Contos Populares Portuguezes
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Contos Populares Portuguezes
PORTUGUEZES
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entrar em obras de moral muito sérias , redigidas para
uso d'uma nação tão grave como a do Celeste im
perio . Apesar de sabermos já alguma cousa da historia,
migrações e reproducções independentes das tradições
populares , não foi ainda assim sem surpreza que nos
Avadânas , contos e apologos d'origem indiana extrahidos
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£ Vid. Patin, Etudes sur les tragiques grecs 1,3 254 not .
Vid . Loiseleur Deslongschamps, Essai sur les fables in
diennes, Paris, 1838. 8. p. 132 ss ; Hermann OEsterley, Gesta
Romanorum . Berlin, 1872. 8.° N. ° 283 e nota respectiva . Á. d'An
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« Ai Maria Sabida !
> Tào doce na morte
Tâo agra na vida ! »
« Hữu cavaleyro era muy namorado d'hua dona muy filha d'al
go casada . E a dona era de boa vida e non curava nada do cava 1/
leyro, como que a elle demandava muy aficadamente . E aconteceo
que morreo o marido da dona . E o cavaleyro começou de a de
mandar mais aficadamente . E ella mandou-o chamar e disse-lhe :
«Vós sabedes que non sodes igual a mym ; pero quero vos tomar
por marido se vos iguardes a mym al de menos em riquezas e per
esto me escusarey de meu linhagem . E o cavaleyro pidyo a elRey {
e aos outros senhores e trouve aa dona muyto ouro e muyta prata e
muytas doas . E ella por se escusar de seu casamento disse-lhe que
todo aquello era pouco se mais non trouvesse . E entom o cavaleyro
teve o caminho a huu mercador que levava muy grande aver e
* matou-o e soterrou- o fora da carreyra, e tomou todo o aver que
levava e trouve-o aa dona . E ella entendeo que aquella requeza era
de maao gaanho , e disse ao cavaleyro que se lhe non dissesse
ľ d'onde ouvera aquelle aver que non casaria com elle . E o cava
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leyro descubriu-lhe todo o que fezera. E ella lhe disse que fosse ao 2
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rãao ataa o galo cantante e que lhe non encubrisse todo o que lhe
acontecesse e que se esto non fezesse que o non tomaria por ma
rido . E elle fez assy como lhe a dona mandou . E vio sayr da cova
o mercador e ficou os geolhos em terra e disse tres vezes : «Senhor
Jesus Christo, que és Justo juiz, e que vees todalas cousas, posto
que sejam feitas escondidamente, da a mym vingança d'este cava
leyro que me matou e tomou-me todalas cousas per que viviamos,
eu e minha molher e meus filhos . » E ouvyo hua voz que lhe disse:
«Eu te digo e prometto em verdade que se elle nom fezer peenden
ça em triinta annos, que eu te darey d'elle tal vingança que sera
à todos exemplo . » E tanto que esto foy dito tornou- se o morto pera
sua cova . E o cavaleyro muy espantado e tornou- se pera a dona e
contou-lhe todo o que vira e ouvyra . E ella recebeo - o por marido e
ouve d'elle filhos e filhas . E ella lhe dizia muyto a meude cada dia
que se lembrasse do espaço que lhe fora dado pera fazer peenden
ça . E este cayaleyro fez em huu seu monte huas casas muy nobres
1
è muy fortes . E estando elle huu dia em aquelle loguar comendo
com sua molher e com seus filhos e com seus netos em grande sol
laz com a boa andança d'este mundo, veo huu jograr e o cavaleyro
f feze-o asseentar a comer. E emtanto elle comya, os sergentes des
temperarom o estormento do jograr e huntaram -lhe as cordas com
grussura . E acabado o jantar tomou o jograr o seu estormento pera
{ tanger e nunca o pode temperar. E o cavaleyro e os que estavam
com elle começarom escarnecer do jograr e lançarom-no fora dos
paaços com vergonça . E logo veeo huu vento grande com tempes 1
2
tade, e soverteo as casas e o cavaleyro com todolos que hy eram .
E foy feito todo hữu grande lago . E parou mentes o jograr tras sy
e vyo em cima do lago andar huas luvas e hữu sombreyro nadan
do, que lhe ficarom em-na casa do cavaleyro quando o lançarom
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(1) Marcamos com o asterisco as versões que não pudemos estudar ; grande
parte d'ellas são indicadas por R. Köhler, nas notas á versão avarica.
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de Beaumont (1 ) , e traduzido mais de uma vez em portu
guez , que nada ha mais natural do que pensar que a forma
que publicamos deriva d'essa fonte litteraria ; a concor,
dancia é sobretudo muito particular na primeira parte
> do conto, até que Beile vae habitar o palacio do mons
tro ; no resto ha differenças apparentemente insignifican
tes e que se poderiam attribuir aos caprichos da imagi
nação dos narradores portuguezes, se a comparação não
nos mostrasse o seu valor tradicional . Na versão de Ma
dame de Beaumont , Belle familiarisa-se com o monstro
que a tracta magnificamente e lhe pergunta sempre an }
tes de se ir deitar- se ella quer casar com elle ; ella res
ponde que não , e o monstro lança um terrivel suspiro . 1
Belle, um dia vê n'um espelho que seu pae estava doen
te de pena ; exprime ao monstro o desejo de o vêr ; elle
consente, mas faz-lhe prometter que voltará ao fim de
oito dias ; diz-lhe quando ella quizer voltar que ponha
ao deitar - se o seu annel em cima da mesa . Quando Bel
le acordou achou - se em casa de seu pae. As irmãs ti
nham casado, mas eram desgraçadas ; vendo a irmã ves
tida como uma princeza, tiveram-lhe inveja e tractaram
de a demorar mais dos oito dias, o que conseguiram ,
fingindo-se muito penalisadas pela partida d'ella . Ao fim
} de dez dias voltou Belle ao palacio, mas o monstro não
apparecia ; ella correu a um sitio onde o vira em sonho
e achou- o sem sentidos ; lançou- se sem horror sobre o
corpo do monstro ; deitou-lhe agua na cabeça, e ella vol
tando a si diz -lhe que de pena de a ter perdido resolve
ra matar- se á fome . Belle diz -lhe que elle ha de viver e
ser seu esposo ; então o monstro desapparece e em seu
logar fica um bello principe , pois o seu encanto devia
acabar quando uma donzella o acceitasse para esposo.
As más irmãs são convertidas em estatuas . O final da
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(1) Contes moraux pour l'instruction de la jeunesse, por
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Madame Le Prince de Beaumont, extraits de ses Ouvrages et pu
bliés pour la première fois en forme de recueil . Paris, chez Bar
ba, 1806, 3 vol . 8.0.
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hum forno de cal, a que naquelle tempo lançara o fogo, lhe disse,
que quando, na hora certa de hum dia determinado, mandasse
hum Pagem da Rainha a saber se fizera o que lhe ordenara, o lan
casse dentro no ardente forno, porque assim convinha a seu Real
serviço ; chegado o prescripto dia, à hora sinalada mandou ElRey
o innocente Pagem com o recado fingido ao lugar do incendio, em
que determinava, que se queimasse a innocencia , e Deos dispunha
que ardesse culpa ; obedeceo elle com diligencia prompta, e como
tinha por inalteravel devoção entrar nas Igrejas, quando ouvia fa
zer os sinaes ao levantar da Hostia consagrada, ouvindo-os no Con
vento de S. Francisco da Ponte, que estava no caminho, entrou
nelle e ouvio hua, e outra Missa, e assistindo no exercicio de sua
devoção, pòz Deos embargos à sentença de sua morte ; dispondo o
Senhor que se consumisse no fogo quem lhe procurara o incendio,
porque quem venera a saudavel Hostia, logra immunidades na vi
da, e não só nã : padece o dano que se lhe prepara, mas faz que elle
recaya em quem lho solicita ; bastou sonhar Gedeão com o Pão que
era figura da Eucharistia para debellar os exercitos de Madian ;
antes de sonhar com o facramento, teve por duvidosa a batalba,
tanto que ouvio o misterio, deu por conseguida a victoria . Estando
ElRey cuidadoso do successo, è desejando saber, se o fogo tinha
desvanecido em fumo o seu presumido aggravo, chamou o outro
Pagem, que atrevidamente tinha infamado, na Magestade mais de
corosa, a mais innocente castidade, e lhe disse que fosse saber , .
se se tinha dado à execução a sua ordem ; chegou elle ao lugar
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Diz d'ali uma porta :
«Que tens tu, tripeça , 1
Que estás a dançar ? »
«< Morreu o João Ratão,
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Carochinha está a chorar,
E eu que sou tripeça
Puz-me a dançar . »
: «E eu que sou porta
Ponho-me a abrir e a fechar . >»
1 Diz d'ali uma trave : !
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«Que tens tu, porta, |
Que estás a abrir e a fechar ?
« Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
E eu que sou porta
Puz-me a abrir e a fechar. »
«E eu que sou trave
Quebro-me . »
Diz d'ali um pinheiro :
«Que tens, trave,
Que te quebraste ? »
«Morreu o João Ratão, 1
Carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
£ E eu quebrei-me. »
« E eu que sou pinheiro
Arranco -me. »
Vieram os passarinhos para descançar no pinheiro e
viram -n'o arrancado e disseram :
«< Que tens, pinheiro ,
Que estás no chão? »
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E eu arranquei-me. »
« E nós que somos passarinhos
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Vamos tirar os nossos olhinhos .
Os passarinhos tiraram os olhinhos, e depois foram
á fonte beber agua. E diz-lhe a fonte:
« Porque foi passarinhos , }
Que tirastes os olhinhos? »
« Morreu o João Ratão, }
A carochinha está a chorar,
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A trave quebrou- se,
O pinheiro arrancou- se,
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«E eu que sou fonte
Secco -me . »
Vieram os meninos do rei com os seus cantarinhos
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para levarem agua da fonte e acharam-na secca e dis
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« Que tens, fonte,
Que seccaste?
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O pinheiro arrancou-se,
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E eu sequei-me. >>
«E nós quebramos os cantarinhos .»
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« Oh cão ! tu és tão forte que mordes o gato, que
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derrete a neve que o meu pé prende ! »
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ga o lume, que queima o pao, que bate no cão, que
morde o gato, que come o rato, que fura a parede que
impede o sol, que derrete a neve que o meu pé prende ! »
Responde o boi : « Tão forte sou eu que o carniceiro
me mata . >>
« Oh carniceiro ! tu és tão forte, que matas o boi,
que bebe a agua, que apaga o lume, que queima o pao,.
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foram fazer o caldinho e ficaram vivendo juntos , o coe
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curar um padrinho para o seu netinho e no caminho en
} controu um lobo, que lhe perguntou : Aging « Onde vaes tu,
velha ? » Ao que ella respondeu : A « Vou arranjar um
padrinho para o meu neto . » - « Oh velha, olha que eu co
mo-te ! » - « Não me comas, que quando se baptisar o meu
menino, dou-te arroz doce. » Foi mais adeante e encon
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trou outro lobo que lhe fez a mesma pergunta e ella deu
lhe a mesma resposta . Depois encontrou um homem que
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Era uma raposa e viu uns cães de caça e elles dis
seram-lhe: Ó comadre anda aqui para onde a nós;
veiu agora uma ordem dos bixos não fazerem mal uns
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aos outros . » Ella disse-lhe : - « Eu venho logo que vou
ver se aquelle meu compadre se quer utilisar da mesma
ordem e vir para aqui onde a nós .» O compadre era
um gallo . N'isto passou aí um caçador e disse-lhe :
«O raposa, queres tu gallinhas? -« Eu quero . » - « Pois
«Ó
então anda á tarde a minha casa que eu tenho lá uma
capoeira d'ellas . » -O caçador tinha uma duzia de câes
de caça mettidos n'uma córte e soltou os cães á raposa .
N'isto ella deitou a correr e o gallo estava em cima
d'uma parede e gritava -lhe: « Mostra-lhes a ordem, mos
tra-lhes a ordem . » A raposa escapou- se dos cães e foi a
um campo que tinha o tal caçador e que era de milho ;
soltava para dentro - alagava uma pedra; saltava para
fora-alagava outra , até que fez um portello por onde
podia passar o gado. Viu um burro e disse- lhe : V de « Ó
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compadre, queres milho ? -» Quero . Cal « Então entra
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para dentro que eu hei de pagar ao caçador o engano
que elle me fez . » O burro comeu tanto milho que lhe
saiu o sesso defóra ; depois veio um corvello e a raposa ↑
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disse-lhe : « O compadre, queres tu carne ? -» Eu que
ro, sim. » - « Pois então vae alli . » E indicou -lhe o sesso
do burro onde elle foi picar e o burro enganou- o aos cou
ces. Depois a raposa encontrou um lobo e disse -lhe :G >>
Ó compadre, queres tu? vamos tomar um afilhado. Fo
ram para deante e encontraram uma gente que estava
a fazer um molho de centeio e vae ella disse-lhe :
«< Olha , ó compadre, chega - te ali pr'a o pé d'aquelles ho
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Olha; bebemos a agua; enchemos a barriga e depois va
mos mijar e assim tiramos a agua do poço . »
Foram beber, mas a raposa não bebia quasi nada
porque apenas tinha bebido alguma agua dizia : - « Ai,
tenho a minha barriga tão cheia . » Mas o pobre do lobo
bebia muito e tanto bebeu que arrebentou e morreu .
Depois a raposa juntou - se e mais a garça para faze
rem um caldo de farinha ; a garça fez o caldo n'uma
almotolia; metteu o bico e bebeu tudo, porque a raposa
não podia bebel-o pela almotolia . Depois a garça disse
lhe : « Tu já me convidaste para a tua boda; agora vou
te eu convidar para uma boda que ha no ceo . » — « Eu
como hei de ir ? » - « Vaes nas minhas azas . »
Foi; a garça assim que estava mais enfadada disse
lhe: «Tem-te, comadre, emquanto eu escupo (1 ) em
mão. Larga a raposa e esta quando vinha a cair dizia
« Isto vae de déo em déo ;
Se eu d'esta escapo
Não torno ás bodas ao céo . »
Estava da banda de baixo um penedo grande e ella
disse : Kateg « Arreda, lage, que te parto . » N'isto caiu sobre
a fraga e arrebentou . (2)
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tu fizestes muito bem em me deitar ao poço , porque es
tão cá coisas muito bonitas ; se tu queres ver, mette-te
n'esse balde que ahi está em cima ; vens ver o que cá
está e depois voltas . O lobo caiu novamente no logro ;
metteu-se no balde, e foi abaixo e ao mesmo tempo que
} elle ia descendo vinha subindo para cima o balde em que
estava a raposa . Esta logo que se viu em cima disse
1 para o lobo : - « Fica para ahi para não seres tão tolo 1
que te fies nas matreirices que as mais raposas tão ma i
treiras como eu te queiram impingir. E foi-se cantando {
pelo caminho fóra :
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- «Raposinha gaiteira,
Farta de papas i
Vae á cavaleira . »
(Coimbra .)
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esta lh'a não quizesse dar, furtou-lhe uma camisa.
Foi-se mais para diante; viu um violeiro sem camisa
e disse-lhe: «Coitado estás sem camisa ; toma lá vae
te vestir. « Em quanto elle foi vestir a camisa , furtou
The o gato uma viola e depois subiu para cima d'uma
arvore e começou a tocar viola e a cantar :
1
«Do meu rabo fiz navalha;
Da navalha fiz sardinha ;
Da sardinha fiz farinha;
Da farinha fiz menina; •
Da menina fiz camisa;
Da camisa fiz viola;
Frum, fum, fum,
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Vou para a minha escola. »
(Coimbra.)
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O PINTO BORRACHUDO
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pombinhas que levavam uma coroa real nos bicos . >>
Respondeu a chuva : « Não as vi , mas talvez o meu
compadre vento as visse, pois esse quasi sempre entra
em toda a parte . »
Foi o creado ter ao reino dos ventos ; esperou que o
rei des ventos entrasse em casa e logo sentiu o grande
barulho que elle fazia . Da mesma forma que a chuva,
assim elle respondeu , acrescentando mais : - ‹ A mim
tapam-me todos os buracos e janellas , por isso nada sei
d'essas pombas, mas o sol com certeza ha de saber, pois
as aves gostam todas muito do sol . »
Partiu o creado para o reino do sol e n'estas viagens
iam-se passando annos , pois elle tinha de atravessar ares
e nuvens para ver se encontrava
o que desejava . Che
gado ao reino do sol logo este lhe appareceu e lhe dis
se : M «As pombas que procuras estão no reino dos pas
saros; agora estão ellas fazendo os seus ninhos dentro
da coroa que te roubaram; monta no meu cavallo e par
te para lá; espera que as pombas saiam, tira a coroa e
logo o rei dos passaros te offerecerá as suas azas para
te conduzir ao palacio do rei teu amo. »
Montou o creado no cavallo do sol e tudo se passou
como elle tinha dito\ . Chegado ao palacio do rei com a
coroa, disse-lhe o rei : « Não te posso já dar a minha
filha, porque ella anda encantada n'uma pomba , mas se
tu quizeres casar com ella has de primeiro fazer o que
te vou ordenar . Vês aquelle campo que está em frente
d'este palacio ? » - « Vejo, real senhor. » « Pois bem ;
ordeno-te que de hoje até amanhã o vás semear de trigo,
e que o faças crescer, que o ceifes , lhe tires a farinha,
cozas o pão e m'o apresentes aqui prompto. >>
Foi- se o creado muito triste por lhe parecer impossi
vel fazer tantas cousas; eis que de repente lhe appareceu
Branca -flor o lhe disse : - «Sei de tudo que meu pae te I
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(Coimbra .)
