Lei Orgânica Do Município ATE 61

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(Atualizada até a Emenda à Lei Orgânica nº 86, de 2 de setembro de 2021)

Lei Orgânica do Município de São José dos Campos

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Município de São José dos Campos, parte integrante da República Federativa do
Brasil, é uma unidade do território do Estado de São Paulo, com personalidade jurídica de direito público
interno e autonomia política, administrativa e financeira, regendo-se por esta Lei Orgânica e pelas demais
leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos pela Constituição da República e pela Constituição
do Estado.
Parágrafo único. Para o cumprimento de seus dispositivos, a presente Lei Orgânica
estabelece regras gerais, autoaplicáveis em tudo que por ela não for condicionado à lei complementar ou
ordinária.
Art. 2º Constituem objetivos fundamentais do Município contribuir para:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - promover o bem comum de todos os munícipes;
III - erradicar a pobreza, o analfabetismo e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais;
IV - garantir a todos os cidadãos dignas condições de moradia e acesso fácil aos locais de
trabalho e de serviços, através de transporte coletivo eficiente, cômodo e de baixo custo.
Art. 3º São símbolos do Município a Bandeira, o Hino e o Brasão de Armas vigentes na data
da promulgação desta Lei Orgânica e outros estabelecidos em lei.
Parágrafo único. As cores oficiais do Município, azul, branco e amarelo-ouro, deverão
figurar nas dependências, veículos e outros bens da Administração Pública Municipal, sempre que
possível, vedando-se o uso de outras cores.
Art. 4º É mantido o atual território do Município, cujos limites só podem ser alterados nos
termos da legislação estadual.
Art. 5º O Município buscará a integração econômica, política, social e cultural com os
municípios da região, visando ao desenvolvimento harmônico e sadio para garantir a preservação dos
valores culturais e naturais e a existência de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

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CAPÍTULO II

DOS PODERES MUNICIPAIS

Art. 6º A vontade do povo é a base da autoridade do Governo do Município.


Art. 7º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o
Executivo.
Parágrafo único. Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos
poderes delegar suas atribuições a outros e quem for investido na função de um deles não poderá exercer
a do outro.
Art. 8º A autonomia do Município é assegurada:
I - pela eleição direta do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;
II - pela administração própria no que se respeite ao seu peculiar interesse, especialmente
quanto:
a) à decretação e arrecadação dos tributos de sua competência e à aplicação de suas
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados em lei;
b) à organização dos serviços públicos locais;
III - pela organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal.

CAPÍTULO III

DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 9º Todo poder é naturalmente privativo do povo, que o exercerá de forma direta ou
através de seus representantes eleitos.
Art. 10. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal, pelo voto direto e
secreto, com igual valor para todos e mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa legislativa popular.
Art. 11. O plebiscito e o referendo serão realizados, nos termos da lei complementar,
mediante decisão da Câmara Municipal, motivada por iniciativa de um terço de seus membros, do Prefeito
Municipal ou de, pelo menos, um por cento do eleitorado do Município, do distrito ou subdistrito,
segundo o interesse ou abrangência da proposta.

