ALEM de VEGAS - Gravida Do Pai D - Lucas, Mario
ALEM de VEGAS - Gravida Do Pai D - Lucas, Mario
ALEM de VEGAS - Gravida Do Pai D - Lucas, Mario
ALÉM DE VEGAS
GRÁVIDA DO PAI DA MINHA MELHOR AMIGA
1ª Edição
Capa: LA Design
Revisão: Gláucia Padiar
Betagem: Jéssica Figueiredo, Alessandra Portechel.
Diagramação: April Kroes
Ilustração: @aika_ilustra
Sumário
Sinopse
Nota
Atenção
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo
Outras obras
S I N O P S E
Gravidez Inesperada.
Age Gap.
Pai da melhor amiga.
Chefe e secretária.
EMMA COSTANTINO
Eu sempre soube o que queria na vida: a primeira,
era me realizar profissionalmente, e a segunda, casar
com o meu príncipe encantado, o homem que havia
escolhido para formar uma família.
Tudo teria sido perfeito se não tivesse descoberto a
sua traição, ou se tivesse recusado o convite de
casamento de uma amiga em Las Vegas. Acreditei que
uma noite naquela cidade seria o suficiente para me
divertir e afogar as mágoas. Mas não contava acordar ao
lado de um deus grego completamente pelado.
Giancarlo não era apenas o italiano mais poderoso,
misterioso e controlador que conhecia. Ele era o meu
chefe, e o pai da minha melhor amiga.
GIANCARLO RUGGIERO
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P R Ó L O G O
2 a n o s a n t e s ...
At u a lme n t e ...
EMMA COSTANTINO
Acordei me sentindo tão feliz e adorada que, por um
instante, acreditei ser mentira. Porém, quando enfim
consegui enxergar direito o homão deitado de bruços ao
meu lado, não pude fazer nada além de sorrir.
Meu peito trovejou devido às intensas batidas do
meu coração, a minha pele inteira ainda ardia devido à
pegada do Giancarlo, o toque grosso, cada mordida.
Dessa vez, conseguia lembrar de absolutamente
tudo, desde o jantar romântico até a nossa chegada ao
hotel cinco estrelas, onde transamos quase a noite toda.
Estávamos na suíte presidencial, o lugar era enorme e
tão lindo que dava a impressão de nos encontrarmos em
meio às nuvens, nuvens com cheiro de sexo intenso.
Admirei Giancarlo dos pés à cabeça, senti vontade
de morder a sua bunda máscula, porém, me controlei.
Me deitei sobre as suas costas, pousei a minha cabeça
sobre a dele com delicadeza, e tudo continuaria perfeito
se Giancarlo não tivesse, em meio ao seu sono
profundo, sussurrado aquele nome mais uma vez:
— Aurora... meu amor.
Fechei os olhos com força, decepcionada.
Quando aconteceu o mesmo em Las Vegas, não
gostei, apesar de, naquele dia, não lembrar de nada do
que tínhamos feito na noite anterior. Mas agora era
diferente, eu lembrava de tudo e, talvez por isso
estivesse doendo tanto.
Com o coração comprimido dentro do peito, me
levantei com calma, fazendo o possível para não acordá-
lo. Vesti a minha roupa, tentei organizar o cabelo mesmo
sem me esforçar para ir até o banheiro, catei os meus
sapatos, a minha bolsa e fui embora, certa de que me
envolver com Giancarlo Ruggiero não era uma opção.
Passei o resto do dia abalada, tentei me
conscientizar de que ficar triste não era correto, afinal,
eu e ele não tínhamos nada. Foi apenas um sexo casual,
sem promessas, sem nada. Não passaria daquilo.
Na segunda-feira, pensei que conseguiria cumprir
normalmente todas as demandas que o Filippo havia me
passado, mas me surpreendi quando Giancarlo apareceu
do nada, colocando as mãos sobre o balcão que cercava
o meu cubículo, com uma cara de poucos amigos.
