiu selecionar a forma de atuação


deste determinado fenômeno, sendo um fator de não apresentar riscos de colapso
evidentes às lajes não há necessidade de uma intervenção imediata nem atuação de
reforços ou substituição da estrutura, optando-se pela realização de atuações de
prevenção/proteção e reparos.
A partir da decisão de proteger a armadura de agentes corrosivos na estrutura de
concreto armado para evitar que esse tipo de manifestação patológica novamente seja
visto nesse caso, pode se prescrever uma proteção que é aplicada sobre a armadura
(proteção direta) ou sobre o concreto (proteção indireta).
Descrevendo as formas de atuação direta em elementos estruturais que apresentam
uma situação de presença de corrosão das armaduras, de acordo com MOREIRA, 2006,
a proteção direta pode ser dividida em proteção catódica ou por barreiras físicas.
As proteções catódicas pode prevenir fenômenos eletroquímicos a corrosão das
armaduras, já as barreiras físicas criam uma película de proteção em torno das armaduras,
fazendo com que não haja a troca de eletroquímica do agente corrosivo e o aço, sendo
essa uma ação sem a necessidade da retirada do concreto carbonatado, sem a retirada da
armadura da estrutura. Porém, este tipo de solução faz com que tenha a necessidade de
uma permanente manutenção, já que exigem a retirada da camada de cobrimento do
concreto mais externo (MOREIRA, 2006).
A proteção indireta é separada entre métodos inibidores e repassivação de
armaduras. Enquanto os métodos de repassivação tem como principal objetivo recuperar
a película passivadora das armaduras que já não podem ser utilizadas nos processos de
carbonatação ou ataque por cloretos. Por sua vez, os inibidores de corrosão são
incorporados à água do concreto, com o foco em evitar o desencadeamento do processo
de corrosão, preenchendo poros e fissuras que são os caminhos de entrada dos agentes
agressivos (MOREIRA, 2006).
Dentre as soluções citadas, a que mais agrada é a de utilizar reparos na região que
está sofrendo a manifestação patológica na laje de concreto armado do edifício, já que a
facilidade na realização dos serviços, ferramentas, a não necessidade de mão de obra
especializada e além de uma exposição da armadura sem proteção ao meio externo com
o ambiente.
Para a realização das etapas que essa solução necessitará, deve-se verificar os
reparos localizados dispostos, que podem ser vistos na figura 64, sendo:
88

• Remover do concreto contaminado, assim como demonstrado na etapa 1 e


2, utilizando um equipamento apropriado para o serviço, com a intenção de expor a
armadura que está afetada, por meio de marreta por exemplo, podendo ser outros.;
• Limpar a armadura contaminada, como mostra a etapa 3, utilizando
escovas de aço ou jato de areia, para remover a parte corroída. Por acaso tenha perda de
mais de 10% da seção da barra, esta deve ser substituída;
• Imprimir a armadura utilizando epóxis ou argamassa com polímeros,
demonstrado na etapa 4;
• Executar uma ponte de aderência por meio de um material acrílico;
• Assim como mostra a etapa 5 e 6, aplicar uma camada que reparará a
armadura seja esta por graute, argamassa, fibras ou aditivo ou argamassa com inibidores
de corrosão;
• Esperar o tempo de cura, de forma adequada;
• Aplicar uma tinta protetora, especifica para proteger essa parte mais
externa do concreto, visto na etapa 8.

Figura 64: Ilustração das etapas de reparação localizada em estrutura de concreto armado

Fonte: ZUCHETTI, 2015 apud MEDEIROS (2008, p.01)

Como pode ser analisado este tipo de intervenção há a remoção do concreto


carbonatado das peças atingidas com o uso de ferramentas acessíveis e de fácil execução,
além da remoção das camadas de cobrimento contaminadas e que não exercem mais a
função de proteção de áreas que não trazem grandes influencia na proteção dessa
89

