Resumo Avaliação Da Aprendizagem Luckesi
Resumo Avaliação Da Aprendizagem Luckesi
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CAPITULO I
Luckesi chama de pedagogia do exame aquela que possui como característica principal a
centralização nas provas e não ajuda na aprendizagem dos alunos.
No capítulo, o autor observa a maneira com que os professores avaliam seus alunos. Salienta que a
maioria dos professores acredita que a prova é a melhor forma de avaliar os alunos e muitos a
utilizam como instrumento de ameaça aos alunos, dizendo-lhes: - "Quero ver na prática o que
vocês aprenderam. "Muitos professores elaboram provas com o intuito de provar aos alunos que
eles não sabem e não para ajudá-los em sua aprendizagem.
CAPÍTULO III - Do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude
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preocupado em encontrar outros caminhos para um aprendizado efetivo, mas sim expor
publicamente o aluno que não aprendeu. Desta forma, castiga-se o aluno, culpado por não ter
aprendido, e evita-se que o fato se repita.
A culpa, uma herança de nossa cultura “ocidental-cristã” e de sua concepção filosófica-religiosa,
que ainda hoje carregamos: tudo que é errado é pecado e merece ser castigado. No entanto,
uma medida acertada seria o professor encarar o insucesso do aluno como um indicador de que
algo no processo de ensino- aprendizagem saiu insatisfatoriamente, de que o aluno não foi
“alcançado” pelo professor. Projetar a responsabilidade do não aprendizado sobre o aluno é
eximir o professor de toda a culpa.
O processo de ensino-aprendizagem e todas as partes envolvidas devem ser avaliadas pelo
professor continuamente. Verificar a constituição do erro e sua origem abre caminho para
superá-lo, com benefícios significativos para o crescimento.
Mais do que ver negativamente o insucesso do aprendizado, deve-se vê-lo, positivamente, como
um trampolim em busca de um caminho melhor. Nesse caso, significaria o professor descobrir
outras maneiras de “atingir” o aluno que não aprendeu.
Insucesso e erro não devem estar atrelados à culpa e castigo, mas sim serem vistos como
ações que ainda não foram aprendidas e que necessitam da oportunidade de reorientação,
dando ao aluno chance de crescer.
Outro fator de destaque diz respeito à questão do erro, da culpa e do castigo na prática escolar
estarem bastante ligados à questão da avaliação. O que vemos hoje é a avaliação escolar
sendo feita de uma forma distorcida. Ao invés de qualificar o real aprendizado do aluno, a
avaliação serve de suporte para encontrar culpados e aplicar castigos.
O que fica de real importância quando se avalia a questão do erro e do insucesso na
aprendizagem escolar é que, de forma alguma, eles devam ser considerados fontes necessárias
de crescimento, mas, uma vez ocorridos, deve-se tentar tirar deles os maiores benefícios.
Reconhecendo a origem do erro podemos fazer uma revisão e avançar. O erro jamais deveria
ser fonte de castigo, mas sim de crescimento de ambas as partes. O professor por cumprir seu
papel de ofício e o aluno aprendendo sem culpa.
O indivíduo para estar realmente inserido no contexto social precisa fazer uso do conhecimento,
o qual a escola é um instrumento necessário para tal.
O desafio da democratização é o acesso universal ao ensino e a permanência deste acesso, ou
seja, o aluno que teve acesso à escola deve permanecer nela até a conclusão de seus estudos.
Devido a grande desigualdade social evidente em nosso país, o acesso à educação e ainda
mais, a sua permanecia, é bastante precária. Isto se deve ao fato de que ainda acredita-se que
quanto mais uma sociedade for desprovida de conhecimentos, mais fácil é o seu domínio.
Outro fator que interfere no processo de democratização do ensino é a questão da qualidade de
ensino, cujo objetivo está voltado para uma escolarização que propicia o saber e desenvolve as
aptidões necessárias como também, a criticidade do ser humano. Uma escola democrática não
deve apenas transmitir o conhecimento, mas construir um conhecimento de qualidade junto aos
alunos.
