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Apostila 7b

O documento discute isolamento térmico em tubulações de água quente, explicando como o isolamento reduz a perda de calor e a diminuição de temperatura ao longo da tubulação. Também aborda a dilatação e contração térmica das tubulações e a necessidade de juntas de expansão para acomodar essas variações dimensionais causadas por mudanças de temperatura.

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O documento discute isolamento térmico em tubulações de água quente, explicando como o isolamento reduz a perda de calor e a diminuição de temperatura ao longo da tubulação. Também aborda a dilatação e contração térmica das tubulações e a necessidade de juntas de expansão para acomodar essas variações dimensionais causadas por mudanças de temperatura.

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Instalação predial de água quente

(IPAQ)

Disciplina
Instalações Hidrossanitárias – IPH 02209

Prof. Juan Martín Bravo


ISOLAMENTO TÉRMICO
Perda de calor em tubulações de água quente

Tar Transmissão de calor por


convecção da água para a
tubulação.

Transmissão de calor por


condução no material da
tubulação.
Tq

Transmissão de calor por


condução no material do
isolante.

Transmissão de calor por


convecção e radiação no ar 2
ISOLAMENTO TÉRMICO 3

Estimativa da perda de calor (q) em tubulações com isolamento

𝑇𝑞 − 𝑇𝑎𝑟
𝑞= 𝑟𝑒 𝑟𝑒
1 ln( 𝑡𝑢𝑏ൗ𝑟𝑖 ) ln( 𝑖𝑠𝑜ൗ𝑟𝑖 ) 1
𝑡𝑢𝑏 𝑖𝑠𝑜
+ + +
ℎ𝑎𝑔𝑢𝑎 . 𝑟𝑖𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿 𝑘𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿 𝑘𝑖𝑠𝑜 . 2. 𝜋. 𝐿 ℎ𝑎𝑟 . 𝑟𝑒𝑖𝑠𝑜 . 2. 𝜋. 𝐿

Resistência à transmissão de Resistência à transmissão de


calor por convecção da água calor por convecção e
para a tubulação. radiação no ar

Resistência à transmissão de Resistência à transmissão de


calor por condução no calor por condução no
material da tubulação. material do isolamento.

Tq = temperatura da água quente. retub = raio externo da tubulação.


Tar = temperatura do ar. ritub = raio interno da tubulação.
hagua = coeficiente de convecção da água.
har = coeficiente de convecção e radiação do ar. reiso = raio externo do isolamento.
ktub = condutividade térmica do material da tubulação. riiso = raio interno do isolamento (é igual ao retub).
kiso = condutividade térmica do material do isolante
ISOLAMENTO TÉRMICO
Valores das variáveis para diferentes materiais

Melhor isolamento
4
ISOLAMENTO TÉRMICO
Exemplo em catálogo anterior de fabricantes

retub = 10mm.
ritub = 6,6mm.

reiso = 15mm.
riiso = 10mm.

O fabricante despreza a resistência à transmissão de calor por convecção da


água para a tubulação, e a resistência à transmissão de calor por convecção e
radiação no ar.
𝑇𝑞 − 𝑇𝑎𝑟
𝑞= 𝑟𝑒 𝑟𝑒
1 ln( 𝑡𝑢𝑏ൗ𝑟𝑖 ) ln( 𝑖𝑠𝑜ൗ𝑟𝑖 ) 1
𝑡𝑢𝑏 𝑖𝑠𝑜
+ + + 5
ℎ𝑎𝑔𝑢𝑎 . 𝑟𝑖𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿 𝑘𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿 𝑘𝑖𝑠𝑜 . 2. 𝜋. 𝐿 ℎ𝑎𝑟 . 𝑟𝑒𝑖𝑠𝑜 . 2. 𝜋. 𝐿
ISOLAMENTO TÉRMICO
Exemplo em catálogo anterior de fabricantes
Sendo: 𝑇𝑞 − 𝑇𝑎𝑟
KPPR = 0,240 W / m.°C 𝑞𝑡𝑢𝑏 = 𝑟𝑒 Perda de calor somente tubulação
Kiso = 0,035 W / m.°C ln( 𝑡𝑢𝑏ൗ𝑟𝑖 )
𝑡𝑢𝑏
L = 1m 𝑘𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿
Tq = 70 °C
Tar = 20 °C
retub = 10mm. 𝑇𝑞 − 𝑇𝑎𝑟
ritub = 6,6mm. 𝑞𝑡𝑢𝑏+𝑖𝑠𝑜 = 𝑟𝑒 𝑟𝑒 Perda de calor
reiso = 15mm. ln( 𝑡𝑢𝑏ൗ𝑟𝑖 ) ln( 𝑖𝑠𝑜ൗ𝑟𝑖 ) tubulação e
𝑡𝑢𝑏 𝑖𝑠𝑜 isolante
riiso = 10mm. +
𝑘𝑡𝑢𝑏 . 2. 𝜋. 𝐿 𝑘𝑖𝑠𝑜 . 2. 𝜋. 𝐿

