TCC Lingerie para Moda Plus Size - PDF (2107) (PDFDrive)

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1

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


UNOESC - CAMPUS DE XANXERÊ

TATIANE DUARTE COSTA

LINGERIE PARA MODA PLUS SIZE

Xanxerê
2011
2

TATIANE DUARTE COSTA

LINGERIE PARA MODA PLUS SIZE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Design, Área das Ciências Exatas
e da Terra, da Universidade do Oeste de Santa
Catarina, como requisito à obtenção do grau de
Bacharel em Design.

Orientadora: Prof. Karina Tissiani

Xanxerê
2011
3

TATIANE DUARTE COSTA

LINGERIE PARA MODA PLUS SIZE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Design, Área das Ciências Exatas
e da Terra, da Universidade do Oeste de Santa
Catarina, como requisito à obtenção do grau de
Bacharel em Design.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Esp. Orientadora Karina Tissiani


Orientador (a) – Avaliador (a)

Prof.Esp. Aleténoir José Tomasoni Júnior


Avaliador

Prof. Esp. Luiz Claudio Mazolla Vieira


Avaliador

UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina


4

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela vida.

Aos meus pais pelo cuidado e educação.

Ao meu namorado, pelo carinho, atenção e paciência.

A professora e orientadora Karina Tissiani, pela sua dedicação e paciência.

Também aos demais professores e alunos do curso, que me forneceram


informações, conhecimento, contribuindo para a elaboração deste trabalho.
5

RESUMO

Este projeto visa o desenvolvimento de uma coleção de lingerie para


moda plus size. Para este fim buscou-se embasamento teórico no campo da
moda e do design, uma vez que é essencial conhecer as funções e
articulações entre ambas as áreas. Ao longo do desenvolvimento ficou claro a
importância do design no processo de desenvolvimento de um produto, este
por sua vez, no contexto atual, é muito utilizado como diferencial em um
produto ou empresa, gerando vantagens competitivas, agregando valor e
buscando o melhor posicionamento do produto no mercado. Atualmente
existem inúmeras tendências de consumo, e uma delas é o público plus size1
feminino, ou seja, mulheres mais cheinhas que vestem os manequins entre 46
e 56, estas com o passar dos anos, foram deixadas de lado pelos padrões de
beleza impostos pela moda, mas agora, esse perfil vem ganhando espaço,
visando exibir seus melhores atributos, mantendo foco na moda, buscando
elementos para realçar sua beleza de forma elegante e sensual. Partindo desta
premissa, este projeto teve como objetivo desenvolver uma coleção de lingerie
para moda plus size, idealizada com fins de realçar a beleza do público, sem a
preocupação de esconder, mas sim de valorizar as curvas, para isso, buscou-
se inspiração no mundo submarino, sendo tendência de moda para o ano de
2012, o qual possui grande variedade que possibilitam o desenvolvimento das
peças levando-se em consideração as estruturas, cores e formas. A coleção
composta por 06 peças impõe sensualidade juntos ao corpo feminino, suprindo
as necessidades funcionais e estéticas.

Palavras chave: Design, Moda, Plus size, Mulheres sensuais.

1
Plus Size: tamanho grande, entre os números quarenta e seis até o cinquenta e seis.
6

ABSTRATC

This project aims the development of a collection of lingerie for plus size2
fashion. To this end searched base on fashion camp and design. Since it is
essential to know the functions and joints between both areas. Throughout the
development became clear the importance of design in the process of
developing a product, this, in turn, in the current context, it is much used as a
differential in product or company, generating competitive advantages, adding
value and searching the best product positioning in the market. Currently there
are numerous consumer trends and one is the public plus size woman, in other
words, more dumpy women who wear between 46 to 56 size. This public, over
the years was left aside by the standards of beauty imposed by fashion, but
now this profile has been gaining space to display their best attributes,
maintaining focus on fashion, searching elements to highlight its beauty and
sensuality,. For this premise, this project aimed to develop a collection of
lingerie for plus size fashion, designed with the purpose of emphasizing the
beauty of the female public, without concern for hiding, but emphasize the
curves, seeking inspiration in the submarine world, being fashion trend for the
year 2012. The submarine world has large varieties that make the development
of parts, taking into consideration the structures, colors and shapes. The
collection comprised 06 pieces imposes sensuality with the female body,
providing functional and aesthetic needs.

Keywords: Design, Fashion, Plus size, Sensual Women.

2
Plus size:Large size, between numbers, forty six to fiftv and six.
7

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Metodologia modificada de Bernard Löbach...................................42


Tabela 02: Mix de produtos................................................................................46
Tabela 03: Tabela de tecidos utilizados.........................................................70
8

LISTA DE FIGURAS

Quadro 01: Representação de público alvo.......................................................50


Quadro 02: Análise de tendências.....................................................................52
Quadro 03: Painel de similares..........................................................................52
Quadro 04: Painel semântico..........................................................................53
Quadro 05: Painel de abstração de formas.......................................................55
Quadro 06: Geração de alternativas: corpete 01...............................................56
Quadro 07: Geração de alternativas: corpete 02...............................................57
Quadro 08: Geração de alternativas: corpete 03...............................................58
Quadro 09: Geração de alternativas: conjunto de camisola com calcinha
01.......................................................................................................................59
Quadro 10: Geração de alternativas: conjunto de camisola com calcinha
02.......................................................................................................................60
Quadro 11: Geração de alternativas conjunto de camisola com calcinha 03....61
Quadro 12: Geração de alternativas conjunto de sutiã com caleçon 01...........62
Quadro 13: Geração de alternativas conjunto de sutiã com caleçon 02...........63
Quadro 14: Geração de alternativas conjunto de sutiã com calcinha 01...........64
Quadro 15: Geração de alternativas: conjunto de camisola com calcinha 04...65
Quadro 16: Tendência de cores.......................................................................66
Quadro 17: Tabela de cores utilizadas.............................................................68
Quadro 18: Conjunto de sutiã meia-taça top com calcinha..............................71
Quadro 19: Conjunto de sutiã top com calcinha..............................................72
Quadro 20: Conjunto de camisola com calcinha.............................................72
Quadro 21: Conjunto de corpete com calcinha fio dental..................................73
Quadro 22: Desenho técnico: Conjunto de camisola com calcinha A...............76
Quadro 23: Desenho técnico: Conjunto de camisola com calcinha B..............77
Quadro 24: Desenho técnico: Conjunto de corpete com calcinha fio dental A..78
Quadro 25: Desenho técnico: Conjunto de corpete com calcinha fio dental B..79
Quadro 26: Desenho técnico: Conjunto de sutiã top com calcinha fio dental A80
9

Quadro 27: Desenho técnico: Conjunto de sutiã top com calcinha fio dental B81
Quadro 28 Desenho técnico: Conjunto de sutiã meia taça top com caleçon A 82
Quadro 29: Desenho técnico: Conjunto de sutiã meia taça top com caleçon B83
Quadro 30: Ilustração conjunto de camisola com calçinha................................84
Quadro 31: Ilustração conjunto de corpete com calçinha fio dental..................85
Quadro 32: Ilustração conjunto Sutiã Top com calcinha ...................................86
Quadro 33: Ilustração conjunto meia taça top com caleçon .............................87
10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................12
1.1 TEMA...........................................................................................................12
1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA............................................................12
1.3 OBJETIVOS.................................................................................................13
1.3.1 Objetivo Geral.........................................................................................13
1.3.2 Objetivos Específicos.............................................................................13
1.4 JUSTIFICATIVA...........................................................................................13
1.5 METODOLOGIA DE DESIGN E DA PESQUISA........................................ 15
1.6 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA................................................................15
2 BASES DO CONHECIMENTO......................................................................17
2.1 DEDESIGN..................................................................................................17
2.2 DESIGN E MODA........................................................................................22
2.2.1 O Mercado da moda................................................................................26
2.2.2 Elementos do Design de Moda..............................................................32
3 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE DESIGN.......................................39
3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN.............................................39
3.2 EXECUÇÃO DO PROJETO........................................................................42
3.2.1 Planejamento...........................................................................................42
3.2.1.1 Objetivo do projeto................................................................................42
3.2.1.2 Percepção do mercado e descoberta de oportunidades.......................43
3.2.1.3 Identificação dos problemas de design..................................................44
3.2.1.4 Definição de estratégias de Marketing, desenvolvimento e
produção............................................................................................................45
3.2.1.5 Delimitação do projeto...........................................................................45
3.2.2 Analise e coleta de dados......................................................................47
3.2.2.1 Síntese do universo do consumidor.......................................................47
3.2.3 Delimitação conceitual...........................................................................53
3.2.3.1 Geração de conceitos e definição de conceito gerador.........................53
11

3.2.4 Geração de Alternativas.........................................................................55


3.2.4.1 Geração de alternativas de soluções de problemas (esboços/
desenhos, estudo de modelo)...........................................................................55
3.2.4.2 Definição de configuração e materiais...................................................66
3.2.5 Avaliação e elaboração..........................................................................71
3.2.5.1 Seleção das melhores alternativas........................................................71
3.2.6 Realização...............................................................................................73
3.2.6.1 Correção e adequação..........................................................................73
4 RESULTADO DO PROJETO..........................................................................75
4.1 DETALHAMENTO DE CONFIGURAÇÃO...................................................75
4.2 DESENHOS ILUSTRATIVOS......................................................................84
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................88
REFERÊNCIA....................................................................................................89
APÊNDICE........................................................................................................91
ANEXO A- ANEXO A – TIPOS de fibras..........................................................92
ANEXO B- ANEXO B – Numeração para vários tipos de seios...................94
12

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema o desenvolvimento de uma coleção


de lingerie feminina para moda plus size, este surge frente às necessidades e
dificuldades deste público em encontrar peças que as proporcionem conforto,
elegância e sensualidade, compreendendo as necessidades e os desejos
físicos e emocionais que estas possuem, suprindo-os. Dentre as tendências
atuais de consumo este é um dos público que mais vem crescendo, elas estão
sempre a procura de novidades, despertando deste modo o interesse das
empresas nacionais em criar produtos específicos para estas com criatividade
e inovação.

Conforme Caldas (2004, p. 48) “nada está mais próximo do corpo que a
roupa”, especialmente a lingerie, analisando-se esta questão, pode-se perceber
que as peças possuem vida própria, com necessidades específicas de
adequar-se ao corpo, realçando os atributos desejáveis, acompanhando o dia-
a-dia, realizando sua função primordial de proteção e suprindo as
necessidades especificas de cada individuo, acompanhando as tendências
ditadas pela moda.

1.1 TEMA

Coleção de lingerie para moda plus size.

1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

Como o design atua no desenvolvimento de produto de moda, visando o


desenvolvimento de uma coleção de lingerie para moda plus size, tornando as
peças mais sensuais?
13

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma coleção de lingerie para moda plus size.