armadura, considerando que devido ao baixo nível de pH, o concreto carbonatado não
exercerá uma dificuldade para a mão de obra que resolverá o caso.
Um ponto a ser considerado deste tipo de solução, é a de que este tipo de solução
pode ser incrementado tanto para lajes, quanto para vigas e pilares e podem ser descritas
como atuações diretas em outras áreas da instituição caso seja verificado a necessidade
de manutenção ou reparação.
A umidade de forma descontrolada presente nos sistemas construtivos, levou a
considerar uma maneira de evitar que essa quantidade de causalidades estejam de maneira
frequente nas edificações, assim como solução para efetuar uma manutenção adequada
seria a de instruir um plano de limpeza mais periódico e que seja eficiente principalmente
em áreas mais suscetíveis, evitando assim, que estas continuem sendo danificadas.
Para as manchas nas paredes encontradas principalmente no bloco pedagógico Ⅰ,
a sua remoção deveras causada por fungos e bolor, a necessidade de organizar de um
quadro de limpezas periódicas que atendessem as necessidades de retirar e evitar que as
manchas apareçam, considerando uma medida mitigadora que deve agir em manutenção
de áreas que possam ser pertinentes a acumulo de água, deve ser feito um acordo com a
equipe de limpeza responsável pela instituição, envolvendo funcionários que agiriam com
intenção de manter o teor de umidade aceitável nas áreas suscetíveis e evitando a
proliferação de bolor e fungos que podem gerar as patologias, são medidas fundamentais.
Para a remoção dos fungos e bolor, os funcionários agirão executando a aplicação
de produtos com base de cloro e esfregões que proporcionem a remoção mais eficiente,
deixando preparada a superfície para receber uma pintura antifúngica que permitirá uma
administração mais organizada dos pontos que a presença dos fungos era mais presente.
Considerando equipes que possam revezar a responsabilidade de realizar essa
tarefa, através do escalonamento dos funcionários por região, para não haver desavenças,
sendo que algumas regiões estão mais suscetíveis a umidades excessivas. Os responsáveis
deverem efetuar a limpeza nos pontos que apresentarem contato direto com umidade,
como por exemplo, a figura 21, deixando a área livres de poças ou acúmulos de água para
assim evitar agentes causadores de patologias por umidade excessiva.
De acordo com Elvys Fernandes da Silva, coordenador de Compras e Licitações
e responsável pela atuação de requerimento de produtos de limpeza pela instituição e
organizar as equipes de funcionários para a limpeza, o esquema de quadro de limpeza
para esse tipo de causalidade existe e é mais feito no período das férias na instituição,
evitando que atrapalhe o fluxo de usuários nos blocos. Mas a falta de produtos de limpeza
90

específicos e a inconstância no serviço executado favorecem que essas manchas


continuem na edificação, dentre outros fatores.
Nota se a necessidade de instruir uma equipe da forma correta de agir contra essas
manchas, na forma de execução da aplicação dos produtos, no requerimento de produtos
adequados e de administrar essas equipes perante os casos atuais e fazer a manutenção de
casos futuros. O coordenador demonstrou estar disposto a colaborar para atingir esses
objetivos e de ajudar no que for necessário para efetuar esse esquema, além disso, a
atuação conjunta da equipe de limpeza e da reforma dos sistemas construtivos afetado
torna mais eficaz o combate dessa manifestação patológica.
Com o intuito principalmente de evitar que haja goteiras e infiltração decorrentes
em várias áreas das edificações favorecendo o desenvolvimento de outras manifestações
patológicas de forma a amenizar e agindo de forma efetiva nos pontos importantes da
cobertura, calhas e muros, um projeto de reforma pode ser elaborado em outro trabalho,
com intenção de minimizar as goteiras e infiltrações causadas pela falta de manutenção
ou pela execução inadequada da estrutura.
O projeto de reforma deve ser realizado através da substituição dos elementos com
desempenho comprometido, como: telhas, sistemas de drenagem, tubulação e calhas, a
execução de pingadeiras, podendo ser metálicas ou de reboco, além do cobrimento de
fissuras aparentes que permitem a entradas de água na estrutura interna da laje ou muros,
diminuindo a eficiência destas.
Decorrente das opções propostas para corrigir, reparar e evitar que as patologias
em cada sistema construtivo nas manifestações apresentadas ocorram novamente, houve
uma ordem de importância para a realização desses fatores, no qual acabou gerando uma
sequência de importância para realização dos afazeres conforme o nível de
periculosidade, atribuições estruturais do elemento danificado, ações preventivas que
evitariam as manifestações existentes, facilidade na execução, mão de obra e ferramentas
disponíveis e materiais necessários na região onde se encontra o edifício.
Desta forma, como é evidenciado na ordem de importância citado anteriormente,
inicialmente há a prioridade de intervir propostas para as lajes de concreto armado do
edifício, já que se trata de um sistema construtivo com atribuições estruturais, que causam
sensação de desconforto aos usuários do edifício, além de ter a capacidade de reparar
outros pontos localizados as demais elementos da estrutura, como as vigas e pilares,
prevenindo de que em algum momento futuro, caso ocorra fissuras ou uma degradação
da parte interna ou externa do concreto armado com expansão e corrosão da armadura ou
91