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Art. 12. É garantida a participação popular nas decisões do Município, no aperfeiçoamento
democrático de suas instituições e na fiscalização de seus órgãos, que se dará através de audiências
públicas, conselhos populares e demais formas previstas em lei.
Art. 13. Poderão ser criados conselhos populares, autônomos e independentes, com
objetivos específicos, composição e competência definidos em lei.
Art. 14. Aos conselhos populares será franqueado o acesso a toda documentação e
informação sobre qualquer ato, fato ou projeto da administração.
Art. 15. A Câmara Municipal garantirá às entidades legalmente constituídas ou
reconhecidas como representantes de interesses de segmentos da sociedade e aos partidos políticos o
direito de pronunciar-se verbalmente nas audiências públicas, em reuniões das comissões parlamentares,
com a institucionalização da tribuna popular, sempre que se tratar de assunto diretamente ligado às suas
áreas de atuação.
Art. 16. É obrigatória a realização de audiência pública nos seguintes casos:
I - projeto de licenciamento que provoque impacto ambiental definido em lei;
II - atos que envolvam conservação ou modificação do patrimônio histórico, arquitetônico,
artístico ou cultural do Município;
III - elaboração dos projetos de lei das Diretrizes Orçamentárias, do Orçamento Anual e do
Plano Plurianual; (“Caput” do inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 31 de outubro
de 1991)
IV - elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
V - elaboração ou alteração de legislação reguladora do uso e ocupação do solo.
§ 1º Não se exigirá audiência pública para os casos do Inciso V deste Artigo, quando a
elaboração ou alteração não causar impacto ambiental na área objeto da modificação pretendida e
houver prévia e expressa anuência da maioria dos moradores ou domiciliados no mesmo local. (Parágrafo
acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 18, de 25 de junho de 1992)
§ 2º A audiência pública, prevista neste artigo, deverá ser divulgada com, no mínimo,
quinze dias de antecedência, em, pelo menos, dois órgãos da imprensa local. (Parágrafo único
renumerado como § 2º pela Emenda à Lei Orgânica nº 18, de 25 de junho de 1992)
Art. 17. Todo cidadão tem direito de requerer informações sobre os atos da Administração
Pública.
Art. 18. É direito de qualquer cidadão, seja diretamente ou através de entidade legalmente
constituída ou partido político, denunciar às instituições competentes a prática, por empresas
concessionárias de serviços públicos, de atos lesivos aos direitos dos usuários, cabendo ao Poder Público
apurar sua veracidade e aplicar as sanções cabíveis.
Art. 19. O desrespeito aos direitos do cidadão e à soberania popular, além de poder
consubstanciar crime passível de punição pela legislação federal, será também considerado infração
político-administrativa, sujeitando os seus responsáveis à destituição do cargo público ou do mandato
eletivo, e a outras penalidades legais.
Art. 20. É assegurado, na forma da lei ordinária, às entidades constituídas e aos partidos
políticos, o direito de participar do processo de elaboração das diretrizes orçamentárias, do Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado e do plano plurianual.

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CAPÍTULO IV

DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL

Art. 21. Ao Município compete, no exercício de sua autonomia, legislar sobre assuntos de
interesse local, provendo a tudo quanto se relacione com seu peculiar interesse e com o bem-estar de sua
população, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:
I - organizar-se juridicamente, elaborar as leis, atos e medidas de seu peculiar interesse;
II - elaborar o orçamento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em
planejamento adequado;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como fixar e cobrar preços
públicos;
IV - organizar seus serviços administrativos e patrimoniais;
V - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças, e
dispor sobre a sua aplicação;
VI - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos
previstos em lei;
VII - organizar e prestar, prioritariamente, por administração direta ou sob regime de
concessão, permissão ou autorização, os serviços públicos de interesse local;
VIII - organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;
IX - estabelecer normas de edificações, loteamentos, zoneamento, uso do solo, bem como
as diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;
a) é obrigatória a atualização da Lei que estabelece as normas relativas ao parcelamento,
uso e ocupação do solo nos seguintes termos: (Alínea acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 77, de 12
de abril de 2012)
1. o Poder Executivo enviará a proposta para apreciação legislativa após a realização de, no
mínimo, 01 (uma) audiência pública nas regiões norte, sul, leste, oeste e centro. (Item acrescido pela
Emenda à Lei Orgânica nº 77, de 12 de abril de 2012)
2. os órgãos competentes da Administração Municipal determinarão, por decreto, os
prazos para a atualização referida na alínea “a” deste positivo. (Item acrescido pela Emenda à Lei Orgânica
nº 77, de 12 de abril de 2012)
b) as alterações parciais de iniciativa do Poder Executivo ou do Legislativo poderão ocorrer
a qualquer tempo, desde que justificado tecnicamente o interesse público. (Alínea acrescida pela Emenda
à Lei Orgânica nº 77, de 12 de abril de 2012)
X - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XI - estabelecer normas de prevenção e controle de ruídos, de poluição do meio ambiente,
da terra, do ar e das águas;