1.3.2 Objetivo Especifico

- Estudar o Design;
- Compreender o processo de desenvolvimento de produto de moda;
- Conhecer a moda plus size;
- Identificar o perfil do público alvo;
- Desenvolver uma coleção de lingerie plus size.

1.4 JUSTIFICATIVA

Com o passar dos anos, o mundo sofreu grandes mudanças sociais,


políticas e culturais que influenciam diretamente no mercado da moda. Vê-se
ao longo da história da moda as influências de eventos marcantes que
traduzem estilos e silhuetas propostas por estilistas que determinam conceitos.

Dentre estes conceitos os padrões de beleza ditados pela moda também


mudam, hora mais robusta hora mais esguio, os biótipos ganham destaque
neste jogo de vai e vem. Hoje as modelos tendem a ter um biótipo
extremamente magro e alongado e isto influencia no ideal de beleza de grande
parcela da população, no entanto, pelo estereótipo do perfil, muitos acabam
tendo dificuldade de acompanhar tanto o biótipo quanto a moda.

Atualmente, ouve-se demasiadamente a terminologia plus size, segundo


uma reportagem do programa Hoje em Dia, Record, (2011), significado é
tamanho grande, esta palavra é de origem norte-americana, e é utilizada para
14

referir-se a modelos que estão acima dos padrões de moda convencionais, ou


seja, acima do tamanho quarenta e seis, seguindo até a numeração cinquenta
e seis.

Ainda na reportagem, fica evidente que este público esta crescendo


constantemente e é muito seleto em suas escolhas, afinal estar acima do peso
não é sinal de doença, nem de vergonha.

No Brasil, segundo dados da pesquisa de orçamentos familiares (POF,


2008-2009) em conjunto com o IBGE e ministério da saúde, quase metade da
população brasileira está acima do peso, neste contexto destaca-se que dentre
as mulheres são aproximadamente 48%, ganhando destaque à região sul, com
51,6 %.

Nota-se desta forma, que os padrões de biótipos ditados pela moda,


(magras e esguias) envolvem uma minoria da população, o público mais
“cheinho” tem grande dificuldade em encontrar roupas que se adéquem ao
biótipo de mulheres plus size, pois, estas tendem a enrolar, subir, descer,
normalmente necessitam de ajustes, além de marcarem o corpo, não
cumprindo suas funções de uso. Estas também em sua grande maioria não são
atraentes tanto em sua modelagem quanto em padrões de cores e estampas.

Em se tratando de lingerie, o assunto fica ainda mais agravante, uma


vez que são as peças que interagem diretamente com o corpo. Portanto esta
pesquisa se justifica à medida que se propõe em solucionar os problemas
citados acima, realizando pesquisas no campo da moda e também em relação
a este novo amplo segmento de mercado, visando propor peças exclusivas e
ergonômicas destinadas ao público supracitado, mexendo com a sedução
trazendo o sentimento de estar bela, exuberante e arrebatadora, tendo uma
cartela de cores que estimule o desejo com modernidade, segurança e
conforto.
15

1.5 METODOLOGIA DE DESIGN E DA PESQUISA

No que se refere á metodologia da pesquisa, pode-se dizer que esta é


bibliográfica, pois embasa design, design e moda, o mercado da moda,
elementos do design de moda, com fontes em livros, revistas e sites; sendo
uma análise quantitativa com fins exploratórios, uma vez que objetiva
desenvolver um produto.

Quanto à metodologia de projeto de utilizou-se a metodologia proposta


por Löbach (2001 apud Rech, 2002, p.27), adaptada para o desenvolvimento
de moda, a qual contempla as seguintes etapas: planejamento, especificação
do projeto, delimitação conceitual, geração de alternativas, avaliação e
elaboração e realização.

1.6 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Para melhor compreensão do projeto, ele está dividido em capítulos


como segue:

Capítulo I: Basicamente é a introdução, pois nesta que se apresenta os


assuntos abordados no decorrer do projeto, nesta fase apresenta-se o tema,
problema, objetivo, justificativa.

No capítulo II é onde estão inseridas as bases do conhecimento,


abordando assuntos referentes ao projeto, iniciando-se pelo design, seguido de
design de moda, o mercado da moda, elemento do design de moda.

O capítulo III aborda o desenvolvimento do projeto de design,


apresentando o método utilizado para a realização do projeto, visando a melhor
forma de solucionar os problemas.
16

No capítulo IV apresenta-se o resultado do projeto, é neste capítulo que


o leitor poderá visualizar o produto desenvolvido.

E por fim o capítulo V que apresenta as considerações finais do projeto,


estas referentes às partes efetuadas no decorrer do projeto, e também perante
o produto final.
17

2 BASES DO CONHECIMENTO

2.1 DESIGN

O termo “design” é muito amplo em sua abrangência e conceituação,


tornando-se muito difícil de encontrar uma definição única que envolva todos os
seus inúmeros conceitos, pois ainda há muita ambiguidade entre as atividades
desenvolvidas pelos profissionais desta área (que estão em constantes
mudanças) e a teoria que norteia e define a profissão. Segundo Santos
(2000,p. 19)

Definir e conceituar a atividade de design é um trabalho já


exaustivamente realizado, mas parece que em nenhum
momento qualquer das definições e conceitos até hoje
desenvolvidos conseguiram abordar o design em toda sua
plenitude mesmo que essa atividade esta em constante
mudança, sofrendo transformações continuas.

Löbach, (2001, p.16) conceitua design como:

[...], Design é uma idéia, um projeto ou um plano, para a


solução de um problema determinado. O design consistiria
então na corporificação desta idéia para, com a ajuda dos
meios correspondentes, permitir sua transmissão aos outros.
Já que nossa linguagem não é suficiente para tal, a confecção
de croqui, projeto, amostra, modelo constitui o meio de tornar
visualmente perceptivel a solução de um problema.

Segundo Denis (2000, p.16), design é uma palavra de origem inglesa,


sendo primeiramente utilizada, em meados dos séculos XVII e XIX, perante o
inicio da Revolução Industrial, no entanto, ganhou significado específico
apenas após a Segunda Guerra Mundial, para o autor:
18

A origem imediata da palavra está na língua inglesa, na qual o


substantivo design se refere tanto a idéia de plano, designo,
intenção, quanto à de figuração, arranjo, estrutura, […] A
origem mais remota da palavra esta no latim designare, verbo
que abrange ambos os sentidos, o de designar e o de
desenhar.

Portanto, é possível dizer que design é um processo técnico e criativo


que atua desta concepção ate a elaboração da ideia para solucionar os
problemas, transformando-as em fatos reais. O design também é considerado
uma profissão que projeta em algo suas idéias por um bem comum ou
especifico, com intuito de se chegar, pela melhor maneira possível a um
resultado com a finalidade de solucionar problema.

Como cometa SEBBEN, (2010 apud SILVA 2002), segundo a


Confederação Nacional da Indústria (1996), estes problemas permeiam nas
áreas de produtos industriais e gráficos.Os profissionais pertencentes há estas
área são denominados designers, as áreas de atuação que um designer são
variadas, mas possuem fundamentação em um mesmo principio, que é o de
solucionar problemas, podendo atuar nas areas de design de produto, gráfico,
engenharia, embalagem, serviço, de moda, textil, interiores, ambientes
externos social, web designer, e de softwares e ainda ecodesign, todos
exigindo conhecimentos específicos em cada area.

Por meio do design, pode-se criar, desenvolver, planejar novos produtos


levando em conta as necessidades e oportunidades do mercado, inseridos em
uma cultura e imerso no cenário econômico desta, projetando de acordo com
as necessidades e exigências de seu público.

Santos (2000, p.20) define que:


19

O design é uma forma de definir a qualidade dos produtos e da


comunicação da empresa, ativando o gerenciamento de seus
recursos criativos e suas competências. É tipicamente o design
como agente da interface que coloca, de um lado, os produtos e
organizações e, de outro, os consumidores, usuários e mercado em
geral.

Hoje, o termo design é comumente utilizado para atribuir qualidade


estética aos produtos, esquecendo-se ou não sendo do repertório popular seu
verdadeiro significado. No entanto, as organizações e empreendedores já
possuem conhecimento de sua importância apostando neste como diferencial
competitivo, a qual gera vantagens sobre produtos e marcas melhorando seu
posicionamento, também o design é utilizado no processo de gestão, assim
atuam no processo de produção e funcionamento das empresas inovando
enquanto reduz em custos.

Segundo Baxter (1998 p. 01), “Inovar é um ingrediente vital para o


sucesso dos negócios”, ele ainda segue e comentando que:

Novas tecnologias, como o CAD e as fermentas de trocas


rápidas estão reduzindo o tempo de desenvolvimento e
lançamento de novos produtos. Os consumidores têm maiores
opções de escolha, e a cada dia surgem novidades.

Santos (2000, p. 39) comenta perante gestão:

Muitas empresas alegam que sistemas de gestão da qualidade


ou processo de desenvolvimento de produtos ele baseados são
caros de implantar, mas devemos ter conhecimento que, na
relação direta, a maior qualidade custa caro (isso não é uma
regra); as deficiências do produto, originadas em sistema e
processos inadequados, irão afetar claramente os custos e as
20

vendas, neste caso, a qualidade maior custaria bem menos


(isso é uma regra).

Desta forma, o design passa a ser muito utilizado como diferencial de


mercado, sendo que este está altamente competitivo em consequência a forte
globalização, tornando assim o design uma ferramenta estratégica das
empresas por ser uma atividade geradora de produto e serviço que visa a
melhoria na qualidade de vida das civilizações.

Para tanto, na atividade profissional é fundamental o uso de um método


que segundo Santos (2005, p.14) “este é basicamente um roteiro de atividades,
para se alcançar um determinado objeto”. Ainda Munari (1998, p. 10) define
método como sendo:

“O método de projeto não é mais do que uma série de


operações necessárias, dispostas em ordem lógica, ditada pela
experiência. Seu objetivo é o de atingir o melhor resultado com
o menor esforço”.

No entanto, pode-se dizer que as metodologias utilizadas são uma


series de etapas, possíveis de serem transformadas e modificadas conforme a
lógica e as necessidades projetuais, com bases nesta metodologia Santos
(2000, p.36) apresenta seu método como sendo adaptável, para ele:

Conceitua-se como método aberto aquele cuja estrutura


estimula as interferências de decorrer do projeto, fazendo com
que etapas sejam acrescentadas, retiradas e/ou desdobradas
de acordo com objetivos específicos. Essa interferência passa
a ser requisito necessário para a execução do projeto, sem que
haja a imposição de um modelo pronto, com caminhos
preestabelecidos a serem percorridos.
21

Baxter (1998, p.5), ressalta a importância do designer em abordar a


inovação no processo metodológico, para ele:

"A atividade de desenvolvimento de um novo produto não é


tarefa simples. Ela requer pesquisa, planejamento cuidadoso,
controle meticuloso, mais, portanto, o uso de métodos
sistemáticos. Os métodos sistemáticos de projeto exigem uma
abordagem interdisciplinar, abrangendo métodos de marketing,
engenharia de métodos e a aplicação de conhecimentos e a
aplicação de conhecimentos sobre estética e estilo. Esse
casamento entre ciências sociais, tecnologia e arte aplicada
nunca é uma tarefa fácil, mas a necessidade de inovação exige
que ela seja tentada.