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mundo pode penetrar n'esta torre. Há no mar um gran
de caixão que é a causa dos meus soffrimentos ; quando
The tocam , ainda mesmo que seja um pequeno peixe,
são taes as dores que sinto que mais valia a morte e
comtudo eu não quero morrer. Dentro d'esse caixão está
um grande peixe ; dentro do peixe está um leão ; dentro
do leão está um passaro ; dentro do passaro está um ovo
e esse ovo quebrado na minha testa dar-me-hia a morte,
mas até que elle chegasse teria eu de soffrer tanto , tan
to, que é isso o que me faz recear morrer . »
Contou a rapariga • tudo ao rapaz e elle tractou logo
de procurar o tal caixão e tudo o mais que elle continha,
valendo-se para isso dos maridos de suas irmãs . Para
abrir o caixão serviu-se da chave que tinha comprado
aos tres irmãos . Logo que se viu de posse do ovo foi que
bral-o na testa do velho, mas elle dava taes urros que
faziam tremer ceo e terra .
Morto o velho, casou o rapaz com a menina e levou
a para a casa de seu pae; depois foi buscar as irmãs e
ficaram vivendo todos muito ricos e muito felizes .
(Coimbra.)
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A HERANÇA PATERNA
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OS DOIS IRMÃOS
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Eram d'uma vez dois irmãos que eram soldados
d'um regimento francez, mas que eram tão maltratados
que até fome passavam. Um dia disse o mais novo para
o mais velho : -«Irmão, isto não se pode soffrer; é me
lhor nós fugirmos e irmos correr esse mundo de Chris
to. » Respondeu o mais velho : «Não, que nos podem
apanhar e matar-nos . » O mais novo, porém, não o quiz
attender e um bello dia fugiu . Caminhou, caminhou sem
encontrar que comer até que foi ter á porta d'uma gran
de quinta onde avistou um formoso pomar em que as
laranjeiras vergavam ao peso das laranjas. Bateu á por
M ta e tornou a bater e como lh'a não viessem abrir, re
solveu-se a escalar o muro para ir comer laranjas . Como
não lhe apparecesse ninguem, elle comeu a fartar e es
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gasse n'uma bacia de leite e se voltasse a princeza de
pernas para o ar com a bocca na bacia sahia logo a co
bra que ella tem, que lhe faz mal . »
O almocreve, que estava a observar , foi de manhã
ter com o dono do poço; desceu ao fundo ; deu a pancada
e logo saiu a agua . Recebeu os quatro cruzados e foi-se
para a terra do rei . Chegou á porta do palacio e disse
aos criados que queria fallar ao rei .- « Então você que
quer? »-« Digam lá ao rei que eu venho cá dar saude á
princeza. >> Stal « Estão lá um ror de medicos e não lhe dão
saude e só você é que lhe hade dar saude ! ... » Mas
emfim resolveram-se a ir dizer ao rei que estava ali
aquelle homem . O rei chamou-o e elle foi lá acima e co
meçou a apalpar a princeza como medico e mandou vir
uma bacia de leite, e mandou pôr a princeza de pernas
-para o ar com a bocca na bacia de leite, e saiu -lhe de
dentro uma cobra e a princeza ficou boa .
O rei tinha promettido dar a princeza a quem a cu
rasse; perguntou ao almocreve se queria casar com ella
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é capaz o Pequenito . »
Apromptou-se tudo e o Pequenito arranjou uma
grande dorna e foi ao palacio do turco e quando elle es
tava a dormir envolveu-o na roupa da cama; desceu com
elle pela janella, metteu-o na dorna e á frente do exer
cito lá o levou para a corte do rei seu amo . Este quiz
logo que o Pequenito casasse com a sua filha; fizeram-se
grandes festas e o Pequenito mandou ir para o palacio
o seu pae e irmãos, dando -lhe altos cargos na corte . E
assim acaba esta historia de que !
(Coimbra.)
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lhe que estava ali uma casa, mas que quem lá entrava
não tornava a sair. O Mamma-na-burra foi e bateu á
porta e depois fallou-lhe uma mulher e disse-lhe -só se
elles quizessem ir para a cozinha e elle foi .
-
A primeira noite ficou lá o Tomba-pinheiros e quan
do era meia noite, veiu o diabo pela chaminé abaixo e
veiu lidar com o homem a ver se o podia matar para o
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levar para o inferno . E depois Tomba-pinheiros poude
mais que o demonio e este foi- se embora. Ao outro dia
Tomba-pinheiros estava muito triste, mas não disse aos
outros o que lhe tinha acontecido .
A segunda noite ficou lá o Arrasa-montanhas e o
diabo tornou a vir e o Arrasa-montanhas poude mais
que elle e o diabo pegou , foi-se embora .
A terceira noite ficou o Mamma-na-burra ; veiu o
diabo pela chaminé abaixo e o Mamma-na-burra quan
do o viu disse :
-És tu ?
7 E pegou na espada e traçou -o ao meio e o diabo
metteu-se por uma rama abaixo e o Mamma-na-burra
chegou pela manhã e disse para os outros :
-Havemos d'arrumar aquella rama .
Arrumaram a rama e viram um poço fundo redon
do ; arranjaram umas cordas e um cesto e uma campai
nha; primeiro foi o Tomba-pinheiros mettido no cesto e
os outros a segurar na corda : chegou ao meio do poço
e viu muitos bichos e não poude passar para baixo e
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E elle disse :
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-Fui eu que quiz vir.
Disse uma :
Vae-te embora, senão vem o meu encanto e ma
ta-te.
Perguntou elle :
O que é o teu encanto?
-É uma serpente .
-Não tem duvida.
Veiu o encanto e disse á princeza : }
Tens cá carne humana .
-Não tenho .
O encanto entrou e o menino deu-lhe com a espada l
e matou a serpente . Elle desencantou a menina , que lhe
deu um lenço marcado em todas as pontas com o nome I
d'ella . Elle metteu- a dentro do cesto, tocou a campainha
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e os companheiros içaram-na. Elle foi á segunda que
tambem o mandou embora. Perguntou-lhe o que era o
encanto d'ella e ella disse-lhe que era uma bicha. Veiu
o encanto que perguntou se tinha carne humana e o
Mamma-na-Burra matou-o . Ella deu- lhe uma maçã doi
rada é elle fêl- a tambem içar .
>
Depois foi á derradeira (princeza) e perguntou-lhe
o que era o encanto d'ella e ella disse-lhe que era o dia
bo maioral. Quando o menino viu o demonio, disse :
-Oh! a ti mesmo é que eu cá queria. » Pegou na
espada e cortou - lhe uma orelha fóra (ao diabo) e met
teu-a no bolso e a menina passou-lhe a mão por cima
do cabello e dourou -lhe o cabello e elle tocou a campai
nha para a guindarem.
Elle ficou sósinho dentro da casa e metteu uma pe
dra dentro do cesto e tocou para içarem e elles quando
viram que estava o cesto no meio do poço deixaram-no
cair, pensando que era o Mamma-na-burra. Elles fugi
1 ram com as tres princezas e elle trincou a orelha do de
menio dentro do poço e o demonio appareceu-lhe e dis
se-lhe:
-Tu que queres?
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Encontrou um pobresito e perguntou-lhe se queria ser
seu compadre d'elle.
Quero; mas tu sabes quem eu sou?
Eu sei lá; o que eu quero é alguem para padrinho
do meu filho .
> Pois, olha, eu cá sou Deus .
Já me não serves ; porque tu dás a riqueza a uns
e a pobreza a outros.
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า Foi mais adeante; e encontrou uma pobre e pergun
tou-lhe se queria ser comadre d'elle .
Quero; mas sabes tu quem eu sou?
Não sei. اسم
}
- Pois , olha, eu cá sou a morte.
E's tu que me serves , porque tractas a todos por
egual.
1.
Fez-se o baptisado e depois disse a Morte ao ho
mem:
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- Já que tu me escolheste para comadre , quero-te
fazer rico . Tu fazes de medico e vaes por essas terras
curar doentes ; tu entras e se vires que eu estou á ca
beceira é signal que o doente não escapa e escusas de
lhe dar remedio; mas se estiver aos pés é porque esca
pa ; mas livra -te de querer curar aquelles a que eu es
tiver á cabeceira, porque te dou cabo da pelle .
Assim foi . O homem ia ás casas e se via a coma
الهر ارد dre á cabeceira dos doentes abanava as orelhas ; mas
se elle estava aos pés receitava o que lhe parecia . Vejam
lá se elle não havia de ganhar fama e patacaria , que era
uma cousa por maior ! Mas vae uma vez foi a casa d'um
doente muito rico e a Morte estava á cabeceira; abanou
as orelhas ; disseram -lhe que lhe davam tantos contos de
reis se o livràsse da Morte e elle disse :
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Deixa estar que eu te arranjo , e pega no doente
e muda-o com a cabeça para onde estavam os pés e
elle escapa .
