Sermonario

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Conferência Geral das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia®.

Todos os direitos reservados.
Publicado pelo Ministério de Mordomia Cristã da Associação Geral.
Introdução: Marcos F. Bomfim
Autores colaboradores:
Guillermo Biaggi
Melody Mason
Willlie e Elain Oliver
Julian Melgosa
Ramon Canals
Hiskia e Ellen Missah
Aniel Barbe
Marcos Faoick Bomfim
Editor: Aniel Barbe

Assistente editorial: Megan Mason
Diagramação original: Johnetta B. Flomo
Diagramação: Suzana Lima
Este material pode ser traduzido, impresso ou fotocopiado por qualquer

entidade adventista do sétimo dia sem necessidade de autorização adi-
cional. Os documentos que são publicados novamente devem incluir a
frase de crédito: “Ministério de Mordomia Cristã, Associação Geral da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, usado com permissão.” É proibida a
venda desta obra para fins lucrativos.
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CONTEÚDO
5. PREFÁCIO
7. DIA 1
Colocando a Deus em primeiro lugar
13.
DIA 2
Ousando ir mais fundo e colocando o
que é mais importante em primeiro lugar!
18. DIA 3
Cultivando relacionamentos de qualidade
24. DIA 4
Desenvolvendo hábitos mentais saudáveis
30. DIA 5
Quando você orar pelas pessoas, creia!
35. DIA 6
Guardando o Sábado
40. DIA 7
Abrindo janelas do Céu
46. DIA 8
Ofertas aceitáveis e inaceitáveis
PREFÁCIO
.........................................................
“Primeiro Deus” é o lema do Departamento de Mordomia da Asso-

ciação Geral. Por ser uma verdade que se originou com o próprio
Jesus (Mt 6:33), esse slogan é muito mais do que uma chamativa
hashtag presente em nossas plataformas de redes sociais. Ele nos
desafia a passar de uma mera aquiescência filosófica quanto à im-
portância de Deus para a adoção prática do que é verdadeiramente
prioritário em nossa vida. “Primeiro Deus” é uma afirmação de que
não é suficiente fazer o que é certo; a sequência ou ordem adequa-
da daquilo que fazemos é fundamental. Por exemplo, a menos que
dediquemos os primeiros momentos do nosso dia a Deus, fazendo
disso a nossa primeira atividade depois que despertamos, Ele não
pode cumprir Sua promessa de que “todas estas coisas lhes serão
acrescentadas” (Mt 6:33). Os cristãos que anseiam por Deus po-
dem não estar prosperando em sua vida espiritual e secular por não
colocarem a Deus em primeiro lugar.
Esta Semana de Oração tem como objetivo ajudar os membros da
igreja a crescerem de maneira prática, cultivando um estilo de vida
fundamentado no lema “Primeiro Deus”. Naturalmente, todos nós
sabemos que isso só é possível quando o nosso coração é transfor-
mado pelo poder do Espírito Santo. Essa é a nossa maior necessi-
dade! O processo da transformação é ativado e se expande quando
escolhemos fazer um compromisso com Deus e o renovamos a
cada dia. A Semana de Reavivamento da Mordomia Cristã nos dá a
oportunidade para que isso aconteça.
SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024 5

Embora o princípio “Primeiro Deus” afete todas as áreas da vida, as
mensagens desta semana abrangem oito aspectos relacionados ao
desenvolvimento da nossa intimidade com Deus e a confiança que
depositamos Nele. Além de usar essas apresentações durante as
reuniões da igreja no contexto da Semana de Reavivamento da Mor-
domia Cristã, você também poderá usá-las em pequenos grupos e
eventos de santa convocação como materiais de pregação ou sim-
plesmente como leituras devocionais pessoais durante todo o ano.
O nosso maior agradecimento é a Deus, o nosso Criador, Provedor e
Sustentador. No entanto, não podemos deixar de mencionar aque-
les que permitiram que Ele os usasse ao escreverem seus sermões:
Guillermo Biaggi, Melody Mason, Willie e Elaine Oliver, Julian Mel-
gosa, Ramon Canals, Hiskia e Ellen Missah e Aniel Barbe. Que o Se-
nhor abençoe o Seu povo na utilização desta simples, mas eficiente
ferramenta, ajudando-o a cumprir o lema “Primeiro Deus”.
Marcos Faiock Bomfim

Diretor de Mordomia Cristã
da Associação Geral
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do seu celular e encontre o
sermonário em PDF, Power Points
e um seminário sobre como
preparar e apresentar sermões.
6 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

Dia I
COLOCANDO A DEUS
EM PRIMEIRO LUGAR
Guillermo E. Biaggi
.........................................................
Observe a natureza que nos rodeia. Ouça o canto dos pássaros. Con-
temple a divertida brincadeira dos esquilos e dos cervos. Admire a in-
tensidade das cores das flores, seu perfume requintado e a textura
suave de suas pétalas aveludadas. Quem projetou uma natureza tão
bonita? O único e verdadeiro Deus, nosso Criador, Provedor e Redentor.
Confirmando isso, João escreveu: “No princípio era o Verbo, e o Ver-
bo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que
foi feito se fez” (Jo 1:1-3). “E o Verbo Se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como
do unigênito do Pai” (Jo 1:14). “No dia seguinte, vendo que Jesus
vinha em sua direção, João disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o

pecado do mundo!’” (Jo 1:29). “André, o irmão de Simão Pedro, era
um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido
Jesus. Ele encontrou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem
disse: — Achamos o Messias! (‘Messias’ quer dizer ‘Cristo’)” (Jo 1:40,
41). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (Jo 3:16). Sem dúvida alguma, a Palavra de Deus e a natureza
nos apresentam a maravilhosa obra do mais Inteligente Desenhista,
nosso Criador e Redentor, Cristo Jesus.
Davi compartiu a resposta humana apropriada: “Riquezas e glória
vêm de Ti. Tu dominas sobre tudo, e na Tua mão há força e poder.
Contigo está o engrandecer e dar força a todos. Agora, ó nosso Deus,
graças Te damos e louvamos o Teu glorioso nome. Porque quem sou
eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente
estas coisas? Porque tudo vem de Ti, e nós só damos o que vem das
Tuas mãos” (1Cr 29:12-14).
Que visão de mundo extraordinária as Sagradas Escrituras forne-
cem para a jornada da nossa vida! O Senhor nosso Deus é o Criador
(portanto, Ele é o dono de todo o Universo), e Ele tudo faz para que pos-
samos colocá-Lo em primeiro lugar. No entanto, continuamos huma-
nos e frágeis, e nossas decisões e promessas muitas vezes falham!
Então, como poderemos estar determinados para, de uma maneira
feliz e duradoura, colocar a Deus em primeiro lugar em nossa vida,
além de colocá-Lo em primeiro lugar na administração daquilo que
Ele nos dá para administrar, seja muito, seja pouco?1 Existem cinco
elementos que podem nos ajudar a colocar a Deus em primeiro lugar:
1 FÉ. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisamos de

fé. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de
fatos que não se veem” (Hb 11:1). Por fim, é uma questão de confiar.
Ele é Deus. Ele é o Criador. É Ele quem supre as nossas necessidades
(Fp 4:19). Ele é o nosso Salvador, que veio “buscar e salvar o perdido”
(Lc 19:10) – você e eu. Portanto, conhecendo-O mediante a leitura
das Escrituras Sagradas, nossa fé se fortalece (Rm 10:17), e seremos
capazes de ter fé Nele.

Salomão explica isso claramente: “Confie no Senhor de todo o seu
coração e não se apoie no seu próprio entendimento. Reconheça o
Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas vere-
das” (Pv 3:5, 6). Tenho refletido sobre a grande verdade encontrada
nesta declaração de Ellen G. White: “A verdade e a glória de Deus são
inseparáveis; e é impossível honrar a Deus com opiniões equivoca-
das, quando temos a Bíblia ao nosso alcance. Muitos alegam que
não importa o que alguém creia; o importante é que sua vida seja
correta. Mas a vida é moldada pela fé. Se a luz e a verdade estão ao
nosso alcance, e negligenciamos o privilégio de conhecê-las, na prá-
tica estamos rejeitando-as; estamos escolhendo as trevas em vez da
luz”.1 Eu quero escolher a luz. Eu quero escolher Jesus. Quero, pela
fé, colocar a Deus em primeiro lugar em todas as áreas da minha
vida, inclusive na administração de tudo o que Ele me deu. E você?
2 INVISÍVEL. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisa-

mos não somente de fé, mas também fixar nossos olhos no “invisí-
vel”, como na experiência de Moisés: “Pela fé, Moisés abandonou o
Egito, não ficando amedrontado com a ira do rei, pois permaneceu fir-
me como quem vê aquele que é invisível” (Hb 11:27). Será que pode-
mos escolher de maneira voluntária e a cada dia fixar nossos olhos
em Jesus? (Hb 12:2). O Senhor é invisível, mas é real. Deus também
declarou: “Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt
6:4, itálico acrescentado). Ele quer iluminar nosso caminho!
Ellen White escreve, “O Senhor apela a vocês [...] a olharem essas
coisas com olhos iluminados, não por conselheiros mundanos, mas
por Seu Espírito. Aceitem a Palavra de forma literal. [...] Ponham-se
onde as riquezas da glória do Céu brilhem perante vocês e atrás de
vocês e em cada um dos seus lados, porque vocês são todos luz no
Senhor. — Carta 110, 1899.”2
Precisamos confiar Nele. Decidir diariamente estar em Sua presença
por meio da nossa devoção diária, da oração, da meditação em Suas
promessas e do estudo da Bíblia. Devemos ter um coração como o
de Davi: “Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei: que eu possa mo-

rar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar
a beleza do Senhor e meditar no seu templo” (Sl 27:4).
Estamos tomando tempo para contemplar a “beleza do Senhor?”
Que cada dia possamos separar um tempo, cedo pela manhã (Sl
5:3), para contemplar “a beleza da Sua santidade” (Sl 29:2) e para
admirar as qualidades do Seu belo caráter: amoroso (Jr 31:3; Jo
3:16); eterno (Hb 13:8); santo, verdadeiro e justo (Sl 75:5; Ap 6:10);
misericordioso, fiel e compassivo (Ex 33:19; Lm 3:22, 23; Hb 13:5).
Que Deus maravilhoso nós temos!
Como podemos tomar uma decisão firme e feliz para colocar o Deus
em nossas vidas?
3 JUSTO. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisa-

mos não apenas ter fé e fixar nossos olhos no invisível, mas tam-
bém experimentar Sua maravilhosa justiça. Consciente disso,
Paulo exclama: “E ser achado nele, não tendo justiça própria, que
procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justi-
ça que procede de Deus, baseada na fé” (Fp 3:9). Sim, precisamos
do Seu poder transformador em nossa vida (Rm 12:2) para sermos
capazes de “escolher corretamente” e buscar “em primeiro lugar
o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas lhes serão
acrescentadas” (Mt 6:33, itálico acrescentado). Quando decidimos
colocar Deus em primeiro lugar, é porque percebermos que Ele tem
um plano para cada um de nós. Paulo nos assegura desse extra-
ordinário privilégio: “Portanto, somos embaixadores em nome de
Cristo, como se Deus exortasse por meio de nós. Em nome de Cris-
to, pois, pedimos que vocês se reconciliem com Deus. Aquele que
não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:20, 21).
4 SERVIR A DEUS. Colocar a Deus em primeiro lugar requer não

somente um ato de fé, fixar os olhos no invisível e experimentar Sua
justiça, como também, e principalmente, responder Seu chamado de
servi-Lo! Isaías explica essa importante experiência da sua vida, a
qual exemplifica o que o Senhor quer fazer com cada um de nós: “De-

pois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem
há de ir por nós?” (Is 6:8).
Estaremos prontos e dispostos para, com Isaías, responder este tão cru-
cial chamado? “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8, itálico acrescenta-
do). Para que experimentemos colocar a Deus em primeiro lugar e res-
pondamos ao Seu chamado, precisamos dizer, com confiança: “Eu vou”.
Ellen G. White diz em Caminho a Cristo:
“[Você] só precisa compreender a verdadeira força da vontade. Este
é o poder que governa a natureza do homem: o poder de decidir, es-
colher. Tudo depende da ação correta da vontade. O poder de esco-
lha que Deus deu ao ser humano deve ser exercitado. Você não pode
mudar o próprio coração, nem, por si mesmo, entregar suas afeições
para Deus; mas pode escolher servir a Deus. Você pode dar-Lhe sua
vontade. Ele então operará em você o querer e o fazer, segundo Sua
graça. Desse modo, toda sua natureza estará sob o controle do Espí-
rito de Cristo; suas afeições ficarão centralizadas Nele, e seus pensa-
mentos estarão em harmonia com Ele”.3
Decidir colocar a Deus em primeiro lugar e dedicar-se inteiramente ao
Seu serviço, envolverá sua vida pela paz. “A pessoa consagrada ao ser-
viço de Cristo tem uma paz que o mundo não pode dar nem tomar”.4
5 TESOUROS. Colocar a Deus em primeiro lugar exigirá que fixe-

mos nossos olhos no invisível e que experimentemos Sua justiça ao
decidirmos servi-Lo. Isso será refletido na maneira com que adminis-
tramos os tesouros que o Pai celestial coloca em nossas mãos e na
nossa disposição de colocar a Deus em primeiro lugar na adminis-
tração dos nossos recursos. Como bons mordomos, queremos ouvir
do nosso Senhor as palavras de aprovação: “Muito bem, servo bom e
fiel; você foi fiel no pouco, sobre o muito o colocarei; venha participar
da alegria do seu senhor” (Mt 25:21).
Neste mundo, estamos enfrentando uma batalha espiritual contra as
forças do mal, e o Senhor quer que triunfemos sobre todo tipo de
tentação, dando sempre a honra para Ele. Mas a pergunta é: “Será

que alguém pode roubar a Deus? Mas vocês estão Me roubando e
ainda perguntam: ‘Em que Te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas.
Com maldição vocês são amaldiçoados, porque estão Me roubando,
vocês, a nação toda. Tragam todos os dízimos à casa do Tesouro,
para que haja mantimento na Minha casa. Ponham-Me à prova nisto,
diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não lhes abrir as janelas do Céu e
não derramar sobre vocês bênção sem medida” (Ml 3:8-10).
Que bênção será para a nossa vida como família e como igreja quan-
do colocarmos em prática as instruções de Deus em nossa experiên-
cia pessoal! “As igrejas mais sistemáticas e liberais em sustentar a
causa de Deus são espiritualmente as mais prósperas”.5
.......................................................................................................
MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a orar diariamente durante esta
semana: “Senhor, ajuda-me a colocar-Te em primeiro
lugar. Ajude-me a ser fiel e generoso com os recursos
por meio dos quais Tu abençoas minha vida e a da
minha família. Quero colocar-Te em primeiro lugar
em todas as áreas da minha vida pessoal e familiar,
e quero ser fiel e generoso com o dízimo e as ofertas
regulares, proporcionais e sistemáticas. No santo
nome de Jesus. Amém.”
.......................................................................................................
Guillermo Biaggi, DMin é vice-presidente da Associação Geral da Igreja Adventista

do Sétimo Dia.
1. Ellen G. White, O Grande Conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2021), p. 497./ 2. White, The Upward
Look (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1982), p. 234./ 3. White, Caminho a Cristo (Tatuí, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 2007, nova edição), p. 31./ 4. White, Minha Consagração Hoje (Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 1952), p. 164./ 5. White, Testemunhos para a Igreja, v. 3 (Tatuí, SP: Casa Publicadora
Brasileira, 2008), p. 405.

Dia 2
OUSANDO IR MAIS
FUNDO E COLOCANDO O
QUE É MAIS IMPORTANTE
EM PRIMEIRO LUGAR!
Melody Mason
.........................................................
Certa vez, uma professora estava tentando ensinar aos seus alunos
a importância de estabelecer prioridades. Para isso, ela colocou uma
grande jarra de vidro cheia de pedras do tamanho de um limão sobre
a mesa. Então, perguntou à classe se a jarra estava cheia. “Sim”, todos
responderam. Depois, ela pegou um balde de grânulos de cascalho do
tamanho de uma ervilha e os derramou na jarra, em torno das pedras.
“E agora, a jarra está cheia?”, perguntou novamente. “Parece que não”,
os alunos responderam. Eles estavam ficando mais sábios. Então ela
trouxe um recipiente com areia e a derramou na jarra. A areia preencheu

todas as frestas que havia em volta das pedras e dos grânulos de cas-
calho. “A jarra está cheia agora?”, ela perguntou. “Não!”, responderam
eles, confiantes. Ela sorriu. “Acertaram de novo!”, disse ela, enquanto
pegava um vaso com água e despejava na jarra. A água encharcou a
areia as pedras. Com um sorriso, ela deu um passo atrás. “Então, o que
será que estou tentando ensinar a vocês através desta lição prática?”
Um dos alunos disse: “O que você está nos dizendo é que não importa
o quanto estejamos ocupados, sempre podemos espremer um pou-
quinho mais a nossa agenda”. Todo mundo riu. Mas ela fez que não
com a cabeça. “Não! O que estou dizendo é que precisamos aprender
a colocar primeiro as pedras grandes na jarra e, depois, encaixar todo o
restante em torno delas! Você tem que definir conscientemente quais
são suas prioridades na vida. Caso contrário, os detalhes da vida, a
areia, o cascalho, etc., vão consumir todo o seu tempo”.
É isso que acontece com nossa vida – precisamos aprender a co-
locar as grandes pedras (prioridades espirituais) da nossa vida em
primeiro lugar. Isso se aplica à nossa devoção diária, nossos hábitos
de mordomia, incluindo o dízimo e as ofertas. Quando colocamos a
Deus em primeiro lugar, as recompensas sempre são maiores do que
podemos contabilizar. No entanto, no mundo acelerado de hoje, isso
pode ser um grande desafio.
MINHA HISTÓRIA PESSOAL DE “INDO MAIS FUNDO”

Quando eu era mais jovem, provavelmente poderia ter conquistado um
prêmio por sempre ter sido uma “Marta” moderna e ocupada. Na facul-
dade, eu sempre estava envolvida em vários ministérios e em equipes
de jovens, e já viajei por várias partes do mundo. Aos 30 anos de idade,
eu já havia estado em quase trinta países, tinha servido como voluntá-
ria em orfanatos, realizado campanhas evangelísticas bem-sucedidas,
lecionado em escolas em selvas distantes e me envolvido em várias
formas do trabalho médico como enfermeira. No entanto, foi nessa
época que reconheci que havia algo significativo faltando em minha
vida. Eu estava sempre muito ocupada e precisava desesperadamente
ter uma experiência mais profunda com Jesus.

É fácil nos enganar pensando que tomar a decisão de servir a Deus é o
mesmo que conhecê-Lo. Mas Deus está nos chamando para estar com
Ele antes de servi-Lo (Mc 3:14). Não podemos dar aos outros o que nós
mesmos não recebemos quando nos sentamos aos Seus pés. De fato,
lemos que quando Jesus voltar haverá um grupo que dirá: “Senhor, eu
fiz isso e fiz aquilo…” E Ele dirá: “Sim, mas eu nunca conheci vocês! Vo-
cês sempre trabalharam separados de Mim” (ver Mt 7:22, 23).
Embora o “processo de ir mais fundo” tenha sido um pouco doloro-
so, sou muito grata por Deus finalmente ter aberto os meus olhos
para a minha grande necessidade. Quando comecei a abeberar-me
da Palavra de Deus a cada manhã, muitas vezes com lágrimas cor-
rendo pelo meu rosto, me apaixonei por Jesus como nunca antes.
Minha devoção diária se tornou uma vibrante experiência de ado-
ração pela qual eu mal podia esperar todas as manhãs. Também
aprendi que, à medida que eu fazia daqueles momentos profundos
e sem pressa com Deus uma prioridade diária (mesmo que eu dor-
misse um pouco menos ou cortasse alguma outra atividade), tudo
na vida começou a fluir de uma maneira mais suave.
Sempre que damos a Deus o primeiro lugar, Ele retribui com muito mais.
Em Mateus 6:33 lemos, “Mas busquem em primeiro lugar o Reino de
Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas”.
SUGESTÕES PRÁTICAS PARA IR MAIS FUNDO

Depois de ter feito o seu compromisso de colocar a Deus em primei-
ro lugar, o que fazer para controlar o seu tempo com Ele todos os
dias enquanto você busca um derramamento mais profundo do Seu
Espírito? A seguir estão algumas das minhas sugestões pessoais:
1 Procure um lugar reservado para se encontrar a sós com Deus.

Marcos 1:35 nos diz, “Tendo-se levantado de madrugada, quando ain-
da estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava”.
2 Durma cedo para poder acordar cedo. Se queremos experimen-
tar tudo o que Deus tem para nós, temos que intencionalmente dizer

“não” para algumas coisas à noite para que possamos dizer “sim” ao
Senhor pela manhã. Se você tem problemas para acordar cedo, peça
a Deus para acordá-lo. Ele o fará!
3 Elimine todas as distrações, se possível. Pela manhã, quando
você se levantar, evite qualquer barulho ou distração que possa des-
viar sua atenção de Deus. Além disso, procure evitar checar seus
e-mails, mensagens de texto, redes sociais ou qualquer outro meio
de comunicação digital. Utilize o recurso “modo avião” em seu smar-
tphone até terminar os seus momentos de devoção é uma ótima
prática. O autor E. M. Bounds escreve: “Se Deus não estiver em pri-
meiro lugar em nossos pensamentos e em nossas atividades pela
manhã, Ele ficará em último lugar no restante do dia”.1
4 Confesse os seus pecados e livre-se das brechas espirituais.
Muitas vezes, as pessoas sentem que há um muro entre elas e Deus.
Isso ocorre porque existem pecados não confessados e brechas es-
pirituais que precisam ser reparadas. Ore e peça a Deus para sondar o
seu coração e para mostrar-lhe as áreas que precisam ser corrigidas
(Sl 66:18; Sl 139:23, 24; 1Jo 1:9).
5 Peça um batismo diário do Espírito Santo. Com o Espírito San-
to vêm todas as demais bênçãos; mas precisamos pedir (Lc 11:13).
Ellen G. White nos diz: “Podemos ter tido uma medida do Espírito de
Deus, mas tanto pela oração como pela fé devemos continuamente
buscar mais do Espírito”. 2
6 Reserve um tempo para orar e estudar a Bíblia. Não há, neces-
sariamente, uma maneira certa ou errada de fazer nossa devoção.
O importante é que nós a façamos. Busque a Jesus enquanto estu-
da. E ao ler a Palavra, personalize-a e transforme-a em uma oração.
Quando orar, reivindique as promessas de Deus! Por último, mas não
menos importante, pergunte a Deus como Ele quer que você coloque
o que estudou em prática em sua vida hoje.
7 Continue pedindo uma caminhada mais profunda. A Bíblia nos
diz: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que
tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera

em nós” (Ef 3:20). Deus tem tanta coisa reservada para nossas vidas,
se tão somente ousarmos pedir mais.
8 Por último, mas não menos importante, mantenha Deus ao seu
lado ao longo do seu dia. Deus deve ir conosco, ficar conosco e per-
manecer conosco. Ele quer caminhar conosco assim como cami-
nhou com Enoque. “Devemos manter-nos tão perto de Deus que, em
cada provação inesperada, nossos pensamentos se voltem para Ele
tão naturalmente quanto a flor se volta para o Sol”.3
“Esforçai-vos por alcançar as coisas a que Deus dá valor, e para cuja
obtenção, Cristo deu Sua preciosa vida” (Ellen G. White, Conselhos
sobre Mordomia, p. 138).
Faça dos seus momentos de devoção com Jesus a sua primeira prio-
ridade diária, e você colherá ricos benefícios em todos os aspectos
da sua vida. Essa é a principal condição para crescer como um mor-
domo fiel dos recursos dados por Deus. Tente! Você verá!
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MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a separar os primeiros momentos
de cada dia para comungar com o Senhor por meio da
oração, do estudo da Bíblia, do Espírito de Profecia, da
lição da Escola Sabatina, e de participar do culto familiar.
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Melody Mason é coordenadora de recursos da Associação Ministerial da Associação

Geral, e autora do livro Daring to Ask for More e Daring to Live by Every Word.
1. E. M. Bounds, The Complete Work of E. M. Bounds on Prayer (Ada, MI: Baker Books, 2004), p. 464./ 2.
Ellen G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,
2008), p. 507./ 3. White, Caminho a Cristo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007, nova edição), p. 63.

Dia 3
CULTIVANDO
RELACIONAMENTOS
DE QUALIDADE
Willie e Eliane Oliver
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Que tipo de casamento você tem? Você se sente feliz e satisfeito a maior
parte do tempo, ou passa boa parte dele triste e com raiva, desejando
que tivesse ouvido os seus pais sobre levar as coisas mais devagar?
A partir do momento em que você começa a examinar pesquisas bi-
bliográficas sobre o casamento ou conversar com outros casais bem
conhecidos por você, não é preciso muito para perceber que todos
os casais passam por momentos difíceis no casamento. Não exis-
tem casamentos perfeitos porque não existem pessoas perfeitas.
Em realidade, muitos dos casais com quem trabalhamos tendem a
ver o próprio casamento como disfuncional.

Quando a palavra disfuncional é usada no contexto de relacionamen-
tos, ela se refere a um colapso do que é normal em um relacionamen-
to conjugal. No entanto, é muito normal que duas pessoas imperfei-
tas tenham divergências em sua visão do mundo. Isso significa que
todo casamento passará pelo desafio de ter que lidar com conflitos.
Quando os casais ignoram suas diferenças fundamentais e só li-
dam com elas quando ocorre algum evento ou episódio relevante,
essa abordagem tende a criar ressentimentos e a destruir a paz
do casamento. Mesmo quando os casais têm um casamento re-
lativamente saudável, se eles não lidarem com suas diferenças de
maneira calma e controlada, isso pode levar ao desespero e a um
desejo de desistir do relacionamento.
Existem muitos fatores que contribuem para um relacionamento
disfuncional, tais como abuso, abandono, vícios e distúrbios psico-
lógicos como ansiedade, depressão e distúrbios de personalidade
clinicamente avaliados. No entanto, muitos casais sofrem de dis-
função por nunca terem aprendido a se comunicar bem, o que mui-
tas vezes leva a sentimentos de desesperança e frustração. Esses
sentimentos podem facilmente fazer os cônjuges pensarem que se
casaram com a pessoa errada, e que a única maneira de escapar
desse pesadelo é o divórcio.
Os casais que obtêm sucesso no casamento são os que aprendem
a remover padrões destrutivos ou negativos do relacionamento um
com o outro. Em vez de ficar frustrado e acusar seu parceiro de sem-
pre fazer as coisas da maneira errada, cada parceiro deveria se con-
centrar no que pode fazer para ser um cônjuge melhor. Casais as-
sim tendem a ver seu relacionamento conjugal como um copo meio
cheio, capitalizando nos pontos fortes de seu cônjuge, em vez de ver
seu casamento como um copo meio vazio, focalizando-se na fraque-
za do parceiro e do relacionamento.
A boa notícia é que é possível cultivar relacionamentos de qualida-
de. Em um relacionamento, ambos podem optar por construir seu

casamento identificando coisas boas na outra pessoa e mudando a
maneira como veem o cônjuge. Em vez de vê-lo como um adversário,
eles podem escolher jogar no mesmo time.
Então, como os casais podem aprender a administrar melhor seu re-
lacionamento conjugal? A verdade é que, assim como as pessoas se
comprometem a devolver um dízimo fiel e a dar uma oferta genero-
sa, elas também podem reconhecer a responsabilidade de fazer com
que o seu casamento reflita a imagem de Deus para o mundo.
Aqui estão sete hábitos que ajudarão qualquer casamento a cultivar
relacionamentos de qualidade:
1 Veja o seu casamento como uma dádiva divina. Quanto mais

você vê seu casamento como um bem valioso e um presente de
Deus, mais positivamente você se sentirá sobre o seu relacionamen-
to conjugal. Como o seu cérebro está programado para acreditar no
que você diz, mude sua conversa interior e comece a dizer a si mes-
mo que você tem um ótimo casamento. Se fizer isso regularmente,
você e o seu cônjuge logo começarão a acreditar e a experimentar
aquilo em que acreditam. A Bíblia está certa quando diz: “Tudo é pos-
sível ao que crê” (Mc 9:23, ACF).
2 Ore regularmente por seu casamento e pelo seu cônjuge. Foi
Deus quem criou o casamento e, por isso, é essencial mantê-Lo no
centro do seu relacionamento. Use sua fé intencionalmente, pedindo
a Deus paciência e também o desejo de ser compreensivo e gentil
com o seu cônjuge. Se você acredita que Deus tudo vê e tudo sabe,
então você vai procurar estar atento ao que diz ou faz ao seu cônju-
ge. Esta é a razão pela qual Ellen White declara em O Lar Adventista:
“E ao crescer vosso amor a Ele, também vosso amor mútuo há de
crescer, aprofundar-se e fortalecer-se”.1 Portanto, sua oração deve
ser para que Deus faça por seu casamento “infinitamente mais do
que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que
opera em nós” (Ef 3:20).

3 Aprenda e pratique habilidades de comunicação eficazes. A
maioria dos seres humanos aprende a se comunicar desde o nasci-
mento. No entanto, a maioria das pessoas tem desenvolvido formas
imperfeitas e tortuosas de comunicação. Maridos e esposas trazem
esses padrões de comunicação – bons e ruins – para o casamento.
Esta é a razão pela qual cada parceiro precisa estar disposto a fazer
mudanças em sua maneira de se relacionar e de se comunicar, a fim
de melhorar a qualidade do relacionamento conjugal. Se os casais
dedicassem tempo para verdadeiramente ouvir um ao outro e para
ver as coisas do ponto de vista do outro, muitas preocupações se-
riam resolvidas. O sábio conselho bíblico em Tiago 1:19 diz: “Vocês
sabem estas coisas, meus amados irmãos. Cada um esteja pronto
para ouvir, mas seja tardio para falar e tardio para ficar irado”.
4 Descubra e faça o que o seu cônjuge gosta. Descubra o que o
seu cônjuge não gosta e pare de fazê-lo! Antes do casamento, o
casal se orgulha de ser, cada um, o melhor cônjuge. Ambos estão
sempre dispostos a fazer qualquer coisa para que a outra pessoa
seja feliz. Porém, depois do casamento e da lua de mel, muitos ca-
sais tendem a parar de fazer coisas especiais um para o outro e co-
meçam a se distanciar. Se os casais empregassem a regra de ouro
– “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês,
façam também vocês a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt
7:12) – seu relacionamento conjugal se fortaleceria e os encheria do
contentamento e da alegria vindos de Deus.
5 Perdoe com frequência. No casamento, os casais inevitavelmen-
te machucarão um ao outro. Não estamos falando necessariamente
sobre abuso de qualquer tipo – embora isso também seja uma pos-
sibilidade – mas sobre as realidades embutidas em relacionamentos
humanos imperfeitos. Sem qualquer intenção de magoar o outro, os
parceiros costumam dizer o que dizem ou fazer o que fazem. Esta
é a razão pela qual você deve aprender a perdoar. Perdoar alguém
que prejudicou você é a parte mais difícil de amar, mas não há amor
verdadeiro sem perdão. Perdoar não significa tornar-se um capacho

ou livrar a outra pessoa da responsabilidade. Mesmo assim, perdoar
ajuda a iniciar o processo de cura das suas mágoas e da necessida-
de que se sente de punir a outra pessoa. O perdão também ajuda a
diminuir a lacuna que passou a existir no relacionamento. Natural-
mente, você só pode aprender a perdoar quando estiver sob o senho-
rio de Jesus Cristo, que disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós também perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6:12).
6 Aprenda a rir. O velho ditado “rir é o melhor remédio” ainda é
verdade hoje. Pesquisas médicas sugerem que o riso traz benefícios
fisiológicos e neurológicos. O riso ajuda a reduzir o estresse, estimu-
la o sistema imunológico, reduz a pressão arterial, une os casais e
mantém o relacionamento renovado. Todo casal precisa encontrar
motivos para rir e, assim, parar de se estressar com as pequenas coi-
sas. Provérbios 17:22 nos lembra, “O coração alegre é bom remédio,
mas o espírito abatido faz secar os ossos”.
7 Faça depósitos emocionais. Relacionamentos – especialmente
o casamento – funcionam como uma conta bancária. Quando você
faz ou diz coisas boas um para o outro, você faz depósitos emocio-
nais na conta bancária emocional do outro. No entanto, quando você
magoa o cônjuge ou não cumpre suas promessas, você faz saques
emocionais. Quanto mais dinheiro depositarmos em nossa conta
bancária, mais dinheiro temos. Quanto mais saques fizermos, me-
nos dinheiro teremos. Se fizermos mais saques emocionais do que
depósitos emocionais na conta bancária emocional de nosso cônju-
ge, acabamos falindo. Portanto, proponha-se hoje a fazer depósitos
emocionais na conta bancária emocional do seu cônjuge. Não é para
menos que a Bíblia diz em Colossenses 3:14, “Acima de tudo isto,
porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição” (ARA).
Quando vocês são fiéis em sua mordomia, Deus abre as janelas do

