Ss Final
Ss Final
Ss Final
Dezembro/2023
Itapeva-SP
FOLHA DE APROVAÇÃO
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
A Deus, pоr tеr permitido que eu tivesse saúde e determinação para não
desanimar durante a realização deste trabalho.
Aos meus pais e irmãos, que me incentivaram nos momentos difíceis e
compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste
trabalho.
Por fim agradeço a FAIT por me proporcionar a oportunidade de cursar e
aprender administração nesta instituição de ensino exemplar na nossa região. E aos
professores que me permitiram apresentar um melhor desempenho no decorrer do
curso, em especial, desejo agradecer ao meu professor orientador, Adriano Augusto
de Souza, por todas correções feitas no sentido de aprimorar o trabalho e o
conhecimento derivado dele.
“A evolução do Homem passa,
necessariamente, pela busca do
conhecimento.”
(Sun Tzu)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................12
2.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS...............................................................................12
2.2 O SETOR DE COMPRAS NO TEMPO................................................................14
2.2.1 Estágios...........................................................................................................15
2.3 OS OUTROS SETORES NO PROCESSO DE COMPRAS.................................17
2.4 STRATEGIC SOURCING.................................................................................... 20
2.5 MODELOS DE ABORDAGENS...........................................................................22
2.5.1 Anderson e Katz (1998).................................................................................. 22
2.5.2 Sislian e Satir (2000).......................................................................................24
2.5.3 Bim (2016)........................................................................................................28
3 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................31
3.1 ESTUDOS DE CASOS........................................................................................31
3.1.1 Organização A.................................................................................................33
3.1.2 Organização B.................................................................................................34
3.1.3 Organização C.................................................................................................35
3.1.4 Organização D.................................................................................................36
3.1.5 Organização E.................................................................................................38
3.1.6 Organização F................................................................................................. 39
3.2 SS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS..................................................................40
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................43
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................46
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................48
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 49
APÊNDICE A – ESTRUTURA PADRÃO DO FORMULÁRIO...................................51
APÊNDICE B – DIVISÃO DOS BENEFÍCIOS EM GRUPOS....................................52
APÊNDICE C – DADOS E O GRÁFICO BASE........................................................54
10
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2.1 Estágios
Primeiro
Esse estágio é caracterizado pela forma reativa que o setor de compras age,
pois o papel desse é tão somente realizar a ordem de compra dos itens que já foram
previamente contabilizados e negociados pelos departamentos solicitantes, restando
apenas ao setor a execução da ordem de compra, acompanhamento da entrega e
escrituração de contratos, quais as cláusulas que se fazem presentes nesses, já
foram decididas entre os departamentos solicitantes e os fornecedores. (Braga,
2006). Schiavon (2018) descreve que até a década de 1970, esse setor era visto
apenas como uma função passiva, sendo apenas de atividade administrativa e sem
nenhuma natureza estratégica.
Segundo
Para Braga (2006), a fase mecânica, por sua vez, se caracteriza por uma
compreensão inicial a cerca do potencial do setor de compras, especificamente no
que tange as possibilidades de diminuição de custos. Outrem, as empresas passam
16
Terceiro
Já neste estágio, o cliente interno não é só comunicado, é também chamado
para participar diretamente dos processos de aquisição, e o enfoque central passa a
ser, segundo Braga (2018, n.p), “a otimização do custo do ciclo de vida,
preocupação em se adicionar maior valor para o consumidor através de análise de
valor e engenharia de valor dos materiais, redução da complexidade e envolvimento
do fornecedor no desenvolvimento de novos produtos”. Braga (2006) disserta que é
nesse momento que o setor de compras passa a suportar a estratégia competitiva
da empresa, com a adoção de atividades, métodos e etc, que beneficiem o aumento
desta, bem como onde se começa a utilização de equipes multifucionais para a
seleção de fornecedores. Ainda segundo ele, os fornecedores passam a ser
considerados um recurso escasso, bem como ocorre a valorização do profissional
que se relaciona com ele, ou seja, o profissional da função de compras.