Quando ia para casa sae-lhe a comadre ao caminho :
Jang datandant Venho buscar-te por aquella 1 traição que me fi
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Era de uma vez um homem , que tinha muitos filhos ,
e era muito pobre, e como não tivesse em que ganhar
pão para lhes dar, foi para creado de certo rei , para ver
se assim podia sustentar melhor os filhos. Ao fim de um
anno de serviço disse elle ao rei . « Senhor peço que me
deis a paga do meu serviço, pois quero ir viver com os
meus filhos e mulher de quem estou separado ha um an
no .» Então o rei disse-lhe : « Não te pago em dinheiro,
mas leva essa mesa, e toda a vez que queiras comer di
rás : põe- te mesa, e terás comer para ti e teus filhos. »
* Foi-se o homem muito contente e no caminho teve fo
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logo tinham comer; quando precisavam de dinheiro tam
bem o tinham, e quando os filhos fazião alguma coisa
$ malfeita tambem o pae mandava desandar a cacheirinha,
e assim educou os filhos muito bem, e quando elles che
garam a serem homens , foi offerecel- os ao rei, para irem
servir a patria, e foram uns valentes soldados.
(Coimbra.)
XXV
CARNEIRINHO BRANCO
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que estava para ser sua esposa : « Então a menina quer
casar com um carneirinho ? » Ao que ella respondeu :
« Não tem duvida, que eu quando me for deitar, mato- o . »
Casou o carneirinho com a filha mais velha do rei do
conselho , e á noite quando se foi deitar, viu que ella
tinha uma faca de baixo da cabeceira para o matar ;
e elle então tirou a faca e matou a menina .
Passado tempo tornou o carneirinho a dizer á mãe :
« Minha mãe eu quero casar com a segunda filha do rei
do conselho . » « Então tu filho queres casar outra vez? »
Foi outra vez o carneirinho a casa do rei do conselho, e
disse á que estava para ser sua esposa, o mesmo que
tinha dito á irma, e ella respondeu tambem: « Deixal- o ,
que eu mato- o . » Casaram , e succedeu o mesmo, que da
primeira vez. Tornou outra vez o carneirinho a dizer á
mãe: « Eu quero casar com a filha mais nova do rei de
conselho. » A mãe deu-lhe a mesma resposta que das ou
tras vezes . Foi o carneirinho , outra vez transformado
em um lindo principe, dizer á filha mais nova do rei
" do conselho : « Então a menina quer casar com um car
neirinho ?» Ao que ella respondeu : « Deixal-o ; é Deus
que m'o dá. »
Ora o carneirinho branco, era nem mais nem menos
do que um principe encantado, e para se transformar
em principe despia sempre sete pelles ; na noite em que
|
se casou pela terceira vez despiu tambem as sete pelles ,
e disse á menina, que elle era um principe encantado,
mas que ninguem tal sabia, nem mesmo sua propria
mãe, e que não dissesse ella nada d'isto a ninguem . A
menina ficou muito contente, e não se poude conter sem
que n'outro dia fosse dizer á mãe do carneirinho, que
seu filho era um principe encantado . A' noite quando se
;
foi deitar, disse-lhe elle: « Recommendei-te que não dis
sesses que eu era um principe, e tu fostes dizel-o ; ti
nha-se acabado o meu encanto, e tu fizeste com que eu
tenha de andar mais sete annos encantado : eu agora
}
vou-me embora para o rio Sul, e tu irás procurar -me. »
Foi-se o carneirinho embora, e a menina, e a mãe
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JOÃO MANDRIÃO
Era uma vez uma mãe que tinha um filho que tinha
quinze annos e ainda andava ao collo; até que lhe bota
ram o nome de João Mandrião . Passaram lá uns poucos
de rapazes e convidaram-no para elle ir á lenha; elle
disse que sim , que se elles o levassem a cavallo que ia;
elles pegaram, e levaram-no ás costas. Chegaram ao
pinheiral, mandaram-no apanhar lenha e elles foram apa {
nhar a d'elles ; chegaram ao pé de João Mandrião , ain
da estava sentado no mesmo sitio; foram-lhe apanhar o
feixe a elle ; elle poz-se de escacha-perna em cima do
feixe da lenha e disse-lhes : « Se vós me levardes ás cos
tas, eu vou para casa. » Deixaram-no ficar e depois fo
ram por casa dizer á mãe que o tinham deixado ficar ;
elle esteve lá tres noites e tres dias . Estava um ribeiro
d'agua ao pé d'elle ; saltou um peixinho acima dos joe
lhos d'elle ; não fez caso do peixe ; tornou o peixe para
a agua ; depois tornou o peixe a saltar acima dos joe
lhos d'elle a ver se elle lhe pegava . O peixe disse- lhe :
« João, pelo bem e amor que Deus te deu, pega em mim
e bota-me á agua e assim que quizeres alguma cousa ,
com a tua mão direita meio fechada pede-me e diz : pei
xinho, pelo poder e bem que Deus te deu, pega em mim
e põe-me aqui ou acolá ou dá-me isto ou aquillo, que eu
tudo te faço. » Elle pediu ao peixe que pegasse n'elle em
cima do feixe e que o levasse para casa . Depois o feixe *
começou a andar com elle em cima. Em antes d'elle che
gar a casa, estava um palacio e estava a princeza á ja
nella e elle disse assim : « Peixinho, pelo poder e amor
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que Deus te deu quero que aquella princeza tenha um
filho meu, sem eu ter contracto com ella. » Ao fim de
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nove mezes a princeza teve um menino com a mão di
reita fechada ; o rei admirou-se por a filha ter o menino; 嘉
correu tudo quanto havia por ' mor de saber de quem
era aquelle filhinho e como não achou ninguem que lh'o
dissesse foi chamado o João Mandrião . O creado chegou
á porta do João Mandrião, bateu e elle perguntou quem
}
era e o creado disse que era o rei que o mandava chamar
e o João Mandrião disse: « Moço de rei em casa de João
4 Mandrião grande novidade é ; sim, se tu me levares a
cavallo , vou . » Chegou o cavallo e o creado disse: « João , L
monta-te a cavallo ! » « Se tu me levares ao collo , eu mon
to .» O creado levou-o ao collo para o cavallo . Chegou á
porta do rei e o creado disse-lhe: «João, agora anda cá
acima ao senhor rei . » « Se me levares ao collo pelas es
cadas acima, vou . » O creado não teve remedio senão le
val-o ao collo . O rei disse : « Eu quero que tu me digas
aquelle menino de quem é filho e o que elle tem na mão
direita fechada . » Elle disse assim : « Peixinho , pelo po
der e amor que Deus te deu , quero que abras a mão
áquelle menino . » O menino abriu a mão e tinha lá um
papel que dizia : « O meu pae será o João Mandrião . » O
+ rei viu aquillo e mandou fazer um tonnel de madeira
para os metter a todos dentro, o João Mandrião , a filha
e o neto . A rainha deu uma saquinha de biscoitos á
filha para dar ao menino pelo mar e depois então o rei
mandou accender uma corveta de fogo e mandou-os dei
tar nas alturas da India. A saquinha de biscoitos, quan
L
do a princeza ia para dar ao menino um biscoito, o
5 João Mandrião , tiravalhe o biscoito; ella disse : « Deixa ,
que este biscoito é para o menino ; nós somos grandes ,
podemos passar. » « Menino por menino, menino sou eu . »
Quando o João Mandrião viu que estava sobre as aguas 1
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PELLE-DE-CAVALLO
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Era um rei que tinha tres filhas e estava viuvo e
queria casar outra vez; fallou a uma dama para casar
com ella e ella disse-lhe: « E as suas filhas, que rumo se
lhes ha de dar? » « As minhas filhas, se isso é duvida, eu
hoje vou-as arrumar. » Chegou a casa e disse ás filhas : « Me
ninas, preparem- se que vão ver o que nunca viram; ha ↓
vemos de ir á torre de Moncorvo . » As filhas prepara
ram- se e caminharam com elle. Elle chegou á Torre e
* disse-lhes : Meninas ficae aqui que eu vou fazer uma
visita a um amigo e volto por aqui levar- vos . » Foi - se
embora e deixou-as ; emquanto não casou deu -lhe de co
mer e fazia caso d'ellas; depois de casado não lhe man
7 dava nada .
