Política Nacional de Saúde Bucal
Política Nacional de Saúde Bucal
Política Nacional de Saúde Bucal
- São o conjunto mais amplo de forças e sistemas que moldam as condições da vida
cotidiana.
*Esses determinantes, muitas vezes fora do controle do próprio indivíduo e impostos sobre
eles a partir de forças externas, também atuam como Fator de Risco Comum a várias
doenças.
Fatores Protetivos de Saúde: fatores que contribuem positivamente para uma vida
cotidiana mais saudável.
- E assim, fornece a base para uma integração mais próxima das atividades de
promoção de saúde bucal e geral.
*A saúde bucal requer uma conexão especial no contexto de saúde geral, através de
uma reorientação integradora da política de saúde bucal.
Uma ação sobre os DSS é necessária para reduzir as iniquidades na saúde e é realizada
em termos de compromisso e estratégia.
*A Abordagem “Saúde em todas as políticas” pode ser uma maneira de assegurar melhor
distribuição social dos benefícios que impactam positivamente os DSS.
Os DSS produzem iniquidades em saúde e também afetam marcadamente a prevalência
das duas principais doenças abordadas mas na odontologia:
- Cárie dental.
- Doença periodontal.
● Estudos mostram que, embora seja a doença bucal mais prevalente no mundo, a
maioria das lesões de cárie está concentrada em grupos sociais que vivem em
condições materiais e sociais de pobreza relativa ou absoluta.
Além disso, a referida comissão propõe cinco domínios que podem funcionar como mapas
para as escolas de odontologia mudarem:
- Tecnologia, educação, demografia, saúde e meio ambiente.
O Brasil já mostrou ao mundo um grande êxito com suas políticas relativas à integração da
saúde bucal na atenção primária, que são orientadas para a abordagem dos DSS e Fatores
de Risco Comum, e para os processos de coordenação do cuidado.
- Muitas condições de saúde bucal são reconhecidas como problemas de saúde coletiva,
em função de sua prevalência, gravidade e impacto individual e comunitário.
- O Brasil Sorridente foi instituído e articulado a outras políticas de saúde e demais políticas
públicas, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS.
- A Política Nacional de SB vem sendo construída há muitas décadas por diversos setores
da sociedade, como aqueles vinculados aos movimentos sociais da saúde e aos sindicatos
progressistas, à militância estudantil, aos professores e pesquisadores que atuam no
entrecruzamento da Odontologia com a saúde coletiva, bem como por equipes de saúde
pública, pelo Conass e Conasems e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), por
movimentos de profissionais, e por algumas gestões de entidades odontológicas.
- A APS na configuração das RAS responsabiliza-se pela atenção à saúde bucal de seus
usuários, sendo a principal porta de entrada do sistema.
- Para dar suporte de apoio e diagnóstico, a rede também foi estruturada pensando nos
serviços de análise de exames histopatológicos, para emissão de laudos
anatomopatológicos.
- No fluxo, são as UBS que deverão, por meio de critérios pré-definidos e protocolizados,
constituir o fluxo de acesso dos usuários aos CEO que, após a conclusão do tratamento
especializado, deverão reencaminhá-los à atenção básica.
- O processo do trabalho em saúde bucal nos CEO se dá pela interface entre AB e AE.
- O Brasil Sorridente contribuiu para a portaria que incluiu pelo menos um cirurgião-dentista
em cada CACON E UNACON.
- Tal movimento abriu muitos postos de trabalho para dentistas em hospitais por todo o
Brasil e possibilitou que fossem oferecidos cuidado em saúde bucal para pacientes
oncológicos, que frequentemente apresentam manifestações bucais dos efeitos colaterais
dos tratamentos de combate ao câncer.
- Outro ponto forte da RAS foi articular os diferentes serviços de saúde que estão
distribuídos espacialmente em uma região, não somente na atenção primária, mas também
nos demais pontos de atenção – garantindo a busca da equidade.
1. Rede Cegonha.
- RAS: surge como opção para superar a fragmentação das ações e serviços de saúde (que
ainda persistem mesmo após representativos avanços alcançados pelo SUS).
- Para o SUS funcionar, são necessárias formas de organização que articulem os serviços
existentes, considerando os princípios da regionalização e da hierarquização, de modo que
o processo de descentralização não sobrecarregue os municípios.
- Apesar de não haver grau de importância, a atenção básica tem o papel fundamental de
ordenador das RAS.
1. Uma população,
5. Sistema de governança.
- Essa governança é diferente da gerência dos pontos de atenção à saúde, dos sistemas de
apoio e dos sistemas logísticos (gerência hospitalar, gerência dos ambulatórios
especializados, gerência das UBS, gerência do laboratório de patologia clínica, gerência da
assistência farmacêutica, gerência do transporte em saúde etc).
1. Recursos Humanos.
2. Atenção Básica.
5. Sistemas de Apoio.
6. Sistemas Logísticos.
- O processo de trabalho dentro de uma rede assistencial organizada por meio de diferentes
níveis de governança exige:
- Considerando esses aspectos, a rede pode ter organização local, distrital, municipal ou
regional e ser composta por:
1. UBS.
2. CEO.
5. UPA.
- Ponto de atenção: espaços onde ofertam determinados serviços de saúde, por meio de
produção singular.
A referência lateral ou interna deve ser utilizada quando o procedimento executado por uma
especialidade necessite, para o seu total sucesso, da intervenção de outra especialidade
que o complemente.
1. Cárie dentária.
2. Doença periodontal.
3. Edentulismo.
4. Maloclusão.
5. Câncer de boca.
6. Fluorose dentária.
7. Traumatismos dentários.
- Outras patologias devem ser investigadas, dependendo das particularidades locais, como:
erosão dental, alterações bucais relacionadas ao HIV, alterações congênitas.
Cárie:
- Mancha branca ativa: opaca e porosa. E tal processo pode ser inativado caso haja correta
remoção do biofilme dentário e uso dos produtos fluoretados.
Doença periodontal:
Edentulismo:
- Fatores de risco: baixa renda, baixa escolaridade, fator congênito, doença de cárie
dentária, doença periodontal, falta de acesso a tratamentos odontológicos.
Maloclusão:
- Conjunto de anomalias dentofaciais que causam deformação ou impedem a função e que
requerem tratamento,
- É a terceira maior prevalência entre as patologias bucais (as duas primeiras são a cárie e
DP).
- Fatores de risco: na maioria das ocasiões não provém de um único processo patológico
específico.
- Etiologia multifatorial.
Alterações dos tecidos moles e câncer bucal
- O subconjunto de tipo de câncer que ocorre entre sujeitos não expostos ao fumo ou álcool
está no papel do papilomavírus humano 16 e HPV 18.
- O câncer de orofaringe e das tonsilas possuem associação com álcool e tabaco, mas o
HPV é o principal.
- HPV: sua infecção pode ser na mucosa genital ou oral, ser subclínica ou associada a
lesões benignas (verrugas comuns, condilomas, papilomas). – em geral, essas lesões são
causadas por infecção por HPV de baixo risco.
- A infecção por HPV de alto risco é considerada como o principal agente etiológico do
carcinoma cervical de células escamosas.
- As infecções por HPV são transmitidas principalmente por meio do contato direto, pele a
pele ou pele-mucosa.
- Esse cenário implica a necessidade de ações dos pontos de AB, como campanhas sobre
educação sexual, e programas de vacinação, bem como diagnóstico de doenças
relacionadas com HPV, tanto benignas como malignas.
- Câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral e
está entre as principais causas de óbito por neoplasias.
- Pode ser prevenido de formas simples – ênfase na promoção à saúde, aumento dos
acessos aos serviços de saúde e ao diagnóstico precoce.
