Direito Penal V
Direito Penal V
Direito Penal V
Direito Penal V
Prevaricação, Peculato e Crime Contra a Dignidade Sexual
Salvador/BA
Universidade Católica do Salvador
Curso de Graduação em Direito
Direito Penal V
Prevaricação, Peculato e Crime Contra a Dignidade Sexual
Jurisprudência:
II – Em delitos como tais, a lesão ao erário constitui, de fato, elementar do tipo. Contudo, quando
esse prejuízo for elevado, como no caso, o valor desviado poderá ser utilizado para agravar a
reprimenda na primeira etapa da dosimetria, a título de consequências do crime. Precedentes.
III – Este Supremo Tribunal entende ser “possível a elevação da pena-base em razão do grau de
responsabilidade do cargo exercido pelo agente (1ª fase), sem que isso importe em bis in idem”. (
RHC 125.478 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma). Outros precedentes.
V – É correta a aplicação da agravante genérica prevista no art. 62 do Código Penal, que prevê o
agravamento da pena para aquele que “promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a
atividade dos demais agentes” (inciso I), como ocorreu no caso sob exame, quando se tem que o
acusado era o responsável pela nomeação dos servidores que compuseram as comissões de licitação
da prefeitura e que participaram do esquema criminoso, “cujo envolvimento era imprescindível para
a realização dos crimes”.
VI – É assente que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de
reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado
o Paciente”. ( HC XXXXX/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). Precedentes. VII – Agravo regimental a
que se nega provimento.
COMENTARIO:
Nos crimes de peculato o legislador visa punir os delitos cometidos contra a administração pública
no geral. A pretensão é garantir o normal funcionamento da máquina administrativa em todos os
setores de suas atividades, buscando o bem estar e o progresso da sociedade. A proibição penal não
se limita a conduta ilícita do agente público, mas estende-se aos, funcionários públicos(intranei),
os estranhos e os particulares(extranei), que de forma comissiva ou omissiva, cause ou exponha
perigo de dano a função administrativa, em sentido estrito, legislativo e judiciário.
Nessa modalidade o bem jurídico tutelado é a Administração pública, o sujeito ativo está ligado ao
crime próprio, onde só o funcionário que exerce cargo, emprego ou função pública, pode cometer,
na figura do sujeito passivo tem-se o Estado e as entidades de Direito Público. Todas as diretrizes
estão contidas no Art. 312 do Código penal.
Em que pese o pedido da ação, não teve provimento, haja vista que é de entendimento da suprema
corte brasileira, que o valor sucumbido da administração publica, pode ser item para que se ocorra
o agravamento da pena, bem como o cargo exercido pode ser um dos requisitos para a majoração
da pena.
Em delitos como tais, a lesão ao erário constitui, de fato, elementar do tipo. Contudo, quando esse
prejuízo for elevado, como no caso, o valor desviado poderá ser utilizado para agravar a reprimenda
na primeira etapa da dosimetria, a título de consequências do crime. Precedentes. Este Supremo
Tribunal entende ser “possível a elevação da pena-base em razão do grau de responsabilidade do
cargo exercido pelo agente (1ª fase), sem que isso importe em bis in idem”.
2. Prevaricação
Jurisprudência:
Trata-se de Petição cujos autos contém denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) imputando ao investigado ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO, ex-
parlamentar e atualmente advogado, a prática das condutas descritas no art. 23, IV, c/c art. 18,
ambos da Lei 7.170/83 ( Lei de Segurança Nacional), por 3 (três) vezes, na forma do
art. 71 do Código Penal ( CP); art. 286 c/c art. 163, parágrafo único, II e III, ambos do CP;
art. 26 da Lei 7.170/83; e art. 20, § 2º, da Lei 7.716/89, por 2 (duas) vezes, na forma do
art. 71 do CP.
É o relatório. DECIDO.
Esse fato, inclusive, foi admitido pelo próprio denunciado, em vídeos que circulam nas redes
sociais:
"Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles"
(https://br.noticias.yahoo.com/roberto-jefferson- troca-tiros-com-pfeagenteebaleado-veja-video-
163005074.html)
Como se vê, a conduta de ROBERTO JEFFERSON, ao atirar nos agentes policiais, configurar, em
tese, duplo crime de homicídio, na forma tentada (art. 121 c/c art. 14, II, ambos do Código Penal),
encontrando-se o agente em estado de flagrância, nos termos do art. 302 do Código de Processo
Penal:
II - acaba de cometê-la;
III -é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação
que faça presumir ser autor da infração;
IV -é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser
ele autor da infração.
Assim, além da ordem de prisão expedida por esta SUPREMA CORTE, nos termos do
art. 301 do Código de Processo Penal, as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem
quer que seja encontrado em flagrante delito, conforme jurisprudência desta SUPREMA CORTE
( HC 205.230, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 21/10/2021).
COMENTARIO:
Prevaricação é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública.
A prevaricação consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
No caso em tela, ação trata da revogação de regime de prisão do ex-deputado Roberto Jeferson, o
caso em fomento entra na esfera dos crimes de prevaricação, Art.319 do CP, pois foi relatado que o
atual Ministro de Justiça, estava a caminho do local para intervir na prisão. Logo, o Ministro
Alexandre de Morais aborda no mandado de prisão preventiva que: “A intervenção de qualquer
autoridade em sentido contrário a ordem, seria enquadrado no crime de prevaricação.”
Observa-se no caso que o comportamento de Anderson Torres não foi usual, o que demonstra a "falta de
autonomia" da PF em casos que envolvam aliados do presidente da República. Visto posto que, as negociações
e as intervenções deveriam ser mediadas pelo grupo tático, os fatos demonstram que a PF não possui a
autonomia necessária para cumprir sua função quando o interesse do governo vai no sentido contrário.
A Constituição Federal é clara em relação ao caso, no Art. 144 prevê: “A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal”
Ao saber do teor da decisão do Ministro do STF, o Ministro da Justiça recuou na sua escalada de
favorecer o aliado do governo, ainda assim, considero que as ações deveriam ser enquadradas como
elucidou o mandado, pois resta cristalina a intenção os agentes públicos em privilegiar seu conhecido,
visto posto que sua prisão não foi conduzida da forma que ordena a lei.
Jurisprudência:
COMENTARIO:
A priori, o capitulo VI do Código Penal possui um rol extenso de crimes. No caso em tela, estamos
diante de uma ação que discorre sobre o Estupro de vulnerável. Ter conjunção carnal ou praticar
outro ato libidinoso com menor de 14 anos, Incorre na mesma pena quem pratica as ações com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Sujeitos Ativo: Qualquer pessoa. Passivo: Qualquer pessoa vulnerável. Consumação: No momento
em que é realizada o ato. TOME NOTA: As penas aplicam-se INDEPENDENTE do consentimento
da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
Formas qualificadas:
Se resultar: