Aula 01
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| | -
O a
−→
Um real a é identificado com o ponto P de abcissa a ou com o vetor OP definido pela
origem da reta e pelo ponto P.
Definição 1.3. Dados dois vetores x = (x1 , x2 , ..., xn ), y = (y1 , y2 , ..., yn ) ∈ Rn , define-se
uma adição x + y e uma multiplicação por um escalar αx (onde α ∈ R) por
Observação 1.5. O elemento zero da adição é o vetor nulo 0 = (0, 0, ..., 0) e o simétrico
de x = (x1 , x2 , ..., xn ) é −x = (−x1 , −x2 , ..., −xn ).
Definição 1.7. O produto interno euclidiano (ou produto escalar usual) de dois vetores
x = (x1 , x2 , ..., xn ), y = (y1 , y2 , ..., yn ) ∈ Rn representa-se por x · y ou hx, y i e é o real
definido por
x · y = x1 y1 + x2 y2 + · · · + xn yn .
Exemplo 1.8. Em R5 ,
A noção de ângulo entre dois vetores pode ser generalizada a vectores de Rn , usando a
desigualdade de Cauchy-Schwarz.
|x · y | ≤k x kk y k⇔
|x · y |
⇔ ≤1⇔
k x kk y k
x ·y
⇔ −1 ≤ ≤ 1.
k x kk y k
Como é sabido, se θ é um ângulo cuja medida varia entre 0 e π, então cos θ percorre
todos os valores entre −1 e 1. Este facto e as desigualdades acima permitem a seguinte
definição.
Definição 1.17. Sejam x e y dois vetores de Rn . O ângulo θ formado pelos dois vetores
é o ângulo tal que 0 ≤ θ ≤ π e
x ·y
cos θ = .
k x kk y k
√
Exemplo 1.18. Em R5 , consideremos os vetores (1, 1, 1, 0, 1) e (−1, −1, −1, 6, 0) e
representemos por θ o ângulo por eles formado. Então,
√
(1, 1, 1, 0, 1) · (−1, −1, −1, 6, 0)
cos θ = √
k (1, 1, 1, 0, 1) kk (−1, −1, −1, 6, 0) k
−3 .
= √ √
4 9
1
=−
2
O ângulo θ ∈ [0, π] cujo cosseno é − 21 é o ângulo θ = 2π
. Assim, o ângulo formado
√ 3
pelos vetores (1, 1, 1, 0, 1) e (−1, −1, −1, 6, 0) é 2π3
.
Definição 1.19. Dois vetores dizem-se ortogonais se o ângulo formado por eles for um
ângulo reto.
Observação 1.20. Dois vetores são ortogonais se e só se o ângulo por eles formado for
π
2
, ou seja, se e só se o produto interno euclidiano entre eles for nulo.
e1 · e2 = 1 × 0 + 0 × 1 + 0 × 0 = 0
e1 · e3 = 1 × 0 + 0 × 0 + 0 × 1 = 0
e2 · e3 = 0 × 0 + 1 × 0 + 0 × 1 = 0
k e1 k=k e2 k=k e3 k= 1.
Como já vimos no Exemplo 1.21, o conjunto {e1 , e2 , e3 } é ortogonal. Logo, {e1 , e2 , e3 } é
ortonormado. Ao conjunto {e1 , e2 , e3 } chamamos base canónica de R3 .
x × y = (x2 y3 − x3 y2 , −x1 y3 + x3 y1 , x1 y2 − x2 y1 ).
x × y = (2 × 6 − 3 × 5, −1 × 6 + 3 × 4, 1 × 5 − 2 × 4) = (−3, 6, −3).
Verifica-se que (−3, 6, −3) · (1, 2, 3) = 0 e (−3, 6, −3) · (4, 5, 6) = 0, ou seja, o vetor
x × y é ortogonal ao vetor x e ao vetor y .
[x, y , z] = x · (y × z)
O volume do paralelipı́pedo definido por três vetores x, y e z é dada por |[x, y , z]|.
Consideremos a reta que passa num ponto A e que tem a direção de um vetor b.
−
→
Representemos por a o vetor com origem em 0 e extremidade em A (ou seja, a = 0A).
É claro que o vetor r de origem em 0 e extremidade final num ponto R da reta pode ser
escrito como
r = a + λb,
onde λ ∈ R.
ou, equivalentemente,
x − a1 y − a2 z − a3
= = = constante.
b1 b2 b3
Considerando o produto externo de cada um dos membros da equação r = a + λb e b,
temos
r × b = (a + λb) × b
Como b × b = 0, obtemos uma equação alternativa para a reta:
(r − a) × b = 0.
Exemplo 1.34. Se A(1, 2, 3) e b = (−1, 0, 4), temos que a reta r que passa pelo ponto
A e tem a direção do vetor b é dada pela equação (x − 1, y − 2, z − 3) × (−1, 0, 4) = 0,
ou seja,
(4y − 8, −4x − z + 7, y − 2) = (0, 0, 0).
(r − a) · n = 0.
Exemplo 1.35. Se A(1, 2, 3) e b = (−1, 0, 4), temos que o plano π que contém o ponto
A e tem vetor normal b é dado pela equação (x − 1, y − 2, z − 3) · (−1, 0, 4) = 0, ou
seja,
−(x − 1) + 4(z − 3) = 0.
Por definição, uma esfera é o conjunto de todos os pontos do espaço que são
equidistantes a um ponto fixo do espaço, sendo essa distância comum igual ao raio da
esfera.
||r − c||2 = (r − c) · (r − c) = a2 ,