Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - EÓLICA
Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - EÓLICA
Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - EÓLICA
da 12 classe, no sentido de compor uma idéia de como analisar um sistema eólico que
obedece a mesma estrutura após o processo de produção. Desta feita foram feitas
diversas consultas sobre assunto em fontes de informação como livros e artigos como:
Os sistemas eólicos são divididos em dois grandes grupos, sendo o primeiro o dos
sistemas de grande potência e o segundo, os de baixa potência. O que difere um do outro,
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além da capacidade de geração, é o fato de que os mesmos são compostos por diferentes
componentes, apesar de que, de modo geral, ambos são formados pelos mesmos blocos.
Quanto à construção dos componentes, grande parte da estrutura de uma torre eólica
é construída em terra firma e transportada até o local de instalação.
Em alguns países da europa estão a ligar diversos parques eólicos offshore do Mar do
Norte, Europa, à rede elétrica. Com capacidade de transmissão de 900 MW, essa
ligação de 160 km com corrente alternada de 155 kV, fornecida pelas centrais eólicas,
será transformada em corrente contínua de 320 kV. Foram estudadas formas de se
aumentar o nível de tensão como podem ser analisadas nas figuras abaixo.
Na Figura 1 pode ser observada uma representação de um parque eólico ou a conexão
de varias usinas eólicas a um mesmo PCC (Pontos de Conexão Comum).
Figura 1: Esquema representativo de um parque eólico.
Quanto à conexão do parque ao PCC deve ser dada uma atenção ao nível de tensão,
frequência e potência reativa (para conexão em corrente alternada) para que sejam as
mesmas em ambos os pontos da conexão. É comum dividir fazendas muito grandes em
ilhas conectadas a estações e, então é estabelecida uma conexão das estações até a rede
elétrica
A potência ativa gerada pelas turbinas pode ser radial ou em série, como pode ser
observado nas Figuras 2 e 3
Figura 2: Conexão do parque eólico em série Figura 3: Conexão radial do parque eólico
que eólico em série
O conversor conectado a cada aerogerador pode ser adaptado a diferentes níveis de tensão
e exigências sobre a qualidade da tensão. Na abaixo pode ser observado um diagrama
unifilar de uma transmissão em corrente contínua sem o uso de transformadores,
considerando que os níveis de tensão dos aerogeradores estão crescendo e a tendência é
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chegar a valores próximos a 13,8 kV, possibilitando níveis de corrente contínua mais
elevado.
A conexão dos parques eólicos ao ponto comum de conexão (PCC) podem ser de dois
tipos: Transmissão em corrente alternada ou Transmissão em corrente contínua. Na
figura abaixo pode ser vista a configuração da transmissão em corrente alternada.
Nesta configuração os conversores estão sendo utilizados para elevar a tensão do elo CC,
isso pode ser aplicado para transmissão em HVDC (High Voltage Direct Current). Este
sistema apresenta as seguintes vantagens do uso dessa configuração:
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• Para esse tipo de construção modular permite padronizar em módulos, assim, pode
ser adaptado com diferentes níveis de tensão e exigências sobre a qualidade de
tensão.
• Facilidade de manutenção, no caso de uma falha, apenas os módulos defeituosos
têm de ser substituídos.
• A turbina pode continuar operando mesmo se um módulo conversor deixar de
funcionar.
A produção pode ser feita em fontes naturais como: hidráulica, térmica, solar ou outra, e
transportar a energia resultante aos consumidores. Este transporte é feito utilizando os
sistemas de transmissão e distribuição.
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Bancos de Capacitares: fontes de energia reativa geralmente com o intuito de melhorar o
fator de potência e níveis de tensão na rede de distribuição. Podem ser constituídos por
mais de um capacito sendo operados manual ou automaticamente.
Existem vários tipos de sistema de proteção elétrica, sendo que cada um tem uma
finalidade numa instalação. Os principais são:
• Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas: são utilizados equipamentos e
métodos para que haja a proteção contra descargas atmosféricas. Para isso, podem ser
utilizados vários equipamentos, como para-raios e gaiolas de Faraday.
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• Sistemas de proteção contra sobretensão: são utilizados equipamentos e métodos para
garantir uma proteção contra as sobretensões. Para quem não sabe, estes eventos podem
ocorrer a partir de descargas atmosféricas, manobras na rede elétrica e descargas
eletrostáticas. Os dispositivos mais utilizados são os descarregadores.
Além destes sistemas, existem outros equipamentos que cumprem a função de proteção
elétrica, como, por exemplo, os controladores permanentes de isolamento (CPI). Convém
mencionar que os CPI são frequentemente aplicados em indústrias e hospitais, uma vez
que controlam o isolamento de uma instalação elétrica a fim de sinalizar anormalidades
e, assim, evitar o corte de alimentação.
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Coordenação: é a condição que se dá a dois ou mais equipamentos de proteção operarem
numa determinada sequência, previamente definidas, quando em condição de falta no
sistema. A coordenação tem por objetivo fazer com que a menor parte da rede afetada,
fique desativada, e evitar que os equipamentos de proteção, que não possuem religamento
automático acionem em faltas transitórias.
comutadores
de Seeccionam ento Seccionadores em vazio
sob carga
contactores
Dispositiv os Reles termicos
contra sobrecarga
Termistore s
de protecção Fusiveis
contra curto - circuito Reles
Electromag netismo
I nf 1,13 I max
Para disjuntores , para protecção contra sobre cargas, desde que satisfaça
I f 1,45 I max
a seguinte condição: I s I n I z
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Na escolha da secção nominal dos condutores de uma canalização é escolhida de forma
que a sua corrente máxima admissível seja maior ou igual que a corrente de serviço.
I max I s
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interface com as redes de distribuição estas podem ser entregue em redes com linhas
aéreas ou subterrâneas.
Aéreas
As redes aéreas geralmente são instaladas sobre as torres de alumínio-aço, apoios de
betão, mais concretamente em zonas rurais, aldeias e bairros suburbanos, as quais são
constituídas em dois tipos de condutores: Condutores não isolados/nus; Condutores
isolados (por exemplo, cabo torçada).
Subterrâneas: Uma solução para os grandes centros urbanos é o uso de linhas
subterrâneas. A principal dificuldade é no isolamento e blindagem dos condutores, de
forma a acomodarem-se nos espaços reduzidos, ao contrário das linhas aéreas que
utilizam cabos nus, utilizando-se do ar como isolante natural.
O uso de condutores isolados também dificulta a dissipação de calor, reduzindo
consideravelmente a ampacidade da linha.
Postes
Os apoios ou postes definem-se como sendo elementos cuja função é suportar os
condutores, podendo ser metálicos, de betão armado, ou em certos casos para linhas de
BT ser de madeira. Regra geral, os apoios de BT são de betão ou em madeira. Um outro
aspeto importante é a altura dos apoios sendo esta variável, dependendo da topografia do
terreno e dos obstáculos que a linha tenha a atravessar. Para isto, numa linha elétrica,
durante todo o seu percurso existem diferentes tipos de apoios com funções diferentes,
como se pode observar na Figura abaixo.
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• Apoio de reforço: apoio que suporta esforços capaz de reduzir as consequências
negativas, em caso de rutura de um cabo ou condutor;
• Apoio de travessia ou de cruzamento: apoio que limita um vão ou cruzamento.
Apoios utilizados para fazer cruzamentos de linhas.
Cabos do tipo de BT
As redes aéreas existem em zonas rurais e semiurbanas onde são aplicados cabos isolados
com condutores em alumínio, agrupados em feixe cableado, designados por cabos de
torçada, apoiados em postes. Por vezes, devido à elevada densidade de construção e
largura de vias de circulação, onde não é possível a construção de redes subterrâneas, nem
de postes para apoio de cabos, os cabos são instalados nas fachadas dos edifícios dos
clientes.