Para Spekman (1988, apud Schiavon, 2018) a conjuntura econômica
existente no final da dácade de 80 e fatores como o aumento da participação dos
itens comprados no custo total de produção; complexidade do ambiente de
negócios; reconhecimento que as estratégia globais usadas no marketing e
manufatura poderiam ser aplicadas também à suprimentos, contribuiram para a
valorização do setor de compras e, consequentemente, na melhoria das atividades
de compras das empresas.
17
Quarto
Neste último estágio, ocorre a total integração do setor de compras com a
estratégia competitiva da empresa, onde o setor é percebido como detentor de papel
estratégico para a organização, já que passa a fazer parte de um esforço conjunto
com outras funções, na busca de implementar um plano estratégico a grau
departamental decorrente da estratégia da empresa, ao mesmo passo que busca
influenciar a própria formulação das estratégias da organização (Braga, 2006).
Desse modo, através da compreensão que relações estratégicas de longo
prazo com os fornecedores podem gerar impactos positivos no desempenho da
empresa (Carr; Pearson, 1999 apud Schiavon, 2018), comprovou – se que à
atuação estratégica do setor de compras pode influenciar positivamente os
resultados da empresa (Chen; Paulraj; Lado, 2004 apud Schiavon, 2018).
No sentido da amplitude de decisões quais os profissionais de compras e o
setor em si estarão envolvidos, segundo Braga (2006), se diz respeito a decisões de
previsão, identificação de fornecedores internacionais (global sourcing), redução da
base de fornecedores, projetos para aquisição de bens de capital, análise de valor,
qualidade e planejamento estratégico.
Nesse cenário da percepção da importância estratégica da função de
compras para as organizações, seja na busca da diminuição dos custos de
produção, manutenção do relacionamento com os fornecedores em busca de
benefícios a longo prazo, entre outros objetivos, surge como metodologia a ser
implantada nesse setor o Strategic Sourcing, que como o próprio nome sugere,
implica numa abordagem estratégica do setor de compras por parte da empresa.
isso é visto no sentido que, neste, o setor de compras era apenas responsável por
executar o pedido de compra, sendo que a contabilização dos itens a serem
comprados, a negociação destes junto aos fornecedores, bem como a negociação
acerca das cláusulas contratuais, já haviam sido feitas pelos departamentos
solicitantes. Já no proativo, temos como indício disso o início do envolvimento de
equipes multifuncionais no processo de compras, infere – se que nessas equipes
membros de outros setores também se fazem presentes.
Através de um exemplo de integração entre os setores de vendas, produção e
marketing, do autor Berwanger (2013), podemos compreender parte do fluxo dessa
interação que ocorre entre setores. No exemplo, o autor inicia o fluxo com a ação de
venda de um produto qualquer, que seria da esfera de atuação do setor de vendas;
logo depois menciona que essa ação depende da existência de produtos que
possam ser comercializados, o que seria de responsabilidade do setor de produção;
para finalizar com a atuação do setor de marketing, pois é através desse que os
clientes, e as pessoas como um todo, ficaram sabendo da disponibilidade de venda
do produto.
Já no específico caso de compras, será usado como exemplo um fluxo dos
setores envolvidos no processo de compra de uma matéria-prima qualquer, em uma
empresa fictícia. Inicia-se então, este, com a compra de uma matéria-prima base
para algum produto da empresa, essa ação faz parte da atuação do setor de
compras; porém, para que as informações acerca do volume de matéria-prima a ser
comprado, a sua indisponibilidade no estoque, bem como a requisição inicial de
compra, partem do setor de produção; já os recursos financeiros, especificamente o
planejamento destes para a realização da compra garantindo um fluxo de caixa
saudável à empresa, é realizado pelo setor financeiro; e todo o processo segue a
gestão do setor administrativo. Neste exemplo, foram apenas considerados à
atuação de alguns setores no processo, o que não isenta que outros setores
também se façam presentes.