de barra de aço, há uma forma de corrigir e agir de forma eficiente evitando mais
problemas.
Diante os reparos estruturais aos demais sistemas construtivos, seguindo a mesma
ordem de importância citada anteriormente, foi a execução de planos de ações
interventivas para o sistema de impermeabilizações do edifício, que envolviam a ação de
um projeto de reforma que tem como objetivo resolver as diversas problemáticas que
envolvem infiltração e áreas suscetíveis a um acumulo excessivo de água.
Realizando reparos na cobertura e impermeabilização de elementos com a
aplicação de produtos impermeabilizantes como mantas asfálticas, de acordo com a NBR
15.575, anexo C.2, deve destacar os requisitos necessários para proporcionar um padrão
de execução adequado para evitar que haja um retorno das manifestações patológicas.
O planejamento de um projeto de reforma adequado e funcional com o de
impermeabilização para o edifício deve considerar manutenções, reparações e
substituições de componentes que não tem mais condições de continuar exigindo a
condição original na qual foi projetada, já que a má administração deste pode gerar falhas
e futuramente ser responsável em causar o aumento de outras manifestações patológicas.
A aplicação dos azulejos nas áreas nas quais são expostas as manifestações
patológicas, devem seguir as etapas propostas na ABNT NBR 7.200 – Execução de
revestimento de argamassas, itens 5, 7, 8.3, 9.2, 9.3 e 11.3, na qual demostra as principais
características e recomendações da execução dessa etapa na estrutura, assegurando que a
mão de obra que realizará essa manutenção tenha a capacidade de realizar la sem que a
causalidade volte a acontecer
Os revestimentos argamassados e as pinturas das edificações, são de fundamental
importância para o acabamento das demais etapas anteriormente informadas, já que
devem ser a parte mais externa que protegerá os demais sistemas construtivos mais
suscetíveis. Com manutenção periódica, pode-se considerar que não acontecerá
manifestações patológicas tão corriqueiramente.
As fissuras como mostradas pelas figuras 10 a 17, necessitam de um estudo e
analise topográfica atualizada, de acordo com Marcelli as chances de acorrer
manifestações patológicas referente as movimentações de fundações em uma estrutura
são muito grandes e ficam maiores nas mão de profissionais com pouca experiência e que
podem prejudicar o desenvolvimento da estrutura criando esse tipo de causalidades.
De acordo com a ABNT NBR 6.122/2010 – Projeto e execução de fundações, os
ensaios de campo e laboratoriais, item 4.3.2, o reconhecimento geotécnico é fundamental
92

para determinar se a estrutura pode haver mais recalque na fundação e se as características


do solo ao longo da existência da estrutura foram modificadas, ao ponto de ser necessário
um reforço de fundação, depois dos resultados que forem destacados as medidas
reparadoras podem agir, podendo ser um plano de ação para elevar a estrutura, ou reforçar
a já existente, ou até não fazer nada, já que as razões para esse tipo de movimentação da
fundação já terem tido um efeito que não há prescrição de continuar a se desenvolver.
Após discorrer desta situação, pode ser feito a correção das trincas e fissuras mais
evidentes que mostram a separação da alvenaria estrutural e parte da cobertura por meio
da aplicação de um revestimento que deve ser executado para preencher o vazio deixado,
podendo agir aplicando, argamassa, selagem, grauteamento ou encunhamento.
Outro ponto importante a se destacar é a maneira adequada que deve se tratar as
etapas de execução, já que respeitar o tempo em que cada fase exigem, uma mão de obra
que tem a capacidade de aplicar estes produtos na estrutura, evitar erros durante a
estocagem, aplicação e escolha do produto pode ser fundamental para manter o nível de
desempenho durante o tempo desejado.
Nota-se que na área em que há uma ação física constante de atrito de carteiras,
mesas e cadeiras, ou respingos de chuva e contato com produtos de limpeza considerar a
tinta epóxi ou de poliuretano, já que estas são resistentes a ações de reagentes químicos,
dificultam a proliferação de micro-organismos e tem uma durabilidade e proteção maior
a ações físicas, dependendo apenas do fabricante as suas características.
Além disso, o plano de ações interventivas deve ser aplicado simultaneamente
com o de remoção da pintura, camadas do revestimento de argamassa das áreas mais
degradadas e que não podem ser restauradas, já que nas áreas de ação das causalidades o
cuidado deve ser maior durante a execução das atividades nos locais afetados e aplicar
substitutos ou novos produtos, baseando nos critérios de desempenho dispostos na norma
técnica NBR 15.575 itens 4.5, 6 e 6.3(ABNT, 2013).
Para a finalização das correções decorrentes das raízes das árvores que acabam
por prejudicar o passeio de veículos e dos usuários próximas a edificações,
principalmente no bloco administrativo Ⅰ, cortar e remover as árvores existentes, junto a
as raízes mais evidentes próximas ao estacionamento, proporcionam vagas de
estacionamento livres para utilização. A ação de uma mão de obra que tenha capacidade
de cortar o tronco com uma serra elétrica e depois remover as partes que sobressalentes
destas, pode ser de grande ajuda para solucionar o problema, assim como a aplicação de
93