Percebe-se desta forma que o uso dos métodos é um dos fatores que
caracterizam a profissão, no entanto, o método não se trata de uma receita de
sucesso, assim não se utiliza apenas um método, mas adéqua-se um dos
vários existentes, de acordo com as necessidades do problema, de certo modo,
é um passo-a-passo a se seguir, aliando-se a processos que estimulem a
criatividade, gerando inúmeras alternativas, libertando idéias, possibilitando um
projeto a dar certo, atingindo os objetivos anteriormente propostos.

De forma geral os produtos são criados embasados nos desejos e


necessidades do ser humano, sendo estes específicos de um único individuo
ou vários, e com isso tem-se uma renovação constante dos produtos dando
origem a novas necessidades criando-se um circulo infinito, ainda, Gomes Filho
(2006, p. 115), destaca que independente da área de atuação do designer, ele
envolve em seus projetos aspectos formais, funcionais e simbólicos.

Para o autor o primeiro constrói a cara (aparência) do produto, o


segundo são os conceitos (significados que este deve transmitir, e por fim, os
pragmáticos que basicamente são as relações entre produtos e usuários,
segundo Gomes Filho (2006, p.115) “É a descrição lógica do produto, de como
ele é formado e quais suas leis de funcionamento”. Essas três dimensões estão
22

envolvidas nas relações que envolvem a comunicação do produto com o


consumidor.

Portanto, pode-se dizer que o design é um diferencial no


desenvolvimento de produtos, perante sua inovação, planejando e gerenciando
de estratégias para diferenciarem-se de outros produtos. Assim o design é
considerado um fator competitivo, sendo uma atividade que trabalha com
várias áreas, com a finalidade de solucionar problema e proporcionar o bem-
estar para os seres humanos em geral.

2.2 DESIGN E MODA

Popularmente, falar em moda é relacionar ao vestuário, isso por que na


atualidade os termos moda e vestimenta estão intimamente ligados, seguindo
essa visão a autora Jones (2008, p.24-28) diz que "Moda é uma forma de
ornamentação do corpo". No entanto, a definição de moda segundo o dicionário
miniaurélio Ferreira (2008, p.559) é mais ampla e abrangente envolvendo:

"1- Uso, habito ou estilo ger. aceita variável com a época e


resulta de determinado gosto, meio social, região, etc. 2-Uso
passageiro que regula forma de vestir, etc. 3-Arte e técnica do
vestiário. 4- Maneira , moda. 5- Bras. modilha". Já o termo
vestuário para o mesmo autor, (2008, p. 815) é: "1- Conjunto
das peças de roupa que se vestem; indumentária. 2- vestidura
(1).

Nota-se que a definição envolve questões de vestimenta, personalidade


e gosto de um determinado grupo, e ressalta ser uma opção passageira. O
23

termo moda teve seu início no renascimento, em meados entre o século XIV á
XVI, Rigueiral (2002, p.16) comenta que:

Admite-se que a moda nasce nesta época, quando mudanças


socioculturais e econômicas, com a intensificação da trocas
comerciais, a prosperidade das cortes do norte da Itália e a
emergência da noção do individuo, vão permitir mudanças
cada vez mais aleatórias e frequentes na indumentária.

Jones (2008), ao defender sua posição, complementa dizendo que


desde o início dos tempos usa-se a moda para agregar uma outra função ao
vestuário, não só a de proteger o corpo das intempéries mas, também de
agregar valor, tornando-a uma peça com mais valor comercial e que teria
distinção perante os demais membros da população, sendo no material, corte
estampa ou cores, mudando as classes sociais e criando a necessidade de
uma renovação constate do guarda roupa.

Se a moda é capaz de traduzir o estilo de um indivíduo ou uma


sociedade em um determinado momento, pode-se constatar a importância da
moda no contexto histórico, geográfico, econômico e social uma vez que ela
releva as questões vigentes de uma época, seja no âmbito social, econômico e
cultural.

Neste sentido, cada cultura tem suas necessidades básicas e seguem


um padrão no vestuário para, realçar a segurança que sentem, representando
a decência, preservando suas imagens da extravagância, escondendo seus
defeitos reais e imaginários, e realçando seus atrativos. Deste modo, o
profissional que cria moda deve estar atento às mudanças e costumes sociais,
para traduzir na vestimenta o gosto popular de um determinado grupo de
indivíduos.
24

Assim, os traços da civilização juntamente com os costumes locais e as


tribos pertencentes são fatores determinantes na elaboração do vestuário. Pois
segundo Rigueiral (2002, p.96) "O gosto é algo muito pessoal e tende do
ambiente onde fomos criados, da nossa cultura, do nosso nível de percepção".

Para coletar informações faz-se o uso de um briefing, devendo este


adaptar-se as necessidades de cada projeto; como comenta Rigueiral (2002,
p.172), "O briefing de desenvolvimento de produto pode ser traduzido como as
diretrizes gerais para o desenvolvimento da coleção". Ainda comenta o autora
(2008, p.176):

Todas as noções de ferramentas de segmentação, avaliação de


cenários, determinação de público-alvo, briefing, etc. têm como
objetivo preparar o terreno para conceituação desenvolvimento e
lançamento de produto.

Ainda segundo autora, o briefing de desenvolvimento é precedido de


duas apresentações, a leitura estética e a comercial, sendo que a primeira visa
em mostrar tendências de moda, contendo os conceitos da coleção mostrando
matérias primas, acabamentos aviamentos, enfim o material necessário para o
desenvolvimento da coleção, este pode se dar através de painéis e tendências,
fotos de viagens, revistas, fazend uso de elementos visuais que estimulem a
criatividade.

Já a leitura comercial faz uma análise da coleção por um todo, aspectos


positivos e negativos de cada peça em dados quantitativos, analisando
cenários, contribuindo com o planejamento estratégico da empresa. Dados
como tamanho da coleção, público alvo, preço adequado das peças e o volume
de vendas são partes integrantes de um briefing, podendo conter mais
informações que forem julgadas necessárias.
25

Nota-se, desta forma, a necessidade de ainda em fase de pesquisa, o


criador estabelecer relações com determinados grupos, pois fornecessem
elementos que garantem as características a serem utilizadas no produto e
aceitas pelo público, que garantem as vendas, uma vez que são essas as
pessoas que vão se identificar com as peças.

Segundo Jones (2008, p. 24), a busca em atingir o aspecto emocional do


público é contínuo, pois quando trabalha-se este lado, desperta-se no ser
humano, o conforto, a confiança, sobretudo no modo como as pessoas se
vestem, está diretamente ligado as suas escolhas políticas e identidade
conceitual.

Assim, perante uma profissão focada na elaboração de projetos, os


designers devem ter uma ampla visão de mercado, público e estratégias,
visando abordar em suas coleções o máximo de requisitos necessários para
um bom desenvolvimento. Neste sentido alguns fatores devem ser observados:
a peça deve ter preço acessível ao público-alvo, ter qualidade, caimento,
conforto, relevância, ainda fatores relacionados à marca e (acessibilidade)
conveniência e serviço, pois de nada adianta ter-se um produto ótimo sendo
que este não encontra-se acessível ao público destinado.

Como comenta Jones (2008, p.18) "Os criadores de moda não podem
confiar na intuição. Pesquisas atentas aos sinais das mudanças são o ponto de
partida para qualquer criação, e para a realização de um bom negócio" [..].
Neste sentido, o designer deve ser um profissional criativo, observador, com
múltiplas habilidades e técnicas.

Atualmente observa-se um fenômeno de reverência do passado, mas


com base para reviver épocas glamurosas, valorizando as tecnologias
existentes atualmente, como comenta Jones (2008, p. 24). "A moda
frequentemente vê as formas e os materiais do passado como fonte de
inspiração para novos estilos".
26

2.2.1 O Mercado da moda

O mercado da moda é muito amplo e diversificado, assim dificilmente


uma empresa atendente a todos os nichos. Segundo Rigueiral (2002, p. 122):
"Uma empresa não pode pretender atender ao gosto de todos os clientes num
mercado amplo como a moda". Com base nesta afirmação, pode-se dizer que
uma empresa deve identificar os segmentos de mercado ao qual pretende
atender trabalhando com frações de mercado, caracterizando seu perfil,
visando maior eficácia.

Ainda, segundo Rigueiral (2002, p. 142):

Segmentação de mercado consiste no esforço para aumentar a precisão do


marketing de uma empresa. Ela deve levar em consideração as características
e os pontos fortes da empresa e descobrir até que níveis é adequado
segmentos (em termo de custo, logística, comunicação, controles, etc.).

O mercado da moda está segmentado em setores para aumentar a


produção, pois segundo Jones (2008, p.58) são três os principais setores,
sendo: moda feminina, masculina e infantil, que dentro desta, encontra-se
outras subdivisões como no segmento de moda “wear” que em inglês significa
“usar” de acordo com Tissiani (2009) esta dividido em: Jenswear- Roupas feitas
em jeans; Casualwear- Roupas informais e práticas; Beachwear- Roupas para
praias e piscina; Teenager Wear- Roupas para adolescentes; Fitness Wear-
roupas para ginástica.

Segundo Jones (2008), o setor de moda feminina é muito amplo, pois


as mulheres consomem muito mais produtos que os demais (crianças e os
homens) a participação deste setor no mercado e também do foco de
27

desenvolvimento, podendo este sofrer mudanças, tanto no fluxo de circulação


quanto em tendência. A rapidez que estes exigem, forçam um sistema just in
time (Total Quality Control) trabalhando mais rápido.

Neste cenário, o marketing é ferramenta estratégia no campo da moda,


é a partir dele que a empresa foca seu segmento e direcionamento de
mercado, estabelecendo o público, posicionamento, produto e comunicação.
Para Kotler (2007, p.3): “O marketing procura identificar as necessidades
humanas e sociais e atendê-las. Uma das definições mais curtas de marketing
é atender às necessidades de maneira lucrativa”.

Para que haja maior precisão do marketing de uma empresa, ele deve
estar segmentado, e deve levar em consideração suas características e pontos
fortes, descobrindo através destes qual o melhor nível de adequação para
torna-se possível segmentar, podendo ser em custos, comunicação, controle,
logística...

De acordo com Kotler (1993, p. 150), o marketing de massa é definido


como sendo:

"No marketing de massa, o vendedor produz, distribui e


promove em massa um produto para todos os compradores.
[...] O argumento do marketing de massa é de que as
empresas deveriam ter custos e preços mais baixos e criar o
maior mercado potencial possível".

Segundo Rigueiral (2002), o marketing de tamanho único é inviável para


o campo da moda, isto deu ensejo ao aparecimento do micro-marketing, que
estratifica o marketing de massa em quatro níveis, o de segmentos, de nicho,
local e individual [...].