Fora da esfera imaginária, temos o fluxo real de um processo de compras de
uma determinada empresa, que será usada mais adiante no trabalho como estudo
de caso da implementação do SS (identificada como Organização C). Para indicar o
fluxograma desta, será considerado o processo de compras anterior a
implementação do SS, no que o autor Avancini (2022) do estudo de caso, chama de
“Fluxo de compras AS IS”, esse se encontra na Figura 3:
19
Quadro 1-Definições
Adquirir
É onde se executa a compra em si. Nela deve se atentar aos custos, ou
melhor, à redução de custos de transações repetidas de baixo valor, se destaca os
meios eletrônicos como ferramentas para tal, além de oferecerem maior integração
com o fornecedor, como por exemplo o reabastecimento automático. Já para as
complexas e de auto valor, deve se abordar os fornecedores destes como possíveis
participantes de equipes, como, por exemplo, nas equipes de design, de projetos e
na de trocas de dados. Com objetivo de facilitar a comunicação e a troca de planos,
ou seja, ter um melhor alinhamento com esses fornecedores.
Os autores iniciam o artigo, que seria a base para o seu modelo, fazendo uma
brave análise de quatro estruturas de SS da época. O que culmina no entendimento
que fatores crucias se mostravam repetidos nestes, enquanto em outros casos, se
faziam presentes num modelo e em outro não. Visando elaborar um que
incorporasse tudo que fosse considerado crucial, desenvolvem seu próprio modelo.
Para os autores, esse modelo deve ser considerado como um suporte à decisão de
quais atividades terceirizar. Tal modelo se baseia em cinco fatores envolvidos no SS:
Vantagem competitiva
25
Flexibilidade da demanda
A flexibilidade da demanda é outro fator a ser considerado no SS, inicialmente
deve – se buscar formas de medir se a flexibilidade é alta ou baixa. Segundo os
autores Sislian e Satir (2000), umas das formas de a mensurar é observando a
porcentagem de encomendas recebidas em intervalos fora da data de entrega.
Outra medida ainda acerca dessa mesma grandeza, e a classificação da precisão da
previsão da demanda. Ainda segundo os autores Sislian e Satir(2000) esse é um
fator importante a considerar, pois se itens onde a previsão é baixa forem
terceirizados, implicara, provavelmente, numa entrega deficiente ou com altos custos
de expedição. Desse modo então “os gerentes devem ser capazes de avaliar esses
fatores como alto ou baixo” (Sislian; Satir, 2000, p. 6).
A vantagem competitiva e o fato da flexibilidade da demanda são os
considerados, pelos autores Sislian e Satir (2000), fatores primários, e são os que
devem balizar a decisão de fornecimento. Porém, ainda segundo eles, fatores
secundários, que se envolvem com planos de ações e relações contratuais, também
devem ser considerados. A seguir os secundários:
Capacidade de processo
A capacidade de processo deve ser medida. Para tal pode se usar, por
exemplo, no caso de um processo de montagem, a taxa de defeitos por milhão, e
para as atividades que envolvem clientes, as respostas e o tempo de espera
(Sislian; Satir, 2000).
26
Maturidade do processo
Para a decisão de sourcing, deve se analisar a maturidade do processo em
questão, o que consiste em observar se a técnica por trás do processo é matura e
bastante difundida entre os fornecedores, o que levaria a uma base mais ampla de
fornecedores e em acordos simples de fornecimento. Já se considerada imatura ou
pouca difundida, resultaria em uma menor base de fornecedores, bem como em
acordos mais complexos. Esse fator é considerado em processos de fabricação,
podendo não ser considerado quando for referente a serviços, salvo exceções onde
esses são de natureza especializada (Sislian; Satir, 2000).