Tabela 1: Cabos aplicados nas redes de distribuição de energia elétrica em BT
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Cabos do tipo de MT
Um cabo elétrico de energia de MT é constituído por um ou vários condutores de reduzida
resistência elétrica, para transmitir a corrente elétrica com a respetiva intensidade e por
uma camada isolante, que permite separar eletricamente os condutores entre si e o
exterior, suportando assim o nível de tensão de serviço necessário.
Nos cabos de energia de MT é possível identificar 4 partes constituintes com diferentes
funcionalidades:
1. Condutores que garantem a transmissão de energia elétrica
2. Revestimentos isolantes que garantem o nível necessário de segurança elétrica,
para as respetivas tensões de serviço;
3. Ecrãs metálicos que permitem o escoamento das correntes de defeito para
proteção elétrica, armaduras para proteção mecânica e funções de estanquidade
(bom isolamento);
4. Revestimentos para proteção externa dos cabos.
Tabela 2: Cabos aplicados nas redes de distribuição de energia elétrica em MT
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Constituição geral de um cabo e do seu revestimento
Cabo XHIAV 3 x 70
1. Condutor de cobre redondo multifilar compactado.
2. Composto semicondutor.
3. Isolação de polietileno reticulado.
4. Composto semicondutor pelável (tripla extrusão
simultânea) + fita semicondutora.
5. Blindagem de fita de cobre.
6. Bainha interior de PVC.
7. Armadura de fitas de aço.
8. Bainha exterior de PVC retardante à chama.
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tomar em caso de contingências dos equipamentos, com maior necessidade de
investimento e manutenção, para as linhas devidamente dimensionadas.
Este tipo de tipologia é aplicado em redes de transporte. A sua principal característica
baseia-se no facto de ter uma proteção associada nos extremos de cada linha, permitindo
assim que todos os consumidores podem ser alimentados por várias linhas, sendo ligadas
com o objetivo de constituírem malhas fechadas.
Rede em anel: No sistema em anel, o circuito alimentador retorna à mesma fonte. Tem
maior flexibilidade e permite melhor continuidade do fornecimento, dependendo do tipo
do esquema adotado. O custo é mais elevado
que o radial, não só pela maior capacidade dos
cabos, que devem ter folga para atender às
emergências quando a alimentação passa a ser
feita de uma só extremidade, como também,
pela multiplicidade de disjuntores e o conjunto
de relés necessários para dar flexibilidade ao
sistema.
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O risco da ocorrência de uma falha considerando-se um componente isoladamente é
pequeno, entretanto, globalmente pode ser bastante elevado, aumentando também a
repercussão numa área considerável do sistema, podendo causar o que comumente é
conhecido como blackout.
Perda de energia nos condutores
Nos condutores é totalmente indesejável que haja o efeito joule, que se reflete em
seuaquecimento e em diminuição da tensão disponível para o receptor. Para reduzir ao
máximo a perda de energia, a resistência dos condutores que ligam o gerador ao receptor
deve ser a menor possível oque significa que a área de secção transversal deve ser a maior
possível. As expressões matemáticas abaixo podem ser utilizadas em redes monofásica e
trifásica.
Monofásica Trifásica
Onde: I é a corrente em amperes
2 I 3 .I
S= S= P é a Potência em watts
56 U 56 U
U tensão em volts
Dimensionamento de condutores
Pela capacidade de corrente basta procurar na tabela 3, qual bitola suporta a corrente da
carga. A tabela a baixo mostra a capacidade de corrente de fios Pirelli de cobre isolados
com pvc,quando instalados unidos à temperatura ambiente de 500C. Outras condições
determinam outrosvalores de capacidade e devem ser procurados em tabelas dos
fabricantes.
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Tabela 3: Correntes de fios Pirelli e secção dos condutores
P 12000
I= = = 68,18 A
U cos 220 0,8
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a) Dimensione os condutores.
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