Lixo Radiológico
Lixo Radiológico
Lixo Radiológico
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Setembro 28, 2023 17:00
Por Christian, Gabriel, Gustavo Henrique, João Israel, Luan Arthur, Victor Nobre, Pedro
Henrique
Resumo
O artigo aborda o tema do lixo radiológico proveniente de fontes como hospitais e usinas nucleares,
contendo elementos radioativos, como o urânio, e destaca a importância crucial do descarte desses
resíduos. Os riscos para a saúde humana e o meio ambiente são enfatizados.
A Agência Nacional de Energia Atômica (IAEA) é mencionada como uma entidade que estabelece
diretrizes para o manejo desses resíduos. O texto explora a classificação dos resíduos radiológicos de alta,
média e baixa radioatividade, com métodos específicos de armazenamento para cada categoria.
Abstract
The article addresses the issue of radiological waste from sources such as hospitals and nuclear power
plants, containing radioactive elements such as uranium, and highlights the crucial importance of
disposing of this waste. The risks to human health and the environment are emphasized.
The National Atomic Energy Agency (IAEA) is mentioned as an entity that establishes guidelines for the
management of this waste. The text explores the classification of high, medium and low radioactive
radiological waste, with specific storage methods for each category.
Cases of radioactive accidents, such as the Chernobyl disaster and the Cesium-137 incident in Goiânia,
are discussed in detail, highlighting the severe impacts on people's health and the environment.
Operation Cesium-137 is mentioned as a response to the accident.
The text concludes by emphasizing the need to manage radiological waste responsibly, protecting both
human life and the environment. It is based on secondary sources and adopts a qualitative approach to
address the results presented.
Introdução
Podemos chamar de lixo
radiológico, aqueles rejeitos
que vem de hospitais, usinas
nucleares e etc. Os rejeitos
são resultados de atividades
com alguns elementos
radioativos, como o urânio,
que causa problemas de
saúde e riscos a vida
humana e a natureza. Dito
isso, é indispensável que
esse material tenha um
descarte adequado, e que
também não tenha uma
reutilização do mesmo.
Mesmo quando em quantidades pequenas, o contato com o lixo radiológico ou radioativo pode trazer
muitos problemas, entre eles está o desenvolvimento de cânceres e pode até levar a morte. Todo é
qualquer tipo de lixo deve ser descartado corretamente, porém o lixo radioativo merece uma atenção
especial devido a sua condição. Para isso, medidas são tomadas para fazer o descarte seguro e adequado
desse material, sem colocar o meio ambiente e a vida como um todo em risco.
Embora cada país tenha suas regras para solucionar esse problema, a Agência Nacional de Energia
Atômica (IAEA) deixa claro alguns parâmetros que acabam sendo seguidos por diversos países.
Antes de decidirmos qual será o destino desse material, é importante ao certo, através de quais
atividades esse material se formará. Boa parte do lixo radiológico e radioativo é produzido em usinas
nucleares, como o urânio que acaba sobrando nesse processo, mas também o encontramos em hospitais
e clínicas, fazendo parte de equipamentos utilizados para tratamento de radioterapia.
O destino do resíduo radioativo ou radiológico, dependerá unicamente de como ele está classificado,
que pode ser definida como alta, média ou baixa radioatividade. Os resíduos classificados como baixa e
média radioatividade são confinados em superfícies com tal finalidade, ou então, guardadas em grandes
depósitos em instalações subterrâneas com baixa produtividade, geralmente localizadas em institutos
energéticos.
Já o lixo de alta concentração radioativa pede um sistema de gerenciamento que garanta o seu
embalamento e confinamento durante longos períodos, alguns materiais podem até mesmo ter um
tempo de vida radioativo de milhares de anos, embora esse nível decaia com o passar dos anos. Para isso,
o resíduo é armazenado em piscinas de resfriamento, cercada por uma camada espessa de chumbo, aço
e concreto.
Quando ocorrem acidentes envolvendo lixo radioativo, os danos podem diversos e graves. Uma vez que
o nosso corpo entra em contato com esse tipo de material, a radiação cria uma quantidade significativa
de radicais livres, e com isso as células saudáveis começam a morrer. Dentre as principais doenças que
podem gerar, estão coisas como anemia, hemorragia catarata, problemas respiratórios e circulatórios, e
leucemia.
