Conselho Penitenciário PDF
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ATO DO SECRETÁRIO
O SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o
que conta no Processo nº SEI-210004/000020/2021.
RESOLVE:
Art. 2º - Ficam criados, sem aumento de despesas, para atender ao Conselho Penitenciário e inseridos na sua estrutura
básica, os seguintes serviços e setores:
I - Secretário Executivo;
IV - Seção de Diligência;
V - Serviço de Administração.
RAPHAEL MONTENEGRO
Secretário de Administração Penitenciária
ANEXO ÚNICO
TÍTULO I
Art. 1º - O Conselho Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro (CPERJ), criado pela Lei 1.160 de
23 de junho de 1987, alterada pela Lei nº 6.181 de 16 de março de 2012, é órgão de deliberação
coletiva, com sede na cidade do Rio de Janeiro e atribuição para atuar em todo o Estado, vinculado
à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), a fim de desempenhar as funções
previstas na legislação, conforme dispõe a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.
CAPÍTULO II – DA COMPOSIÇÃO
Art. 2º - O Conselho Penitenciário é formado pelo Corpo Deliberativo e por uma Secretaria dirigida
por um Secretário Executivo e um Auxiliar, designado pelo Secretário de Estado de Administração
Penitenciária, mediante indicação do Presidente do Conselho (art. 2º, § 2º da Lei nº 6.181, de 16 de
março de 2012).
Art. 3º - A Secretaria do Conselho Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro será integrada dos
seguintes serviços e seções:
I - Secretário Executivo;
II - Serviço de Instrução de Processo;
III - Seção de Autuação;
IV - Seção de Diligência;
V - Serviço de Administração.
Art. 4º - O Conselho Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro será constituído por um Corpo
Deliberativo de 14 (quatorze) membros, com a seguinte composição:
02 (dois) professores de Direito Penal, Processo Penal ou Execução Penal, ou juristas com
especialização nessas matérias;
III - 02 (dois) representantes do Ministério Público Estadual, indicados pela Procuradoria Geral de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
IV - 02 (dois) Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, indicados pela Defensoria Pública
Geral do Estado do Rio de Janeiro.
V - 02 (dois) advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Estado do Rio
de Janeiro.
Parágrafo Único - Para cada membro do Corpo Deliberativo caberá 01 (um) suplente, indicado e
nomeado nas mesmas condições que o titular, e que o substituirá nas faltas e impedimentos.
Art. 5º - O mandato dos membros do Corpo Deliberativo terá a duração de quatro anos, permitida a
recondução.
§ 1º - Em caso de vacância, por qualquer razão, de algum membro do Conselho, será nomeado
substituto, observada a sua representatividade, para o exercício das atribuições durante o período
de tempo faltante para o término do mandato.
§ 2º- A nomeação dos membros do Corpo Deliberativo caberá ao Governador do Estado, na forma
do § 1º, do art. 69 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.
Art. 6º - O Conselho será presidido por um dos seus integrantes, conforme previsto no artigo 1º
deste Regimento, que terá a função de Presidente, sendo substituído em suas faltas ou
impedimentos pelo Vice-presidente, ambos escolhidos e nomeados pelo Governador do Estado,
para um mandato de 04 (quatro) anos.
Art. 7º - Participará obrigatoriamente das sessões do Conselho Penitenciário, mas sem direito a
voto, o Secretário Executivo (§ 2º do art. 2° da Lei nº 6.181, de 16 de março de 2012).
Art. 8º - O Conselho Penitenciário poderá deliberar pelo seu órgão pleno ou em turmas, nos termos
deste Regimento Interno.
TÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto
com base no estado de saúde do preso;
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III - supervisionar os patronatos, os conselhos da comunidade, bem como assistência aos
egressos;
IV - assessorar, como órgão consultivo, o Secretário da SEAP nas matérias afetas à política
penitenciária;
V - apresentar, no primeiro trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
VI – opinar, debater e apresentar projetos que tenham como objetivo a implantação de políticas
públicas destinadas à reintegração social do condenado internado;
VII – elaborar o seu Regimento Interno;
VIII – propor ao juiz da execução a modificação de condições e regras estabelecidas na sentença
para a suspensão condicional da pena;
IX – inspecionar os responsáveis pela fiscalização e cumprimento das condições da suspensão
condicional da pena;
X – representar ao juiz acerca da revogação do livramento condicional nos casos previstos em lei;
XI – representar ao juiz acerca da necessidade de modificação das condições especificadas na
sentença para o cumprimento do livramento condicional;
XII – representar ao juiz acerca da extinção da pena privativa de liberdade ao tomar conhecimento
de que se expirou o prazo do livramento condicional sem a sua revogação;
XIII – suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução;
XIV– propor a extinção da punibilidade em caso de anistia de que tomar conhecimento ou no caso
de indulto coletivo, nos termos que dispuser a lei;
XV –provocar, nas hipóteses legais, o indulto individual;
XVI - realizar outras tarefas que lhe forem cometidas por lei ou em decorrência das demais
atribuições.
Parágrafo Único - O relatório de que trata o inciso V deste artigo deverá ser publicado em Diário
Oficial até o final do primeiro semestre de cada ano.
Art. 10 - São atribuições do Presidente do Conselho Penitenciário e das suas turmas, quando
existentes:
I - examinar para efeito de triagem inicial os requerimentos com vistas à verificação da existência
de processos anteriores ou em andamento;
II - redigir os ofícios, memorandos, informes etc.;
III - verificar o encaminhamento ao Secretário Executivo de processos devidamente instruídos;
IV - preparar os processos e pareceres a serem encaminhados ao Ministério da Justiça ou à Vara
das Execuções Penais;
V - elaborar o relatório anual do movimento da Secretaria do CPERJ.
TÍTULO III
DO FUNCIONAMENTODO CONSELHO CAPÍTULO I – DAS SESSÕES
§ 1º - Quando o Conselho se dividir em turmas, o Presidente presidirá uma das turmas, o Vice-
Presidente a outra turma.
Art. 21 - As deliberações do Conselho Penitenciário quer nas sessões plenas, quer nas sessões
das turmas, sempre serão tomadas por maioria de votos.
Art. 23 - Aberta a sessão pelo Presidente, a ordem dos trabalhos será a seguinte:
§ 1º - Os conselheiros podem falar sobre a ata, para impugná-la e pedir sua retificação, que se fará
como for deliberado.
§ 3º - Na parte dedicada à ordem do dia, será lida, discutida e votada a matéria constante da pauta
e lidos os pareceres dos conselheiros presentes.
§ 4º - A ordem dos assuntos constantes da pauta, determinada pelo Presidente e organizada pelo
Secretário Executivo, será obedecida rigorosamente, salvo preferência concedida pelo Conselho.
§ 5º - Aberta a sessão pelo Presidente, será dada a palavra aos Conselheiros, na ordem prevista
no art. 20, § 2º deste Regimento.
§ 1º - Iniciada a votação, não se concederá mais a palavra para efeito de discussão e, uma vez
proclamado o resultado da votação, nenhum conselheiro poderá mais votar.
§ 3º - Somente será concedido o pedido de vista na própria sessão, salvo em casos excepcionais,
que serão autorizados pelo Presidente.
Art. 25 - A qualquer momento da sessão, os conselheiros podem pedir a palavra pela ordem,
devendo o Presidente concedê-la sem demora.
Art. 26 - O conselheiro que não puder comparecer à sessão deverá justificar sua ausência ao
Presidente.
Art. 27 - O relator, assinada a carga dos processos que lhe forem distribuídos pelo Presidente, terá
o prazo máximo para devolvê-los com o seu parecer até a 2ª sessão subsequente a que recebeu
os autos.
§ 2º - Na sessão deliberativa da devolução, o relator fará a leitura do seu parecer, o qual será posto
em discussão.
Art. 29 - Os casos não previstos neste Regimento serão resolvidos pelo Plenário.
CAPÍTULO II – DA REMUNERAÇÃO