Fluorose dentária
Traumatismo dentário
Outros agravos:
Erosão dental
- Resultado físico da perda patológica, localizada e crônica de estrutura dentária, por meio
de quelação por ácidos de origem não bacteriana.
- Essa patologia é complexa pois existem muitos ácidos de origem não bacteriana.
- Outros fatores como: redução do fluxo salivar, refluxo gastroesofageal, bulimia – podem
caracterizar como elementos intrínsecos que predispõem à erosão dental.
- Dor associada aos tecidos moles e mineralizados da cabeça e do pescoço, tendo como
causas mais comuns as dores odontogênicas seguidas das DTMs.
- A DTM é uma disfunção que consiste em uma dor orofacial definida como um conjunto de
distúrbios que envolvem os músculos mastigatório, a ATM e as estruturas associadas.
- 25,7% das pessoas que vão às consultas apresentam algum tipo de dor orofacial.
Malformações congênitas
- Fissuras orais ocorrem da falta de fusão dos processos nasais mediais e destes com os
maxilares durante a formação do bebê.
- O diagnóstico pode ser feito a partir da 14a semana de gestação, durante exames de
ultrassonografia.
- Podem ser unilaterais, bilaterais, incompletas, completas – sendo classificadas com base
no forame incisivo.
- Essa prática deve ser difundida desde o nível local (consultório odontológico) até o nível
federal (Coordenação Nacional de SB).
1. Compreensão da realidade.
3. Definição de diretrizes.
5. Acompanhamento e avaliação.
- É por meio das conferências de saúde (municipais, estaduais, nacional) que a sociedade,
representada por vários segmentos, avaliará a situação de saúde e proporá as diretrizes
para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
- O gestor do SUS (seja federal, estadual ou municipal) deve ter o planejamento em saúde
refletido nas leis orçamentárias aprovadas no legislativo, previamente acordado no
Conselho Municipal.
3. Condições sociossanitárias.
7. Ciência.
8. Tecnologia.
- A análise do conjunto das informações sistematizadas no Mapa da Saúde deve ter como
objetivo a definição das diretrizes, dos objetivos, das metas e dos indicadores que irão
orientar o conjunto de ações a ser priorizado no Plano de Saúde.
1. Continuada.
2. Articulada.
3. Integrada.
4. Solidária
- Todas essas informações devem constar no Mapa da Saúde do município e deve ser
disponibilizado para a equipe.
- O uso da informação estatística é facilmente acessível por meio da internet e deve ser
feito pelas equipes na avaliação dos avanços ou retrocessos nas condições de vida da
população, no apontamento da eficácia ou ineficácia das ações planejadas ou na defesa
técnica quanto às prioridades a atender.
2. Socioeconômicas.
3. De saúde do local.
- É desejável que o responsável pela saúde bucal do município forneça tais informações e
mantenha uma rotina de atualização e disseminação delas para as equipes.
- A hierarquização dos problemas deve passar pela participação popular como referendo
para as escolhas das prioridades.
- Essa fase inclui o estabelecimento de objetivos, segundo o que foi observado e o que
consta como prioridades nas diretrizes municipais.
- A partir dos objetivos e das diretrizes estratégicas elaboradas pelo município e de posse
das informações que permitem o conhecimento do território, a equipe deverá considerar a
melhor alternativa prática de trabalho, que contemple as ações de SB a serem
desenvolvidas de forma a melhoras as condições de SB da população sob sua
responsabilidade.
- Para organizar o processo de trabalho é necessário prever espaço e tempo tanto para a
demanda programada quanto para a espontânea, incluindo aí o acolhimento às urgências,
de forma que se complementem, dando respostas às necessidades dos usuários e
aumentando a resolutividade dos serviços de AB.
1. Primeiro contato: diz respeito à acessibilidade e ao uso de serviços para cada novo
problema ou para acompanhamento rotineiro de saúde.