70°𝐶−20°𝐶 70°𝐶−20°𝐶
𝑞𝑡𝑢𝑏 = ln(10𝑚𝑚ൗ6,6𝑚𝑚)
= 𝑊 ֜ 𝑞𝑡𝑢𝑏 = 181,46𝑊
0,2755
𝑊 °𝐶 Perda de calor somente tubulação,
0,24𝑚.°𝐶.2.𝜋.1𝑚
por metro de tubulação

70°𝐶−20°𝐶 70°𝐶−20°𝐶
𝑞𝑡𝑢𝑏+𝑖𝑠𝑜 = 𝑊 ln(15𝑚𝑚ൗ10𝑚𝑚)
= 𝑊 𝑊 ֜ 𝑞𝑡𝑢𝑏 = 23,59𝑊
0,2755 + 0,2755 +1,8438
°𝐶 0,035 𝑊 .2.𝜋.1𝑚 °𝐶 °𝐶
𝑚.°𝐶
Perda de calor tubulação+isolante,
por metro de tubulação
Redução de 87% das perdas de calor, com o isolante. 6
ISOLAMENTO TÉRMICO 7

Diminuição longitudinal de temperatura por perda de calor


Estimativa feita com base na norma ISO
12241/1998

Decaimento é expoencial, mas para variações de


temperatura pequenas, pode ser aplicado:

𝑞. 𝐿. 3,6
∆𝑡𝑒𝑚𝑝 =
𝑚.ሶ 𝑐𝑝

Dtemp = diminuição de temperatura da água quente (ºC).


q = perda de calor (W/m).
m = vazão mássica (kg/hr).
cp = calor específico da água (4,1868 Kj / Kg.°C).
L = comprimento da tubulação (m).
3,6 é o fator de conversão de unidades, 3,6Kj = 1 Wh

Análise de custo mínimo para definir espessura


econômica de isolamento
ISOLAMENTO TÉRMICO
Continuando o exemplo anterior
Considerando:
Vazão = Q = 12 litros/min 𝑞. 𝐿. 3,6
L = 1m ∆𝑡𝑒𝑚𝑝 =
qtub = 181,46 W/m.
𝑚.ሶ 𝑐𝑝
qtub-+iso = 23,59 W/m.
Cp = 4,1868 Kj / Kg.°C
r = 978 kg / m3 (água a 70°C)

𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑚𝑖𝑛 1𝑚3 𝑘𝑔 𝑘𝑔


𝑚ሶ = 𝑄. 𝜌 = 12 . 60 . . 978 3 = 704,16
𝑚𝑖𝑛 ℎ𝑟 1000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑚 ℎ𝑟

𝑊 𝐾𝑗
181,46 . 1𝑚. 3,6 Diminuição da temperatura no
∆𝑡𝑢𝑏 𝑚 𝑤. ℎ = 0,222°C
𝑡𝑒𝑚𝑝 = ሶ 𝑘𝑔
primeiro metro de tubulação
𝐾𝑗 (sem isolamento)
704,16 . 4,1868
ℎ𝑟 𝐾𝑔. °𝐶
𝑊 𝐾𝑗
23,59 . 1𝑚. 3,6
∆𝑡𝑢𝑏+𝑖𝑠𝑜 = 𝑚 𝑤. ℎ = 0,029°C Diminuição da temperatura no
𝑡𝑒𝑚𝑝 ሶ 𝑘𝑔 primeiro metro de tubulação
𝐾𝑗 (com isolamento)
704,16 . 4,1868 8
ℎ𝑟 𝐾𝑔. °𝐶
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Todos os materiais estão sujeitos aos efeitos da dilatação e contração térmica,
expandindo-se quando aquecidos e contraindo-se quando resfriados.
Na maioria das instalações embutidas essa movimentação é absorvida pelo
traçado da tubulação devido ao grande número de conexões utilizadas.