— Giancarlo? O que está fazendo aqui? — Fiquei
surpresa, paralisei com os documentos em minhas mãos,
estava imprimindo um processo enorme.
— Será que podemos conversar em particular? —
perguntou em um tom exigente, parecia que estava me
dando uma ordem.
— Agora? Não posso, se não notou estou muito
ocupada. Além disso, o Filippo precisa de mim. — Olhei
para a sala do meu chefe que estava em reunião com um
cliente.
Giancarlo seguiu o meu olhar, depois me encarou.
— Ele não parece estar precisando de você agora —
argumentou.
— Mas pode, o Filippo é imprevisível, você sabe. —
Forcei um sorriso. Tirei os documentos impressos da
impressora e empilhei sobre os outros que estava
organizando.
Giancarlo bufou, irritado. Foi quando decidiu ser um
babaca:
— Acima dele, estou eu. Eu mando nessa firma.
Então quando te dou uma ordem, você deve obedecer —
afirmou, severo, e o pior é que não parecia estar para
brincadeira.
Chocada, o olhei, incrédula.
— Está falando sério? — Neguei com a cabeça,
continuei o meu trabalho. — Sinto muito, não é se
comportando assim que vai conseguir algo de mim.
Giancarlo tamborilou os dedos sobre o balcão, não
estava disposto a perder:
— Ah, então quer falar sobre comportamento? — Me
encarou ainda mais sério, diria até, fulminante. —
Poderia começar explicando o motivo de ter me deixado
ontem sozinho naquele hotel?
Então era isso que o feria, no entanto, mais ferida
estava eu, que só de olhá-lo ali querendo satisfação,
ficava emputecida. Me dava raiva o fato dele se
comportar como se não soubesse o que tinha dito
enquanto dormia. Para o inferno se ele estava dormindo!
Ele sabia, pelo menos tinha a obrigação de saber!
— Acha mesmo que esse é o melhor lugar para
falarmos sobre isso? — Observei ao redor, pessoas
circulavam de um lado a outro, qualquer enxerido
poderia nos ouvir.
— Foi por isso que te convidei para conversarmos
em particular — Giancarlo explicou, devagar, com um
sorriso cínico, apesar do seu olhar persistir com a
mesma ferocidade, uma raiva capaz de me desequilibrar.
Bufei, derrotada.
— Onde? — perguntei.
— Na sala de reuniões. — Ele apontou com o queixo
para o caminho que seguiu, todo arrogante. Maldito.
Olhei uma última vez para Filippo, ele estava
distraído dialogando com o cliente.
Respirei fundo, busquei coragem antes de deixar o
meu posto de trabalho. Precisei de mais coragem ainda
quando entrei na sala, onde Giancarlo terminava de
descer as persianas da fachada de vidro, nos isolando
do mundo lá fora.
— Olha aqui, não me importa se você é o Sócio-
Gestor dessa firma. Não tem o direito de chegar no meu
trabalho e me coagir para conseguir o que quer! — Ergui
o dedo, furiosa. Se ele queria o meu pior lado, havia
conseguido!
— Não te coagi, você veio por livre e espontânea
vontade. — Giancarlo colocou as mãos nos bolsos, logo
depois de trancar a porta.
— Isso é mentira, e se quer saber o motivo de eu ter
ido embora, vou te falar...
— Sou todo ouvidos. — Ele parou à minha frente,
realmente queria me ouvir.
— Não vai dar certo! — Continuei, olhei no fundo
dos seus olhos cor de avelã. — Me dei conta disso
quando acordei. Foi por isso que saí, queria que
entendesse que o que aconteceu deve parar por ali.
— O que mudou quando você acordou? — O infeliz
estava desconfiado. Ele deu mais um passo à frente e eu
recuei. — Porque parecia bem satisfeita na noite
anterior.
Sorri, nunca imaginei Giancarlo tão debochado, mas
ele estava motivado pelo ódio. O problema, é que, nesse
momento, o odiava também, mas não queria passar pela
situação de ter que lhe contar o verdadeiro motivo.
— Eu não quero, muito menos você, então pare com
isso! — Tentei fugir, mas Giancarlo me segurou pelo
braço e me colocou contra parede.
— Emma, ainda estamos conversando. — Espalmou
a outra mão acima da minha cabeça, o desgraçado era
grande e a sua colônia já inundava os meus sentidos.
— Giancarlo, essa conversa acabou! — Fiquei
agoniada, minhas bochechas queimavam apenas com a
sua proximidade.
— Acabou? Então acabou o que nem começamos?
— Sabia que ele falava em duplo sentido.
— Isso. Acabou.
— Então repete o que disse olhando nos meus olhos
— exigiu, ficou ainda mais perto, me encurralando.
Nossos corpos se encostaram.
A contragosto, ergui o rosto, mal notei que a minha
respiração acelerava, que as minhas coxas se
comprimiam. Seria impossível, talvez eu não tivesse
coragem.
— Giancarlo, por favor... — implorei, no instante em
que ele roçou a sua barba em meu pescoço, dominador,
uma tentação do diabo!
— Ou você diz a verdade, Emma, ou vou te foder
bem aqui — ameaçou em rosnado, na minha orelha,
fiquei arrepiada. — E é melhor gemer baixo, do
contrário, todo mundo lá fora vai te escutar. —
Mordiscou a minha carne, momento em que traí a minha
consciência, a raiva que sentia.
Giancarlo arrastou a língua perigosa por minha
bochecha. Foi ali que gemi e o beijei. Tomei a sua boca
com a mesma selvageria que ele tomou a minha.
C A P Í T U L O 2 1
GIANCARLO RUGGIERO
Assim que me separei da Emma, segui para o meu
escritório com uma dor de cabeça incontrolável. Apesar
de ter mantido a serenidade à sua frente, também estava
nervoso por dentro, afinal, mais um filho à essa altura do
campeonato, nem de longe podia ser cobiçado.
Fora essa grande responsabilidade, ainda tive que
ouvir aquelas palavras da Emma. Ela não estava errada,
qualquer garota em seu lugar provavelmente sentiria o
mesmo. Não tínhamos nada, afinal, sequer podíamos
chamar de relacionamento.
Foram apenas sexos esporádicos, os melhores da
minha vida, talvez, mas não significava sentimento.
Tudo bem que não seríamos o primeiro casal a fazer
um bebê desse jeito, porém, essa situação me fez
entender outra vez o quanto eu tinha mudado após me
envolver com a Emma. E enquanto caminhava
estressado por minha sala, cocei a garganta, tive
vontade de beber álcool, um velho hábito que havia
retornado após comer aquela boceta!
Ouvi uma batida na porta, minha secretária pediu
licença e entrou.
— É o senhor Sartori. Ele quer falar com você —
informou.
— Diga que não posso agora. — Tudo o que não
precisava naquele momento, era do Vito enchendo o
meu saco. Fui até a minha cadeira e me sentei.
— Ele disse que é urgente — ela insistiu.
Bufei, sem escolha. Então assenti. O infeliz estava
parado a uma certa distância da minha sala, encarando-
me pela fachada de vidro com aquela aura sombria que
costumava lhe acompanhar. Ele atravessou a porta logo
após a secretária sair, carregava um processo criminal
que colocou sobre a minha mesa.
— Giancarlo, bom dia. É sobre esse caso,
aconteceu em uma das maiores empresas de tecnologia
do mercado... — começou a explicar.
— Eu sei, o CEO da Bel Gioco está sendo acusado
de assassinato. — Analisei as páginas superficialmente,
já tinha lido algumas notícias.
— Estou de olho neles já faz tempo. Essa é a
oportunidade perfeita de trazê-los para a nossa firma. —
Os olhos do Vito brilhavam, ele estava empolgado, o
Direito Criminal era a sua vida, não sabia como ele
estava conseguindo se sustentar no Direito
Previdenciário, fruto do meu castigo.
— Seria se já não estivéssemos com duas das suas
maiores concorrentes — ressaltei. Fechei o processo,
me encostei à cadeira.
— Eu sei disso, mas é algo fácil de resolvermos. Um
acordo entre as três empresas e a Gagliardi-Ruggiero
sairia por cima.
— Você é ambicioso, Vito. Gosto disso. — Cruzei as
mãos, o analisei. — Mas tentar alcançar esse trunfo com
o CEO da Bel Gioco sendo acusado de assassinato... —
Neguei com a cabeça. — Não é um bom momento.
— É o momento perfeito! — Ele cruzou as pernas,
empolgado. Sorriu maliciosamente. Vito tinha um
semblante naturalmente malvado, assustava os
advogados da concorrência. — O CEO da Bel Gioco está
vulnerável, irá precisar dos melhores para fazer o
trabalho que a sua equipe jurídica fraca é incapaz de
fazer. E todo mundo nessa cidade sabe que não há
ninguém melhor do que nós!
— Melhor do que você, é o que quer dizer — o
corrigi, algo que o atingiu, deixou o seu olhar ainda mais
afiado.
— Continuar me exilando naquele maldito setor
previdenciário não será bom para mim e muito menos
para a firma. Você sabe disso, Giancarlo.
Respirei fundo, sem tirar os olhos dos dele.
— Eu vou pensar — cogitei. Era um lance arriscado,
mas uma firma que se preze sempre corria riscos se o
prêmio valesse a pena.
— Não temos tempo. Preciso agir agora — Vito
afirmou, sério e impaciente.
Ele nunca foi do tipo que pedia antes de agir, fazia
o estilo rebelde. No entanto, os últimos acontecimentos
entre nós dois o fizeram trabalhar com mais cautela.
— Eu disse que vou pensar, caramba! Não é tão
simples assim. Espere a minha resposta — decretei.
A contragosto, ele se levantou e assentiu,
insatisfeito. Respirei com calma quando o infeliz foi
embora, coloquei todas as demandas do dia em ordem,
inclusive a dele. O sol estava se pondo quando
investiguei o caso da Bel Gioco a fundo, era mesmo uma
boa oportunidade.
Quando liguei para os nossos clientes, tive uma
surpresa: Filippo já tinha se adiantado. A Gagliardi-
Ruggiero já era a nova equipe jurídica do CEO acusado
de assassinato.
— Porra! — xinguei, prevendo o problema, no
instante em que Filippo entrou na minha sala com um
contrato em mãos, provavelmente o da nossa nova
cliente. — Por que não me comunicou que havíamos sido
contratados pela Bel Gioco? — Me levantei, irritado.
— Estou vindo comunicar agora. — Ele me entregou
o documento, sem entender a minha reação. Li aquelas
palavras superficialmente, apenas o que mais importava.
Estava tudo fechado. — Por que acha que hoje de
manhã saí correndo às pressas com o Tomás daquele
jeito? Não podíamos perder a oportunidade.
— Você fez uma reunião com os nossos clientes
sem a minha participação! — contestei.
— Eu tentei falar com você, Giancarlo, mas não te
encontrei. Não podíamos perder tempo. Só come a
melhor fatia quem chegar primeiro. — Filippo apoiou a
mão direita sobre a minha mesa, encarou-me
profundamente. — Aliás, onde você estava hoje cedo?
Com a Emma? — disparou, desconfiado, mas não
entreguei o jogo.
— O quê? Não mude de assunto! Você devia ter me
esperado. — Voltei a me sentar, ele fez o mesmo, à
minha frente. — Ou me contado quando me viu naquele
momento.
— Por que isso está te incomodando tanto? O que
está acontecendo?
— Vito Sartori está interessado nesse caso. Eu
disse que ia pensar, não quero sair de mentiroso ou
parecer que estava apenas ganhando tempo pra você —
expliquei, encarei a tela do notebook.
Filippo ficou calado por um instante.
— Tem algo mais. — O observei, notei seu olhar
afiado. — Vito é difícil, mas essa questão é algo que
pode ser conversado. O que não está me contando? — O
infeliz coçou a barba, desconfiado.
— Se acha que assessorar três empresas
concorrentes não serve de bomba-relógio, está
enganado! Ainda mais quando uma delas está sendo
acusada de assassinato — reclamei, sem paciência. — É
melhor fazer essa merda direito, não admitirei erros!
Aproveite e trabalhe com o Vito.
— O Tomás me é suficiente.
— Isso não é um pedido, Filippo! — O encarei,
impassível. Ele se levantou, irritado.
— Não sei que bicho te mordeu, Giancarlo, mas
você sabe que só trabalho sozinho!
— Então talvez seja a hora de aprender a
importância de um grupo! — aumentei a voz, não lhe
deixando escolhas. Filippo engoliu o que estava prestes
a me dizer, encarou-me com um ódio absurdo antes de
me dar as costas e ir embora.
C A P Í T U L O 2 4
GIANCARLO RUGGIERO
Era quase meio-dia quando saí do meu escritório
com o peso do mundo nas costas. O vídeo da loucura
que fiz com a Emma em Las Vegas já estava ganhando
algumas páginas de fofoca, fora o caos que aquela
notícia criou na firma.
E enquanto marchava para a sala de reuniões onde
todos os sócios me aguardavam, lembrei da maneira
como repreendi o Enzo na noite anterior, assim que
descobri a tragédia que ele tinha realizado:
EMMA COSTANTINO
Cheguei ao meu apartamento no final da tarde,
havia acabado de retirar os saltos quando escutei a
campainha tocar. Caminhei descalça até a porta,
observei pelo olho mágico, era a Ágata. O meu
estômago congelou ao mesmo tempo em que tive a
certeza: se ela tinha saído da sua casa e se afastado
dos seus bebês apenas para me procurar, era porque já
sabia do maldito vídeo.
Fechei os olhos por um instante e respirei fundo
antes de recebê-la. Não tinha mais como fugir daquele
assunto, precisava enfrentá-la.
— Ágata? Entre. — Apontei para dentro do
apartamento, ela entrou com um semblante perturbado,
parecia nervosa. — Sei porque está aqui — afirmei,
assim que fechei a porta.
— Que bom — assentiu, ruborizada de raiva. —
Porque eu vim aqui para dizer que acreditava que você
era a minha amiga!
— Mas eu sou sua amiga! — respondi.
— Que amiga mente para a outra? Que amiga
esconde que transou e se casou com o meu pai? —
Perdi a fala, não soube o que dizer. Era como se, por
três segundos, não soubesse respirar. — Sim, porque eu
não sou burra, vocês com certeza transaram. Ele era o
cara que você ficou em Las Vegas! — me acusou, de
dedo erguido.
— Sim, era o seu pai — assumi. Ágata fechou os
olhos e me deu as costas. Caminhou pela sala, era
evidente que estava decepcionada e irritada. — Ágata,
eu juro que quis te contar. Várias vezes quis falar, mas
como?! Me diga como?! — Meu peito doeu, um
sentimento terrível se espalhou por todo o meu corpo,
como se estivesse doente.
— Contando, caramba! Mamma mia! — exclamou,
voltando-se com tudo em minha direção. — Eu poderia
ficar assustada, mas seria bem melhor saber da sua
boca do que descobrir dessa forma! Você mentiu pra
mim, Emma!
— Eu não menti, apenas ocultei e essas duas coisas
são bem diferentes! — Ergui o dedo, me defendi.
Ágata sorriu, incrédula, negando com a cabeça.
— Você fala como se fosse fácil! — continuei, a
seguindo quando ela se afastou. — Se põe no meu
lugar! Era o mínimo que eu esperava de você! — A
mesma revolta que a corrompia, começou a me
corromper.
— O mínimo que esperava de mim? — Ágata ficou
indignada.
— Porque um tempo atrás você passou por uma
situação parecida. Também ficou exposta, sofreu! Eu
poderia ter ficado do lado do Filippo pelo simples fato de
que era ele quem pagava o meu salário, mas não, fiquei
do seu lado! — Apontei para ela.
— Para agora jogar tudo na minha cara! — Ágata
debochou.
— Não! Para agora você insinuar que fui falsa! —
rebati, não estava disposta a abaixar a cabeça. —
Quando na verdade, o que está doendo em você não é o
vídeo em si, é outra coisa!
— O quê? — Ágata ergueu o queixo, enraivecida.
Hesitei, pensei duas vezes, não queria transformar a
situação em algo pior do que já estava. — Vai, fala! —
incentivou.
— Ágata... — Abaixei o tom. — É normal você estar
com ciúmes do seu pai, mas por favor... — A garota
sorriu outra vez. Caminhou de um lado a outro.
— Foi um erro ter vindo aqui. É melhor eu ir
embora. — Ela me ultrapassou, abriu a porta, mas antes
de partir, me fitou uma última vez. — Mas antes, quero
que saiba que você perdeu todo o meu respeito, Emma.
Foi um tapa na cara.
— Tudo bem. Você também perdeu o meu. — O que
falei, a fez esbugalhar os olhos. — Porque se não é
capaz de se colocar no meu lugar como me coloquei no
seu, então não faz sentido continuarmos sendo amigas.
Ágata assentiu, em silêncio. Ela deu os primeiros
passos para se afastar, porém, ainda precisava saber de
uma última coisa:
— E se o seu pai ainda não lhe contou, eu estou
grávida — disparei. Foi como se Ágata recebesse uma
facada nas costas.
Ela me encarou por sobre o ombro, boquiaberta.
Então partiu.
C A P Í T U L O 2 6
Do i s a n o s e me io d e p o is ...
C a r o l e i t o r, s e c o n s e g u i u c h e g a r a t é a q u i e o s e u c o r a ç ã o
enlouqueceu de amor e surtos com essa história, não esqueça de deixar
a sua avaliação. Sua opinião é muito importante.
Do contrário, se o relacionamento de Giancarlo e Emma não te
conquistou, sinto muito e convido você a conhecer meus outros
romances disponíveis aqui na plataforma. Cada livro nos toca de uma
maneira diferente e está tudo bem.
Muito obrigado e até a próxima aventura de amor!
O U T R A S O B R A S
Siga-me no Instagram e
não perca nenhuma novidade!
@autormariolucas
[1]
Profissional que realiza algumas atividades de documentação, pesquisa, investigação e
consultas de informações relevantes, sempre com o objetivo de facilitar os andamentos do
departamento jurídico.
[2]
Garota.
[3]
Desculpe-me.
[4]
Desculpa.
[5]
Emily Elizabeth Dickinson foi uma poetisa americana. Pouco conhecida durante sua
vida, é considerada uma das figuras mais importantes da poesia americana.
[6]
Marca fictícia de relógios de luxo pertencente à família Javier, grupo de homens
poderosos da série Intenso Demais. Todos os livros disponíveis na Amazon.
[7]
Série dramática americana de sucesso.
[8]
Transar com uma pessoa para esquecer outra.
[9]
Casal protagonista do livro “Amada por um italiano: paixão proibida” disponível na
Amazon.
[10]
Carpintaria.
[ 11 ]
Referência ao livro O Lado Bom de Ser Traída, da autora Sue Hecker.
[12]
Referência à música INTERE$$EIRA, da cantora Luisa Sonza.
[13]
Essa cena apenas foi descrita no livro Depois de Vegas: rejeitada grávida do
melhor amigo do meu pai. Disponível na Amazon.