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XII - gerir, operar ou conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros,
fixando suas tarifas, itinerários, pontos de estacionamento e paradas;
XIII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de rolamento
e as zonas de silêncio; disciplinar os serviços de carga e descarga e a fixação de tonelagem máxima
permitida a veículos que circulem no Município;
XIV - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;
XV - prover sobre a limpeza de vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
XVI - dispor sobre a prevenção de incêndios;
XVII - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros,
de acordo com a padronização nacional e a lei de zoneamento, bem como cassar os alvarás de licença dos
que se tornarem danosos à saúde, à higiene e ao bem-estar públicos ou aos bons costumes;
XVIII - fixar os feriados municipais, o horário de funcionamento dos estabelecimentos
comerciais, industriais, de prestação de serviços e similares;
XIX - legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem a
particulares;
XX - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir
construções que ameacem a segurança coletiva.
XXI - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de
publicidade e propaganda;
XXII - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas os espetáculos e os divertimentos
públicos;
XXIII - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em
geral, em caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de
venda das coisas apreendidas;
XXIV - legislar sobre os serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,
distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter e uso
coletivos;
XXV - suplementar a legislação federal e a estadual quando cabível;
XXVI - criar, organizar e suprimir distritos e subdistritos, observada a legislação estadual;
XXVII - instituir a guarda municipal, sem poder de polícia e com a função especifica de
proteger os bens e instalações públicas e os serviços do Município;
XXVIII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos.
Art. 22. Compete ainda ao Município, concorrentemente com a União ou o Estado, ou
supletivamente:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II - cuidar da saúde, higiene e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;

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III - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de documentos, obras de arte e
de outros bens de valor histórico artístico e cultural e proteger os monumentos, as paisagens naturais e
os sítios arqueológicos;
IV - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência e manter, com a
colaboração técnico-financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino
fundamental;
V - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VI - preservar as florestas, a fauna, a flora e o solo;
VII - fomentar as atividades econômicas e agropecuárias, organizar o abastecimento
alimentar e estimular, particularmente, o melhor aproveitamento da terra;
VIII - combater as causas da pobreza, o analfabetismo e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
IX - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais;
X - promover diretamente, em convênios ou em colaboração com a União, Estado e outras
instituições, programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
XI - estabelecer ou colaborar com a política de educação para a segurança do trânsito;
XII - estimular a educação e a prática desportiva;
XIII - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos;
XIV - colocar no amparo à maternidade, à infância, aos desvalidos e na proteção aos
menores abandonados;
XV - cooperar na fiscalização da produção, conservação, comércio e transporte de gêneros
alimentícios, destinados ao abastecimento público;
XVI - tornar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e as enfermidades
infantis, bem como medidas de higiene social que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
XVII - colaborar com o Estado e a União para promover a segurança dos cidadãos com a
elaboração do Plano Diretor de Segurança Pública do Município, prevendo a instalação de delegacias,
unidades e postos policiais onde se fizerem necessários e outros projetos de atividades relativos ao setor;
(“Caput” do inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 24, de 1º de abril de 1993)
XVIII - propugnar pela criação de delegacias de defesa da mulher e implantação de juizados
de pequenas causas;
XIX - prestar assistência, ensino e educação aos encarcerados.
Art. 23. O Município pode celebrar convênios e fazer consórcios com a União, o Estado e
outros Municípios, assegurados os recursos necessários e mediante autorização específica da Câmara
Municipal, para a realização de obras, atividades ou serviços de interesse comum.
Art. 24. Ao Município é vedado:
I - criar distinções entre brasileiros ou preferências em favor de uma pessoa de direito
público interno em detrimento de outra;

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II - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o exercício ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada a colaboração
de interesse público, na forma e nos limites da legislação federal, notadamente nos setores educacional,
assistencial e hospitalar;
III - recusar fé aos documentos públicos;
IV - permitir ou fazer uso de estabelecimento gráfico, de publicidade ou imprensa, jornal,
estação de rádio, televisão, serviço de alto-falante, ou qualquer outro meio de comunicação de sua
propriedade, para propaganda político-partidária ou fins estranhos à administração;
V - promover, sob qualquer título ou forma, propaganda pessoal dos governantes ou
manipulação da opinião pública, como forma de fraudar a livre competição pelo poder.