Céu e derrama abundantes bênçãos sobre vocês. Quando os cônju-
ges são pacientes, bondosos, fiéis e gentis um para com o outro no
casamento, as bênçãos de Deus transbordam não apenas em seus

lares, como também na casa de vizinhos, parentes e amigos. Pro-
ponha em seu coração começar hoje mesmo a praticar esses sete
hábitos em seu casamento.
.......................................................................................................
MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a melhorar meus relacionamentos
tomando a fidelidade, o perdão e o amor como princípios
para o crescimento.
.......................................................................................................
Willie Oliver, PhD, CFLE, é um pastor ordenado, conselheiro pastoral, sociólogo

familiar e um educador de vida familiar certificado. Ele também é o diretor do
Ministério da Família na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Elaine Oliver PhDc, LCPC, CFLE é terapeuta profissional licenciada por uma clínica,
psicóloga educacional e educadora de vida familiar certificada. Ela também é
diretora associada do Ministério da Família na sede mundial da Igreja Adventista
do Sétimo Dia.
1. Ellen G. White, O Lar Adventista (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004) p. 105.

Dia 4
DESENVOLVENDO
HÁBITOS MENTAIS
SAUDÁVEIS
Julian Melgosa
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Muitas pessoas sabem qual medicação ou remédio natural devem

tomar para aliviar uma dor de estômago, de garganta ou uma torção
muscular. E se ficarem preocupadas por causa de alguma enfermi-
dade física, elas farão os arranjos necessários para recorrer a um
médico ou a um profissional da saúde. Será que essas pessoas re-
correriam a um profissional de saúde mental se experimentassem
pensamentos, sentimentos e comportamentos que os deixassem
muito perturbados? Talvez não – provavelmente por causa do es-
tigma. Esses exemplos nos lembram de como estamos mal prepa-
rados para enfrentar sintomas mentais e emocionais adversos. Não

podemos esquecer que, como mordomos de Deus, é nosso dever
administrar nossa saúde; e não há saúde sem saúde mental.
O QUE É SAÚDE MENTAL

Ao contrário da saúde física, a saúde mental não pode ser definida
como a ausência de doença. Muitas pessoas sofrem – e fazem com
que outras sofram – com sintomas parciais que não correspondem
a um diagnóstico completo.
A saúde mental consiste em três áreas principais: pensamentos,
sentimentos e comportamentos. Quando alguém desfruta de bem-
-estar psicológico/mental; utiliza bem suas habilidades; enfrenta o
estresse com razoável sucesso; olha o passado com satisfação, o
presente com calma e o futuro com esperança; relaciona-se cordial-
mente com os outros; e faz seu trabalho de forma produtiva e feliz,
podemos concluir que essa pessoa é mentalmente saudável. As pes-
soas com problemas mentais e emocionais tendem a ter dificuldade
em uma ou mais destas áreas básicas da saúde mental: pensamen-
tos, sentimentos/emoções e comportamentos.
Pessoas que sofrem com padrões de pensamento doentios podem
ser negativistas na análise que fazem de si mesmas, de seu ambien-
te, de outras pessoas e do futuro. Elas também costumam descon-
fiar dos outros, avaliar problemas de maneira radical (“preto ou bran-
co”), abordar desafios com sentimentos de medo e pensar de forma
ilógica para chegar a conclusões catastróficas.
Pessoas com problemas de ordem sentimental podem ficar aborreci-
das ao se depararem com pequenas dificuldades; podem sentir inveja
ou ciúme injustificados; ser impacientes; sentir-se facilmente desanima-
das; experimentar raiva, ressentimento, vingança e falta de empatia.
Aquelas com distúrbios comportamentais costumam evitar o con-
tato social, exibir agressões verbais e/ou físicas, realizar mal suas
tarefas (no trabalho, escola ou família), chorar sem motivo ou rir fora
de contexto. Também podem ser propensas a vícios (químicos ou
comportamentais), experimentar distúrbios alimentares e de sono,
ter dificuldade para aproveitar a vida e até problemas com a lei.

Curiosamente, essas três áreas da saúde mental estão intimamente
relacionadas entre si: Os pensamentos determinam os estados psi-
cológicos (sentimentos, emoções), os quais, por sua vez, dão lugar
ao comportamento. A Bíblia menciona essa conexão: “Porque, como
imagina em sua alma, assim ele é” (Pv 23:7), e “Quem é prudente age
com conhecimento” (Pv 13:16).
Ellen G. White aborda essa questão não apenas no aspecto da saúde
mental e do bem-estar pessoal, mas como algo embutido em nosso
tecido moral: “Se os pensamentos forem maus, maus serão também os
sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, consti-
tuem o caráter moral. [...] Se derem atenção às suas impressões, e per-
mitirem que os pensamentos sigam o rumo da suspeita, da dúvida, dos
lamentos, vocês se acharão então entre os mais infelizes dos mortais, e
sua vida se demonstrará um fracasso” (itálico acrescentado).1
MORDOMOS DA SAÚDE MENTAL

“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espí-
rito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus, e que
vocês não pertencem a vocês mesmos?” (1Co 6:19). Na maioria das
vezes, vemos essa declaração em termos da comida saudável que
devemos ingerir e do álcool, drogas e tabaco dos quais devemos nos
abster. Mas não são os nossos processos mentais, os quais consti-
tuem a função executiva do nosso corpo, uma parte importante do
templo de Deus? Em sua carta seguinte, o apóstolo Paulo escreve
aos mesmos crentes de Corinto, exortando-os a se purificarem não
apenas na carne, mas também no espírito: “Portanto, meus amados,
tendo tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da
carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor
de Deus” (2Co 7:1, itálico acrescentado).
Somos mordomos de todos os bens que Deus nos confiou. Isso in-
clui nossa mente, sentimentos/ emoções e comportamentos. So-
mos chamados a adotar padrões de mordomia não apenas físicos,
mas também mentais, como diz Ellen G. White: “Devemos servir-nos
de todos os recursos que Deus nos pôs ao alcance para o governo e
cultivo de nossos pensamentos”.2

“Eu acredito, como tenho feito há anos, que a saúde de nosso povo
melhorará muito se colocarmos Deus como o primeiro, o último e o
melhor em tudo - apetite, gosto e hábitos que devem ser cuidado-
samente protegidos” (Ellen G. White, Letters and Manuscripts, v. 4
(1883-1886), Letter 92a, 1886).
MORDOMOS DOS NOSSOS PENSAMENTOS

A saúde mental depende, em parte, da maneira como processamos
os pensamentos. Tome a preocupação, por exemplo. Podemos estar
muito preocupados com assuntos que são importantes para a nossa
vida e a dos nossos entes queridos. Podemos pensar e debater pos-
síveis soluções. Isso é legítimo. Mas quando esses pensamentos se
tornam compulsivos, exagerados e de preocupação com coisas que
podem acontecer, cruzamos a linha para o terreno da preocupação,
o que, na melhor das hipóteses, é inútil e pode ser um precursor da
ansiedade e da obsessão. Essa maneira de pensar deve ser rejeitada
o quanto antes possível no encadeamento de pensamentos.
Outro exemplo é o pensamento negativista do tipo: “Essa crise financeira
nunca vai acabar” ou “Não tem como eu me adaptar ao meu novo chefe”.
Algumas pessoas empregam esse padrão de pensamento na maioria
das situações que encontram. Durante décadas, a literatura psicológica
tem demonstrado que os indivíduos que escolhem esse padrão de pensa-
mento correm maior risco de apresentar tendências depressivas, obses-
siva-compulsivas e ansiedade do que a população em geral.
Como mordomo dos meus pensamentos, preciso encontrar ma-
neiras de dissipar pensamentos incorretos, negativistas e tóxicos.
Com a ajuda de Deus, posso intencionalmente colocar meus pen-
samentos no conteúdo que nutrirá minha mente (Fp 4:8). Sabemos
que práticas religiosas como ler Salmos ou Provérbios na Bíblia po-
dem nos ajudar a apagar pensamentos indesejados e a promover
consolo e emoções positivas.
Por último, e mais importante, o tipo errado de pensamento trará
corrupção moral. Esse foi o argumento de Jesus quando Ele disse
que “do coração [mente] procedem maus pensamentos, homicídios,

adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos, blasfê-
mias. São estas as coisas que contaminam a pessoa” (Mt 15:19, 20).
Esse princípio pode ser um guia seguro para nos protegermos dos
pensamentos que nos levam a consequências imorais.
MORDOMOS DAS NOSSAS EMOÇÕES

As emoções geralmente seguem os pensamentos. É por isso que ge-
renciar os nossos pensamentos é tão crucial para evitar estados de
espírito prejudiciais e para promover estados de espírito saudáveis.
Às vezes, as emoções também podem emergir por causa de outras
pessoas, do ambiente, ou podem surgir sem motivo aparente. Como
mordomo das minhas emoções, devo aprender a gerenciar e trans-
formar emoções negativas em positivas, mesmo quando causadas
pelas circunstâncias. Também posso me beneficiar aprendendo a
suportar experiências emocionais dolorosas inevitáveis adotando
uma atitude de esperança, conforme descrito por Jesus.
Uma passagem útil para lidar com emoções negativas (principal-
mente infelicidade) é encontrada em João 16:20-24. Nessa passa-
gem, Jesus aborda a injustiça da vida, como quando Seus discípulos
são perseguidos por fazerem o que é certo. Jesus promete que a dor
deles se transformará em alegria. Ele reconhece que haverá tristeza,
mas assegura ao crente que a ajuda chegará rapidamente, compa-
rando isso com a maneira como a dor aguda de uma mãe que em
poucos instantes vai dar à luz cede lugar à alegria quando o filho
nasce. Jesus sabia que uma grande parte da miséria humana tem
a ver com emoções dolorosas do passado, e Ele nos assegura que
todas as memórias desagradáveis do passado serão apagadas. Em-
bora a tristeza às vezes seja necessária (v. 22), e a dor possa, de vez
em quando, ter algum significado, Jesus dirige o nosso olhar para a
alegria permanente que Ele dará aos Seus filhos quando voltar, ale-
gria essa que ninguém poderá tirar (v. 22).
MORDOMOS DO NOSSO COMPORTAMENTO

A maioria dos comportamentos surge como resultado dos pensa-
mentos e sentimentos. Daí a importância da gestão do pensamento.

Alguns comportamentos também podem levar a distúrbios emocio-
nais e mentais, agindo como gatilhos para a psicopatologia. Pense
no vício, por exemplo. Alguém que é viciado em alguma substância
perde o autocontrole, o que resulta em desejos, compulsão, culpa,
etc. A repetição leva a uma maior tolerância à substância, tornando
o vício mais forte e causando sérios problemas ao indivíduo, seus
entes queridos e à sociedade em geral.
Muitos acham que não podem se tornar vítimas do vício, pois nunca
usam álcool ou drogas. Mas também existem vícios comportamentais
como a pornografia, os jogos de azar ou os jogos da internet. Uma vez
“viciados”, os indivíduos experimentam padrões quase idênticos aos
dos viciados químicos. Mesmo as coisas necessárias da vida, como
certos alimentos, trabalho, dinheiro, compras ou internet, podem se
tornar viciantes se usadas de forma excessiva e obsessiva.
Verdadeiramente, a saúde mental é um bem, assim como a saúde física,
os talentos, o dinheiro ou as posses. Todos nós estamos incumbidos
de trazer glória a Deus e de servir os outros. Devemos entender como
desenvolver esses bens, acalentá-los e dedicá-los ao serviço do Senhor,
que é o serviço a nossos semelhantes. É como Pedro escreveu: “Sirvam
uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarre-
gados de administrar bem a multiforme graça de Deus” (1Pe 4:10).
.......................................................................................................
MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a estabelecer um hábito saudável novo
para servir ao Senhor com minha mente.
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Julian Melgosa é diretor associado do Departamento de Educação da

Associação Geral.
1. Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 5 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 310./2.
White, Nos Lugares Celestiais (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1967), p. 167.

Dia 5
QUANDO VOCÊ ORAR

PELAS PESSOAS, CREIA!
Ramon Canals
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Você já pediu a Deus para lhe dar algo que você deseja, mas logo ig-
norou o que Ele lhe deu por não reconhecer que a resposta à sua ora-
ção estava bem na sua frente? Você já orou por algo e depois rejeitou
o que Deus lhe deu? Devo confessar que isso já aconteceu comigo
muitas vezes. Alguns anos atrás, eu estava visitando as pessoas de
um bairro com a intenção de começar a dar estudos bíblicos em pre-
paração para uma campanha evangelística. Orei pedindo a Deus que
me levasse às pessoas da comunidade que estivessem abertas para
receber o evangelho – pessoas com quem Deus já estava trabalhan-
do e que estivessem famintas pela Verdade. Eu não queria entrar em
discussões religiosas com ninguém. Como mordomo do evangelho,
tudo o que eu queria era compartilhar Jesus com pessoas que tives-

sem o desejo de ouvir acerca do evangelho. Para minha surpresa,
Deus respondeu à minha oração exatamente como eu havia pedido.
Ele me mandou até a casa de uma mulher com todas as caracterís-
ticas pelas quais eu tinha orado, exceto pelo fato de que ela não se
encaixava no estereótipo que eu havia pré-estabelecido. Ou seja, eu
não a vi como um tipo de pessoa que estivesse buscando a Deus.
ENCONTROS DIVINOS NÃO IDENTIFICADOS

Quando meu amigo e eu visitamos o bairro em busca de pessoas
interessadas em estudar a Bíblia, chegamos a uma casa um pouco
diferente de todas as demais. A tal casa tinha um formato de pirâmi-
de. A cor vermelha era predominante na casa, inclusive nas cortinas,
portas e janelas. Um tanto hesitante, toquei a campainha. Uma mu-
lher alta, de olhos azuis e muito elegante abriu a porta. Pensamos em
dar meia volta e ir embora assim que a vimos. Não porque ela fosse
feia. Pelo contrário, era muito bonita. Além de tudo, estava vestida
com roupas mais apropriadas para a dormir do que para sair.
Ficamos ali, parados e atordoados. Devíamos ou não falar com aque-
la mulher? Um tanto perturbados, dissemos a ela que estávamos
visitando o bairro, distribuindo literaturas e orando pelas pessoas.
Então ela disse: “Entrem”. Olhei para o meu amigo e, sem trocarmos
sequer uma palavra, ambos entendemos que precisávamos sair dali
o mais rápido possível. Mas ela continuou insistindo: “Por favor, en-
trem”. Hesitamos. Mais tarde, ao conversarmos sobre o ocorrido,
meu amigo e eu descobrimos que estávamos pensando a mesma
coisa: aquela casa era um prostíbulo, a mulher, uma prostituta, e o
melhor que tínhamos a fazer era sair correndo e salvar nossas vidas.
Mas a mulher insistiu para que entrássemos.
Finalmente, decidimos entrar. Sem olhar diretamente para ela, abri-
mos nossas Bíblias e começamos a falar sobre Jesus Cristo. Fala-
mos sobre como Jesus é tão precioso em nossa vida e como Ele
nos salvou dando a Sua vida. Conversamos sobre o quanto Deus nos
ama e que Ele virá em breve para nos levar para o lar. De repente, ela
disse: “Com licença” e deixou a sala. Alguns minutos depois, voltou

completamente vestida. Não dissemos sequer uma palavra sobre
suas roupas. Tudo o que falamos foi de Jesus.
Mas o Espírito Santo estava trabalhando no coração dela. Ao con-
tinuarmos o estudo bíblico, notei que ela começou a chorar. Eu não
sabia o que estava acontecendo. Então, ela começou a falar. Disse-
-nos que não sabia orar, mas que tinha pedido a Deus que enviasse
alguém para lhe ensinar sobre a Bíblia. Eu não podia acreditar no que
eu estava ouvindo. Eu estava orando para que Deus me levasse a
alguém com quem Ele já estivesse trabalhando, e Ele o fez. Mas por
causa do meu preconceito, eu não conseguia ver isso.
ACREDITANDO NOS RESULTADOS DE DEUS

Deus estava respondendo às minhas orações ao me levar àquela casa.
Ao mesmo tempo, Ele estava respondendo às orações daquela mulher
enviando-me para lhe ensinar a Bíblia. No entanto, quase perdi essa
oportunidade por julgá-la por sua aparência externa. Betty (essa bela
mulher) e toda sua família entregaram a vida ao Senhor e fizeram par-
te do primeiro grupo de pessoas a serem batizadas durante a campa-
nha evangelística. Betty tinha uma filha de dez anos, que também foi
batizada. O nome dela é Cindy. Eu me encontrei com Cindy faz poucas
semanas, em St. Louis. Ela agora é uma mulher de 47 anos, com dois
filhos. Depois de me dar um grande abraço, ela me disse: “Obrigada
por testemunhar para minha família. Foi a melhor coisa que já nos
aconteceu”. Meu coração ficou enternecido. Esse é o tipo de história
que me convence de que testemunhar é a forma mais elevada de mor-
domia, porque testemunhar é compartilhar Jesus, o Doador da vida.
Essa experiência me ensinou três lições importantes:
1. Quando você orar, acredite que Deus enviará você para o lugar
certo. Não julgue ninguém com base em sua aparência externa.
2. Quando você orar, acredite que Deus fala com as pessoas antes
de você.
3. Quando você orar por almas, acredite que Deus o usará para tes-
temunhar a outras pessoas. Todos nós aprendemos o evangelho
com outro cristão.

SEGUINDO O DESÍGNIO DE DEUS
Eu não sabia o que era testemunhar até que eu mesmo fiz uma ex-
periência e vi como isso mudou a vida das pessoas. Ser uma teste-
munha de Cristo é o chamado mais elevado que alguém pode ter.
Seja você um mecânico, enfermeiro, engenheiro, médico, pastor ou
administrador, testemunhar é sua prioridade número um. Jovens ou
velhos, homens ou mulheres, não importa qual seja a identidade cul-
tural, você e eu fomos chamados para falar sobre o que temos visto
e experimentado com Deus. Aqui estão cinco razões pelas quais tes-
temunhar é tão importante:
1 Nada traz mais felicidade ao nosso coração.

Testemunhar é compartilhar Jesus com outras pessoas. Trata-se
de contar a elas acerca do precioso Salvador que temos em Jesus.
Há alegria em compartilhar a missão de Deus. A associação com
Deus na salvação de almas é a coisa mais espetacular do Univer-
so. “Não há maior bem-aventurança aquém do Céu, do que ganhar
almas para Cristo”.1
2 Estamos oferecendo uma oportunidade de salvação.
Quando compartilhamos Jesus com os outros, damos a eles uma
oportunidade de serem salvos. “Isto é bom e aceitável diante de
Deus, nosso Salvador, que deseja que todos sejam salvos e cheguem
ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:3, 4). Precisamos dar às
pessoas o máximo de oportunidades para elas responderem ao cha-
mado do Espírito Santo. Precisamos aproveitar plenamente todas as
oportunidades de testemunhar sobre Jesus.
3 Testemunhar traz alegria ao coração de Deus.
Nada traz mais alegria ao coração de Deus do que ver as pessoas
entregarem a vida a Ele. “Eu afirmo a vocês que a mesma alegria
existe diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepen-
de” (Lc 15:10).
4 Tornamo-nos como Jesus. Jesus é um conquistador de almas.
Ele quer que Seus discípulos sejam como Ele. “Jesus lhes disse:

— Venham comigo, e Eu os farei pescadores de gente” (Mt 4:19).
Participar da missão da igreja nos ajuda a desenvolver um caráter
como o de Jesus.
5 Seremos fiéis ao mandado divino. Deus espera que cada um dos
Seus discípulos faça parte do cumprimento da Grande Comissão.
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar
todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com
vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28:19, 20).
Quando você orar por almas, creia. Deus sempre responde suas
orações. Todo cristão nasce como missionário. Estamos nes-
te planeta por uma única razão: dar testemunho do maravilhoso
Deus do Universo.
“Vivia, meditava e orava não para Si mesmo, mas para os outros. Depois de
passar horas com Deus, apresentava-Se manhã após manhã para comunicar
aos homens a luz do Céu” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 67).
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MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a dedicar tempo regularmente a cada
semana para compartilhar as boas novas por meio de
estudos bíblicos, pequenos grupos e outros diferentes
meios, e interceder por outros.
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Ramon Canals é secretário ministerial da Associação Geral.
1. Ellen G. White, Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007), p. 333.

Dia 6
GUARDANDO O
SÁBADO
Hiskia e Ellen Missah
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O sábado é um importante segmento do tempo que o Senhor nos

chama para administrar. É essencial avaliar como passamos essas
horas sagradas, pois isso é algo que reverbera em nosso ser.
MINHA EXPERIÊNCIA PESSOAL (DE HISKIA)

Enquanto escrevo este artigo, minha mente divaga com lembran-
ças dos bons momentos que tive na minha infância com meus pais,
e a maneira como guardávamos o sábado, a qual foi adotada por
minha família há mais de meio século. Fui muito abençoado por
vivenciar momentos tão maravilhosos ao nos prepararmos para o
início do sábado dando as boas-vindas e celebrando esse dia tão
especial e abençoado.

Aqui estão as normas quanto à guarda do sábado na casa da minha
infância. No dia de sábado, era vedado passar roupa, limpar ou cozi-
nhar. Esperava-se que tudo estivesse preparado antes do pôr do sol da
sexta-feira: as roupas deviam estar passadas, os sapatos, engraxados
e a comida para o sábado, pronta. Então, quando o sol estava quase
se pondo no Oeste, meu pai reunia todos os filhos e familiares na sala
de estar e ali nos sentávamos. Então, cantávamos alguns cânticos de
sábado, líamos a Bíblia, recitávamos os versos para memorizar, oráva-
mos e terminávamos com a Oração do Senhor recitada em conjunto.
Logo depois, formávamos um círculo e nos dávamos as mãos para de-
sejar a todos um feliz sábado. Dizíamos: “Feliz sábado! Feliz sábado!
Feliz sábado!”. À medida que o sol descia no horizonte, um sentimento
de paz tomava conta dos nossos corações e da nossa casa. Era esse
o ritual da minha família para receber o sábado.
Quando criança, sempre gostei e desfrutei do dia de sábado pelas se-
guintes razões: Em primeiro lugar, não tínhamos aulas, o que significava
que não havia lição de casa ou questionários. Em segundo lugar, eu fica-
va livre das minhas atividades rotineiras e das tarefas domésticas. Em
terceiro lugar, encontrava meus amigos na igreja e tinha a oportunidade
de conversar com eles. E, por último, por causa das maravilhosas refei-
ções que eram servidas. Minha mãe sempre fazia comidas deliciosas
de um cardápio específico preparado apenas para o sábado.
O sábado se tornou um dia feliz para nós – e para mim em particular
– o dia pelo qual esperávamos ansiosamente. Essas experiências
incríveis permanecem na minha mente até hoje. Quanto a mim, im-
plementei a mesma rotina e práticas com os meus filhos, e eles gos-
tavam. Agora que têm suas próprias famílias, eles praticam a mesma
rotina com os seus filhos e familiares. Esse é um legado que deixei
para os meus descendentes seguirem.
A GUARDA DO SÁBADO NO ESPÍRITO DE PROFECIA

Nos escritos de Ellen White encontramos instruções sobre a perma-
nência do sábado e conselhos práticos sobre guardá-lo.

• “Deus nos deu todos os seis dias em que trabalhar, e apenas reser-
vou um para Si. Deve este ser um dia de bênçãos para nós — um
dia em que ponhamos de parte todas as nossas questões secu-
lares e centralizemos nossos pensamentos em Deus e no Céu”.1
• “Mas, enquanto adoramos a Deus, não devemos considerar isto
um trabalho penoso e ingrato. O sábado do Senhor deve tornar-
-se uma bênção para nós e para nossos filhos. Devem considerar
o sábado como um dia deleitoso, um dia que Deus santificou; e
assim o considerarão, se forem devidamente ensinados. [...] Os
pais podem levar os filhos ao ar livre para ver a Deus na natureza.
Podem estes ser dirigidos para as flores desabrochadas e os bo-
tões que se entreabrem, às árvores altaneiras e às belas hastes
da grama; e ser ensinados que Deus fez tudo isso em seis dias
e no sétimo descansou e o santificou. Assim os pais podem dar
suas instrutivas lições aos filhos, para que, quando eles contem-
plarem as coisas da natureza, se recordem do grande Criador de
todas elas. Seus pensamentos serão dirigidos para o Deus da
natureza — voltar-se-ão para a criação de nosso mundo, quando
se pôs o fundamento do sábado e todos os filhos de Deus rejubi-
laram. Tais são as lições a imprimir na mente de nossos filhos”.2
O tempo do dia de sábado não nos pertence. Pertence a Deus. Deve-
mos guardar o sábado fielmente e entregar esse tempo a Ele. Quando,
em vez disso, nos apropriamos desse tempo, estamos roubando um
tempo que é de Deus. Portanto, devemos guardar o sábado porque ele
é santo; ele é um sinal de que Deus é o Criador e nós somos Sua cria-
ção. Devemos manter isso em mente ao longo de nossas gerações.
Alguns benefícios da guarda do Sábado:
1 No Sábado, deleitamo-nos no senhor.

Como guardadores do sábado, sabemos que Deus disse que deve-
mos chamar este dia santo de deleitoso. Isaías 58:13, 14 diz: “Se
desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no Meu santo
dia, e se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor dig-
no de honra, e se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem

pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias
palavras, então, te deleitarás no Senhor” (ARC).
Deus prometeu que nos deleitaríamos no Senhor aos sábados. Infe-
lizmente, para algumas pessoas o sábado tornou-se um fardo, um
dia infeliz por conta das muitas restrições feitas pelo homem e inclu-
ídas na lei do sábado. Muitos dos 1.521 regulamentos associados
ao sábado prejudicam a beleza e o prazer desse dia santo e de sua
guarda.3 Dessa forma, Satanás está impedindo muitos de terem a
experiência do sábado, privando-os da alegria que Deus proveu.
2 O Sábado é fonte de prosperidade.

O mandamento do sábado é acompanhado da promessa de prospe-
ridade feita por Deus: “Te farei cavalgar sobre as alturas da terra e te
sustentarei com a herança de Jacó, teu pai; porque a boca do Senhor
o disse” (Is 58:14, ARC).
Se guardarmos fielmente o sábado, Deus nos fará cavalgar nas al-
turas da Terra e nos sustentará com a herança de Jacó. Em outras
palavras, se com alegria observarmos e guardarmos o sábado, Deus
nos abençoará. Ele nos elevará ao “topo” do mundo, conforme regis-
trado em Deuteronômio 28:13, “O Senhor os porá por cabeça e não
por cauda; e só estarão em cima e não debaixo, se obedecerem aos
mandamentos do Senhor, seu Deus, que hoje lhes ordeno, para os
guardar e cumprir”. A nação que guarda e observa o sábado compro-
va a veracidade de Deuteronômio 28:13.
3 O Sábado nos permite desfrutar da criação.

A natureza é o segundo livro que revela Deus. Ellen White escreve:
“As obras da natureza são ministros silenciosos de Deus, a nós da-
dos para que nos ensinem verdades espirituais. Elas nos falam do
amor de Deus e declaram a sabedoria do grande Artista”.4 O des-
canso sabático oferece uma excelente oportunidade para as famílias
que vivem em um mundo agitado e cercadas por objetos de feitura
humana terem acesso à revelação da natureza. Podemos apreciar a
obra do Criador e como Ele provê o que é necessário para a humani-
dade. Por conseguinte, o sétimo dia é um lembrete regular da nossa
posição como mordomos de Deus.

As seguintes atividades simples para o sábado à tarde podem nos
reconectar com a criação de Deus:
• Visite um parque ou um bosque e ali estude sua Bíblia.
• Sente-se em uma praia tranquila, lago ou riacho e ouça o lindo
murmurar das águas.
• Faça uma caminhada pelas montanhas, respire profundamente o
ar puro e descubra as maravilhas da natureza.
• Faça uma caminhada entre a natureza, levando um par de binó-
culos para observar os pássaros.
• Deite-se em um cobertor para tomar um pouco de sol e assim
obter a tão necessária vitamina D.
Observar e interagir com a natureza aumentará nosso interesse em
guardar o sábado e a recebê-lo alegremente a cada semana.
Hoje e ao longo do próximo ano, façamos escolhas simples para tornar o
sábado uma experiência alegre para a nossa família e para nós mesmos.
.......................................................................................................
MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a me preparar para o sábado durante a semana
a fim de guardar fielmente e desfrutar do dia de descanso.
.......................................................................................................
Hiskia Missah, DMin é jubilado e foi diretor associado de Mordomia na

Associação Geral.
Ellen Missah, PhD atua como assistente administrativa da presidência na
Associação Geral.
1. Ellen G. White, Orientação da Criança (Tatuí: SP: Casa Publicadora Brasileira, 1954), p. 348./ 2. Ibid,
pp. 349 e 351./ 3. John W. Ritenbaugh, “What the Bible Says About Relieving Burdens: Matthew 12:9–
14”, acesso em 18 de Agosto 2022: https://www.bibletools.org/index. cfm/fuseaction/topical.show/
RTD/cgg/ ID/1052/ Relieving-Burdens.htm/ 4. Ellen G. White, O Lar Adventista (Tatuí: SP: Casa Publica-
dora Brasileira, 2004), p. 146.

