Bafômetro DEFESA
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DOS FATOS
O Recorrente foi autuado por suposta infração ao artigo 165 do CTB, AIT em epígrafe. Porém
tal autuação não merece prevalecer, uma vez que é ilegal e descabida, já que ofende a
legislação e inúmeros Princípios conforme será visto.
DO PREENCHIMENTO DO AIT
Em que pese este AIT ter sido julgado consistente, é certo que tal AIT não merece surtir
efeitos, isso porque foi lavrado em desconformidade ao que determina a legislação de
trânsito.
Ora, o art. 8º da Resolução 432 do CONTRAN traz os requisitos mínimos que precisam conter
no AIT, vejamos:
E se analisarmos o AIT em questão, veremos que não constam os requisitos mínimos exigidos
no artigo supramencionado, vejam:
Ora, não consta a marca, o modelo e o número de série do equipamento, para que possamos
verificar se o equipamento utilizado estava devidamente aferido no INMETRO.
Ademais, é válido frisar que em que pese a medição realizada, não há, em nenhum documento
que foi disponibilizado ao Recorrente a lauda impressa que sai do equipamento, ou seja, não
há prova do cometimento da infração!
É certo que o Recorrente NÃO ESTAVA SOB EFEITO DE ALCOOL e impugna, veementemente, o
auto de infração preenchido pelo agente de trânsito. Isso porque não há, como dito, prova do
cometimento da infração.
Por todo o relato, o AIT n° XXXXXXXXXX DEVE ser anulado por violar o Princípio da Legalidade,
nos moldes do art. 281, do Código de Trânsito Brasileiro.
Ainda há outra irregularidade no AIT aqui em discussão. Note que não consta em nenhum dos
documentos nenhum dado do equipamento utilizado, o que dificulta ao Requerente saber a
data da última aferição e APROVAÇÃO pelo INMETRO, do aparelho utilizado para medir a
suposta concentração de álcool alveolar do Recorrente, o que fere o inciso I do art. 4° da
Resolução 432 do CONTRAN, vejamos:
Isso fere não só ao Princípio da Legalidade, como também coloca em dúvida a tipificação do
AIT aqui em discussão.
Isso quer dizer que não existe prova documental do cometimento da infração.
Nesse sentido, há que se dizer que, mesmo gozando do princípio da veracidade, um dos
atributos dos atos administrativos, a legislação estabeleceu a obrigatoriedade de
comprovação da alteração da capacidade psicomotora do condutor através de documentos.
Ocorre que a lauda não foi anexada ao auto de infração. Isso porque, não havia qualquer
quantidade de álcool no ar alveolar do Recorrente, o que, além de ser uma afronta ao
princípio da legalidade, é um abuso contra os direitos e garantias fundamentais, pelo que DEVE
ser este AIT ANULADO.
DO LIMITE REGULAMENTADO
Como se não bastasse o aqui alegado, é certo que a autoridade policial que preencheu o auto
de infração contra o Requerente, insere no campo “limite regulamentado” o valor de 0,00,
enquanto, na realidade, o limite regulamentado pela Resolução 432/2013 é 0,04 mg/l.
Segundo essa mesa Resolução, deve constar no auto de infração o limite regulamentado, o
que não ocorreu no presente caso.
Ora, é nítido que há divergência entre o limite regulamentado previsto na legislação e o limite
inserido no auto de infração, uma vez que o limite regulamentado é 0,04 mg/l, enquanto o
inserido no AIT é 0,00 mg/l.
Deste modo, por descumprir os requisitos do auto de infração previsto na Resolução citada,
deve ser este auto de infração anulado e, consequentemente deve ser anulado o processo
administrativo de suspensão do direito de dirigir do Requerente que aqui atacamos.
Como se isso não bastasse, o Recorrente NÃO ESTAVA SOB EFEITO DE ALCOOL, novamente
impugnando o auto de infração preenchido pelo agente de trânsito.
Ocorre que o agente de trânsito que lavrou o AIT em desfavor do Requerente nada anotou
quanto à medida administrativa prevista no CTB, deixando de adotar a MEDIDA
ADMINISTRATIVA também prevista no art. 9° da Resolução 432 do CONTRAN, vejamos:
Isso porque, se o condutor não estiver em condições de dirigir, o veículo deverá ser recolhido,
evitando, como dito, colocar em risco a integridade física dele e de toda a sociedade, deixando
de observar o que o ordenamento jurídico previu quando da edição da Lei n° 11.705/2008,
conhecida como Lei Seca.
Assim, requer seja o AIT em questão ANULADO e ARQUIVADO, uma vez que descumpre a
legislação, inclusive a Resolução n° 432 do CONTRAN.
Do efeito suspensivo
Requer seja concedido o efeito suspensivo à autuação em questão, nos termos do art. 290 do
CTB.
DO PEDIDO
Assim, diante do exposto acima, e dos fundamentos legais apresentados para provar as suas
razões, o recorrente REQUER a esta autoridade de trânsito, o seguinte:
II. DA CIÊNCIA DA DECISÃO: O Recorrente requer que seja informado sobre a decisão
proferida sobre o processo administrativo, no prazo de 10 (dez) dias úteis,
devidamente fundamentada pelo chefe da seção, contendo todos os pareceres dos
componentes;
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