Lira

9
Junta de expansão
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA

A dilatação/contração térmica é calculada:

𝑒 = 𝐿𝑝. 𝐶𝑡. Δ𝑇

Onde:
e = dilatação/contração térmica em m.
Lp = comprimento da tubulação em m.
Ct = coeficiente de expansão térmica, em m/m.oC.
DT = variação de temperatura em oC.

Exemplo: uma tubulação de cobre (Ct = 1,7 x 10-5 m/mC) com 30 m de extensão é
submetida a uma variação de temperatura de 55 C. Qual a variação de comprimento ?

e = (30 m) x (1,7 x 10-5 m/mC) x ( 55 C) = 0,028 m  3 cm

Caso a tubulação for de CPVC (Ct = 6,12 x 10-5 m/mC):

e = (30 m) x (6,12 x 10-5 m/mC) x ( 55 C) = 0,10 m  10 cm


10
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Braços elásticos em PPR

𝐿𝑠 = 𝐶. ∅𝑒𝑥𝑡 . 𝑒

Onde:
Ls = comprimento do braço elástico em mm.
e = dilatação térmica em mm.
fext = diâmetro externo da tubulação em mm.
C = constante, para PPR Amanco = 30 e PPR Tigre = 15.

Pf = ponto fixo
Pd = ponto deslizante.
11
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Lira em PPR

𝐿𝑠 = 𝐶. ∅𝑒𝑥𝑡 . 𝑒
Onde:
Ls = comprimento do braço elástico em mm.
e = dilatação térmica em mm. (DL na figura).
fext = diâmetro externo da tubulação em mm.
C = constante, para PPR Amanco = 30 e PPR tigre = 15.
Lc = comprimento da lira em mm = 10 x fext

12
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Liras em CPVC
Comprimento desenvolvido (L)
Lira composta por tres
segmentos de tubulação (1 de 3. 𝐸. ∅𝑒𝑥𝑡 . 𝑒
𝐿=
L/5 e dois de 2L/5) 𝑆
Onde:
E: módulo de elasticidade em Pa
∅𝑒𝑥𝑡 : diâmetro externo do tubo em m
e: dilatação térmica em m
S: tensão admissível em Pa

13
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Liras em CPVC: Exemplo
Estimar as dimensões de uma lira para uma tubulação de CPVC DN 22mm, de 20m
de comprimento, considerando um aumento de temperatura de 25ºC para 70ºC.

𝑒 = 𝐿𝑝. 𝐶. Δ𝑇 3. 𝐸. ∅𝑒𝑥𝑡 . 𝑒
𝐿=
𝑚 𝑆
−5
𝑒 = 20𝑚. 6,12.10 . 70 − 25 °𝐶
𝑚. °𝐶
3 × 2,055.109 × 0,022 × 0,05508
𝑒 = 0,05508𝑚 𝐿=
5,408.106

𝐿 = 1,175𝑚 ≅ 1,20𝑚

24𝑐𝑚

48𝑐𝑚
14
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Juntas de expansão em CPVC

Exemplo: Estimar o número de juntas de expansão em uma tubulação de CPVC, de


50m de comprimento, sujeita a uma variação de temperatura de 45°C.

𝑚
𝑒 = 𝐿𝑝. 𝐶. Δ𝑇 𝑒 = 50𝑚. 6,12.10−5 . 45°𝐶 𝑒 = 0,137𝑚 = 137𝑚𝑚
𝑚. °𝐶

Sendo o comprimento máximo do pistão igual a 90mm, temos:

𝑒 137𝑚𝑚
𝑁𝑗𝑒 = = = 1,53 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑎𝑠 ֜ 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎𝑚𝑜𝑠 2 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑎𝑛𝑠ã𝑜
90 90𝑚𝑚

Atentar a posição do pistão na instalação


15
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Espaçamento entre suportes em CPVC

Vertical

Horizontal

16
DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO TÉRMICA
Espaçamento entre suportes em PPR
Horizontal Vertical

17
MISTURADOR

O misturador é instalado entre os registros de


pressão de água fria e água quente.