Risco estratégico
O risco estratégico envolve dois outros tipos de risco: risco de apropriação e o
risco de difusão. O primeiro se refere a possibilidade de não ter a quantidade ou a
qualidade atendida pelo fornecedor. Já o segundo ao risco que se assume ao
divulgar informações proprietárias acerca de seus produtos e serviços com os
fornecedores, um aspecto que aumenta esse risco é o fornecedor possuir clientes
que são concorrentes da empresa. Com base nesses dois riscos o gestor deve
classificar o risco estratégico como sendo alto ou baixo.
Levando em consideração todos os fatores apresentados, os primários e os
secundários, Sislian e Satir (2000) elaboraram um fluxograma para ser seguido ao
decidir sobre o fornecimento de um determinado produto ou serviço, qual se
encontra na Figura 5:
De acordo com a figura, se percebe que a decisão inicial sobre como a forma
de fornecimento vai se dar, se através de fabricação própria (fabricar) ou fornecedor
externo (terceirizar), envolve os dois fatores primários (vantagem competitiva e a
flexibilidade de demanda) e se localiza na região do fluxograma que os autores
denominaram de “Matriz de decisão primária”. A partir dessa decisão inicial, o
processo pode tomar dois caminhos, cada qual avalia a decisão levando em conta
os fatores secundários, mais precisamente se a incidência desses é alta ou baixa. A
cada momento que um fator é tido com incidência baixa, ou como no caso do risco
estratégico, é tido como alto, o fluxograma direciona à ações que vão suprir as
necessidades ou diminuir o risco, até que o produto ou serviço tenha uma
terceirização, ou fabricação interna, seguras, o que finaliza a fluxograma.
28
Já Bim (2016 apud Bueno, 2020; Neves, 2021; Viana, 2020) divide seu
modelo em três grupos, quais compreendem: Etapas de Fundamentação, Etapas de
Elaboração de Estratégias, Etapas de Negociação e Implantação. Cada grupo
possui suas próprias etapas, o somatório dessas resultam em um total de oito
etapas, quais definem o modelo e estão presentes na Figura 6:
De acordo com Bim (2016 apud Bueno, 2020; Neves, 2021; Viana, 2020) as
etapas do primeiro grupo são:
Etapa 1
Nesta etapa inicial, considerada uma das mais importantes e complexas, é
onde se determina, com detalhamento, tudo o que está sendo comprado, produtos e
serviços. Deve – se ter os volumes já adquiridos, as projeções de demanda, análise
do processo de compras e identificação de potenciais dificuldades.
Etapa 2
De acordo com o nome da etapa, temos que essa é a qual onde se efetua, de
forma aprofundada, o reconhecimento do mercado fornecedor, buscando entender
29
suas dimensões, como, por exemplo, o entendimento sobre com quem está o poder
de barganha, se este está do lado do contratante ou do fornecedor.
Etapa 3
Aqui é onde se faz o levantamento dos aspectos referentes aos custos,
indiretos e diretos, envolvidos no processo de compra dos produtos ou serviços.
Já no segundo, temos:
Etapa 4
Como base nas etapas anteriores, se reúne as informações obtidas e se
busca possíveis novas formas ou modelos que os fornecedores poderão usufruir
para fazer a entrega do serviço ou produto.
Etapa 5
Nesta se elabora um documento, o Request For Information (RFI), para uma
abordagem formal aos fornecedores, que foram identificados anteriormente com o
entendimento do mercado fornecedor. A resposta desse documento, por parte do
fornecedor, guia a seleção dos que podem atender os requisitos levantados.
Etapa 6
Um segundo documento é elaborado, dessa vez o Request For Proposal and
Quotation (RFP-Q), este serve para requisitar a cotação dos serviços e produtos ao
fornecedor, tanto no modelo atual, quanto no sugerido.