TÍTULO II

DO PODER LEGISLATIVO

CAPÍTULO I

DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 25. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, constituída de vereadores
eleitos e investidos na forma da legislação federal para uma legislatura de quatro anos.
Parágrafo único. Será de 21 (vinte e um) o número de Vereadores da Câmara Municipal.
(Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 15 de agosto de 1991)
Art. 26. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias da competência
do Município e, especialmente:
I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e
estadual;
II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a
remissão de dívidas;
III - votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, a lei de diretrizes
orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem
como a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;

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IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;
XI - dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos e subdistritos, após prévia
consulta plebiscitária;
XII - criar, transformar, alterar e extinguir cargos, empregos e funções na Administração
Pública direta, autárquica e fundacional, assim como fixar e reajustar os respectivos vencimentos,
gratificações ou outras vantagens pecuniárias;
XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XIV - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros
Municípios; (Inciso declarado inconstitucional pela ADI nº 2.184.042-63.2017.8.26.00000)
XV - delimitar o perímetro urbano;
XVI - autorizar a alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos; (Inciso
declarado inconstitucional pela ADI nº 2.184.042-63.2017.8.26.00000)
XVII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital subscrito,
adquirido, realizado ou aumentado;
XVIII - dispor sobre a estrutura da Administração Municipal.
Art. 27. À Câmara Municipal competem, privativamente, as seguintes atribuições:
I - eleger a sua Mesa e constituir as comissões permanentes, bem como destituí-las;
II - elaborar o seu Regimento Interno;
III - organizar os seus serviços administrativos;
IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los
definitivamente do exercício do cargo;
V - conceder licença ao Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;
VI - autorizar o Prefeito, por necessidade de serviço, a ausentar-se do Município por mais
de quinze dias;
VII - fixar os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, por lei,
observado o que dispõe os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, 153, §2º, I da Constituição da República
Federativa do Brasil; (“Caput” do inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 72, de 11 de
agosto de 2011)
VII-A - fixar os subsídios dos Vereadores em cada legislatura para a subsequente, observado
o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil; (Inciso acrescido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 72, de 11 de agosto de 2011)
VIII - criar comissões especiais de inquérito sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;
IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;
X - julgar anualmente as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara;

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XI - exercer, diretamente ou com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, em qualquer órgão da administração direta, indireta,
fundacional e autárquica, podendo inclusive, instaurar auditoria;
XII - convocar os Secretários Municipais, diretores de empresas públicas e sociedades de
economia mista, para prestar informações, previamente determinadas, sobre matéria de sua
competência, importando infração político-administrativa a ausência sem justificação adequada;
XIII - autorizar referendo a convocar plebiscito;
XIV - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa
do Executivo;
XV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei;
XVI - instaurar processo contra o Prefeito, os Secretários ou qualquer membro de diretoria
de fundações, empresas municipais ou de economia mista;
XVII - decidir sobre a perda do mandato de Vereador;
XVIII - dispor sobre sua organização, funcionamento e polícia, criação e transformação de
cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os
parâmetros legais;
XIX - deliberar sobre assuntos de sua economia interna e competência privativa;
XX - outorgar homenagens a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado serviços
ao Município;
§ 1º A Câmara Municipal delibera, mediante resolução, sobre assuntos de sua economia
interna e, nos demais casos de sua competência privativa, por meio de decreto legislativo.
§ 2º É fixado em quinze dias úteis o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da
administração direta e indireta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelo
Poder Legislativo na forma do disposto na presente lei.
Art. 28. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 72, de 11 de agosto de 2011)
Art. 29. Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-
se a votação, se o seu voto for decisivo;
Art. 30. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, exceto nos seguintes
casos:
I - no julgamento dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito;
II - na eleição dos membros da Mesa;
III - na votação de decreto legislativo para concessão de qualquer honraria;
Art. 31. A Câmara Municipal realizará, regularmente, reuniões informais, abertas à
participação de entidades representativas da população, para debater assuntos de seu interesse.