Uma vez que entra em contato com a natureza, o problema se espalha para todo o ecossistema, pois
contaminam a fauna e a flora, e isso afeta diretamente na cadeia alimentar dos seres vivos daquela
região. Como ainda não existe um meio de remover essa contaminação, a única escolha é isolar
totalmente a área, como foi feito em Chernobyl.
Não dá pra não falar sobre o maior acidente com radioatividade que aconteceu no Brasil, o acidente do
césio-137, em Goiânia.
Em setembro de 1987, um ano após o acidente de Chernobyl, a cidade de Goiânia, capital do Goiás, teve
que lidar com um grave acidente envolvendo o material radioativo, que foi o césio-137. O elemento é
utilizado em aparelhos de radioterapia, e foi indevidamente manipulado pelo Instituto Goiano de
Radioterapia, quando vendeu o equipamento para um depósito de ferro velho. Naturalmente, césio-137
demora 30 anos para reduzir seu nível de contaminação radioativa.
Por conta do chumbo presente no equipamento, o material do instituto de radioterapia, que também
continha césio-137, foi repassado para outros dois depósitos. Além disso, os fragmentos do material
foram distribuídos como presentes, entre parentes e amigos. Por conta da violação do equipamento, o
pó azul brilhante(césio-137) foi totalmente espalhado pelo ambiente. Muitas pessoas manipularam o
material apenas pela curiosidade da sua luminescência e cor, mas sem se quer suspeitar do risco que
estavam correndo.
Então um plano de emergência foi liderado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), além de
outras instituições locais, nacionais e até internacionais que foram incorporadas e auxiliaram no que ficou
conhecido como Operação Césio-137. Daí em diante, foram encontrados e isolados 7 pontos principais de
contaminação. No total foram contabilizadas 112.800 pessoas monitoradas, dentre elas 249
apresentaram algum tipo de contaminação, 120 desse mesmo grupo tinha apenas as roupas
contaminadas.
Hoje todo resíduo desse material desse material encontra-se na cidade de abadias, no Goiás,
especificamente no Centro de Ciências Nucleares do Centro‐Oeste, criado pela CNEN. O maior
aprendizado desse incidente, foi a necessidade de lidar esse tipo de material de forma responsável, ou
seja, qualquer e todo resíduo radioativo ou radiológico dever ser gerenciado de forma que proteja a vida
humana e o meio ambiente.
Metodologia
Esse trabalho tem como objetivo explicar e mostrar a importância do descarte adequado e eficiente do
lixo radiológico; também tem o objetivo de explicar sobre o lixo radiológico e como ele nos afeta.
Essa pesquisa é baseada em fontes secundárias, pelo qual estudamos consultamos para falar sobre esse
assunto. Também usamos para o tratamento dos resultados, uma forma qualitativa.
Acidente de Goiânia
O acidente radiológico de Goiânia, que ocorreu em setembro de 1987, envolveu a exposição acidental a
uma fonte de césio-137, um material radioativo extremamente perigoso. Para evitar esse tipo de
acidente, uma série de medidas preventivas e protocolos de segurança devem ser implementados:
Treinamento e Educação: Pessoal que trabalha com materiais radioativos deve receber treinamento
adequado sobre os riscos envolvidos e as medidas de segurança a serem adotadas. Isso inclui técnicas
para lidar com emergências radiológicas.
Controle de Acesso: O acesso a áreas onde materiais radioativos são armazenados ou utilizados deve ser
estritamente controlado. Apenas pessoal autorizado deve ser permitido nessas áreas.
Proteção Física: Materiais radioativos devem ser protegidos por barreiras físicas, como blindagens, para
evitar danos ou exposição acidental.
Divulgação e Conscientização Pública: A população deve ser informada sobre os riscos da exposição a
materiais radioativos e sobre como relatar qualquer atividade suspeita envolvendo esses materiais.
Preparação para Emergências: Planos de resposta a emergências radiológicas devem ser elaborados e
treinados regularmente. Isso inclui a identificação de procedimentos para lidar com acidentes,
evacuações e tratamento médico adequado para as vítimas.
Acidente de Chernobyl
O acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986, foi uma catástrofe evitável que resultou de uma
série de fatores interligados. Várias medidas poderiam ter sido adotadas para prevenir esse desastre:
Projeto e Construção Seguros: A usina de Chernobyl tinha falhas graves de segurança em seu projeto e
construção. A instalação de sistemas de resfriamento mais eficazes e o uso de materiais resistentes a
altas temperaturas teriam ajudado a evitar problemas críticos.
Treinamento Adequado: Muitos operadores não tinham treinamento adequado e conhecimento dos
riscos. Investir em treinamento mais rigoroso e designar apenas pessoal altamente qualificado para
operar a usina teria sido crucial.
Cumprimento das Regras de Segurança: A negligência das normas de segurança contribuiu para o
acidente. O estrito cumprimento dessas regras teria impedido o uso de procedimentos inseguros.
Reatores Mais Seguros: Investir em reatores mais seguros e modernos teria sido uma alternativa aos
reatores RBMK utilizados em Chernobyl.
Supervisão e Fiscalização Reforçadas: Maior supervisão e fiscalização por parte das autoridades
reguladoras teriam identificado problemas de segurança mais cedo e imposto medidas corretivas.
Resposta Rápida a Problemas: Uma resposta mais ágil às primeiras indicações de problemas poderia ter
limitado os danos.
Em resumo, Chernobyl foi um desastre evitável e multifacetado que resultou de várias falhas no projeto,
operação e cultura de segurança da usina. Aprendendo com esses erros, a indústria nuclear busca
implementar medidas de segurança rigorosas e garantir que tragédias semelhantes sejam prevenidas no
futuro.
1) Laboratórios de exames clínicos: são gerados os resíduos radioativos hospitalares (que possuem
radionuclídeos em quantidades maiores aos limites de isenção por órgãos competentes). Nesse caso, os
aparelhos usam da energia radioativa para realizar suas funções. Os principais são instrumentos de
exames médicos, como máquinas de raio-x e máquinas utilizadas para o combate do câncer, as de
radioterapia.
2) Usinas nucleares: utilizam elementos radioativos para produzir energia, sendo o principal deles, nesse
caso, o urânio. No processo para gerar eletricidade, o núcleo do átomo do urânio sofre uma quebra
(chamada de fissão) e é desintegrado. Nesse momento, ocorre a liberação de resíduos radioativos, e
podem transformar parte do urânio em outros elementos, como plutônio, césio, estrôncio e outros.
A energia liberada na fissão aquece um líquido, gerando vapor (quando está em alta pressão), movimenta
as turbinas, que por sua vez movem um gerador de eletricidade. Após o aproveitamento da energia do
elemento, o material que sobra da reação química deve ser armazenado em locais próprios e específicos.
3) Bombas nucleares: que já tiveram no passado um momento maior de ascensão em sua produção. A
maioria dos processos que remetem a fabricação, manutenção e outra atividade com contato direto no
procedimento de origem das armas e de bombas nucleares, geram resíduos radioativos.
Os perigos incluem:
Radiação Ionizante: O principal perigo do lixo radioativo é a emissão de radiação ionizante. Essa radiação
pode causar danos às células vivas, incluindo mutações genéticas, lesões nos tecidos e câncer em seres
humanos e em outras formas de vida.
Contaminação Radioativa: Além da radiação direta, o lixo radioativo pode contaminar o meio ambiente,
como o solo, a água e o ar. Isso ocorre quando materiais radioativos são liberados de recipientes ou
locais de armazenamento inadequados.
Perigo à Saúde Humana: A exposição a materiais radioativos pode ter sérias consequências para a saúde
humana, dependendo do nível de exposição e do tipo de radionuclídeo envolvido. Isso pode incluir
doenças agudas como a síndrome de radiação aguda e problemas crônicos de saúde, como câncer.
Meia-vida Longa: Alguns radioisótopos têm meias-vidas extremamente longas, o que significa que eles
permanecem radioativos por um período de tempo significativo, tornando a gestão e o armazenamento
de resíduos de longo prazo um desafio.
Risco de Proliferação Nuclear: Resíduos radioativos também podem representar um risco de proliferação
nuclear, uma vez que materiais radioativos podem ser desviados e usados para criar armas nucleares.
Danos ao Meio Ambiente: A contaminação radioativa pode ter impactos devastadores no meio ambiente,
prejudicando ecossistemas, fauna e flora. Esses danos podem persistir por muitos anos, afetando
gerações futuras.
Necessidade de Isolamento a Longo Prazo: Devido às longas meias-vidas de alguns radioisótopos, o lixo
radioativo pode representar um desafio de gerenciamento por centenas ou até milhares de anos,
exigindo medidas de isolamento e monitoramento de longo prazo.