um manto asfáltico e pintura, ajudam a deixar o estacionamento mais organizado e


preparado para uso.
Enquanto as raízes da árvore de jamelão no pátio central, pode ser feito uma área
permeável adequada, retirando a área afetada e construindo uma estrutura que garanta o
crescimento da árvore no local e disponha bancos mais concretos e seguros, sendo a
melhor solução já que é uma árvore bem localizada, tem um aspecto de identidade na
edificação e com a preservação e manutenção do espaço podem tornar a área mais
acessível e agradável para a comunidade acadêmica.
Para efeito de conclusão a tabela 2 foi feita pelo autor para identificar os tipos de
manifestações patológicas e as alternativas escolhidas para intervir nas manifestações
patológicas encontradas.

Tabela 3: levantamento do tipo de patologia e sua alternativa de intervenção

Tipo de patologia Alternativa de intervenção


Fissuras mapeadas na Renovação completa do revestimento; Renovação da
estrutura devido a retração e pintura; Controle do excesso de umidade com limpeza
contração da argamassa da periódica.
superfície
Fissuras horizontais e Renovação completa do revestimento; Preparação da
verticais paralelas a um base da argamassa a hidratação da cal.
sistema construtivo
Verificar azulejos com sons ocos; Remoção do
Desplacamento de azulejos revestimento inadequado; aplicação de uma camada de
argamassa com chapisco para aumentar a aderência da
peça.
Desagregação da pintura e Remoção da camada de pintura ou reboco e aplicação
revestimento em alvenarias de uma nova respeitando as etapas de execução.
Bolhas e saponificação da Remoção da camada de pintura e aplicação de uma
pintura nova respeitando as etapas de execução.
Definição do quadro de limpeza mais organizado,
aplicação de produtos adequados, manutenção
periódica, limpeza da superfície com produtos a base
Fungos e bolor de cloro; Secagem da superfície; Remoção da
94

superfície que necessita de reparação; eliminar ou


evitar ao máximo a contaminação do excesso de água
no componente.

Armadura exposta Remover o concreto carbonatado; Remoção da pintura


enferrujada e carbonatação e armadura corroída; reforçar a armadura extra ou por
do concreto substituição; proteger a parte mais superficial da
estrutura com uma camada adequada de cobrimento
argamassado.
Descascamento por atrito Remoção da camada de pintura, aplicação de um
selador e uma tinta à base de epóxi ou poliuretano na
camada que geralmente pode haver mais atrito
Janelas e portas deterioradas Remover todas as janelas e portas que estejam
danificadas ou que causem desconforto visual e aplicar
verniz ou outra camada protetora para proteger contra
a ação de reações químicas
Árvores no estacionamento Remoção das árvores, das copas e raízes mais
salientes; aplicar asfalto betuminoso e delimitar as
marcações no estacionamento.
Raízes atrapalhando o Remover o piso rachado; delimitar área em volta da
passeio e piso rachado copa da árvore; Construir placas e bancos de concreto
para passeio e utilização dos usuários da instituição.