A avaliação tem o poder de inviabilizar a democratização do ensino quanto é conduzida de
maneira inadequada: texto mal elaborado, leitura inadequada, contexto.... podem possibilitar a
repetência e esta, traz como consequência à evasão escolar. A avaliação do aprendizado existe
para garantir a qualidade da aprendizagem do aluno e não sua exclusão.
Um sistema de avaliação classificatório, o qual apenas contribui para assegurar a estagnação do
aluno, em termos de apropriação dos conhecimentos e habilidades mínimos necessários, temos
um processo antidemocrático. Para o melhor entendimento de um sistema avaliatório, faz-se
necessário discutir sobre o conceito de avaliação, o qual é definido como um juízo de qualidade
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sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão. Para que o professor saiba
qual caminho a ser percorrido e o que deve ser mudado neste percurso é necessário que se
faça uma avaliação dos dados, para que se saiba o que fazer com o aluno quanto a sua
aprendizagem.
Quando o professor não dispõe de um planejamento adequado, não sabendo assim, onde ele
está e aonde quer chegar, dificilmente ele conseguirá desenvolver um processo avaliatório de
qualidade.
Um dos caminhos para a democratização do ensino é modificar o sistema de avaliação,
deixando este de ser classificatório para ser diagnóstico, onde a avaliação deverá ser assumida
como um instrumento de compreensão da aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em
vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no seu processo de
aprendizagem. Assim, a avaliação diagnóstica não é apenas um instrumento para a aprovação ou
reprovação dos alunos, mas um instrumento de diagnostico de sua situação atual, tendo em
vista o direcionamento de sua aprendizagem.
Através desta perspectiva de avaliação é que podemos fornecer subsídios para a
democratização do ensino em nosso país.
A escola opera com verificação e não com avaliação, isso significa que na prática há aferição do
aproveitamento escolar, em que os professores realizam basicamente três procedimentos
sucessivos: medida do aproveitamento escolar; transformação da medida em nota e utilização
dos resultados identificados.
A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula um
projeto pedagógico junto com seu consequente projeto de ensino. O texto expõe os elementos
do movimento real na prática escolar.
O padrão de medida é usado no tocante ao acerto de questões, notas e conceitos que expressam
a qualidade da aprendizagem. Com o resultado em mãos os professores podem simplesmente
anotar a nota do aluno em seu diário, oferecer uma outra oportunidade de melhorar a nota caso
tenha obtido nota baixa ou mudar seu método em sala, pra que todos aprendam como deveriam
aprender. Na minoria das vezes os professores usam a terceira opção e quando o professor
procura rever a matéria, não está afim de que os alunos aprendam e sim que consigam uma
melhor nota.
Seria apropriado que os professores aproveitassem os resultados da avaliação e mudassem o
seu método, mas é esta medida é muito pouco utilizada na escola. Desta forma, as escolas
aferem a aprendizagem escolar, classificando os alunos em aprovados e reprovados, por isso
conclui-se que a escola vem praticando a verificação, pois não oferece meios de aprendizagem
significativa, isto é, quando avalia não se toma uma outra decisão.
O ser humano age de duas formas: aleatoriamente - “sem saber aonde se quer chegar” ou
planejado - estabelecer fins e construí-los por meio intencional.
O ser humano interfere no meio ambiente em função de modificá-lo para buscar a satisfação de
suas necessidades contendo efeitos negativos sobre a natureza propriamente dita e também
sobre o mundo social. Ações positivas e negativas são de ação intencional do ser humano que
se manifestam no modo de ser e estruturar a sociedade com todas as manifestações de
satisfatoriedade ou insatisfatoriedade, que constroem resultados.