Um dia quando ellas não tinham que comer disse a
filha mais velha para as outras : « Ai Jesus! que fome eu
tenho ; o verdadeiro é vós matardes-me e comer-me. » E
n'isto morreu; e depois, passados dous días, a irma que
se lhe seguia na edade disse o mesmo e morreu . Ficou
só a mais nova; subiu acima á torre e viu vir uma na
vegação que andava no mar e começou- lhe a acenar com
um lenço. Os marinheiros disseram ao capitão do navio
que viam acenar e elle veiu buscal-a . Ella levou a rou
pa toda das irmãs26 e chegou a uma terra, topou uma ve
Tha e disse-lhe : « Oh minha velha ! você não me arranja
com que eu ganhe a minha vida ? » « Arranjo se você
quer vir acarrar agua para a casa para onde eu vou. »
Ê ella disse -lhe : « E você onde vae acarrar agua? » « Vou
acarrar agua para o nosso rei . »
A menina mandou fazer um vestido d'uma pelle d'um
cavallo e andava acarrando agua para o rei e na cor {
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a vir. O rei vendo que o sapito do filho não havia quem
o queria crear annunciou que se houvesse alguma mu
lher que o quizesse crear lh'o dava em casamento e lhe
dava o reino . N'isto ahi appareceu uma rapariga e dis
se : « Se vossa real magestade me dá o filho, eu animo
me a vil-o crear . » O rei disse que sim e a rapariga veiu
crear o sapito . Depois passou algum tempo e elle foi
crescendo e ella lavava-o e esmenava -o como se elle fos
se uma creança . Foi indo, e elle tinha uns olhos muito
bonitos e fallava, e a rapariga dizia : « Os olhos d'elle
a falla não são de sapo . » Já estava grande, passaram -se
annos e ella uma noite teve um sonho em que lhe diziam
ao ouvido que o sapo era gente, mas pela grande heresia
que a mãe disse que estava formado em sapo, que se
rei lh'o désse para ella casar com elle que casasse e
quando fosse na primeira noite que se fosse deitar, qué
elle tinha sete pelles e ella levasse sete saias e quando
elle lhe dissesse tira uma saia, lhe dissesse ella : tira uma
pelle. Assim foi e casou o sapo com a rapariga e na noi
te do casamento elle pediu -lhe que tirasse ella as saias
e ella foi-lhe pedindo que tirasse elle as pelles e depois
d'elle as tirar ficou um homem . Ao outro dia elle tor
nou a vestir as pelles e ficou outra vez sapo. E ella dis ;
se-lhe : « Tu para que vestes as pelles ? Assim és tão bo
nito e vaes ficar sapo . » - « Assim me é preciso , cala-te. »
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1 « Ora vamos embora, que se acabou o nosso fado . » E
foram para casa e foram muito felizes e tiveram muitos
filhos .
( Ourithe.)
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XXXV
OS SAPATINHOS ENCANTADOS
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85
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bos e ella ficava sempre ; elles estimavam-na muito e
tractavam-na .
Ia uma velhota a casa da mãe d'ella , que andava
sempre em recados por muitas terras e ella disse-lhe .
: Você como anda por muitas terras , diga-me se já
viu uma cara mais linda do que a minha.
E ella disse::
- Vi; vi uma rapariga que ainda era mais linda que
você em tal banda.
- Você quando vae para lá? Quero que lhe leve uns
sapatos .
E deu uns sapatos á velha e disse-lhe:
-Leve-lh'os e diga-lhe que é a mãe que lh'os manda;
mas ella que os calce antes de você de lá sair; eu quero
saber de certo que ella os calça ; olhe que eu pago-lhe
bem .
A mulher levou os sapatos á filha; chegou lá e disse
lhe :
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-Eu não quero cá sapatos nenhuns; meus irmãos M >
dão-me quantos sapatos eu quizer; não os quero .
A velha ateimou tanto com ella que ella pegou n'el
les; calçou um , fechou -se um olho ; calçou outro , fechou
se-lhe o outro olho e ella caiu morta . Depois vieram os
ladrões, choraram muito ao pé d'ella, lastimaram muito
a morte d'ella e depois disseram : 1
Esta cara não ha de ir para debaixo da terra; le
vemol-a n'um caixão á serra de tal banda que vem lá o
filho do rei á caça para elle ver esta flor.
Depois levaram - na a esse sitio; veiu o filho do rei e
vìu-a e achou- a muito bonita e depois tirou-lhe um sa
pato e ella abriu um olho, tirou-lhe outro, abriu outro
1 olho e ficou viva. E elle então levou-a para casa e ca
sou com ella e foram visitar a bebeda da mãe e esta ain
da depois mesmo a queria mandar matar, mas não o con
seguiu.
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Abençoada sejas tu; quando tu fallares perolas fi
nas botes tu pela bocca fóra.
A rapariga, já se sabe , ia fallando pelo caminho e
iam -lhe caindo perolas muito ricas pela bocca fóra e ella
1 ia - as colhendo no avental.
Chegou a casa com a meada fiada e a mãe ficou
muito contente com as perolas e perguntou-lhe o que
aquillo tinha sido; ella contou-lh'o e a mãe mandou lá
a filha a ver se lhe succedia o mesmo . A filha foi, pro
curou a mulherzinha e disse-lhe:
Oh mulher ! quer que eu lhe leve um cantaro d'a **
gua ?
-Pois sim; vae por elle.
Ella foi, mas chegou á porta da cozinha e quebrou o
cantaro e ella disse :
Amaldiçoada sejas; saramagos lances tu por a bo ?
ca fóra quando fallares, já que me quebrastes o meu
cantarinho .
A rapariga chegou a casa e quando fallavaし deitava
saramagos pela bocca fóra.
Soube- se que havia a rapariga que lançava as pero
las pela bocca fóra e houve muito quem quizesse casar
com ella . Ajustou se casamento com um rapaz e os paes
combinaram que se havia de esconder a engeitada e
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apresentar a filha com as perolas da outra na aba e di
zer que ella era muda .
Fez-se o casamento e quando iam para a egreja ía
uma voz em par do noivo e dizia :
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« Perola fina fica na cuba k "
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aqui tem vindo.
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fazer? » Responde-lhe ella : « Olha homem; estava a lem
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brar-me que quando a nossa filha tiver pequenos , se el
les para aqui vierem brincar, que lhe póde cair aquella
machadinha na cabeça e matal- os ! » «Dizes bem mulher; "
ai se tal succedia ! » É ficou tambem a olhar para a ma
chadinha . Vendo a noiva que o pae e a mãe não vinham
foi ter com elles á adega, e perguntou-lhe o que estavam
fazendo ali. Então elles responderam : « Olha, filha , esta
vamo-nos lembrando que em tu tendo meninos , se elles
vierem brincar para aqui , que lhe póde cair aquella ma
chadinha na cabeça e matal-os . » « E' verdade, senhora
mãe, que póde isso acontecer . » E lá ficou tambem a
olhar para a machadinha . Pouco a pouco todos os con
vidados que estavam á mesa, foram para a adega olhar
para a machadinha .
Restava só o noivo, que foi por ultimo, mas ao ver a
doidice d'aquella gente, fugiu, em busca d'uma terra
onde não houvesse gente tão doida. Ao chegar a uma
terra, viu muita gente a fugir, outros subindo para cima
das arvores, e de muros , e outros fechando as portas e
as janellas, finalmente havia o terror e o medo por toda
a parte; parecia o acabamento do mundo . O rapaz per
guntou então o que era a causa de tantos medos como
iam n'aquella terra; e responderam-lhe : que andava lá
um bicho que comia gente, e que ninguem se atrevia a
matal-o . O rapaz ao ver o bicho soltou uma gargalhada ,
pois a causa do terror d'aquella gente não era mais de
que um perú; e offereceu - se para o matar , sob condição
de lhe darem muito dinheiro . Morto o perú recebeu o
rapaz grandes sommas de dinheiro e partiu para outra
terra. Ali andavam muitas mulheres , e creanças com joei
ras ao sol . Elle então perguntou o que andavam fazendo ,
e responderam-lhe que andavam a apanhar o sol para
( o levarem para casa , pois não entrava lá nem de verão
nem de inverno . O rapaz respondeu-lhe que ellas não
eram capazes de apanhar o sol, mas que se lhe pagas
sem bem, que elle era capaz de lh'o por dentro das ca
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lå de dentro: - « Não venha, não venha, que eu já estou
curado ; paguem-lhe e mandem-n'o embora. Pagaram ao
falso medico e elle foi-se embora.
Por fim o conde melhorou e o rei voltou da guerra;
chegou a casa e disse-lhe a filha mais nova : . « Meu pae ,
quer os ramos juntos ou cada um por sua vez ? » « Que
ro-os cada um por sua vez, como eu os dei . » Ella mos
trou o seu ramo ao pae e depois passou-o ás outras que
cada uma por sua vez o mostraram ao pae, que julgou
vêr os tres ramos e ficou muito contente por elles estarem
verdes .
O conde foi pedir ao rei a filha mais nova e o rei
disse-lhe que sim; disse-o á filha e ella respondeu :
« Não, meu pae, não o quero. » - « Filha, dei a minha pa
lavra: tu has de casar com elle. « Meu pae, não que
ro . » Por fim não teve remedio senão casar com o conde; 1
mas emquanto esteve o ajuntamento dos convidados a
beber e a jogar e a dançar, ella vae ao quarto em que
havia de dormir e pegou n'um ôdre de mel e pôl-o na
cama e apertou uma parte d'elle com uma corda fingindo
assim uma cabeça e metteu -se debaixo da cama, segu
rando a ponta da corda. Elle veiu-se deitar . Chegou den
* tro do quarto e fechou a porta e disse: M « Ora, D. Es
vintola, hoje é o teu dia derradeiro . Lembras-te de
quando eu te rasguei o vestido? » E deu com a espada no
ôdre, suppondo ser ella, e Esvintola por baixo puxava
pela corda para assenar que sim, que se lembrava.
«Lembras- te de quando me descalçaste as botas? » E
ella assenava que se lembrava e elle dava no ôdre com
a espada.— « Lembras- te quando me botaste ao poço ? E.
ella assenava que sim que se lembrava e elle dava-lhe
com a espada. Lembra-te a ti, diabo , quando me
déste a cóça? » E ella assenava que sim e elle deu com
toda a força no ôdre e o mel saltou-lhe aos beiços e elle
exclamou:
«Ai! D. Esvintola,
Tão brava na vida
E tão doce na morte! >»
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O CONDE DE PARIS
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Havia um rei que tinha uma filha em edade de ca
sar, e tractou-lhe o casamento com o conde de Paris.
Convidou o rei o conde um dia para jantar, e quando
estavam á mesa, o rei , a princeza, o conde, e a corte
toda, começou o jantar que foi muito animado, fallando
se muito do proximo casamento da princeza. A ' sobreme
sa deixou o conde cair um grão de roma na barba , e
depois apanhou-o com o garfo e comeu-o.
Então a princeza disse que já não queria ser sua
esposa , pois que elle, em vez de deixar cair o grão de
roma na toalha, o comia . O conde levantou -se da mesa ,
e jurou vingar- se , dizendo á princeza que ella o despre
zava por tão pouco, mas que ainda havia de comer pão }
de romeiro, beber agua de um charqueiro, e comer papas
em palheiro . Passados dias foi offerecer-se ao rei um preto
para jardineiro, e logo foi acceite. Mas o preto tinha umas
maneiras tão delicadas , e fazia raminhos tão bonitos , que
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offerecia á princeza, e taes artes buscou, que ella se ena
morou d'elle, e fugiram ambos . Pelo caminho disse a prin
ceza que tinha fome, e como alli não houvesse de comer,
disse-lhe o preto, que se ella queria elle iria pedir um bo
cado de pão áquelle romeiro que viram no caminho; ella
então comeu o pão e disse: S
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Ai, conde de Paris ! conde de Paris !
Responde o preto :
« Porque o não quiz ?»
Foram mais adeante, e a princeza disse que tinha
sêde, e o preto respondeu que ali só havia agua de um
lameiro. A princeza bebeu , e tornou a repetir :
« Ai, conde de Paris! >»
E o preto respondeu :
« Porque o não quiz ?»
Mais adeante disse o preto á princeza , que tenciona -
va ir vêr se o conde de Paris os queria admittir ao seu
serviço, quando mais não fosse ao menos na cavalhari
ça. Chegaram ao palacio do conde, e mandaram - nos re
colher em um palheiro, e o preto deixou a princeza só ,
e voltou muito tarde trazendo uma tassa grossa cheia
de papas, e disse á princeza que com muito custo as ar
ranjára. Então a princeza perguntou com que as havia
de comer, e elle disse-lhe que com a mão , e como não
podia esperar pela tassa , que as deitava na palha , e que
as comesse ella de lá . A princeza como tinha muita
fome comeu como poude . Ao outro dia, foi o preto
dizer-lhe que como era preciso que ella se empregasse
em alguma coisa , que fosse ajudar amassar o pão ;
mas que visse em todo o caso se roubava alguma fari
nha pois aquella gente não lhe davam comer que lhe
apagasse a fome. A princeza, com muito custo, roubou
a farinha , mas não tinha remedio senão obedecer ao
preto. Depois d'isto appareceu o conde de Paris muito
bem vestido, e disse que era preciso revistar as mu
lheres para que não roubassem ellas alguma farinha .
Como encontrasse a farinha á princesa, pozeram -n'a
na rua com grande vergonha d'ella e mandara m-n'a
outra vez para o palheiro. Foi o preto ao palheiro e
ella contou-lhe o succedido , e elle respondeu-lhe que ella
não tinha geito para nada. No dia seguinte disse o
preto á princeza, que estava para se bordar um ves
tido para uma princeza que ia ser mulher do conde, e
como ella sabia bordar que se podia encarregar d'isso ,
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XLV
OS FIGOS VERDES
Era uma vez um rei que tinha uma filha doente que
desejava figos verdes da figueira no mez de janeiro . O
rei disse: « Quem trouxer figos verdes á minha filha se
fôr moço casa com ella, se for velho dou-lhe bens. »
Constou isto por terras ao longe.
Havia uma mãe n'uma freguezia que tinha dous fi
lhos, um tolo, outro avisado, tinham uma figueira ao fim
de uma casa onde havia ainda alguns figos em janeiro,
mas que não eram bons. O filho avisado contou o desejo
da filha do rei á mãe e disse-lhe : « Minha mãe, eu vou
1 levar-lhe os figos n'uma cesta . » Foi por um caminho
adeante e encontrou Nossa Senhora e ella perguntou- lhe
o que elle levava no cesto; o rapaz respondeu-lhe: « Le
Z vo (com licença ) cornos . » Nossa Senhora disse: « Pois
(com licença) cornos te nasçam. » O rapaz, pensando que
levava figos chegou á porta do rei; este veio e o rapaz
disse que levava aquelles figos que tinha no quintal . O
rei pegou no cesto e foi a descobrir e viu (com licença)
os cornos e mandou matar o moço.
Depois disse o irmão tolo á mãe que ia levar ao rei
o resto dos figos que estavam na figueira e que demais
ia saber do irmão . Pegou nos figos o tolo e levou- os . Lá
vae com elles no cesto; chegou ao meio do caminho e en
controu Nossa Senhora com o menino ao collo e ella per
guntou-lhe o que elle levava e o tolo respondeu que le
vava figos para a filha do rei . A Senhora disse : Figos
vos nasçam. » Disse elle : « Deixe dar um figuinho ao
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elle, que pediu para ficar com ella aquella noite. A' meia
noite tornou a tocar a gaitinha e perguntou quem lá ti }
nha entrado e a voz respondeu que tinha sido um preto.
Foi- se embora d'ali, até que chegou ao palacio do rei
aonde tinha ido levar os figos . A filha quiz casar com
elle; lá não o conheceram; elle pediu a mesma coisa e á
{ meia noite tocou a gaitinha e perguntou quem lá tinha
entrado e a voz respondeu que ninguem. E elle casou
com aquella princeza .
No dia do casamento o rei fez uma boda e convidou
1
os outros reis todos para irem ao jantar . Foram tambem
as duas princezas com quem elle tinha ficado de ir caS
sar e os paes d'ellas começaram de clamar contra elle. +
Elle pegou e disse que casava com ellas mas que pri
14
meiro que haviam de ouvir o que ia dizer. Metteu a pri
meira n'um quarto e tocou a gaitinha e perguntou quem
lá entrou e a voz respondeu que tinha sido um estudan
te; á segunda da mesma maneira e a voz respondeu que
tinha sido o preto; á filha do rei a que elle tinha levado -
os figos a voz respondeu que ninguem e elle casou com
ella .
(Foz do Douro.)
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JOSE ĮVADIO PUITO RODRIGUES
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XLVI
O RETRATO DA PRINCEZA
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deu a licença e quiz vêr a doente, mas ficou maravi
lhado quando viu que a doente tinha a cara exacta do
retrato da feira .
A princeza voltou no dia seguinte e por conselho da
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pobre pediu ao principe um copo d'agua d'aquella fonte
1 1 de neve, pois talvez lhe désse saude. O principe mandou
vir um rico copo que encheu de agua e lhe offereceu;
mas ella, quando lhe ia a pegar, deixou cair e feriu um
pé no vidro. O principe ficou muito afflicto por ella se
ter ferido, pois já estava devéras apaixonado; mas a
princeza disse que aquillo não valia nada, que o peor era
ter quebrado o copo ; pediu mil desculpas e foi- se em
bora encostada á velha.
Quando o principe á noite se foi deitar ainda com
peores modos para a princeza, e tendo-lhe chegado a um
pé, ella disse:
1 « Ai meu pé ferido,
Em fonte de neve ,
Em copo de vidro. >»
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O principe, julgando que ella dizia aquillo por saber
Y do que se tinha passado na quinta, disse que não se im
portasse com o que elle fazia ; mas ella continuou a re }
petir as mesmas palavras , até que elle accendeu a luz e
conheceu que a princeza era a doente da quinta . Ella
então disse-lhe que a dama feia que elle . tinha visto nas
cavalhadas era uma aia sua e que o tinham enganado, }
pois que o retrato que estava na feira era realmente
d'ella. O principe ficou muito contente, não sabendo
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nunca que a velha fôra quem tinha quebrado o encanto
1 que trazia feia a princeza .
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Depois então a menina disse-lhe: «Venha commigo que
ha de ter um grande premio de meu pae, que até disse
que se algum homem matasse a bicha me dava a elle
em casamento » . « Eu agradeço, mas não quero » . « En
tão venha commigo que meu pae dá-lhe um grande pre
mio » . « Eu não preciso de nada » . Ella então tomou um
annel d'ouro e deu-lh'o e elle acceitou-o.