Fonte: Autor (2022)


95

5 CONCLUSÃO

As manifestações patológicas são evidências de um conjunto de ações que


receberam uma administração questionável, podem ter sua origem em qualquer etapa de
procedimentos dentro da construção civil, que sofreram com a falta de manutenção no
decorrer dos anos e que podem resultar em riscos danosos à edificação e aos usuários. É
fundamental avaliar os casos e estabelecer um cronograma de avaliação e manutenção
destes, tomando em consideração de prioridade aos que apresentam maior risco.
É de fundamental importância manter o foco no controle para a organização,
manutenção e reparação das manifestações patológicas, já que seguir a norma técnica
NBR 15.575 (ABNT, 2013), é uma ótima maneira de seguir com a execução de fatores
essenciais que devem resolver as manifestações patológicas, assim como, normas de
apoio que servem como mecanismos de defesa para os responsáveis técnicos e usuários
da edificação que supervisionarão a ação contra essas causalidades, como a NBR 14.037
(ABNT, 2013), com o principal objetivo de gerar documentos pertinentes para execução
e manutenção dos elementos construtivos, como laudos descritivos.
Com os diversos casos destacados, foi possível evidenciar as diversas
manifestações que ocorrem no bloco pedagógico Ⅰ e do bloco administrativo do campus
Rio Verde, além de estudar as ocorrências que são destacadas nas edificações, as
manifestações patológicas são indícios de medidas que devem ser tomadas pelo instituto
com a intenção de impedir que esses problemas se agravem, já que estas edificações são
fundamentais para a gestão de diversas áreas do campus.
Assim, a forma apresentada de corrigir, diminuir e auxiliar no combate de novas
manifestações é fundamental e deve ser seguida pelas autoridades competentes do
campus para evitar um impacto desconfortável e diversos outros riscos aos usuários dos
blocos institucionais. Concluído, se torna essencial tomar medidas preventivas, ou seja,
ações tomadas antecipadamente, antes que as causalidades possam infligir danos a
estrutura das edificações e causar problemáticas que trariam mais casos infortunosos,
além de efetivar ações que possam melhorar a manutenção das edificações.
96

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Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9575 -


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https://www.univates.br/bdu/handle/10737/939>Acesso em 13 de julho de 2022.
100

ANEXOS
101

Anexo 1: Armadura exposta oxidada na passarela na ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Anexo 2: Trincas na parte externa da varanda da ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


102

Anexo 3: Descascamento da pintura e trincas na parte inferior da escadaria do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Anexo 4: Descascamento da pintura e trincas na parte inferior da escadaria do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)


103

Anexo 5: Fissura no corredor das salas administrativas da instituição no primeiro andar no bloco
administrativo

Fonte: Autor (2021)

Anexo 6: Rachadura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


104

Anexo 7: Rachadura no piso da sala de edificações na ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Anexo 8: Rachadura no piso da sala de edificações na ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)


105

Anexo 9: Fissura no auditório do primeiro andar do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Anexo 10: Fissura no corredor da ala leste do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2021)


106

Anexo 11: Fissuras na sala de arquivos da secretaria de graduação de cursos superiores do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Anexo 12: Fissuras na sala de arquivos da secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


107

Anexo 13: Trinca no teto do banheiro do patrimônio da instituição na ala oeste do bloco administrativo

Fonte: Autor (2022)

Anexo 14: Bolo no piso externo da ala oeste do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2021)


108

Anexo 15: Bolor e descascamento na alvenaria de vedação na passarela da ala sul do bloco administrativo

Fonte: Autor (2021)

Anexo 16: Descascamento da pintura da parede da sala do patrimônio da instituição na ala oeste do bloco
administrativo

Fonte: Autor (2022)


109

Anexo 17: Descascamento da pintura do teto administrativo

Fonte: Autor (2022)

Anexo 18: Deterioração da alvenaria da sala 12 na ala leste do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


110

Anexo 19: Bolha na pintura da sala de arquivos da secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Anexo 20: Descascamento da pintura do corredor da secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


111

Anexo 21: Oxidação da janela da sala 02 na ala oeste do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Anexo 22: Oxidação da janela da sala 01 na ala oeste do bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


112

Anexo 23: Deterioração da pintura da sala de arquivos da secretaria de graduação de cursos técnicos do
bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Anexo 24: Deterioração da porta do banheiro masculino da secretaria de graduação de cursos técnicos do
bloco pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)


113

Anexo 25: Desplacamento do piso do corredor da secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

Anexo 26: Desplacamento do piso do corredor da secretaria de graduação de cursos técnicos do bloco
pedagógico Ⅰ

Fonte: Autor (2022)

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