Com temperatura limitada

18
MISTURADOR
Disponibilizado em diferentes materiais de tubulações de água quente.

CPVC

PPR

19
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas na concepção e no dimensionamento

O sistema de distribuição de água quente deve ser concebido e


dimensionado de modo a minimizar o tempo de chegada de água do
aquecedor até́ o ponto de utilização mais distante.

As tubulações de distribuição de água quente devem ser projetadas de modo


a minimizar o acúmulo de ar ou vapor em seu interior e a eliminar ar
eventualmente segregado.
Válvula de ar
ou ventosa

20
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas na concepção e no dimensionamento
Os trechos horizontais de tubulações devem ser projetados de modo a evitar
deformação excessiva. Os espaçamentos entre suportes não podem permitir
ondulações e deformações com flechas incompatíveis.

Deve ser considerado no projeto o efeito da dilatação e contração térmicas


das tubulações e especificadas as condições de instalação para cada tipo de
material, respeitadas as respectivas normas de produto e de aplicação.

O sistema de distribuição de água quente deve ter isolamento térmico em toda


a sua extensão.

21
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas na concepção e no dimensionamento
As pressões dinâmicas das águas fria e quente atuantes a montante de
misturadores convencionais devem ter valores próximos entre si.

O sistema predial de água quente deve ser projetado de modo a minimizar o


risco de escaldamento.

Onde houver possibilidade da temperatura da água quente ultrapassar 45 °C


em pontos de utilização de água quente para uso corporal, deve-se empregar
recurso de segurança intrínseca com atuação automática para limitar a
temperatura a este valor.

Quente Fria

Quente
temperatura
limitada Válvula termostática
junto ao misturador
Válvula termostática
22
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas no dimensionamento

O dimensionamento segue o mesmo procedimento descrito para água fria e a


mesma planilha auxiliar.

Vazão de projeto em sub-ramais:

𝑄𝑝𝑒ç𝑎 = 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑄𝑝𝑒ç𝑎 ≈ 𝐶𝑜𝑒𝑓. 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

23
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas no dimensionamento

O dimensionamento segue o mesmo procedimento descrito para água fria e a


mesma planilha auxiliar.

Vazão de projeto em ramais e colunas de água quente:

Vazão máxima possível: todos os aparelhos funcionam simultaneamente e as


vazões de projeto dos sub-ramais são somadas para obter a vazão no ramal.

Vazão provável máxima: leva em conta que não todos os aparelhos funcionam
simultaneamente, métodos probabilísticos ou empíricos.

𝑄 = 0,3. ෍ 𝑃𝑒𝑠𝑜

24
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas no dimensionamento

O dimensionamento segue o mesmo procedimento descrito para água fria e a


mesma planilha auxiliar.

Velocidade máxima:

Norma vigente eliminou valores limites, solicitando que a velocidade do


escoamento evitem a geração e propagação de ruídos e evitem golpes de
aríete com intensidades prejudiciais aos componentes.

Para unificar critérios adotaremos como velocidade máxima no trecho, o


menor deste valores:

𝑉 = 3𝑚/𝑠 𝑉 = 14. 𝐷𝑖𝑛𝑡 Dint em (m)

25
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Principais premissas no dimensionamento

O dimensionamento segue o mesmo procedimento descrito para água fria e a


mesma planilha auxiliar.

Pressões:

A pressão estática máxima nos pontos de utilização não deve ultrapassar


400 kPa (40 mca).
Pressão dinâmica mínima requerida é igual a 0,5mca ou 5Kpa em pontos da
rede de distribuição.
Pressão dinâmica mínima requerida é igual a 1mca ou 10Kpa em pontos de
utilização, ou valor de pressão associado a vazão de projeto adotada no sub-
ramal.
Outros valores recomendados de pressão dinâmica mínima são:
Aquecedor a gás – 2,0 m.c.a.
Aquecedor elétrico – 0,5 m.c.a. Verificar especificações
dos aquecedores
Chuveiro elétrico – 1,5 m.c.a.