O marketing de segmento baseia-se em analisar os grupos e potenciais


consumidores e seu poder de compra, localização geográfica, atitudes e
28

hábitos de compra, enfim, estabelece relações entre o marketing de massa e o


individual. Este, por sua vez, retoma a alfaiataria sob medida, porém com uso
da tecnologia, tende a produzir vários produtos padrões com disponibilidade de
configuração. Um exemplo disso no campo da moda são as calças da marca
Levis, feitas com tecido que ainda não foi pré-encolhido, pois o próprio cliente
realiza esta etapa na loja e personaliza suas peças, com uma costureira à sua
disposição.
Marketing de nicho é dirigido a uma parcela da população pertencentes
a um segmento, onde pode-se citar como exemplo, ainda segundo Rigueiral
(2002), o cigarro, onde este ramo se divide em vários nichos: fumantes ativos,
fumantes passivos e os que querem abandonar o vício, cada um com sua
necessidades especificas. O marketing de nicho para Kotler (1998, p. 226) é:

"Nicho é um grupo mais restrito de compradores, tipicamente


um pequeno mercado cujas necessidades não estão sendo
bem atendidas. [...] Geralmente as empresas identificam nichos
dividindo um segmento em sub-segmentos ou definindo um
grupo formado por um conjunto distinto de traços que podem
buscar uma combinação especial de benefícios."

O marketing local desenvolve programas cujo objetivo é atender as


necessidades de um grupo de clientes com conceitos, distribuição e
comunicação especifico para um mercado especifico. Segundo Rigueiral (2002,
p. 144).

É uma forma de marketing direcionado que desenvolve


programas visando atender desejos e necessidade de grupos
de clientes locais (áreas comerciais, bairros, com
características específicas e te pontos de venda individuais).
[...].
29

Por fim, o marketing individual, ou seja, onde as empresas concentram


seus esforços de marketing para apenas um indivíduo, desenvolvendo
produtos especialmente para cada consumidor, o autor acima citado comenta,
que no passado, isso acontecia com a alfaiataria que fabricava peças sob-
medida para cada individuo. Podendo ser ampliada em relação ao exemplo
apresentado por KOTLER, (1998, p. 228), como a seguir:

"O último nível de segmentação leva ao „segmento de um


comprador‟, „marketing customizado‟ ou „marketing um a um‟.
[...] Hoje, parte do trabalho de marketing business-to-business
está customizado, uma vez que um fabricante prepara a oferta,
a logística e as condições financeiras sob medida a cada
cliente importante."

Segundo Rigueiral (2002), existem três tipos principais de sistemas


produtivos na indústria de moda:

 Atacadista: é um setor que terceiriza o produto, ou seja, contrata outras


empresas para realizar partes do processo, com subcontratações em
unidades de corte, costura e acabamento (CMT - Cut, Make and Trim). A
desvantagem neste processo é que se perde o controle perante a
qualidade, o preço e a pirataria de peças.

 Os confeccionistas também conhecidos por produtores verticais,


trabalham com todas as operações, desde a compra do tecido, o
desenho ou a comprar deste de estilistas, a construção das roupas, a
venda e a entrega destas, trabalhando principalmente para atacadistas,
normalmente contratam outras empresas que fornecem produtos,
máquinas especiais com bordados, pregas e demais acabamentos.

 Os fornecedores não produzem coleções, mas sim peças avulsas ou


temas, fabricam variadas peças pilotos colocados para testes,
30

analisando e produzindo peças primorosas que dão um "que" na loja,


não assumindo riscos de criação ou venda.

Para um designer, analisar o sistema produtivo de moda a qual ele


estará inserido é essencial, pois as mudanças de chão de fábrica alteram a sua
conduta profissional, sua metodologia de trabalho e seu desenvolvimento.
Também, as formas de venda e distribuição devem ser criteriosamente
estudadas, estas interferem principalmente no cronograma de criação.

No mercado da moda existem vários tipos de varejo, de acordo com


Jones (2008), eles são independentes, normalmente compostos por varejistas
que possuem menos de dez distribuidores, comumente negociantes exclusivos
possuindo apenas uma loja ou boutique.

As múltiplas: são cadeias formadas por lojas, podendo ser formadas por
até mais de uma cadeia, trabalhando em uma área específica ou com variadas
mercadorias, agregando valor às peças, pelo seu atendimento, cartões, cafés,
promoções, enfim, atrativos para os clientes.

Já as lojas de departamento oferecem ampla gama de produtos em


variadas sessões ou andares em um mesmo espaço, trabalhando em diversas
cadeias mercantis, oferecendo serviços variados, segurando o cliente por mais
tempo neste espaço. As concepções praticamente são acordos entre lojas e
varejistas, sendo que é o concessionário o responsável pelo funcionário, local,
exibição, troca de estoque, enfim.

As franquias são formas de varejo de baixo custo, são localizadas


geograficamente porque oferecem produtos específicos de uma empresa e
para estas uma porcentagem a partir as venda destes.

Pontas de estoque e lojas de descontos são basicamente lojas que


compram roupas de vários lugares com baixos preços, mas também costumam
remover a etiqueta para impedir o produtor da peça.
31

Lojas de Fábrica: é basicamente a oferta de espaço de estoque e


mercadorias defeituosas a seus próprios funcionários, com preços reduzidos.

O mercado livre, oferece produtos variados com valores baixíssimos,


sendo, normalmente, mercadorias defeituosas ou recusadas. Também pode-se
comprar com pedido por correio, estas são realizadas para catálogos
distribuídos através do próprio correio. Um ramo semelhante a este são os
shoppings eletrônicos, que são lojas virtuais que oferecem diversos produtos
pela internet e estão disponíveis 24 horas por dia;

A @econamerce (comercio eletrônico) são análises e pesquisas


relacionadas a sites de vendas como de empresas para empresas ou para
clientes no geral. Os softwares de design e visualização são programas
abordados para facilitar a criação e visualização, criando técnicas de venda e
layouts de lojas e produtos de rápida visualização, padronizando lojas e
elaborando seus layouts facilmente.

Os quiosques eletrônicos transmitem informações e estabelecem


relações com o usuário através de programas com inteligência artificial pela
qual se pode visualizar as peças, encomendadas e comprá-las ajudando o
cliente a fazer suas escolhas.

A personalização baseia-se no conceito de marketing one 2 one (um a


um), oferecendo sistemas personalizados a cada região e indivíduo, baseando-
se no interesse este, baseando-se no interesse histórico de compras.

Frente às inúmeras formas de comercialização e com toda a tecnologia


existente e acessibilidade que tem-se, nota-se que a moda invadiu as mídias,
ditando tendências como comenta Rigueiral (2002, p.45) “Depois de lançar as
coleções (primeiro alta costura e depois Prêt-a-porter), nos grandes centros de
divulgação (Paris/ Milão/ Londres/ Nova Iorque), as informações começam a
ser divulgadas via impressa e eletrônica.”
32

Hoje se tem acesso a muitas mídias, tratando de diversas informações


sob vários pontos de vista, e é por motivos como este que se deve analisar
vários comentários, para se chegar a um parecer próprio para analise, pois
tudo o que existe está em movimento, e tende a mudar, sempre visando o
melhor, a informação está disponível e que devemos selecionar fontes
confiáveis para obter bons resultados.

2.2.2 Elementos do Design de Moda

Como já citado, o design é uma atividade projetual, que contempla a


resolução de problemas com objetivos estéticos, funcionais e simbólicos, etc.,
fazendo uso de fatores que englobam planejamento, produção, gerenciamento
e comercialização de produtos e serviços, a amplitude da profissão, é
ramificado em sub áreas, as quais resultam em produtos específicos para
cada área, estas são design gráfico e industrial, o design de moda, enfim;
sendo que este ultimo vêm ganhando espaço e prestígio nas últimas décadas,
pois é um campo que vem crescendo cada vez mais, e encontra-se em
constante mudança. Sem esquecendo que o design trabalha interagindo com
diversas áreas dentro de cada setor, no caso deste projeto, são: modelistas,
costureiros,etc.

Para que um designer de moda tenha sucesso em seus projetos, faz-se


necessário um amplo conhecimento específico e técnico sobre sua área bem
como, conhecimentos gerais, envolvendo cultura, música, política, e
específicos como a tecnologia, modelagem, resultando assim em excelentes
criações uma vez que os estilistas possuem a capacidade de articular e
analisar as vestimentas, e com isso, promovendo reações para se chegar ao
resultado desejável.

Neste contexto, faz-se fundamental conhecer os elementos principais da


moda, os teóricos culturais juntamente com estudiosos em vestimentas
33

estruturaram um foco, baseando-se em quatro funções práticas da roupa, que


segundo Jones (2008), são:

 Utilidade (para que serve basicamente), ela cumpre requisitos práticos e


de proteção, adequando-se as necessidades do usuário tanto em
proteção do corpo a fatores externos (intempéries), quanto a requisitos
de uso visando conforto, durabilidade e praticidade.

 A decência, consiste em preservar o corpo perante a sociedade e seus


costumes em geral, disfarçando e escondendo atrás de roupas seus
defeitos reais e imaginários.

 A indecência (atração sexual) visa em realçar os atrativos pessoais


através de roupas, produtos e objetos que transmitem estes
sentimentos.

 Ornamentação, toda peça utilizada para embelezar o corpo, é


consideradas ornamentação, por Ferreira (2008, p. 597), “Ornamentar é:
1 por ornamento (s), enfeite (s), 2.em:adornar, enfeitar (1). Abrilhantar,
realçar T.d.i.3.[...]”.

Prosseguindo com Jones (2008 Apud Sproles,1979), ela propõe mais


quatro funções adicionais, que são:

 Diferenciação simbólica, faz-se uso de roupas para diferenciar-se das


demais pessoas da população, tanto em níveis sociais, como carros de
marcas conceituadas, quanto em estilo de vida.

 Filiação social, o qual possui características ressaltadas em grupo, para


a identificação deste, sendo em seu modo de vestir até seu
comportamento.

 O aprimoramento psicológico e a individualização perante um grupo,


fazendo uso de um mesmo estilo, não de peças totalmente iguais, ou o
34

mesmo corte de cabelo, enfim, mantém um padrão geral, respeitando a


individualidade de cada um.

 E por fim o modernismo que é acompanhar as tendências o mais rápido


possível.

Visto as funções práticas da roupa, faz-se também necessário conhecer


os elementos da criação de moda que segundo Jones (2008,p. 99):

Criar é uma questão de misturar elementos conhecidos de uma


maneira nova e estimulante para gerar combinações e produtos
diferentes. Os principais elementos da criação de moda são
silhueta, linha e textura, e as formas como estes elementos
podem ser usadas chamada de “princípios”, são repetição,
ritmo, graduação, radiação contraste, harmonia, equilíbrio e
proporção. O uso destas variantes causa uma variante a vezes
explicita, as vezes subliminar, em quem veste e em quem vê.
Entender e controlar essa reação é essencial para criação de
moda. [...].