CAPÍTULO II

DOS VEREADORES

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SEÇÃO I

DA POSSE

Art. 32. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, em sessão solene de
instalação, independente de número e sob a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes,
os Vereadores tomarão posse após prestarem compromisso nos seguintes termos: (Artigo alterado pela
Emenda à Lei Orgânica nº 50, de 21 de novembro de 1996)
“Prometo cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei
Orgânica do Município, e demais legislações em vigor, defendendo a justiça social, a paz e a igualdade de
tratamento a todos os cidadãos”.
§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
§ 2º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se, fazer declaração
pormenorizada e registrada na ata da primeira sessão ordinária de cada sessão legislativa, e apresentar
termo de renúncia ao direito do sigilo bancário para fins judiciais. (Parágrafo com redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 55, de 9 de setembro de 1999; posteriormente modificado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 56, de 3 de agosto de 2000)

SEÇÃO II

DA REMUNERAÇÃO

Art. 33. O mandato do Vereador será remunerado na forma fixada pela Câmara Municipal,
em cada legislatura, para a subsequente, estando sujeito aos impostos gerais, inclusive o de renda, e
outros extraordinários, sem distinção de qualquer espécie. (Artigo com redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 57, de 1º de fevereiro de 2001)
Parágrafo único. A verba de representação do Presidente será fixada pela Câmara com a
finalidade de atender às despesas com encargos de representação da instituição e não poderá ultrapassar
um terço do subsídio do Vereador.
Art. 34. O vereador que se ausentar, injustificadamente, a uma ou mais sessões ordinárias
ou extraordinárias, terá sua remuneração reduzida proporcionalmente à razão de 1/8 (um oitavo) do total
de seus subsídios, até o limite deste. (Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 75, de 11
de agosto de 2011)
Art. 35. O Vereador poderá, mediante requerimento aprovado pelo Plenário, representar
a Câmara Municipal, sem prejuízo de sua remuneração, em missões temporárias de interesse do
Município definidas em seu Regimento Interno.

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§ 1º É indispensável, na hipótese deste Artigo, que o Vereador tenha, de sua lavra, tese,
moção ou trabalho a propor aos congressos ou conclaves em geral. (Parágrafo acrescido pela Emenda à
Lei Orgânica nº 4, de 6 de dezembro de 1990)
§ 2º A tese, a moção ou o trabalho somente poderá ser proposto se contar com prévia
aprovação da Câmara Municipal. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 6 de dezembro
de 1990)
§ 3º Não se aplicam as regras dos parágrafos anteriores se o congresso ou conclave se
realizar no Estado de São Paulo, ou no caso da ausência não ultrapassar duas sessões ordinárias seguidas.
(Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 6 de dezembro de 1990; nova redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 73, de 11 de agosto de 2011)
Art. 36. Não serão remuneradas as sessões solenes.

SESSÃO III

DA LICENÇA

Art. 37. O vereador poderá obter licença: (Artigo modificado pela Emenda à Lei Orgânica
nº 4, de 6 de dezembro de 1990)
I - remunerada:
a) por moléstia devidamente comprovada, à gestante, paternidade ou por nojo; (Alínea
com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32, de 6 de dezembro de 1993)
b) para, em seu nome e à sua expensa, participar de congressos ou conclaves em geral,
segundo dispuser o Regimento Interno da Câmara Municipal;
II - sem remuneração, para tratar de interesses particulares.
§ 1º Em ambos os casos, a licença será por prazo determinado, podendo ser prorrogado,
sendo expressamente vedada a reassunção do Vereador antes do seu término.
§ 2º A licença depende de requerimento fundamentado, lido na primeira sessão após o
seu recebimento, instruído, em caso de moléstia, com atestado firmado por médico alheio ao quadro de
servidores da Câmara Municipal e será publicada no Boletim do Município.
§ 3º A licença à gestante e a licença-paternidade serão concedidas segundo os mesmos
critérios e condições estabelecidos para o funcionalismo municipal.
§ 4º Encontrando-se o Vereador impossibilitado, física ou mentalmente, de subscrever
requerimento de licença para tratamento de saúde, caberá ao Presidente da Câmara Municipal declará-
lo licenciado, mediante comunicação escrita do líder da bancada respectiva, devidamente instruída com
atestado médico.
Art. 38. O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal será automaticamente
licenciado, devendo o suplente ser convocado. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 75, de 11 de
agosto de 2011)
§ 1º No caso de investidura em qualquer outro cargo de livre nomeação, sejam nos órgãos
municipais, estaduais ou federais, deverá o vereador requerer pedido de licença ao Presidente da Câmara,
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apresentando documento comprobatório da nomeação, necessitando de aprovação em plenário para seu
licenciamento, convocando-se por conseguinte seu suplente. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 75, de 11 de agosto de 2011)
§ 2º Quando da investidura do suplente em qualquer dos cargos referidos no presente
artigo, dever-se-á convocar seu suplente imediato. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº
75, de 11 de agosto de 2011)
SEÇÃO IV

DA INVIOLABILIDADE

Art. 39. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no
exercício do mandato, na circunscrição do Município.
Art. 40. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.

SEÇÃO V

DAS INCOMPATIBILIDADES

Art. 41. O Vereador não poderá:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive o de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades referidas na alínea anterior.
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público ou nela exercer função remunerada;
b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o Inciso
I, “a”, deste artigo;
c) ser titular de mais de um mandato eletivo;
d) ocupar cargo de direção em entidades e órgãos públicos ou privados, que recebam
auxílio ou subvenções financeiros do Poder Público Municipal.

SEÇÃO VI

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DA PERDA DO MANDATO

Art. 42. Perderá o mandato o Vereador:


I - que infringir das proibições no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que se utilizar do mandato para a prática de corrupção ou improbidade administrativa;
V - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
VI - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição;
VII - que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível;
VIII - condenado em ação popular transitada em julgado;
IX - que fixar residência e domicílio fora do Município;
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento
Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara Municipal ou a percepção de
vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, IV, VII, VIII e IX deste artigo, a perda do mandato será
decidida pela Câmara Municipal, por voto nominal de dois terços de seus membros, mediante provocação
da Mesa ou de partido político representado no Legislativo.
§ 3º Nos casos dos incisos III, V e VI, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou
mediante provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal ou de partido nela representado,
assegurada defesa prévia.
§ 4º A renúncia do Vereador submetido a processo que vise ou possa levar à perda do
mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações de que tratam os
parágrafos 2º e 3º. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 37, de 4 de maio de 1995)
Art. 43. Será atribuída falta ao Vereador que não comparecer às sessões plenárias ou às
reuniões das comissões permanentes, salvo motivo justo.
§ 1º Para efeito de justificação de falta, consideram-se motivos justos a doença, o nojo, a
gala, bem como o desempenho de missões oficiais da Câmara.
§ 2º A justificação das faltas far-se-á por requerimento fundamentado ao Presidente da
Câmara ou da comissão, conforme o caso, que a julgará.

SEÇÃO VII

DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE

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Art. 44. Dar-se-á a convocação de Suplente no caso de vaga, em razão de morte ou
renúncia, de investidura em cago de confiança ou na licença do titular, pelo Presidente, imediatamente
após a ciência do fato.
§ 1º O Suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo
motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
§ 2º Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato, dentro de
quarenta e oito horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

CAPÍTULO III

DA MESA DA CÂMARA

Art. 45. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do


mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados:
§ 1º Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá
na presidência e convocará sessões diárias até a eleição da Mesa.
§ 2º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos e dos blocos parlamentares que integram a Câmara Municipal.
Art. 46. A eleição para renovação da Mesa Diretora realizar-se-á no 2º (segundo) semestre
do ano que se encerra o mandato dos representantes do 1º biênio, em sessão extraordinária, com a
presença da maioria absoluta, pela maioria simples e por meio de voto secreto, tomando posse os eleitos
no primeiro dia útil de janeiro do ano seguinte, lavrando-se o respectivo termo em livro próprio, na
Secretaria da Câmara Municipal. (“Caput” do artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3,
de 6 de dezembro de 1990; posteriormente modificado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13, de 5 de
dezembro de 1991; posteriormente modificado pela Emenda à Lei Orgânica nº 82, de 23 de agosto de
2018).
§ 1º O Regimento Interno disporá sobre a forma de eleição e a composição da Mesa.
§ 2º As decisões da Mesa serão tomadas de forma colegiada.
Art. 47. O mandato da Mesa Diretora será de 2 (dois) anos, proibida a reeleição de qualquer
de seus membros para o mesmo cargo. (“Caput” do artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 41, de 5 de dezembro de 1995; posteriormente modificado pela Emenda à Lei Orgânica nº 65, de 27 de
abril de 2006; posteriormente modificado pela Emenda à Lei Orgânica nº 74, de 11 de agosto de 2011)
Parágrafo único. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas
atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.
Art. 48. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:
I - propor projetos de resolução que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara
Municipal e fixem os respectivos vencimentos; (“Caput” do inciso com redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 26, de 27 de abril de 1993)

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II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias
da Câmara Municipal, bem como alterá-la, quando necessário;
III - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de créditos suplementares ou
especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;
IV - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite
da autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertura sejam
proveniente de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;
V - enviar ao Tribunal de Contas, até o dia 1º de março, as contas do exercício anterior;
VI - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, pôr em
disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Secretaria da Câmara
Municipal, nos termos da lei;
VII - declarar a perda do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e Vereadores nas hipóteses
e formas previstas nesta lei;
VIII - elaborar a pauta das sessões ordinárias, ouvidos os líderes partidários;
IX - propor ação direta de inconstitucionalidade.
X - somente através de seu Presidente, ou, não estando este presente, através de um dos
membros da Mesa Diretora, poderá ser autorizada a entrada de força policial nas dependências da
Câmara Municipal, salvo por cumprimento de mandado judicial ou na hipótese da ocorrência de ato
delituoso definido na legislação penal. (Inciso acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 16, de 26 de março
de 1992)
XI - propor projetos que versem sobre matéria administrativa ou financeira, relativos à
Câmara Municipal. (Inciso acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 76, de 8 de dezembro de 2011)
Art. 49. Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:
I - representar a Câmara em juízo e fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;
III - fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis como sanção tácita
ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário;
V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e as
leis por ele promulgados;
VI - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades
financeiras no mercado de capitais;
VII - apresentar ao Plenário, até o dia vinte de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e às despesas do mês anterior;
VIII - solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do Estado;
IX - manter a ordem no recinto da Câmara podendo solicitar a força necessária para esse
fim.
Art. 50. O Presidente da Câmara ou seu substituto terá voto:
I - na eleição da Mesa;
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II - quando a matéria exigir, para sua aprovação maioria absoluta ou qualificada dos
membros da Câmara; (“Caput” do inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 82, de 23 de
agosto de 2018)
III - quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

CAPÍTULO IV

DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

Art. 51. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, independentemente de convocação,


na sua sede, de 20 de janeiro a 10 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro. (“Caput” com redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 29 de novembro de 1990; posteriormente modificado pela
Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 28 de junho de 1991; posteriormente modificado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 82, de 23 de agosto de 2018)
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 3º A Câmara Municipal se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes,
conforme dispuser o seu Regimento Interno.
Art. 52. Todas as sessões da Câmara Municipal serão públicas.
Parágrafo Único. A Mesa da Câmara Municipal garantirá e incentivará a presença de
munícipes às sessões, com o objetivo de promover a participação popular no processo legislativo, dando-
lhe a máxima transparência.
Art. 53. As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço dos
membros da Câmara.

CAPÍTULO V

DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA

Art. 54. A convocação extraordinária da Câmara Municipal, somente possível no período


de recesso, far-se-á:
I - por seu Presidente;
II - pelo Prefeito, quando este a entender necessária;
III - por maioria de seus membros;
IV - pela comissão representativa.

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Parágrafo único. Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal
deliberará exclusivamente sobre a matéria para a qual foi convocada.

