E-Book - Geoprocessamento Aplicada No Planejamento de Bacias Hidrograficas
E-Book - Geoprocessamento Aplicada No Planejamento de Bacias Hidrograficas
E-Book - Geoprocessamento Aplicada No Planejamento de Bacias Hidrograficas
Marcelo Campos
Bruno Timóteo Rodrigues
Flávia Luize Pereira de Souza
Mateus de Campos Leme
Geoprocessamento Aplicado no
Planejamento de Bacias Hidrográficas
Atena Editora
2019
2019 by Atena Editora
Copyright © Atena Editora
Copyright do Texto © 2019 Os Autores
Copyright da Edição © 2019 Atena Editora
Editora Executiva: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Diagramação: Lorena Prestes
Edição de Arte: Lorena Prestes
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Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
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Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
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Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Formato: PDF
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Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7247-407-8
DOI 10.22533/at.ed.078191306
Atena Editora
Ponta Grossa – Paraná - Brasil
www.atenaeditora.com.br
[email protected]
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1................................................................................................................. 1
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO PARTA PLANEJAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Ronaldo Alberto Pollo
Sérgio Campos
Lincoln Gehring Cardoso
Bruno Timóteo Rodrigues
DOI 10.22533/at.ed.0781913061
CAPÍTULO 2................................................................................................................. 6
ANÁLISE FÍSICA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS.
Thyellenn Lopes De Souza
Sérgio Campos
Marcelo Campos
Mateus De Campos Leme
Flávia Luize Pereira De Souza
Laila Afif Name Kahil Natchtigall
DOI 10.22533/at.ed.0781913062
CAPÍTULO 3............................................................................................................... 13
DISCRIMINAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Sérgio Campos
Marcelo Campos
Thyellenn Lopes de Souza
Mateus de Campos Leme
Flávia Luize Pereira de Souza
Laila Afif Name Kahil Nachtigall
DOI 10.22533/at.ed.0781913063
CAPÍTULO 4............................................................................................................... 22
IMAGENS DIGITAIS PARA PLANEJAMENTO AGRÍCOLA
Sérgio Campos
Marcelo Campos
Felipe Souza Nogueira Tagliarini
Bruno Timóteo Rodrigues
Yara Manfrin Garcia
Thyellenn Lopes De Souza
DOI 10.22533/at.ed.0781913064
CAPÍTULO 5............................................................................................................... 29
APTIDÃO AGRÍCOLA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Sérgio Campos
Ana Paula Barbosa
Milena Montanholi Mileski
Raquel Cavasini
Muriel Cicatti Emanoeli Soares
Marina Granato
Débora Marques Araújo
DOI 10.22533/at.ed.0781913065
SUMÁRIO
CAPÍTULO 6............................................................................................................... 39
ANÁLISE MULTICRITERIAL APLICADA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS
Sérgio Campos
Marcelo Campos
Thyellenn Lopes de Souza
Mateus de Campos Leme
Flávia Luize Pereira de Souza
Laila Afif Name Kail Natchgall
DOI 10.22533/at.ed.0781913066
CAPÍTULO 7............................................................................................................... 51
USO DE GEOPROCESSAMENTO NA CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO
CÓRREGO PINHEIRINHO - SP
Luana Rosalen Brito
Alexandre Luís da Silva Felipe
Sérgio Campos
Marcelo Campos
DOI 10.22533/at.ed.0781913067
CAPÍTULO 8............................................................................................................... 80
ÍNDICES DE VEGETAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL DE UMA BACIA
HIDROGRÁFICA
Jordan Santos Sanini
Alexandre Luís Da Silva Felipe
Mateus de Campos Leme
Flávia Luize Pereira De Souza
Diedo Augusto de Campos Moraes
Sérgio Campos
DOI 10.22533/at.ed.0781913068
CAPÍTULO 9............................................................................................................... 89
DRONES APLICADOS EM ESTUDOS AGROFLORESTAIS
Mikael Teimóteo Rodrigues
Bruno Timóteo Rodrigues
Tiago Makoto Otani
Felipe De Souza Nogueira Tagliarini
Sérgio Campos
Mateus de Campos Leme
Flávia Luize Pereira De Souza
Ronaldo Alberto Pollo
DOI 10.22533/at.ed.0781913069
CAPÍTULO 10............................................................................................................. 96
ANÁLISE AMBIENTAL EM FUNÇÃO DO CAR
Alba Maria Guadalupe Orellana Gonzales
Flávia Luize Pereira de Souza
Mateus de Campos Leme
Diego Augusto de Campos Leme
Sérgio Campos
DOI 10.22533/at.ed.07819130610
SUMÁRIO
CAPÍTULO 11........................................................................................................... 108
ATRIBUTOS DO SOLO
Anderson Antonio de Conceição Sartori
Gabriel Matsumoto
Sidnei Fonseca Guerreiro
Flávia Luize Pereira de Souza
DOI 10.22533/at.ed.07819130611
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Cobertura e Uso da terra da bacia hidrográfica do córrego Água da Rosa, Aparecida
de São Manuel-SP em 1972.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ASSIS, J. M. O.; CALADO, L. O. SOUZA, W. M.; SOBRAL, M.C. Mapeamento do uso e ocupação
do solo no município de Belém de São Francisco – PE nos anos de 1985 e 2010. Revista Brasileira
de Geografia Física, Recife, v.7, n.5, p. 859-870, 2014. Disponível em:< https://periodicos.ufpe.br/
revistas/rbgfe/article/viewFile/233337/27109>. Acesso em: 12 mar. 2018.
BRITO, J. L. S.; PRUDENTE, T. D. Análise temporal do uso do solo e cobertura vegetal do município
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POLLO, R. A.; BARROS, Z. X.; GARCIA, Y. M.; SILVEIRA, G. R. P.; NARDINI, R. C. Caracterização
do uso da terra em diferentes épocas na bacia hidrográfica do ribeirão Paraíso-São Manuel (SP), por
meio de sistemas de informações geográficas. Energia na Agricultura, Botucatu-SP, v. 28, n.4, p.
247-252, 2013.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ANDRADE, N. L. et al. Caracterização morfométrica e pluviométrica da bacia do rio Manso – MT. São
Paulo. Universidade Estatual Paulista, Geociências, v.27, n.2, p.237-248, 2008.
CARDOSO, C.A.; DIAS, H.C.T.; SOARES, C.P.B.; MARTINS, S.V. Caracterização morfométrica da
bacia hidrográfica do rio Debossan, Nova Friburgo – RJ. Árvore, Viçosa –MGH, v.30, n.2, p.241-248,
2006.
GARBRECHT, J.; MARTZ, L.W. Digital elevation model issues in water resources modeling.
ESRI, USERS CONFERENCE, 19., 1999, San Diego. Proceedings… San Diego: 1999. CD-ROM.
HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach
to quantitative morphology. In.: Geological Society of America Bulletin. v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945.
SCHUMM, S. A. Sinuosity of alluvial rivers on the great plains. In.: Geological Society of America
Bulletin. v. 74, n. 9, p. 1089-1100, 1956.
TEODORO, V. L. I.; TEXEIRA, D.; COSTA, D. J. L.; FULLER, B. B. O conceito de bacia hidrográfica
e a importância da caracterização morfométrica para o entendimento da dinâmica ambiental local.
Revista Uniara, n.20, 2007.
VILLELA, S. M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975. 245p.
DISCRIMINAÇÃO DE ÁREAS DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Federal de Viçosa. Imprensa Universitária. Viçosa, M.G. 1994. 34p.
CAMPOS, S.; GRANATO, M.; BARBOSA, A.P.; SOARES, M.C.E.; PISSARRA, T.C.T.
Geoprocessamento aplicado na identificação e localização potencial de conflitos de uso em APPs.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA Agrícola, 2010, Vitória. Resumos... Vitória:
Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola, 2010. CD -ROM.
LIMA, W. P.; ZAKIA, M. J. B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO,
H.F. Matas ciliares: conservação e recuperação. 2. ed. São Paulo: EDUSP/Fapesp, 2004. cap. 3, p.
33 - 44.
SOPPER, W. E. Effects of timber harvesting and related management practices on water quality in
forested watersheds. Journal of Environmental Quality, Madison, v.4, n.1, p.24-9, 1975.
Sérgio Campos
Marcelo Campos PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Informação
Felipe Souza Nogueira Tagliarini Geográfica, imagem de satélite, bacia
Bruno Timóteo Rodrigues hidrográfica
Yara Manfrin Garcia
Thyellenn Lopes De Souza
INTRODUÇÃO
MATERAIS E MNÉTODOS
26” de latitude S e 48o 18’ 35” a 48o 21’ 31” de longitude W de Greenwich , abrangendo
1900,06ha.
O clima predominante do município, classificado segundo o sistema Köppen é do
tipo Cwa – Clima Mesotérmico de Inverno Seco – em que a temperatura do mês mais
frio é inferior a 18ºC e do mês mais quente ultrapassa os 22ºC.
A temperatura média anual na região, é de 20,2 oC, sendo as temperaturas médias
dos meses mais quentes de 23,2 oC e de 16,9 oC nos meses mais frios.
A precipitação média anual está ao redor de 1.447 mm, ocorrendo uma precipitação
média no mês mais chuvoso e mais seco, respectivamente, de 223,4 mm e 37,8 mm.
