Deliberação CEE #15-85 - Prazos de Documentos Escolares
Deliberação CEE #15-85 - Prazos de Documentos Escolares
Deliberação CEE #15-85 - Prazos de Documentos Escolares
º 15/85
O Conselho Estadual de Educação, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 2.º,
inciso XXIII, da Lei Estadual 10.403, de 6 de julho de 1971 e, ainda, considerando
o disposto no artigo 13 da Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971, e o contido na
Indicação CEE n.º 04/85, aprovada na sessão plenária de 30-7-85,
Delibera
I. DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 2.º -- O pedido de transferência de alunos de 1.º e 2.º graus será dirigido ao
Diretor da escola pelo aluno, ou, se menor, pelo seu representante legal
a. identificação do aluno;
b. identificação do curso;
c. denominação e endereço da escola, bem como indicação dos órgãos
regionais de ensino a que está subordinada;
d. indicação do ato legal que autorizou o funcionamento da escola, curso ou
habilitação;
e. componentes curriculares estudados em cada série, especificados, para cada
um, o aproveitamento e a respectiva carga horária;
f. indicação do mínimo de horas de Estágio Supervisionado cumprido, quando
for o caso;
g. indicação da nota ou menção mínima para a promoção do aluno;
h. indicação de promoção na série ou, no caso de retenção na última série,
especificação dos componentes curriculares em que o aluno não obteve
aprovação e, se for o caso, dos componentes avaliados apenas por
frequência;
i. informações referentes à escolaridade anterior ao 2.º grau;
j. nome e assinatura do diretor e secretário e respectivos registros no MEC, ou
número de autorização para o exercício da função, expedida pela Secretaria
de Estado da Educação.
§ 3.º – além dos documentos mencionados neste artigo, poderão ser solicitadas
outras informações à escola de origem, visando à melhor adequação curricular.
Artigo 9.º -- Quando a escola de origem do aluno for vinculada a outro sistema de
ensino:
I – a documentação escolar deverá conter os elementos suficientes para
identificação da escola, do aluno, do grau de ensino, do curso e da série de
matrícula, bem como informações sobre a escolaridade anterior ao grau e/ou à
série;
§ 1.º -- Para fins desta Deliberação, os mínimos exigidos para cada habilitação
profissional denominam-se mínimos profissionalizantes.
II – ADAPTAÇÃO
§ 1.º -- O processo de adaptação do aluno será feito na forma do artigo 14, a fim
de permitir-lhe o atendimento aos mínimos curriculares legais e às exigências, para
esse fim, fixadas no Plano Escolar da escola de destino, em relação ao seu currículo
pleno.
III – entre cursos de suplência, respeitada a seriação, com exceção do 1.º termo do
2.º grau, quando se tratar de regime semestral para o anual, quando se aplica a
regra da alínea "b" do inciso II;
I – verificação da carga horária total, cumprida pelo aluno na escola de origem, nos
componentes curriculares em que já obteve promoção;
II – divisão da carga total, assim obtida, pela carga horária prevista para cada
período do ano letivo na escola de destino, calculada em termos de mínimo legal,
para definição da série;
VI – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO
____________
ANEXO:
1. Introdução:
O próprio Conselho Estadual de Educação de São Paulo tem sentido isso, quando,
por inúmeras vezes, durante a vigência da Lei 5.692/71, tentou regular a matéria
no âmbito de sua jurisdição, através de brilhantes estudos, apresentados,
especialmente, pelos Conselheiros Alpínolo Lopes Casali e Eloísio Rodrigues de
Souza, ou, ainda, das muitas e não menos brilhantes manifestações encontradas
nos Pareceres dos Conselheiros José Augusto Dias, Hilário Torloni, Pe. Lionel
Corbeil, Arnaldo Laurindo, João Baptista Salles da Silva, Jair de Moraes Neves,
Renato Alberto T. Di Dio e tantos outros.
2. Fundamentos legais:
B) O artigo 100 da Lei de Diretrizes e Bases (Lei n.º 4.024/61), com redação dada
pela Lei 7.037/82;
a. o inciso XXIII do artigo 2.º da Lei 10.403/71 que inclui entre as atribuições
do Conselho Estadual de Educação:
"está fora de dúvida que é do Conselho Federal a competência para interpretar leis
que fixarem diretrizes e bases da educação nacional (art. 46 da Lei Federal
5.540/68)."
Visando a uma abordagem mais didática, a análise será desenvolvida por artigo ou
grupo deles, naqueles aspectos em que se torne necessária uma justificativa mais
ampla, quer do ponto de vista legal, quer de sua harmonização com orientações do
Conselho Federal de Educação que, mesmo não normativas, pareceram
doutrinariamente adequadas, com posições anteriores deste Colegiado ou, ainda,
de sua adequação a princípios e razões de ordem pedagógica e/ou administrativa.
3.2 Artigos 2.° a 8.º - Tratam das providências a serem tomadas pelo aluno e pela
escola de sua origem, no processo de transferência. Alguns aspectos desses artigos
merecem destaque:
O artigo 8.º da Resolução CEE 19/65, que cuidou das "condições de adaptação para
transferência de alunos", na sua alínea "d", excluía da possibilidade de
transferência durante o ano letivo "os dois últimos meses do período escolar".
3.4 Artigos 6.º, 7.º, 8.º e 9.º - Esses artigos cuidam das providências formais
relativas à matrícula do aluno transferido.
Com relação aos artigos 7.º e 8., alguns aspectos merecem destaque:
a) o aluno transferido para qualquer escola e curso tem direito de obter a mesma
qualidade de ensino que os alunos originalmente nela matriculados e a escola tem o
dever de proporcionar-lhe as condições para tanto;
b) a forma mais prática e operacional para avaliação das eventuais defasagens,
entre o que já foi estudado pelo aluno transferido e o que os alunos da escola
realmente estudaram, é a comparação entre os currículos correspondentes das
séries anteriores, em termos dos componentes curriculares presentes e da carga
horária prevista. O ideal seria uma comparação entre programas, mas sendo isso
impossível, uma entrevista do aluno, ou seus pais ou responsáveis, com os
professores de cada componente, indicaria de forma mais correta onde estariam as
deficiências;
Para o 1.° grau regular, os mínimos legais são atingidos, quando o aluno cursa:
Para compor o seu currículo pleno de 1.° grau, a escola tanto poderá ampliar os
mínimos obrigatórios, pela presença das matérias do artigo 7.°, além do número de
séries previstas, ou pelo aumento da carga horária de cada série, ou, ainda, adotar
matérias de sua livre escolha para compor a parte diversificada do currículo.
Caberá, ainda, à escola, na proposição de seu currículo pleno, a definição das
cargas horárias semanais de cada componente curricular e também definir o
tratamento pedagógico a ser dado aos diversos componentes nas várias séries,
seguindo, neste último aspecto, as orientações das normas federais e estaduais que
regulam o assunto (em vigor, atualmente, os Pareceres CFE 871/71, 339/72 e
540/77, além da Deliberação CEE 29/82, Parecer CEE n.º 2.159/82 e Indicação CEE
13/83).
- presença das matérias do núcleo comum e do artigo 7.° da Lei 5.692/71, em pelo
menos uma série, considerado, ainda, o tratamento próprio a ser dado a Educação
Física e Educação Moral e Cívica, por força da legislação especifica em vigor;
- carga horária mínima fixada pelo Conselho Estadual de Educação, para a parte
comum (em vigor a Deliberação 29/82);
- duração mínima de 3 anos, exceto os casos previstos no artigo 22 da Lei
5.692/71;
Isto para os cursos de 2.° grau estruturados nos moldes do inciso III do artigo 7.°
da Deliberação CEE 29/82 (currículos estruturados exclusivamente para fins de
continuidade de estudos).
É claro que cada escola, ao fixar o seu currículo pleno, o faz em função de objetivos
bem definidos e claros.
O que a presente Deliberação permite é que a escola prescreva, para alunos que
receba por transferência, os mínimos que o aluno terá que cumprir para cada
curso, obviamente considerados os mínimos legais, sem o cumprimento dos quais o
aluno não poderá receber o seu certificado e/ou seu diploma, acrescidos das
exigências que, para esse fim, a escola fixar no seu Plano Escolar.
Um aluno se transfere para essa escola na 2.ª série, não tendo cursado esses
componentes na 1.ª série. Considerados os objetivos da habilitação, se a escola
tiver fixado no seu plano escolar que, para fins de adaptação de alunos
transferidos, basta que os alunos cumpram as matérias do núcleo comum, a partir
das séries em que se matriculem, poderá dispensar o aluno do exemplo de
qualquer adaptação nessa matéria, em relação à 1.ª série. Isto, desde que não
perca de vista os parâmetros representados, ao final do curso, pelo atendimento
aos mínimos legais.
O artigo 15 prevê situações em que a adaptação pode ser dispensada pela escola,
mesmo nos casos identificados como sujeitos a adaptação, conforme o disposto no
artigo 13. Trata, por exemplo, no caso do inciso I, de se aceitar o estudo de Música
para suprir Educação Artística, ou de Geografia Econômica para suprir, por
exemplo, Economia, só podendo ocorrer em relação a matérias de livre opção ou do
art. 7.° da Lei 5.692/71, consideradas as restrições impostas pela própria Lei. No
caso do inciso II, trata-se, por exemplo, de se aceitar Ciências Físicas e Biológicas
para substituir um ou mais componentes dele desdobrado, no 2.° grau, ou Estudos
Sociais para suprir Geografia ou História ou ambos, no ensino de 1.° grau, ou,
ainda, um componente avaliado apenas por assiduidade na escola de origem e que
seja sujeito a avaliação, também por aproveitamento, na escola de destino.
O inciso III trata da aplicação do disposto no Parecer CFE 838/77 para matérias de
livre escolha da escola e de sua extensão a outros componentes curriculares,
qualquer que seja sua categoria. O fundamento pedagógico que alicerça a extensão
do disposto com relação a matérias de livre escolha da escola às demais categorias
curriculares é o "non sense", que significa forçar o aluno a repetir uma série, se
exatamente o(s) componente(s) curricular(es) que o levou (levaram) à retenção
não consta (m) da série que irá repetir, na escola de destino. Essa possibilidade de
transferência com promoção na escola de destino deve estar prevista no Regimento
Escolar, assim como a possibilidade de dependência, nos termos das normas em
vigor para o caso (está em vigor a Deliberação CEE 4/74).
Fica claro, nos termos do § 2.°, que os alunos que alcançaram a promoção através
da aplicação desses dispositivos ficam sujeitos às adaptações referentes às séries
anteriores da escola de destino, nos termos previstos na presente Deliberação.
Trata-se de um esforço a mais no sentido de vencer as barreiras impostas pela
seriação que tanto artificializa o processo pedagógico.
Sua justificativa se encontra nos Pareceres CEE n.os 1.315/84 e 289/85, que
transcrevemos:
DELIBERAÇAO DO PLENÁRIO
NOTAS: