Anestesia Local Resumo
Anestesia Local Resumo
Anestesia Local Resumo
Mecanismo de ação
O estímulo de dor é transmitido da polpa/periósteo... até o cérebro
Teoria do receptor específico
1. Os anestésicos locais, na sua forma não ionizada, atravessam a membrana do axônio e
penetram na célula nervosa.
2. No interior da célula nervosa, as moléculas ionizadas de anestésico local se ligam a
receptores específicos nos canais de sódio,
3. Resultado = reduzem ou impedem a entrada do íon sódio na célula. Isso resulta no bloqueio
da condução nervosa e, consequentemente, na percepção da dor
Características
São bases fracas (pouco solúveis em água) para uso clínico adiciona o ácido clorídrico
formando um sal (cloridrato) = aumento da solubilidade e estabilidade
PH é ácido
o 5,5 = anestésicos sem vasoconstrictores
o 3,3 = anestésico com vasoconstrictores
Estrutura do anestésico = porção hidrofílica, porção lipofílica, cadeia intermediária (permite
classificar em ésteres ou amidas)
Todos os sais anestésicos possuem ação vasodilatadora quando depositados próximos das
fibras que se pretendem anestesiar são rapidamente absorvidas pelos capilares em direção a
corrente sanguínea (reduz muito o tempo de duração da anestesia), além de risco de toxidade
aumentar Por isso na maioria das vezes são associados a vasoconstrictores (permitindo que
fique por mais tempo em contato com as fibras nervosas (maior tempo de ação anestésica) e
redução da toxidade sistêmica, além de promover diminuição no calibre dos vasos e efeito
hemostático, reduzindo o sangramento.
O cloreto de sódio é eventualmente adicionado ao conteúdo de uma solução anestésica local para
torná-la isotônica em relação aos tecidos do organismo. A água bidestilada é usada como
diluente para aumentar o volume da solução.
Como o tubete anestésico é uma forma farmacêutica de uso único, não se justifica a adição de
bacteriostático (metilparabeno) na solução anestésica para uso odontológico
Todos os anestésicos locais atravessam facilmente a barreira hematocefálica. Por isso, a
toxicidade sistêmica dos anestésicos locais, após sua absorção para a corrente sanguínea, ocorre
primariamente pela depressão do SNC
Os tubetes anestésicos devem ser armazenados na sua embalagem original, na temperatura
ambiente, entre 20-25°C. Em cidades muito quentes, os tubetes podem ser mantidos nas partes
mais baixas de uma geladeira, em temperatura não < 5 °C, bastando retirá-los 20-30 min antes
do uso, sem necessidade de aquecê-los de nenhuma forma. O armazenamento em geladeira
também evita a exposição direta à luz, que pode acelerar a degradação
Para a assepsia do tubete, com o auxílio de gaze estéril, basta friccionar álcool etílico 70%,
iniciando pelo diafragma de borracha e deslizando por todo o corpo do tubete.
SEMPRE injeção somente após aspiração negativa e de forma lenta, na razão de 1 mL/ min, ou
seja, para cada tubete anestésico (1,8 mL) o tempo de administração deve ser de ~ 90 s
Fenilefrina
Estimula muito bem os receptores tipo alfa (95%)
Apresenta apenas 5% da potência vasoconstritora da epinefrina, na concentração empregada
(1:2.500), pode promover vasoconstrição com duração mais prolongada.
Não apresenta qualquer vantagem em relação a epinefrina no final das contas
Efeitos adversos
Níveis plasmáticos elevados dos anestésicos podem ser provocados por:
o Injeções repetidas = Sobredosagem absoluta, ou seja, a injeção de um volume
excessivo do anestésico (grande número de tubetes);
o Injeção intravascular acidental = Sobredosagem relativa, quando o anestésico é
administrado em doses adequadas, mas no interior de um vaso sanguíneo, atingindo
rapidamente concentrações muito superiores.
A REGRA É SEMPRE injeção somente após a aspiração negativa e de forma lenta, na razão de 1
mL/ min, ou seja, para cada tubete anestésico (1,8 mL) o tempo de administração deve ser de ~ 90 s
Cálculo da dose máxima = Quanto à concentração, uma solução 2%, independentemente de qual
seja o anestésico, contém 2 g do sal em 100 mL de solução, o que significa 20 mg/mL. Assim,
soluções 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5 mg, 30 mg ou 40 mg do sal
anestésico, para cada mL da solução. Como no Brasil o volume contido nos tubetes anestésicos
é de 1,8 mL, as soluções 0,5%, 2%, 3% e 4% deverão conter, respectivamente, a quantidade de
9, 36, 54 e 72 mg do sal anestésico.
o EXEMPLO: SOLUÇÃO DE LIDOCAÍNA 2%
o Contém 2 g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
o 20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg (Portanto, cada tubete
anestésico contém 36 mg de lidocaína)
o Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal
o Dose máxima para uma criança com 20 kg= 20 x 4,4 = 88 mg 88 mg ÷ 36 mg = 2,4
tubetes
o Dose máxima para um adulto com 60 kg= 60 x 4,4 = 264 mg 264 mg ÷ 36 mg = 7,3
tubetes
o Dose máxima para um adulto com 100 kg 100 x 4,4 = 440 mg * 300 mg* ÷ 36 mg =
8,3 tubetes POIS A DOSE MÁXIMA ABSOLUTA É 300mg