Para a análise da imagem de satélite de 2000, utilizou-se o software IDRISI
juntamente com as imagens de satélite digital, bandas 3,4 e 5 do Sensor TM do
LANDSAT 5, da órbita 220, ponto 56, quadrante A e passagem de 2011 e em 2015
foram as imagens de satélite digital, bandas 4, 3 e 2 do Sensor TM do LANDSAT 8, da
órbita 220, ponto 56, passagem de 2015.
Os pontos de controle (coordenadas) para o georreferenciamento e os pontos
de máxima altitude para digitalização do limite da microbacia tiveram como base
cartográfica a Carta Planialtimétrica, editada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE em 1969, de Botucatu, em escala 1:50000, com distância vertical
entre curvas de 20 m. A conversão dos dados vetoriais em imagem raster e o seu
processamento foi realizada com auxílio do Sistema de Informações Geográficas –
Idrisi Selva, bem como a determinação do mapa de declividade da microbacia.
O contorno da área da microbacia foi realizado manualmente na carta
planialtimétrica do IBGE (1969), segundo os pontos mais elevados de altitude que
delimitam a área, tendo-se como base a definição de Rocha (1991).
Área Área
ha % Ha % Redução (R) ou
Uso da terra
Ampliação (A)
Reflorestamento 475,15 25,01 696,09 36,64 46,50 (A)
Pastagem 825,72 43,46 35,07 1,85 94,74 (R)
Floresta 599,19 31,53 501,43 26,51 16,32 (R)
Cana-de-açúcar - - 667,47 26,51 100 (A)
Área total 1900,06 100,00 1900,06 100
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ASSAD, E. D., SANO, E. E., MEIRELES, M. L., MOREIRA, L. Estruturação de dados geoambientais
no contexto de microbacia hidrográfica. In: ASSAD, E. D., SANO, E. E. Sistema de Informações
Geográficas: Aplicações na agricultura. Planaltina: Embrapa-CPAC, 1993.p.173-99.
BARROS, Z.X. de, PIEDADE, G.C.R., CURI, P.R. Variáveis de ocupação do solo e análise
multivariada. Revista Geografia, São Paulo, v.1, n.8/9, p.11-19, 1990.
CAMPOS, S. Diagnóstico físico conservacionista da bacia do rio Lavapés - Botucatu (SP). Botucatu:
Universidade Estadual Paulista, 1997. 140p. Tese Livre-Docência.
CARDOSO, L.G. Comportamento das redes de drenagem em solos com cana-de-açúcar e com
eucalipto. Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 1988. 139 p. Tese Doutorado.
COWEN, D. J. GIS versus CAD versus DBMS: What are the differences. Photogrametric Engineering
and Remote Sensing, v.54, p.1551-4,1998.
RIBEIRO, F.L. Sistemas de Informações Geográficas aplicados ao mapeamento dos usos atual e
adequado da terra do Alto Rio Pardo - Botucatu (SP). Botucatu: Universidade Estadual Paulista,
1998. 140p. Dissertação Mestrado.
ROCHA, J.S.M. da. Manual de interpretação de aerofotogramas. Fascículo XI, Santa Maria, 1986.
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VIEIRA, N.M. Estudo geomorfológico das voçorocas de Franca, SP. Franca: Universidade Estadual
Paulista, 1978. 255p. Tese Doutorado.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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sistema de capacidade de uso. Campinas: Soc.Bras.Cien.Solo, 1983. 175p.
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FRANÇA, G.V. A classificação de terras de acordo com sua capacidade de uso como base para um
programa de conservação de solos. In: CONGRESSO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE SOLOS,
1, 1960, Campinas. Anais... São Paulo: Secretaria da Agricultura/DEMA, 1963. p.399-408
LEPSCH, J.F. et al. Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no
sistema de capacidade de uso. Campinas, Soc.Bras.Cien.do Solo, 1991.175p.
POLITANO, W. et al. Avaliação mediante o emprego de imagens aéreas das condições ligadas ao
uso da terra e erosão acelerada de uma área com solos arenosos provenientes da formação Bauru.
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CENEA/SBEA, 1988. p.48.
ZIMBACK, C.R.L., RODRIGUES, R.M. Determinação da capacidade de uso das terras da Fazenda
Experimental São Manuel/UNESP. Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual
Paulista, 1993. p.83 (Mimeogr.).
INTRODUÇÃO
RESUMO: Os sistemas de informação
As mudanças ambientais vem ocorrendo
geográfica (SIG), aliado a técnica de análise
devido ao desenvolvimento industrial,
de multicritérios, possibilita a padronização e
crescimento populacional e o desmatamento
a integração de dados, que normalmente são
provenientes de diversas fontes, permitindo de vastas florestas, para o uso e exploração do
que se realize uma avaliação conjunta dos solo sem planejamento, de forma inadequada
mesmos, proporcionando mais eficiência e da terra, sem preocupação de protegê-la contra
confiabilidade no processo de tomada de diversos impactos ambientais e sua capacidade
decisão para promover a adequação de uso produtiva.
das terras. O presente estudo visou a análise da A escolha por uma microbacia como
fragilidade ambiental na microbacia do Ribeirão unidade de planejamento ambiental,
Lavapés – Botucatu (SP). A utilização de um características de um sistema natural delimitado,
Sistema de Informações Geográficas para a de regiões altas, onde se encontram nascentes
elaboração dos mapas de fragilidade referentes dos rios, córregos, áreas de encostas e de
às classes de pedologia, declividade e uso e baixadas e problemas com a água, a solução
ocupação do solo. Os fatores foram integrados está diretamente relacionada ao manejo e
e interpolados, onde todas as variáveis
manutenção (SANTOS, 2004; CAMPOS et al.,
receberam o mesmo peso na análise (25 %)
2010).
e a sobreposição dessas informações gerou o
Geoprocessamento Aplicado no Planejamento de Bacias Hidrográficas Capítulo 6 39
A utilização dessas ferramentas da geotecnologia permite fazer uma análise
ambiental de forma a entender como essas alterações se comportam no espaço,
sendo um dos pontos mais fortes como estudo do ambiente como um todo (PIRES et
al., 2012).
As imagens de satélite auxiliam na identificação dos fenômenos naturais ou ação
humana e na verificação das áreas com vegetação, diferentes tipos de solo, além
de analisar os recursos hídricos, possuindo assim, uma grande vantagem por ter um
custo baixo e fácil obtenção e fornecendo informações para resolução de problemas
ambientais (SANTOS et al.,1993).
Esse trabalho tem como objetivo analisar a fragilidade ambiental da microbacia
do Ribeirão Lavapés em Botucatu (SP) através do uso de geoprocessamento, visando
o desenvolvimento sustentável da a´rea.
MATERIA E MÉTODOS
Os solos de textura arenosa (Figura 3), RQotípico, RLe, NVdf e PVAd1 abrangendo
4650,02ha (45,31%), são solos que apresentam estruturas frágeis e são susceptíveis
a erosão, além de possuírem baixa fertilidade natural, para estes solos a probabilidade
de erosão aumenta com a diminuição de sua cobertura vegetal.
O solo hidromórfico, representado pelo GXbd, que está presente em cerca de
1731,34ha (16,87%) de área da microbacia, é encontrado em baixadas e no entorno
de cursos d’água, geralmente em áreas encharcadas, apresentando baixa fertilidade.
Os solos de textura média, LVAd1, LVd e LVdf são solos que vem abrangendo a
maior parte da área com 3881,85ha (37,82%).
Figura 3. Unidades de solo da bacia do rio Lavapés, Botucatu –SP, (PIROLI, 2002).
Tabela 1. Unidades de solo e fragilidade ambiental da bacia do rio Lavapés, Botucatu –SP,
(PIROLI, 2002).
% Ambiental
ha %
0–3 Plano 688,76 6,71 Muito Baixa 1
3–6 Suavemente Ondulado 3243,16 31,60 Muito Baixa 1
6 – 12 Ondulado 4299,36 41,89 Baixa 2
12 – 20 Forte Ondulado 1315,29 12,81 Média 3
20 – 40 Acidentado 622,58 6,07 Alta 4
> 40 Montanhoso 94,06 0,92 Muito Alta 5
Tabela 2. Classes de declividade e fragilidade ambiental da bacia do rio Lavapés, Botucatu –SP.
Tabela 3 – Classes de uso e ocupação do solo e fragilidade ambiental da bacia do Rio Lavapés
- Botucatu (SP).
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ARGENTO, M. S. F.; CRUZ, C. B. M. Mapeamento geomorfológico. In: CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J.
T. (Org.) Geomorfologia: exercícios, técnicas e aplicações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
Cap. 9, 264p.
CARREGA, E.F.B. Diagnóstico integrado de síntese da Bacia do Rio Capivara. Botucatu, 2010,
290p. Tese (Doutorado em Agronomia/Energia na Agricultura), Faculdade de Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista.
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3 ed. São Paulo: Oficina de texto, 2011.
47p.
NASCIMENTO, H. R.; ABREU, Y. V. Geração de Informações sobre a agricultura de energia por meio
das geotecnologias. SCIELO, Campo Grande, v. 13, n. 2, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1518-70122012000200005&lang=pt>. Acesso em: 25 mar.2014.
SANTOS, M. L. M.; MATTOS, M. M.; PIRES, I. O; BROWN, I. F.; ASSIS, W. S. Utilização de imagens
de satélite no mapeamento preliminar do uso da terra e na capacitação de agricultores do médio Rio
Capim - Paragominas/PA. Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 7,
1993, São José dos Campos. Anais... São José dos Campos: INPE, 1993. 15p.
SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: Teoria e prática. São Paulo, Oficina de textos, 2004. 184 p.
USO DE GEOPROCESSAMENTO NA
CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO
CÓRREGO PINHEIRINHO - SP
REVISÃO DE LITERATURA
Geoprocessamento em SIG
Datum
Uma das análises que é feita para delimitação de uma bacia hidrográfica
com procedimentos comuns em analises hidrológicas ou ambientais vem da sua
caracterização por meio da morfometria a partir de parâmetros físicos, como: coeficiente
de compacidade, fator de forma, índice de circularidade e densidade de drenagem,
pois esses fatores possuem grande relevância quanto ao comportamento hidrológico
por estabelecer relações que comparem dados conhecidos determinando valores em
locais que faltam informações e com isso podemos encontrar características como a
área da bacia e sua forma (VILELA; MATTOS, 1975).
Esta última pode variar, geralmente grandes rios apresentam formatos de pera
ou leque, já os menores dependem muito do formato e estrutura geológica do terreno
e para determina-las são usadas formulas que procuram relaciona-las com formas
Tabela 1: Graus de fragilidade ambiental e seus determinados pesos, modelo adaptado de Ross
(1994).
Área de estudo
Santa Cruz do Rio Pardo é banhado por dois principais rios, o Rio Pardo na
porção Sul, que passa pela zona urbana e o Rio Turvo, na porção Norte. Ambos
são afluentes do Rio Paranapanema, pois o município participa do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Médio Paranapanema (CBH-MP), na Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos UGRHI-17 (DEMARCHI; PERUSI, 2017).
Segundo CLIMATE-DATA.ORG, o município apresenta uma altitude média de
478m e índice pluviométrico médio de 1.386 mm por ano. Seu clima é Cwa segundo
classificação de Köppen com temperatura média anual de 22,9 ºC. A vegetação é
classificada como Floresta Estacional Semidecidual conhecida por Mata Atlântica
do interior. E apresenta três principais tipos de solo: Latossolo Vermelho Distrófico,
Latossolo Vermelho Eutróficos e Argilossolo Vermelho Amarelo (DEMARCHI; PIROLI;
ZIMBACK, 2011).
arra de status
Metodologia aplicada
Além dessas, também há uma opção na qual é possível criar uma nova camada
vetorial de shapefile, que é feita através da barra superior de menu, camada > criar nova
camada > shapfile e em seguida abrira uma nova janela onde pode-se escolher o tipo
de shape, como por exemplo ponto, linha ou polígonos. Este tipo de camada foi muito
utilizado na elaboração dos mapas temáticos principalmente na hora de estabelecer
pontos para nascente, linhas para o córrego e até polígonos que indicavam o uso e
ocupação do solo (Figura 6).
Primeiro foi elaborado o mapa de hipsometria utilizando uma imagem que continha
os dados de elevação do terreno encontrado em dados compatíveis com a articulação
1:250.000 no Banco de dados Geomorfométricos do Brasil – TOPODATA, que oferece
o Modelo Digital de Elevação (MDE), feitos por meio de dados SRTM disponibilizados
pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e depois no software QGis,
modificou inicialmente o sistema referencial de coordenadas da imagem para sistema
de coordenadas UTM e datum WGS 84 fuso 22 S, após isso foi modificado o tipo de
renderização da imagem para banda simples falsa cor que classificou a elevação em
5 tipos, e gerou diferentes cores para cada elevação, porém para saber quais eram
mais baixas e mais altas foi necessário gerar curvas de nível a partir do contorno da
área.
Foram elaboradas 5 classes, a primeira com intervalos entre 440 – 485 m, a
segunda 486 – 530 m, a terceira 531 – 575 m, quarta 576 – 620 m e a última 621 – 665
m.
O mapa de declividade foi construído com os dados também obtidos do Banco
de dados Geomorfométricos do Brasil – TOPODATA, que antes de iniciar é preciso
ficar atento, pois é sempre necessário converter as imagens SRTM de coordenadas
geográficas em UTM para poder achar a declividade. Após a conversão, foi criada uma
imagem do terreno com valores da declividade em porcentagem e depois modificou
o tipo de renderização para banda simples falsa cor classificando a declividade em 5,
Tabela 4: Fragilidade das classes de uso e ocupação de terra, adaptado de Ross (1994).
Em todos os mapas temáticos foi realizado o cálculo de área para todas as classes
a partir das tabelas de atributos, com a ferramenta calculadora foi possível encontrar
valores de cada área em hectares e também suas respectivas porcentagens.
A edição final dos mapas também foi realizada no software QGis 2.18, inserindo
grades, coordenadas, símbolos, legendas e escalas. E então foram feitas análises e
interpretações dos resultados obtidos elaborando os mapas de fragilidade ambiental
referente a área de estudo para atingir os objetivos propostos na pesquisa.
4 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Declividade
Solos
Legislação Ambiental
Resultados da Morfometria
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BALESTRIN, D.; BALBINOT.R.; VALERIUS. J. Código florestal e aplicações práticas na pequena
propriedade rural. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – REGET.
UFSM, Santa Maria, v.14. nº14. p.2885- 2892. Set, 2013.
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Áreas de Preservação Permanente. Publicada no DOU nº 90 de 13/05/2002.
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MATERIAL E MÉTODOS
Tabela 2. Descrição das bandas utilizadas do Landsat 8/OLI, na área de estudo, localizada nas
proximidades do município de Guarda-Mor – SP.
Índices de Vegetação
Onde:
Onde:
SAVI é Índice de Vegetação Ajustado ao Solo;
Utiliza-se L=0,25 para superfícies com alta densidade de vegetação, L=0,5 para
superfícies heterogenias e L=0,75 para solo exposto. Devido a área de estudo ter
características de superfície heterogênea nos dois períodos, utilizou-se o valor do
coeficiente L igual a 0,5 (DEMARCHI et al, 2011; RÊGO et al, 2012).
Os índices calculados bem como a análise visual das imagens do satélite
Landsat-8 em composição verdadeira (RGB-432), auxiliam o monitoramento de
diferentes cenários (irrigados ou não irrigados) e épocas (úmido e seco), conforme a
presença da vegetação sobre o solo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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00044-7. (INPE-15962-PRE/10571).
MATERIAIS E MÉTODOS
A área alvo do imageamento está situada localizada na Fazenda Escola Prof. Dr.
Eduardo Meneghel Rando, estabelecida dentro da Universidade Estadual do Norte
do Paraná – Campus Luiz Meneghel (UENP/CLM), na cidade de Bandeirantes - PR,
caracterizada por uma extensão de três (3) hectares.
Na Figurs 1 é demonstrado os segmentos onde foi desenvolvido o levantamento
com o plano de voo da RPA, apontando a rota da missão para captura das imagens
com objetivo de construção do mosaico ortorretificado. As imagens foram obtidas
em julho de 2017 por meio de uma aeronave remotamente pilotada (RPA) do tipo
multirrotor (Quadrirrotor), modelo MAVIC Pro da DJI.
O sistema Compass realiza a leitura da informação geomagnética com o auxílio
do GPS (Global Position System) aumentando a acurácia do cálculo da posição e
altura da RPA. A aeronave também possui um sistema de estabilização da câmera,
um Gimbal de três eixos, que auxilia na qualidade das imagens obtidos da plataforma
durante o voo, possibilitando uma boa coleta de imagens.
O sensor acoplado na RPA para aquisição das imagens, CMOS de ½, 3 pol para
captura de imagens a 30 fps, possui resolução de 4000 x 3000, com 12 Megapixels,
com comprimento focal de 4.73 mm, capaz de gerar imagens com GSD (Ground
Sample Distance) de até 1,38 cm/pix. Os modos de captura de imagens disponíveis
incluem disparo senquencial, contínuo e de modo intervalado. A velocidade para
capturar as imagens foi estipulada em 7 m/s (aproximadamente 25,2 km/h), podendo
haver variação dependendo da velocidade e direção do vento.
As imagens possuem recobrimento/sobreposição frontal (Overlap) de 80% e
lateral (Sidelap) de 80%. Considerando o tamanho físico e a distância focal do sensor,
a altura máxima do voo foi estipulada em 65 metros, observando também as condições
do levantamento e o regulamento especial da Anac, que define as regras gerais para o
Em que:
Ac = Área coberta
Av = Altura do voo em relação ao solo
Df = Distância focal
Ls = Largura do sensor
Cs = Comprimento do sensor
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quanto maior for a elipse com relação localizações estimadas da câmera (pontos
pretos), menos confiável será os valores deste perímetro, tanto da elipse, quando da
região na qual compõe. Outro importante parâmetro derivado a partir da detecção
automática de pontos homólogos utilizando a modelagem do aplicativo foi a geração
do Modelo Digital de Elevação (Figura 3), com densidade de ponto de 82,34 (nuvem
de pontos por metro quadrado).
Tal operação foi produto de uma densa nuvem de pontos. O tempo de vôo,
de acordo com o planejado, durou em torno de quinze (15) minutos e cinquenta e
cinco (55) segundos. Posteriormente, as imagens foram processadas para gerar o
ortomosaico, levando pelo aplicativo aproximadamente oitenta (80) minutos.
Desta forma, se somado o tempo de voo do RPA ao processamento das imagens,
temos como resultado um período total de levantamento topográfico, de uma área com
extensão de três (3) hectares, noventa e cinco (95) minutos e cinquenta e cinco (55)
segundos. Com relação ao tempo desprendido ao se utilizar técnicas de levantamento
topográfico convencional, fazendo-se uso de Estação Total, pesquisadores (VOGEL
et al., 2011), prospectaram uma área de vinte (20) hectares, com tempo de vinte e
sete (27) horas em campo, bem como, de seis (6) horas de pós-campo em escritório,
totalizando trinta e três (33) horas de prospecção e finalização (em caso de condições
climáticas adequadas) em uma mesma área de estudo, uma vez que métodos
tradicionais existe os entraves de acessibilidade restrita e/ou terreno acidentado.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1] RODRIGUES, B. T.; RODRIGUES, M. T.; CAMPOS, S.; CAMPOS, M.; TARUMOTO, M. B.
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[2] FALKNER, E. Aerial Mapping. Methods and Applications, Boca Raton. 1ed. 322p, 1995.
[3] VOGEL, E.; MARQUES, F. P.; ROCHA, I. R.; OLIVEIRA, R. C.; SARAIVA, C. C. S. Estudo de
caso de um levantamento topográfico altimétrico realizado com estação total e laser Scanning
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levantamento-topografico-altimetrico-realizado-com-estacao-total-e-laser-scanning-terrestre/>. Acesso
em: 09 out. 2017.
Alba Maria Guadalupe Orellana Gonzales que a Legislação Ambiental não está sendo
Flávia Luize Pereira de Souza cumprida, ainda faltam muitas áreas que
Mateus de Campos Leme necessitam enquadrar-se para cumprir com a
Diego Augusto de Campos Leme legislação.
Sérgio Campos PALAVRAS-CHAVE: Geoprocessamento,
Morfometria, Microbacia, CAR.
GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO CAR
NA BACIA ÁGUA DA ONÇA AVARÉ, SP: UMA
INTRODUÇÃO
ANÁLISE AMBIENTAL
Os recursos hídricos têm um lugar
especial no contexto dos recursos naturais que
RESUMO: O conhecimento das características
existem no planeta, isso se deve a que a água é
fisiográficas de uma bacia é fundamental para
sua gestão. O objetivo do presente trabalho foi vital para a vida na terra. É parte importante do
avaliar a morfometria e uso e ocupação da terra meio ambiente, sendo um elemento essencial
na microbacia Córrego Água de Onça, Avaré, a vida humana. A água e fundamental para a
SP, e mais especificamente em sua área de qualidade de vida e para o desenvolvimento
preservação permanente, utilizando técnicas socioeconômico dos povos (SHIKLOMANOV,
de geoprocessamento. Os valores encontrados 2000).
para o Fator de Forma, o índice de circularidade Nas décadas recentes, a sociedade
e o coeficiente de compacidade da microbacia, tem tomado consciência de que os recursos
apresentaram um formato comprida/ovalada/ naturais e particularmente os hídricos são
redonda, indicando que a microbacia vai limitados, em consequência devem ser usados
acumular água na parte superior que indicaria de forma racional e eficiente, procurando o
uma microbacia com tendência à conservação desenvolvimento sustentável das sociedades
más como o exutorio é muito estreito ocasiona humanas. O anterior significa satisfazer as
que a velocidade de escoamento do caudal
demandas presentes e futuras com um mínimo
aumente provocando alta à mediana tendência
prejuízo ambiental.
à enchentes, inundações e erosões. Porém pela
De acordo com a Lei 9433 implementada
baixa densidade de drenagem é possível inferir
no Brasil em 1997 a gestão de recursos
que o solo tem uma baixa permeabilidade. Foi
hídricos tem como unidade de estudo a bacia
possível identificar através dos dados do CAR
Geoprocessamento Aplicado no Planejamento de Bacias Hidrográficas Capítulo 10 96
hidrográfica (BRASIL, 1997), sendo também essa mesma unidade de estudo a utilizada
para estudar os diferentes usos do solo. (EROL; RANDHIR, 2013). A dinâmica da
paisagem se deriva das interações de fatores sociais, econômicos, físicos e biológicos,
em que práticas inadequadas de uso do solo como o desmatamento, pastagem com
manejo inadequado, falta de planejamento para a expansão das atividades agrícolas,
e o crescimento urbano desordenado afetam o funcionamento da bacia hidrográfica,
alterando o ciclo hidrológico que resulta em problemas ambientais como a erosão,
inundações e a eutrofização (AGATON; SETIAWAN; EFFENDI, 2016).
No Brasil para avaliar a situação ambiental dos imóveis rurais tem se desenvolvido
o Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado pela Lei nº 12.651/12, (BRASIL, 2012) é um
registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais. As informações obtidas com
essa ferramenta de gestão territorial irão compor uma base de dados estratégica para
o controle, o monitoramento e o combate ao desmatamento das florestas e demais
formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para o planejamento ambiental e
econômico dos imóveis rurais. A partir dessa base, o país terá informações importantes
sobre a situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), Áreas de Reserva
Legal, Áreas de Uso Restrito, florestas e remanescentes de vegetação nativa e áreas
consolidadas das propriedades rurais de todo o País.
Considerando isso, a utilização do CAR apresenta-se como uma importante
ferramenta para avaliar nos imóveis rurais o uso do solo e a situação em quanto o
cumprimento da legislação ambiental, assim mesmo ferramentas de geoprocessamento
também permitem a análise morfométrica de bacias, que é o diagnóstico das condições
fisiográficas, através dos parâmetros de análise, tais como: fator de forma, densidade
de drenagem, declividade do terreno entre outros, estes, servem de indicadores de
suscetibilidade à degradação ambiental (LEAL;TONELLO, 2016).
Com isso, é possível uma avaliação ambiental integrada dos fatores físicos e uso
e ocupação do solo da bacia, explicitando as tendências morfométricas e práticas de
gestão ambientais mais adequadas à bacia.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a morfometria e uso e ocupação da
terra na bacia Córrego Água de Onça, Avaré, SP, e mais especificamente em sua área
de preservação permanente, utilizando técnicas de geoprocessamento.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2 - Classificação dos Imóveis da Microbacia Córrego Água da Onça, Avaré-SP, segundo
o número de módulos fiscais compreendidos
Figura 4 - APP, Reserva Legal e Área de Influência Córrego Água da Onça, Avaré– SP
Tabela 3 - Áreas de APP, Reserva Legal, Vegetação Nativa na APP e na Reserva Legal na
Microbacia Córrego Água da Onça, Avaré-SP, e na Área de Influência (ha).
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AGATON, M.; SETIAWAN, Y.; EFFENDI, H. Land use/land cover change detection in an urban
watershed: a case study of upper Citarum Watershed, West Java Province, Indonesia. Procedia
Environmental Sciences, v. 33, p. 654 –660, 2016.
BRASIL. Lei Federal nº 9.433, de 08 de Janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, regu- Brasília a. 49 n. 194 abr./jun. 2012 157 lamenta o inc. XIX do art. 21 da Constituição
Federal, e altera o art. 1o da Lei no 8.001, de 13.03.1990, que modificou a Lei no 7.990, de
29.12.1989. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 9 jan. 1997.
BRASIL. Lei n.12651, de 25 de Maio de 2012, Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera
as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 mai. 2012. Disponível em:< http://www.
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ATRIBUTOS DO SOLO
MATERIAIS E MÉTODO
Revisão Bibliográfica
O levantamento das informações dos parâmetros edáficos foi feito a partir dos
bancos de dados da empresa no período de 2009 a 2017, no qual obteve-se os
atributos de potencial hidrogeniônico (pH), matéria orgânica
(MO), fósforo resina ( Presina), alumínio-acidez trocável , acidez potencial
, potássio (k), cálcio (Ca), magnésio (Mg), soma de bases (SB), capacidade de troca
de cátions (CTC), saturação por bases (V%).
Os parâmetros definidos como prioritários para a elaboração do presente projeto
são . Ressaltando que a escolha foi definida de acordo
com o estudo prévio citado.
A estatística descritiva foi aplicada aos parâmetros de solo, temos a (Tabela 1) que
expressa o valor mínimo e máximo, média, desvio padrão, coeficiente de assimetria e
coeficiente de curtose referente às áreas de estudo.
Para fósforo (P), a teoria é mais extensa conforme descrito amplamente por
Novais (1999). Esse nutriente é provavelmente o mais estudado em condições
tropicais devido aos seus baixos teores trocáveis (abaixo de 5 mg dm-3) na maioria
dos solos brasileiros e à elevada capacidade de adsorção de P pelo solo. Entretanto,
o fósforo difere em exigências para o eucalipto, havendo grande necessidade durante
a implantação e mostrando queda exponencial do seu nível crítico de manutenção ao
longo do ciclo da cultura do eucalipto (NOVAIS et al., 1986).
O mapa do elemento Cálcio (Ca) mostra que os valores mais altos das estimativas
estão concentrados na região oeste, o que esta relacionado com o pH do solo, (Figura
4).
O mapa do elemento Magnésio (Mg) mostra que os valores mais altos das
estimativas estão concentrados na região periférica a oeste tendendo aumentar a
região central do tralhão, já o elemento Fósforo (P) tende apresentar teores baixo
de forma geral em toda área, com apenas pequenas áreas restritas com elevados
teores(Figura 7).
O mapa do elemento Magnésio (Mg) mostra que os valores mais altos (6,36 a
8,99) das estimativas estão concentrados na região noroeste, já o elemento Fósforo
(P) tende apresentar teores baixo de forma geral em toda área, com apenas pequenas
áreas restritas com elevados teores ao norte (Figura 9).
Figura 14. Interpolação do atributo K e M.O cultivado com eucalipto área “E”
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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