Planejar é uma “atividade meio” que subsidia o ser humano, no encaminhamento de suas ações
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CAPÍTULO VII -
Por uma prática docente crítica e construtiva
O sistema educacional brasileiro necessita de uma prática docente crítica e construtiva de modo
a perceber as determinações sociais de forma mais exigente, e promover uma construção de
desenvolvimento do educando. Isso traz a percepção do prazer do aprender e mostrar ao aluno
o seu próprio desenvolvimento para que assim queiram permanecer na escola para ter uma
qualidade satisfatória de instrução. Existem duas formas de aprendizagem: uma que se dá
espontânea e informalmente e outra de forma intencional e sistemática.
A aprendizagem espontânea e informal ocorre nas múltiplas situações de vivência do cotidiano, é
aquela que o educando aprende no dia-a-dia, na convivência com pessoas e nos
acontecimentos do mundo.
As aprendizagens intencional e sistemática são aquelas que o educando aprende na escola,
aquela que o educando aprimora seu pensamento com atividades sistemáticas, ou seja, a
associação do que foi dado em sala com o que está sendo pedido. Portanto o que for dado ao
educando tem quer ser de boa assimilação, pois se oferecido conteúdos desconexos da
realidade e de difícil assimilação ele não adquire nenhum conhecimento tornando-se nula do
ponto de vista de desenvolvimento, porque o educando só "arquiva" informações não sabendo
usá- las.
Na dinâmica de assimilação de conhecimentos temos quatro elementos fundamentais:
Assimilação receptiva: cada educando assimila de acordo com suas vivências do seu cotidiano.
Exercitação de conhecimentos: praticar o conteúdo apresentado.
Aplicação de conhecimento: transferir e discutir de forma crítica.
Inventividade: ação criativa de assimilação dos conteúdos.
Estes recursos metodológico estão voltados para os objetivos do processo da aprendizagem do
educando, importando basicamente com a aproximação do educando com o conhecimento
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elaborado para que se dê uma assimilação receptiva usando métodos específicos, realizados
em vários processos e princípios somente para que o educando aprenda a se desenvolver
individual e coletivamente. Para tanto professor terá de planejar, executar e avaliar tendo em
vista construir os resultados de forma com que sejam efetivamente construídos.
Sendo assim, essas reflexões e indicações oferecem aos educadores "pistas" para um trabalho
critico e construtivo a serviço do desenvolvimento dos educandos no que se refere as suas
capacidades cognitivas e suas convicções.
Na vida, em nosso cotidiano seguimos rotinas inconscientes, mas não ao acaso. Por trás
existem forças agindo e só nos damos conta dela, quando olhamos para aquilo que já vivemos.
Contudo do ponto de vista consciente, temos metas a seguir clareando assim nossos desejos. A
ação, se não precedida de um forte desejo, torna-se apática, sem vida, não se tem alegria e não
atinge bons resultados. Precisamos ter clareza de quais são esses desejos para nós e para a
comunidade a qual prestamos serviços. Quando acreditamos e nos entregamos aos nossos
desejos, as forças do universo conspiram a nosso favor e com isso conseguimos ótimos
resultados.
O significado da entrega do trabalho
Infelizmente a visão que tem hoje do trabalho é que ele é um peso que não pode ser evitado. No
entanto, o verdadeiro significado é que ele nos possibilita a aprender mais sobre nós mesmos,
crescer, desenvolver e encontrar satisfação na vida.
Para isso precisamos quebrar barreiras, promover mudanças, romper com nossas limitações e
descobrir novas habilidades.
Usamos esforços para suprir nossas necessidades básicas do dia-a-dia. Alguns
incentivos como a obtenção de status, poder aquisitivo, acabam por restringir nosso potencial
humano e nos leva a um comportamento de competição e manipulação. Por isso, necessitamos
de nova filosofia de trabalho baseada em qualidade e valores humanos.