A silhueta divide-se em duas partes, superior e inferior, perante um


corpo, possuindo a necessidade do equilíbrio para que se obtenha harmonia
em temas e peças, por outro lado não é adequado que se ocorra grandes
mudanças nesta, para que a coleção não perca seu impacto total e enfraqueça
a mensagem a ser transmitida, sendo que esta também pode transmitir
conceitos como leveza, peso, volume, dependendo do que se quer ter,
podendo usar desde tecidos especiais à amarrações.

Para Jones (2008), a linha pode ser dura ou suave, expondo rigor ou
flexibilidade, ambas são usadas na confecção, para produzirem efeitos com
uso de tecidos possuindo linhas na vertical, proporcionam um efeito de alongar,
se usado na horizontal chama atenção para a largura do corpo, com corte em
viés, tendo linhas convergindo produz efeito esvoaçaste, sendo que linhas
curvas remetem feminilidade.
35

O autor também comenta a importância dos elementos estéticos


utilizados pelo estilista para dar mais efeitos na criação, sendo eles:

 Um dos elemento a repetição, esta pode ocorrer de modo regular ou


irregular, aparecendo na estrutura da roupa, como em pregas ou em
detalhes como botões, que passam despercebidos mas, criam uma
identidade na roupa.

 Já o ritmo pode criar efeitos marcantes, principalmente quando utilizada


junto a repetição de cores, estampas e desenhos no tecido.

 A gradação é um tipo complexo de repetição relevante a tamanhos e


distancias maiores e menores.

 A radiação se dá pelo uso de linhas no formato de leque, com base em


um eixo central.

 O contraste tende a direcionar o foco a um ponto, este pode ser extremo


ou sutil; para harmonia é exatamente o oposto, as cores não brigam,
pelo contrário se mesclam, é mas utilizados com cortes suaves e
arredondados de preferência usados em tecidos macios.

 O equilíbrio se dá nas roupas por lapelas e bolsos alinhados, possuindo


tamanhos, distancias iguais entre si.

 Já a proporção é a forma como se relacionam, todas as partes de um


todo.

 A textura esta presente em tecidos, em sua forma estrutural (mátria,


textura) ou efeito que este forma na peça, ou seja, a matéria prima
utilizada e que dará o efeito desejado, mais leve ou rígido, ele determina
o corte e o caimento, este é escolhido também pela compatibilidade com
a estação, linha e silueta desejada, mas não influencia muito na cor, pois
esta pode ser ajustada.
36

As cores também influenciam muito quando trabalha-se com os


princípios de criação, pois elas podem atingir rapidamente impacto visual, pela
modelagem, despertando olhares e atenção, através destes deixar
transparecer desde seu estado de espírito até características e símbolos.
Segundo Rigueiral (2002, p.99):

As cores tem seu histórico e cada uma teve e tem


representatividade no passar dos anos, geralmente ligado a
maior ou menor dificuldade de obtelas. Já o significado das
cores, ligados a sensações que causam quando são
observadas, ate menos sujeita a mudanças e é objeto de
numerosos estudos por parte de psicólogos, psiquiatras,
sociólogos, etc.

Ainda segundo a autora as cores estão divididas em setores, as cores


primarias são: vermelho, que representa força vital e esta intrinsecamente
ligada a emoções fortes, como paixão, ódio, e perigo. Suas variações mais
fortes seguem em direção aos tons púrpura relacionam-se a calor e perigo, e
os alaranjados a agressões e os mais suaves a paixão o afeto.

O amarelo transmite a luz do sol, e relaciona-se a energia, extroversão,


juventude, otimismo, bom humor, quando usados em roupas infantis remetem a
ingenuidade, quanto aos tons de amarelos puxam os marrons esta relacionado-
a adultos, os mais dourados remetem a riqueza e prosperidade.

O azul lembra o céu, as montanhas, produz ambientes claros e


harmoniosos, os tons mais escuros transmitem seriedade e sofisticação
quando mesclados aos cinzas passam melancolia e depressão.

As cores secundárias, são mesclas das cores primarias, como laranja


que desperta euforia; verde que esta ligado a natureza, e transmite liberdade,
fertilidade e crescimento, ainda fornece contração. O púrpura é muito ligado na
antiguidade, realeza, em tons mais suaves como ameixa, berinjela e
avermelhado, sugerem riqueza e elegância.
37

As cores terciárias consideram-se tons como marrom que como verde


lembram a natureza e segurança, estabilidade e força, em seus tons mais
claros denotam status e também são utilizado para esconder emoções, já os
mais escuros transmitem tranquilidade e solidez.

Os tecidos assim como as cores, tem momentos adequados para cada


um ser utilizado, não é só uma questão de gosto, mas de preço, caimento,
disponibilidade, desempenho, qualidade e época. Como descreve Jones (2008,
p. 122).

"Adequação de um tecido para a criação e moda provem de


uma combinação de fios, construção, peso textura, cor, toque e
estampa, e também de fatores adicionais como ser quente,
resistente a manchas e ser fácil de lavar. O estilista deve ter
uma expectativa razoável de como o tecido vai se comportar:
não se pode forçar um tecido a assumir formas ou estilos
incompatíveis com suas características praticas e visuais”.

Os fios utilizados na produção de tecidos são pertencentes a três


principais categorias: de caráter animal (pelos), vegetal (fibras celulósicas á
minerais) e fibras sintéticas, para que estes se transferem em tecido, podem
seguir por diz processos o de tecelagem ou malharia, mas os filtros, redes,
rendas, tecidos prensados são considerados não-tecidos.

Frente as colocações, nota-se a importância e complexidade envolvida


na criação de um produto de moda, assim, analisar todos os detalhes de uma
peça é essencial para um bom desenvolvimento, ainda segundo Rigueiral
(2002, p. 46): “Os detalhes são os pontos que chamará a ATENÇÃO e não
necessariamente a peça inteira, por exemplo, botões, etiquetas, costuras,
golas, punhos e bordados, apliques, cintos, fivelas, lapelas, acabamentos,
etc,.[...]”

Estes detalhes propõem traços a uma coleção. Ainda, seleção e escolha


dos acabamentos são feitas, levando-se em conta o perfil do consumidor final,
38

adaptando-se tendência, sem desrespeitar suas características, sendo que a


chamada tendência acontece quando se tem repetição de informações em
variados grifes, enfim, são os pontos fortes que se destacam em variadas
peças, de uma ou mais grifes.

Por fim, Jones (2008, p. 59), comenta que:

“Qualquer que seja o setor de mercado ou a categoria da


roupa, é essencial que o estilista e o modelista trabalhem junto
dentro das possibilidades da confecção que lhes são
gerenciadas, levando-se em consideração as limitações
tecnológicas e recursos humanos da empresa.”

O designer é um profissional multifacetado, dinâmico e interativo, que


trabalha em conjunto com diversas áreas, este profissional deve estar apto a
lidar com uma variedade de aspectos técnicos, comerciais, psicológicos,
sociais e econômicos, sendo por isso que o profissional deve ser dinâmico,
observador, atento a novas tecnologias e idéias adaptando-se a elas e
crescendo gradualmente junto e adaptando-se a estas, para obter melhor
desempenho no seu trabalho.
39

3 DESENVOLVIMENTOS DE PROJETO DE DESIGN

3.1 METODOLOGIAS DO PROJETO DE DESIGN

Para um projeto de design, é essencial que se utilize uma metodologia


que fornece uma sequência de tarefas a serem seguidas, ordenando etapas á
através de caminhos que conduzam na busca para solução de problemas. De
acordo com LÖBACH (2009) todo o processo de design pode ser considerado
como um processo criativo e também um processo de solução de que seguem
um roteiro. Metodologia, segundo a definição de Ferreira (2008, p. 552) é: “Sf.
Conjunto de métodos, regras e postulados utilizados em determinada
disciplina, e sua aplicação”. Já a descrição de método é: [...] “Procedimento
organizado que conduz a um certo resultado. Processo ou técnica de ensino.
Modo de agir, de proceder. Regularidade e coerência na ação. Tratamento (3)
elementar.

Para Munari (1998, p. 10), [...] "O método de projeto não é mais do que
uma série de operações necessárias, dispostas em ordem lógica, ditadas pela
experiência. Seu objetivo é o de atingir o melhor resultado com o menor
esforço". Enfim o método fornece auxílio na resolução de problemas.

Segundo Oliveira (1999, p.7):

A metodologia é a concepção da palavra método representa o


caminho pelo qual se atinge um objetivo, ou então um
programa que regula previamente uma série de operações que
se deve realizar, apontando erros evitáveis, sem vista de um
resultado determinado.[...] Com isso, temos que o método é o
caminho ordenado e sistemático para chegar a um fim.

As definições de método transmitem em alguns momentos a idéia de


sistema fechado que bloqueia a criatividade, em alguns momentos lembra uma
40

receita a ser seguida para se obter sucesso. Mas para se atender as


necessidades especiíficas de um projeto e essencial o uso de uma
metodologia, está tem por objetivo orientar e ordenar as etapas construindo os
caminhos que se deve percorrer. A metodologia deve ser escolhida de acordo
com o trabalho e as necessidades se este tiver, se adequando a cada projeto e
adaptando-o se for necessário, seguindo um roteiro que estimule a criatividade.
Munari (1998, p.11) diz que:

Criatividade não significa improvisação sem método: dessa maneira


só se cria confusão, e planta-se nos jovens a ilusão de que artistas
devem ser livres e independentes. A série de operações do método
de projeto é formada de valores e objetivos que se tornam
instrumentos de trabalho nas mãos do projetista criativo. Como se
conhecem os valores e objetivos? São valores reconhecidos por
todos como tal. Por exemplo, se afirmam que misturando amarelo-
limão com azul-turquesa obter-se uma tonalidade de verde, quer se
usa têmpora, óleo, acrílico ou pasteis, estou afirmando um valor
objetivo. Não pode dizer: para mim, obtêm-se o verde misturando-se
vermelho com marrom, pois esta mistura resulta em um vermelho
sujo.
O método de projeto, para o designer, não é absoluto nem definitivo;
pode ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que
melhorem o processo. E isso tem a ver com a criatividade do
projetista, que, ao aplicar o método pode descobrir algo que melhore.
Portanto, as regras do método não bloqueiam a personalidade do
projetista; ao contrario estimulam-no a descobrir coisas que,
eventualmente, poderão ser uteis também ao outros. Infelizmente, um
modo de projetar muito difundido nas escolas consiste em incitar o
aluno a encontrar idéias novas, como se tivessem de inventar tudo,
desde princípio, todos os dias.