Transporte Perigoso: O transporte de resíduos radioativos de uma instalação para outra apresenta riscos,
pois pode ocorrer vazamento ou derramamento durante o transporte, resultando em contaminação.
Portanto, o lixo radioativo é uma questão séria e complexa que requer cuidadosa gestão,
regulamentação e monitoramento para minimizar os perigos à saúde humana e ao meio ambiente. A
segurança no manuseio, armazenamento e disposição desses resíduos é fundamental para evitar riscos
potenciais. resultado
E o que isso significa? Quer dizer que, quando passar os 30 anos, a radiação que eles emitem vai ser
reduzida pela metade (os elementos radioativos, citados neste parágrafo, são criados a partir dos
rompimentos dos átomos do urânio durante a fissão nuclear).
Por causa das vidas tão longas dos elementos radioativos, é mais do que necessário que se pense na
construção de depósitos sem que a manutenção dependa de vida humana para funcionar, e também em
locais que não sejam afetados pelos possíveis abalos sísmicos (terremotos, tsunamis, qualquer atividade
que poderia corromper a estrutura) que a Terra possa sofrer no futuro.
Nenhum país no mundo tem uma estrutura semelhante. O país que está cada vez mais próximo disso é a
Finlândia. Batizado de “Onkalo”, o primeiro depósito permanente de lixo nuclear do mundo está ainda
em construção, e dentro das suas promessas: previsão de durar 100 mil anos e rede de túneis com 35
quilômetros de extensão.
Conclusão
Em conclusão, o tratamento e a disposição adequados do lixo radioativo são fundamentais para mitigar
os riscos à saúde humana e ao meio ambiente. A gestão responsável desse tipo de resíduo exige um
compromisso contínuo com a segurança, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias avançadas. À
medida que a demanda por energia nuclear e outras aplicações que geram lixo radioativo aumenta, é
imperativo que a sociedade, a indústria e os governos colaborem para encontrar soluções sustentáveis
que garantam a proteção das gerações presentes e futuras.
Considerações finais
No decorrer deste artigo, exploramos os impactos devastadores do acidente radiológico de Goiânia e do
acidente nuclear de Chernobyl, dois eventos cruciais que nos lembram da importância crítica do descarte
adequado e eficiente do lixo radiológico. Além disso, examinamos a natureza do lixo radiológico e seu
impacto em nossa sociedade.
O acidente radiológico de Goiânia, ocorrido em 1987, e o desastre nuclear de Chernobyl, em 1986, são
tragédias que não podem ser esquecidas. Ambos revelaram as consequências terríveis do manuseio
negligente de materiais radioativos e da operação insegura de instalações nucleares. Esses eventos
deixaram cicatrizes profundas em comunidades e no meio ambiente, custando vidas humanas e
causando sofrimento duradouro.
A lição fundamental que emerge desses eventos é a necessidade absoluta de garantir que o lixo
radiológico seja gerenciado de maneira segura e responsável. O lixo radioativo apresenta um perigo
persistente para a saúde humana e o meio ambiente, com materiais que podem permanecer radioativos
por milhares de anos. Portanto, o descarte adequado e eficiente é de extrema importância
O lixo radiológico compreende uma variedade de resíduos, desde equipamentos médicos usados até
subprodutos da indústria nuclear. Esses resíduos requerem tratamento especializado, armazenamento
seguro e monitoramento constante para evitar vazamentos e contaminação. A exposição da radiação
desses materiais pode causar sérias doenças, câncer e impactos genéticos, afetando não apenas as
pessoas, mas também ecossistemas inteiros.
Nossa sociedade depende de muitas aplicações da tecnologia nuclear, como medicina e geração de
energia. No entanto, devemos reconhecer que essas vantagens vêm com responsabilidades. Garantir o
descarte seguro do lixo radiológico é uma dessas responsabilidades cruciais. Isso envolve
regulamentações rigorosas, treinamento adequado e monitoramento contínuo.
Além disso, é essencial que a conscientização pública sobre os perigos do lixo radiológico seja promovida.
O público precisa entender os riscos associados e a importância de apoiar políticas e práticas
responsáveis.
Referências
https://Canaltech.com.br
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/lixo-nuclear-no-lugar-certo.htm
https://www.politize.com.br/lixo-radioativo/
https://blog.scielo.org/
Auxílio: https://chat.openai.com/