Gatilhos Emocionais
Gatilhos Emocionais
Gatilhos Emocionais
Exercícios de autoconhecimento são peça-chave para bons relacionamentos e para a saúde mental
“Alertas de gatilho” antecipam conteúdos sensíveis que podem provocar emoções negativas no
leitor. Comentários do tipo “essa fala me deu gatilho” – ou mesmo ironias sobre a banalização da
expressão também são frequentes.
Porém, mais do que moda nas redes sociais, esse é um assunto sério para observarmos no dia a dia.
Aqui, vale antecipar uma boa notícia: os gatilhos emocionais também podem ser positivos.
Gatilhos emocionais são situações ou acontecimentos que acionam ou disparam determinado tipo de
emoção, memória ou trauma. Uma palavra, um cheiro, uma música, um tom de voz podem ativar
sentimentos muitas vezes represados.
Essas emoções ativadas, por sua vez, podem provocar reações físicas, como tremores, falta de ar,
lágrimas ou sorrisos – ou comportamentos impensados: de respostas ríspidas a gritos ou mesmo
uma agressão.
Embora a psicologia entenda que existam gatilhos e emoções universais, é fundamental reconhecer
os gatilhos particulares, desenvolvidos ao longo da história de vida de cada um.
Um exemplo de gatilho universal é quando um carro vindo rápido na sua direção desperta medo e
aciona a reação de desvio ou fuga. Um gatilho particular seria uma pessoa que passou por alguma
situação de trauma envolvendo acidente de trânsito ter sintomas de ansiedade ou pânico ao passar
por uma estrada, ver um carro da mesma cor ou mesmo pensar em uma viagem.
A pré-condição emocional (se a pessoa está cansada, triste ou preocupada por outros motivos)
A base de dados emocionais da pessoa (seu histórico de vida e o quanto já elaborou fatos passados)
O evento do gatilho em si.
Comportamentos movidos por gatilhos emocionais podem acontecer até no ambiente de trabalho.
Uma avaliação negativa ou mesmo uma brincadeira de um colega às vezes pode despertar emoções
negativas. A depender do tom, da palavra ou mesmo do olhar, pode ativar memórias e sentimentos
de infância ligadas à reprovação dos pais ou bullying na escola.
O resultado, se a pessoa não tiver consciência sobre esses gatilhos ou se estiver acumulando outras
questões, pode ser uma reação explosiva, vontade de chorar, de pedir demissão etc.
Mas tranquilize-se. Embora não seja possível escapar de todas as situações de gatilho o tempo todo,
existem formas de controlar nossas reações.
Responder essas questões, anotar e conversar com alguém sobre isso são formas de elaborar a
situação psiquicamente e criar ferramentas emocionais para responder melhor em situações futuras.
Faça terapia
Elaborar todo o histórico emocional de vida não é uma tarefa simples de se fazer sozinho. Uma
ajuda profissional é sempre bem-vinda.
As emoções fazem parte da vida e movem muitos dos nossos comportamentos. O objetivo não é
abdicar delas, mas sim se conhecer melhor.