O homem foi á bicha e cortou-lhe as linguas das se
te cabeças e embrulhou-as no lenço, que metteu no bolso .
Isto constou por toda a parte e como o rei tinha da
do a palavra que dava a filha a quem matasse a bicha,
um preto que soube d'isto foi ao monte, cortou as cabe
ças à bicha e foi com ellas ao rei , dizendo que tinha
morto a bicha e que lhe désse a filha . « Minha filha não
tens remedio senão casar com o preto » . « Meu pae quem
matou a bicha foi um homem muito bonito que tinha
tres cães e disse que não queria o premio, nem casar
commigo e até eu por lembrança lhe dei o meu annel » .
« Não tens remedio senão casar com o preto, pois, elle é
quem trouxe as cabeças . »
N'isto estava o casamento preparado e o homem que
matara a bicha andava no monte á caça com uns caça
3 dores e estes contaram que a filha do rei ia casar com o
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O PRINCIPE COM ORELHAS DE BURRO
Era uma vez um rei que vivia muito triste por não
ter filhos e mandou chamar tres fadas para que fizessem
com que a rainha lhe désse um filho . As fadas promet
teram-lhe que os seus desejos seriam satisfeitos e que ellas
viriam assistir ao nascimento do principe. Ao fim de
nove mezes deu a rainha á luz um filho e as tres fadas
fadaram o menino . A primeira fada disse : « Eu te fado
para que sejas o principe mais formoso do mundo . » A
segunda fada disse: « Eu te fado para que sejas muito
virtuoso e entendido . » A terceira fada disse : « Eu te
{
fado para que te nasçam umas orelhas de burro . » Fo
ram-se as tres fadas e logo appareceram ao principe as
orelhas de burro . O rei mandou sem demora fazer um
barrete que o principe devia sempre usar para lhe cobrir
as orelhas . Crescia o principe em formosura e ninguem
na côrte sabia que elle tivesse as taes orelhas de burro .
Chegou a edade em que elle tinha de fazer a barba,
e então o rei mandou chamar o seu barbeiro e disse- lhe:
«Farás a barba ao principe, mas se disseres a alguem
que elle tem orelhas de burro, morrerás. »
Andava o barbeiro com grandes desejos de contar o
que vira, mas, com receio de que o rei o mandasse ma
tar, calava comsigo . Um dia foi- se confessar o disse ao
padre : « Eu tenho um segredo que me mandaram guar
dar, mas eu se não o digo a alguem morro, e se o di
go o rei manda-me matar; diga padre, o que eu hei de
fazer . » Responde-lhe o padre que fosse a um valle, que
fizesse uma cova na terra e que dissesse o segredo tan
tas vezes até ficar aliviado d'esse peso, e que depois ta
passe a cova com terra . O barbeiro assim fez ; e, depois
de ter tapado a cova, voltou para casa muito descançado .
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deixasse ir só que elle lá estaria no dia do casamento .
Partiram, Pedro por mar e Pedrito por terra . Já tinha
Pedrito caminhado bastantes leguas quando lhe anoite
ceu e viu-se obrigado a ficar no caminho debaixo de
umas arvores para descançar aquella noite. Mas mal se
tinha deitado quando ouviu umas vozes saidas das arvo
res que lhe diziam : « O principe Pedro vae casar com a
princeza de tal, mas desgraçado d'elle, pois a princeza
ao passar por certo rio ha de pedir agua e, se lh'a de
rem e ella beber, morrerá .
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OS SIMPLORIOS.
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A Era uma vez uns paes que tinham tres filhas faltas
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d'ellas, mas nem o pae nem a mãe queriam que ellas fal
lassem para lhe não conhecerem a toleima. Disse uma 2
3 deante do namorado : « Oh fulana ! o caldo vae- se» . Disse
a outra: « Tira- le o telo e mete-le a toler » . « Disse mi
nha mãe que não fallasses tu . » Depois disse elle : « Pois }
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( Oliveira do Douro .)
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O MENINO ASSAFROADO
Era uma vez um rei que era casado, mas não tinha
filhos, o que fazia com que elle e a sua mulher vivessem
muito descontentes . Pediam constantemente a Deus que
The désse um filho e sabendo que havia uma velha de
grandes virtudes mandaram-na chamar a palacio para
The pedirem que rogasse a Deus que os ouvisse . Então
a velha disse-lhe um dia que a rainha havia de ter uma
買 creança, mas que se essa creança fosse menino , quando
fosse homem seria tão mao que faria a desgraça de seus
paes, e que se fosse uma menina teria má sorte, mas que
escolhessem elles o que queriam. O rei disse que antes }
queria uma menina, pois em sendo mulher havia de sa-
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tolo ter com o fidalgo e disse -lhe : « Meu pae não é tão
pobre como se finge ; tem uma cerca que lhe rende qua
trocentos carros de pão e em redor da cerca tem uma ce
lha de abelhas e foi um dia para contar os cortiços e nãé
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os poude contar, mas contou as abelhas ; depois faltava-lhe
uma ; n'uma mata foi-a encontrar a ser comida por dous
lobos ; já não tinha senão os quartinhos e elle atirou-lhes
com um cutello que levava ; não poude chegar ao cutel ?
lo ; ver a casa ; levou lume e queimou a mata para os
lobos fugirem e apanhar o cutello ; mas o ferro queimou }
se e ficou só o cabo ; foi d'alli ao ferreiro para lhe fazer
outro cutello e elle em vez do cutello fez -lhe um anzol ;
foi com elle aos peixes e depois saiu-lhe debaixo da agua
um burrinho preso por um beiço , com canastra e tudo ;
elle montou o burro e foi-se procurar os quartinhos da
abelha ; espremeu os quartinhos e cada um d'elles lhe
deu uma pipa de mel ; não tendo em que o botar metteu
a mão no trazeiro do burro e envasilhou lá o mel : co
mo o burro ia tenro da agua criou mataduras e o casei
ro foi ao alveitar com o burro ; o alveitar mandou-lhe
deitar farinha de favas e elle em vez de lh'a deitar dei
tou-lhe favas inteiras : nasceu -lhe um faval no burro e
um melão e quando o ia para partir com um machado ,
o machado caiu-lhe dentro do melão ; desceu abaixo pa
ra apanhar o machado ; lá encontrou um homem que lhe
{ disse andar alli havia oito dias á busca de dous bois
apostos a uma grade ; que se fosse embora e não fosse
tolo. Meu pae botou um escadão ao burro e subiu d'elle
ao céo, onde estão todas as cadeiras dos fidalgos só a de
V. exc.a não. O fidalgo disse-lhe : « Mentes, ladrão. »
«Então estão as medidas de meu pae perdoadas ...D
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A PRINCEZA ABANDONADA
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Era uma vez um rei, que tinha uma filha . Um
camarista do rei, tomou amores com ella . O pae,
quando viu que ella andava gravida abandonou- a.
Mandou -a deitar para uns campos e disse aos homens
que a foram deitar, que lhe cortassem a lingoa e que
lh'a trouxessem . Elles tiveram dó de lhe cortarem a lin
goa e como levavam uma cadella cortáram -lhe a lingoa
e trouxeram-n'a ao rei . A princeza ficou só nos campos ,
e teve lá um filho que foi creado só das hervas do cam-
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po . Depois de o menino já ser crescido pediu á mãe para
ir passear ; foi a tanta distancia que encontrou um ca
çador . Como nunca tinha visto homens fugiu para onde {
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que vira em casa das duas filhas d'um dos seus vali
dos . No fim do banquete o rei mandou vir para a
mesa uma salva de prata que estava n'uma outra sala .
A salva trazia a caixa de prata, a espada e a banda .
As duas irmãs e os dois officiaes, ao vêrem os objectos
que n'aquella noite passada lhe haviam sido roubados de
casa, ficáram muito assustados , não dizendo nem uma
palavra , porque conheciam o mal que tinham feito . A
outra menina, como era virtuosa, não tinha medo de
fallar, e assim que viu a caixa, pegou-lhe e sorrindo
olhou para o rei , dizendo : í
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fugiu com elle para casa . D'esta maneira tiveram porco
e vinho sem lhes custar nada , e 、 onganáram o avarento
do compadre .
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Era uma vez tres estudantes, que iam para casa das
familias passar as ferias . Seguiam pelo mesmo caminho
e encontrando um lobo morto disse um d'elles : « Aquelle
que fizer o verso mais bem feito a este lobo, come o
jantar sem pagar. »
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que sim, mas que havia de ser sem a mão saber, por
} que ella não gostava que se désse entrada a pessoa al
guma estranha. A fada entrou para o quarto da filha do
conde, e começou a contar- lhe historias tão lindas, que
esta estava toda encantada . Quando deu meia noute dis
se-lhe a fada : « Se vós quizesseis ir a uma grande fes
ta, que dá o principe esta noute, eu levava - vos lá . »
« Mas a mamã e o papá ? » disse a menina . « Não tenhaes
receio algum ; eu tenho uma varinha de condão, e d'aqui
vos levarei , e aqui vos hei-de trazer, sem que ninguem
dê pela nossa falta . » A menina muito contente com as
historias da fada , e por ir vêr uma grande festa , disse
que sim. Preparou- se com os melhores fatos e accompa
nhou a fada. D'ali a poucos momentos chegou a um
grande palacio, e a fada abrindo uma porta empurrou-a
1 para uma grande casa forrada de seda azul , tendo ao
meio uma grande mesa guarnecida de manjares , e des
appareceu . este instante entrou o principe e reconhe
cendo a sua bella deu um grito de alegria . Chegou-se
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então perto d'ella e beijou-lhe a mão , convidando - a a
servir- se d'alguns d'aquelles manjares . A menina assus
tada por se vêr só com um principe, que a olhava tão
apaixonadamente, pedia a Deus uma ideia para que po
deɛse fugir d'alli . Vendo que na mesa não havia limão,
quando o principe lhe rogava muito que se servisso, ella
disse-lhe :
«Comera um bocadinho,
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A filha do conde, que tambem se não esquecera do
formoso principo, andava muito desejosa de saber noti
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cias do palacio. Ouvindo o pae dizer que o principe an
dava muito triste , e que só dizia :
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disse para elle a filha : « Olhe, papá, quando o principe
estiver assim digam-lhe :
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CONTO DO FUSO
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D'uma vez era uma mulher que nunca fiava e fazia
o homem para ella : ó mulher tu nunca fias ? « Não te
nho fuso. » « Deixa estar que eu hei de ir á cidade e hei
de comprar um fuso . » Ao depois então foi á cidade e
trouxe-lhe um fuso ; ella fez -se toda contente na presen
ça do homem ; mas mal elle voltou costas quebrou -o, mas
era para não fiar . Elle chegou á noite e perguntou -lhe
se ella fiava e ella disse-lhe que tinha quebrado o fuso. 1
Elle então disse : « Ora todos os fusos que eu te compro
tu os quebras ; deixa estar que ámanha hei de ir á ta
pada ; hei de cortar um pinheiro e hei de mandar fazer · 1
um fuso d'encommenda a vêr se tu o quebras. » No dia
seguinte poz os bois ao carro e foi para a tapada para
cortar o pinheiro e mandar fazer o fuso ; amarrou a cor
da ao pinheiro para o botar abaixo, mas o pinheiro caiu
sobre os bois e matou-os ambos. Deixou elle os bois
mortos e o pinheiro cortado e veiu dar parte á mulher
da desgraça que tinha acontecido e levava o machado
ás costas com que cortara o pinheiro . Chegou ao pé
d'um rio muito fundo onde andavam uns peixes muito
bonitinhos e atirou-lhe com o machado a ver se os ma
tava ; fugiram os peixinhos e elle o que fez ? despiu -se
e metteu-se dentro do rio p'ra môr d'ir buscar o ma
chado ; foi um ladrão e roubou -lhe a roupa tendo elle d'ir
em pelote para casa . Chegou a casa e contou a passa
gem á mulher e quando chegou a casa estavam dous
carneirinhos a berrar e elle soltou-os do aido e veiu- os
pôr debaixo d'um alpendre onde tinha uma pipa de vi
nho e logo por acerto os amarrou com a soga á tornei
ra do vinho e começaram os carneiros a espernear cada
um para seu lado e abriu-se a torneira e entornou -se o
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não o vêr entornado . E a mulher que viu isto ficou las
timando as suas desgraças que lhe succediam em casa .
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A MOURA ENCANTADA
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Um homem foi viajar e chegou a uma terra e pediu
agasalho ; mas não o quizeram acolher ; havia lá uma
casa rica, mas a familia da casa não estava ; andava lá
I medo e elles fugiram ; elle foi para lá e sentou - se n'uma
varanda deixando-se ficar alli até noite ; veiu apenas foi
noite uma mão com uma luz e acenou - lhe que fosse pa
ra dentro ; elle foi dentro e encontrou uma mesa muite
bem arranjada com comida ; elle comeu e acabando de
comer, encostou -se a um braço e adormeceu. Emquanto
dormia tiraram-lhe d'um dedo um annel d'ouro que tra
zia e pozeram-lhe outro . Tendo acordado, a mão acenou
lhe de novo e indicou -lhe um quarto de dormir para on
de elle foi . Elle notou que o annel estava mudado . Es
tando na cama sentiu movimento como de pessoa que se
queria deitar na mesma cama e ello não vendo nada
disse : « Sempre queria saber quem se quer deitar com
migo, se é homem, se é mulher. » Responderam :
« Eu sou uma mulher ; sou uma moura que aqui está
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Os homens deitaram-se e um disse para o outro :
«Tu dormes ? » « Eu não; vamo-n'os d'aqui embora; casa
que ha trinta annos não dá esmola nem teve perda se
não hoje, aqui acontece alguma desgraça . » O outro dis
se : « Mas nós aonde havemes d'ir agora dormir ? isto é
fóra d'horas ; não achamos pousada . » « Pois emfim va
mo-nos , como nós fiquemos fóra dos beiraes d'ella ...
fiquemos mesmo detraz d'uma parede. »
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Sahiram ; ficaram ahi perto das casas atraz d'uma
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parede e de noite ouviram um grande ruido, e disse um
para o outro : « Tu ouviste aquillo ? » « Eu ouvi . » « Olha F
que foram certamente as casas do fidalgo a cair . »
Ao outro dia, assim que foi dia, foram vêr e nem
viram casas, nem telhas , nem nada , e no logar da casa
havia uma grande cova.
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A PREFAÇÃO . IV
I Historia da carochinha 1
II A formiga e a neve . 5
III O coelhinho branco • 7
IV A romanzeira do macaco • 9
VO gallo e o pinto 10
VI A velha e os lobos 11
VII A raposa e o lobo 13
4. VIII Raposinha gaiteira 16
IX O compadre, lobo e a comadre raposa 17
X O rabo do gato 19
XI O pinto borrachudo 20
XII O cuco e a popa . 22
XIII O coelho e o gato 23
} XIV Branca -flor 25
XV O creado do estrujeitante 31
XVI A torre de Babylonia 34
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PAG.
37
XVII A herança paterna
XVIII Os dois irmãos 40
XIX A afilhada de Santo Antonio 43
XX Mais vale quem Deus ajuda que
46
quem muito madruga .
48
XXI João Pequenito
XXII O homem da espada de vinte quintaes 51
XXIII Comadre morte 56
XXIV A cacheirinha 58
XXV Carneirinho branco 60
XXVI O colhereiro • 63
XXVII O conde encantado 65
67
XXVIII Os meninos perdidos .
Miya XXIX A Bella- menina 69
XXX João Mandrião 72
XXXI Pelle- de- Cavallo 75 1
XXXII A sina 77
80
XXXIII Historia do grão - de- milho
• 82 t
XXXIV O principe sapo 84
XXXV Os sapatinhos encantados
86
XXXVI A engeitada .
XXXVII O homem que busca estremecer 88
2 90
XXXVIII As tres lobres
92
XXXIX A pelle de piolho
93
4 XL A menina e o figo
+ XLI A machadinha 94
XLII Esvintola . 97
XLIII O Conde de Paris 100
102 +
XLIV O principe das Palmas - verdes
143
106 .
XLV Os figos verdes
109 T
XLVI O retrato da princeza
111
? XLVII O preço dos ovos 112 {
XLVIII O senhor das janellas - verdes *
114 !
XLIX A bicha de sete cabeças
LO principe com orelhas de burro 117
LI Pedro e Pedrito • 118 ķ
120
LII S. Jorge ·
122
LIII Os simplorios *
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165
PAG.
LIV O preto e o padre 124
LV O menino assafroado 125
LVI O Rabil 128
LVII Patranha . 129 ļ
I LVIII Maria Silva 131
1
LIX O menino e a lua 133
LX A princeza abandonada . 134
LXI As filhas dos dois validos 139
LXII Historia do compadre pobre e do
compadre rico . 140
LXIII Os tres estudantes e o soldado • 142
} LXIV Comera um bocadinho se tivera limão . 1
144
LXV A velha fadada • 147
LXVI O burro do azeiteiro . 149
LXVII Sciencia, sabedoria e capacidade 150
LXVIII A Senhora da Graça 151
A LXIX Os dois mentirosos 152
LXX Conto do fuso 154.
LXXI A beata e o Senhor dos Passos 155
LXXII O preto e a alampada de Santo An
tonio 156
LXXIII A moura encantada 157
ན་ 159
LXXIV O ovo partido
LXXV O soldado que foi ao ceo 160
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PROFESSORES DIPLOMADOS E COM LONGA PRAT CA
"OLE SIVIULSTEMI
DSCOLAS Nonde, no
EXPLICAÇÕES
Censos DOS LICH!
LIÇÕES
OBSERVAÇÃO !
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JOSE IMAGIO PHITO RODRIGUES
1879