Dia 7
ABRINDO AS
JANELAS DO CÉU
Aniel Barbe
.........................................................
Recentemente, em um almoço de sábado, estávamos saboreando o

nosso prato favorito – uma boa discussão teológica. Depois de al-
gum tempo, a conversa voltou-se para a questão das recompensas e
bênçãos. Deus recompensa os fiéis hoje, ou as recompensas divinas
estão reservadas para o futuro? Qual é a natureza da recompensa
de Deus: espiritual, material ou ambas? Se houver uma recompensa
no presente, qual é o propósito dela? Curiosamente, existem várias
posições sobre essa questão entre nós. No que diz respeito à re-
compensa divina, os cristãos estão divididos. Para alguns, trata-se
de obedecer a Deus para desfrutar de uma bênção maior, enquanto
outros fazem uma abstração completa de uma recompensa presen-
te. Essa situação me levou a revisitar Malaquias 3:10-12, uma passa-

gem comumente citada para apresentar a recompensa de Deus para
aqueles que devolvem fielmente o dízimo.
PROFUSÃO DE BÊNÇÃOS
Malaquias usa uma linguagem figurada – “Abrir-lhes as janelas do
Céu” – para descrever o resultado de devolver o dízimo de tudo ao
Senhor. Anteriormente, Moisés usou uma expressão semelhante
– “As comportas do Céu se abriram” (Gn 7:11) – para descrever a
forte chuva que caiu durante os 40 dias do Dilúvio. Em outro lugar,
ele usa uma expressão bem parecida: “Farei chover do Céu pão” (Êx
16:4), para se referir ao maná, a provisão diária de Israel por 40 anos.
“Abrir-lhes as janelas do Céu” transmite a ideia de iniciativa divina, de
abundância e de coisas materiais.
Malaquias 3:10 fornece informações precisas sobre o resultado para
os dizimistas fiéis: “Derramar sobre vocês bênção sem medida”. Este
ensinamento está em harmonia com a promessa de Deus encontra-
da em Deuteronômio 28. A linha introdutória informa sobre os des-
tinatários da promessa, aqueles que “[têm] o cuidado de guardar to-
dos os seus mandamentos que hoje lhes ordeno” (v. 1). Mais adiante,
a bênção é descrita: “O Senhor lhes abrirá o seu bom tesouro, o céu,
para dar chuva à terra no tempo certo e para abençoar todo o traba-
lho das suas mãos” (v. 12).
Embora o amor e as bênçãos de Deus precedam o dízimo, é
biblicamente correto reconhecer que Deus acrescenta abundantes
bênçãos materiais àqueles que são fiéis dizimistas. Ellen G. White
confirma esse entendimento: “Tivessem eles reconhecido plena e
francamente as reivindicações de Deus, atendendo-Lhe as exigên-
cias, ter-se-ia Sua bênção manifestado no aumento do produto da
terra. Maiores teriam sido as colheitas. As necessidades de todos
teriam sido abundantemente supridas. Quanto mais dermos, tanto
mais receberemos”.1 A recompensa presente e futura dos fiéis é
uma verdade muito bem estabelecida. As abundantes bênçãos de
Deus não vêm em pacotes uniformes. Elas variam de um indivíduo
para outro. Alguns não mendigarão o pão (Sl 37:25), enquanto outros

produzirão riquezas em abundância. Ellen White explica esta reali-
dade diversa: “Alguns terão cem vezes tanto nesta vida, e no mundo
vindouro, a vida eterna. Mas nem todos receberão cem vezes mais
nesta vida, porque não o podem suportar”.2
Em Lucas 16:10-13, na versão A Mensagem, diz: “Se você não é ho-
nesto em cargos menores, acha que alguém irá promovê-lo a geren-
te?” A fidelidade no dízimo mostra que podemos viver com mais bên-
çãos de Deus.
Atualmente, estamos percorrendo territórios desconhecidos. Muitos
estão enfrentando novas circunstâncias na vida com as quais não
têm nem experiência nem recursos. Em tais situações, a tentação de
interromper a devolução do dízimo geralmente é grande. No entanto,
não será mais sábio e mais reconfortante manter as janelas do Céu
abertas sobre nós?
O ESQUEMA DE PROTEÇÃO DE DEUS

Os próximos dois versículos, Malaquias 3:11, 12, expandem o versí-
culo 10. Malaquias 3:11 declara: “Repreenderei o devorador, para que
não consuma os produtos da terra, e não deixarei que as suas videi-
ras nos campos fiquem sem frutos”. Aqui, Malaquias desenvolve seu
pensamento acerca das medidas de proteção de Deus.
A vida nos tem ensinado que não basta ser abençoado; temos tam-
bém que preservar e desfrutar das nossas bênçãos. O profeta Mi-
quéias descreve uma consequência da infidelidade: “Vocês irão se-
mear, mas não colherão nada; vocês esmagarão as azeitonas, mas
não se ungirão com o azeite; pisarão as uvas, mas não beberão o
vinho” (Ml 6:15). Esses são cenários de vida frustrantes. Quando os
filhos de Israel subiam a Jerusalém durante as três festas de pere-
grinação, eles cantavam seu mais profundo anelo: “Bem-aventurado
aquele que teme o Senhor e anda nos Seus caminhos! Você come-
rá do fruto do seu trabalho, será feliz, e tudo irá bem com você” (Sl
128:1, 2). Isso acontece quando o nosso Deus repreende e, literal-
mente, deixa o devorador aleijado e paralisado.

Jesus menciona a presença de um devorador e nos lembra do Seu
plano protetor: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir;
eu vim para que [as ovelhas] tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10:10, ARA). Nesse versículo, essas ovelhas são aquelas que “re-
conhecem a voz Dele” e “O seguem” (Jo 10:3, 4). Ele garante proteção
e vida abundante para aqueles que O reconhecem como Dono. No
tempo de Malaquias, o povo falhou em reconhecer a Deus como Pai e
Mestre (Ml 1:6) e, como resultado, suas bênçãos foram amaldiçoadas
(Ml 2:2). Em contraste, o dízimo é uma declaração de reconhecimento
da propriedade de Deus sobre nós e sobre todas as coisas. Tal reco-
nhecimento permite que Jesus nos inclua em Seu plano de proteção.
A proteção de Deus é muito necessária nesses tempos de instabi-
lidade: “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não
falta em tempos de aflição. Por isso, não teremos medo, ainda que a
terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oce-
ano. Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam, e
os montes tremam violentamente” (Sl 46:1-3, NTLH). Em um mundo
onde o mercado de ações oscila dia após dia, múltiplas guerras são
travadas, a Covid-19 e a varíola dos macacos são uma ameaça e o
custo de vida sobe rapidamente, não é melhor colocar a nós mesmos
e tudo o que temos sob os cuidados do Deus Todo-Poderoso? Ao de-
volvermos o dízimo, nos inscrevemos no plano de proteção de Deus.
MAIS BÊNÇÃOS COM UM PROPÓSITO

Lemos em Malaquias 3:12 (ARC), “E todas as nações vos chamarão
bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Se-
nhor dos Exércitos”. Esse verso usa duas expressões para a reação
dos outros quanto aos fiéis dizimistas: “vos chamarão bem-aventu-
rados” e “terra deleitosa”.
Em Provérbios 31, a expressão “a chamam de bem-aventurada” é
aplicada à mulher virtuosa. Ela é chamada de bem-aventurada por
seus filhos e seu marido (v. 28). Esses elogios não são por sua bele-
za ou pelo que ela adquiriu, mas por suas ações (fazer coisas boas,

os frutos de suas mãos e suas obras), que constituíam uma benção
para eles e para os outros.
Maria, a mãe de Jesus, também foi chamada de bem-aventurada por-
que, mediante suas ações sacrificais, o mundo seria abençoado (Lc
1:48). Uma pessoa é chamada de bem-aventurada quando se torna
uma bênção especial para os outros. Esse é o propósito das abun-
dantes bênçãos adicionais.
O apóstolo Paulo explica este conceito: “E Deus pode dar muito
mais do que vocês precisam para que vocês tenham sempre tudo
o que necessitam e ainda mais do que o necessário para fazerem
todo tipo de boas obras” (2Co 9:8, NTLH). Para Paulo, tudo o que
Deus nos dá em abundância é para um propósito altruísta, a saber,
mais boas obras. O crente que é abundantemente abençoado não
vive de acordo com o padrão desta era; ele vive para um princípio
mais elevado. Ele não ganha mais para gastar mais consigo mes-
mo, mas para se tornar uma bênção maior para os outros. A finali-
dade de devolver fielmente o dízimo não é obter mais bênçãos, mas
tornar-se um canal maior de bênçãos!
A expressão “terra deleitosa” fala sobre o aumento da capacidade
de testemunhar dos filhos de Deus, o que os torna desejáveis. En-
quanto desfrutasse das abundantes bênçãos do Senhor, Israel seria
atraente e desejável. Muitos anelariam ser como eles e fazer parte
deles. Assim, o povo de Israel poderia cumprir mais facilmente o
plano de Deus para ele: “Na sua descendência serão benditas todas
as nações da terra” (Gn 22:18). E isso aconteceria quando eles obe-
decessem à Sua voz. A abundante recompensa do dízimo fiel não
é satisfazer nossos desejos egoístas, mas servir como testemunho
da bondade e fidelidade de Deus. Quando somos abundantemente
abençoados, temos mais oportunidades de apontar a Fonte de to-
das as bênçãos para as pessoas.
Ellen G. White nos diz que “Devemos pegar a Deus pela palavra, e,
em simplicidade de fé, andar segundo a promessa e dar ao Senhor o
que Lhe pertence”.3 Os dizimistas fiéis são recompensados agora e
serão no grande dia de Deus (Ml 4:2, 3). Deus é Senhor dos Exércitos,

Capitão e Comandante dos exércitos angelicais, e nenhuma de Suas
promessas deixa de se cumprir. No entanto, devolver o dízimo não é
uma barganha entre o ser humano e Deus. Não se trata de devolver
para obter mais. Assim como um espírito altruísta leva à fidelidade
na devolução dos dízimos, esse mesmo espírito pode nos ajudar a
usar nossas bênçãos adicionais para abençoar outras pessoas e tes-
temunhar sobre o Doador de todas as bênçãos.
“O Senhor do Céu lança um repto àqueles a quem Ele tem suprido
com a Sua liberalidade, para que O provem” (Ellen G. White, Conse-
lhos sobre Mordomia, p. 52).
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MEU COMPROMISSO:
Comprometo-me a devolver os dízimos do Senhor
(10% da minha renda).
.......................................................................................................
Aniel Barbe é diretor associado do Ministério de Mordomia da Associação Geral e

editor da revista Mordomo Dinâmico.
¹Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007), p. 57./ 2. Ibid.,
p. 142./ 3. Ibid., p. 57.

Dia 8
OFERTAS ACEITÁVEIS
E INACEITÁVEIS
Marcos F. Bomfim
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Há muitas indicações na Bíblia de que o Senhor avalia, qualifica e

classifica a nossa doação ou a ausência dela. O fato de que Ele Se
sentou propositadamente em frente ao tesouro (Mc 12:41) e que Ele
qualificou a oferta da viúva pobre (Mr 12:43) nos diz que, ainda hoje,
Ele observa e avalia nossos padrões de doação.
Outra verdade importante é que Ele aceita e valoriza certas ofertas,
enquanto outras, independentemente da quantia, não podem ser
aceitas por serem até ofensivas a Ele. Quais são algumas das condi-
ções para Deus aceitar uma oferta?