Etapa 7
Com os custos cotados em mãos, deve se iniciar a negociação desses juntos
aos fornecedores. Portanto, nesta etapa deve – se definir o modelo de negociação,
bem como as estratégias que serão utilizadas. Isso finalizado, parte para a
negociação em si, com o claro objetivo de maximização dos resultados.
30
Etapa 8
Aqui encontra – se a última etapa do processo, onde se faz compreender os
pontos quais se devem atentar, no decorrer da implantação dos novos acordos de
fornecimentos, como, por exemplo, as cláusulas contratuais.
31
3 REVISÃO DA LITERATURA
Pesquisa exploratória:
Organização A BRF Romano (2012)
bibliográfica e documental
Pesquisa exploratória –
Organização B Não especificado Neves (2021) descritiva
Pesquisa qualitativa;
Organização D Grupo RBS Marques (2016) Análises de dados
internos da empresa
Pesquisa bibliográfica e
Organização E Não especificado Bueno (2020) abordagem de estudo de
caso
Hospital
Organização F universitário não Schiavon (2018) Estudo de caso
especificado
Fonte: do autor
Capital
aberto e Compra de
Bens não Alimentos Sacos Nylon
Organização A listada na embalagens
duráveis industrializados Poli
bolsa de plásticas
valores
Consultoria em
Organização B Filial Serviços tecnologia da Agenciamento Viagens
informação
Consumíveis,
Manutenção e material de
vulcanização solda; EPI e
Organização C Matriz Serviços Suprimentos
de correias EPC; Material
transportadoras de limpeza e
escritório
Produtos
acima de 20
Mídia e Compras e mil reais e
Organização D Grupo Serviços
comunicação Importação serviços
superiores a
60 mil reais
Limpeza e
Organização E Grupo Serviços Saúde Serviço
higienização
Instituição
filantrópica Suprimentos e
Organização F Serviços Saúde Geral
sem fins logística
lucrativos
Fonte: do autor
33
3.1.1 Organização A
Além disso o estudo ainda compreendeu que o poder de barganha está, neste
mercado e caso, do lado do contratante (Romano, 2012). Outrem, concluiu que a
gestão de compras se relaciona com a qualidade dos produtos, minimização dos
custos e maior agilidade nas aquisições.
3.1.2 Organização B
Já nesta, uma filial de uma empresa de consultoria em TI, que não teve seu
nome especificado no estudo, o SS foi aplicado no setor responsável pela
contratação do fornecedor operante do agenciamento de viagens. O modelo que
guiou a implantação foi o da autora Bim. Os benefícios mensurados que derivaram
dessa mudança, do setor de compras tradicional para um com Strategic Sourcing,
estão dispostos na Tabela 2:
Benefícios mensurados
Indicador Anterior Posterior Resultado
Spend de compra 113.421,75 reais 51.179,85 reais Redução de 54,9%
Prazo de pagamento Menos de 45 dias 45 dias Aumento
Sistema de reservas e
Parcial 100% online Aumento
transações online
Relatórios mensais
Sem Com Mais serviços
detalhados das transações
Fonte: adaptado de Neves (2021)
Neves (2021) ainda conclui que os resultados obtidos pelo estudo contribuem
para demonstrar a importância e a representatividade que uma a bordagem
estratégica traz para o setor de compras, reduzindo custos e gerando melhoras
operacionais.
3.1.3 Organização C
3.1.4 Organização D
autor ainda descreve que o processo seguiu sete passos básicos. Os resultados
obtidos com o fim destes se encontram na Tabela 4:
3.1.5 Organização E
que nesse sentido, segundo Bueno (2020), temos apenas a indicação de uma
projeção de diminuição dos custos de contratação em torno de 15% em relação aos
atuais, muito disso se deve ao fato do processo, no estudo, estar sendo relatado de
uma forma que aparenta que esse não finalizado ate o momento da publicação do
artigo. Bueno (2020) finaliza o estudo o considerando a implementação do SS como
algo positivo à empresa, principalmente em questão de performance e resultados
financeiros.
3.1.6 Organização F
serviços; ou ainda para Instituições filantrópicas sem fiz lucrativos, como no estudo
de caso do hospital. Esses benefícios circundam a economia de recursos, aumento
dos prazos de pagamento, simplificação do fluxo de compras e diminuição do seu
tempo de duração, entre outros que ainda serão abordados com mais detalhes nos
resultados e discussões. Tal consideração se mostra alinhada com a suposição
retirada das definições alternativas do conceito do SS, trazidas à luz através dos
autores Kocabasoglu e Suresh (2006), de que essa metodologia conferiria uma
vantagem competitiva para as empresas.
Entretanto, a partir de uma lógica de gestão da cadeia de suprimentos, vale
lembrar que a concorrência não se da entre empresas e sim entre cadeias de
suprimentos, e que nenhum dos agentes evolvidos na cadeia são unicamente
responsáveis pela competitividade de seus produtos ou serviços (Stadtler, 2015).
Desse modo, do ponto de vista da empresa o Strategic Sourcing confere uma
vantagem competitiva, mas e em sua cadeia de suprimentos?
De início, podemos dizer que a seleção de fornecedores através dos
processos envolvidos no SS, como na etapa 2, Entender Mercado Fornecedor, e a
etapa 5, Conduzir Análise do Fornecedor, expressas no modelo de implementação
desenvolvido por Bim (2016 apud Bueno, 2020; Neves, 2021; Viana, 2020); bem
como o estabelecimento e monitoramento de medidas de qualidade em relação a
esses, tidas como ações a serem tomadas no fluxograma de decisão do SS, dos
autores Sislian e Satir (2000), em relação ao fator secundário “Capacidade de
processo”; e ainda a última etapa da cadeia do SS dos autores Anderson e Katz
(1998), que diz repeito sobre o gerenciamento dos relacionamentos com os
fornecedores, especificamente sobre a importância destes e a necessidade de
manter e melhorar esse vínculo; impactam na filtragem e melhora de qualidade
daquele que é, segundo Fleury (1999), mais um dos agentes da cadeia, ou seja, o
fornecedor inicial da matéria-prima. O que necessariamente representa uma
vantagem competitiva do Strategic Sourcing para a cadeia de suprimentos como um
todo.
Já como extensão disso, temos um caso de proposta de implementação do
Strategic Sourcing em uma empresa multinacional do setor de bens não duráveis,
especificamente de produção de gelatina sobremesa. Porém, o que diferencia esse
estudo de caso, bem como o faz ser uma extensão dos benefícios do SS para a
cadeia de suprimentos, é que nele se propõe o uso do SS não na empresa
42
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente seção tem como objetivo esclarecer qual metodologia foi utilizada
no desenvolvimento da pesquisa e qual foi o tratamento dos resultados, além de
apontar como se deu a escolha dos estudos casos abordados na terceira seção.
Desse modo então, a pesquisa exploratória conduziu o desenvolvimento do
trabalho, segundo Gil (2008), esta tem como uma das suas finalidades esclarecer
conceitos ou ideias e, ainda, tem como objetivo proporcionar uma visão geral acerca
de determinado fato. O procedimento adotado para a coleta de dados foi o
bibliográfico, pois se usufrui de estudos previamente elaborados por outros autores,
como artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso e teses de dissertação.
De uma forma mais detalhada, o capítulo referente aos estudos de casos, foi
construído com base em buscas no Google Acadêmico e na Scielo Brasil, através
dos seguintes termos: estudo de caso de implementação do Strategic Sourcing,
Strategic Sourcing, estudo de caso de compras estratégicas.