26
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ 27

Principais premissas no dimensionamento

O dimensionamento segue o mesmo procedimento descrito para água fria e a


mesma planilha auxiliar.

Perda de carga:
A equação universal de perda de carga é a mais indicada.

Verificar fabricantes de tubulações cujos catálogos apresentam tabelas com


valores de perdas de carga.

A perda de carga com água quente é menor do que a perda de carga com
água fria, devido a diminuição da viscosidade do líquido.

Outra alternativa utilizar fórmulas empíricas (perda de carga unitária).

𝑄1,75 𝑄 1,88
𝑄 1,75
𝐽= 8,695. 106 . 𝐽 = 20,21. 106 . 4,88 𝐽 = 6,92 × 106 4,75
𝐷4,75 𝐷 𝐷
Tubos de cobre ou Tubos de aço galvanizado e Tubos de cobre ou latão
plástico (água fria) ferro fundido (água fria) (água quente)
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de passagem
𝑄 = 0,3. ෍ 𝑃𝑒𝑠𝑜
Dimensionados com base na estimativa de vazão.

Comumente critério de vazão provável máxima, considerando todos os


aparelhos que serão alimentados com água quente.

Especificação do aquecedor:

28
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação

Estimativa da população a ser atendida.

Tipo de edifício População

escritório 1 pessoa / 3m2

loja 1 pessoa / 3m2

hotel 1 pessoa / 15m2

hospital 1 pessoa / 15m2

P = 2 Nds + Nde
Apartamento/ ou
residência 5 pessoas por
Nds = número de dormitórios sociais
unidade Nde = número de dormitórios de serviço

29
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação

Consumos unitários de água morna.

Consumo Água morna


Prédio
(litros/dia)
Alojamento provisório de obra 24 por pessoa
Casa popular ou rural 36 por pessoa
Residência 45 por pessoa
Apartamento 60 por pessoa
Quartel 45 por pessoa
Escola (internato) 45 por pessoa
Hotel (sem incluir cozinha e
36 por hóspede
lavanderia)
Hospital 125 por leito

Restaurantes e similares 12 por refeição

Lavanderia 15 por kg de roupa seca

30
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação

Consumo diário de água morna em prédios residenciais:


CD = consumo diário de água morna (L/dia).
𝐶𝐷𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 = 𝐶. 𝑁𝑃 C = consumo diário per capita (L/pessoa.dia).
NP = número de pessoas a serem atendidas.

Sendo conhecidas as temperaturas da água morna, fria e quente.

Consumo diário de água quente:

(𝑇𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑎 )
𝐶𝐷𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝐷𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 .
(𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑎 )

Tmorna = temperatura da água morna °C.


Tquente = temperatura da água quente °C.
Tfria = temperatura da água fria °C.
31
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação

No dimensionamento dos aquecedores de acumulação deve-se considerar:

Volume do reservatório.
Tempo de aquecimento da água do reservatório.
Produção de água quente (litros/hora).

32
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação: Elétricos

Podem ser utilizados ábacos, ingressando com o consumo diário de água


quente:
Consumo Diário a 70C Capacidade do Aquecedor Potência (kW)
(litros) (litros)
60 50 0,75
95 75 0,75
Por exemplo:
130 100 1,0 CDquente = 240l/dia
200 150 1,25
260 200 1,50
330 250 2,0
430 300 2,5
570 400 3,0
700 500 4,0
850 600 4,5
1150 750 5,5
1500 1000 7,0
1900 1250 8,5
2300 1500 10,0
2900 1750 12,0
3300 2000 14,0
4200 2500 17,0
33
5000 3000 20,0
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação: A gás

Podem ser utilizados ábacos, ingressando com o consumo diário de água


morna:

Aquecimento central privado a gás

Volume Potência do
aquecedor queimador

25.000

CDmorna

34
Aquecimento central coletivo a gás
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecedores de acumulação: abastecimento
Uma mesma tubulação de distribuição de água fria pode alimentar tanto
aquecedores de água quanto pontos de utilização de água fria.
O ramal de alimentação de água fria deve ser executado de modo a não permitir
o esvaziamento do equipamento, a não ser pelo dreno.
O trecho horizontal de tubulação de alimentação de água fria para o aquecedor
não pode ter isolamento térmico, e deve ser de material resistente à água quente.
Quando alimentado com água fria por gravidade, o aquecedor deve permanecer
escorvado mesmo quando o reservatório superior estiver vazio.
A tubulação de alimentação de água fria deve ser provida de sifão térmico ou
outro meio para minimizar a transferência de calor para o seu interior.