1 Quando ela é apresentada por um coração que está bem com Deus.
(Sl 40:6-8; 51:16, 17; Is 1:10-13; Os 6:6; Ml 3:2-5; Mt 9:13; Mc 12:33).
De acordo com Malaquias 3, Deus aceita as ofertas que são trazidas
“com justiça” (v. 3, NVI), isto é, as ofertas trazidas por aqueles que
permitiram que Deus os purificasse, ou refinasse (v. 2, 3) de pecados
como feitiçaria, adultério, perjúrio, opressão dos trabalhadores quan-
to aos seus salários e opressão dos estrangeiros (v. 5), para citar
alguns. Só então “a oferta [...] será agradável ao Senhor” (v. 4).
Fica claro que o Senhor avalia o doador antes de avaliar a dádi-
va. Por melhor ou maior que seja a oferta, ela nunca será aceita
se aquele que a traz não estiver bem com Deus. Por essa razão é
que, antes de trazer uma “oferta monetária”, precisamos trazer uma
“oferta de coração”. Trazemos uma “oferta de coração” quando de-
dicamos regularmente um tempo a cada dia para permitir que o
Espírito Santo examine nossos pensamentos e inclinações, com-
parando-os com a Palavra de Deus. Somente quando confessamos
nossos pecados e cremos que a morte de Jesus foi suficiente para
pagar nossa dívida é que obtemos a capacidade de nos detestar
por conta dos nossos maus caminhos e obras más (Ez 36:31). Só
então podemos receber um coração novo, cheio do desejo de fazer
a vontade de Deus (Ez 36:26, 27).
2 Quando é trazida por um coração que está bem com os seres

humanos (Mt 5:23, 24; Hb 13:16).
Todo aquele que está bem com Deus se esforçará para estar bem
com os demais seres humanos. Os que têm um espírito contencio-
so ou ignoram os sentimentos, direitos ou necessidades dos outros
mostram que sua religião é falsa. Suas ofertas, portanto, não po-
dem ser aceitas por Deus.
É por essa razão que Jesus diz que se você está trazendo sua
oferta para a igreja (o depósito de Deus) e “lá se lembrar que o seu
irmão tem alguma coisa contra você”, detenha-se “e vá primeiro
reconciliar-se com o seu irmão; e então volte e faça a sua oferta”
(Mt 5:23, 24). Será que fiz tudo o que posso para viver em paz com

todas as pessoas (Rm 12:18) e para ajudar os necessitados ao
meu redor? Sem essa experiência santificadora, nossas ofertas
não podem ser aceitas por Deus.
3 Quando é apresentada por uma pessoa obediente (1Sm 15:22;

Sl 40:6-8; Is 66:2-4). O rei Saul estava ansioso para apresentar
suas ofertas ao Senhor – mas apenas como uma maneira de en-
cobrir sua desobediência deliberada à ordem do Senhor. Em vez de
confessar seu pecado, ele continuou apresentando desculpas para
fazer o que era contrário à vontade de Deus (1Sm 15). Algumas
pessoas hoje também podem fazer o mesmo quando trabalham
durante as horas do sábado, prometendo trazer o salário daquele
dia como uma espécie de “oferta de compensação” por fazerem o
que não é certo. Mas se um homem casado tiver um caso extracon-
jugal, será que sua esposa aceitará um bolo preparado pela outra
mulher como compensação?
Portanto, Samuel disse a Saul: “Será que o Senhor tem mais prazer
em holocaustos e sacrifícios do que no obedecer à Sua palavra? Eis
que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o ouvir é melhor do
que a gordura de carneiros” (1Sm 15:22). Deus nunca aceitará ofer-
tas em substituição à lealdade aos Seus mandamentos.
4 Quando o adorador está buscando uma recompensa celestial,

não terrena (Mt 6:1-4). Alguns podem trazer ofertas enormes ou fa-
zer doações significativas compelidos por motivações que deixam
a desejar. Certas pessoas, por exemplo, querem ser reconhecidas
como filantropos ou benfeitores; outras estão de olho em uma posi-
ção na comissão da igreja; e outras, ainda, podem dar grandes ofer-
tas só porque gostam do pastor. Uma vez que essas motivações ter-
renas geralmente esperam um reconhecimento humano (algum tipo
de recompensa), elas não podem ser aceitas por Deus. No entanto,
quando não tenho o propósito de me promover por meio das minhas

ofertas, então o que Jesus disse pode ser realizado em minha vida:
“O seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa” (Mt 6:4).
5 Quando a oferta representa uma proporção adequada da renda

(Dt 16:17; Mc 12:41-44; 1Co 16:1, 2). Certa vez, Jesus disse que a
pessoa que deu a menor quantia deu mais do que todos os que de-
ram quantias muito maiores (Mc 12:41-44). A despeito de todo o Seu
conhecimento matemático, o Criador do universo indicou que seis
por cento da renda dada por uma pessoa mais se equiparam aos
mesmos seis por cento da renda do mais rico, embora os valores
sejam muito diferentes em termos absolutos. Ou seja, na avaliação
do Mestre, a importância do que damos nada tem a ver com a quan-
tidade, mas com a proporção.
Ao escolhermos o sistema proporcional para decidir quando e quan-
to oferecer, estamos testemunhando que não doamos para ganhar
mérito. Em vez disso, quando doamos, o fazemos como resposta à
doação de Deus, porque Ele é sempre o primeiro a doar. Ele nunca
esperará que demos algo sem que Ele nos dê algo (2Co 8:11, 12).
Ao não definir uma porcentagem fixa da renda para dar como oferta
(2Co 9:7), as pessoas podem estar deixando que o seu próprio cora-
ção enganoso (Jr 17:9) decida sobre quando e quanto dar. Por outro
lado, escolhendo em oração uma proporção da renda para dar como
oferta, eles colocam a Deus no controle de quando e quanto dar.
Em resposta ao que Deus doou, eu dou uma proporção fixa do que
Ele me deu. Como somos associados a Ele em Seu ofício de sal-
var almas, quanto mais eu for abençoado financeiramente, maior
será a quantia que vou devolver ao Senhor. E se Ele precisar investir
mais em Seu ofício, mais Ele me dará, pois sabe que de cada cen-
tavo que me der, uma porcentagem fixa será investida de volta no
avanço do Seu reino.

“Não é o vulto da dádiva que torna a oferta aceitável a Deus, é o
propósito do coração, o espírito de gratidão e amor que ela expressa”
(Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia, p. 45).
6 Quando a oferta é dada de acordo com o especificado (Gn 4:4,

5; Hb 11:4). A história de Caim e Abel nos mostra que Deus não pode
aceitar ofertas que não sejam trazidas de acordo com Suas especifi-
cações. Caim resolveu fazer tudo do seu jeito, e Deus não Se agradou
da oferta dele (Gn 4:5). Abel agradou ao Senhor seguindo Sua orien-
tação e trazendo “das primícias do seu rebanho e da gordura deste.
O Senhor se agradou de Abel e de sua oferta” (Gn 4:4).
O espaço não nos permite explorar todas as especificações encontra-
das na Bíblia e no Espírito de Profecia sobre ofertas aceitáveis. Mas,
além dos itens já abordados acima, podemos acrescentar que as ofer-
tas regulares também devem ser trazidas ao Senhor como primícias,
em respeito ao princípio do “Deus em primeiro lugar” (Mt 6:33).
As ofertas de primícias (ou primogênitos) eram trazidas regularmen-
te a Deus por Seus filhos como lembrança de que Ele é o Provedor e
Mantenedor da vida. Elas só são aceitas porque Jesus, o Cordeiro de
Deus, morreu como resgate pelos nossos pecados, abrindo o cami-
nho para sermos aceitos pelo Pai.
Essas ofertas não são “primariamente motivadas por sentimentos
bons, nem por alguma necessidade específica, nem por um apelo,
nem pela simpatia por um pastor ou líder religioso, nem mesmo pelo
desejo de prover recursos para o templo ou o trabalho missionário.
Em vez disso, [elas] devem ser motivadas pelo ato divino de enviar
alguma forma de provento. São um meio de adorar a Deus, além do
dízimo (Ml 3:8-10), sempre que houver acréscimo de renda”.1

CONCLUSÃO
Antes de cada ato de adoração por meio de ofertas, somos convi-
dados por Deus a sondar nossos corações para ver se ainda há al-
gum pecado não confessado que possa impedir que nossa oferta
seja aceita. Mas também devemos avaliar nosso relacionamento
com Deus e com os outros bem como a motivação que nos leva a
ofertar e a regularidade e a qualidade da oferta. Essa é a melhor
oferta que podemos trazer? Ela está expressando nossa gratidão
e fidelidade a Ele?
Aproveitemos a adoração por meio das ofertas para nos aproximar-
mos ainda mais Daquele que não apenas nos resgatou pelo Seu san-
gue, mas que também nos sustenta!
A melhor e maior oferta jamais será aceita se aquele que trouxer não
estiver bem com Deus.
Marcos F. Bomfim é diretor do Ministério de Mordomia da Associação Geral e editor

no jornal God First.
Baixe e imprima seu cartão de compromisso agora.

Compartilhe o cartão antes e depois da “Semana de
Reavivamento Espiritual de Mordomia Cristã” :
https://www.adventistas.org/pt/
mordomiacrista/
1. Marcos Faiock Bomfim, “God First: Biblical Narratives of Givers and Giving”, Inverse Sabbath School
Quarterly, primeiro trimestre, lição 2 (2023).

NOTA
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Copyright ©2021.

Conferência Geral das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia®.

Publicado pelo Ministério de Mordomia Cristã da Associação Geral.

Introdução: Marcos F. Bomfim

Editor: Aniel Barbe

Este material pode ser traduzido, impresso ou fotocopiado por qualquer

Bíblia Sagrada, Nova Almeida Atualizada®, NAA® Copyright © 2017

Para mais informações ou materiais adicionais sobre este tema,

“Primeiro Deus” é o lema do Departamento de Mordomia da Asso-

SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024 5

Marcos Faiock Bomfim

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6 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

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1 FÉ. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisamos de

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2 INVISÍVEL. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisa-

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3 JUSTO. Para colocarmos a Deus em primeiro lugar, precisa-

4 SERVIR A DEUS. Colocar a Deus em primeiro lugar requer não

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5 TESOUROS. Colocar a Deus em primeiro lugar exigirá que fixe-

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Guillermo Biaggi, DMin é vice-presidente da Associação Geral da Igreja Adventista

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MINHA HISTÓRIA PESSOAL DE “INDO MAIS FUNDO”

14 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA IR MAIS FUNDO

1 Procure um lugar reservado para se encontrar a sós com Deus.

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16 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

Melody Mason é coordenadora de recursos da Associação Ministerial da Associação

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1 Veja o seu casamento como uma dádiva divina. Quanto mais

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Quando vocês são fiéis em sua mordomia, Deus abre as janelas do

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Willie Oliver, PhD, CFLE, é um pastor ordenado, conselheiro pastoral, sociólogo

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Muitas pessoas sabem qual medicação ou remédio natural devem

24 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

O QUE É SAÚDE MENTAL

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MORDOMOS DA SAÚDE MENTAL

26 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

MORDOMOS DOS NOSSOS PENSAMENTOS

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MORDOMOS DAS NOSSAS EMOÇÕES

MORDOMOS DO NOSSO COMPORTAMENTO

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Julian Melgosa é diretor associado do Departamento de Educação da

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QUANDO VOCÊ ORAR

30 SEMANA DE REAVIVAMENTO ESPIRITUAL 2024

ENCONTROS DIVINOS NÃO IDENTIFICADOS