CAPÍTULO VI

DAS COMISSÕES

Art. 55. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar a sua criação.
§ 1º Em cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional
do partidos ou dos blocos parlamentares que integram a Câmara Municipal.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - dar parecer em projeto de lei, de resolução, de decreto legislativo ou em outros
expedientes, quando provocadas;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar e solicitar informações ao Prefeito, Secretários, diretores de autarquias,
fundações, empresas municipais e de economia mista;
IV - acompanhar os atos de regulamentação, velando por sua completa adequação;
V - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
VI - acompanhar a execução da lei orçamentária;
VII - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VIII - apreciar programas e planos de obras e sobre eles emitir parecer;
IX - promover seminários e debates sobre temas afetos á sua área de atuação.
Art. 56. As sessões da comissão serão públicas e poderão contar com a participação de
entidades populares, que terão direito à palavra.
Art. 57. As comissões especiais de inquérito terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da Câmara Municipal, e serão
criadas mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e
por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 1º As comissões especiais de inquérito, no interesse da investigação, poderão, em
conjunto ou isoladamente;
I - proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades
descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência;
II - requisitar de seus responsáveis a apresentação de documentos e a prestação dos
esclarecimentos necessários;

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III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos
que lhe competirem.
§ 2º No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as comissões especiais de inquérito,
por intermédio de seu Presidente:
I - determinar as diligências que reputarem necessárias:
II - requerer a convocação de Secretário Municipal;
III - tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob
compromisso;
IV - proceder as verificações contábeis em livros, papéis e documentos dos órgãos da
administração direta e indireta.
§ 3º É fixado em quinze dias úteis o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da
Administração direta ou indireta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados
pelas comissões especiais de inquérito.
§ 4º O não atendimento às determinações contidas nos parágrafos anteriores, no prazo
estipulado, faculta ao presidente da comissão solicitar, na conformidade da legislação federal, a
intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a legislação.
§ 5º As testemunhas serão intimadas de acordo com as prescrições estabelecidas na
legislação federal e, em caso de não comparecimento, sem motivo justificado, a intimação será solicitada
ao juiz criminal da localidade onde residam ou se encontrem, na forma prevista no Código de Processo
Penal.
Art. 58. A Câmara Municipal constituirá uma comissão representativa, que se reunirá
durante os períodos de recesso legislativo e terá as seguintes atribuições:
I - zelar pelas prerrogativas do Legislativo;
II - zelar pela observância da Lei Orgânica e das leis em geral;
III - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município;
IV - convocar os Secretários Municipais ou equivalentes a prestarem esclarecimento à
Câmara Municipal;
V - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal;
VI - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal.
Art. 59. A comissão representativa será integrada por sete Vereadores, no mínimo, sendo
que os partidos políticos serão representados por seus líderes e vice-líderes.
Parágrafo único. A presidência e a secretaria da comissão serão exercidas,
respectivamente, pelo Presidente e Secretário da Câmara Municipal ou substitutos legais.
Art. 60. A comissão representativa, logo após o encerramento do período de recesso, deve
apresentar à Câmara Municipal relatório dos trabalhos por ela realizados.

CAPÍTULO VII

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DO PROCESSO LEGISLATIVO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 61. O processo legislativo compreende:


I - emendas à Lei Orgânica do Município;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.

SEÇÃO II

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

Art. 62. A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:


I - do Prefeito;
II - de um terço no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
III - de cidadãos, mediante iniciativa popular, nos termos da lei, assinada, no mínimo, por
um por cento dos eleitores do Município.
§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, considerando-se aprovada aquela que obtiver, em ambos, o voto favorável de dois
terços dos membros da Câmara Municipal. (Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
51, de 6 de março de 1997)
§ 2º A emenda, aprovada nos termos deste artigo, será promulgada pela Mesa da Câmara
Municipal, com o respectivo número de ordem.
§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não
poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Art. 63. A Lei Orgânica não poderá ser emendada:
I - durante a vigência de intervenção federal, estadual, de estado de defesa ou de estado
de sítio;
II - durante o período compreendido entre a eleição do Prefeito e sua posse.

SEÇÃO III

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