Perante o exposto pode-se dizer que não existe apenas um método para
se chegar a um destino concreto de maneira correta, mas sim caminhos mais
propícios para cada situação, podendo ser alterado adaptando-se as
necessidades deste.
Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se a metodologia
proposta por Löbach (2001 apud Rech, 2002, p.27), adaptada para o
desenvolvimento de moda, a qual contempla as seguintes etapas:
41

a) Planejamento – coleta e análise das informações que darão subsídios


às decisões a serem tomadas. Fazem parte desta etapa os departamentos de
design, marketing e gerência de produção. A partir das informações de
mercado pode-se detectar as necessidade e desejos dos consumidores,
gerando assim oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos.

b) Especificação do projeto – Nesta etapa define-se o direcionamento da


coleção, a linha, família e mix de produto. É importante manter o foco no
consumidor e que se conheçam as possibilidades de materiais e tecnologias.
c) Delimitação conceitual – é a definição dos princípios funcionais e de
estilo, não se opondo à imagem da marca e às metas comerciais da empresa.
d) Geração de alternativas – esta fase é marcada pelo inicio da
materialização das referencias obtidas nas fases anteriores, onde através de
desenhos, ferramentas computacionais, e de modelagem tridimensional o
designer começa a gerar idéias e a dar formas aos novos produtos.
e) Avaliação e elaboração - Sob os critérios da especificação de projeto,
nesta fase é selecionada as melhores idéias que seguirão para as etapas de
desenho/ ficha técnica, desenvolvimento de modelagem, protótipo, testes de
usabilidade e avaliações técnicas e comerciais.
f) Realização – o projeto entra na fase final de detalhamento, definindo
todas as bases para a produção seriada. Nesta etapa o designer atua
indiretamente nas decisões, porém sua participação é fundamental, pois o
acompanhamento poderá fornecer dados para a inserção de novos produtos ou
adequação nos processos produtivos.

O roteiro elaborado podem ser representadas, organizadas e


esquematizadas como demonstrado na tabela 01:

Etapas Ações

Objetivo do projeto;
Planejamento Percepção do mercado e descoberta de oportunidades;
42

Identificar o problema de Design;


Definição de estratégias de marketing, desenvolvimento e
produção;
Delimitação do projeto.

Analise e coleta Síntese do universo do consumidor;


de dados Pesquisa do conteúdo de moda.

Delimitação Geração de conceitos e definição de conceito gerador.


conceitual

Geração de Geração de alternativas de solução de problemas (esboços/


alternativas desenhos/ estudos de modelo);
Definição de configuração, materiais.

Avaliação e Seleção das melhores alternativas;


elaboração Detalhamento de configuração (desenho técnico).

Realização Correção/ adequação;


Ficha técnica definitiva e peça piloto;
Produção.
Tabela 01- Metodologia adaptada do Löbach.
Fonte: Rech 2002.

3.2 EXECUÇÃO DO PROJETO

3.2.1 Planejamento

3.2.1.1 Objetivo do projeto:

Desenvolver uma coleção de lingerie plus size.


43

3.2.1.2 Percepção do mercado e descoberta de oportunidades

O mercado da moda é muito amplo, e com ele crescem todos os setores


que oferecem produtos relacionados à beleza, estes têm de ser de fácil e
rápido acesso, para acompanhar o ritmo acelerado que hoje se vive.

Atualmente sente-se muita preocupação com a aparência, os padrões de


moda mudaram, perante a sociedade, quanto mais magra, mais bonita a
pessoa está, ou pelo menos se sente, estes padrões são divulgados pela
imprensa e por meios de comunicação, e a indústria segue uma padronização
cada vez menor, isso cria uma grande dificuldade para as pessoas mais
cheinhas, em encontrar roupas que se adéquem ao seu biótipo e estar na
moda, sem tornarem-se inconvenientes.

As mulheres trabalham e conquistaram sua independência, e apesar da


sociedade ditar conceitos de moda, existe uma grande parcela desta que é
excluída dos padrões de beleza e consequentemente do foco da indústria, se
tornando um nicho de mercado, denominado plus size, composto por mulheres
que usam tamanhos entre a numeração 46 a 56, pertencentes a diferentes
classe sociais, que possuem trabalhos variados assim como são suas idades,
procuram no mercado algo que as deixem belas nas suas formas naturais,
principalmente tratando-se de roupas, pois estas atendem principalmente a
numerações menores que o tamanho quarenta, e além disso não se adéquam
ao biótipo físico destas.

Tratando-se de lingerie, pode-se dizer que este mercado aumentou


consideravelmente, pois estas passaram de simples peças que tinham a
função de segurar e dar forma ao corpo, para agora serem peças de desejo e
cobiça entre as mulheres, sendo que algumas ainda podem ser utilizadas como
peças para uso diário. As matérias primas utilizadas também se modernizaram,
tendo funções como antibacteriana, anti-ácaro, mais finas e resistentes que
imitam a pele humana. O público é exigente, e procura pesas que proporcione
bem estar, se adequando as necessidades do usuário.
44

Sendo assim, se faz necessário estar atualizado perante as novidades e


ultimas tendências, projetando peças que possam seduzir as mulheres através
da sua estética, conforto e qualidade, transmitindo sensualidade e segurança.

3.2.1.3 Identificação dos problemas de design

Uma das grandes dificuldades que as mulheres plus size encontram na


hora da compra de roupas íntima são os tamanhos, o conforto, e a
sustentação, que estes deveriam fornecer. No caso dos sutiãs, a maioria não
dá segurança, e deixa sobras na lateral do peito, sendo que para as mulheres
que possuem a parte superior do corpo mais fina e seios fartos, as laterais
sempre ficam frouxas, e as alças finas chegam a machucar o corpo feminino,
quando a relação se inverte, ou seja, seios pequenos e costas largas, são os
bojos que apresentam problemas, pois para servir no corpo, se adquire
modelos maiores, e o bojo fica largo e falso.

As peças inferiores, ou seja, as calcinhas existem em variados modelos,


tecidos, cores, mas quando se trata destas peças para as mulheres mais
cheinhas, têm-se inúmeros problemas, pois elas geralmente não se adéquam a
o corpo destas mulheres, apertam, nunca enrolam, muito cavadas, outras são
confeccionadas com tiras finas que machucam e deformam o corpo, e as
fornecidas em tamanhos maiores, são em modelos pouco atrativas, não
possuindo nenhuma ergonomia, marcando as roupas.

As roupas intimas oferecidas no Brasil segundo Afimus (2009, apud


Lacerda 2009), não tem ergonomia, e variações em numerações, isso causa
grandes problemas na hora da compra, pois nada serve direito, e ao invés de
ter prazer em fazer compras, as mulheres acabam se estressando, e quando
adquirem peças de roupas, se sentem mau em usá-las, outras tem vergonha.
45

3.2.1.4 Definição de estratégias de Marketing, desenvolvimento e produção

Atualmente o mercado encontra-se cada vez mais competitivo, o


direcionamento de público alvo e a divisão nos setor de serviços e produção e
uma solução encontrada para atingir o mercado com mais precisão, o
segmento de mercado e um artifício utilizado pelo marketing, e trabalha com
fatores empresariais, exemplo disso é a logística, e os custos com
comunicação.

De acordo com Simonato (2008, p.35):

Em se tratando de mercado de moda, as empresas precisam


perceber que os consumidores não podem mais ser divididos
apenas por faixas etárias, mas por grupos de interesse e
posturas em comum. Sendo assim as segmentações podem
ser divididas de acordo com a renda, grau de instrução, sexo,
faixa etária, entre outros parâmetros.

Perante um público tão grande e com tantas exigências, e indispensável


que o desenvolvimento dos modelos contemplem como estratégias de
marketing a valorização da mulher, assim a coleção não busca apertar e
esconder o corpo e sim, valorizar de forma sensual as curvas da mulher.

Perante a produção, a matéria prima utilizada, será com tecidos que


mais se adéquam ao corpo, assim deverão ser confortáveis e resistentes.

3.2.1.5 Delimitação do projeto

 Mix de produtos
O mix de produtos é a definição de artigos que a coleção deve conter,
pontuando as análises e as considerações das coleções anteriores. Como este
46

é um projeto estudantil, o mix foi desenvolvido com o intuíto de abordar uma


certa variedade de peças, sem fins mercadológicos.

Peças a serem desenvolvidas:

A coleção será composta por seis peças envolvidas em um mix de


produto conforme segue:

Tabela 02: Mix de produtos.


Fonte: Autora
47

3.2.2 Análise e coleta de dados

3.2.2.1 Síntese do universo do consumidor

As mulheres de hoje são independentes, trabalham estudam, tem filhos,


possuem casas próprias, tomando decisões, são críticas exigentes administram
seus consumos, enfim são independentes, mas não deixam a vaidade de lado
e consomem uma infinidade de cosméticos, roupas, calçados, enfim inúmeros
produtos para ressaltar sua beleza, pois possuem pouco tempo, para cuidarem
de si mesmas, até mesmo as mais jovens já se preocupam com beleza, e
aparência. Com o crescimento do consumo, as indústrias passaram a oferecer
inúmeros produtos a esse público, criando uma competição infinita entre si,
para chamar a atenção destas para com elas, oferecem produtos e serviços
especiais a cada cliente.

Segundo Martins (2005 apud. Balem 2009 p. 67):

Consumidoras e tomadoras de decisão. Com dinheiro no bolso


e muita disposição para gastar. Esse é o público-alvo que
forma o maior grupo consumidor da atualidade. As mudanças
no papel desempenhado pela mulher vieram, e com elas
diversas oportunidades para as empresas. Ela saiu para o
mercado de trabalho, tornou-se profissional remunerada,
adquiriu poder de compra e de decisão. Algumas empresas
perceberam isso rapidamente e trataram de “abocanhar” esse
nicho, antes esquecido pelos estrategistas e vendedores.

A exigência para com serviços, materiais, acabamentos é cada vez


maior, os detalhes passaram a ganhar destaque, pois são estes que fazem a
diferença na hora de se escolher um produto. O sentir-se bem com os produtos
e com a marca e os conceitos que está carrega também influência na hora da
compra, seduzindo as mulheres através da estética, do conforto e qualidade,
além do preço.
48

O crescimento da indústria de beleza, também incentiva o público


feminino a cuidar mais de sua aparência, do seu corpo, elegância e
comportamento, pois fazer-se bela é um investimento. E é por isso que este
mercado tornou-se um nicho tão grande, e tão explorado, pela eterna procura
da beleza ideal.

 Perfil do público3

Atualmente a sociedade impõe padrões de beleza, e a maioria das


pessoas seguem estes padrões, mas para estar na moda não basta apenas se
vestir bem, tem que estar também dentro dos padrões de medidas
estabelecidas, e para o mercado atual a regra é quanto mais magra melhor.

Para as mulheres gordinhas ,além dos preconceito sofrido, é difícil


acompanhar a moda, pois a indústria de moda projeta modelo para mulheres
magras, este ato deixa para trás um grande nicho de mercado, que também se
preocupa com a beleza, e não se importa de gastar um pouco mais para ter
algo que deseje, e se adéque ao seu biótipo físico.