Após isso, se teve uma compilação inicial acerca dos estudos que poderiam
ser usados, quais de fato contavam com um estudo de caso, o resultado disso se
expressa no Quadro 4:
Apenas
Estudo 2 UniAtenas Viana (2020) Pesquisa descritiva
proposto
Pesquisa exploratória Proposto e
Estudo 3 UEPB Neves (2021)
– descritiva executado
Pesquisa
Batista e Alves Apenas
Estudo 4 UFPR exploratória através
(2014) proposto
de estudo de caso
44
Proposto e
Estudo 5 IFES Avancini (2022) Pesquisa – ação
executado
Pesquisa qualitativa;
Estudo 6 UFRGS Marques (2016) Análises de dados Executado
internos da empresa
Pesquisa bibliográfica Executado
Estudo 7 OLEL Bueno (2020) e abordagem de (não
estudo de caso finalizado)
Relato de
Estudo 8 EESC-USP Schiavon (2018) Estudo de caso implementaçã
o
Pesquisa explicativa
Santos et al.
Estudo 9 FGP a partir de estudo de Executado
(2022)
caso
Estudo de caso;
Estudo 10 Unisinos Fauth (2014) Proposto
Pesquisa exploratória
Fonte: do autor
do estudo de caso, isso deve – se ao fato que a tabela em si foi elaborada pelo autor
deste trabalho de conclusão de curso, entretanto, as informações foram todas
retiradas ou interpretadas do autor do estudo de caso, onde essas informações
estavam, por sua vez, dispostas em formato de texto.
Após essa etapa, se definiu as características que seriam usadas na filtragem
dos estudos, o que se resumiu a duas: se o estudo de caso era de fato uma
implementação da metodologia ou somente uma proposta; e se o estudo não era de
um contexto específico.
Esses dois aspectos acabaram por eliminar os estudos 2, 4, 9 e 10. O Estudo
9 foi desconsiderado em detrimento de ser em contexto específico, pois se tratava
da implementação da metodologia para encarar os problemas derivados da
pandemia de corona vírus. Já os demais, em decorrência da primeira característica.
Um ponto final a esclarecer, é que a escolha dos estudos, em fase ainda
inicial de pesquisa, foi também guiado pela vontade de apresentar estudos de casos
que representassem diferentes organizações, como empresas matrizes, afiliais,
grupos e ainda instituições sem fins lucrativo.
Também tentou demonstrar os benefícios do SS a pequenas e
microempresas, entretanto não se achou casos assim nos moldes apresentados,
nem na literatura científica nacional e nem na americana. Todos os estudos de casos
que permaneceram após filtragem, foram apresentados no capítulo “Revisão da
literatura”.
Já os resultados, propriamente os benefícios que resultam da implementação
da metodologia do Strategic Sourcing nas organizações, foram tratados de forma
qualiquantitativa, através de textos, gráficos, números e porcentagem.
Em relação ao gráfico de bolha que será expresso no próximo capítulo, para
fins de compreensão de um dos aspectos do estudo, é válido dizer que é a forma
graficamente aprimorada do “Gráfico base” presente no Apêndice C, cuja elaboração
foi a partir das informações, referentes aos valores do eixo x, eixo y e o eixo z,
presentes na tabela contida no mesmo apêndice.
Outrem, sobre o cálculo das porcentagens, se salienta que foi usado como
enumerador os valores presentes na coluna “Eixo Z” do Apêndice B, e como
denominador, o total dessa coluna. Sendo a razão resultante multiplicada cem vezes
e acrescida do sinal de porcentagem.
46
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: do autor
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SISLIAN, E.; SATIR, A. Strategic Sourcing: A Framework and a Case Study. Journal
of Supply Chain Management, v. 36, n. 2, p. 4–11, 2000.
Características do estudo
Metodologia de
Identificação Instituição Autor Empresa Situação
pesquisa
Estudo n
Benefícios mensurados
Indicador Anterior Posterior Resultado
Indicador 1 - - -
… … … …
Indicador n - - Aumento de x %
Outros benefícios
(a)
(b)
…
(z)
Observações:
52
Gráfico base
6
4
Valores de Y
0
0 1 2 3 4
Valores de x
G1 G2 G3 G4 G5