É o trabalho embasado em competência que se consegue ver as dificuldades de nossa
realidade e compartilhar com os outros, o que se aprende. Só investigando nossos sentimentos
com plena atenção, tentando saber nossos verdadeiros desejos, nos dedicando, iremos
descobrir nossas metas e sonhos e conseguiremos fazer parte de tudo que realizamos.
Planejamento em geral e planejamento de ensino
Planejar é o ato de organizar metas e ações, o planejamento traz consigo a necessidade da
satisfação. Para obter a necessária satisfação existe um planejamento, ou seja, é estabelecido
um ponto para onde deseja ir. Contudo somente o planejamento não é suficiente é necessária a
execução, a ação é o meio mais fácil para construir resultados que bem planejado pode ser
satisfatório.
Necessidade de atenção no planejamento
Para alcançar a satisfação temos que planejar com sentimentos, planejar com sentimentos é
planejar com amor e com o coração, temos que muitas vezes duvidar do método de planejar,
procurando sempre melhorar, temos que nos esforçar para que o coração esteja presente em
todas as atividades, pois atividade sem amor é uma atividade sem vida.
Necessidade de conhecimento na atividade de planejar
Deve-se ter uma base sobre o tema a ser planejado, pois ao lado da atenção plena caminha o
conhecimento. No caso se ensino aprendizagem torna-se necessário o conhecimento seguro
sobre o que deseja na educação. O planejamento sem conhecimento será uma máquina morta.
Planejamento na atividade pedagógica com atividade coletiva
A atividade de planejar é uma atividade coletiva, esta deverá contar com todos os indivíduos
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envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Então, como pode ser possível que alguns
educadores planejem e trabalhem sozinho? Na prática, isso acontece muito, porém todos sabem
da consequência de uma atividade escolar isolada.
Execução do planejamento no ensino
Tudo o que é planejado, precisa ser executado, com dedicação (amor), conhecimento e
coletividade. A parceria na execução depende da entrega de cada indivíduo na tarefa assumida,
com isso a ação e a realização se dão o mais próximo do desejado.
Avaliação
A atividade de avaliar caracteriza-se como um de meio de crescimento do resultado satisfatório.
Podemos verificar que no cotidiano tanto em ato simples como complexos, a avaliação subsidia
a obtenção de resultados satisfatórios.
Planejamento e avaliação são atos que estão a serviço da construção de resultados
satisfatórios. Enquanto o planejamento traça os caminhos, a avaliação ajuda no
redirecionamento que venha a ser no percurso da ação.
Avaliação da aprendizagem
Em decorrência de padrões histórico-sociais, que se tornam crônicos em nossas
práticas pedagógicas e escolares, a avaliação assumiu a prática de "provas e exames”
o que gerou um desvio no uso da avaliação, que em vez de ser utilizada para construção
de resultados satisfatórios, tornou-se meio de classificar os educandos e decidir sobre
seus destinos no momento de suas vidas escolares.
Avaliação e entrega
O ato de avaliar também exige a entrega. A entrega ao desejo de que o educando cresça
e se desenvolva, possibilita o envolvimento como processo do educador, estando
sempre atento as suas necessidades.
Ninguém cresce sem ação e ação contém dentro de si uma disciplina. A avaliação é uma
forma de tomar consciência sobre o significado da ação na construção do desejo que
lhe deu origem.
Concluindo
Planejamento, execução e avaliação são recursos da busca de um desejo.
Para tanto, é preciso saber qual é o desejo e entregar-se a ele. As ações pedagógicas
que praticamos junto aos educandos devem querer estar entregues a ele, a fim de que
possamos construir resultados satisfatórios, auxiliando o desenvolvimento e ao mesmo
tempo processando nosso alto crescimento.
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Se o professor deseja saber se o educando é capaz de aprender mais do que foi ensinado,
poderá elaborar questões que exijam maior nível de conhecimento, mas apenas para
diagnóstico não levando em consideração para aprovação ou reprovação.
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LUCKESI, Carlos Cipriano. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª ed. São Paulo: Cortez,
2002.