Tratando-se de roupas, elas querem mais do que simples trajes para


proteger o corpo, querem roupas práticas, versáteis e acima de tudo
confortáveis que as deixem seguras e sensuais, que se refletindo ao seu perfil
e estilo de vida.

O produto a ser desenvolvido, e correspondente ao público feminino plus


size, pertencente a classe C, crescendo mais a cada ano que passa, esse
grupo vem se ampliando, e é tido no mercado como a grande parte das
empresas apostam.

3
A opção é própria da autora, pois se trata de um Trabalho de Conclusão de Curso.
49

Segundo Resende (2010):

A classe C ampliou sua participação para 49% da população


brasileira em 2009, ano marcado pela crise econômica global,
ante 45% no ano anterior, chegando a 92,85 milhões de
pessoas.
Segundo o "Observador Brasil 2010", a expansão da classe C
chegou a 15 pontos percentuais, considerando os dados desde
2005, quando essa fatia da população representava 34% do
total. Naquele ano, as classes A/B respondiam por 15% e as
D/E, por 51%.

 Descrição do público avo:

- Sexo feminino;

- Faixa etária de entre 18 e 45 anos, pois alem disso o corpos estas


sofrem mudanças por funções de desenvolvimento e hormonais;

- Vestem manequim entre a numeração 44 a 56;

- Seus estados civis dependem, podendo ser solteiras, casadas, com


filhos ou não.

- Pertencentes à classe C;

- A situação financeira em que se encontram é de aproximadamente


entre dois mil reais a cinco mil reais mensais.

- Este seleto grupo trabalha, estuda, cuida da casa e dos filhos (se estas
os tiverem), saem, vão para festas, reuniões, etc.;

- São mulheres atuais, exigentes, modernas e contemporâneas;

- São mulheres descontraídas, vaidosas, sensuais, observadoras,


cuidadosas, práticas, afetivas.

- Possuem autonomia, fazem viagens, são frequentadoras assíduas de


festas, bares, boates, cinemas, teatros;
50

Para melhor visualização do público alvo segue fotografia 01:

Quadro 01: Representação do público alvo.


Fonte: Autora.

 As novas tendências

A moda esta interligada ao estilo de vida levado pelos variados grupos


sociais, por outro lado como comenta Simonato (2008, p.38):

Tendências de moda são previsões de materiais, cores,


texturas, tecidos, que serão usados em cada estação, nos
países da Europa, por exemplo, as tendências se antecedem
devido a estação, mesmo assim, o Brasil não deixa de se
destacar por sua criatividade. As tendências possuem um
tempo curto de vida, e é por esta razão que quem fazer melhor,
que estiver mais ligado nas mudanças constantes, é quem se
destacará.

Muitas das tendências revivem as passadas como uma fonte de


inspiração na hora de criar as novas, mas incluindo-as no contexto atual. O
desejo por mudança, acontecendo de modo geral, simultaneamente no mundo,
cada uma adaptada aos costumes de cada região.
51

As tendências estão presentes em todos os lugares, a cultura


contemporânea mostra que tudo esta em constante movimento, sempre em
direção a mudanças melhores o que caracteriza a evolução da sociedade, esta
acontece pela fascinação humana pelo novo.

A moda participa intensamente no processo de criação de tendência,


criando uma cultura de desejo e consumo desenfreado, que movimenta o
mercado, provocando deste modo a criação de novas coleções, e as
tendências torna-se referencia de estilo. Segundo Balem (2009) na moda, não
se sabe quanto tempo uma tendência vai durar, e o que poderá substituí-la,
mas pode prever um novo estilo por meio de avaliação, do meio onde se vive,
da economia, etc.

As tendências podem ser consideradas previsões do que estará em alta,


estas podem ser em materiais, cores, texturas, tecidos, que serão utilizados
nas próxima estação, em cada pais. Portanto o principal objetivo das
tendências é acompanhar é acompanhar o mercado, visando as expectativas
do consumidor, variando de acordo com seus gostos e estilo de vida.

São tendências para este próximo verão de acordo com Sanagiotto


(2011) o catalogo Primavera/ Verão 11/12 Um verão festivo os temas: A febre
Pantone, Policromia, Mergulhe - uma narrativa do mundo submarino da fauna e
da flora, Tendência Prada: quase tropical

Este catálogo também apresenta grande variedade de apostas em


tendências para o verão 2012, com, vários estilistas que apostam em cores
neutras como branco, preto e nuances de tons terrosos, além é claro das
estampas coloridas e florais. Assim como, os apliques, brilhos e detalhes
metalizados serão trabalhados no verão, juntamente como texturas, franjas
curtas, linhas curvas e retas, como pode-se visualizar na fotografia 2 abaixo.
52

Quadro 02: Analise de tendências.


Fonte: Autora

 Os Similares

São considerados similares como um todo, qualquer produto que esteja


inserido no mercado atual, que possuam as mesmas características e
semelhanças.

Quadro 03: Painel de Similares.


Fonte: Autora
53

Pode-se observar nas imagens, a sensualidade, harmonia e conforto,


com rendas, frufrus4 e babados que deixam as peças mais sensuais e
delicadas.

3.2.3 Delimitação conceitual

3.2.3.1 Geração de conceitos e definição de conceito gerador

O conceito tem como função principal, produzir o princÍpio de projeto,


com o objetivo de fixar os aspectos funcionais, dando forma a um novo
produto, para que este satisfaça as exigências impostas pelo seu público alvo.

Para a geração deste conceito, traçou-se o perfil do público alvo, não


esquecendo das suas necessidades e desejos, como já foi visto anteriormente,
e com base neste construiu-se um painel semântico.

Quadro 04: Painel Semântico.


Fonte: Autora

4
Frufru: união de tecidos, que provocam movimentos simultâneos na peça como babado mas
este é duplo.
54

As imagens representam:

- Beleza;
- Conforto;
- Sedução;
- Elegância.

 Tema de coleção:
É utilizado como meio de induzir a criatividade, direcionando um foco,
podendo ou não ter relação com as pesquisas e tendências estudadas, mas
deve estar explícito no desenvolvimento, pois, este norteia todo o projeto,
principalmente nas escolhas e compra de materiais como: tecido, aviamentos,
definindo cores, enfim, direcionado o projeto.

Com base em tudo o que já foi exposto, e visando o público alvo,


levando-se em consideração as novas tendências, define-se o tema de coleção
como:

“Uma narrativa de estampas coloridas e florais, inspiradas nos corais”.

Perante os tecidos serão, priorizados malha leves, e fluí das,


transparentes ou texturizadas com alta tecnologia.

As características mais presentes serão:

-Transparência
-Luminosidade
-Concentrado
-Diluídos
55

Quadro 05: Painel de abstração de formas.


Fonte: Autora

Neste painel pode se observar a repetição dos elementos, a presença


dos tentáculos que podem ser representados em forma de franjas, nas peças,
também curvas sinuosas e formas orgânicas, ramificações e apresenta-se
também ângulos retos. As cores são diversas, indo de tons corais e amarrons
até cores mais vibrantes como vermelho, lembrando tons sóbrios como azul-
marinho e o próprio preto causado pela água em profundeza.

3.2.4 Geração de Alternativas

3.2.4.1 Geração de alternativas de soluções de problemas (esboços/ desenhos,


estudo de modelo).

Nesta fase é onde se inicia a criatividade e demonstram-se por meio de


esboços as idéias em relação ao projeto, com base nos quadros de imagens,
conceitos, tendências, enfim, nas pesquisas realizadas no decorrer do projeto,
utilizando-as como fonte de inspiração.
56

A seguir as gerações de alternativas:

Quadro 06: Geração de alternativas: corpete 01


Fonte: Autora

Na quadro 06: O Corpete com calçinha apresenta rendas que remetem


aos corais gorgonia e soft coral, as linhas sinuosas fazem lembrar as dos
Lobophytum SP. A calçinha possui laterais largas, não tão cavadas, com
franzido na frente para não enrolar na coxa, mas fio dental nas costas. Já o
corpete possui uma estrutura mais firme, para melhor sustentação do busto,
este possui alças que podem ser removidas, possui fecho frontal, para facilitar
no vestir da peça.
57

Quadro 07: Geração de a alternativas: corpete 02


Fonte: Autora

Este corpete (quadro 07), também possui bojo estruturado, fecho frontal
a gancho e alças largas, mas estas podem ser removíveis (engate metálico),
também possuem um leve franzido no tecido que fazem lembrar os tentáculos
das anêmonas em movimento simultâneo, este também se repete na calcinha,
formando integração a peça. Esta segunda peça, possui laterais largas, cós
baixo, com aplicação de renda, estas também remetem aos corais gorgonia e
soft coral, sendo que estes podem possuir formas variadas, e alguns cores
vibrantes, estas estão presentes em partes localizadas da peça, e com
aplicação de stras.
58

Quadro 08: Geração de alternativas: corpete 03


Fonte: Autora

Conjunto de corpete com calçinha fio dental (quadro 08), inspirada na


água límpida e profunda que com a presença de luz mostra sua beleza em
pequenos seres que vivem neste ambiente, com cores exuberantes e
sedutoras, que chamam a atenção; esta peças reproduz esta experiências,
despertando interesse nos detalhes.
59

Quadro 09: Geração de alternativas: conjunto de camisola com calcinha 01


Fonte: Autora

A camisola com calcinha (quadro 09) possui uma leve transparência, e


um bojo estruturado com bordado que remetem a forma do coral gorgonia, e os
babados lembram os movimentos feitos pelos “tentáculos” Gold Star Coral. A
calcinha é mais larga nas laterais, mas cavada nas pernas, com curvas
sinuosas e a mesma idéia de babado.
60

Quadro 10: Geração de a alternativas: conjunto de camisola com calcinha 02


Fonte: Autora

Camisola com calcinha (quadro 10) em tecido com leve transparência,


fecho frontal com ganchos e arremate em stras, presença de babados no busto
e barrado da peça, com bojo estruturado e presença de aro, alças largas para
ajudar na sustentação, nas laterais do busto presença de renda assim como na
calcinha, esta é mais larga, mas com firo em algodão.
61

Quadro 11: Geração de alternativas: conjunto de camisola com calcinha 03


Fonte: Autora

Camisola com calcinha (quadro 11) estruturada em renda com babados,


alças largas e estruturação no busto para sustentação, os babados remetem a
o coral Lobophytum SP.
62

Quadro 12: Geração de alternativas: conjunto de sutiã com caleçon 01


Fonte: Autora

Conjunto de sutiã com caleçon (quadro 12), estruturado em microfibra e


renda, presença de tope frontal. No caleçon, não possui muitos detalhes, mas a
renda segue a mesma proposta das anteriores, e os recortes, são obtidos
através de linhas orgânicas obtidas pela analise dos corais. Já a parte superior
63

do conjunto, também possui fecho frontal por ganchos, bojo estruturado,


laterais largas.