35
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

NBR 15569/2020: Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto –


Projeto e instalação.

Para o dimensionamento de um sistema de aquecimento utilizando coletores


solares deve ser calculado:

1- Consumo diário de água morna.


2- Consumo diário de água quente e capacidade do reservatório térmico.
3- Demanda de energia útil e perdas de energia.
4- Fator de correção pela instalação.
5- Produção média mensal de energia específica.
6- Irradiação global média anual.
7- Área das placas coletoras.

36
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Consumo diário de água morna:

𝐶𝐷𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 = ෍ 𝑄𝑢 ⋅ 𝑇𝑢 ⋅ 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢 ⋅ 𝑁𝑝
𝑢=1

Onde:
CDmorna = Consumo diário de água morna (L/dia)
Qu = Vazão da peça de utilização u (L/min).
Tu = Tempo médio de uso da peça u (min).
Frequ = Número de vezes que a peça u é utilizada (adim).
N = Número de peças.
Np = Número de pessoas.

37
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Valores das variáveis para estimativa do consumo diário de água morna:

38
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Consumo diário de água quente e volume armazenado:

𝑇𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 − 𝑇𝑎𝑚𝑏
𝐶𝐷𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝐷𝑚𝑜𝑟𝑛𝑎 ⋅
𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑎𝑚𝑏

Onde:
CDquente = Consumo diário de água quente (L/dia)
CDmorna = Consumo diário de água morna (L/dia)
Tmorna = Temperatura da água morna (sugerido 40°C).
Tquente = Temperatura da água quente (50°C, verificar coletora).
Tamb = Temperatura ambiente média anual do local (°C – Figura ou tabela).

39
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Temperatura média anual

40
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Energia útil (Quantidade de calor) e perdas de energia:

𝐶𝐷𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑐 ⋅ 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑎𝑚𝑏


𝐸𝑢𝑡𝑖𝑙 = . 30
3600
𝐸𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 = 0,15 ⋅ 𝐸𝑢𝑡𝑖𝑙
Onde:
Eutil = Energia útil mensal (Kwh/mês)
CDquente = Consumo diário de água quente (m3/dia)
Tquente = Temperatura da água quente (50°C, verificar coletora).
Tamb = Temperatura ambiente média anual do local (°C).
r = massa específica da água (1000 kg/m3).
c = calor específico da água (4,18 Kj / kg.°C)
1 Kwh = 3600 Kj

41
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar
Fator de correção pela instalação (FC >= 1,00):

1
𝐹𝐶 =
1 − 1,2 ⋅ 10−4 ⋅ 𝛽 − 𝛽𝑜𝑡𝑖𝑚𝑜 2 + 3,5 ⋅ 10−5 ⋅ 𝛾 2

Onde:
FC = Fator de correção pela instalação dos coletores (adim)
b = Inclinação do coletor em relação ao plano horizontal (°)
botimo = Inclinação ótima do coletor (latitude + 10°).
g = Angulo de orientação do coletor solar em relação ao norte geográfico
(Rumo - °). Até 30°.

42
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Produção média mensal de energia específica (PMMEE):

43
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Irradiação global média anual diária (Ig)

44
DIMENSIONAMENTO DE IPAQ
Aquecimento solar

Área dos coletores:

𝐸𝑢𝑡𝑖𝑙 + 𝐸𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 ⋅ 𝐹𝐶 ⋅ 4,89


𝐴𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎 =
𝑃𝑀𝑀𝐸𝐸 ⋅ 𝐼𝑔

Onde:
Acoletora = área das placas coletoras (m2)
Eutil = Energia útil (Kwh/mês)
Eperdas = Perdas de energia (Kwh/mês)
FC = Fator de correção pela instalação.
PMMEE = Produção média mensal de energia específica (Kwh/mês.m2).
Ig = Irradiação global média anual (Kwh/m2.dia).
O valor 4,89 kWh/m².dia se refere ao valor-padrão para determinar a PMMEE do
coletor solar de acordo com a regulamentação do INMETRO.
45

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