Quadro 13: Geração de alternativas: conjunto de sutiã com caleçon 02


Fonte: Autora

Conjunto de sutiã mais caleçon (quadro 13), a parte superior, segue com
fecho por gancho na parte de trás, bojo estruturado e com aro, aplicação de
renda seguindo a mesma proposta anterior, e fitas penduradas dando
64

impressão de “tentáculos” Gold Star Coral, barrado inferior mais largo com
laterais largas também; o caleçon segue a mesma proposta da inferior, mas
com recortes nas laterais preenchidas por renda que se estendem até a parte
de trás da peça.

Quadro 14: Geração de alternativas: conjunto de sutiã com calcinha 01


Fonte: Autora

Este conjunto sutiã com calcinha (quadro 14), transmite sensualidade


nas suas formas, com linhas sinuosas, e muita renda que lembra o aspecto do
65

Crisp pillow coral, o sutiã possui alças largas e laterais reforçadas para melhor
estruturação do busto, a calcinha também possui laterais mais largas em renda
e costuras internas e forros em algodão com biopolimento.

Quadro 15: Geração de alternativas: conjunto de sutiã com calcinha 02


Fonte: Autora

O conjunto de sutiã com calcinha (quadro 15), com recortes no busto,


fecho frontal e reforço inferior para melhor sustentação do busto, este possui
detalhamento com renda e leve transparência na lateral, no bojo também se
tem aplicação de stras.
66

A calcinha possui cós alto, com recortes ousados, e aplicação de renda


nas laterais, na altura do cós possui aplicação de fita.

3.2.4.2 Definição de configuração e materiais

A autora Jones (2008, p. 99) As formas são de extrema importância, pois


é nelas que se pode observar proporções, o desenho da silueta, pois estes
chamam a atenção causando impacto no modele desenvolvido. As cores são
fonte de inspiração em painéis que exibam um estilo a ser seguido, de acordo
com o tema. Neste trabalho utilizou-se o caderno de tendências como fonte de
inspiração na elaboração da cartela de cores, como pode ser visualizada a
seguir.

Quadro 16: Tendência de cores


Fonte: Autora

Dentre tantas cores optou-se por trabalhar com uma cartela de cores
mais reduzida, pois a coleção não contem um grande numero de peças. Por
meio deste painel, é possível perceber visualmente as cores, formas que
67

traduzem o tema da coleção e o que elas transmitem, criando deste modo uma
identidade visual única.

Com o tema de coleção definidos, e através da representação do painel


semântico, sendo assim possível visualizar as cores predominantes, dando
origem a uma cartela de cores, pois segundo Rigueiral (2002, p. 98), descreve
que: “As cores são consideradas como o primeiro impacto visual, partindo do
conceito de que não existem cores feias, o que existe é combinação
harmoniosa”. A este respeito ainda procede Jones (2008, p. 119): “[...] uma
paleta de moda tem entre quatro e dez cores”.

E com base na cartela anteriormente vista pode-se dizer que segue-se


uma linha que varia do preto, anuências de azul, passando pelos marrons indo
em direção a tons avermelhados e alaranjados. Deve-se observar e
estabelecer relações entre contraste e luminosidade, além dos tons
complementares.

Também se deve levar em consideração o público alvo que se desejem


atingir. Rigueiral (2002), comenta que as corres são responsáveis também por
modernizar a peça dando leveza quando necessário e embelezando também a
peça.

Conhecer bem o público ajuda a direcionar na criação dos modelos, pois


isso ajuda na hora de detalhar melhor as formas que estas valorizam o
consumidor. Para este projeto utiliza-se uma seqüência de medidas muito
utilizadas no exterior, mas já introduzida no Brasil como pode-se observar no
anexo A. Este mostra variados tamanhos de taças (bojos), de sutiãs e
camisolas com tamanhos variados, um exemplo disso é compra o tamanho 46
com taça C, enfim o cliente opta pela melhor opção que se ajuste melhor ao
corpo, correspondente ao seu tamanho, criando assim maior relação com o
cliente principalmente com pessoas que fazem uso de prótese mamaria, com a
finalidade de ser mais atraentes .
68

A tabela abaixo representa a cartela de cores utilizadas:

Quadro 17: Tabela de cores utilizadas.


Fonte: Autora

Além da cor, o tecido influencia na hora da compra, e torna-se de grande


valia, utilizando técnicas agradáveis ao toque, como peso, textura e cor ideais
para cada estação, Isso é determinado pelo tipo de fibra utilizada, existem tipos
de fibras de animal, vegetal e mineral, cada uma possuindo suas próprias
características, sendo utilizadas pelo seu desempenho, aparência e cor.

Neste trabalho foi utilizado para a construção das peças forros de


calcinhas em algodão com biopolimento (tecido natural que passa por um
processo de alta limpeza, purificada e retirado todo os químicos, tornando
estes ainda mais resistentes, limpos e sem causar alergias), rendas que
transmitem sensualidade, com jogos de transparência, sendo esta uma
tendência no mercado atual, e por fim tecidos a base de poliamida com
elastano, que proporcionam conforto ao toque e elasticidade a pesa, tanto
inferior quanto superior.
69

 Descrição dos tecidos

Os tecidos utilizados na produção das peças devem ser leves e fluidos,


pois a transparência oferecida por estes remete a sedução, que segue a
proposta do projeto.

A seguir tabela de tecidos, suas referencias condizem a combinados de


acordo com a ficha técnica com pode ser visualizado ao seguir do trabalho.
70

Tabela03: Tabela de tecidos utilizados.


Fonte: Autora
71

3.2.5 Avaliação e elaboração

3.2.5.1 Seleção das melhores alternativas

Através dos esboços visualizados anteriormente, foram selecionadas as


alternativas que melhor se adequaram ao público alvo, embasados aos
conceitos já definidos.

Para tanto foram selecionados os modelos a seguir, para formarem a


coleção.

Quadro 18: Conjunto de sutiã meia-taça top com calçinha.


Fonte: Autora
72

Quadro 19: Conjunto de sutiã top com calçinha.


Fonte: Autora

Quadro 20: Conjunto de camisola com calçinha.


Fonte: Autora
73

Quadro 21: Conjunto de corpete com calçinha fio dental.


Fonte: Autora

3.2.6 Realização

3.2.6.1 Correção e adequação

Nesta fase detectam-se mecanismos utilizados para melhor adequação


das peças ao corpo da mulher com o uso de elásticos e tecidos que
proporcionem mobilidade, fitas no bojo, proporcionando regulagem a peça, de
acordo com o gosto do indivíduo, os recortes que valorizam as curvas
femininas sem marcar, o tamanho das laterais das peças como a largura das
alças, levando-se em consideração o conforto e a sensualidade que a peça
transmite.
74

Um dos grandes diferenciais utilizados neste trabalho é que todas as


peças, apesar de serem conjunto, podem ser vendidas separadamente, já que
estas não possuem regulagem interna, portanto uma mulher que possua
tamanho 50 no busto, poderá adquirir a calcinha com numeração do 44 ao 56,
conforme o caso.
75

4 RESULTADO DO PROJETO

4.1 DETALHAMENTO DE CONFIGURAÇÃO (DESENHO TÉCNICO)

O desenho técnico na moda é chamado de ficha técnica, pois segundo


Gomes Filho (2006, p. 216) o desenho técnico “é uma linguagem gráfica
representada por meio de normas, codificações e especificações técnicas
convencionais”. A ficha técnica possui a função de informar dados importantes
no produto, como modelo de frente e de costa, dados da composição do tecido,
etc.

Segundo Rigueiral (2002, p. 184) considera-se ficha técnica:

“[...] é o documento que deve conter todas as informações


necessárias para a formação do custo do produto e sempre
que possível devera incorporar também as informações
fundamentais para o planejamento de compras de matéria
prima”.

A seguir pode ser visualizada a ficha técnica dos modelos já definidos


para a formação da coleção.
76

Quadro 22: Desenho técnico: Conjunto de camisola com calçinha A.


Fonte: Autora
77

Quadro 23: Desenho técnico: Conjunto de camisola com calçinha B.


Fonte: Autora
78

Quadro 24: Desenho técnico: Conjunto de corpete com calçinha fio dental A.
Fonte: Autora
79

Quadro 25: Desenho técnico: Conjunto de corpete com calçinha fio dental B.
Fonte: Autora
80

Quadro 26: Desenho técnico: Conjunto de sutiã top com calçinha fio dental A.
Fonte: Autora
81

Quadro 27: Desenho técnico: Conjunto de sutiã top com calçinha fio dental B.
Fonte: Autora
82

Quadro 28: Desenho técnico: Conjunto de sutiã meia-taça top com caleçon A.
Fonte: Autora
83

Quadro 29: Desenho técnico: Conjunto de sutiã meia-taça top com caleçon B.
Fonte: Autora
84

4.2 DESENHOS ILUSTRATIVOS

A seguir serão apresentadas as ilustrações da coleção:

Quadro 30: Ilustração conjunto de camisola com calcinha.


Fonte: Autora
85

Quadro 31: Ilustração conjunto de corpete com calçinha fio dental.


Fonte: Autora
86

Quadro 32: Ilustração conjunto de sutiã top com calcinha fio dental fio dental.
Fonte: Autora
87

Quadro 33: Ilustração conjunto de sutiã maia-taça top com caleçon.


Fonte: Autora
88

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas pesquisas realizadas ao longo do projeto, conseguiu-se


adquirir uma melhor compreensão do universo da moda, suas tendências, e o
ciclo destas, o desenvolvimento de uma coleção de moda, levando-se em
consideração o público alvo e o universo onde este está inserido, entre outros.
Tendo em vista as necessidades que o público possui e o oferecido pelo
mercado, aliando-se com os objetivos deste projeto que eram: Desenvolver
uma coleção de lingerie para moda plus size, que realcem seus atributos de
maneira atraente e sensual, levando-se em conta o conforto, desenvolveu-se
uma coleção de lingerie com uma mistura de elementos dos corais,
desencadeando cores e cortes que realçam ainda mais a beleza e a
sensualidade da mulher brasileira.

Considerando-se que os objetivos propostos, foram atingidos de maneira


satisfatória, conclui-se que o resultado foi suficiente, e atende aos desejos e
necessidades do usuário.
89

REFERÊNCIAS

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faz o maior sucesso nos Estados Unidos, conta sua história de sucesso e dá
dicas de estilo. Revista MdeMulher, São Paulo: Copyright Editora Abril S/A, 12
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gg-469861.shtml?page=1. Acesso em: 28 de setembro de 2011.

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90

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Estado Nutricional de Crianças, Adolecentes e Adultos no Brasil.
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TISSIANI, Kanira, Curso de desenvolvimento de produto de moda. Curso


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91

APÊNDICE: MARCA DESENVOLVIDA COM BASE NO PÚBLICO ALVO

Quadro : Marca desenvolvida


Fonte: Autora
92

ANEXO A – TIPOS de fibras


93

Quadro de tipos de fibras


Fonte: Jones (2005, p. 120 – 121)
94

ANEXO B – Numeração para vários tipos de seios

Quadro de tipos de fibras


Fonte: Liz Fit Sense

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